Juazeiro do Norte (CE): Professores tentam anular lei que reduz salários em até 40%
Após cinco dias da polêmica e contestada decisão da Câmara Municipal do município que elimina benefícios e gratificações dos professores e reduzir a remuneração da categoria em até 40%, o Sindicato dos Servidores Municipais de Juazeiro do Norte (SINSEJUN) tenta anular, na justiça, tal decisão. A manobra tenta, também, suspender a sessão do dia em que o projeto foi votado, 06 de Junho.
Em recente entrevista ao Jornal Folha de São Paulo, o Gestor Municipal Raimundo Macêdo (PMDB) explicou “que os recursos da prefeitura são limitados, por isso, a redução salarial que ainda sim, se mantem de acordo com o piso”, o discurso parece está orquestrado com os vereadores que votaram a favor da medida. Segundo os parlamentares, os custos com os professores eram altos e inviáveis para prefeitura.
Entretanto, a presidente do SINSEJUN, Mazé dos Santos, contesta e diz não existir provas acerca dos argumentos elencados. “Eles disseram que os professores representam 87% dos gastos com servidor público de Juazeiro do Norte, mas não apresentaram nada à Justiça que comprovasse isso”, diz a sindicalista. "Estamos organizando as provas a nosso favor e mobilizando os professores para recorrer na Justiça contra essa redução inconstitucional", finaliza.
Outra medida estudada pelos educadores é um dialogo com os quatro vereadores que se ausentaram antes da votação (João Borges – PRTB; Zé Ivan Leiteiro - PT do B e Mara Torres - MD), ainda de acordo com Mazé, devido ao tumulto em que ocorreu a votação, não houve chance de diálogo entre as partes. “Foi muito tumultuada, os professores foram barrados, ninguém conseguia nem respirar por causa do spray de pimenta. A sessão deve ser feita novamente”, diz.
Os vereadores que se abstiveram à votação ainda não se manifestaram sobre a possibilidade de pedir que a sessão seja anulada. Já o presidente da Câmara, vereador Antônio de Lunga, afirmou que, apesar dos protestos, a votação foi aprovada seguindo os regimentos internos do poder legislativo municipal.
Spray, agressões, choro e corte salarial
Ao longo da votação a câmara se transformou em um palco de “batalhas”; de um lado professores reivindicavam seus direitos, utilizando-se de cartazes e gritos de ordem, do outro, policias militares e guarda municipal usaram spray de pimenta para “conter os ânimos” e garantir a realização da votação.
Com a aprovação da PCCR - Plano de Cargos, Carreira e Remuneração - 220 professores de Juazeiro recém-ingressados no cargo perdem de imediato bônus de 40%, além de outros benefícios. Esses servidores passam a ganhar o piso salarial para professor do município que é de R$ 783,00.
Além disso, o novo regimento prevê que outros 2.300 servidores percam, de forma gradativa, bônus outro conseguidos, como por exemplo a redução do nível de aumento salarial por tempo de carreira. Antes da aprovação, cada professor recebia automaticamente um aumento de 5% no salário a cada três anos no serviço público, com a mudança, o aumento a cada três anos é de 3%, caso seja aprovado pelo poder executivo.
Greve
A presidente do SINSEJUN diz que a classe irá esperar 72 horas, como prevista em lei, para então deflagrar a greve. “Vamos aguardar até 15h30 de hoje, depois disso podemos paralisar as atividades a qualquer momento”, afirma.
André Costa
Foto: Normando Sóracles / Ag. Miséria
Fonte: Miséria
Santana do Cariri (CE): Ato religioso reúne 2 mil agricultores
Produtores rurais de municípios do Cariri participaram da 21ª Celebração da Colheita, realizada nesta cidade. O evento reuniu cerca de 2 mil agricultores e incluiu uma caminhada pelo Centro da cidade e missa na quadra poliesportiva da cidade. O momento de oração contou com uma parada na Igreja Matriz de Nossa Senhora Santana, para oração à Benigna Cardoso da Silva.
Participaram da caminhada no último domingo, os agricultores dos municípios de Altaneira, Nova Olinda, Assaré e a Santana. A perda de praticamente toda a safra de milho e feijão levou os agricultores a pedir por um bom inverno no próximo ano e auxílio maior do governo, com políticas públicas para enfrentar mais um ano de seca.
Preocupante
Segundo o presidente do Sindicato dos Agricultores de Santana do Cariri, Eudes Nascimento da Silva, esse é um momento extremamente preocupante para os pequenos produtores, que têm com auxílios planos como o Garantia-Safra e o Bolsa-Estiagem, mas ainda não são suficientes para suprir a dificuldade enfrentada, diante do quadro de seca que levou a perdas equivalentes a até 100%. Ele lembra que Santana do Cariri chegou a ser um dos maiores produtores de milho da região.
Fonte: Diário do Nordeste
Editora Abril anuncia fim da Playboy brasileira e outras 11 revistas
O grupo Abril anunciou, na última sexta-feira, que está passando por uma reestruturação. Em comunicado, a empresa afirmou que serão feitas mudanças para que aconteça "um equilíbrio entre produção de conteúdo impresso e digital" e a "racionalização dos recursos".
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo , executivos do grupo afirmaram que 11 revistas - entre elas "Playboy", "Contigo" e "Capricho" - deixarão de circular. No entanto, o grupo Abril ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Ainda assim, a notícia já está repercutindo nas redes sociais. No Twitter e no Facebook, muitos internautas se mostraram preocupados com o fim da "Playboy".
Fonte: O Dia
Tradição secular: um guardião da memória
O discurso bem moldado remete a um cronista de escrita diária. Aos 83 anos, o médico e pesquisador barbalhense Napoleão Tavares Neves é apontado na região como um dos grandes conhecedores da tradição do Pau da Bandeira. Filho de senhores de engenho e criadores de gado, atua como médico em Barbalha desde 1959, dedicando-se paralelamente à escrita e à pesquisa.
Clínico geral ainda em atuação, o médico Napoleão Tavares Neves é uma referência na região quando o assunto é a história de manifestações populares
Diariamente, ele recebe em sua residência grupos de estudantes, jornalistas e pesquisadores em busca de informações - sobre a cultura popular da região, sobre a fauna e a flora da Chapada do Araripe e sobre medicina. Professor Honoris Causa da Universidade Regional do Cariri (URCA), ele estudou, por meio de documentos e entrevistas, temas como o cangaço, Patativa do Assaré, Luiz Gonzaga e a festa em homenagem a Santo Antônio.
Origem
“Em 1860, quando por aqui passou o Padre Mestre Ibiapina (José Antônio Maria Ibiapina), que era um homem carismático que ditava as normas para o povo, ele recomendava nos sítios e fazendas onde ele chegava, que havia festa do padroeiro, que se colocasse a bandeira do santo no mastro na frente da casa da fazenda. Esse costume foi passando para as capelas, para as vilas e para as cidades”, afirma, sobre a origem do ritual no sertão cariri.
O relato, revela, foi colhido com um antigo penitente do Padre Ibiapina, Joaquim Couto Muniz, quando este já beirava os 100 anos de idade. Esta é a menção mais antiga ao Pau da Bandeira de Barbalha que conseguiu encontrar. Outra data chave, e mais aceita como a origem da festa, é o ano de 1929, quando o então pároco de Barbalha, José Correira Lima, teria recomendado que a retirada do Pau da Bandeira acontecesse anualmente, com a escolha de uma árvore da encosta da Chapada do Araripe, dos sítios São Joaquim, Flores, ou Santa Rita, e fosse carregado nos ombros “até com mortificação”, frisa, e hasteado na Igreja Matriz. “Foi aí que a tradição chegou aos moldes atuais. A coisa foi se avolumando, na década de 1930, surgiu a figura do Capitão do Pau da Bandeira, que até então não havia. Dizem que o primeiro foi Taumaturgo Filgueira, que era um esportista de família importante daqui. Uma espécie de líder para que não houvesse tanta bagunça”, narra. Apesar de estudar o ritual e ter acompanhado muitas edições dos festejos, Napoleão Tavares é hoje crítico da derrubada das árvores.
Ele alerta que, ao contrário do que se imagina, o ritual não se restringe a uma espécie por ano. Das recomendações do Padre Ibiapina, além do Pau da Bandeira de Barbalha, somente na zona rural do município existem cerca de outros 35 festejos a outros santos que incluem o hasteamento do pau. “Cada capela, no dia dos seus respectivos padroeiros, tem um pau da bandeira, mas em menores proporções”, diz.
Ele ainda arrisca propor uma modificação no ritual para que, ao fim do período festivo, o mesmo tronco fosse recolhido e guardado para que fosse novamente carregado no ano seguinte. “Acho que tradição não pode invalidar a natureza, nem o meio ambiente, nem a ecologia. Todos esses paus de bandeira são árvores que são sacrificadas, que a natureza construiu durante séculos e são sacrificadas para uma tarde de orgias”, contesta.
Fonte: Diário do Nordeste
Joelma anuncia fim da Banda Calypso para se dedicar à música gospel
Na noite do último sábado (08), durante o show no São João do Capitá, uma festa junina de Recife, Joelma declarou que vai se dedicar à música gospel, pois precisa entregar sua carreira "à obra de Deus". Poucos momentos mais tarde, Natália Sarraff , filha da cantora, usou as redes sociais para defender a posição da mãe.
"Tudo que é bom dura pouco? Pelo contrário, tudo que é bom dura para sempre, pois tudo de Deus dura para sempre. Feliz por sua decisão, minha mãe. Te apoio, pois te conheço e sei o que se passa em seu coração, e sei que agora você está feliz de verdade", escreveu ela.
Muitos fãs lamentaram o fim da Calypso e Natália pronunciou-se novamente pelo Facebook. "Só acho assim: ninguém morreu, pelo contrário. Acaba de nascer uma nova vida, a vida que Deus escreveu muito antes do nascimento. Então, vamos parar de falar bobagens e agradecer a Deus! Pois tudo nessa vida só acontece se Ele permitir, e tudo é para Sua glória. Só sei dizer que estou feliz, feliz por saber que a pessoa que mais amo está feliz", completou.
Apesar das declarações que dão a entender o fim da banda Calypso e o apoio da família, a assessoria de imprensa da artista garante a continuidade. "Ainda não tem nada certo sobre isso. Eles vão sentar e conversar. Depois que estiver tudo decidido, vão fazer uma coletiva de imprensa para anunciar as novidades. Mas, por enquanto, a Banda Calypso segue com as atividades e cumpre toda a agenda. Todos os compromissos assumidos por eles serão cumpridos", falou a assessoria ao iG .
Joelma é evangélica, casada com Chimbinha, também da banda, e recentemente declarou sua vontade de gravar CD com música gospel. De acordo com a assessora, 2014 a Banda Calypso deve continuar existindo por conta dos projetos em andamento.
Polêmicas de Joelma
Em março deste ano, Joelma teria dito que ser gay é equivalente a "um drogado tentando se recuperar", teria dito ela. "Tenho muitos fãs gays, mas a Bíblia diz que o casamento gay não é correto e sou contra... Já vi muitos se regenerarem. Conheço muitas mães que sofrem por terem filhos gays. É como um drogado tentando se recuperar". No entanto, a cantora nega que tenha feito declarações homofóbicas em seus comentários.
Fonte: iG
Sua saúde: Comer queijo pode prevenir cáries, diz pesquisa americana
Consumir produtos feitos com leite é vital para manter a boa saúde do corpo, especialmente a dos ossos. No entanto, uma nova pesquisa da Academy of General Dentistry, de Chicago, nos Estados Unidos, concluiu que queijo e outros laticínios podem ajudar a evitar o desenvolvimento de cáries.
O estudo avaliou o pH dos dentes de 68 adolescentes entre 12 e 15 que foram divididos em três grupos: o primeiro comeu queijo cheddar, o segundo tomou leite e o terceiro consumiu iogurte sem açúcar. Depois de se alimentarem, os jovens enxaguaram a boca com água e tiveram o nível de pH medidos em intervalos de 10, 20 e 30 minutos. A conclusão foi que o grupo que comeu queijo registrou o aumento do pH.
O objetivo da pesquisa era identificar este número, já que ter pH menor que 5,5 indica que a pessoa tem grandes chances de ter os dentes desgastados, e, portanto, quanto maior que 5,5 for o pH, menos chance de desenvolver cárie a pessoa terá.
Segundo os especialistas, o aumento do número do pH pode ter ocorrido devido a uma produção maior de saliva, mas eles também concluíram que o queijo tem diversos compostos que aderem ao esmalte dos dentes, protegendo-os ainda mais dos ácidos da boca.
"Parece que os laticínios fazem bem à boca. O queijo não é apenas um produto saudável, mas também pode ser considerado uma medida preventiva contra cáries", afirmou o porta-voz da Academy of General Dentistry, Seung-Hee Rhee.
Fonte: Terra
Barbalha (CE): Os guerreiros ébrios da tradição
O sacrifício é sagrado, a cachaça é profana. A máxima da união entre o sagrado e o profano que permeia o carregamento do Pau da Bandeira de Santo Antônio, em Barbalha (a 553 km de Fortaleza) está em qualquer estudo sobre o assunto, nas linhas de aberturas dos repórteres que acompanham o cortejo e, até mesmo, incorporada ao discurso dos carregadores. Ainda que desgastada, é, de fato, o que melhor define o ato de martírio a que são submetidos os cerca de 150 homens que anualmente arriscam-se em um ritual religioso tenso, doloroso, mas, também, repleto de excessos.
Ao passo que a multidão que se amontoa no centro histórico de Barbalha embalada à carros de som remete à de festejos como o carnaval, a entrada dos carregadores na Cidade, devolve-nos a uma realidade quase medieval, com homens recobertos de lama, carregando nos ombros um mastro que, em média, pesa mais de duas toneladas. Este ano, um jatobá medindo 23 metros. "Aqui, tudo é uma família só. Nosso papel é esse. É preciso ter fé, que Santo Antônio dá força e coordena para não ter acidente", diz o carregador Isaac Santos de Andreza, pedreiro, de 25 anos, que desde os 15 participa do cortejo.
Ritual
No último domingo, dia dois de junho, o grupo começou a se reunir cedo da manhã no Sítio Flores, há seis quilômetros do local onde o mastro seria hasteado. O tronco foi cortado dia 16 de maio, e descansava, já sem casca, na chamada "cama do pau", onde permaneceu secando por pelo menos 16 dias antes do carregamento. A cachaça e a lama banham os carregadores, enquanto aguardam a ordem do capitão do Pau, Rildo Teles, para darem início ao cortejo.
"Eu entrei nesse cortejo como todo barbalhense que se preza, que é católico, que é devoto de Santo Antônio. Já está no sangue. Sempre quando você é jovem, você tem aquela vontade, mesmo quando é adolescente, você desperta aquela vontade de participar desse evento. Não se trata de uma festa profana, como muitas reportagens falam. Ela é uma festa religiosa, cultural", afirma um dos coordenadores do cortejo, Edvan Pereira da Silva, de 48 anos, enquanto aguarda a saída.
Este ano, devido a um atraso no término previsto para a missa à Santo Antônio, que é rezada na Igreja Matriz, a qual capitão Rildo estava presente, a ordem para o início do carregamento veio por telefone, e o cortejo foi, inicialmente, liderado por Edvan. "Juntamente com o capitão nós temos uma equipe de coordenação. Na ausência dele, essa equipe tem a incumbência de tomar posição para evitar qualquer incidente, qualquer situação que, por ventura, venha a acontecer", explica.
E os acidentes, realmente, acontecem. Embora o cortejo deste ano tenha acabado sem grandes machucados, não são raros os relatos sobre os "mutilados do pau". Pessoas que têm membros esmagados ao serem surpreendidos por uma derrubada. São duas toneladas nas costas de homens dormentes pela cachaça que se esforçam para avançar com o cortejo na estrada. Na base do troco, mais grossa e pesada, vão os mais fortes e experientes. Na retaguarda, cordas esticadas para todos os lados são amarradas a parte fina do tronco e seguradas por carregadores, que têm a incumbência de direcionar o cortejo e segurar o andamento nas ladeiras.
Aos gritos e sob forte tensão, os coordenadores seguem à frente do cortejo, motivando, "tá bonito, tá bonito", pedindo força, "êôôôô", e tentando direcionar o grupo. Da estrada carroçável que dá acesso ao sítio, eles seguem para uma pista de asfalto secundária e para a Avenida Paulo Sampaio, rumo ao centro histórico. A tensão aumenta quando o cortejo perde o eixo, cambaleia para a esquerda ou a direita. Dezenas de pés beiram o acostamento, arriscando um tropeço seguido de um sério acidente. O som seco de quando o pau despenca na pista é seguido de gritos e carregadores ao chão ou sentados sobre o tronco. Assustador para quem desconhece.
A tensão do carregamento é liberada com brincadeiras que ora parecem de extrema molecagem, ao baterem uns nos outros com garrafas pet, pedaços da casaca do pau ou ao escolherem uma vítima para derrubar e recobrir de areia e lama; ora violento, com tapas e voadoras, discussões falsas, que são, via de regra, seguidas de abraços. Todos bem, o cortejo descansa alguns minutos, bebe, se banha em baldes de água deixado nas calçadas pelos donos das casas por onde passa, e seguem.
Modificações
Ao longo dos anos, uma série de mudanças foram instituídas ao cortejo, para reduzir os riscos ou para favorecer o "espetáculo" ao público. Este ano, por exemplo, o cortejo gerou protestos de uns e espanto de outros, pelo ritmo que foi dado ao carregamento. Às 18 horas, o Pau já estava erguido na Praça da Matriz. Em 2012, o hasteamento aconteceu por volta das 23 horas. Entre as criações instituídas ao longo dos anos como medidas disciplinadoras, estão, por exemplo, a carroça com a "Cachaça do Vigário", que acompanhava o caminho dos carregadores com um barril de aguardente.
"O barril foi instituído para evitar acidente, porque as pessoas levavam cachaça em garrafa de vidro", pontua o advogado Josep Malma de Sampaio, filho do prefeito Fabriano Sampaio, que incentivou a mudança. "Hoje a carroça é mais folclore, porque já existem as garrafas pet e cada um leva a sua", completa.
Um grupo de carregadores "profissionais", conta Josep, também era mobilizado na década de 1970 a pedido do prefeito para ajudar e diminuir os riscos. "O pessoal bebia muito, se excedia, os mastros, pelo que contam, era maior que os que são carregados hoje. Ele arrumava pessoas contratadas para se infiltrarem no Pau da Bandeira, estando sóbrias, para que diminuísse os acidentes. Mas o carregadores não permitiam isso. Se soubessem, eles tiravam. Os caras tinham que passar despercebido, iam para reuniões. Hoje isso virou um procedimento já comum e aceito", revela.
Chegada
O cortejo do último domingo chegou a rua do Vidéo, que dá acesso à Matriz, por volta das 16 horas. Um buraco medindo quase dois metros era o destino final. Um pouco mais recuada, em meio à multidão, já havia sido cravada ao chão a máquina que ajuda a hastear o tronco. Outra questão de segurança. "Na época (década de 1970), Padre Eusébio, que hoje é monsenhor, disse que não teria mais condições de ficar responsável pelo Pau da Bandeira porque era um perigo de acidente muito grande na hora do hasteamento. Meu pai (Fabriano), como prefeito, para que a Igreja continuasse corresponsável, pediu ajuda a Mestre Pedro Batista (mecânico e inventor respeitado na região, casado com uma sobrinha do Padre Cícero), que desenvolveu um sistema de cabo de aço para ajudar a levantar e diminuir esse risco", contextualiza Josep. Antes, o pau era levantado apenas com um sistema de tesouras de varas cruzadas, que hoje apenas auxiliam o processo.
Ainda assim, foi preciso toda atenção dos carregadores no processo, guiando o tronco com as tesouras - para que não pendesse sobre as centenas de pessoas que se amontoam em volta - até que estivesse perpendicular e acomodado no buraco. Terra e pedras fecham o restante do buraco e dão sustentação ao mastro, com a altura de um prédio de sete andares. No topo, a bandeira do padroeiro. "Mais um ano, graças a Deus, graças a Santo Antônio", ouvia-se.
FÁBIO MARQUES
REPÓRTER ENVIADO A BARBALHA
Fonte: Diário do Nordeste
Dez tentativas de homicídios à bala, faca e até cadeiradas em quatro municípios do Cariri
O final de semana teve apenas o registro de um homicídio em Juazeiro do Norte, mas foram sete os atentados no período. Além dos bairros Tiradentes, Timbaúbas, Aeroporto, Antonio Vieira, Frei Damião e Santa Tereza em Juazeiro, outras tentativas aconteceram nos municípios de Granjeiro, Ipaumirim e Barbalha. Foram atentados à faca, bala, pauladas e até cadeiradas. Por volta do meio-dia de sábado, na Rua Ivany Feitosa (Tiradentes), aconteceu a primeira delas.
Uma pessoa identificada por Orlando Pereira da Silva, de 37 anos, ali residente, agrediu a pauladas na cabeça o seu vizinho Francisco Viana Bandeira, de 60 anos, que foi socorrido para o Hospital Regional do Cariri (HRC). Orlando foi preso e vai responder por lesão corporal. Já por volta das 20 horas, na Rua Raimundo Daniel Freitas (Timbaúbas), o vigilante Cícero Teixeira Lima, de 36 anos, ali residente, foi vítima de atentado à bala.
Segundo testemunhas, vizinhos brigavam por conta de um som abusivo e ele foi tentar apaziguar os ânimos atraindo o conflito para si saindo alvejado no braço, sendo socorrido para o HRC em estado grave. Duas horas e meia depois, Adeuson Ferreira de Sousa, de 26, residente na Rua Francisco Galvão Pereira (Aeroporto), e Francisco de Assis Rodrigues Pereira, de 18 anos, que mora na Vila Nova no mesmo bairro, foram lesionados à facadas por uma pessoa não identificada com a qual discutiram.
Já no início da madrugada deste domingo Francisca Feitosa de Barros, de 61 anos, residente na Rua Maria Augusta (Antonio Vieira), também em Juazeiro, foi lesionada à faca no braço. Segundo ela, a autora do golpe foi outra mulher que teve um romance com o seu filho. Já por volta das 14 horas, um adolescente de 17 anos foi lesinado à bala na perna quando se encontrava na frente de sua casa na Rua Estudante José dos Santos Lopes (Frei Damião).
Testemunhas disseram que dois homens passaram em uma moto atirando na direção do rapaz. A vítima disse que não conhecia a dupla e nem os motivos para tanto. Por volta das 20 horas, na Rua São Damião (Santa Tereza), uma mulher de 33 anos disse à polícia que seu esposo Antonio Oliveira, de 34 anos, chegou em casa embriagado e agressivo vindo a atingir seus dois filhos de 5 e 13 anos com uma cadeirada. Antonio foi levado para a Delegacia.
Já no fim da tarde no Sítio Lagoa do Mel em Granjeiro, a polícia prendeu o agricultor Francisco Damião Cardoso, de 31 anos. Segundo o Comandante do Destacamento, Subtenente Paulo Yrtonny, o acusado mora no Sítio Cocos e estava agredindo e ameaçando com uma faca a sua esposa Raimunda Francisca Carlos de Sousa, de 28 anos. Ela está grávida de seis meses e Francisco foi levado à Delegacia, onde a polícia descobriu que o mesmo já responde por furto e roubo em São Paulo.
Por volta das 19h30min o funcionário público da Prefeitura de Ipaumirim, Evandro Galdino Cavalcante, de 39 anos, apelidado por Baldoc e residente na Rua Zeca Felizardo (Distrito do Felizardo), foi vítima de um atentado à bala. Segundo disse à polícia, na BR-116 perto da entrada de Ipaumirim, foi surpreendido por um Gol branco o qual emparelhou com sua moto e um dos ocupantes passou a atirar. Ele caiu e sofreu ferimentos leves, enquanto o carro seguiu viagem.
No mesmo horário, porém no Sitio Estrela em Barbalha, uma jovem de 24 anos residente no bairro Betolandia em Juazeiro, foi lesionada com um tiro na boca durante a festa do Pau da Bandeira naquela localidade. O acusado foi identificado como Emanuel Emerson Bezerra Barreto, de 19 anos, o Messin, que mora na Rua José Barbosa dos Santos (Vila Fátima), o qual foi preso com um revólver calibre 38 tendo quatro cartuchos intactos e um deflagrado. Ele é suspeito de ter tentado contra a vida do professor Carlucio Moura Campos, de 41 anos, em abril deste ano em Juazeiro.
Demontier Tenório
Fonte: Miséria
Receita Federal alerta para golpe de multa falsa
A Receita Federal emitiu um alerta aos contribuintes para uma nova forma de golpe por correspondência. Uma notificação é enviada pelos bandidos para as empresas, equivalente a uma multa, caso os contribuintes não paguem o Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS).
Junto com a multa, há um título bancário com o valor a ser pago. A Receita Federal verificou a falsidade do documento porque o ISS é de competência municipal e não do órgão federal. Além disso, a Receita não emite títulos bancários e sim DARF ( Documento de Arrecadação de Receitas Federais).
“A Receita Federal esclarece ainda que seus despachos, quando enviados por correspondência, seguem sempre por meio de envelope timbrado e com Aviso de Recebimento – AR”, afirma o alerta divulgado pelo órgão.
Fonte: Diário do Nordeste
Parentes de autoridades, empresários e até mortos recebem Bolsa Família, aponta CGU
Servidores, empresários, produtores rurais, alunos de escolas particulares, familiares de autoridades e até pessoas falecidas constam na lista de beneficiários do Bolsa Família, segundo relatórios de fiscalização produzidos pela CGU (Controladora Geral da União) no início de 2013.
Na última etapa do programa de fiscalização por sorteio, segundo apurou o UOL, todos os 58 relatórios de municípios divulgados no site da CGU apresentam indícios de irregularidades no maior programa social do mundo, que atende a 13 milhões de famílias no país. A fiscalização foi feita no final de 2012, com relatórios divulgados no início deste ano.
Nesses municípios, a CGU encontrou mais de 5.000 benefícios pagos a pessoas que supostamente teriam renda per capita familiar superior ao limite estabelecido pelo programa. O UOL entrou em contato com o Ministério de Desenvolvimento Social, para obter ter detalhes de como é feita a fiscalização aos cadastros e aos municípios, mas não obteve retorno até a publicação dessa reportagem.
Somente em Belford Roxo (RJ), o relatório da CGU informou haver "1.512 famílias beneficiárias que constam na folha de pagamento de Julho/2012 na situação de benefício 'liberado' e que apresentam renda mensal per capita superior a meio salário mínimo".
Além de irregularidades no pagamento, os relatórios apontaram para uma série de problemas, como falta de controle da frequência escolar e do cartão de vacinação das crianças, inexistência de comissão gestora do programa e até desvios de recursos enviados para atividades complementares.
Pagamentos irregulares
O principal problema apontado pelos técnicos da CGU é a inclusão de pessoas com renda superior ao máximo permitido. Em alguns casos, há também servidores e familiares de autoridades inclusas na lista.
Em São Francisco de Assis (PI), a mulher de um vereador estava inclusa na lista do Bolsa Família. Outra beneficiária era a filha da coordenadora de Apoio ao Idoso, da Secretaria Municipal de Assistência Social --que é responsável pelo cadastro dos beneficiários. Além disso, ela e o marido são donos de uma panificadora e uma pousada.
Muitos servidores com salários acima do máximo estabelecido pelo programa também são beneficiários. Em Olindina (BA), cinco servidores públicos, entre eles dois estaduais da Secretaria da Educação e da Assembleia Legislativa da Bahia, estavam na lista.
Em Vazante (MG), vários servidores com renda superior a R$ 1.000 mensais recebiam o benefício. Um deles ganhava R$ 134 de Bolsa Família, mesmo com salário de R$ 2.279,05.
Mortos sim, vivos não
Em Xexéu (PE), a CGU encontrou pessoas mortas em 2011 na lista paga até o final do ano passado. Segundo a inspeção, o problema foi causado pela deficiência no controle do cadastro.
Enquanto mortos "recebem" o Bolsa Família, há pessoas vivas, enquadradas no perfil do programa, que ainda lutam para receber o benefício. Em Lagoa Alegre (PI), uma beneficiária do programa constava na folha de pagamento, mas afirmou que nunca havia recebido o cartão. Por mês, R$ 102 ficam na mão de alguém não identificado.
Enquanto isso, pessoas ricas recebem o benefício, como em São José do Sul (RS), onde uma produtora rural com faturamento anual, em 2011, de R$ 955 mil era beneficiária do programa. Em Barra do Ribeiro (RS), uma mulher era beneficiária, mesmo sendo dona de uma empresa e possuindo, junto com o marido, cinco carros.
Outros casos de empresários também foram encontrados em Jaguaribara (CE), onde uma dona de churrascaria recebia o benefício. Em São Domingos (SE), havia um dono de mercearia na lista.
Sem controle e desvios
Além dos problemas no pagamento, a CGU também encontrou outros problemas organizacionais e desvios de verbas pelos municípios.
Em Aliança (PE), a CGU verificou a suspeita de fraude nos recursos enviados ao programa, com a não comprovações de despesas no valor de R$ 90 mil. O dinheiro deveria ter sido usado para contratação de empresa para promoção de cursos de qualificação profissional.
Em Populina (SP), a Coordenação Municipal do Programa não havia sido instituída formalmente, como prevê o programa. O município também não havia constituído outra exigência: a instância de controle social do Bolsa Família.
A falta de controle da frequência de alunos é outro problema presente em boa parte dos municípios. Em Jaguaribara (CE), alguns filhos de aluno não eram sequer matriculados em escolas.
CGU explica
Em nota encaminhada ao UOL, a CGU informou que os cadastros dos beneficiários do Bolsa Família devem ser fiscalizados por amostragem pelos municípios, uma vez que as informações lá contidas são autodeclaratórias e passíveis de fraudes.
Segundo a CGU, as pessoas que solicitam o benefício assinam um termo de confirmação das informações prestadas, mas não têm obrigação de apresentar documentos que comprovem os dados.
"Os municípios têm a obrigação de verificar as informações coletadas de pelo menos 20% das famílias cadastradas por meio de visita domiciliar, a fim de avaliar a fidedignidade dos dados coletados nos postos de atendimento", informou.
A CGU lembrou que a gestão do programa, porém, é descentralizada e deve ser compartilhada entre a União, estados, Distrito Federal e municípios. "Os entes federados devem trabalhar em conjunto para aperfeiçoar, ampliar e fiscalizar a execução do Programa".
Falhas
A CGU informou que, para sanar as falhas constatadas, são formuladas recomendações ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, "o qual atua junto aos municípios quando necessário." Muitas das recomendações foram publicadas em relatório no ano passado.
Sobre o controle e fiscalização dos municípios, a CGU ressalta que "a principal forma de controle sobre a gestão municipal, estabelecida pela legislação do Programa, é a atuação das Instâncias de Controle Social, responsáveis pela fiscalização e acompanhamento local". Muitos dos municípios investigados não tinham essas instâncias.
Sobre o controle da frequência escolar e do cumprimento da condicionalidade da saúde, a CGU disse que ela é responsabilidade dos municípios.
Boatos
Há menos de um mês, após boatos de que o Bolsa Família acabaria ou que haveria um depósito de abono, 900 mil beneficiários do programa sacaram R$ 152 milhões em apenas um fim semana, entre os dias 18 e 19 de maio. Uma semana depois, após reportagem da "Folha de S.Paulo", a Caixa Econômica Federal confirmou que, um dia antes do início dos boatos, alterou, sem aviso prévio, todo o calendário de pagamento do Bolsa Família.
Todos os benefícios, em um total de R$ 2 bilhões, foram liberados de uma só vez nas contas das 13,8 milhões famílias atendidas. A Caixa pediu desculpas pelo erro de comunicação. A oposição pediu a demissão do presidente da Caixa, ao governo, o que foi negado pela presidência. A presidente Dilma chegou a chamar os boatos de "desumanos" e "criminosos".
Já a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, chegou a postar no Twitter que os rumores deviam "ser da central de notícias da oposição", depois voltou atrás. A Caixa informou ao UOL que o calendário de junho está mantido, com início de pagamentos dia 17, conforme datas previamente divulgadas.
Fonte: UOL
Barbalha (CE): A festa do santo, dos grupos tradicionais e da folia
Às 17 horas do domingo que abre os festejos à Santo Antônio em Barbalha, marcado pelo hasteamento do Pau da Bandeira, o cortejo de carregadores precisa de um abre alas contundente - com carro, fogos, seguranças e cordas de isolamento - para conseguir chegar à Praça da Matriz. Uma multidão estimada em 300 mil pessoas lota varias ruas do centro histórico do município, tornando um exercício de fé e paciência chegar, com duas toneladas nas costas, ao local do hasteamento.
O dia do cortejo do Pau da Bandeira contabiliza o maior volume de pessoas dos 13 dias de festa. A aglomeração começa ainda cedo, para assistir a missa dedicada a Santo Antônio, no início da manhã. Às 10 horas, muita gente já está à postos para acompanhar o desfile dos grupos tradicionais, reisados, bandas cabaçais, penitentes, vaqueiros, maneiro pau, após a missa, seguidos de shows – com atrações locais e nacionais em palcos montados dentro da cidade, no Largo do Rosário e no Marco Zero, e fora, no Parque da Cidade - que seguem durante a tarde e a noite.
A quantidade de pessoas nas ruas cresce a medida em que o dia vai caindo. No fim da tarde, além do público curioso em ver as homenagens à Santo Antônio, alheios a qualquer programação, há uma confusão de carros com paredões de som e jovens amontoados em volta, garrafas de vodca e uísque debaixo do braço, embalados pela aleatória e original mistura de funks, forrós, música sertaneja, que sai ao mesmo tempo de cada equipamento.
“A cidade se torna pequena para a multidão que se tem. Barbalha tem em torno de 60 mil habitantes e você coloca cinco, seis vezes a população em um só dia”, dá a dimensão o atual secretário da Cultura, Antônio de Luna, responsável pela organização da festa deste ano. Barbalhense, desde os anos 1970 ele acompanha a Festa do Pau da Bandeira e as mudanças que ocorreram ao longo destes anos. “Antigamente, a festa era feita de forma muito mais voluntaria. Não era tão comercial como hoje. As escolas, as duas maiores de Barbalha, que eram o Colégio Nossa Senhora de Fátima e Colégio Santo Antônio, colocavam duas barracas, Abano e Cabana, e disputavam quem apurava mais pra Igreja. Era uma festa bem mais religiosa do que hoje, até pelos costumes da época”, compara, ponderando que ainda se encontra voluntariado na organização da quermesse, das atividades religiosas, mas em menor proporção.
Mudanças
Um dos marcos de reorganização da Festa do Pau da Bandeira aconteceu na própria década de 1970, quando o então prefeito Fabriano Sampaio repensou o evento para dar mais visibilidade a Cidade, agregando novos elementos ao dia do carregamento. “Ele já tinha na época uma preocupação com a cultura popular, com grupos que ele via quando criança.
Segundo ele, no início dos anos 1970, praticamente não se via mais essas apresentações, que estavam restritas as localidades, nos sítios”, lembra o filho de Fabriano, Josep Sampaio, advogado e atual diretor do Colégio Santo Antônio. A intenção era que a festa crescesse, reforça. Os grupos foram mapeados por alunos do colégio Santo Antônio e Nossa Senhora de Fátima e passaram a receber apoio da prefeitura para que se apresentassem na festa. Sobre o período, radialista e ex-prefeito João Hilário, lembra ter sido convidado por Fabriano para animar o cortejo e apresentar os grupos durante os dias de festa. “Me tornei o apresentador da festa, nas apresentações artísticas, ainda sem grandes shows, só com grupos locais e o folclore. Uma noite era o maneiro pau, outra noite o reisado, outra noite os penitentes. E comecei a fazer a locução do Pau da Bandeira, estimulando os carregadores, falando da história da cidade, elevando a autoestima. Aquilo contagiava bastante. Fiz aquilo por 25 anos, mesmo como prefeito”, lembra.
Shows
João Hilário esteve à frente da prefeitura de Barbalha nos anos 80, com um mandato de seis anos e nos anos 1990. O crescimento do público, avalia, aconteceu à medida que a festa foi ganhando projeção na imprensa e foi acompanhado pelo volume de atrações musicais. “No meu primeiro mandato, a festa era feita na praça. Chegamos a receber Luiz Gonzaga, lançando em 1987 a música 'Festa de Santo Antônio'. Falei com Gonzaga, ele tinha gravado músicas com Juazeiro, com o Crato e não tinha ainda contemplado Barbalha. Ele me perguntou se daria certo Alcymar Monteiro fazer a música. Alcymar fez, Luiz Gonzaga gravou”, lembra.
Nos anos seguintes, a festa tomou dimensão tal que, durante a gestão de Rommel Feijó, foi necessária a construção do Parque da Cidade, espaço onde até hoje são realizados os grandes shows. Entre os nomes que João Hilário lembra ter passado pela Festa de Santo Antônio, estão, além de Gonzagão, Luís Melodia, Roberta Miranda, Tribo de Jah, Fundo de quintal, Oswaldinho do Acordeom, Genival Lacerda, Meirinha.
“Em 1992 foi o ano que teve o maior festival, com dois, três grandes shows por noite”, complementa Josep. Fazendo uma interlocução com as ponderações de seu pai (que encontra-se hospitalizado) sobre o desenvolvimento da festa, ele aponta uma preocupação de que a parte religiosa da festa se dilua em meio às atrações profanas. “Uma coisa que ele frisa de diferença entre o passado e o presente é que o cunho religioso era muito mais evidente. Os penitentes, as pessoas olham hoje como se fosse grupo de cultura. Mas existe o lado religioso. A percepção do lado religioso está menor e a festa tomou dimensão tão grande que as vezes os grupos passam despercebidos”, avalia.
Foto: SAMUEL PINHEIRO
Fonte: Diário do Nordeste
Mulher quer transar com 100 mil homens
Fazer sexo com 100 mil homens ao redor do mundo. Esse é o objetivo de Ania Lisewska, polonesa de 21 anos, que quer completar o feito para entrar no livro dos recordes.
A maratona pela qual passará a polonesa já teve início em maio e, segundo ela própria, só terminará depois que o objetivo dos 100 mil for atingido. Amante do sexo, ela espera quebrar paradigmas com sua tentativa.
"A Polônia é um país no qual o sexo é um tabu, qualquer pessoa que queira realizar suas fantasias sexuais é considerado pervertido, prostituta ou doente mental", afirma ela, que se considera "amante de sexo, diversão e homens".
Atingir o objetivo não é nada fácil. Caso tenha um fôlego acima do normal e durma 8 horas por dia, Ania conseguiria transar com 16 homens por dia, um a cada hora. Seriam, então, necessários mais de 17 anos para que ela completasse sua conta. Tempo demais, não?
Fonte: Yahoo!
Juazeiro do Norte (CE): Animais perambulando na Avenida Leão Sampaio representam riscos de acidentes
Seis dias após uma colisão de veículos que resultou na morte de um casal de acadêmicos de administração, animais soltos na Avenida Leão Sampaio se ofereciam como risco de novos acidentes. Além da imprudência de alguns motoristas, jumentos, burros, cavalos e outros já respondem por grande número de ocorrências no trânsito, sendo algumas com vítimas fatais.
Na manhã deste domingo, o repórter fotográfico, Normando Sóracles, flagrou vários animais de um lado para outro daquela rodovia estadual e, coincidentemente, no mesmo local do acidente que vitimou os dois jovens na noite da última segunda-feira. Apesar do caso anterior não ter sido motivado por animais soltos na pista, estes terminam contribuindo para novas ocorrências.
Muitos motoristas foram surpreendidos pelos jumentos e alguns tiveram que frear mais bruscamente para evitar uma batida. Na luz do dia, os riscos são menores, porém, no período noturno, a probabilidade de acidente é maior. Nesse mesmo trecho em novembro de 2009, por exemplo, um cavalo solto na Avenida Leão Sampaio por pouco não custou a vida do médico Josemar Ferreira de Lacerda.
Demontier Tenório
Foto: Normando Sóracles / Ag. Miséria
Fonte: Miséria
Barbalha (CE): A sustentabilidade ambiental e cultural do Pau da Bandeira*
A forte representação histórico-antropológica das tradições agrárias, representadas por reisados, penitentes, quadrilhas, bumba meu boi, maneiro pau, dança do pau de fita, pau de sebo, bandas cabaçais, quadrilhas e outros grupos de brincantes, em sintonia com a religiosidade expressada na fé em Santo Antônio, evidenciou Barbalha, no Cariri cearense, como um município de forte potencial cultural no cenário das tradições culturais nordestinas.
Lamentavelmente, o impulso cultural efetivado pelo poder público na gestão do então prefeito Fabriano Livônio Sampaio, na festa do Padroeiro da cidade, na década de 1970, não foi, ao longo das décadas seguintes, continuado. Essa potencialidade latente, recorrida apenas por ocasião da Festa do padroeiro, torna-se hoje objeto de profunda reflexão, relativa à sua sustentabilidade ambiental e cultural. Isso, por que se tornou visível a fragilidade das praticas culturais e o modelo engessado a que são submetidas por parte de sucessivas gestões pública municipal da cultura, que ignoram e desvalorizam o significado de suas tradições.
Trata-se de grupos de brincantes, na sua maior parte, integrantes de comunidades tradicionais rurais, que passam o ano inteiro no ostracismo, desassistidos em suas localidades de origem. Por sua importância cultural, poderiam ser integrados às políticas desenvolvimento regionais, a partir da promoção de um turismo cultural que objetivasse a qualidade de vida das comunidades tradicionais camponesas. A recorrência aos grupos de tradição agrária ocorre unicamente condicionada pela existência do "desfile dos grupos", na abertura da festa do padroeiro, ocasião, em que são compradas vestimentas novas, para eles desfilarem pelas ruas da cidade no intuito de impressionar os turistas e visitantes.
Originalidade
A falta de sensibilidade, derivada de uma análise histórico-antropológica, que inviabiliza intervenções políticas positivas, para otimizar a operacionalidade dos festejos, de modo a garantir a sua autonomia e espontaneidade. Ao contrário, instrumentos de controle exercidos pelo poder publico, no decorrer dos anos, comprometeram a originalidade das manifestações, na festa do Padroeiro de Barbalha. É o caso dos zabumbeiros, cada vês mais reduzidos e que têm suas tabocas silenciadas até o momento do "desfile" de abertura da festa. Com isto deixaram de ser parte integrante da harmonia sonora das alvoradas que sinalizava o amanhecer o domingo de abertura da Festa, ao som das bandas de musicas e pipocar dos fogos. Alias a alvoradas de abertura da Festa já faz parte do passado.
Também excluíram as bandas cabaçais, do ritual de carregamento do pau de Santo Antônio, quando no passado era a única forma de animação e de transferência de energia festiva para os carregadores em meio à mata. Estas, num processo de aculturação, com conveniência dos organizadores da festa, foram substituídas por som mecânicos de veículos motorizados que acompanham o ritual, com músicas na maioria das vezes descontextualizadas dos padrões culturais que caracteriza o ritual. Nesse contexto, já houve anos em que se chegou até colocar micaretas, com "mamães sacode", "abadás" e tudo quanto se tem direito nas festas baianas, para acompanhar o cortejo. Sem falar, que já chegaram a fardar os carregadores do pau da bandeira com as cores de partido político do poder vigente, por ocasião da festa.
Nesse parâmetro, evidencio como nocivo a manipulação eleitoreira do ritual do carregamento do pau da bandeira, refletida no transporte de políticos em cima do mastro, para ganharem visibilidade diante da multidão. Trata-se de uma inversão de valores culturais, considerando, que essa prática cultural, era historicamente restrita a capitães do pau e carregadores mais experientes, e que agora, numa postura de desrespeito a tradições se torna vulgarizada, exercida por a qualquer um, conforme o seus interesses de projeção. É lamentável que esse aspecto de insustentabilidade cultural da festa, que se repete a cada ano, tenha como protagonista, ex-prefeitos e inclusive secretário de Governo de Estado. Autoridades que deveriam zelar pela boa gestão das praticas culturais em sintonia com a originalidade das tradições. Sobretudo, tratando-se de uma Festa que está em processo de salvaguarda pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, do ministério da cultura.
E evidente também que numa perspectiva antropológica, a sustentabilidade ambiental da tradição do ritual de corte do Pau da Bandeira, não pode ser interpretada apenas do ponto de visto técnico, excluindo o campo da subjetividade e das representações, do seu universo simbólico. Nos últimos anos, a dimensão ambiental tem sido reivindicada como elemento norteador das discussões sobre a Festa, considerando que o ritual se operacionaliza a partir do corte de uma árvore próxima à encosta da Chapada do Araripe. Fotos de satélite se denunciam que um percentual considerável da cobertura vegetal das áreas das florestas subcaducifólia, onde ocorre corte do pau, já foram devastada, não pelos rituais dessa prática religiosa, e sim, outras formas de intervenção antrópica, derivadas de outras atividades.
Torna-se a promoção de uma discussão mais holística, despojada dos fatores eminentemente técnicos que orientam os discursos preservacionista, movido muitas vezes apenas pela emoção e interesses políticos, desprovidos de estudos técnicos sobre sustentabilidade dessa tradição.
Meio ambiente
A proposta criação uma reserva especifica para fornece árvores para o ritual, não deve ser considerada, como princípio de sustentabilidade da tradição, visto que, ignora a dimensão fenomenológica, desconsiderando "lugar" (Sítios que fornecem a arvores para o ritual), como espaço vivido, historicamente e antropologicamente integrado à dimensão espiritual dessa manifestação. A escolha de um local específico para a prática desse ritual, fora das localidades onde secularmente ele se operacionaliza, já sinalizada juridicamente compromete o caráter identitário da tradição. Nessa proposta ignora-se que as especificidades das condições geoambientais, tais como, geomorfologia, hidrogeologia, insolação e escoamento superficial das águas, são fatores que condicionam o desenvolvimento biológico das árvores, que são incorporadas ao ritual, e que estas condições são inerentes à área de encosta da Chapada do Araripe.
É possível, sim, compatibilizar a tradição, com o meio ambiente equilibrado! Basta, a sensibilidade para se investir em estudos técnicos, tais como, a elaboração um mapeamento botânico das espécies e optando por árvores em fim do seu ciclo para serem agregadas ao ritual. Considerando o tempo de crescimento para que as árvores se tornem adulta, ao ponto de serem incorporadas ao ritual, é urgente o reflorestamento na floresta subcaducifólia onde há anos ocorres o corte do mastro. A forma como hoje o poder publico tenta compensar a retirada das árvores de pau de bandeira é totalmente desprovido de acompanhamento técnico e ignora os fatores geoambientais favoráveis ao seu desenvolvimento biológico. É necessário que realmente seja eito e executado um georefenciamento das árvores, cujos corte, causem menor impacto ambiental, preservando as espécies localizadas em áreas mais expressivas da encosta, as que compõem matas ciliares e localizadas à montante e próximas das fontes e seus córregos.
Estes e outros indicativos, há muitos anos, já deveriam ter sido considerados pelos pelas autoridades, objetivando a sustentabilidade da tradição, considerado que a arvore que se plantada hoje, levará, no mínimo, 50 a 70 anos para se tornar adulta e passiva de ser utilizada no ritual. Nesse caso, significa dizer que nesse período de espera de crescimento, as árvores, já existentes continuarão a ser incorporadas ao ritual. Além do mais, no município, durante o ano existem mais de 30 festas de padroeiros, em localidades urbanas e rurais que se espelham nos mesmos padrões de insustentabilidade da festa, adotando o corte de árvores nativas para paus de bandeira. A cada ano, os sinais de insustentabilidade, denunciam a necessidade de criação de um Conselho democrático e consultivo, constituído de todos os segmentos sociais para operacionalizar os festejos do padroeiro de Barbalha. A responsabilidade pela da Festa, deve ser de todos, não apenas da Prefeitura e da Paróquia. Em nome de Luiz Gonzaga, é preciso que a festa seja sempre de Primeira!
*JOSIER FERREIRA DA SILVA é geógrafo e historiador da URCA
ESPECIAL PARA O CADERNO 3
Fonte: Diário do Nordeste
Cid decide não reverter expulsões de soldados da PM
O governador Cid Gomes não irá reverter as demissões dos 10 soldados da Polícia Militar, que foram expulsos recentemente da corporação, acusados de terem participado de um encontro para deliberar sobre uma nova paralisação da PM no Ceará.
Há duas semanas, Cid havia se reunido com uma comissão formada por esposas de praças e se comprometeu a avaliar, pessoalmente, cada caso. Entretanto, segundo a assessoria de imprensa do Governo do Estado, o governador decidiu que não havia o que ser feito.
Os policiais foram expulsos após um inquérito da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) apontar que, durante uma assembleia geral da categoria, ocorrida em janeiro deste ano, eles teriam planejado um novo movimento paredista. Conforme a assessoria, Cid argumentou que a investigação da CGD foi bastante rigorosa, não havendo margens para a reversão.
"O que ele nos disse foi que avaliou os processo e concluiu que não havia motivos para retornar os soldados aos quadros da PM", disse a técnica de enfermagem Fernanda Caulo, que é esposa de um soldado e participou da reunião.
Além de Fernanda, outras duas esposas de policiais, além de uma advogada, se reuniram com o governador. Também estiveram presentes o vice-governador, Domingos Filho, e o chefe da Casa Militar, coronel Joel Costa Brasil.
Ainda durante o encontro ocorrido em maio, Cid também havia se comprometido em reconsiderar as transferências de policiais da Capital para o Interior do Estado. Os casos seriam discutidos no dia 22 deste mês, mas a reunião também foi antecipada para o 18. Uma lista com cerca de 150 nomes foi entregue ontem a Cid.
Fonte: O Povo
Descoberta a farsa! Sertanejos dão golpe na net para aumentar acesso em clipes
O colunista Léo Dias, do jornal "O Dia", revelou um esquema de fraudes para alavancar o número de visualizações de vídeos de artistas no YouTube e "criar" hits na net.
Fingindo ser assessor de um artista, Léo conversou por telefone com o especialista na fraude, que se identificou como Magalhães e ofereceu ao jornalista os seus serviços.
A conversa foi gravada. Magalhães revelou que os maiores sucessos sertanejos no YouTube têm o seu dedo.
Ele assumiu que existe uma ferramenta automática para promover o aumento de visualizações por meio de acessos em celulares, mas que o esquema deixa evidente a fraude.
"De um milhão de acessos, 950 mil são via mobile (celular). Eu prefiro trabalhar com geração de acessos reais", diz ele, explicando que possui contas em redes sociais para burlar a vigilância do YouTube.
"O mobile cobra R$ 3 mil por um milhão de visualizações. Eu cobro R$ 7,5 mil. Mas se o sistema deles cai, eu cobro mais caro", diz.
Sertanejos já apelaram - Magalhães apresentou seus casos de sucesso. Citou Gusttavo Lima, Luan Santana — "já fechei com o DVD dele que vai ser lançado" —, Munhoz & Mariano e Gabriel Gava, da música 'Fiorino'.
"Estou tentando falar com o escritório do Naldo. Hoje, eu consigo ganhar o prêmio Multishow com qualquer artista", diz ele, referindo-se à categoria voto popular da premiação.
A coluna entrou em contato com a assessoria do YouTube no Brasil. A empresa, que pertence ao Google, disse que leva a sério qualquer abuso contra o seu sistema. Pelo visto, o esquema ainda não foi investigado.
Fonte: A Tarde/UOL
Barbalha (CE): As solteiras devotas de Antônio, o santo casamenteiro
Aos pés da santa cruz da Igreja Matriz de Barbalha, quando o Pau da Bandeira de Santo Antônio é largado no chão por seus carregadores, para um breve descanso, moças solteiras e balzaquianas assombradas pelo caritó correm para tocar no pau, tirar uma lasquinha, sentar no pau. Risos e trocadilhos são inevitáveis, mas para muitas, esta é uma chance real de arrumar um marido.
"Já comprei a casca, já tomei o chá e amanhã vamos pegar no Pau", aposta Mazé Luna, cratense de 33 anos, durante a realização da "Noite das Solteironas", quermesse temática que acontece na véspera do cortejo. Juntamente com uma irmã, Mazé, diz estar apelando pela primeira vez à fama casamenteira de Santo Antônio. De cinco irmãs, conta, três casaram e destas, duas, só após sentar no Pau da Bandeira. "Nós duas ainda não pegamos, mas dizem que quem senta casa", garante, enquanto bebe um copinho do chá da casca do jatobá escolhido para mastro da bandeira.
A fama casamenteira de Santo Antônio é antiga, sem origem muito precisa, mas cultuada há décadas. Em Lisboa, são realizados nesta mesma época casamentos coletivos das "noivas de Santo Antônio". Lá, o santo é considerado protetor dos marinheiros, dos pobres, dos leiteiros, das jovens casadoiras e curador de infertilidade.
Casamenteira
Em Barbalha, a advogada e bacharel em letras Socorro Luna é a "Solteirona", título reconhecido por todos na cidade, é procurada durante o ano inteiro para assuntos ligados ao matrimônio.
Foi ela quem iniciou a noite temática, há 12 anos, e protagoniza a venda de kits casamenteiros, que incluem as gotas milagrosas de Santo Antônio, pedaços da casca do pau, embalados juntos à oração do santo e uma pequena imagem; o terço contra solteirice, feito da semente e da casca da árvore escolhida no ano; e o chá casamenteiro, contendo os ingredientes "cloridrato de milagre", "cloridrato de fé" e "oração antonina", dispostos em 100, 200 e 100 miligramas, respectivamente.
"Eu vou para o corte do Pau, os carregadores tiram toda a casca e me entregam. Eu não tenho como medir a quantidade de chá que faço durante o ano, mas é consumido até demais. E não é só no Nordeste não. É do Oiapoque ao Chuí", garante a Solteirona. Os relatos das intervenções casamenteiras de Santo Antônio e dos poderes depositados no Pau da Bandeira, deixa claro, são antigos na região, anteriores às suas criações.
"Pessoas que já tem neto vem dizer que casaram porque pegaram no Pau", reforça. A fama casamenteira, no entanto, começou a crescer na Cidade ao passo que as simpatias foram incorporadas a programação oficial da festa, com a realização da quermesse, e após participações de Socorro em programas televisivos transmitidos em rede nacional.
"Quando apareci na televisão, veio homem de vários estados atrás de casar comigo. Na época, um rapaz de São Paulo se apaixonou por mim e perguntou o que eu gostava de fazer nas horas de lazer. Eu disse que gosto de ler. Ele me mandou por sedex mais de 1200 livros, todos devidamente dedicados e veio para casar. Mas ele era muito ciumento, eu disse êpa, êpa, êpa", narra, sobre a hilária tentativa de desposá-la.
Catolicismo
A relação das crendices populares com o lado religioso, segundo ela, é bastante natural. As simpatias são encaradas como brincadeiras que tem como pano de fundo a fé. Católica e sempre próxima das atividades da Igreja, ela lembra que a "Noite das Solteironas" nasceu quando, ao ser convidada ser responsável pela quermesse, teve a ideia de vender simpatias para arrecadar dinheiro para doar à instituição.
"O padre não vê problema. Eu costumo dizer que eu não sou bruxa, não tenho bruxaria. Tudo começou de uma brincadeira. Uma brincadeira que deu certo. E funciona porque o povo casa", constata. A fé na casquinha do pau, argumenta, deixa a pessoa suscetível a realizar aquilo que acredita. E a ação da fé, reforça, não escolhe nem mesmo sexo. Casamentos homoafetivos também são realizados com intervenção de Santo Antônio, garante. "As minhas simpatias funcionam pra qualquer um, até porque você tá procurando sua alma gêmea. E alma não tem sexo", diz.
Com 59 anos, solteira, mas muito namoradeira, como ela faz questão de deixar claro, Socorro Luna se diz uma mulher realizada, sem queixas a Santo Antônio. Ao longo dos anos à frente da barraca de simpatias de casamento, orgulha-se, tanto quanto sua fama de solteirona, aumentou a quantidade de pretendentes a casar-se com ela. "Namorei com todos que chegavam. Às vezes era mandando um embora, porque tava chegando outro", brinca.
Tentativas
Além dos muitos casamentos que ajudou a realizar, suas histórias pessoais extrapolam os limites do imaginável. Muito bem humorada, ela se diz escolhida por Santo Antônio para não casar e realizar - junto a solteironas como dona Luzir Souza, que a acompanha na feitura do chá - o trabalho casamenteiro. Mas, entre um chá e outro, sempre vem um querendo mudar essa sina.
"Uma vez chegou um de Goiás, gago, esse foi hilário. Ele ficou num hotel aqui, chorava, só ia embora se eu desse a medida do dedo, pra mandar fazer a aliança", lembra. Em outra ocasião, conta, uma mulher, também de Goiás, ligou propondo o casório.
"Ela se dizia muito rica, que podia realizar todos os meus sonhos. Eu respondi, ´minha amiga, pelo amor de Deus, eu respeito sua opção sexual, mas olha o tamanho do pau que eu pego´", ri. Sempre que a fama da Solteirona sai na imprensa, novas pedidos aparecem.
E para quem pensa que a Solteirona ganha a vida fazendo fé para casamentos, ela deixa claro, o dinheiro arrecadado é integralmente repassado à igreja. Sua profissão e ganha pão é outra, como advogada atuante na área da família. "As vezes as pessoas questionam, ´e aí, você casa de descasa?´, eu digo, ´estou garantindo o futuro´, brinca.
Fonte: Diário do Nordeste
E se Einstein nunca tivesse existido?
Você já se perguntou o que seria da vida no planeta caso alguns gênios nunca tivessem nascido? Foi essa a reflexão da equipe da Super, que percebeu que a história teria sido radicalmente diferente caso Albert Einstein não tivesse vindo ao mundo e, automaticamente, não tivesse mostrado que matéria e energia são com duas peças do mesmo quebra-cabeça, que podem transformar-se uma na outra.
Como você já deve saber, o físico alemão foi o responsável por criar a Teoria da Relatividade, reformulando completamente os estudos da área. Ou seja, sem Albert Einstein, dificilmente saberíamos (ou demoraríamos muito mais para descobrir) alguns dos pontos mais importantes para estudos da física.
E as mudanças não se limitam à física: um dos maiores sonhos de Einstein era a unificação da teoria física, algo que começou a tomar forma com os trabalhos de pesquisadores modernos, como o astrofísico inglês Stephen Hawking. Isso possibilitou uma mudança gigantesca na ciência, que atualmente trabalha de forma integrada.
Um dos exemplos disso está na unificação da Mecânica Quântica com a Teoria da Relatividade, algo que Einstein sonhava, mas que só surgiu nas ultimas décadas. Essa união trouxe para a humanidade inovações essenciais para o progresso, como supercondutores, o raio laser e a microeletrônica.
Além disso, a descoberta da bomba atômica se deve muito às teorias de Einstein, fato que acabou com a Segunda Guerra Mundial e, ainda, gerou a Guerra Fria alguns anos mais tarde. É possível imaginar que, sem a bomba, o Japão poderia ter sido controlado pela União Soviética e não pelos Estados Unidos. Com isso, é muito provável que os avanços tecnológicos orientais das últimas décadas jamais teriam existido.
O artigo resume tudo em uma simples constatação: sem Einstein, não teríamos a Sony, a Honda, a Nintendo e, muito menos, os joguinhos do Mario. Muito além disso, o legado de Einstein também modificou a política, já que a tensão da Guerra Fria foi a responsável por tornar o mudo em uma gigantesca arena politica.
Se você se lembra bem das aulas de história, foi tudo isso que gerou a corrida espacial, situação que fez com que os Estados Unidos mandassem o homem à Lua. Além disso, a influencia comunista na Ásia poderia ter sido determinante para uma dominação marxista em toda a Europa e o muro de Berlim provavelmente não teria existido.
Voltando ao campo das pesquisas, as ideias de Einstein foram essenciais para transformações tecnológicas, já que as teorias anteriores a ele não davam conta de explicar mundos virtuais criados com base em equações matemáticas em áreas como a inteligência artificial.
Ou seja: dificilmente teríamos microondas, notebooks, videogames e diversas outras invenções, que só foram possíveis a partir de pesquisas, teorias e afirmações do físico alemão. O mundo, com certeza seria muito diferente do que vemos hoje.
Fonte: Superinteressante
Estão autorizados 29 novos concursos e 22,3 mil vagas para este ano. Veja as ofertas
O Ministério do Planejamento autorizou a criação de 15.151 vagas em concursos públicos federais até agora. São 17 concursos, com as maiores quantidade de vagas no Ministério da Educação (MEC), com 10.203, Polícia Rodoviária Federal (PRF), com mil oportunidades e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (736). Somados-se aos empregos a serem criados no Governo do Estado (3.460) e na Prefeitura de Fortaleza (3,7 mil), são o 22.311 chances de estabilidade financeira ainda em 2013.
Mas não é fácil nem barato ser “concurseiro” profissional. Para encarar provas Brasil afora, o investimento pode chegar a mais de R$ 10 mil por ano, a depender do número de concurso que se faça e da localização das provas.
Thiciane Andrade, 28, arquiteta, explica o orçamento para concorrer a uma vaga no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Santa Catarina. A prova será dia 21 de julho e um grupo de estudantes do Ceará também viajará para disputar um salário de cerca de R$ 7 mil.
Tudo começa com um cursinho, que, para o TRT, custa cerca de R$ 1.000, com duração de três meses. Os valores e período variam de acordo com a instituição de ensino. As passagens pesam no planejamento. Thiciane investiu R$ 760 (ida e volta), mais R$ 120 de hospedagem de quatro dias em um albergue. e R$ 80 de taxa de inscrição. Alimentação, livros e apostilas extras também contam em o desprendimento atinge R$ 2 mil.
“Isso multiplicado por quatro ou cinco concursos por ano, vai dar uns R$ 10 mil”, estima Thiciane.
Meta e foco
Ainda na faculdade de direito, Igor Moreira começou a estudar para concursos. A meta é lograr êxito no concurso do Ministério das Relações Exteriores ou alguma seleção que o leve a Brasília para continuar estudando por lá.
“O negócio é não esperar os editais para começar a estudar. Tenho que tomar o cuidado pra não acordar tarde e vou muito à biblioteca. Em casa, às vezes, tem distrações”, sugere e afirma estudar de 10 a 12 horas por dia, no período de pique.
Ele é multimídia. “Estou sempre comprando informações novas. Leio em computador, tablet, no celular. Tenho vários e-books para concurso, muitas vídeo-aulas também”, diz. Igor revela ter uma memória externa de computador só para aquivos de concurso.
“A ficha caiu”
Filha de uma família de atuantes no serviço público, Eva Buarque, 34, resistia aos concursos. Formou-se em Biblioteconomia. “Queria outra coisa, queria outros caminhos que não fosse bater o ponto.”
Em 2012, “a ficha caiu”. As necessidades financeiras e de estabilidade financeira emergiram. Em 2005, fez o primeiro concurso. A meta, agora, é lograr uma posição na Fundação Carlos Chagas, em São Paulo, para ter na conta R$ 6,6 mil mensais. “São duas vagas para biblioteconomia. Uma é minha. A outra, vão brigar lá por ela. Tem que ter otimismo”, brinca Eva. Ou não. (Andreh Jonathas)
Acompanhe a oferta de vagas de concursos AQUI
Fonte: O Povo
Barbalha (CE): Produtores planejam retomada de usina
Produtores rurais da Região do Cariri comemoram a compra da Usina Manoel Costa Filho, pelo Governo do Estado, no valor de mais de R$ 15,4 milhões, em leilão realizado na última sexta-feira, pela Caixa Econômica Federal (CEF). A compra traz à tona uma discussão de anos, sobre a revitalização do cultivo da cana-de-açúcar na região. O valor inicial era de mais R$ 25,8 milhões. A usina foi desativada em 2005 e empregava, direta a indiretamente, mais de 4 mil pessoas. Uma das perspectivas é que o equipamento seja repassado aos produtores, por meio de cooperativa, e a revitalização do cultivo da cana fique para o Governo do Estado.
Na próxima semana, órgãos representativos do setor e produtores rurais deverão se reunir para debater os primeiros pontos relacionados à reorganização do setor para a produtividade e revitalização da cultura canavieira. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barbalha, Francisco Sérgio Pereira, afirmou que várias cidades da região, principalmente Missão Velha e a "terra dos verdes canaviais", como Barbalha ficou conhecida, dependiam do setor para sobreviver.
Com a desativação da usina, o êxodo rural aumentou significativamente. Em algumas localidades de Barbalha, com a área do distrito do Arajara, centenas de agricultores, que antes trabalhavam com o cultivo da cana e até mesmo diretamente na usina, estão em fazendas do interior de São Paulo, Bahia, Pernambuco, e até Paraná, conforme o presidente do sindicato. "Temos que voltar a reanimar esses produtores", disse ele. Segundo levantamento do Sindicato, atualmente são mais de mil agricultores do Município trabalhando em lavouras de outros Estados. "Mas, o número está bem acima disso, porque sai muita gente em transporte clandestino", afirmou.
O secretário de Agricultura de Barbalha, Elismar Vasconcelos, destacou que os produtores e ex-produtores estão animados, já que a compra agora é uma realidade. "Alguns dos produtores chegaram a buscar outras alternativas e planejam o retorno", disse. O secretário também defende o sistema de cooperativa como o mais viável para a usina.
ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER
Fonte: Diário do Nordeste
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