Plantão Infotech: Brasileiros criam plataforma para usar o Facebook como instrumento de defesa do consumidor

O sucesso de Facebook, Twitter e YouTube abriu uma ampla janela de oportunidades para a defesa do consumidor. Como no mundo das redes sociais o coletivo é voz que pesa, dez microempreendedores de São Paulo se uniram para lançar uma nova plataforma, atrelada ao Facebook. O objetivo do Zaanga.com.br é reunir consumidores com os mesmos tipos de problemas e, em conjunto, encaminhá-los às empresas, ao Ministério Público, aos Procons e às agências reguladoras. A plataforma entra no ar nesta segunda-feira.

A iniciativa do grupo de São Paulo veio após um estudo divulgado em outubro pela empresa de pesquisa Maritz Research, dos Estados Unidos. O levantamento mostra que, apesar de dar mais visibilidade às insatisfações, a divulgação das reclamações nas redes sociais não garante a reparação do dano. Apenas 30% das pessoas que reclamam no Twitter recebem algum tipo de resposta das empresas.

A ideia, segundo a sócia-fundadora do Zaanga.com.br, Raquel Costa, é melhorar concretamente a relação entre as empresas e os consumidores lesados. "As empresas conseguem monitorar quantas vezes são citadas nas redes. Mas o consumidor não tem como saber quantas pessoas vivem o mesmo problema que ele. O Zaanga permite que eles se encontrem e ajam conjuntamente", esclarece Raquel.

O consumidor acessa o Zaanga a partir de seu cadastro no Facebook, preenche um questionário em que, a partir de palavras-chave, vai permitir que tome conhecimento de outro tanto de pessoas com o mesmo problema. A partir daí, ele tem a opção 'mobilize-se', caso queira ter sua reclamação encaminhada por uma advogada para a empresa e órgão competentes. As respostas chegam também pela mesma plataforma. O usuário não será tarifado. Caso não queira mobilizar-se, pode ficar apenas como observador.

Na linha das empresas startup, os investimentos na nova plataforma foram basicamente em capital intelectual. O Zaanga é administrado por quatro equipes: concepção de produto, tecnologia, comunicação e jurídico. A ideia nasceu da experiência dos fundadores nos dois lados da mesa: como consumidores que já foram lesados mais de uma vez e como consultores de empresas.

Fonte: Agência Estado

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