No período pós-real, a economia cearense obteve, na maioria dos anos, taxas médias de crescimento acima das nacionais. No entanto, seu desempenho ficou aquém do registrado pelo Nordeste. Segundo levantamento realizado pela economista Eloísa Bezerra, tendo como base dados da Coordenação de Contas Nacionais do Departamento de Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Conac/DPE/IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará, no acumulado de 1995 a 2009, cresceu quase 50% (49,91%), enquanto o País registrou alta de 46,51% no período.
Nesse intervalo de tempo a taxa média anual de incremento da economia cearense foi de 3,56%, ante 3,32% contabilizada pela média do País. No período, o setor de serviços puxou o avanço do PIB no Ceará, com participação em torno de 70%; seguido pela indústria (24,5%) e a agropecuária (5,1%).
Nordeste
Enquanto isso, nesse mesmo período, a economia nordestina teve expansão acumulada de 53,38% e uma taxa média anual de 3,81%. Já na comparação com os demais estados da região, o Ceará teve a taxa média acumulada de incremento inferior a pelo menos seis deles, perdendo para o Piauí (67,05%), Maranhão (64,35%), Sergipe (63,81%), Rio Grande do Norte (55,14%), Paraíba (54,77%) e Bahia (54%), nessa ordem. Entretanto, superou a taxa média de crescimento da economia pernambucana (47,97%).
Na avaliação de Eloísa Bezerra, o que aconteceu com a economia dos estados menores, a exemplo do Piauí e do Maranhão, foi que, nos últimos anos da série, houve maior inserção de outros itens na estrutura produtiva desses locais, como a migração da soja, beneficiando a sua indústria. Daí o desempenho. "Porém, diferentemente destes, dos estados nordestinos que já vinham em ritmo decrescimento, a taxa acumulada do PIB do Ceará só perdeu para a Bahia e superou a de Pernambuco", destaca a economista.
Quadruplicado
Outro dado interessante é que, considerando os números absolutos, o PIB cearense quase que quadruplicou, de 2000 até o ano passado, saindo de R$ 22,6 bilhões, em 2000, para R$ 85,6 bilhões, em 2011.
Fonte: Diário do Nordeste
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