Quitar as dívidas feitas durante o ano, comprar presentes para a família, amigos e conhecidos, organizar a ceia de natal ou réveillon, programar viagens para aproveitar as folgas de final de ano, garantir matrícula e material escolar e pagar IPVA e IPTU. Se o seu 13º nem chegou e você pretende fazer tudo isso e algo mais com o salário extra, talvez seja a hora de se planejar para não começar 2012 sem dinheiro ou, pior, endividado.
Em pesquisa divulgada recentemente, mais de 60% dos entrevistados afirmaram que pretendem usar o 13º para pagar dívidas. A decisão de usar esses recursos para quitar débitos e deixar de pagar juros é extremamente recomendada pelos consultores em finanças pessoais. Mas, com o salário extra já comprometido, muitos brasileiros se perguntam se conseguirão dar conta da maratona de compras e compromissos financeiros que são comuns no final do ano.
Professor de Finanças, Luiz Felizardo Barroso ressalta que é fundamental planejar o uso do 13º e dar preferência ao pagamento de contas. “Antes de gastar com produtos e serviços para consumo próprio, a pessoa deve quitar dívidas e reservar dinheiro para as contas de janeiro”, diz. Embora acredite que o ideal é poupar o que sobrar, o economista reconhece que é complicado enfrentar essa época sem fazer algum tipo de extravagância financeira. “É preciso ser firme e evitar despesas desnecessárias”, diz.
Para não passar aperto nessa época, a advogada Cristina Vasconcelos economiza o ano inteiro. Todos os meses, ela reserva pelo menos 10% de seu salário em uma poupança que abriu com o único objetivo de guardar dinheiro para os meses de novembro, dezembro e janeiro. “Minhas despesas mais pesadas começam em novembro, com o aniversário do meu filho. Depois, vêm os presentes de Natal e as comemorações de final de ano. Por fim, preciso pagar ainda matrícula, material escolar, IPVA, IPTU, a taxa anual da OAB e o seguro do meu carro. Se eu não me organizar, falta dinheiro para tanta coisa”, diz.
A advogada revela que abriu a conta poupança para o final do ano quando trabalhava sem carteira assinada. “Como não podia contar com o 13º salário, eu era obrigada a me planejar para não começar o ano endividada”, afirma. Cristina tem ainda outros truques para não estourar o orçamento nessa época. Além de estabelecer limites de valores para os presentes de Natal, ela antecipa para dezembro a compra de material escolar e paga à vista o IPVA e o IPTU, a fim de aproveitar os descontos concedidos pelo governo.
Conrado Navarro, consultor financeiro do programa Consumidor Consciente da MasterCard, lembra que os consumidores precisam respeitar seu padrão de vida antes de sair às compras e gastar o que não têm. Também é importante, afirma ele, que as pessoas aprendam a lidar com a frustração. “O consumismo não pode ser mais importante que a família. Em vez de comprar presentes caros e oferecer refeições que estão fora do padrão da família, vale mais a pena investir no relacionamento”, diz.
Veja dicas para organizar o orçamento no final do ano:
Em pesquisa divulgada recentemente, mais de 60% dos entrevistados afirmaram que pretendem usar o 13º para pagar dívidas. A decisão de usar esses recursos para quitar débitos e deixar de pagar juros é extremamente recomendada pelos consultores em finanças pessoais. Mas, com o salário extra já comprometido, muitos brasileiros se perguntam se conseguirão dar conta da maratona de compras e compromissos financeiros que são comuns no final do ano.
Professor de Finanças, Luiz Felizardo Barroso ressalta que é fundamental planejar o uso do 13º e dar preferência ao pagamento de contas. “Antes de gastar com produtos e serviços para consumo próprio, a pessoa deve quitar dívidas e reservar dinheiro para as contas de janeiro”, diz. Embora acredite que o ideal é poupar o que sobrar, o economista reconhece que é complicado enfrentar essa época sem fazer algum tipo de extravagância financeira. “É preciso ser firme e evitar despesas desnecessárias”, diz.
Para não passar aperto nessa época, a advogada Cristina Vasconcelos economiza o ano inteiro. Todos os meses, ela reserva pelo menos 10% de seu salário em uma poupança que abriu com o único objetivo de guardar dinheiro para os meses de novembro, dezembro e janeiro. “Minhas despesas mais pesadas começam em novembro, com o aniversário do meu filho. Depois, vêm os presentes de Natal e as comemorações de final de ano. Por fim, preciso pagar ainda matrícula, material escolar, IPVA, IPTU, a taxa anual da OAB e o seguro do meu carro. Se eu não me organizar, falta dinheiro para tanta coisa”, diz.
A advogada revela que abriu a conta poupança para o final do ano quando trabalhava sem carteira assinada. “Como não podia contar com o 13º salário, eu era obrigada a me planejar para não começar o ano endividada”, afirma. Cristina tem ainda outros truques para não estourar o orçamento nessa época. Além de estabelecer limites de valores para os presentes de Natal, ela antecipa para dezembro a compra de material escolar e paga à vista o IPVA e o IPTU, a fim de aproveitar os descontos concedidos pelo governo.
Conrado Navarro, consultor financeiro do programa Consumidor Consciente da MasterCard, lembra que os consumidores precisam respeitar seu padrão de vida antes de sair às compras e gastar o que não têm. Também é importante, afirma ele, que as pessoas aprendam a lidar com a frustração. “O consumismo não pode ser mais importante que a família. Em vez de comprar presentes caros e oferecer refeições que estão fora do padrão da família, vale mais a pena investir no relacionamento”, diz.
Veja dicas para organizar o orçamento no final do ano:
- Se possível, use o 13º para quitar todas as suas dívidas e começar o ano sem pendências financeiras. Escolha primeiro as que cobram maiores taxas de juros.
- Faça uma lista com as pessoas que deseja presentear e separe os nomes por grupos: os mais próximos, família e amigos e conhecidos. Estipule um valor limite para cada um e tenha em mente que é impossível dar o “melhor” presentes para todos. Uma saída adotada por muitas famílias grandes é fazer um amigo oculto. Assim todos recebem presentes e a lista pesa menos no bolso.
- Não se deixe levar pela pressão social. Gastar fortunas com ceias sofisticadas, comprar aquela roupa de réveillon que você usará apenas uma vez – como aquele vestido prateado de paetês ou a bata masculina que o vendedor empurrou – e comprar presentes até para aquele parente que nem conhece são escolhas pouco recomendadas do ponto de vista financeiro.
- Evite o parcelamento excessivo das compras. Chegar ao segundo semestre pagando despesas do natal do ano passado não é apenas desagradável, como também pode demonstrar que você perdeu o controle sobre o seu dinheiro.
- Faça uma reserva para as contas do início do ano. Não se esqueça de que o ano novo traz uma série de compromissos financeiros que não podem ser adiados, como pagamentos de impostos e matrícula escolar.
- Faça uma lista com as pessoas que deseja presentear e separe os nomes por grupos: os mais próximos, família e amigos e conhecidos. Estipule um valor limite para cada um e tenha em mente que é impossível dar o “melhor” presentes para todos. Uma saída adotada por muitas famílias grandes é fazer um amigo oculto. Assim todos recebem presentes e a lista pesa menos no bolso.
- Não se deixe levar pela pressão social. Gastar fortunas com ceias sofisticadas, comprar aquela roupa de réveillon que você usará apenas uma vez – como aquele vestido prateado de paetês ou a bata masculina que o vendedor empurrou – e comprar presentes até para aquele parente que nem conhece são escolhas pouco recomendadas do ponto de vista financeiro.
- Evite o parcelamento excessivo das compras. Chegar ao segundo semestre pagando despesas do natal do ano passado não é apenas desagradável, como também pode demonstrar que você perdeu o controle sobre o seu dinheiro.
- Faça uma reserva para as contas do início do ano. Não se esqueça de que o ano novo traz uma série de compromissos financeiros que não podem ser adiados, como pagamentos de impostos e matrícula escolar.
Fonte: iG