Por que dividir a vida com alguém

Não podemos negar que ultimamente as coisas têm acontecido muito depressa. A velocidade com que os dias se passam chega a ser assustadora, nos causa medo. Talvez seja por isso que algumas uniões têm acontecido. Não é mais fácil se equilibrar com quatro pés e não perder o pique da vida?

Mas por que quatro? Talvez porque quatro dê uma ideia maior de estabilidade; talvez porque signifique mais um par de mãos para se contar; talvez porque, se em algum momento a gente se deparar com uma freada inesperada, tenhamos uma melhor condição de nos mantermos em pé, apoiados, ancorados um no outro, até que nos reerguermos novamente e juntos.

Realmente é mais fácil caminhar em pares. Mas o que realmente importa é o motivo pelo qual devemos fazer essas alianças afetivas: o mundo está de ponta cabeça, e grande parte das pessoas buscam coisas fáceis, não querem lutar e construir juntos. Até pouco tempo, víamos casais crescendo, passando por etapas fundamentais, começando pela base, preparando a massa, colocando tijolo por tijolo e construindo seus “pilares”. Mas o que vemos hoje são pessoas vidradas em facilidades.

Talvez nem todos concordem, mas encontrar alguém para ser mais do que seu “par romântico" é uma das maiores felicidades do mundo. É como encontrar uma base, uma plataforma que vai te sustentar quando a vida começar a se mover de forma rápida. Será um dizendo para o outro que não importa o tamanho e muito menos a quantidade de adversidades, que um será o abrigo do outro. Não importa quantos ventos, furacões, quantas tempestades ou quantas vezes terão de subir aquele mesmo degrau. Um está lá para o outro. Um passo a dois, equivale a um passo a mais!

Seria maravilhoso se conseguíssemos construir esse império. Para isso é preciso escolher um parceiro pelo amor, sem poréns. Mas parceiros que saibam e desejam construir! A melhor sensação deve ser a de olhar pra trás e perceber que aquele terreno incerto e vazio, se transformou em uma terra segura e sólida! E que nada do que você viu foi ganho, pelo contrário, foi resultado de inúmeras conquistas, de muito trabalho suado e digno!

Desejo que saibamos escolher e que tenhamos coragem para fazer as escolhas necessárias. Muitas vezes é preciso determinação e abdicação para colocarmos quatro pés unidos em uma trilha desconhecida. Que todas as dificuldades sejam vencidas pela força do amor, porque de início não teremos nada, mas será imensamente prazeroso perceber que no futuro construímos muito mais do que uma vida, mas uma base de muito amor!

Fonte: Minilua

Extrativismo ganha força no Cariri

A cadeia produtiva do pequi e do coco babaçu, na região sul do Estado, deverá passar por um processo de organização e fortalecimento. A promoção do arranjo produtivo desses produtos, contando com os povos e comunidades, está sendo debatida com órgãos ambientais e a própria população. São mais de 1000 famílias que sobrevivem atualmente com a extração desses produtos.

A meta é poder oferecer melhores condições de processamento e aproveitamento. Municípios como Barbalha, Jardim, Santana do Cariri, Missão Velha, Crato, dentre outras cidades onde há a produção, estarão envolvidos. O projeto de um ano, desenvolvido por meio da Fundação Araripe, em parceria com órgãos federais e Programa das Nações Unidades para o Desenvolvimento (Pnud), tem a finalidade de diagnosticar a cadeia e compreender os entraves que existem e quem está atuando nesse processo, o quanto se produz e deixa de aproveitar.

Para o coordenador do projeto "Produção do Arranjo Produtivo do Babaçu e Pequi", Cristiano Cardoso, a ideia é fazer todos os levantamentos possíveis, identificar onde estão os extrativistas e ver o que produzem.

A pretensão, a partir desses procedimentos, é montar um núcleo de animação envolvendo instituições para, ao fim da realização do projeto, o plano de ação ter continuidade.

Planejamento
Também será realizado um planejamento estratégico com um plano de ação para a cadeia, além de capacitações dos produtores. Segundo o coordenador, a meta é melhorar a gestão do empreendimento, como forma de possibilitar o acesso às políticas públicas e capacitar desse modo para o processo de boas práticas de produção.

Ele afirma que o número mais exato em relação ao número de produtores, se refere ao levantamento que foi realizado por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barbalha, de extrativistas de babaçu, que são cerca de 200, com informações completas. Mas, do ponto de vista regional, há pelo menos 1000 pessoas que sobrevivem da extração do coco e do pequi.

A noção de quantidade de produtores, conforme o coordenador do projeto, é bem maior do que existe, quando se trata de termos regionais.

Cristiano Cardoso também destaca produtos como o leite de janaguba, fava danta, dentre outros. Nesse universo, o número de extrativistas se amplia bem mais. "O certo é que nossas estatísticas oficiais não conseguem dar a real dimensão da importância, tanto social, quanto econômica, do extrativismo para a região", constata.

O projeto que começa a ser desenvolvido na região, segundo o coordenador, faz parte de um acordo de subvenção do Pnud, incluindo também os ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Social, com execução da Fundação Araripe. O trabalho será desenvolvido com parcerias como a Empresa de Assistência Técnica de Extensão Rural do Ceará (Ematerce). Cristiano destaca a importância dessa atividade mais próxima da comunidade e as pessoas se reconheceram como extrativistas. "Os produtores ainda não se identificam nessa região como tal, como acontece com os catadores de castanha-do-pará e a com a borracha", diz ele.

Para o coordenador, esse é um dos primeiros passos, que considera de grande relevância. "Ele deve ter na sua declaração de aptidão, junto ao Pronaf, a identificação não apenas de pequeno produtor, mas de extrativista", ressalta.

Na sua opinião, essa é uma forma de resgate da identidade e uma compreensão como produtor nessa categoria de trabalho. Segundo Cristiano, o extrativismo vegetal se torna importante por manter a floresta em pé. As vantagens das boas práticas de produção vão desde a conservação das sementes à própria conservação das espécies, de uma forma racionalmente adequada.

Apresentação
Na última segunda-feira, foi realizada a apresentação do projeto, na sede da Fundação Araripe, no Crato, junto a algumas instituições da região, a exemplo do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), secretarias de meio ambiente, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), organizações não governamentais, Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe (APA - Araripe), Sindicatos de Trabalhadores Rurais, representantes de associações e da própria comunidade. Também foram determinadas as instituições e grupos que serão convidados para a primeira oficina de planejamento da cadeia. A ideia é que isso ocorra ainda este mês.

Cristiano Cardoso destaca a importância econômica para a região desses produtos, principalmente no período de safra, promovendo o aquecimento da economia local, estendendo-se a toda a rede produtiva. "Em torno de 15% a 20% no campo da agricultura podem ser estimulados por esses produtos", estima o coordenador do projeto.

Organização
1000 famílias, em média, sobrevivem do extrativismo do babaçu e do pequi na região do Cariri. Este número deverá de ampliar

Mais informações
Fundação para o Desenvolvimento Sustentável do Araripe
Rua Leandro Bezerra, 338
Centro
Crato - CE
Telefone: (88) 3523.1605

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

Lei Seca é reforçada com multa maior e mais meios de identificar embriaguez

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprovou nesta manhã (12) projeto de lei que define penalidades mais rígidas para quem for flagrado dirigindo sob o efeito de álcool. O projeto segue em regime de urgência para análise do plenário da Casa. O Projeto de Lei da Câmara 27/2012 altera o Código Brasileiro de Trânsito para acrescentar novos meios de comprovação de que o motorista está embriagado. Atualmente, apenas o teste do bafômetro e o exame de sangue podem ser utilizados como comprovação da embriaguez, e na prática, o motorista pode se recusar a fazer tais testes. A redução do uso de provas é fruto de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tomada em março.

Segundo o texto aprovado, não é mais necessário que se comprove o estado de embriaguez do motorista, mas uma “capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência”. De acordo com o projeto, essa condição pode ser demonstrada ainda por “teste de alcoolemia, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova admitidos em direito”. No entanto, caso o motorista não concorde com os resultados dos exames, ele poderá pedir uma contraprova, como exigir o teste do bafômetro, por exemplo.

Os valores dos teores alcoólicos limitados pela lei foram mantidos. A multa é prevista para a pessoa que for flagrada dirigindo sob efeito de qualquer quantidade de álcool no sangue, mas o crime só é configurado quando ficar constatado que há uma concentração igual ou superior a 0,6 gramas de álcool por litro de sangue.

Multas
O projeto também determina que as multas aplicadas sejam dobradas. Hoje em dia, quem for pego dirigindo bêbado é autuado com uma multa no valor de R$ 957,70. Se o projeto for aprovado definitivamente, este valor passa para R$ 1.915,40. Caso o motorista seja reincidente no mesmo ano, a multa é novamente dobrada e fica no valor de R$ 3.830,80.

O texto também abre a possibilidade para que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) regulamente os testes utilizados para descobrir se o motorista dirige sob efeito de qualquer substância psicoativa. O atual Código proíbe a direção sob o efeito de tais substâncias, mas não fala sobre fiscalização, como acontece com o álcool. Como já passou pela Câmara e não foi alterado no Senado, o projeto seguirá para sanção presidencial assim que for aprovado pelo plenário.


Fonte: Congresso em Foco

Juazeiro do Norte (CE): Dupla é presa com drogas, dinheiro e um revólver

O combate ao tráfico de drogas em Juazeiro do Norte levou mais dois jovens à 20ª Delegacia Regional de Polícia Civil. Gledson Martins Soares, de 20, e Marcos Antonio Maia Menezes de Oliveira, de 22 anos, foram presos por volta das 23h30min no cruzamento das ruas São Cândido e São Bernardo (Salesianos). O primeiro mora na Rua São Cândido, 240 daquele bairro e outro na Rua do Rosário (Socorro).

A dupla trafegava em uma moto Honda Pop 100 de cor preta, ano 2012, sem placa e adotou comportamento suspeito ante a aproximação de uma viatura. Eles tentaram fugir, quando houve a solicitação de um reforço para o apoio e os PMs saíram em perseguição até interceptá-los. Gledson tinha certa quantidade de maconha no bolso. Já na casa de Marcos Antonio a polícia apreendeu mais 206 gramas prensada.

Além disso, um revolver calibre 38 com um cartucho intacto, a nota fiscal da moto que eles trafegavam, uma balança de precisão para a pesagem de droga, R$ 675,00 em dinheiro, três aparelhos celulares, e diversos sacos plásticos usados para acondicionar droga. Todos o material e os acusados foram levados à 20ª DRPC. Segundo a polícia, Marcos já responde por lesão corporal e porte ilegal de arma de fogo.

No dia 28 de setembro de 2008, Gledson tinha apenas 16 anos quando se tornou um dos quatro jovens baleados em um tiroteio numa das barracas próxima à Igreja Matriz. Na época, uma pessoa identificada apenas por Maciel, residente no Bairro João Cabral, disparou várias vezes contra os jovens por conta de entrevero anterior durante um comício no João Cabral. Naquela noite, saíram feridos Adriano Barroso do Nascimento com dois tiros no tórax; Gledson Martins Soares com um tiro na coxa; Antônio Niele de Sousa com duas lesões na altura do tórax e Cícero Darlan Nogueira dos Santos, então com 24 anos, que foi atingido com um tiro no pescoço.

Demontier Tenório

Foto: Michel Dantas / Ag. Miséria

Fonte: Miséria

É possível morrer de susto?

De um segundo para o outro, o rosto perde a cor, os olhos ficam arregalados, as pupilas dilatam, os pelos do corpo se eriçam e o coração bate num ritmo mais acelerado. Todas essas sensações podem vir acompanhadas de um grito involuntário e, em alguns casos, perda dos sentidos e desmaio.

Nesta semana, uma brincadeira exibida no programa Silvio Santos mostrou a reação de diversas pessoas ao se depararem com uma menina caracterizada como um fantasma e virou hit na internet.

“O susto é um evento biológico intenso e hiperagudo. O cérebro entende que está em perigo e aciona o alarme: o sistema de luta ou fuga. O corpo, então, ativa uma série de mecanismos para se preparar para o confronto ou para a fuga rápida”, explica o neurologista Leandro Teles.

O interessante, observa o médico, é que a resposta fisiológica (física e mental) na hora do susto ocorre da mesma maneira, seja uma ameaça real (um assalto, um tiroteio, um acidente), ou uma brincadeira – como foi o caso apresentado no programa do SBT.

A primeira reação é uma grande descarga de adrenalina na corrente sanguínea, que vai deixar o organismo em alerta, fazendo o coração bater mais rápido e elevando a pressão arterial. Em pessoas saudáveis, o susto raramente pode levar a um quadro mais grave do que um desmaio. Após cinco ou 10 minutos, quando a quantidade de adrenalina no corpo diminui, o ritmo respiratório vai voltando ao normal até atingir a calma. No entanto, pessoas com doenças cardíacas podem estar em sério risco.

“Para quem já tem algo, como um problema no coração ou até pressão alta, esse é exatamente o tipo de situação que pode trazer piora, ou gerar uma alteração importante, porque causa desequilíbrio no corpo e traz consequentes prejuízos à saúde”, explica Cesar Jardim, cardiologista e supervisor do pronto-socorro do Hospital do Coração, em São Paulo.

O susto pode resultar em um infarto ou até em morte súbita. A adrenalina faz com que os vasos sanguíneos se contraiam, o que estreita a passagem do sangue. Se já houver um quadro de hipertensão, essa elevação abrupta da pressão pode causar um acidente vascular cerebral (AVC) . O batimento acelerado pode ainda predispor a um quadro de arritmia cardíaca .

Além disso, há um enorme número de pessoas que desconhecem as próprias condições de saúde e, embora acreditem ser saudáveis, podem estar com os vasos sanguíneos comprometidos ou ter alterações musculares cardíacas importantes.

“Quem tem fatores de risco como tabagismo, diabetes, sedentarismo ou histórico familiar, por exemplo, pode ser doente coronariano e não saber disso. Essa pessoa tem chance de ter um infarto no mesmo momento do susto”, alerta João Vicente, cardiologista do Hospital São Luiz, de São Paulo. Em alguns casos, pode haver morte súbita, embora essa condição seja mais rara.

O susto também pode ter um impacto emocional importante. Logo após o medo intenso, pode surgir vontade de chorar ou raiva. Dependendo da intensidade do que foi vivido, a pessoa pode desenvolver estresse pós-traumático, uma condição que vai se manifestar geralmente como ansiedade, maior sensibilidade ou até depressão .

“Parece uma brincadeira inofensiva, mas pode levar a um alto grau de estresse. No caso do vídeo, por exemplo, pode levar um tempo até que aquelas pessoas entrem num elevador novamente sem sentirem, no mínimo, um desconforto”, explica a psicóloga Cláudia Santos Silva.

Conheça as principais manifestações do susto no corpo e saiba por que o organismo reage assim:

Palidez no rosto e nas extremidades – o sangue passa a circular menos nas extremidades e na pele, sendo direcionado para o cérebro e para os demais órgãos essenciais do corpo.

Olhos arregalados e pupilas dilatadas – esse mecanismo permite que a pessoa veja melhor o todo sem se ater a detalhes. Isso ajuda na tomada de decisão (lutar ou fugir).

Grito involuntário – os especialistas acreditam que essa é uma herança biológica dos nossos antepassados que, ao se depararem com algum perigo, gritavam para afastar o inimigo em potencial.

Tremor – o excesso de adrenalina no corpo pode causar tremedeira, que deve passar em 10 minutos.

Pelos eriçados – possivelmente mais uma herança biológica. Os pelos eriçados dão a impressão de que aquela pessoa é maior do que realmente é.

Contração muscular (sobressalto) – a musculatura se contrai e fica pronta para fugir ou lutar. Quando não nenhuma das duas opções, a pessoa se encolhe.

Fonte: iG

Missão Velha (CE): Corpo encontrado em chamas segue sem identificação do IML

O corpo encontrado por volta das 21 horas deste domingo no Sítio Mouro Dourado na zona rural de Missão Velha, segue sem identificação em uma das gavetas do Instituto Médico Legal (IML). A polícia recorreu ao apoio do Site Miséria para tentar identificar a vítima que apresentava sinais de tiros na cabeça e foi parcialmente carbonizada. Há informações de que, ao ser encontrado, o mesmo ainda estava em chamas.

Os vigilantes da Construtora Odebrecht, Carlene Soares Gouveia e Cícero Agnaldo Gomes do Nascimento, que trabalham no canteiro de obras da Ferrovia Transnordestina, disseram ter ouvido três tiros e, depois, um clarão de fogo. Em poucos minutos a notícia sobre o achado do cadáver. Com isso, o Delegado de Polícia Civil de Missão Velha, Rafael Mota Amaral, observa que ali não foi apenas o ponto de desova, mas, também, da execução.

Segundo ele, ninguém da área reconheceu o homem morto e as informações são mínimas. O Sítio Morro Dourado fica próximo ao Distrito de Ingazeira pertencente ao município de Aurora. Somente com a identificação será feita a necropsia no IML dando maiores chances de elucidação do homicídio. Do contrário, deve ser sepultado como indigente ainda esta semana.

Demontier Tenório

Fonte: Miséria

Gonzagão e Gonzaguinha: De pai para filho, de filho para pai

Januário, um sertanejo típico: lacônico, rígido com os filhos, mas com seus dias de riso; dedicado ao conserto de sanfonas, ainda que analfabeto. Luiz, falastrão e temperamental; também sertanejo, mas influenciado pela vida da cidade, dos palcos e por sua formação militar. E Gonzaguinha, um representante de sua geração, militante de esquerda em plena Ditadura; cabeludo, magro, asmático, teimoso; fruto da vida na periferia carioca e dos anos de internato.

Curiosamente, no entanto, este trio superou as adversidades e se tornou essencial nas vidas um do outro. É o que se nota, por exemplo, ao conversar com Humberto Macário, médico cratense, testemunha da relação entre Luiz Gonzaga e Januário.

Admiração
Para os conhecedores do repertório gonzagueano, o nome de Humberto Macário será familiar. A ele foi dedicada a música "Vovô do Baião", que narra a arriscada cirurgia de próstata realizada por Seu Humberto em Januário, em 1976.

Após a cirurgia, Humberto recusou de Luiz qualquer pagamento e, dois meses depois, veio a surpresa. "Ele apareceu lá no hospital, pegou uma caixinha de fósforo, cantou ´Vovô do Baião´. Foi muito melhor do que dinheiro. Fiquei conhecido no Brasil todo!", revela.

Seu Humberto recorda um dos episódios mais engraçados com o Vovô do Baião. "Essa o Gonzaga contava nos shows: Seu Januário estava sempre preocupado com sua casa, sua plantaçãozinha, não queria ficar no hospital. Quando fui colocar uma sonda nele, Januário disse: ´Ô Seu Humberto, bote aí uma mangueirinha bem cumprida pra eu dar uma mijada grande lá na roça que eu deixei no meu terreiro!´", relembra, entre risos.

Quanto às semelhanças entre Januário e Gonzagão, Seu Humberto é preciso: "Não tinham semelhança física, mas a ironia, a alegria, o vocabulário, a presença de espírito eram iguais. Gonzaga assimilou tudo o que o velho tinha e não faltou na hora em que ele precisou", afirma.

Desencontros
Se entre Gonzagão e o pai percebia-se uma espécie de reverência mútua, entre Luiz e o filho repousava uma distância quase insuperável, por vários motivos: a escassa presença do pai durante a infância e adolescência do filho, devido à rotina de shows; a pressão das expectativas e, mais tarde, o modo como encaravam o contexto político da época.

No entanto, algumas tentativas de reconciliação foram feitas. Após a morte da sogra, Marieta - que não aceitava a presença de Gonzaguinha na casa de Luiz e Helena, Gonzaga decide, finalmente, trazer o filho para casa. Gonzaguinha estava com 16 anos e acabara de se curar de uma tuberculose. Contudo, pai, filho e madrasta não conseguiam se entender. Logo o filho voltaria a viver com os pais de criação.

Gonzaguinha fiou-se ao violão e tornou-se também artista. Os dois, porém, seguiam estilos distintos. Nesse período, Luiz manteve-se indiferente ao sucesso e, inclusive, à família do filho. A reconciliação afetiva e artística dos dois só aconteceu no fim da década de 1970, quando o cabeludo Gonzaguinha conheceu o sertão de Seu Luiz e este, por sua vez, a musicalidade e as composições do filho. O encontro rendeu ainda a turnê "Vida de Viajante", em 1980.

Raridade
Mas será que ainda existe quem possa falar desses três protagonistas juntos? Na verdade, sim. No município pernambucano de Exu, um ranchinho sobrevive à seca ao lado do tão falado Museu do Gonzagão. Umas poucas cabeças de ovelha e de gado pertencem a um sujeito que conviveu com Januário, Gonzaga e Gonzaguinha: João Batista Januário, 50 anos, o João Gonzaga, filho de criação de Seu Januário e afilhado do Rei do Baião. Encontramos seu ranchinho ao acaso e o vaqueiro nos recebeu sem marcar hora. Despertou da sesta e nos contou como se tornou parte da família: "Quando faleceu Mãe Santana, Pai Januário passou a viver no Araripe sozinho, os filhos cresceram, criaram asas... Foi aí que ele casou com Maria Raimunda de Jesus, muito mais nova de que ele, mas viram que não podiam ter filhos. Eu mesmo sou filho da paixão entre uma mulher casada e um homem solteiro, que não puderam me criar. Aí resolveram me dar pra quem podia. Em 12 de março de 1962 eu nasci. Em 15 de março, já era filho de Januário".

Segundo João Batista, Gonzagão recebeu bem o segundo casamento do pai. "Ele podia até desconfiar, já que ela tinha idade pra ser filha de Januário, mas quando ele viu o carinho e o cuidado que ela tinha com pai, não criou mal estar nenhum". Perguntei ao vaqueiro o que Gonzaga herdou de mais precioso de Januário. Ele retornou com outra pergunta:

- Em uma palavra? Eu só preciso de uma: a inteligência.

E nos contou da habilidade impressionante do analfabeto Januário, que conseguia "destripar" uma harmônica em cima de uma mesa e montar de novo, peça por peça. Seja um fole de oito baixos, seja um acordeom de 120, Januário tinha sensibilidade para, com instrumentos precários, consertar e afinar o instrumento.

"Além disso, ele era um dicionário de sabedoria. Um homem de poucas palavras, mas quando falava, era muito sábio. Isso eu não herdei de pai e acho que Gonzaga também não, já que era falastrão!", ria-se. De acordo com João, orgulho e gosto pela riqueza eram características que passavam longe do Vô do Baião.

"Uma vez, disseram a pai: ´Januário, você já pode se orgulhar, porque seu filho é rico e é o Rei do Baião!´. Sabe o que ele respondeu? Disse: ´Dessa doença eu fui vacinado. Olhe a casa em que eu vivo? Deus me deu condições de morar em canto melhor, mas minha terra eu mal carrego no solado do sapato!´ Como quem diz que não ia pro Rio de Janeiro porque não conseguia levar o Araripe todo, só um tantinho no sapato, entende?", revela o vaqueiro.

Na década de 70, quando Gonzaga e o filho já tinham se reconciliado, João Gonzaga testemunhou a vivência dos dois, ali mesmo em seu ranchinho. "Gonzaguinha gostava muito de jogar uma bolinha e a gente jogava aqui, nesse terreiro. Aquele ali era teimoso, uma cobra! Peguei muita briga com ele! Odiava que a gente fizesse queimada no terreiro, qualquer coivarazinha e ele vinha brigar. Nesse dia, foi preciso a mãe apartar a briga", relembra, entre risos.

Mas garante que o carioca intransigente se apaixonou pelo sertão. "Ali mesmo, debaixo daquele pé de Juazeiro, o Gonzaguinha virou pra mim e disse: ´João, bicho, isso aqui é que é vida!´"

Vaqueiro da Fazenda Recanto, uma das quatro que Gonzaga mantinha no sertão, João relembra quando o padrinho montava a cavalo e soltava aboios pelo descampado. "Ele não era de lida, mas gostava muito de seus vaqueiros. Tinha gente que chamava ele de ´vaqueiro velho´. Com os funcionários era muito atencioso, se preocupava se todo mundo tinha terno de couro, se estava bem calçado...", comenta.

O apelido João Gonzaga também vem de uma boa história: João Batista era chegado em futebol e jogava pelo time de Exu. Em um dos jogos, o locutor lhe chamou de João Gonzaga e o próprio Rei do Baião assistia ao jogo. "Fiquei me escondendo das vista dele o jogo todo! Ele ficou meio bravo, não me deu nem a benção direito. Fiquei com raiva também e passamos um tempo sem nos falar".

"Em 1979, ele apareceu pela casa do Museu, aí vizinho, e minha mãe foi me chamar. Ela disse: ´João, vá lá ver seu padrinho que ele tá é doente´. Aí eu fui. Quando cheguei lá, ele me deu um ´Deus te abençoe!´, assim com gosto, e fez força pra se levantar da cadeira de rodas só pra me dar um abraço. Aí me disse: ´Eu tô sabendo que todo mundo aqui lhe chama de João Gonzaga. Pois agora eu vou permitir que você carregue meu nome. Você merece.", confidencia.

Após o falecimento de Luiz, em 1989, Gonzaguinha fez do Parque Aza Branca sua morada por vários meses. Ali, deu continuidade ao Museu do Gonzagão, que, na verdade foi iniciado por Luiz e Helena.

A alguns anos, Clemilce Parente, 64, é uma das responsáveis pelo memorial. De acordo com ela, poucos meses depois da partida de Gonzaga, o filho, tão afastado dos conterrâneos do pai, promoveu uma reconciliação.

"Ele se reuniu com a comunidade e disse que queria dar fim à distância que havia entre ele e o povo de Exu. Fez uma grande festa e lá as pessoas presentearam ele com um chapéu de couro com os dizeres ´Luiz Gonzaga nos deixou seu maior patrimônio: Gonzaguinha´", recordou.

Fonte: Diário do Nordeste

15 erros que transformam as mulheres em repelentes de homens

1. Carência
Ela é um balde de água fria e faz o homem se sentir pressionado. Nada de ligar sem parar e dizer que precisa dele.

2. Insegurança
Ficar pedindo a opinião dele a toda hora ou se comparando cansa. Entenda o que deixa você insegura e se aceite.

3. Comunicação falha
Muitas mulheres não ouvem de verdade. Quando um homem é ouvido, ele se sente especial. Evite falar de outros homens e não use a hora do sexo para assuntos sérios.

4. Visual feio
É importante atrair o homem. Cuide-se, vista-se bem, arrume o cabelo, use maquiagem. Sinta-se bonita!

5. Atitude amarga e fria
A mulher que se considera vítima e reclama de tudo espanta o parceiro. Relaxe e, quando sentir raiva, deixe ela passar. Não acumule esse sentimento.

6. Ser maldosa e crítica
Ficar criticando tudo e todos é chato. Você vai parecer ciumenta e insegura. Reconheça as qualidades dos outros. Qual o problema?

7. Chatice na cama
O sexo chato destrói relacionamentos. Tente liberar seu lado safadinha e permita-se sentir e dar prazer!

8. Sem regras
Não leve com você as regras do passado. Descubra o que vale para cada momento.

9. Não existe homem perfeito
Idealizar um homem afastará muitos interessantes.

10. Nada de guerra dos sexos
Você não deve competir com os homens nem achar que todos são ruins.

11. Seus pais não erraram
Eles não têm culpa pelos seus erros! Haja como adulta e seja responsável.

12. Sem histórias
Não contamine o presente com suas experiências ruins do passado. Vire a página.

13. Pare de reclamar
Volte sua atenção para o agora, escute mais as pessoas. Não perca tempo com reclamações.

14. Tenha vida própria
Não se afaste de seus amigos e família para ficar só com ele. Assim, você o sufoca e fica dependente.

15. Tenha a embalagem perfeita
Cuide da saúde, vista-se bem e valorize seus pontos fortes. Sua imagem é como você se vende para o seu parceiro.

Crato (CE): Morador tem carro do ´Rei do Baião´

Na semana em que o Brasil comemora os 100 anos de nascimento de Luiz Gonzaga, um amigo do músico luta para que o Museu do Gonzagão, construído na cidade de Exu, ganhe mais uma peça: um carro que pertenceu ao "Rei do Baião". A Veraneio modelo 1976, usada para levar o artista para apresentações por todo o País, ainda circula pelas ruas do Crato.

Hoje, sob a posse do publicitário Francisco Luzimar Soares de Sousa, de 72 anos, que nos anos 70 prestou serviços de locução ao Mestre Lua, o veículo está em excelente estado de conservação e chama a atenção, principalmente das pessoas que conheceram o seu primeiro dono. Recentemente, como forma de conservar a beleza do automóvel, foram restauradas partes mecânica e a pintura, que voltou à cor original, o verde ouro.

Em 1985, Luzimar comprou a veraneio. Na época, ele pretendia manter um sistema de som destinado às atividades de publicidade volante, que era sua principal fonte de geração de renda. Há 27 anos, o carro circula em todo o Cariri anunciando eventos tradicionais, como as vaquejadas que eram realizadas por Luiz Gonzaga. Hoje, o atual proprietário acredita que o melhor lugar para a permanência do veículo é o Museu do Gonzagão.

Valorização
Lá, o carro poderá ser contemplado por fãs de todo o mundo e será valorizado como ícone da cultura nordestina. Entretanto, o publicitário conta que não pode doar o carro, que é seu único instrumento de trabalho, devido a não dispor de recursos para adquirir outro. Ele pretende buscar parcerias com órgão do poder público, tanto do Estado do Ceará como de Pernambuco, para que possa torná-lo uma peça museológica. "Não quero explorar a memória de Gonzaga, que foi um grande amigo. O meu interesse é que este carro seja reconhecido como propriedade dele e volte para o lugar de onde veio. Esse é um objeto pelo qual tenho muito zelo. Minha felicidade vai ser quando um dia ele for doado ao Museu", revela.

O veículo ficou conhecido em todo o Brasil por ter sido utilizada nas viagens do Gonzagão e sua equipe para a realização dos shows. A veraneio foi emplacada pela primeira vez no Crato. O músico adquiriu o carro na concessionária Sodal, que tinha à frente da administração o popular comerciante Gilberto Mendonça. O endereço do documento do bem foi a Rua José Carvalho, número 437, a antiga residência do amigo íntimo de Gonzaga, o senhor Manoelito Parente, retratado em uma das músicas mais conhecidas do artista, "Eu vou pro Crato".

Antigos proprietários
Com o crescimento profissional e ao ganhar fama nacional, o Rei do Baião, após utilizar o automóvel por dois anos, o repassou para o médico cratense Tarcísio Pinheiro Teles. Posteriormente, foi vendido ao farmacêutico Laércio Vasconcelos. O dono atual conta que precisou persuadir o colega para que este vendesse a veraneio. Ele diz que não teve problemas com mecânica. Para a manutenção, faz apenas pequenos reparos.

Em maio de 1989, durante a última chegada de Luiz Gonzaga ainda em vida à região do Cariri, a veraneio foi levada até o aeroporto para buscá-lo. Na ocasião, Francisco Luzimar, acompanhado do repórter Antônio Vicelmo e de seu filho Paulo Ernesto, do radialista Fran Pereira e de José Taveira, proprietário da casa de shows Gaibú Avenida - onde o Gonzaga fez apresentações -, fez uma homenagem ao artista. O grupo de amigos tocou, no som do carro, a música "Xote ecológico". Ao descer do avião, já de cadeira de rodas e ao reconhecer sua antiga propriedade, o Rei do Baião emocionou-se. Como forma de certificar e comprovar que a Veraneio realmente pertenceu a Luiz Gonzaga, Luzimar, por intermédio dos comerciantes Geraldo Pinheiro e Ageu Saraiva, buscou informações sobre os primeiros registros do automóvel. Solicitou ao Detran a certidão legal do documento, e hoje, com a papelada em mãos planeja expor o bem durante a festa de comemoração do centenário do cantor. O evento será de 13 a 16 de dezembro, em Exu Pernambuco.

YAÇANÃ NEPONUCENA
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

Estágio: o que fazer para ser efetivado?

Você concluiu, ou está concluindo seu curso. Conseguiu um estágio na empresa dos seus sonhos.

Mas e agora? O que fazer para ser efetivado? Como você deve proceder para aumentar suas chances para transformar essa 'semi-escravidão' em um emprego de verdade?

Aqui, 10 dicas valiosas.

1 – Saber o que quer
É muito importante que o estagiário saiba o que quer e aonde quer chegar. Decida primeiro, dentro do seu curso, a área que quer seguir. Em seguida, escolha dentro das possibilidades algo que esteja alinhado ao seu objetivo. Começar certo é uma dica valiosa.

2 – Disciplina
O nome diz tudo. Ser disciplinado é acordar cedo, ter ritmo de vida, se organizar, ser assíduo e pontual. Transmitir para o mercado que você é responsável e organizado é muito importante.

3 – Antecipação
Tem a ver com disciplina, mas merece destaque. Se antecipar é iniciar janeiro, pensando como se dará dezembro. Entenda, não é se preocupar com dezembro, mas apenas planejar o ano. Ver as épocas mais críticas, como as de prova na faculdade, férias etc.

4 – Imagem
O estagiário deve retratar (sem arrogância e prepotência, mas com muita simplicidade e humildade) o que ele quer ser. Se pretende ser um engenheiro civil, se espelhe em alguém que considera competente, sem copiá-lo, e siga em frente agindo naquela direção. Crie seu próprio estilo com personalidade.

5 – Limpeza
Ser uma pessoa limpa tem grande peso. É bom que as pessoas notem que a roupa que você usa foi lavada e passada.Além disso, ter uma mesa de trabalho limpa, cuidar bem dos equipamentos e dos documentos que estão sob a sua guarda faz toda a diferença.

6 – Dar satisfação
O estagiário ideal deve dar notícia ao seu orientador de tudo que está fazendo. O estagiário que se esquece de carregar a bateria do celular, de checar os e-mails, de responder as mensagens que recebe por telefone ou retornar as ligações, perde muito frente aos outros que cumprem com isso. É importante ser facilmente localizado e rapidamente dar retorno, nem que seja para pedir mais tempo para atender a tarefa que lhe repassam.

7 – Atualizar-se
Mantenha-se atualizado com a profissão que quer seguir. Por exemplo, se vai ser engenharia, leia a respeito, visite sites, vá aos congressos na medida do possivel, converse com os profissionais do ramo, visite obras. Atue como se já fosse engenheiro, esteja sempre à frente tecnologicamente falando.

8 – Disponibilidade
Estar disponível quer dizer procurar sempre algo para fazer. É ser produtivo, pró-ativo, com vontade de descobrir um mundo de coisas que existem na empresa que podem ser aprendidas. Tudo isso deve ser feito sem perder o foco e a área de atuação.

9 – Treino
Não há sucesso sem treino, ninguém nasce sabendo. Logo, verifique as tarefas que considera mais complexas e difíceis, e simule-as, treinando. A quantidade de treinamento trará excelentes frutos e fará de você alguém que passa a dominar algo, muito além daqueles que só a executam quando a tarefa realmente aparece.

10 – Não bajule
Seja simpático, sempre bem humorado, evite que seus problemas pessoais interfiram no ambiente profissional, mas jamais “puxe o saco” de quem quer que seja. Atue de forma profissional, seja original, tenha seu próprio estilo e forma de cativar as pessoas. A bajulação deve ser evitada.

Fonte: Administradores

Fetraece considera insuficientes medidas adotadas contra seca

Representantes dos trabalhadores rurais do Ceará devem manifestar hoje, durante reunião com membros do Governo do Estado em Crateús, na região dos Inhamuns, insatisfação quanto às providências tomadas pelo Executivo estadual em relação à seca no Ceará.

De acordo com o secretário de política agrícola da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado do Ceará (Fetraece), Luiz Carlos Ribeiro, que participará da reunião, a quantidade de milho distribuída pelo Governo para alimentar o rebanho, provenientes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), não estão sendo suficientes para a demanda.

“O milho está chegando, mas, de agosto para cá, só chegaram 60 mil toneladas. Para se ter uma ideia, por mês, no Estado, são necessárias de 40 a 50 mil toneladas”, apontou Ribeiro. Ainda segundo ele, o abastecimento de água no Interior por meio de carros pipa ainda é insuficiente, seja via Exército ou via Defesa Civil.

Providências
Apesar da reclamação da Fetraece, na última segunda-feira, o governador Cid Gomes (PSB) já havia se reunido com o Comitê Estadual de Combate à Seca no Ceará para encaminhar ações emergenciais de atendimento às vítimas da seca no Estado.

Na ocasião, o governador anunciou o repasse de R$ 13 milhões para recuperação de poços profundos, a liberação imediata de 15 toneladas de milho para alimentar o rebanho até fevereiro e o investimento de 340 milhões em seguro para agricultores que perderam suas produções, por meio do programa Garantia Safra.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o secretário de Desenvolvimento Agrário do Ceará, Nelson Martins (PT), informou que chagam hoje ao Estado quatro mil toneladas de milho pagas pelo Governo do Estado e outras oito mil toneladas pagas pela Conab. Para janeiro, segundo a assessoria, estão previstas mais 32 mil toneladas.

Entenda a notícia
Esta é a terceira reunião do Comitê Estadual de Combate à Seca do Ceará. Na ocasião, os trabalhadores rurais vão apresentar os principais problemas enfrentados esse ano na região.

Fonte: O Povo

Prefeito eleito do Crato pede apoio aos vereadores eleitos em almoço

O prefeito eleito do Crato, Ronaldo Matos (PMDB), reuniu 18 dos 19 vereadores eleitos do Crato, além de lideranças políticas, nesse domingo (09), no Hotel Encosta da Serra, para pedir o apoio dos futuros parlamentares ao seu projeto de governo.

Durante a reunião foi discutida a composição da base aliada do novo prefeito. Ronaldo ressaltou os desafios da sua administração para “colocar o Crato de volta no caminho do desenvolvimento” e a importância da parceria entre os dois poderes.

O prefeito eleito fez ainda um relato das articulações para novos projetos em que já está trabalhando. Entre esses projetos foram mencionados a encosta do Seminário, já esta em fase de licitação, e o programa “Minha Casa, Minha Vida,” onde 2.600 casas devem ser iniciadas no começo de 2013.

O vice-prefeito eleito, Raimundo Bezerra Filho (PPS), sempre presente a todos os momentos do novo governo, ressaltou a importância do espírito público, já que, segundo analisou, o reflexo das urnas, mostra o desejo de mudança e a esperança no novo governo. “Só com seriedade, trabalho e sintonia com a Câmara de Vereadores poderemos avançar,” disse.

Após as explanações de Ronaldo e Raimundo Filho, os vereadores em sua grande maioria se manifestaram pelo apoio ao projeto, assumindo compromisso com a futura administração.

Uma leitura do novo quadro
É importante destacar a ausência do vereador eleito do PT, Amadeu de Freitas. E depois a declaração de apoio da grande maioria dos presentes. O PT mostra realmente que vai para a oposição, mesmo correndo o risco de ficar sozinho. E a declaração de apoio da maioria mostra que, nem Sineval Roque, nem Samuel Araripe, terão influencia sobre as decisões da casa. Afinal, eles ajudaram a eleger parte desta Câmara que estava no almoço de Ronaldo.

Difícil é entender a mágica que Ronaldo usou; primeiro, para conseguir reunir quase todos os vereadores eleitos e depois convencê-los da viabilidade de seu projeto. Não que esteja desmerecendo o projeto, longe disso. Mas, o normal é que haja mais negociação; mais tencionamentos; ou seja, mais idas e vindas. E pelo visto, a coisa já saiu do almoço bem definida.

Essa conduta dos vereadores pode ser explicada de dois ângulos. Primeiro, eles entendem que o momento do Crato merece uma união maior em torno de um projeto para que o município dê o salto tão esperado rumo ao desenvolvimento. Segundo, é a velha máxima da política do pragmatismo e todo mundo já está bem acomodado. Qual das duas é a verdadeira? Só o futuro nos dirá!

Agora é inegável que o Crato, pelo menos nas articulações, está um passo a frente dos outros municípios do Cariri. Fazia tempo que não víamos isso.

Madson Vagner

Fonte: Miséria

Cid Gomes define ações contra seca durante reunião com comitê

O Comitê Estadual de Combate à Seca no Ceará se reuniu ontem com o governador Cid Gomes (PSB) no Palácio da Abolição para encaminhar ações emergenciais de atendimento às vítimas da seca no Estado. Dentre as ações estão o repasse de R$ 13 milhões para recuperação de poços profundos, a liberação imediata de 15 toneladas de milho para alimentar o rebanho até fevereiro e o investimento de 340 milhões em seguro para agricultores que perderam suas produções, por meio do programa Garantia Safra.

Mais de R$ 600 milhões já foram investidos para combater a estiagem no Ceará, entre recursos federais e estaduais. Um total de 90 mil cisternas estão sendo construídas para garantir o abastecimento de água e um milhão de pessoas têm sido atendidas por 1000 carros-pipa em 128 municípios cearenses.

O governador Cid Gomes (PSB) disse ter entrado em contato com o vice-presidente nacional do Banco do Brasil (BB), César Borges, para que a instituição possa repassar recursos para atender aos municípios que ainda dependem dos carros-pipa. Atualmente, pelo menos 128 localidades têm recebido o apoio dos carros-pipa.

Ações
O secretário de Desenvolvimento Agrário do Estado, Nelson Martins, pontua que a situação da seca no Estado é grave. Segundo ele, em 2012 choveu apenas 40% da média anual esperada e 84% da safra foi perdida. “No entanto, as as ações do governo estadual em parceria com o governo federal têm buscado atender diretamente às famílias atingidas pela seca”.

Martins diz que as maiores demandas da seca são por carros-pipa e milho para alimentar o gado. “O Ceará já recebeu 68 mil toneladas de milho, é o estado do Nordeste que mais recebeu esse auxílio”.

A próxima reunião do Comitê Estadual de Combate à Seca ocorrerá em Crateús, na próxima quarta-feira. O Comitê vai encaminhar as demandas dos municípios da Região dos Inhamuns. Esta será a terceira reunião do Comitê da Seca no interior do Estado.

Entenda a notícia
A seca de 2012 é tida como a pior dos últimos 40 anos. Para driblar os efeitos da estiagem, o governo estadual tem dialogado com o federal em busca de repasse de recursos para as ações de combate à seca.

Números
600 milhões de reais já foram investidos no combate à seca, entre recursos federais e estaduais

40% Foi a porcentagem de chuva diante do esperado para este ano no Ceará

84% É a porcentagem da safra que já foi perdida pelos agricultores em razão da seca

MARINA SOLON
REPÓRTER

Fonte: O Povo

Agenda cultural comemora os 100 anos do Rei do Baião

A ligação do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, com o Cariri se evidencia pelas homenagens realizadas nos últimos meses voltadas para o cantor. Ele levou, nas suas canções, fortes traços da cultura caririense. Cidades da região são lembradas em suas músicas, e nomes como o do Padre Cícero ecoaram na sua voz, emocionando romeiros de todo o Nordeste.

Nos próximos dois dias, 12 e 13, debates, seminário, exposição, colóquio, apresentações artísticas, fechando com a Orquestra Eleazar de Carvalho, serão realizados nas cidades de Crato e Exu (PE), para dar ênfase às homenagens dos 100 anos do cantor pernambucano no Cariri.

Na próximo quinta-feira, data de aniversário do cantor, serão iniciadas as comemorações alusivas ao seu centenário. Uma exposição permanente, "(En)cantos: natureza e cultura do Araripe na obra de Luiz Gonzaga o Rei do Baião (Crato)", iniciada em julho deste ano, na ExpoCrato, será finalizada.

O projeto, desenvolvido pela Universidade Regional do Cariri (Urca), por meio da Pró-Reitoria de Extensão, teve como principal objetivo a promoção do debate acadêmico, além de estimular o estudo e a pesquisa sobre a obra do cantor. Segundo a reitora da Urca, Otonite Cortez, o evento entra nas comemorações nacionais de homenagem a Luiz Gonzaga. A orquestra trará um repertório para o Cariri com as músicas do cantor Luiz Gonzaga. Segundo a pró-reitora, Sandra Nancy, a importância do evento ocorre por levar os acadêmicos a se interessarem pelo estudo sobre a vida e obra do artista. Isto pode se dar em várias perspectivas das áreas do conhecimento. "Dar lume à obra e ao homem, como objeto de estudo", afirma.

Ela acrescenta que, no âmbito artístico, a finalidade é dar visibilidade à riqueza contida no seu trabalho. O documentarista e jornalista, Huberto Cabral, destaca a grande influência de Luiz Gonzaga com o Cariri, desde a sua infância, quando frequentou a feira do Crato, com o seu pai, José Gonzaga.

Em 1946, quando ele voltou ao solo cratense, depois de servir o Exército, em Fortaleza, realizou seu primeiro show no Ceará, no Cine Cassino, em 10 de julho. No mesmo ano, ajudou na campanha de construção da Igreja de São Francisco, na cidade, e também do Hospital São Francisco. Luiz Gonzaga frequentou por muitos anos a exposição do Crato, onde foram iniciadas as homenagens da universidade, com a exposição sobre os 100 anos e várias apresentações e grupos da região e da cidade de Exu, que preservam o legado do Rei do Baião. "Ele foi o maior divulgador da festa agropecuária", diz Cabral.

No local, estão afixados bustos em homenagem ao cantor. O jornalista lembra que, pela primeira e última vez, foram colocados, no palco da ExpoCrato, Luiz Gonzaga, Padre Antônio Vieira, José Clementino e Patativa do Assaré. "Estes foram os quatro grandes heróis defensores do jumento", ressalta.

Programação
A programação dividida entre a cidade de Exu e o Cariri contará com palestras, mesas-redondas e apresentações artísticas, por meio da parceria da universidade com a Secretaria de Cultura do Estado e o município de Exu. De acordo com a pró-reitora, será a oportunidade de fechar o "Treze Temático", iniciado em julho. Também serão realizados lançamentos de publicações sobre a vida e obra do cantor, além de roda de conversa e um colóquio, com a presença de estudiosos. A apresentação da orquestra acontecerá no auditório da Rádio Educadora, no Crato, onde se realiza a mesa-redonda com vários estudiosos, além dos lançamentos. Uma missa em ação de graças ao artista, será celebrada na Catedral, com doações de alimentos para as vítimas da estiagem.

Um dos lançamentos de publicações contará com a presença de uma das maiores estudiosas da obra gonzaguiana no Brasil, a professora PhD, da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Elba Braga Ramalho, no dia 13, às 10 horas, no Crato. A docente lançará o livro "Luiz Gonzaga: a síntese poética e musical do sertão". O professor Jonas Rodrigues, da FAP/Seduc-PI, fará o lançamento do livro "Sons do sertão: Luiz Gonzaga, Música e Identidade".

O colóquio será realizado no Ginásio Poliesportivo, em Exu, no dia 12, e contará com a presença do sobrinho do Rei do Baião, Joquinha Gonzaga, em roda de conversa com o tema "Luiz Gonzaga que eu conheci" (Exu), ainda com as presenças de João Gonzaga e Os Francos, e mediação da professora da Urca, Sergiana Tavares. À tarde, haverá lançamento de livros e apresentações culturais.

Durante este evento, três espaços de arte estarão sendo visitados, todos tendo como mote a obra de Gonzagão: a Mostra "Olhando o olhar" (Exu); a exposição (En)cantos: natureza e cultura do Araripe na obra de Luiz Gonzaga o Rei do Baião (Crato); e a exposição de Alegorias da Unidos da Tijuca, em homenagem a Luiz Gonzaga (Crato). Ainda no âmbito da arte, no dia 12, às 10h30, haverá a premiação do concurso "Mapas das Terras de Luiz Gonzaga", na cidade do Crato.

Artista divulgou ritmo e cultura do Nordeste
O cantor Luiz Gonzaga entrou para a história da música brasileira como um dos maiores divulgadores da cultura nordestina. O lugar de seu nascimento foi o sopé da Serra do Araripe, que inspiraria uma de suas primeiras composições denominada "Pé de Serra". Seu pai trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeão (também consertava o instrumento). Nascido em Pernambuco, tinha uma forte ligação com o Ceará, principalmente com o Cariri. Tanto que fez várias músicas com referência ao Padre Cícero, além das tradicionais festas de Santo Antônio, em Barbalha, e ExpoCrato, dentre outros importantes atributos relacionados à cultura regional.

Ainda criança, frequentava a feira tradicional cratense, com o seu pai, José Gonzaga, mais conhecido como "Januário". Não era nem adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sudeste do Brasil. O primeiro show no Estado cearense aconteceu no Cine Cassino, no ano de 1946. O cantor foi uma das mais importantes personalidades da música, cantando acompanhado de sua sanfona, um zabumba e um triângulo, dando origem ao baião, além do xote e do xaxado, ritmos musicais que ainda hoje animam as festas juninas na região Nordeste.

Mais informações
Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Regional do Cariri (Urca)
Campus do Pimenta
Crato - CE
Telefone: (88) 3102. 1200

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER 

Fonte: Diário do Nordeste

Avelós: a esperança para quem tem câncer, HIV e dor

O nome científico Euphorbia tirucalli pode não dizer muita coisa para pacientes de câncer. Mas, quando se fala em avelós, alguns já conhecem e se animam. Originária da África, a planta se adaptou bem ao Nordeste. Mas é preciso ter cuidado com ela: especialistas alertam que o avelós é muito tóxico, e que só o contato com o látex (conhecido como leite) pode lesionar a pele, os olhos e causar alergias.

Mesmo com propriedades tóxicas, o potencial do avelós é grande. Quem explica é o doutor em Tecnologia Farmacêutica pela Universidade do Porto e coordenador dos estudos financiados pela empresa cearense Amazônia Fitomedicamentos, Luiz Francisco Pianowski. “Provamos a ação para câncer em vários testes iniciais. Fizemos testes com animais, testes toxicológicos para provar que era seguro dar a humano. E depois chegamos a humanos”, conta.

A pesquisa com o avelós começou em 2003 e não se restringiu ao câncer. Com o tempo, e por causa dos pacientes que tomavam as conhecidas ‘garrafadas’ (preparações elaboradas com plantas medicinais) feitas com avelós e diziam não sentir dor, os pesquisadores foram investigar se a planta podia funcionar contra isso. “Realmente achei uma molécula, isolei no meu laboratório, começamos a trabalhar e aí a surpresa é grande”, comemora o pesquisador.

E como se não bastassem essas duas importantes linhas de pesquisa, eis que uma terceira também passou a ser estudada. “Por uma questão de mecanismo de ação, deduzi que uma molécula que agia em câncer poderia agir em HIV”, conta Pianowski. Ele explica que alguns testes toxicológicos já foram feitos na França. Agora, o próximo passo é iniciar os testes em macacos nos Estados Unidos.

Os bons resultados obtidos até agora pela equipe do pesquisador Luiz Francisco Pianowski podem representar a esperança para muitos pacientes. Mas é preciso prudência na hora de falar de resultados. Os estudos demandam tempo; até que possíveis medicamentos cheguem ao mercado, costumam se passar anos. Mesmo assim, as pesquisas com o avelós são animadoras, tanto que, cada uma, possui um financiamento de mais de R$ 30 milhões, segundo Pianowski.

Fonte: O Povo

O anfitrião de Gonzaga no Crato

O pai de Hildelito Parente, seu Manuelito, foi pioneiro do que é hoje uma das profissões mais requisitadas na região do Cariri. “É a primeira lembrança que eu tenho de um mototaxista”, conta o filho, hoje com 71 anos. “Ele chegou a levar o Luiz Gonzaga pra tocar em festas por aí”.

Estamos na sala da casa que abrigou por várias vezes o Rei do Baião, no Crato, e o funcionário aposentado do Banco do Brasil lembra as histórias de um tempo que começou oficialmente para ele aos cinco anos, com o primeiro show de Luiz Gonzaga na cidade.

“A primeira lembrança é de 1946. Ele veio visitar os pais dele depois que fugiu. Ele gostava muito do Crato, aí foi convidado pra alegrar uns leilões que estavam angariando dinheiro pra edificar a Igreja de São Francisco e o hospital. Fez um show no Cine Cassino, que era o segundo cine mais cotado aqui da cidade. Um show magnífico na época. Cantou ‘Baião’, cantou ‘Vira e Mexe’... Nisso ele vai embora, com pouco volta e quando chegou dessa vez já passou a se hospedar lá em casa, aí toda viagem tanto ele quanto os familiares ficavam lá em casa”.

A mãe de Hildelito, Hilda, era pernambucana do Exu, e o pai do Araripe, a localidade onde nasceu Luiz Gonzaga. Seu Manuelito era conterrâneo de Luiz Gonzaga e veio para o Crato com a família para assumir posto no Banco do Brasil. Desde então passou a ser o contato de Luiz no centro econômico da região, servindo como intermediário na comunicação precária entre o Rio de Janeiro e o Araripe, onde ainda moravam Santana e Januário.

“Papai era quem dava dinheiro pro seu Januário, quando ele vinha por aqui é que perguntava quando ele tinha fornecido e ele pagava papai. Outra vez, seu Januário muito doente da próstata e ele doido por se comunicar, papai findou arranjando um rádio amador aqui no Crato chamado Agenor e conseguiram manter contato com Luiz Gonzaga”, relembra Hildelito.

Por vezes, Luiz aparecia no portão de madrugada, sem avisar, e soltava um “ôi!” sibilante, que reverberava por toda a casa com a notícia de sua chegada. “Ele era brincalhão, bonachão... Gostava de andar na feira, comprar uns presentinhos. Me lembro bem de um revolverzinho daqueles que atira uma balinha de plástico que ele me deu.”

A presença de Luiz Gonzaga na casa inspirou na época o jovem Hildelito – que já fazia aulas de piano clássico com um polonês que veio se refugiar da Segunda Guerra no Crato – a aprender sanfona. Anos depois, na década de 1970, ele próprio acompanhou o Rei no Crato Tênis Clube e teve composições suas gravadas por ele, como a parceria com José Clementino Sou do Banco. O sanfoneiro e bancário aposentado guarda ainda hoje a sanfona Todeschini vermelha que ganhou de presente de Luiz Gonzaga.

Anos depois, já em 1989, quando o corpo de Luiz Gonzaga chegou no aeroporto de Juazeiro para seguir em cortejo até Exu, foi ele quem tocou ao lado de Waldonys na recepção fúnebre, mas alegre. “Era gente... As ruas superlotadas. De Juazeiro até Exu, era todo mundo nas portas”, lembra com o álbum de fotografias nas mãos. (Pedro Rocha)

Influência musical
A presença de Luiz Gonzaga na casa inspirou na época o jovem Hildelito a aprender sanfona. Anos depois, na década de 1970, ele próprio acompanhou o Rei no Crato Tênis Clube e teve composições suas gravadas por ele

Lembrança de 1946
Hildelito Parente recorda que, em 1946, Gonzaga visitou os pais depois que fugiu. “Ele gostava muito do Crato, aí foi convidado pra alegrar uns leilões que estavam angariando dinheiro pra edificar a Igreja de São Francisco e o hospital. Fez um show no Cine Cassino. Um show magnífico na época”.

Fonte: O Povo

Plantão Infotech: As maiores bizarrices e curiosidades da internet na Coreia do Norte

A República Democrática Popular da Coreia do Norte, por si só, já é um dos países mais bizarros e curiosos do planeta: além de ser geograficamente isolada por montanhas e planaltos, ela é igualmente afastada do mundo na área política, já que segue um modelo ditatorial socialista com base em ações como censura e péssimas relações internacionais.

Por isso, é claro que a internet por lá não poderia ser uma coisa normal. Para começar, ela é extremamente restrita, podendo ser acessada apenas por uma parcela da população que é considerada a “elite” do país, como acadêmicos, cientistas e parentes ou amigos do líder Kim Jong-Un.

Para quem não conta com esse privilégio, há um servidor próprio, o Kwangmyong (“Brilhante”, em coreano). Trata-se de uma rede totalmente construída para manter a população informada e entretida no computador – mas apenas com as páginas e informações que o governo quer que o povo veja, incluindo muita propaganda política. O serviço é público e gratuito, mas o acesso é monitorado 24 horas por dia.

Outro mundo
Cada site oficial do governo local conta com um código na programação que serve para um único propósito: identificar o nome do líder atual, Kim Jong-Un, e aumentar a fonte do texto para que o trecho fique em destaque do resto do site. E cada palavra digitada precisa ser cuidadosamente revisada: erros de escrita já foram motivos para enviar jornalistas para os campos de trabalho pesado no país.

Outra curiosidade é que o calendário dos computadores da Coreia do Norte não marcam 2012, mas sim 101 – número que marca o aniversário de Kim Il-Sung, antigo chefe de Estado do país que fez profundas mudanças políticas por lá.

Há apenas um cibercafé no país, na capital Pyongyang. E nada de Windows: o sistema operacional é o Red Star, totalmente personalizado para uso interno. O navegador-padrão é o Naenara (“Meu país”, em coreano), uma versão modificada do Firefox.

Celular
Com dispositivos móveis, a história é diferente: há uma rede própria também, mas a fiscalização é menor – e muitos corajosos contrabandeiam celulares da China para realizarem chamadas internacionais ou acessar a internet (o que já é um avanço, mas não é grande coisa, já que os chineses também censuram conteúdo).

Para isso, entretanto, é preciso ficar a 10 km da fronteira com a China, para que haja alguma rede disponível. E, se você for pego pela polícia local, o sinal do celular será a menor das suas preocupações.

Com informações da BBC

Fonte: Tecmundo

Dois mil contribuintes do CE recebem restituições do IR no último lote

A Receita Federal liberou nesta segunda-feira (10), às 8h no horário local, as consultas ao sétimo e último lote de restituições do Imposto de Renda 2012. No Ceará, a Receita disponibiliza 2.157 restituições, totalizando R$ R$ 5.380.005,38.

As consultas podem ser feitas por meio do site da Receita na internet ou pelo telefone 146. Os valores das restituições poderão ser sacados a partir do dia 17 de dezembro.

Residuais
Neste lote multiexercício, que engloba valores residuais de 2008 a 2011, serão pagos R$ 756.660,85 para 262 contribuintes cearenses.

Malha fina
Quem não aparecer nos sete lotes regulares do IR, pagos até dezembro deste ano, está automaticamente na malha fina do Leão.

Quando entram na malha fina, as declarações dos contribuintes ficam retidas para verificação de pendências e eventual correção dos erros. As restituições são pagas somente após a questão ter sido resolvida – nos chamados lotes residuais do IR.

Neste ano, segundo a Receita Federal, o principal motivo para os contribuintes terem as declarações retidas em malha, neste ano, foi novamente a omissão de rendimentos e pendências com despesas médicas.

Fonte: G1

Música: Discos natalinos - nem Papai Noel suporta ouví-los


Nem o famigerado espírito natalino é capaz de aplacar uma verdadeira maldição que toma conta da indústria fonográfica todos os anos, sempre nas semanas que antecedem o Natal. É nessa época que cantores do mundo decidem brindar os fãs com canções que exaltam, em suas letras, sentimentos de fraternidade e união, mas suas intermináveis repetições ao longo dos anos produzem exatamente o efeito contrário e tiram a paciência auditiva de qualquer um.
 
Neste ano, Justin Bieber , com o disco Under The Mistletoe, e o álbum Christmas do canadense Michael Bublé lideram as paradas de sucesso nos Estados Unidos. Ambas produções reúnem o pior do Natal, músicas que perderam o posto de clássicos após sofrerem um acúmulo de arranjos equivocados, cheios de sons de guizos e outros recursos musicais enjoativos. Bublé lidera a lista dos 200 discos mais bem cotados pela Billboard há quatro semanas, enquanto Bieber aparece logo atrás, em terceiro lugar desde o lançamento, no início de novembro.

Justin Bieber nasceu no ano em que Mariah Carey lançava o hit responsável por alça-la ao posto de rainha dos discos natalinos. A música All I Want For Christmas Is You, composta em 1994, inclusive, é uma das faixas do disco natalino de Bieber, que forma dueto com Mariah interpretá-la.

O clipe de All I Want For Christmas Is You, aliás, exalta o clima família inerente à época do ano e mostra Mariah Carey vestida de Mamãe Noel sexy em clima de paquera com o adolescente de 17 anos. A parceria deu certo e Under The Mistletoe vendeu 210 mil cópias apenas na primeira semana de lançamento.

O disco natalino de Bublé também vai bem e ultrapassou a marca de um milhão de cópias vendidas em três meses desde o lançamento. O carro-chefe do projeto é a versão de Santa Claus Is Coming To Town, que reproduz o estilo “velha guarda” dos discos natalinos com pegada orquestral, cheio de sons de trompete e outros metais.

Fonte: Veja

Cássia Eller - Malandragem



Hoje ela faria 50 anos. Para sempre Cássia Eller.

Estudante encontra camisinha em almoço no refeitório da universidade

Acho que todo mundo já deve ter encontrado um fio de cabelo na comida e engolido um ou dois insetos durante a janta. É quase inevitável encontrar algum corpo estranho na refeição em algum momento da vida.

Mas, existe um limite para tudo. Um estudante chinês achou uma camisinha dentro do almoço. O rango, um tipo de arroz, tinha sido preparado na cozinha do refeitório da universidade, em Pequim.

Furioso, o aluno foi espumando de raiva reclamar com o cozinheiro. Como resposta, o chef afirmou que aquilo não era camisinha coisa nenhuma, mas apenas aquela pele que encapa a salsicha.

Não tendo mais para quem reclamar, o estudante tirou uma foto da refeição e publicou em um fórum na internet.

"Que idiota! É claro que um estudante universitário sabe bem a diferença entre uma salsicha e uma camisinha!!!", escreveu.

Fonte: UOL