Atiradores disparam contra comboio da ONU na Síria

Um veículo da ONU que transportava a equipe que irá investigar o uso de armas químicas na periferia de Damasco, na Síria, foi atingido por tiros diversas vezes por atiradores não-identificados nesta segunda-feira (26). A informação foi confirmada pelo porta voz da secretaria-geral da organização, que disse que ninguém se feriu na ação.

Segundo o comunicado do porta-voz divulgado hoje em Seul, onde o secretário-geral Ban Ki-moon se encontra em visita oficial, o carro foi danificado pelos tiros, impedindo que a equipe seguisse viagem e obrigando-a a retornar para uma base do governo.

A secretaria-geral fez ainda um pedido no comunicado dizendo que "ambas as partes precisam cooperar para que a equipe possa realizar seu importante trabalho com segurança".

O governo sírio autorizou ontem que inspetores da ONU visitem as áreas no subúrbio de Damasco onde teria havido um ataque com armas químicas na última quarta-feira (21). O comboio composto por seis carros com inspetores da ONU deixou um hotel de Damasco hoje e dirigiu-se para o local do suposto ataque.

A equipe de especialistas em armas químicas, vestidos com coletes à prova de bala da ONU, estava acompanhada por forças de segurança e uma ambulância, segundo informações da Reuters.

No trajeto, os inspetores entrariam na região dominada pelos rebeldes nos arredores de Damasco conhecida como Guta Oriental, local onde, segundo ativistas, mais de mil pessoas morreram após ataque com foguetes carregados com gás venenoso.

O governo sírio culpou "grupos terroristas armados" - forma como costuma chamar os rebeldes - pelo ataque contra os inspetores da ONU na periferia de Damasco.

Segundo uma fonte governamental citada pela televisão estatal síria, Damasco considerou que esses grupos armados são "responsáveis pela segurança, pela proteção da vida e pelo retorno pacífico da equipe da ONU"

As autoridades sírias negaram o uso de armamento químico em Guta, onde houve uma grande ofensiva contra os rebeldes na semana passada. O regime acusou os insurgentes de utilizarem esse tipo de armas em combates recentes no subúrbio de Damasco.

Kerry diz ter "poucas dúvidas" sobre uso de armas químicas
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou em telefonema para o secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon, ter "muitas poucas dúvidas" sobre o uso de armas químicas em ataque na Síria na última quarta-feira (21), segundo a agência de notícias Ansa.

Fontes diplomáticas ouvidas pela agência de notícias disseram que Kerry teria ainda afirmado que "se o regime sírio quisesse demonstrar ao mundo que não usou armas químicas durante o incidente, teria parado seu bombardeio na região e oferecido o acesso imediato da ONU cinco dias atrás".

Kerry teria entrado em contato nesta segunda, além de Ban Ki-Moon, com o chanceler britânico, William Hauge, o francês Laurent Fabius, o canadense John Baird e o russo Sergei Lavrov. A todos teria afirmado "ter muitas poucas dúvidas em relação ao uso de armas químicas por parte do regime sírio".

Por sua vez, o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hauge, afirmou nesta segunda que é possível que uma resposta contra a Síria aconteça sem a aprovação completa do Conselho de Segurança da ONU.

Já o primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, declarou que a "comunidade internacional não pode deixar passar este crime contra a humanidade", se referindo ao uso de armas químicas por parte do governo do presidente Bashar Assad.

Fonte: UOL



Aiuaba (CE): Grupo explode caixa eletrônico de banco 24 horas

Assaltantes tentaram arrombar, na madrugada de sábado (25), um caixa eletrônico de um banco 24 horas de Aiuaba, a 458 Km de Fortaleza. De acordo com o Comando de Policiamento do Interior (CPI), os assaltantes quebraram os vidros da porta de acesso ao posto e tentaram retirar o dinheiro usando explosivos.

Os suspeitos, no entanto, não conseguiram abrir o caixa eletrônico, fugindo sem levar o dinheiro. Ainda segundo o CPI, os suspeitos fugiram em um carro que foi abandonado na estrada da Confiança, próxima a cidade onde aconteceu o crime.

Uma equipe da Polícia Militar e duas da Força Tática de Apoio (FTA) realizaram buscas onde encontraram o veículo completamente destruído. Mas o grupo ainda não foi localizado.

Fonte: G1



Julgamento do mensalão tucano some da pauta do STF

Um mistério ronda o Supremo Tribunal Federal (STF). Em maio do ano passado, o então presidente da corte, Carlos Ayres Britto, chegou a chamar o julgamento da ação cível, aquela que permite a recuperação de recursos desviados, do mensalão mineiro, também conhecido como valerioduto tucano. Por algum motivo, que nem Ayres Britto nem os demais ministros sabem explicar, o processo saiu da pauta. E não voltou mais. Esta foi a primeira denúncia envolvendo o esquema de caixa dois do empresário Marcos Valério Fernandes com políticos a chegar ao Supremo, ainda em 2003, dois anos antes, portanto, das primeiras acusações que abalaram o governo petista, como revelou a Revista Congresso em Foco. Enquanto a ação cível contra os tucanos não sai da gaveta, o Supremo já condenou 25 réus envolvidos no esquema de desvio de dinheiro montado pelo PT e analisa agora os respectivos recursos.

O Congresso em Foco teve acesso à íntegra da transmissão das duas sessões em que o Supremo ensaiou julgar o mensalão mineiro – de acordo com o Ministério Público, um esquema de desvio de dinheiro do governo tucano de Minas Gerais em benefício da campanha eleitoral do hoje deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e do atual senador Clésio Andrade (PR-MG), que disputaram o governo estadual em 1998.

Produzido pelo site com base em imagens da TV Justiça, o vídeo acima mostra a tentativa do então presidente e relator do caso, ministro Carlos Ayres Britto, de levar a julgamento uma questão técnica para destravar o andamento da denúncia do Ministério Público, proposta em 2003 pelo então procurador-geral da República, Cláudio Fonteles.

Apesar de pautado duas vezes em maio de 2012, a última antes do intervalo para um lanche, o caso não foi julgado até hoje. Duas semanas depois, em 6 de junho de 2012, o STF definiria o calendário do mensalão do PT. Ayres Britto disse que esse calendário contribuiu para adiar o valerioduto do PSDB. “Qual foi a intercorrência? O mensalão. Fizemos uma pauta temática para ganhar um pouco de tempo enquanto não viesse o julgamento do mensalão”, disse ele.

Ouvidos pela reportagem nas últimas semanas, os ministros disseram não se lembrar de eventuais conversas no cafezinho que teriam tirado o mensalão mineiro de pauta pela segunda vez.


Ministros em falta
O objetivo do julgamento do mensalão mineiro nem era o conteúdo da denúncia da primeira versão do valerioduto, mas apenas julgar se um caso de improbidade administrativa como aquele deveria ser analisado pela Justiça de primeira instância de Minas Gerais ou pelo próprio STF. Em 2005, o Supremo já havia decidido, na ação direta de inconstitucionalidade (Adin) 2797, que situações de improbidade deveriam ser analisadas nos estados, sem direito a foro privilegiado para deputados e senadores. Mas Eduardo Azeredo e Ruy Lage, outro réu no mensalão do PSDB, recorreram para manter o caso no Supremo.

Em 16 de maio de 2012, os ministros tinham acabado de julgar justamente recurso sobre a Adin 2797, cujas decisões determinaram que casos de improbidade deveriam correr nos estados, sem foro especial.

Ao anunciar o julgamento do recurso no mensalão mineiro cível (petição PET 3067), Ayres Britto, relator do caso, informa que o ministro Gilmar Mendes havia pedido o adiamento do caso. O motivo era a ausência de Dias Toffoli e Celso de Mello no plenário. Pela mesma lógica, também seria adiado um outro processo semelhante (PET 3030), que decidiria se mantinha no Supremo ou mandava para a primeira instância de Rondônia uma ação de improbidade contra políticos locais.

“Por que não julgar?”
Inicialmente, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio questionam o motivo de adiar o mensalão mineiro e o outro processo. O atual presidente do STF lembra que, pouco antes, haviam acabado de julgar uma Adin sobre o mesmo tema com a ausência de ministros.

“Se nós julgamos o mais importante, por que não podemos julgar o agravo regimental [no mensalão mineiro]?”, questionou Joaquim. “É consequência do que ficou acertado ainda há pouco”, continuou.

Ricardo Lewandowski é um dos que defendem o adiamento para a semana seguinte, quando o plenário estivesse completo. Ayres Britto se diz, então, pronto para julgar o valerioduto do PSDB, mas consulta o plenário. Joaquim Barbosa desiste da tese e apoia a postergação do caso, mas Marco Aurélio mantém-se contra. “Há quórum até para matéria de maior envergadura [Adin]”, reclamou. O caso é adiado para 23 de maio de 2012.

Voto longo
Naquela data, os ministros julgam o outro caso de improbidade administrativa, a PET 3030. Como era de se esperar, mandam o processo para a primeira instância de origem. Chega a vez de julgar a PET 3067 e Ayres Britto anuncia seu voto. “Mas é um voto longo. Faço o pregão propriamente dito quando do retorno”, disse ele. Os ministros vão para o lanche.

Entretanto, o presidente volta do intervalo e não chama o processo. Procurado pela Revista Congresso em Foco, o hoje ex-ministro diz que provavelmente não teve condições de pautar o processo na volta do intervalo. “É porque eu não obtive condições de colocar [em votação]”. “Sou uma pessoa atenciosa, eu converso com os ministros, ninguém vai me negar essa qualidade de buscar a todo instante o consenso”, disse ele.

O voto de Britto fora feito em 2005, determinando a remessa da papelada do mensalão mineiro para a Justiça de primeira instância de Minas Gerais. O ex-ministro é um conhecido opositor do foro privilegiado. O caso agora está com o ministro Roberto Barroso, que ainda não estudou o processo porque, segundo sua assessoria, está concentrado nos embargos de declaração do mensalão do PT.

Os mensalões
No caso do PT, o Supremo condenou réus por esquema que desviou dinheiro público e privado para a compra de apoio político de deputados durante o primeiro mandato do ex-presidente Lula por meio do empresário Marcos Valério e dos bancos Rural e BMG entre 2002 e 2004. O esquema, segundo a PGR e o STF, era chefiado pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

No caso do PSDB, o Ministério Público abriu três ações no STF por esquema de desvio de dinheiro do governo de Minas Gerais em benefício da campanha eleitoral do hoje deputado Eduardo Azeredo e do atual senador Clésio Andrade, que disputaram o governo estadual em 1998. Os valores foram repassados, segundo a denúncia, por patrocínios operados pela agência de publicidade de Marcos Valério.

Fonte: Congresso em Foco



Escândalo das Vassouras: Juazeiro do Norte volta a ser destaque nacional

O Bom Dia Brasil da Rede Globo mostrou na semana passada o escândalo da compra excessiva de produtos de limpeza pela Câmara de Vereadores de Juazeiro do Norte. Foram comparadas mais de quatro mil vassouras de palha; duas toneladas e meia de sabão; quase 34 mil unidades de palha de aço, entre outras coisas. Nesta segunda-feira (26), o Jornal voltou a exibir o caso que ficou conhecido como “Farra das Vassouras”.

No fim de semana, a Justiça expediu mandados de busca e apreensão no prédio da Câmara e na residência do Presidente da Casa, Vereador Antônio de Lunga (PSC). Documentos, computadores e um vasto material de limpeza com prazo de validade vencido foram aprendidos no prédio e almoxarifado da Câmara. A grande quantidade de papel higiênico chamou atenção dos policiais que cumpriam os sete mandados.

Na residência do presidente também foram aprendidos documentos. O vereador confirma a inidoneidade dos parlamentares e afirma que todo material foi comprado dentro da legalidade. Os policiais investigam investigar se há um esquema de fraude de licitação e superfaturamento na Câmara. O Ministério Público estadual também avalia se a compra do material de limpeza foi um ato de improbidade administrativa.



7 lendas urbanas brasileiras (em que você já acreditou)

É bem provável que você tenha escutado uma ou duas histórias de terror na vizinhança – uma loira misteriosa (e assombrada) que vive no banheiro da escola, aquele seu disco favorito que, na verdade, esconde uma mensagem do diabo ou um homem assustador que leva embora criancinhas que se comportam mal. Para você ficar mais tranquilo, a SUPER preparou uma lista com 7 lendas urbanas brasileiras que não passam de histórias pra boi dormir – ou será que não?

1. As facas escondidas nos bonecos do Fofão
Ninguém conseguia resistir ao charme das bochechas avantajadas do (aparentemente) inocente alienígena vindo do planeta Fofolândia. Fofão, personagem vivido na telinha por Orival Pessini, fez tanto sucesso ao lado da turma do Balão Mágico, no início da década de 80, que ganhou seu próprio programa na Rede Bandeirantes em 1986. Não muito tempo depois, ganhou também um boneco feito à sua imagem e semelhança, que virou febre entre a criançada – pelo menos, até inspirar uma lenda urbana pra lá de macabra. Dizia-se por aí que o recheio do brinquedo não era tão fofinho assim: quem abrisse sua barriga encontraria dentro do boneco uma faca negra. Pacto com o diabo era a explicação mais popular – e até a semelhança entre Fofão e Chucky, o brinquedo assassino, foi apontada. Quem já estripou o boneco garante que a “coluna vertebral” do Fofão era mesmo feita com um objeto pontudo. Será?

2. Xuxa e seu pacto com o demo
Nada de “doce, doce, doce, a vida é um doce, vida é mel” – dizia-se que “sangue, sangue, sangue” era o refrão lado B da canção Doce Mel, um dos hits da rainha dos baixinhos. Na década de 80, teorias conspiratórias ligavam Xuxa ao diabo (só isso explicaria sua ascensão ao estrelato, aparentemente) e garantiam que seus discos escondiam mensagens satânicas. Para ouvir o refrão “alternativo”, era só girar o LP do álbum Xou da Xuxa no sentido anti-horário. Como se não bastassem as supostas mensagens subliminares escondidas em suas músicas, as bonecas da Xuxa também faziam parte da polêmica: reza a lenda que os brinquedos ganhavam vida durante a noite e assassinavam suas donas.

3. Chupa-cabra
Apesar de as histórias sobre esta temível criatura terem começado em Porto Rico, não faltaram relatos para tornar a lenda popular (e assustadora) no Brasil durante os anos 1990. Tudo começou em 1995, quando foram descobertas oito cabras mortas com dentadas no pescoço e sangue completamente drenado. Mais de 150 casos semelhantes foram registrados até agosto daquele ano. Em dezembro, o número de animais mortos nestas circunstâncias já ultrapassava a marca de 1 mil. Razão suficiente para dar início à lenda sobre uma criatura semelhante a um morcego. Existem até testemunhas que garantem já terem avistado esse tal vampiro das Américas.

4. A loira do banheiro
Uma lenda urbana com um fundinho de lição de moral. Você com certeza já ouviu a história da loira do banheiro. Reza a lenda que uma jovem e bela menina matava aulas no banheiro da escola e seu castigo foi mais do que pegar recuperação. As versões sobre a sua morte divergem: alguns dizem que a pobre garota escorregou e bateu a cabeça, outros afirmam que ela teria se suicidado ou, até mesmo, sido assassinada. Inconformada com a morte prematura, ela passou a assombrar os banheiros da escola, e não faltam relatos de estudantes que juram ter visto uma versão brasileira da Murta que Geme perambulando entre as privadas. Nada de matar aula no banheiro, crianças.

5. Homem do saco
Nada melhor para educar filhos que contar uma história que vai matá-los de medo, diz a sabedoria popular. E se a lição do dia é sobre obediência, a história do homem do saco é uma boa pedida. Segundo a lenda, um velho assustador que perambula pelas ruas sequestra crianças que saem de casa sem a companhia de um adulto. Outra versão da história (ainda mais cruel com os pequenos), é que o Homem do Saco faria o trabalho inverso ao do bom velhinho: ao invés de visitar as crianças boazinhas e deixar presentes, como o Papai Noel, o velho malvado visitaria apenas os desobedientes e os levaria embora dentro de seu saco.

6. A Gangue do Palhaço
Tudo começou quando o Notícias Populares, jornal que circulou em São Paulo entre os anos de 1963 e 2001, retomou na série “Crimes que abalaram o mundo”, publicada na década de 1990, a história de um palhaço que assassinou dezenas de criancinhas nos EUA nos anos 1960. Não demorou muito para que tivesse início um boato sobre a chamada “Gangue do Palhaço”, atuante na região metropolitana da maior capital brasileira. Como quem conta um ponto sempre aumenta alguns pontinhos, logo a lenda se tornou tão detalhada que parecia até verdade: dizia-se que o grupo de criminosos era liderado por um palhaço da cidade de Osasco que roubava órgãos em uma Kombi azul.

7. Bebê-diabo
Novamente o Notícias Populares. No dia 11 de maio de 1975, a capa do jornal estampava a manchete “Nasce o bebê diabo”. A lenda, um produto do próprio jornalismo, surgiu desprentensiosamente: o jornalista Marco Antônio Montadon resolveu escrever uma crônica de horror inspirada no (nem um pouco sobrenatural) nascimento de uma criança com um prolongamento no cóccix e duas saliências na testa em um hospital do ABC paulista. A história fez tanto sucesso que acabou virando uma série – ao longo de mais de um mês os passos (verídicos ou não) do monstrinho apareceram no jornal.

Fonte: Superinteressante



Programa Mais Médicos: 79 cubanos chegam à Capital para avaliação

Em meio a gritos de “esses médicos são nossos, esses médicos são do povo”, 79 profissionais cubanos desembarcaram em Fortaleza ontem. Eles se juntarão a mais 13 integrantes do Programa Mais Médicos que já estão na Capital. Pelos próximos 21 dias, os novos profissionais da atenção básica da saúde passarão por uma avaliação. Se considerados aptos, já poderão atender pacientes a partir do dia 16 de setembro.

Após o desembarque, o médico cubano Juan Hernandez afirmou ter consciência das dificuldades do Sistema Único de Saúde (SUS) e destacou a experiência dos médicos conterrâneos. “Vai ser difícil no início, mas depois vai melhorando. O Governo deverá ajudar também. Nós já trabalhamos em outros países”, disse. Ele destacou, ainda, a importância das condições sanitárias da população para a atenção básica na Saúde e afirmou que o pagamento pelo seu trabalho apenas precisa “ser necessário para viver”.

No voo de ontem, estavam mais 128 médicos cubanos, que se juntarão aos 206 que chegaram no sábado (24) e foram distribuídos entre Recife, Salvador e Distrito Federal. A primeira etapa do Mais Médicos conta ainda com 244 profissionais intercambistas (estrangeiros e brasileiros com diplomas internacionais), totalizando 657.

Avaliação
Os médicos que farão módulo no Ceará estão alojados no 23º Batalhão de Caçadores do Exército e as aulas acontecerão na Escola de Saúde Pública do Ceará. Professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) deverão avaliar as habilidades clínicas e de língua portuguesa dos profissionais. “Eles saberão como funciona o sistema de saúde do País, a parte legal da profissão, os protocolos clínicos e a língua”, detalhou o secretário Estratégico e Participativo do MS, Odorico Monteiro. Ele e o governador Cid Gomes, que não falou com a imprensa, recepcionaram os médicos no Aeroporto Internacional Pinto Martins.

De acordo com Odorico Monteiro, não haverá prova após as três semanas de  aulas. “A avaliação será contínua. Até depois de já atuantes, eles continuarão sendo avaliados pelos professores”, destacou.

O presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM-CE), Ivan de Moura Fé, avaliou que as três semanas de avaliação são insuficientes para que os médicos entendam a realidade sanitária e epidemiológica do País.

Saiba mais
  • Os médicos cubanos serão direcionados para 701 municípios que não foram escolhidos por nenhum médico na etapa de chamamento individual
  • Até o final do ano, 4 mil médicos cubanos deverão chegar no Brasil
  • De acordo com o Ministério da Saúde, 84% dos médicos cubanos têm mais de 16 anos de experiência
  • A Federação Nacional dos Médicos entrará com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF, questionando a Medida Provisória 621, que dispensa a revalidação de diplomas para o Mais Médicos.
Fonte: O Povo



A verdadeira medicina cubana

Quando alguém abrir a boca para falar da excelência da saúde e educação em Cuba, peça-lhe explicações sobre estes cadáveres mortos a míngua, de fome e de frio.

"Lula sabe desde há muitos anos que em nosso país jamais se torturou ninguém, jamais se ordenou o assassinato de um adversário, jamais se mentiu ao povo". (Fidel Castro Ruz em "Reflexões")

Há exatamente um mês morria, em decorrência de uma greve de fome de 83 dias, o preso político cubano Orlando Zapata Tamayo. Sua morte suscitou indignação mundial mas a reação das esquerdas veio mais rápida do que a atenção os apelos feitos durante meses, para que a ditadura atendesse suas solicitações. Da calúnia de que Zapata exigia "telefone, televisão e cozinha" na sua cela, passou-se à difamação daquele que já não podia se defender.

Dias depois desta morte ter ganhado as manchetes mundiais, o Granma, jornal oficial da ditadura, utilizou o seu mais subserviente articulista, Enrique Ubieta, para difamar Zapata, onde dentre outras coisas ele lança esta pérola: "É difícil morrer em Cuba, não porque as expectativas de vida sejam as do Primeiro Mundo - ninguém morre de fome, em que pese a carência de recursos, nem de enfermidades curáveis -, senão porque impera a lei e a honra". Mas não foi o que disse o folclórico Panfilo, que diante das câmeras de televisão berrava que o problema de Cuba era a fome e que acabou lhe rendendo um confinamento no Hospital Mazorra.

E no Estadão de hoje leio que a deputada Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) encampou uma moção de apoio a Cuba. A enfurecida comunista sentencia: "Na verdade, os virulentos ataques a Cuba escondem um alvo maior, que são as conquistas de governos populares comprometidos com a democracia e a justiça social das grandes maiorias de nossa América". Dona Grazziotin insiste em bater na mesma tecla parida pelos ditadores Raúl e Fidel, e seu capacho das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, de que existe "uma insistente campanha promovida por meios de comunicação intransigentemente comprometidos com a desinformação".

Ora, dona Grazziotin "esquece" que desinformação faz parte da práxis comunista, quer seja no Brasil, em Cuba, na Rússia ou na Venezuela, então, nada melhor do que lançar nos outros a culpa que lhe cabe, pois disso ela entende bem. A matéria fecha com chave de ouro essas declarações da deputada comunista: "A revolução cubana é marcada por um bem sucedido processo de transformações políticas, econômicas e sociais caracterizadas nas condições de vida do seu povo, principalmente na saúde e educação. Por obra da mídia mercantil, do seu bloqueio informativo, nada disso chega aos leitores e telespectadores brasileiros".

Grifei a última frase deste parágrafo porque concordo integralmente com ele, ressaltando apenas que, por obra da infiltração comunista nas redações de jornais há décadas, é que o povo não sabe o que se passa de fato naquela ilha amaldiçoada, sobretudo em relação à falácia da excelência na educação e saúde cubana pós-revolução castrista. Por mais que se diga e prove a mentira rotunda desses "sucessos", é preciso ir mais além e provar com fotos o quanto esta gente é mentirosa.

Em princípio de janeiro deste ano ocorreu um massacre no Hospital Psiquiátrico de Havana, também chamado de "Hospital Mazorra", conhecido por ser um campo de tortura de presos políticos e de consciência desde o começo da ditadura na década de 60. Ali se faziam - e fazem até hoje - experiências com seres humanos que apenas discordam das práticas e ideologia do regime ditatorial. Por ele passaram presos famosos como Armando Valladares, onde serviam, como nos campos de concentração nazista, de experimento para os mais hediondos crimes. Quando inaugurei o blog "Observatorio brasileño" a primeira postagem foi dedicada a este hospital. Para que se compreenda um pouco do que vou relatar a seguir, sugiro a leitura do artigo "¡¡¡Monstruos!!!", publicado em janeiro de 2009.

No dia 13 de janeiro deste ano o site "Penultimos días" publicou uma nota dando conta de que em Havana corria a notícia de que haviam morrido internos do Hospital Mazorra. Fontes que trabalhavam no hospital e que por razões óbvias não quiseram se identificar, disseram que 31 pacientes haviam morrido de fome e frio, entre os dias 9 e 12 daquele mês. Ainda segundo essas fontes, os trabalhadores do hospital tinham desviado para o mercado negro boa parte dos alimentos destinados aos pacientes.

Como a notícia já havia se espalhado, no dia 16 o governo emitiu uma nota através do "Granma", na qual tenta eximir-se da responsabilidade criminosa imputando a culpa aos próprios defuntos. Leiam o que diz a nota do Ministério da Saúde:

"No Hospital Psiquiátrico de Havana, que dispõe de 2.500 leitos, produziu-se durante a última semana um incremento da mortalidade dos pacientes internados. No total, reportam-se 26 falecidos.


Estes fatos estão vinculados com as baixas temperaturas de caráter prolongado que se apresentaram (de até 3,6 graus centígrados em Boyeros, onde se localiza o hospital) e a fatores de risco próprios dos pacientes com enfermidades psiquiátricas, a natural deterioração biológica devido ao envelhecimento, infecções respiratórias em um ano onde esta enfermidade mostra um comportamento epidêmico e as complicações de afecções crônicas presentes em muitos deles, fundamentalmente cardiovasculares e câncer". Um paciente psiquiátrico não tem necessariamente que ter problemas de saúde física, a não ser que ele seja exposto a algum risco, tal como aconteceu, de dormir num frio de menos de 4º sem um cobertor, e além do mais com fome!

Como pode-se atestar, a culpa não é da incompetência dos médicos, enfermeiros e demais funcionários do hospital, e nem muito menos irresponsabilidade criminosa do governo que deveria manter aquele nosocômio em condições de funcionamento, mas dos pacientes que são "velhos" e com "doenças degenerativas" que fatalmente os levaria ao óbito.

A questão fica ainda mais grave, uma vez que este fato calamitoso não ocorreu somente no Mazorra, mas também no hospital psiquiátrico conhecido como "Quinta Canaria" e num Lar de Anciãos no município central de Havana. Os médicos que estão sendo acusados de negligência por essas mortes, Dr. Wilfredo Castillo, Ivo Noa González e Roberto Masa defendem-se, dizendo que não vão ser os "bodes expiatórios" do desastre do sistema de saúde cubano. Eles acusam diretamente o ministro José Ramón Balaguer que, segundo informaram, "tinha um informe completo de todas as deficiências e carências do Hospital, desde os alimentos até material de higiene e limpeza, lençóis, toalhas, etc., e o mais importante: dos 325 medicamentos fundamentais que o hospital consome, 92 encontram-se em falta".

Quer dizer, como todos sabemos, a "excelência" da medicina cubana só existe para ser exportada para países miseráveis como o Haiti, onde os pacientes são cobaias nas mãos de incompetentes médicos que aleijam, cegam, deformam e matam pessoas sem importância e sem recursos que nunca vão processá-los pelos crimes que cometem. Quando Fidel Castro adoeceu, onde estavam os excepcionais médicos cubanos? Foi necessário importar um da Espanha para tentar consertar a porcaria que eles fizeram e que quase acabou com a porca vida deste assassino. Quando dona Dilma ficou doente, foi buscar tratamento em Cuba? Não! E quando o Sr. da Silva tem algum chilique, vai a um posto do SUS ou à Cuba? Não! Eles buscam o hospital mais caro do país, o Sírio Libanês, porque SABEM que mentem vergonhosamente sobre uma eficácia e excelência em médicos e hospitais que não existe, e que só servem para atender o pobre coitado que não tem que lhe chore a perda!

As fotos que vocês vêem neste artigo falam mais do que as mentiras pregadas pelos comunistas defensores da miséria para os outros, como esta deputada do PCdoB. Ela sabe que mente, ela sabe que em Cuba se cometem crimes de toda ordem contra um povo que clama no deserto. Portanto, quando alguém abrir a boca para falar da excelência da saúde e educação em Cuba, peça-lhe explicações sobre estes cadáveres mortos a míngua, de fome e de frio, e que a imprensa brasileira não quer que o povo tome conhecimento.

Fonte: Mídia sem Máscara (publicado em 24 de março de 2010. E nem venham me dizer que de lá para cá tudo mudou. Só se foi para pior.)



Juazeiro do Norte (CE): Produtos de limpeza apreendidos estavam com prazo de validade vencido

Os documentos apreendidos neste sábado (24), durante a "Operação Faxina", na Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, na região do Cariri, comprovam as denúncias de irregularidades na compra de produtos de limpeza.

Durante o trabalho foi constatado gasto de R$ 27 mil somente com a compra de açucar. De acordo com a Polícia Civil, além dos papeis, a operação apreendeu amostras de produtos de limpeza e de outros objetos adquiridos com as licitações. Além disso, parte do material de limpeza estava com prazo de validade vencido.

“Por mais incrível que pareça, a gente está comprovando parte dessas denúncias que foram feitas. Agora, a existência dos crimes, a quantidade deles, a qualificação deles, somente depois de analisar peça por peça, documento por documento, a gente vai saber a necessidade de prisões preventivas”, disse o delegado Levi Leal.

Já o titular da Delegacia Regional de Juazeiro do Norte, Tenório Brito, acrescenta que as investigações vão "surpreender", pois devem apontar irregularidades inclusive de outras gestões.

Fonte: Ceará News7



´Cearensês´: você é o que fala?

Você é o que fala? Aqui no Ceará, a identidade passa pela linguagem. Não há uma só língua, mas vários tipos de "cearensês". Daí tantos dicionários espalhados. É o nosso "cabra-da-peste" botando "boneco" por aqui e fazendo sucesso mundo afora. Prova disso é o grande sucesso do filme "Cine Holliúdi". O longa está surpreendendo o mercado cinematográfico: em sua segunda semana de exibição, o filme cearense teve um crescimento de 28% nas bilheterias e ocupa a 8ª posição dos filmes mais vistos no Brasil.

Com apenas nove cópias exibidas em 13 salas do Ceará, mais de 100 mil espectadores já conferiram "Cine Holliúdy" nos cinemas. Para se ter uma ideia da força da produção, superou o lançamento de "Bling Ring - A Gangue de Hollywood", de Sofia Coppola. O longa estreou no último dia 9 no Estado e dia 30 irá para várias outras cidades do Norte e Nordeste. Negociações estariam sendo feitas para exibição também no restante do País.

Mas como explicar esse fenômeno? Talvez o jeito peculiar e engraçado de falar, os verbetes, a "arrumação", a molecagem tão característica, cativante. É muita "marmota", gente "amostrada" com esse fervor todo, "mah".

A diversão (antes, durante e depois do filme) é ficar repetindo os termos, rindo de si mesmo: "ai dentro", "ande tonha", "armaria, nam", "só o mi disbuiado". Nessa "gaiatice", ganha quem entende, conhece mais verbetes. Leva um "cascudo" quem não sabe, fica "boiando" na parada.

O filme "Cine Holliúdi" vem como um movimento de autoestima, um ânimo para os nordestinos. As imensas filas nos cinemas e a disputa pelos ingressos à venda são algumas das provas.

Brincadeira
Fã da produção cinematográfica, o jornalista e comediante LC Galleto afirma que esse momento é muito bom para nossa língua porque o cinema tem um poder grande para propagar essa brincadeira que tem alto valor cultural. Questionado sobre o que mais faz rir nesse dialeto "cearês", aponta a naturalidade: o cearense tem um sotaque lento, engraçado. "Preguiçoso não no ritmo, mas quanto aos cuidados com normas. E as gírias completam toda essa marmota", diz.

Por termos a molecagem no sangue, é difícil fazer rir no Ceará? Seria o nosso povo tão exigente? Galleto disse que há uma exigência maior sim, tanto por quem mora aqui quanto para o turista que espera ver o melhor humor do Brasil e rir muito.

Diversidades
Mas, como entender esse dialeto tão típico? Essa comunicação que é interação social, marca cultural? Já em 1967, o historiador Raimundo Girão lançou o livro "Vocabulário Popular Cearense" com 3.058 verbetes. Estudiosa da obra, Maria Silvana Militão, aponta as diversidades tanto regionais quanto sociais. "Não podemos mais manter aquele preconceito de quem fala simples está errado e que só o erudito é certo. Língua não é homogênea. Falamos, no País, o mesmo idioma, mas temos diferenças léxicas e fonéticas. Essa é a nossa riqueza". Sobre as características regionais mais marcantes, ela destaca algumas: o emprego da letra ´r´ apagada no final, o uso do ´r´ onde seria um ´v´ ou ´f".

"A diferença não é deficiência, não há língua melhor ou pior. Ela tem que comunicar, não importa como", reforça a coordenadora do Curso de Letras da UFC, Silvana Militão.

O risco da armadilha do riso - Por: Gilmar de carvalho, jornalista

A língua é viva, não comporta amarras, engessamento e não se limita à chamada "norma culta", ao estabelecido nas regras. As ideias de restrição são elitistas. É preciso conviver com o que vem das ruas.

A riqueza das falas é a diversidade das culturas. Isso se dá com liberdade e sem censuras. Este "cearensês", codificado, empacotado, para consumo dos turistas, pode se tornar tão autoritário quanto o cânon chancelado pelos acordos linguísticos. Fica o temor de que esse "cearensês" possa reforçar preconceitos. Vende-se a ideia de um "cabra-da-peste" cuja fala provoca riso. Mais caricatura (personagem) que uma pessoa. A ideia de tornar Fortaleza "capital do riso" reforça estereótipos. Perigo cair na armadilha do riso como forma de dizer quem somos. Essa fala não nos define. É construída.

A ideia de que somos engraçados pode ser interessante para um tipo de turismo. Nada contra. Cada qual faz o que se encaixa nos objetivos e estratégias. Agora querer nos vender de uma forma que possibilite o escárnio, que evidencie um fosso ou que provoque rejeição, pode servir, como tem servido ao longo do tempo, como estigma. É um risco. Vale a pena pensar mais, antes de cairmos numa euforia que não nos levará a qualquer lugar.

Mundo é grande, mas o Ceará é maió
No linguajar típico, sotaque é carregado de bom humor, exagero, deboche, mesmo que seja assunto sério. Sonoridade e entonação ressaltam

Esse dialeto "cearensês" ganhou o mundo. Apesar do filme "Cine Holliúdi" não ter chegado ainda aos demais estados do País, o sucesso já é grande, conta o ator paulista Hugo Picchi. As redes sociais e a presença forte de nordestinos na região, torna tudo mais familiar. Assim como ele, vários outros "sulistas" viraram fãs, por exemplo, do personagem "Suricate Seboso", do cantor Falcão, já assistiram shows de humor de artistas cearenses e lembram, com saudosismo, das pilhérias de Chico Anísio, do Renato Aragão e tantos outros que se atreveram a romper barreiras.

Com muitos amigos cearenses morando em São Paulo, Hugo Picchi diz adorar essa linguagem do "béisso", "armaria nam" e tantos outros verbetes. "Quer seja para algo triste, ou para algo alegre, essa maneira de falar é carregada de bom humor, exagero, deboche, mesmo que seja um assunto sério. A sonoridade, entonação, me divirto muito", diz. Nascida no Ceará e morando há pouco tempo em São Paulo, a jornalista Beatriz Jucá afirma que o cearense tem, sim, uma forma muito criativa de se expressar, e isso chama atenção em qualquer lugar. Alguns paulistanos dizem, segundo Beatriz, que quando se juntam vários cearenses, eles se perdem no "idioma". Mostrei o trailer do "Cine Holliúdy", e o pessoal aqui, mesmo sem entender nada, adorou. Tivemos uma aula forçada de "cearensês", e eles mal conseguiam falar as coisas. Trocavam espilicute por espiculite. Hoje já é comum algum paulistano me chamar para botar boneco".

É o novo?!
Se para os mais jovens, por exemplo, todo esse "fuzuê" em torno dos verbetes típicos dos cearenses parece algo novo. Se enganam: já estaria no DNA do povo, na gêneses e formação, é antigo, explica o cordelista Paulo de Tarso Bezerra. Mas, ele conta que no Estado isso sempre fez sucesso. Aponta para diversidade das linguagens e dos verbetes. "Mesmo aqui dentro do Ceará, alguns termos ou palavras não são conhecidas em todas as regiões. Com esses dicionários de cearês, há maior divulgação", finaliza.

IVNA GIRÃO
REPÓRTER 

Fonte: Diário do Nordeste



F-1: Vettel vence GP da Bélgica e abre duas vitórias de vantagem no Mundial

Em um circuito marcado por grandes reviravoltas e em um final de semana de grande inconstância climática, nada deu errado para o atual líder do Mundial da Fórmula 1. Neste domingo, Sebastian Vettel dominou o GP da Bélgica, disputado em Spa-Francorchamps, liderou praticamente de ponta a ponta e ficou com a vitória, resultado que o deixa ainda mais confortável rumo ao quarto título consecutivo.

Vettel terminou em primeiro lugar com grande tranquilidade, sem ser ameaçado. O segundo lugar ficou com o espanhol Fernando Alonso, que saiu no 9º lugar para se firmar no pódio. Em terceiro apareceu Lewis Hamilton, pole position da prova e que, mais uma vez, não conseguiu desempenho de carro para brigar pela vitória. O brasileiro Felipe Massa, que largou em 10º, acabou no 7º lugar.

Com o resultado, Vettel chega aos 197 pontos, enquanto Alonso reassume a segunda colocação do campeonato, deixando para trás Kimi Raikkonen, que não completou a prova na Bélgica por uma falha do sistema de freios. A diferença do tricampeão mundial para o espanhol é de 46 pontos. Ou o mesmo que duas vitórias, já que o sistema de pontuação dá 25 pontos ao vencedor e 18 ao vice.

Ao contrário do que ocorreu no treino classificatório, quando a chuva alterou totalmente a programação das equipes, a pista de Spa-Francorchamps permaneceu seca durante as 44 voltas da prova neste domingo. Vettel largou em segundo lugar e foi bem: se manteve atrás de Lewis Hamilton e, ainda na primeira volta, assumiu a ponta para não mais perdê-la. Alonso também começou bem, saindo do 9° para o 4° lugar.

Já Felipe Massa ficou no lado de fora da pista na primeira curva e acabou caindo do 10° para o 12° lugar. O brasileiro teve problemas para manter o carro competitivo e só no final da prova conseguiu o 7° lugar, deixando para trás Romain Grosjean em uma grande ultrapassagem. Um piloto que poderia dar emoção ao GP da Bélgica seria Kimi Raikkonen, que galgava posições volta após volta. O finlandês, no entanto, acabou abandonando a prova.

Assim, Sebastian Vettel confirmou mais uma vitória na Fórmula 1, abrindo ainda mais vantagem na primeira colocação do Mundial de pilotos. A última volta foi dada com vantagem de cerca de 15 segundos para o segundo colocado, Fernando Alonso. O caminho para o tetracampeonato está bem apontado para o alemão.

Fonte: Terra



Várzea Alegre (CE): Município festeja santo padroeiro há 158 anos

Fé, devoção e religiosidade popular mobilizam milhares de católicos desta cidade, localizada na região Centro-Sul, em celebração ao padroeiro do município, São Raimundo Nonato. Neste ano, são festejados 158 anos de tradição.

A festa começou na quarta-feira passada com a condução do Pau da Bandeira por uma caminhada de 10 km da comunidade de São Vicente até a Igreja Matriz, onde ocorreu a celebração de abertura dos festejos religiosos, que prosseguem até dia 31.

A Paróquia de São Raimundo Nonato foi instalada há exatos 150 anos, mas a festa religiosa em honra a São Raimundo Nonato começou oito ano antes. Novenário, caminhadas pela madrugada, ofícios ao meio dia, missas e procissão fazem parte da festa religiosa. Os eventos religiosos reúnem milhares de devotos e atraem também filhos ausentes e visitantes.

Caminhada
A condução do Pau da Bandeira ocorreu na última quarta-feira, e teve o percurso de 10 km. Ela abriu os festejos religiosos em louvor ao padroeiro. Neste ano, foi cortada uma aroeira de 15,5 metros de comprimento, no sítio São Vicente. O tronco foi conduzido ate a Igreja Matriz de São Raimundo Nonato.

O evento de religiosidade popular reuniu cerca de três mil católicos. Ao longo da estrada e das ruas o povo espera os condutores passarem e vão aderindo à caminhada.

Acompanhada por um locutor, a multidão grita a todo instante ´Viva, Várzea Alegre´, ´Viva, São Raimundo Nonato´, e canta o hino do padroeiro Santo Antônio. Muitos correm para tocar no tronco, fazem pedidos e agradecimentos ao santo.

Carros, motos e cavaleiros integram a romaria. À frente, homens com mais força e coragem se revezam na condução do pau da bandeira. "Aroeira é pau pesado, mas a devoção é mais forte e vamos caminhando até a igreja. Há 40 anos que faço essa caminha e participo das novenas sem faltar um dia", frisa o agricultor Raimundo da Silva.

Em frente à igreja, a multidão de fieis se concentra para acompanhar o momento em que o mastro é erguido com o esforço de cerca de 30 homens. O trabalho exige força e habilidade para amarrar as cordas nos pontos certos e erguer o pau com a bandeira de São Raimundo Nonato nas cores vermelha e branca, fixada em sua ponta.

Quando o tronco é erguido, a multidão grita com entusiasmo ´viva´ ao padroeiro e à cidade. Depois, muitos encostam a mão no tronco, fazem preces e agradecimentos. Outros tiram lascas para fazer chá, acreditando ser bom para curar doenças, como dores, reumatismo e diabetes.

A aposentada Jeane dos Santos afirma que há mais de 20 anos faz chá com pedacinhos do pau da bandeira e melhorou de dores no corpo. "Pode ser a fé, mas fiquei boa", revela.

O agricultor Joaquim Costa Neto, foi um dos que participou da caminhada. Ele revela que a devoção vem dos pais e avós. "Desde criança, acompanho a festa", conta. Já a dona de casa Neuma Bezerra destaca que já fez várias promessas e tem relatos de graças alcançadas.

Após a instalação do pau da bandeira foi celebrada missa na Igreja Matriz de São Raimundo Nonato. Na quinta-feira, houve a primeira noite de novena, que prossegue até o próximo dia 30.

Festejos
Neste ano, a Paróquia de São Raimundo Nonato fez questão de separar os ritos religiosos da programação social, promovida pela Prefeitura Municipal. Os festejos populares, shows, apresentações culturais em praça pública continuam mantidos, entretanto com uma nova denominação, Festa de Agosto.

Os cartazes e a divulgação foram elaborados separadamente, mas para os moradores da cidade prevalece a tradição de que tudo é festa de São Raimundo Nonato, considerada uma das maiores do Interior.

A devoção ao santo padroeiro é marcada por uma programação mista, com comemorações litúrgicas e de religiosidade popular, que reúne o sagrado e o profano. Ao mesmo tempo em que os fieis rezam e cantam na Igreja Matriz, fazem preces, promessas, agradecimentos e renovam votos, outros já ocupam ruas da cidade onde há quermesses, barracas com bebidas, comidas típicas e muito forró no Parque Cívico da Lagoa de São Raimundo Nonato.

O encerramento dos festejos será no dia 31, quando serão celebradas três missas. No fim da tarde, haverá procissão com o andor com a imagem do santo padroeiro de Várzea Alegre.

A imagem do santo esculpida em madeira é pequena - menos de 30 centímetros. "A fé do povo é enorme e cresce a cada ano", observa o animador de liturgia e vereador, Elon Marcos Correia.

Durante esta semana, a cidade vive clima de festa. Em muitos pontos há trio elétrico, regional com sanfona e zabumba, batucadas com tamborins e apresentação de grupos folclóricos.

Promessa
Nas novenas, os devotos fazem preces, agradecem alguma graça alcançada e renovam pedidos. O clima é de devoção. O agricultor Manuel Pereira, que há 30 anos participa dos festejos, contam que cumpre o pagamento de uma promessa.

"Tenho que participar de todas as caminhadas e novenas", disse. Os jovens também estão presentes, num sinal de que a tradição se renova. "É uma festa, a gente não se cansa", afirma o estudante Carlos Ribeiro.

O mesmo ritmo mantém as mulheres. As aposentadas, Cícera dos Santos, e Lourdes Bezerra, todas as noites rezam nas novenas que começam às 19 horas, na Igreja Matriz.

Neste ano, a celebração é campal. "É a fé que faz a gente participar", disse Cícera dos Santos. Na liturgia, o número de católicos é reduzido, a grande maioria participa dos festejos populares e sociais. E assim a comunidade vai mantendo a tradição, que já caminha para completar dois séculos de religiosidade.

Mais informações
Secretaria da Paróquia de São Raimundo Nonato
Fone: (88) 3541. 1055
Secretaria de Municipal de Cultura
Fone: (88) 3541- 1024

HONÓRIO BARBOSA
REPÓRTER 

Fonte: Diário do Nordeste



5 mitos sobre a criação de filhos que ninguém tinha coragem de te contar

Açúcar, televisão, sujeira. Tudo isso faz mal, certo? Nem sempre. Como a ciência e a medicina estão em constante evolução, boa parte do que se acreditava ser saudável ontem pode fazer mal amanhã. E vice-versa. Na criação de filhos é a mesma coisa: muito do que o senso comum indica que os pais devam proibir ou evitar na verdade podem ser itens muito saudáveis para o desenvolvimento das crianças. Antes de tomar alguma recomendação como verdade absoluta, é bom lembrar que em outros tempos a palmatória era um objeto comum para educar estudantes nas escolas e que, no início do século passado, pastilhas de cocaína eram usadas para tratar a dor de dente em crianças pequenas - duas coisas inimagináveis hoje. Que tal agora conhecer um outro lado dos vilões atuais? Então deixe antigos conceitos de lado e vire a página.

Mito 1 - açúcar deixa as crianças agitadas 
Pirulitos, balinhas, sorvete: além de engordar e causar cáries, essas bombas de açúcar dão tanta energia que funcionam como drogas estimulantes, capazes de fazer as crianças rodopiarem pela sala a noite inteira. Ok, as duas primeiras afirmações são verdadeiras, mas a última é puro mito. O grande vilão da alimentação infantil pode não ser uma maravilha da alimentação, mas também não é um estimulante. "O chocolate, por conter cafeína, pode de fato deixar as crianças mais agitadas. Mas o açúcar sozinho, não", diz Isa Jorge, nutricionista e professora da USP.

Como algumas crianças já são agitadas por natureza, ganhar um doce pode ser um motivo a mais de felicidade que vai deixá-las acesas por mais tempo - daí uma razão para que os pais tenham a impressão de que ela está mais ativa.

"Pelo contrário, por ser um sabor conhecido das crianças, o açúcar pode trazer conforto e ter efeito calmante", diz a nutricionista. Não é à toa que se oferece um copo de água com açúcar para alguém que acabou de tomar um susto. Em uma pesquisa do centro de estudos sobre paladar Monell, na Filadélfia, de 198 crianças, metade foi capaz de suportar dor por mais tempo depois de tomar água com açúcar. Além de ser o primeiro sabor reconhecido pelas crianças pequenas, o vilão também pode funcionar como um analgésico.

Mito 2 - Sujeira ajuda a criar anticorpos 
Como já diriam as propagandas de sabão em pó, para que as crianças cresçam saudáveis, faz bem uma boa dose de vitamina "S" (de sujeira), certo? Por isso, virou moda entre os pais moderninhos deixar o filho se esbaldar na lama.

Os argumentos em prol dessa atitude vêm da Teoria da Higiene, proposta pelo médico inglês David Strachan no fim dos anos 80. Ele concluiu que crianças nascidas em famílias com muitos irmãos, expostas a mais agentes infecciosos, teriam menos alergias, pois colocam seu sistema imunológico para trabalhar. Ou seja: o aumento dos casos de doenças como asma, bronquite e rinite seria causado pelo excesso de limpeza e pelo pouco contato com outras pessoas contaminadas. A partir dela, surgiram vários experimentos e análises - que comparavam desde a incidência de asma nas Alemanhas Ocidental e Oriental (a primeira, mais rica, tinha mais) até o aumento de diabetes em ratos de laboratório que cresceram em um ambiente limpinho. Acontece que, apesar de todos os testes e subteorias que ela gerou, a Teoria da Higiene nunca foi comprovada e aceita oficialmente.

"Sujeira faz mal, sim. Principalmente até os dois anos de idade, quando toda criança ainda é imunologicamente deficiente", afirma o pediatra Sérgio Eiji Furuta, da Unifesp. Vale lembrar também que muitos dos defensores da Teoria da Higiene vivem em países desenvolvidos, onde muitas doenças já foram erradicadas. "Deixar no Brasil que seu filho coma areia do parquinho é colocá-lo em risco de pegar toxoplasmose e outras doenças tropicais", diz Furuta.

Nos primeiros seis meses de vida, o organismo do bebê ainda é tão frágil que uma simples gripe pode matar. O ideal nessa fase é seguir aquelas velhas regras: mantê-lo longe de qualquer local contaminado e pedir para que todas as visitas que chegam da rua lavem as mãos antes de pegá-lo no colo. Com o tempo, o bebê vai aumentando sua capacidade de produzir anticorpos, e os cuidados podem diminuir.

Mas calma, não há motivo para paranoia. Pode deixar a criança comer a bolacha que caiu no chão rapidinho. É tudo uma questão de bom senso - ou de que chão estamos falando. "Se for em um hospital, no meio da rua ou parquinho, de jeito nenhum. Já no chão de casa, que está sempre limpo, tudo bem", afirma o pediatra.

Mito 3 - Mamadeira é sempre pior do que leite materno 
Em qualquer caixa de leite em pó, está a advertência do Ministério da Saúde: "O aleitamento materno evita infecções e alergias e é recomendado até os dois anos ou mais". Desde 2001, a Organização Mundial da Saúde recomenda que até os seis meses de idade a criança não tome ou coma nada, a não ser leite materno. Seria isso mais uma mentira que os médicos contam às mães?

Não. Não há dúvidas de que o leite produzido pela própria mãe é o melhor para mamíferos de qualquer espécie - inclusive humanos. Transmite anticorpos da mãe e é mais fácil de ser digerido e ter suas vitaminas aproveitadas pelo corpo do bebê.

O problema é que nem toda mulher pode ou gosta de amamentar. Mesmo as que podem às vezes não devem, como no caso das que precisam tomar remédios como antidepressivos, já que os princípios ativos podem passar pelo leite. Também acontece com frequência de o bebê se recusar a mamar no peito da mãe.

Em casos assim, ninguém precisa ficar paranoico com a saúde futura do bebê. "Hoje temos fórmulas de leite de vaca em pó que imitam muito bem a composição do leite materno. São alimentos saudáveis e confiáveis", afirma o pediatra Sérgio Eiji Furuta, da Unifesp. O maior problema é em relação ao tipo de proteína do leite da vaca, principalmente nos três primeiros meses de vida, que é mais difícil de ser processado e pode aumentar as chances de alergias. Outra perda é em relação aos anticorpos que o bebê só recebe pelo leite da mãe. Mas isso não significa que os bebês adeptos da mamadeira vão necessariamente ficar mais doentes. "Faz mais diferença nessa fase colocar a criança na creche, onde ela fica exposta a um número enorme de vírus e bactérias", afirma.

Outro ponto polêmico é o tempo de amamentação exclusiva até os seis meses de idade. No ano passado, uma equipe formada por pediatras e nutricionistas da University College, de Londres, ousou contra-argumentar as recomendações da OMS. Depois de fazer uma revisão de várias pesquisas, concluíram que as crianças deveriam comer alimentos sólidos a partir dos quatro meses de idade, para evitar anemia por deficiência de ferro e um maior risco de alergias alimentares. De acordo com os pesquisadores, os conselhos da OMS servem mais para países subdesenvolvidos, com pouco saneamento básico, onde há maiores riscos de que o alimento oferecido ou a água usada para fazer uma mamadeira estejam contaminados.

Se existe uma patrulha em relação à amamentação exclusiva, também há preconceito no outro lado: gente que acha um absurdo crianças que mamam muito além dos dois anos. Pode parecer esquisito mesmo, mas os médicos garantem que não há nenhuma contraindicação. Nem mesmo psicológica. "Apenas um comportamento isolado não é o bastante para dizer que há uma dependência patológica", afirma a psiquiatra Daniela Ceron-Litvoc, pesquisadora da Unifesp. Amamentar um bebê crescidinho pode, afinal, ser também cultural. No Nepal, por exemplo, 93% das crianças ainda mamam aos dois anos de idade.

Mito 4 - Televisão afasta as crianças dos livros 
Se a sua avó ainda acredita que a televisão atrapalha o desenvolvimento das crianças, pode contar para ela que esse é mais um mito. A impressão de que elas ficariam preguiçosas e com aversão aos livros é falsa. "Não dá para dizer que a televisão faz mal por princípio", afirma a educadora Rosália Duarte, especialista em educação da PUC-Rio. "O problema é restringir o tempo da criança a uma atividade só. Brincar somente na rua ou praticar esportes o dia inteiro também não vai ser bom", diz.

Segundo a Academia Americana de Pediatria, o ideal é que as crianças passem no máximo duas horas por dia em frente a telas luminosas (computadores e celulares entram na conta). E existe uma forma correta de assistir: de preferência em família. "Pesquisas mostram que assim a experiência muda completamente. Como quando leem um livro com um adulto e comentam sobre ele", afirma Roberta Golinkoff, especialista em linguagem e educação da Universidade de Delaware, nos EUA.

E quanto às pesquisas que dizem que a TV tem impacto negativo nas notas escolares? Para provar que elas não representam a realidade, os economistas Matthew Gentzkow e Jesse Shapiro, da Universidade de Chicago, analisaram as notas de 300 mil crianças americanas que nasceram por volta de 1947, quando a televisão chegou em alguns Estados. Excluídas as diferenças sócio-econômicas, oito anos depois as notas daqueles que tinham televisão em casa não eram nada piores do que as das outras crianças. Em muitos casos, eram melhores. E olha que naquela época os programas não eram assim tão educativos.

"Quanto maior a diversidade de experiências, melhor para a educação. E a TV contribui mostrando várias atividades culturais", diz Rosália Duarte.

Mito 5 - Videogame atrapalha a concentração 
Pelo contrário. Não só os pais modernos, que também cresceram jogando, mas psicólogos e neurocientistas já sabem hoje que os jogos eletrônicos trazem uma série de benefícios para as crianças - do aumento da concentração à capacidade de tomar decisões. Se alguém aí se pergunta como enfrentar monstros ou acelerar um carro virtual pode ajudar a desenvolver habilidades intelectuais, entenda: o importante não é no que você está pensando enquanto joga, mas a forma como você está pensando. Em boa parte dos jogos, a criança é obrigada a parar para coletar evidências, analisar situações, prever o desenrolar da partida, consultar seus objetivos a longo prazo e só então decidir.

Os games podem inclusive ajudar a melhorar o foco em crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Nos Estados Unidos, a Nasa estuda alguns desses efeitos benéficos há mais de dez anos. "Livros ativam nossa imaginação e música desperta emoções, mas os jogos te forçam a decidir, escolher, priorizar", afirma o escritor Steven Johnson no livro Tudo que é Ruim é Bom pra Você (Zahar, 2012). Segundo os especialistas, o segredo para o sucesso - e para afastar o sedentarismo e a obesidade frequentemente relacionados aos videogames - é moderação. É preciso aprender a limitar o tempo de uso e garantir que a criança tenha outras atividades além dos jogos - pratique esportes, brinque ao ar livre, leia livros.

Fonte: Superinteressante



Crato (CE): Coletivo Café com Gelo traz poesia na arte fotográfica

Imagem, poesia, criatividade, artes plásticas e um conceito em construção permanente. São mais de quatro anos de atuação dos fotógrafos que formam o Coletivo Café com Gelo, do Cariri. Os participantes do grupo, com pretensões mesmo de dar visibilidade ao trabalho fotográfico e artístico, decidiram criar um site e investir pesado no que chamam de obras conceituais. Com esse movimento, participaram da exposição no FotoRio, no Rio de Janeiro, neste mês, com o trabalho "Desmame".

A próxima estação será em Recife, no Pernambuco, com exposição "Coletivo Café com Gelo", no Teoria, o quinto trabalho relacionado à fotografia que o Museu do Homem do Nordeste faz para tratar de teoria da fotografia. Também, agora, com algo material.

O evento será aberto na próxima terça-feira, às 20h30, no Museu, com 44 imagens selecionadas, dos quatro anos de existência do grupo.

A curadoria é do professor especialista em imagens, José Afonso Júnior, e o trabalho inaugura o espaço com exposição fotográfica dos caririenses.

Toda a montagem do trabalho contou com a participação do Coletivo, desde a escolha das molduras. As performances de cada ensaio dão lugar à identidade diferenciada dos trabalhos do grupo, que vêm sendo estudados por antropólogos da Fundação Joaquim Nabuco, em Recife, por meio do Projeto "Nordestes Emergentes".

Criação
Em 2009, Allan Bastos, Yasmine Morais, Pedro Henrique Lourenzo - Dukke, Rafael Vilarouca e Ramon Kesllen decidiram criar o Coletivo Café com Gelo. O grupo se define como prioritariamente um ´coletivo de fotografias´ e tem o site e a rede social para ser visto. A poesia e o desenho vêm depois. São palavras intercaladas, formando um elo, que se agarra na imagem e a traduz. Ou complementa.

Mas, os integrantes fazem questão de enfatizar bem que o gancho maior é a fotografia. "Tudo está associado à imagem", ressalta Yasmine, deixando claro a importância que o visual mantém na conceituação estética dos trabalhos do grupo.

Tanto Ramon como Dukke já estão desenvolvendo trabalhos fotográficos, mas no coletivo também são incorporadas produções de outros artistas e poetas, através de mensagens que casam com a arte do Café com Gelo. "São essências que se misturam e se intercomplementam. A gente vê o que tem a nossa cara, e convidamos para postar", diz Allan Bastos.

Convite
A exposição ´Desmame´, no FotoRio, foi o convite mais expressivo até o momento do grupo, por meio do coordenador do Milton Guran. Ele incentivou o Coletivo, que passou por um processo de avaliação com trabalhos de outros artistas. A sala onde o material foi exposto era um museu de fotografias grandes, que deu lugar, no hall de entrada, ao ensaio do Café com Gelo, além de um vídeo. Das duas exposições, tanto no Rio de Janeiro quanto em Recife, serão lançados catálogos com o material.

O trabalho ´Nordestes Emergentes´, segundo Rafael Vilarouca, acabou tendo um entrelaçamento com o projeto do Coletivo. Foi por meio dessa experiência que se realizou o trabalho ´Desmame´. "Na verdade, foi a primeira parte do nosso trabalho, que são as fotos em uma gaiola", diz.

Mas já está nos planos do grupo ter a sua própria publicação. "Um trabalho palpável, que saia dos corredores digitais", conta Allan. Isso irá acontecer com o lançamento de um livro, ainda sem data marcada.

Para o fotógrafo, participar pela primeira vez de uma exposição física, onde até hoje foram realizados debates com os grandes nomes da fotografia do Brasil, no Museu do Homem do Nordeste, é um motivo de comemoração e alegria. Uma ênfase à autoestima do grupo.

Seleção
Foram encaminhadas, para a exposição, 80 fotos, e realizada uma primeira seleção. Com um tempo a exposição foi sendo montada, pelos trabalhos mais recentes e os antigos. Depois do evento no Museu, o trabalho será exposto na Universidade Federal do Pernambuco (UFPE). Dukke destaca a possibilidade de participação que foi dada, com a promoção de um diálogo entre os integrantes do Museu e Café com Gelo, na montagem dessa exposição.

A maioria dos trabalhos desenvolvidos pelo grupo tem uma participação conjunta e também um processo diferenciado para produção dos ensaios. Mas há trabalhos autorais. Em geral, quando vai para o site, já tem passado por várias mãos. Exemplo disso são as fotografias de Rafael, com a poesia de Yasmine e tratamentos de imagens feitos criativamente por Dukke.

"Todo mundo carrega a responsabilidade do que está ali dentro do site, principalmente quando vai para uma galeria", afirma Yasmine.

Liberdade
O ato libertário, sem amarras. Essa realidade faz parte da visão de mundo dos fotógrafos, como o ´desmame´. As ideias são vividas e percorrem o vasto mundo da imaginação. No trabalho, os modelos são Yasmine e Rafael, com as cabeças de cavalo e os desenhos criativos e quase surreais de Dukke, com a escrita da poetisa. E as figuras se completam, como o quente e o gelado do Café com Gelo. O grupo comemora chegada em outros espaços. Para Yasmine, acontece o que sempre buscaram: transformar a foto digitalizada em arte.

Ressignificação estética
A imagem revista, ampliada em significados, ou segmentada em sua própria estética. Os conceitos abordados pelo Coletivo Café com Gelo vão além da imagem original ou dela transfigurada. Lembram a inspiradora Pop Art, da qual parecem uma releitura. Os jovens amantes da fotografia ganham notoriedade e espaço. Fazem poesia com as artes plásticas e compõem nela o seu complemento literário. As fotos produzidas pelo grupo, já expostas em mostras no Rio de Janeiro e em Recife, deverão ganhar um catálogo próprio, que será uma forma de exibir os trabalhos para além das salas. Outra forma se dá pela divulgação dos trabalhos em um site, oportunizando novos diálogos fotos: coletivo café com gelo

Mais informações
Coletivo Café com Gelo
Rafael Vilarouca
Telefone: (88) 9934.6575
Yasmine Morais (88) 9991.1119

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER 

Fonte: Diário do Nordeste



Manifestantes oferecem buchada a Cid Gomes para substituir caviar

Cerca de 60 pessoas participaram, na manhã deste sábado (24), da manifestação “Cadê meu Caviar. Buchada no Palácio”. O ato começou às 10h e ocorreu em  frente ao Palácio da Abolição, sede do Governo Estadual.

O objetivo dos manifestantes era criticar os gastos de até R$ 3,4 milhões com serviços de buffet, cujo contrato foi recentemente renovado pelo Governo do ceará. Alguns armaram cadeiras e mesas nas calçadas das ruas e outros preferiram comer a buchada no chão mesmo.

Durante o manifesto, além da buchada, o grupo serviu panelada e outros pratos da culinária nordestinas para moradores da região. O estudante Fabrício Henrique Amaral, de 19 anos, gostou da ideia e acredita que a buchada tenha servido para rebater as críticas do deputado Fernando Hugo (PSDB) que defendeu o governador Cid Gomes (PSB), afrmanado que os pratos típicos locais não serviriam para oferecer para convidados de outros países. "É uma forma pacífica e inteligente de nós mostrarmos que nossa comida é excelente e ao mesmo tempo cobrar melhorias para saúde e educação. Ao invés dele gastar R$ 3,4 milhões com pratos caros deveria investir o capital em benefício da população", afirmou.

O artista plástico, Nonato Araújo, de 34 anos, participou do evento e falou que o governador deveria dar mais atenção para as vítimas da seca que praticamente não tem o que comer. "O dinheiro bem que poderia ser revestido para os nossos irmãos do interior que sofre com a falta de água e comida. Tomara que o governador tenha mais sensibilidade até o fim do seu mandato", afirmou.

Fila para o almoço
Moradores que residem próximo ao Campo do América, da Rua José Vilar, no Bairro Aldeota, aprovaram o protesto e fizeram fila para apreciar buchada e panelada. A dona de casa, Maria da Conceição da Silva, 58, trouxe duas vasilhas e afirmou que o cheiro estava ótimo. "Isso é bom de todo jeito. Com farofa, limão, cuscuz, enfim, é uma delícia. É um prato que nunca canso de comer", disse.

Já o auxiliar administrativo, Francisco Antônio de Melo, de 36 anos, também trouxe um depósito para aproveitar a iguaria cearense. "Eu sou mais fã da panelada. Estou de folga e com uns primos lá em casa. Caiu do céu essa paneladinha. O arroz e a salada estão lá em casa só ouvindo a conversa. E claro, aquela cervejeinha gelada", disse sorrindo.

Trânsito complicado
Devido ao protesto o trânsito no  entorno do Palácio ficou complicado. As Ruas Pereira Filgueiras, Silva Paulet e Tenente Benévolo teve parte dos seus trechos bloqueados. O comerciante Gilvan Abrão Almeida, até disse ser a favor da manifestação, mas era para ser realizada em um dia e horário mais convincente. "Nada contra os protestos. Eles estão no direito deles. Mas quem acaba sendo prejudicado é uma parte da população que tem compromissos", disse.

Farra do caviar
O deputado estadual Heitor Férrer (PDT) foi quem denunciou, no início deste mês, em discurso na Assembleia Legislativa do Ceará, os gastos do Governo do Estado com o cardápio que tinha como itens caviar, salmão e camarão. Heitor Férrer reclamou do valor do serviço e disse que a verba do contrato era suficiente para cavar um poço profundo por dia.

No último dia 19, o governador do Ceará, Cid Gomes, afirmou que vai retirar itens exóticos e refinados do contrato milionário com um serviço de buffet. “Posso até tirar os pratos exóticos do buffet, aliás, vou fazer isso, se querem demagogia, vou mandar retirar coisas exóticas desse cardápio. Tudo o que for com nome francês, com nome inglês e com nome russo vai sair. Vai ficar só nome em português”, afirmou na ocasião, o governador.

E na quinta-feira (22), a Assembleia Legislativa do Ceará aprovou, por unanimidade, o requerimento solicitado pelo deputado de oposição Heitor Férrer pedindo detalhes sobre o serviço de buffet contratado pelo Governo do Ceará no valor de R$ 3,4 milhões. O caso que ficou conhecido no estado como “farra do caviar” devido aos pratos finos e exóticos presentes no cardápio.“Nós pedimos informações sobre onde ocorreram os eventos com o serviço do buffet, motivação do evento e o valor de cada um deles”, explica o deputado Heitor Férrer. “A partir daí nós vamos verificar se há alguma irregularidade e decido se vou ou não recorrer ao Ministério Público para denunciar o caso”, disse.

Fonte: G1



Juazeiro do Norte (CE): Polícia Civil deflagra “Operação A Faxina” na Câmara Municipal

A Polícia Civil de Juazeiro do Norte, sob o comando do delegado Tenório de Brito, deflagrou hoje, às 8 horas, uma operação denominada “A Faxina” na Câmara Municipal de Juazeiro do Norte. A operação cumpriu mandado de busca e apreensão emitido pela juíza Ana Raquel Colares dos Santos Linard, titular do Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Juazeiro do Norte.

A operação aconteceu simultaneamente em sete locais com o apoio dos delegados, Levi Leal, Marcos Antônio e Victor Timbó. Foram alvos das buscas, o almoxarifado da Câmara e seu anexo, as sedes das duas empresas envolvidas (S da S Sousa – ME e Priscila Cardoso da Rocha – ME), as casas dos vereadores Antônio de Lunga (presidente) e Ronnas Motos (tesoureiro), e o deposito onde está estocada a mercadoria resultado da última licitação, realizada na gestão Antônio de Lunga.

Foram apreendidos computadores e documentos com informações sobre as compras efetuadas sob suspeita de fraude. No depósito e no anexo da Câmara foram encontrados uma grande quantidade de materiais. Entre eles fitas K7, em desuso, e até, mercadoria de consumo, como água sanitária, vencida.

Para o delegado Tenório de Brito a grande surpresa é a quantidade, por exemplo, de papel higiênico estocado no anexo da Câmara. Segundo avaliação de Tenório, em 10 anos não se usa tanto papel. “O que estamos vendo aqui é um fato que fere o princípio da eficiência na administração pública,” disse Tenório.

O vereador denunciante, Danty Benedito, acompanhou a equipe que esteve no local onde se encontra estocada a maior parte das mercadorias e disse que estava, ainda mais surpreso com a quantidade de material. Já os vereadores Ronnas Motos e Antônio de Lunga, permaneceram dentro das suas casas, até que a operação seja concluída.

Nos sete locais, a Polícia Civil recolheu, além de computadores e documentos, uma mostra de cada material estocados. Uma das suspeitas e que, deve direcionar as investigações, é a possibilidade de fraude nas licitações.

Madson Vagner

Foto: Normando Sóracles/Ag. Miséria

Fonte: Miséria