Brasil tem poucas razões para reeleger Dilma, diz The Economist

De um foguete, representado pelo Cristo Redentor, que apontava para o alto, imponente, para uma aeronave desgovernada nos céus, perto de colidir com o Corcovado. Essa é a comparação feita pela revista britânica The Economist ao tratar da evolução do Brasil nos últimos quatro anos. A edição distribuída na América Latina questiona se o Brasil, de fato, “estragou tudo”, depois de ter sido, por um breve período, a estrela dos emergentes.

Segundo a reportagem, a presidente Dilma Rousseff tem sido incapaz de enfrentar problemas estruturais do país e interfere mais que o antecessor na economia, o que tem assustado investidores estrangeiros para longe de projetos de infraestrutura e minado a reputação conquistada a duras penas pela retidão macroeconômica. A The Economist é categórica ao afirmar: “até agora, eleitores brasileiros têm poucas razões para dar a Dilma um segundo mandato”.

O especial de quatorze páginas sobre o Brasil é assinado pela jornalista Helen Joyce, correspondente da revista no país. “Na década de 2000, o Brasil decolou e, mesmo com a crise econômica mundial, o país cresceu 7,5% em 2010. No entanto, tem parado recentemente. Desde 2011, o Brasil conseguiu apenas um crescimento anual de 2%. Seus cidadãos estão descontentes – em julho, eles foram às ruas para protestar contra o alto custo de vida, serviços públicos deficientes e a corrupção dos políticos”, informa a revista, que já chegou a pedir, com certa ironia, a saída de Guido Mantega do ministério da Fazenda.

Em 2009, em meio à crise econômica mundial, a revista fez também um especial de quatorze páginas para ressaltar os anos de bonança do país, reproduzindo a imagem do Cristo decolando como se fosse um foguete. À época, a economia brasileira patinava, ainda sofrendo o impacto da turbulência nos Estados Unidos. Contudo, indicadores macroeconômicos estáveis acabaram contando mais, para a Economist, do que a retração econômica de 2009, de 0,2%.

Para a revista, a falta de ação do governo Dilma é a principal razão para o chamado “voo de galinha” do país, jargão usado para denominar situações em que países ou empresas têm um crescimento disparado, mas que não se sustenta. “A economia estagnada, um estado inchado e protestos em massa significam que Dilma Rousseff deve mudar de rumo”, informa a publicação.

O texto reconhece que outros emergentes também desaceleraram após o boom que teve o auge em 2010 para o Brasil. “Mas o Brasil fez muito pouco para reformar seu governo durante os anos de boom“, diz a revista. Um dos problemas apontados pela reportagem é o setor público, que “impõe um fardo particularmente pesado para o setor privado”. Um dos exemplos é a carga tributária que chega a adicionar 58% em tributos e impostos sobre os salários. Esses impostos são destinados a prioridades questionadas pela Economist. “Apesar de ser um país jovem, o Brasil gasta tanto com pensões como países do sul da Europa, onde a proporção de idosos é três vezes maior”, diz o texto que também lembra que o Brasil investe menos da metade da média mundial em infraestrutura.

Problemas antigos
A publicação reconhece que muitos desses problemas são antigos, mas Dilma Rousseff tem sido “relutante ou incapaz” de resolvê-los e criou novos “interferindo muito mais que o pragmático Lula”.”Ela tem afastado investidores estrangeiros para longe dos projetos de infraestrutura e minou a reputação conquistada a duras penas pela retidão macroeconômica, induzindo publicamente o presidente do Banco Central a cortar a taxa de juros. Como resultado, as taxas estão subindo, atualmente, mais para conter a inflação persistente”, diz o texto. “A dívida bruta subiu para 60% ou 70% do PIB – dependendo da definição – e os mercados não confiam na senhora Rousseff”, completa o texto. A Economistchega a ironizar, chamando a presidente de “Dilma Fernández”, que é o sobrenome de Cristina Kirchner, presidente da Argentina.

Fonte: Veja



Mauriti (CE): Acusado do tráfico de drogas esbanjava dinheiro em fotos do seu acervo no celular

Um jovem foi preso neste final de semana sob a acusação do tráfico de drogas em Mauriti. Por volta das 15h30min de sábado Cícero Adriano da Silva, de 27 anos, se encontrava nas imediações do Balneário Sapé que funciona no Sítio Coité na zona rural daquele município. Ele mora na Rua Maria Machado, 69 (Bairro Serrinha) em Mauriti e, segundo o Tenente Georges, Comandante do Destacamento de Mauriti, já vinha sendo investigado desde a última sexta-feira.

A polícia voltou a ser avisada anonimamente que o mesmo estaria vendendo drogas para viciados que se encontravam no balneário e este foi interceptado quando pilotava sua moto Honda CG 150 Fan de cor preta, ano 2011, e placa OCS-1129, inscrição do Ceará, após a tentativa infrutífera de fugir. Com Adriano, os PMs encontraram dois papelotes de cocaína, R$ 556,00 em dinheiro, dois celulares e dois cartões de crédito.

Ele costumava usar a moto para fazer entregas da droga diretamente ao usuário. Verificando o acervo fotográfico do seu aparelho celular, a polícia se deparou várias imagens de Adriano exibindo dinheiro, bem como um pé de maconha que cultiva num jarro provavelmente no quintal de sua residência o que vai ser averiguado. Ele foi levado para a Delegacia de Brejo Santo pelo Cabo Amaro e os Soldados Bezerra, Linhares, Magno, Rocha e Danilo.

Demontier Tenório

Fonte: Miséria


Roberto Jefferson passa mal e é atendido por médico particular na prisão

O delator do mensalão e ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) passou mal na última sexta-feira (28) no Instituto Penal Coronel PM Francisco Spargoli Rocha, em Niterói. A informação foi confirmada , em nota, pela Seap (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária), que administra o sistema carcerário no Estado.

De acordo com a assessoria da pasta, Jefferson sentiu dores estomacais e foi atendido por uma enfermeira da secretaria, e seu médico particular foi acionado. Como o exame de sangue não apresentou nenhuma alteração no seu estado de saúde, Jefferson não foi transferido para um hospital e encontra-se no centro de detenção.

O ex-deputado está preso há uma semana e foi diagnosticado com um tumor no pâncreas em 2012. No mesmo dia em que se sentiu mal, o advogado Marcos Pinheiro de Lemos, que defende o condenado, entrou com novo pedido de prisão domiciliar no Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: Diário do Nordeste



Análise: As operações aritméticas do ministro Joaquim Barbosa

Barbosa acabava de admitir abertamente o que o ministro Luís Roberto Barroso dizia com certos pudores. A pena para os condenados pelo crime de formação de quadrilha no julgamento do mensalão foi calculada, por ele, Barbosa, para evitar a prescrição. Por tabela, disse Barroso, o artifício matemático fez com que réus que cumpririam pena em regime semiaberto passassem para o regime fechado.

A assertiva de Barroso não era uma abstração ou um discurso meramente político. A mesma convicção teve, para citar apenas um, o ministro Marco Aurélio Mello. Em seu voto, ele reconheceu a existência de uma quadrilha, mas considerou que as penas eram desproporcionais. E votou para reduzi-las a patamares que levariam, ao fim e ao cabo, à prescrição. Algo que Barbosa há muito temia, como se verá a seguir.

Foi essa suposição de Barroso que principiou a saraivada de acusações e insinuações do presidente do STF contra os demais ministros. Eram 17h33, quando Barroso apenas repetiu o que os advogados falavam desde 2012 e que outros ministros falavam em caráter reservado.

Joaquim Barbosa acompanhava a sessão de pé, reticente ao voto de Barroso, mas ainda calmo. Ao ouvir a ilação, sentou-se de forma apressada e puxou para si os microfones que ficam à sua frente. Parecia que dali viria um desmentido categórico, afinal a acusação que lhe era feita foi grave.

Mas Joaquim Barbosa não repeliu a acusação. Se o fizesse, de fato, estaria faltando com a sua verdade, não estaria de acordo com a sua consciência. Três anos antes, em março de 2011, Joaquim Barbosa estava de pé em seu gabinete. Não se sentava por conta do problema que ainda supunha atacar suas costas. Foi saber depois, que suas dores tinham origem no quadril.

A porta mal abrira e ele iniciava um desabafo. Dizia estar muito preocupado com o julgamento do mensalão. A instrução criminal, com depoimentos e coleta de provas e perícias, tinha acabado. E, disse o ministro, não havia provas contra o principal dos envolvidos, o ministro José Dirceu. O então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, fizera um trabalho deficiente, nas palavras do ministro.

Piorava a situação a passagem do tempo. Disse então o ministro: em setembro daquele ano, o crime de formação de quadrilha estaria prescrito. Afinal, transcorreram quatro anos desde o recebimento da denúncia contra o mensalão, em 2007. Barbosa levava em conta, ao dizer isso, que a pena de quadrilha não passaria de dois anos. Com a pena nesse patamar, a prescrição estaria dada. Traçou, naquele dia em seu gabinete, um cenário catastrófico.

O jornal O Estado de S. Paulo publicou, no dia 26 de março de 2011, uma matéria que expunha as preocupações que vinham de dentro do Supremo. O título era: "Prescrição do crime de formação de quadrilha esvazia processo do mensalão".

Dias depois, o assunto provocava debates na televisão. Novamente, Joaquim Barbosa, de pé em seu gabinete, pergunta de onde saiu aquela informação. A pergunta era surpreendente. Afinal, a informação tinha saído de sua boca. Ele então questiona com certa ironia: "E se eu der (como pena) 2 anos e 1 semana?".

Barroso não sabia dessa conversa ao atribuir ao tribunal uma manobra para punir José Dirceu e companhia e manter vivo um dos símbolos do escândalo: a quadrilha montada no centro do governo Lula para a compra de apoio político no Congresso Nacional. Barbosa, por sua vez, nunca admitira o que falava em reserva. Na quarta-feira, para a crítica de muitos, falou com a sinceridade que lhe é peculiar. Sim, ele calculara as penas para evitar a prescrição. "Ora!"

Felipe Recondo

Fonte: Estadão

Senado volta a pagar supersalários a servidores

O Senado Federal pagou mais uma vez, na última sexta-feira, os chamados "supersalários" - remunerações que superam o teto constitucional de R$ 29,4 mil. O excedente inclui benefícios como horas-extras, horas não trabalhadas e acúmulo de cargos considerados irregulares pelo Tribunal de Contas da União. Os "supersalários" estavam suspensos desde outubro último por recomendação do TCU.

As remunerações foram pagas por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, que, após analisar ação do sindicato dos servidores, expediu liminar determinando que os funcionários voltassem a receber os benefícios. Segundo a assessoria de comunicação do Senado, 799 servidores receberam o excedente em folha suplementar referente a fevereiro, o que representou um custo de R$ 1,4 milhão.

Do total de beneficiados, 497 são ativos e representam 17% do total de servidores efetivos da Casa. Já outros 302 são aposentados e pensionistas do Instituto de Previdência dos Congressistas e representam 44% dos beneficiários desse plano. O instituto foi extinto em 1997, mas ainda possui 684 pessoas em sua folha.

O Senado chegou a recorrer da decisão de Marco Aurélio Mello e pretendia, em vez de pagar diretamente aos servidores, depositar em juízo a parcela que excede o teto. O ministro, entretanto, considerou que pagamento em juízo significaria "descumprimento" da decisão.

No momento em que o ministro mandou voltar a pagar, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que a decisão era "absurda". O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que o Senado não pode fazer o pagamento em juízo do excedente de salários pagos a servidores da Casa acima do teto constitucional.

Liminar
Na última semana, a Mesa Diretora do Senado recorreu ao plenário do Supremo para tentar reverter a liminar concedida por Marco Aurélio Mello, que ordenou o pagamento dos supersalários a servidores da Câmara e do Senado. O Senado protocolou também no STF uma petição na qual requeria os dados de uma conta judicial para fazer o depósito dos valores que superavam o teto constitucional.

Conforme a assessoria do Senado, a parcela excedente não foi paga aos servidores em fevereiro. Eles receberam os salários na última segunda-feira com o corte dos valores acima do teto, conforme havia determinado o Tribunal de Contas da União no ano passado.

Surpresa
Também na última quarta, o ministro Marco Aurélio Mello disse ter ficado "pasmo" com o descumprimento à sua decisão anterior. "A liminar está deferida, e fico pasmo quando uma liminar do Supremo não é cumprida de imediato. Ontem mesmo assinei eletronicamente a decisão indeferindo o pleito de substituir a liminar tal como formalizada pelo depósito dos valores (em juízo)", disse o ministro.

Ele destacou que, pessoalmente, defende o pagamento do teto constitucional, mas que não se pode fazer "justiçamento" em uma democracia. "Ninguém defende mais o teto constitucional do que eu, muito embora o tenha como achatado pois não tem havido a reposição do poder aquisitivo do subsídio de ministro do Supremo. Mas vivemos em uma democracia, e, em uma democracia, o devido processo legal deve ser observado. Não cabe justiçamento. A última trincheira do cidadão é o Supremo", comentou Mello.

Fonte: Diário do Nordeste



Saiba quais são os 9 profissionais mais felizes do mercado de trabalho

Se para alguns a ideia de ser feliz no trabalho é praticamente uma piada, para outros, é uma realidade. A verdade é que é possível, sim, trabalhar com alguma função que faça seu trabalho parecer uma extensão de você mesmo. A seguir, confira o resultado de uma pesquisa feita há dois anos pela Universidade de Chicago a respeito das profissões mais gratificantes:

9 – Pintores e escultores
Quem escolhe o caminho da representação artística como forma de trabalho geralmente não espera grandes retornos financeiros e só isso já é suficiente para que uma pessoa seja feliz, além, é claro, do fato de que artistas costumam mergulhar no trabalho que produzem e realmente trabalham como se aquilo não fosse uma obrigação.

8 – Gestores de educação
Reitores, diretores, coordenadores realmente gostam do trabalho que fazem, por maior que seja a responsabilidade de cuidar de uma escola ou universidade.

7 – Psicólogos
O profissional que pode ajudar outras pessoas na resolução de problemas é, certamente, uma pessoa feliz.

6 – Professores
Parece que ajudar e ensinar são mesmo tarefas satisfatórias. Quem trabalha com educação demonstra muita responsabilidade e carinho pelo que faz. É uma pena que a profissão mais importante de todas – sem ela, as outras não existiriam – seja ainda tão desvalorizada em nosso país.

5 – Professores de educação especial
Olha os professores aqui de novo! Dessa vez, envolvidos com projetos e pesquisas a respeito da inclusão de crianças com necessidades especiais. Parece que ver o resultado que esse trabalho traz é muito satisfatório.

4 – Escritores
Não é fácil viver como escritor e, mesmo assim, quem faz da escrita um ofício parece gostar muito do resultado, ainda que na maioria dos casos, a renda não seja fixa nem muito boa.

3 – Fisioterapeutas
Cuidar da recuperação de pessoas que sofreram algum tipo de trauma e precisam se reabilitar a fazer tarefas simples como movimentar pernas e braços é, sim, muito recompensador. Que bom!

2 – Bombeiros
Por mais que o trabalho não seja o mais seguro possível e, além de tudo, não pague bem, não adianta: bombeiros ficam extremamente felizes quando conseguem salvar pessoas de ambientes perigosos. Parabéns para eles!

1 – Líderes religiosos
Quem dedica a vida toda a estudar alguma religião e repassar esses conhecimentos demonstra, sempre, grande satisfação com o que faz.

Fonte: Mega Curioso (via Club Alfa)



Crato (CE): Escola de Dom Quintino comemora Carnaval com a criançada

A escola Raimundo Nonato de Souza, localizada no distrito de Dom Quintino, zona rural do município do Crato, comemorou com uma festa animadíssima o Carnaval 2014, que contou com a participação de toda equipe pedagógica, alunos, gestores e funcionários.

A equipe da escola preparou durante toda a semana um momento de alegria e animação na confecção das fantasias, ensaios de dança, além do aprendizado sobre a origem do carnaval.

Segundo o diretor da escola, Luis Ronaldo Bacurau, foi realizado um trabalho entre professores e alunos que proporcionou um grande aprendizado cultural.

“Fomos do frevo ao axé, do samba as marchinhas dos antigos carnavais. Isso é cultura, é educação, e a culminância foi esse momento ímpar para nossa escola. Estamos sempre buscando proporcionar uma educação de qualidade e nesses momentos vemos que somos correspondidos, é só ver o brilho nos olhos de nossas crianças”, afirmou o diretor.

Assessoria de Imprensa / PMC



Oscar homenageia cineasta brasileiro Eduardo Coutinho

O cineasta brasileiro Eduardo Coutinho foi um dos homenageados no Oscar 2014. Sua imagem apareceu entre as perdas do ano, entre elas, a dos atores Paul Walker e Philip Seymour-Hoffman.

O francês Alain Resnais, que morreu neste sábado (1º) aos 91 anos, não esteve entre os homenageados. Conhecido por filmes como "Hiroshima, Meu Amor" (1959), "O Ano Passado em Marienbad" (1961) e "Muriel" (1963), Resnais costuma ser associado ao movimento experimental que ficou conhecido como nouvelle vague na França.

Coutinho, um dos principais documentaristas brasileiros, havia sido convidado em meados de 2013 pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela premiação do Oscar, para fazer parte da instituição. Ele foi morto a facadas pelo filho no dia 2 de fevereiro deste ano.

Coutinho trabalhava em um novo filme e no relançamento de sua obra-prima, "Cabra Marcado para Morrer", de 1984. O novo trabalho, chamado de "Sobreviventes da Galiléia",  tinha como objetivo reencontrar antigos entrevistados do filme. No entanto, não se sabe se Coutinho já havia contatado muitas pessoas. O filme estava sendo gestado em parceria com a Videofilmes, do cineasta João Moreira Salles, amigo de Coutinho, e parceiro nos últimos filmes do diretor.

Trajetória
Nascido em 11 de maio de 1933, em São Paulo, Eduardo Coutinho abandonou o curso de direito por uma carreira no entretenimento. Depois de estudar direção e montagem na França e voltar ao Brasil em 1960, Coutinho entrou em contato com o Cinema Novo e o Centro Popular de Cultura (CPC), da UNE.

No CPC, o cineasta começou a trabalhar no que seria considerado seu projeto mais importante: uma ficção baseada no assassinato do líder das Ligas Camponesas, João Pedro Teixeira, com elenco formado pelos próprios camponeses do Engenho Cananeia, no interior de Pernambuco. A produção de "Cabra Marcado para Morrer" teve que ser interrompida depois de duas semanas de filmagens, quando ocorreu o Golpe Militar de 1964 e parte da equipe foi presa sob acusações de comunismo.

O filme só seria completado em 1984, depois de Coutinho reencontrar negativos que haviam sido escondidos por um membro da equipe, e resolveu retomar o projeto como um documentário sobre o filme que não foi realizado e sobre os personagens reais que seriam os atores do primeiro projeto.

Entre 1966 e 1975, atuou principalmente como roteirista de produções como "A Falecida" (1965), "Garota de Ipanema" (1967) e "Dona Flor e Seus Dois Maridos" (1976). Em 1975, Coutinho passou a integrar a equipe do "Globo Repórter", onde permaneceu até 1984.

Depois de "Cabra", Coutinho se firmou como o principal documentarista do país, com filmes que privilegiavam pessoas comuns e as histórias que elas têm para contar, como "Santo Forte" (1999), "Edifício Master" (2002), "Peões" (2004) e "Jogo de Cena" (2007). Seu último longa foi "As Canções", de 2011.

Em 2013, ao completar 80 anos, Coutinho ganhou homenagem na Festa Literária Internacional de Parati e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que organizou uma retrospectiva completa de seus filmes e um livro reunindo textos de e sobre o cineasta.

Na ocasião, Coutinho afirmou ao UOL que o público foge de documentários. "Isso é trágico. Tem uma diferença entre ficção e documentário, e é apenas para a Ancine [Agência Nacional do Cinema]. Documentário é uma palavra maldita. Se o público cheirar documentário, ele foge. Só não foge quem não pode", afirmou.

Fonte: UOL



Crato (CE): Jovem foi morto com um tiro nesta madrugada enquanto pilotava uma moto

Um homicídio à bala foi registrado aos 50 minutos da madrugada desta segunda-feira no município de Crato. O crime aconteceu na Rua Saturnino Candeia (Bairro Alto da Penha) tendo como vítima Damião Cassiano da Silva, de 23 anos. Ele morava na Travessa Rui Barbosa, 146 daquele bairro e pilotava uma motocicleta Honda CG de cor vermelha e placa HVC-0693, inscrição do Ceará.

A polícia foi avisada e os Soldados Lima, Cruz e Rafael do Ronda do Quarteirão estiveram no local, onde mantiveram contatos com José Cardoso da Silva, residente no bairro Batateiras, que trafegava na garupa da moto. Ele disse que estavam á procura de uma jovem que identificou apenas por “Taciana” quando foram surpreendidos pelo disparo de espingarda calibre 12

A vitima foi atingida no ombro esquerdo morrendo no local e o seu colega de viagem declarou não ter sido possível visualizar o autor do tiro. O corpo foi recolhido para necropsia no IML (Instituto Médico Legal) de Juazeiro do Norte e o caso encontra-se envolto em mistério, pois Damião não tinha passagens pela polícia. A moto dele foi recolhida à Delegacia de Polícia Civil de Crato.

Demontier Tenório

Foto meramente ilustrativa

Fonte: Miséria



5 dicas para que você seja uma pessoa de ótimo convívio social

Você pode até bancar o esnobe e rir de livros, artigos e pesquisas que trabalham com as relações interpessoais, dando conselhos a respeito de como ser influente ou inteligente, mas a verdade é que quase todo mundo dá uma passada de olhos por esse tipo de publicação, não é mesmo? Pois as dicas que você vai ver a seguir são justamente sobre como ser uma pessoa bacana e ter boas relações interpessoais. Confira:

1 – Não seja entediante
É difícil ter esse tipo de noção e auto avaliação, todo mundo sabe. A dica é buscar ser sempre positivo e breve – ninguém gosta de quem transforma uma conversa em monólogo. Além do mais, é muito difícil que alguém não aprecie a companhia de uma pessoa otimista – sem exagero, é claro. O livro “A Arte da Conversa Civilizada” dá uma dica simples a respeito de como saber a hora de parar de falar: se ninguém está fazendo perguntas a respeito do que você está dizendo, é melhor mudar de assunto.

2 – Pessoas cativantes são boas ouvintes
É quase uma regra: todo mundo gosta de alguém que escute e dê atenção ao que o outro fala. É lógico que encontrar alguém que escute o que você fala é bacana, mas é preciso ter noção e aprender a ouvir também.

3 – Fale sobre os interesses da outra pessoa
Essa dica é bastante óbvia, mas não custa lembrar que dar atenção ao que a outra pessoa está falando e interagir com ela pode, sim, abrir muitas portas para você. Se a pessoa vê seu interesse quando ela conta algo a respeito da vida dela, das coisas que ela gosta de fazer, é bem capaz que ela crie laços com você. Se por acaso você desconhece o assunto sobre o qual ela está falando, peça para que ela explique e preste bastante atenção.

4 – Boas histórias
Da mesma forma que você se prepara para fazer uma entrevista de emprego, é bom ter em mente sempre três histórias que valham a pena ser contadas. As pessoas gostam de saber sobre outras pessoas, e não sobre coisas, bens, contas e afins. Contar a respeito daquela viagem que você fez no ano passado? Tudo bem. Se vangloriar do seu celular novo? Jamais!

5 – Seja simpático
Uma pessoa com um sorriso no rosto é sempre mais bem vista do que aquelas que vivem carrancudas ou olhando para baixo, por exemplo. Seja simpático! Deseje bom dia, cumprimente os funcionários do seu local de trabalho. Demonstre emoção!

Uma curiosidade: quando você descreve uma história com emoção as palavras contam apenas 7% do discurso – todo o resto fica por conta do seu tom de voz e das expressões corporais! É por isso que muitas vezes você ri de uma piada que nem tem tanta graça assim, mas que foi contada por uma pessoa divertidíssima.

Fonte: Mega Curioso



Oscar 2014: '12 Anos de Escravidão' leva prêmio de Melhor Filme


A noite mais esperada do ano para a indústria cinematográfica reuniu neste domingo (2), em Los Angeles, atores, diretores e produtores no prêmio mais importante do cinema: o Oscar, que em 2014 chega em 86ª edição. A cerimônia foi realizada no Dolby Theatre e foi apresentada pela humorista Ellen Degeneres.

Na categoria mais esperada, 12 Anos de Escravidão superou Gravidade, Trapaça,  O Lobo de Wall Street, Nebraska, Capitão Phillips, Clube de Compras Dallas, Philomena e Her na disputa pela estatueta de Melhor Filme. A apresentação do prêmio foi feita pelo ator Will Smith.

O diretor Steve McQueen foi apresentado por Brad Pitt, que também está no longa. Com a voz embargada, o cineasta agradeceu as pessoas envolvidas na produção do filme. "Me desculpem, mal consigo falar. Me deem mais um minuto. Todos merecem a chance não só de sobreviver, mas de viver. Dedico esse prêmio para todos que sofrem até hoje com a escravidão", disse.

Aproveitando a onda prêmios em categorias técnicas de Gravidade, Alfonso Cuarón aumentou a soma como Melhor Diretor e fez um discurso muito emocionado. "Quero dividir isso com todos. Sandra Bullock, você é Gravidade. Você é uma das melhores pessoas que já conheci", disse o cineasta.

Na categoria que fez os internautas se ouriçarem por Leonardo DiCaprio em O Lobo de Wall Street, Matthew McConaughey mostrou que sua atuação em Clube de Compras Dallas foi superior para os integrantes da Academia e levou o prêmio de Melhor Ator. "Obrigado aos outros indicados. Todas as performances foram impecáveis. Quero agradecer Jared Leto e Jennifer Garner. Quero agradecer a Deus, ele é quem me deu oportunidades e me mostrou que é cientifíco que a gratidão se multiplica.

O grande prêmio entre as atrizes foi para Cate Blanchett. "Sentem-se, vocês estão velhos para isso. Foi um ano extraordinário entre as mulheres. Amy Adams, você foi ótima em Trapaça. Obrigada por me colocar no filme Woody Allen", disse a protagonista de Blue Jasmine. Cate ainda falou sobre a importância de filmes que possuem mulheres como centro das histórias e alfinetou a indústria: "As pessoas gostam de ver esses filmes e acreditem, eles dão dinheiro".

A categoria de Melhor Ator Coadjuvante também tinha uma competição apertada, mas entregou a estatueta ao nome favorito: Jared Leto. "É incrível. Estou orgulhoso de dividir essa jornada com vocês. Tenho muito respeito por vocês", disse o ator de Clube de Compras Dallas, que fez um emocionado discurso citando sua mãe, irmão e lembrou das vítimas de conflitos recentes na Venezuela e Ucrânia.

Na categoria feminina, a estatueta foi para as mãos de Lupita Nyong’o, por sua emocionante atuação no filme 12 Anos de Escravidão. "Obrigada por esse reconhecimento. Quero relembrar o espírito daqueles que sofreram. Obrigado por me colocarem nesta posição. É a maior alegria da minha vida. Quando vejo essa estátua eu lembro que cada criança, não importa de onde venha, seus sonhos são válidos", discursou a atriz, que foi às lágrimas.

Ellen Degeneres
Retomando o comando da atração, a humorista norte-americana apresentou a atração pela segunda vez. A primeira foi em 2007. Ellen trouxe de volta o toque de comédia ao Oscar e brincou com alguns dos indicados, lembrando inclusive o fato de Leonardo DiCaprio estar novamente na lista entre os Melhores Atores: "isso não mudou". "Estou vendo uma das melhores imitadoras de Liza Minelli daqui. Parabéns, senhor", disse apontando para a própria cantora.

"Jennifer Lawrence, vou falar do que aconteceu no ano passado. É chato, não é? Quando as pessoas ficam falando sobre isso. Já passou. Afinal. Bom, vocês não viram? Vou mostrar um clipe para vocês. Brincadeira", disse a humorista arrancando risos da própria atriz, que tropeçou novamente neste domingo.

Ellen conduziu o que certamente foi a cerimônia mais informal do Oscar, principalmente no momento em que "pediu" pizzas para os convidados da cerimônia. "Vocês devem estar com fome, não?", questionou, entregando pedaços para Harrison Ford, Brad Pitt e outros presentes.

Homenagens
A banda irlandesa apresentou a música Ordinary Love, em versão acústica, feita para trilha do documentário Mandela: Long Walk to Freedom (2013). Ao fim da performance, o quarteto foi aplaudido de pé por todos os presentes no teatro.

Já Bill Murray, apresentando a categoria de Melhor Fotografia ao lado de Amy Adams, lembrou do amigo e companheiro de filmes Harold Ramis, morto na última semana. A dupla trabalhou junto nos filmes Feitiço do Tempo e Os Caça-Fantasmas.

Outro, apresentado por Whoopi Goldberg, show lembrou o legado do filme Mágico de Oz e contou com uma interpretação de Pink da canção Somewhere Over The Rainbow.

Para finalizar o bloco de homenagens, o trecho onde as perdas do cinema são relembradas foi encerrado com um show de Bette Midler, que se apresentou pela primeira vez na cerimônia. A edição foi encerrada com uma foto de Philip Seymour Hoffman, morto em fevereiro. O ator ganhou um Oscar de Melhor Ator em 2005 pelo filme Capote.

O documentarista brasileiro Eduardo Coutinho também foi lembrado.

Confira abaixo a lista com os indicados (vencedores em negrito):

Melhor Filme
Gravidade
Trapaça
12 Anos de Escravidão
O Lobo de Wall Street
Nebraska
Capitão Phillips
Clube de Compras Dallas
Philomena
Her

Melhor Diretor
Alfonso Cuarón, por Gravidade
Steve McQueen, por 12 Anos de Escravidão
David O. Russell, por Trapaça
Alexander Payne, por Nebraska
Martin Scorsese, O Lobo de Wall Street

Melhor Ator
Bruce Dern, por Nebraska
Chiwetel Ejiofor, por 12 Anos de Escravidão
Matthew McConaughey, por Clube de Compras Dallas
Christian Bale, por Trapaça
Leonardo DiCaprio, por O Lobo de Wall Street

Melhor Atriz
Cate Blanchett, por Blue Jasmine
Sandra Bullock, por Gravidade
Meryl Streep, por Álbum de Família
Judi Dench, por Philomena
Amy Adams, por Trapaça

Melhor Ator Coadjuvante
Jared Leto, por Clube de Compras Dallas
Michael Fassbender, por 12 Anos de Escravidão
Barkhad Abdi, por Capitão Phillips
Jonah Hill, por O Lobo de Wall Street
Bradley Cooper, por Trapaça

Melhor Atriz Coadjuvante
Lupita Nyong’o, por 12 Anos de Escravidão
Jennifer Lawrence, por Trapaça
June Squibb, por Nebraska
Julia Roberts, por Álbum de Família
Sally Hawkins, por Blue Jasmine

Melhor Filme em Animação
Os Croods
Frozen - Uma Aventura Congelante
Meu Malvado Favorito 2
Vidas ao Vento
Ernest & Célestine

Melhor Fotografia
Philippe Le Sourd, O Grande Mestre
Emmanuel Lubezki, Gravidade
Bruno Delbonnel, Inside Llewyn Davis
Phedon Papamichael, Nebraska
Roger A. Deakins, Os Suspeitos

Melhor Figurino
Catherine Martin, O Grande Gatsby
Patricia Norris, 12 Anos de Escravidão
Michael Wilkinson, Trapaça
William Chang Suk Ping, O Grande Mestre
Michael O'Connor, The Invisible Woman

Melhor Documentário
O Ato de Matar
Cutie and the Boxer
Guerras Sujas
A Praça Tahrir
A Um Passo do Estrelato

Melhor Documentário em curta-metragem
CaveDigger
Facing Fear
Karama Has No Walls
The Lady in Number 6: Music Saved My Life
Prison Terminal: The Last Days of Private Jack Hall

Melhor Edição
Alfonso Cuarón e Mark Sanger, por Gravidade
Joe Walker, por 12 Anos de Escravidão
Christopher Rouse, por Capitão Phillips
Jay Cassidy, Crispin Struthers e Alan Baumgarten, por Trapaça
John McMurphy e Martin Pensa, por Clube de Compras Dallas

Melhor Filme em Língua Estrangeira
Dinamarca, A Caça
Bélgica, The Broken Circle Breakdown
Itália, The Great Beauty
Camboja, The Missing Picture
Palestina, Omar

Melhor Maquiagem
Joel Harlow e Gloria Pasqua-Casny, por O Cavaleiro Solitário
Adruitha Lee e Robin Mathews, por Clube de Compras Dallas
Srephen Prouty, por Vovô Sem Vergonha

Melhor Trilha Sonora Original
Steven Price, por Gravidade
John Williams, por A Menina que Roubava Livros
William Butler e Owen Pallett, por Her
Alexandre Desplat, por Philomena
Thomas Newman, por Walt nos Bastidores de Mary Poppins

Melhor Canção Original
Let It Go (Frozen - Uma Aventura Congelante, Robert Lopez & Kristen Anderson-Lopez)
Ordinary Love (Mandela, U2)
Alone Yet Not Alone (Alone Yet Not Alone, Bruce Broughton e Dennis Spiegel)
Happy (Meu Malvado Favorito 2, Pharrell Williams)
The Moon Song (Her, Karen O e Spike Jonze)

Melhor Direção de Arte
Adam Stochausen e Alice Baker, por 12 Anos de Escravidão
Catherine Martin e Beverly Dunn, O Grande Gatsby
K.K.Barrett e Gene Serdena, por Her
Andy Nicholson, Rosie Goodwin e Joanna Woollard, por Gravidade
Judy Becker e Heather Loeffler, por Trapaça

Melhor Curta-Metragem de Animação
Feral
Get a Horse!
Mr.Hublot
Possessions
Room on the Broom

Melhor Curta-Metragem
That Wasn't Me
Just Before Losing Everything
Helium
Do I Have to Take Care of Everything?
The Voorman Problem

Melhor Edição de Som
Glenn Freemantle, por Gravidade
Steve Boeddeker e Richard Hymns, por Até o Fim
Oliver Tarney, por Capitão Phillips
Wulie Stateman, por O Grande Herói
Brent Burge, por O Hobbit: A Desolação de Smaug

Melhor Mixagem de Som
Skip Lievsay, Niv Adiri, Christopher Benstead e Chris Munro, por Gravidade
Christopher Boyes, Michael Hedges, Michael Semanick e Tony Johnson, por O Hobbit: A Desolação de Smaug
Chris Burdon, Mark Taylor, Mike Prestwood Smith e Chris Munro, por Capitão Phillips
Andy Koyama, Beau Borders e David Brownlow, por O Grande Herói
Skip Lievsay, Greg Orloff e Peter F. Kurland, por Inside Llewyn Davis

Melhor Efeito Especial
Tim Webber, Chris Lawrence, Dave Shirk e Neil Corbould, por Gravidade
Joe Letteri, Eric Saindon, David Clayton e Eric Reynolds, por O Hobbit: A Desolação de Smaug  
Christopher Townsend, Guy Williams, Erik Nash e Dan Sudick, por Homem de Ferro 3
Tim Alexander, Gary Brozenich, Edson Williams e John Frazier, por O Cavaleiro Solitário
Roger Guyett, Patrick Tubach, Ben Grossmann e Burt Dalton, por Além da Escuridão - Star Trek

Melhor Roteiro Adaptado
John Ridley, por 12 Anos de Escravidão
Terence Winter, por O Lobo de Wall Street
Richard Linklater, Julie Delpy e Ethan Hawke, por Antes da Meia-noite
Billy Ray, por Capitão Phillips
Steve Coogan e Jeff Pope, por Philomena

Melhor Roteiro Original
Eric Warren Singer e David O. Russell, por Trapaça
Craig Borten e Melisa Wallack, por Clube de Compras Dallas
Bob Nelson, por Nebraska
Woody Allen, por Blue Jasmine
Spike Jonze, por Her


Fonte: Terra



Crato (CE): Casas de juízes acolherão dependentes químicos

O presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), desembargador Luiz Gerardo de Pontes Brígido, autorizou o uso do Condomínio Judicial da Comarca do Crato  para implantação de unidade de acolhimento a dependentes de drogas.

Com a medida, as cinco residências que estavam inativas serão reformadas e mantidas pela Prefeitura Municipal sem ônus para a Justiça estadual.

A solicitação do uso do condomínio, localizado no bairro Granjeiro, no Crato, foi feita pelo prefeito municipal, Ronaldo Sampaio Gomes de Mattos. Caberá ao município a responsabilidade pelas despesas com os imóveis, entre as quais água, energia elétrica, telefone, limpeza e conservação.

O ente público será responsável também por eventuais danos e prejuízos causados a terceiros, e não poderá transferir ou ceder os imóveis. A iniciativa levou em consideração parecer técnico do Departamento de Engenharia do Tribunal, emitido no último dia 25.

O termo de cessão de uso, válido por cinco anos, foi assinado nesta sexta-feira (28/02).

Assessoria de Imprensa / PMC



Juazeiro do Norte (CE): Terceirização de equipamentos públicos causa polêmica

Cresce a insatisfação dos permissionários de mercados públicos administrado pela empresa SR Empreendimentos, nesta cidade. O caso foi parar no Ministério Público estadual (MPCE) que apura o descaso em alguns dos equipamentos administrados pela empresa, atualmente detentora de autonomia administrativa para vários empreendimentos públicos, no Município.

As investigações, a respeito de possíveis irregularidades e não cumprimento de cláusulas contratuais, fizeram com que o MPCE solicitasse a rescisão contratual da empresa junto à justiça. São oito mercados, além do frigorífico municipal, o Hotel Municipal, atualmente terceirizado com o nome de Cariri Plaza Hotel, além de terminais rodoviários. O contrato de administração é de 15 anos, e até o momento foram cerca de quatro anos cumpridos.

Segundo a assessora administrativa e representante da SR Empreendimentos, em Juazeiro do Norte, Emanuella Bezerra Resende, algumas empresas têm contrato de até 30 anos. E assim seriam com todas elas, caso a administração municipal anterior não tivesse reduzido esse prazo pela metade.

Um dos locais com maior insatisfação por parte dos vendedores, que somam mais de 500 pessoas, é o Mercado José Teófilo Machado (Senhora Sat'Ana), no centro da cidade. A Associação dos Permissionário deste local foi um dos órgãos responsáveis pela ação movida junto ao Ministério Público, que soma diversos problemas relacionados ao não cumprimento das cláusulas contratuais, incluindo o não repasse até hoje dos 2% do arrecadado nos mercados à Prefeitura.

Desde que foi iniciada à terceirização dos equipamentos públicos, em 2009, são inúmeras as manifestações nos estabelecimentos, como no Mercado do Pirajá, onde foram construídos apenas alguns boxes, inconclusos, segundo os permissionários, na área onde se comercializa hortifrutigranjeiros, e uma pequena melhoria na coberta metálica, com parte do material reaproveitado.

Os vendedores deste local já chegaram a interditar a Avenida Ailton Gomes, no Pirajá, em protesto, com pneus queimados e pedras na pista, pelo aumento nos boxes e obras iniciadas sem a devida preparação dos ocupantes dos espaços.

Na câmara de vereadores, as denúncias relacionadas à empresa SR Empreendimentos, têm se tornado corriqueiras. Nesta semana, o vereador Gladson Bezerra chegou a denunciar a falta de pagamentos por parte da empresa à Cagece e também ligações clandestinas. Por isso, em 2013, os vendedores do Mercado Senhora Sant'Ana ficaram sem energia elétrica, e mercadorias foram estragadas nos freezers.

Revolta
Os próprios permissionários já ocuparam o plenário do legislativo para denunciar e expor as insatisfações, entre elas, obras iniciadas e não concluídas, falta de higiene e de segurança. Os assaltos são contínuos e no Mercado do Pirajá a solução encontrada por eles foi pagar segurança privada. Alguns deles reclamam dos assaltos. Exemplo disso foi dado pelo vendedor de frangos, Vítor Santos.

Ele mesmo e seu pai foram vítimas. "Muitas pessoas nem chegam a resistir em relação a essa terceirização, porque temem perder o ponto de venda, que custa por mês a bagatela de R$ 45,00. Há cerca de dois anos estava custando R$ 15,00".

Já no mercado José Teófilo Machado, alguns vendedores entraram na justiça, para não pagar aluguel dos boxes. Um deles é o presidente da associação, Edson Cordeiro, que está repassando uma taxa mensal à justiça. Ele disse que praticamente todas as obras iniciadas no local foram iniciadas e não concluídas, a exemplo dos boxes na praça ao lado do mercado, onde há alagamentos no canteiro de obras e lançamento de dejetos de dentro do mercado no local e posteriormente lançado na rua Senhora San'Ana, ao lado, onde estão centenas de vendedores retirados da praça, interditando uma rua inteira. São quase quatro anos de espera de uma promessa de que, em um ano, estariam nos boxes de uma construção paralisada e que já foi até embargada.

Por conta dos problemas, inclusive do funcionamento do mercado sem o cumprimento das normas do Corpo de Bombeiros, e parte dos portões fechados, a clientela se afastou do local. Vendedores reclamam do decréscimo nas vendas em mais de 90%. Recentemente foram colocados extintores em algumas partes do prédio, pela empresa. Em seguida, foram retirados. O motivo alegado foi de que um deles havia sido roubado. O restante foi levado pela SR Empreendimentos para não sumir do mercado Senhora Sant'Ana. Com relação à justiça, a própria prefeitura, depois de ação do MP, chegou a solicitar a rescisão do contrato, conforme o presidente da associação.

Para a assessora administrativa dos mercados, Maria do Socorro da Silva, as obras deveriam estar ocorrendo no mercado Teófilo Machado, mas não é fato porque os permissionários não deixam. Em relação ao mercado do Pirajá, disse que estava sendo realizada obra no local, informação negada por alguns vendedores do local.

Mais informações
Associação dos Permissionários do Mercado José Teófilo Machado (Senhora Sant’Ana)
Rua São Pedro, S/N - Centro
Juazeiro do Norte
Telefone: (88) 8839.1544

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste



Barbalha (CE): Garota é presa com arma após roubo na Loja Vivo enquanto agência dos Correios foi arrombada

A polícia registrou na manhã deste sábado em Barbalha um assalto contra a Loja Vivo que funciona na Rua do Video e o arrombamento da agência dos Correios. No primeiro caso uma jovem foi presa como revólver usado na ação que ocorreu por volta das 10h30min no centro da cidade. No estabelecimento chegaram dois homens e uma mulher armados anunciando um assalto de onde roubaram vários celulares, smartfones e três modems.

Na fuga em direção a Juazeiro, efetuaram dois contra as vítimas, mas ninguém saiu ferido. O trio estava em uma moto Honda POP 100 de cor preta com o apoio de um veículo Gol branco de placas CCV-2640, inscrição do Ceará. A polícia foi avisada e uma equipe da FTA Motos saiu em perseguição com os Soldados Sousa e Vieira quando prendeu perto dos engenhos do Sítio Venha Ver a jovem Samara Ferreira Souza da Silva, de 21 anos, residente na Rua Pio Norões, 07 (João Cabral) em Juazeiro.

Ela estava com um revólver calibre 38 tendo três cartuchos intactos e dois deflagrados, além de oito caixas de celulares com manuais de instruções, carregadores e fones de ouvido, bem como quatro celulares. A equipe teve o apoio do Cabo Lindomar, e dos Soldados Braz e Germano do Ronda do Quarteirão que trouxe a garota para a Delegacia de Juazeiro. O Gol foi apreendido momentos depois pelos Soldados Luciano, Romeu, Manoel e Araújo do Ronda perto da casa de Samara na Rua Pio Norões em frente ao número 24 no João Cabral.

Não é a primeira vez que Samara é presa. No dia 9 de julho do ano passado ela foi levada para a delegacia de Juazeiro sob a acusação de furto juntamente com Márcia de Oliveira Silva, de 35, residente na Pio Norões, e Aparecida Batista Fernandes, da mesma idade e moradora da Rua Virgínia de Mendonça no mesmo bairro. As prisões ocorreram no Atacadão, onde teriam furtado R$ 800,00 de uma cliente do estabelecimento que mora no Sítio Brejinho em Barbalha.

Correios
Já por volta das 09h30min deste sábado a Polícia Federal foi avisada sobre o arrombamento na agência dos Correios, que funciona na Rua Santos Dumont, 110 no Centro de Barbalha. A gerente Vicentina Célia Sampaio ali chegou com uma equipe que iria fazer a manutenção dos portões e notou as portas externas na parte traseira do prédio arrombadas e algumas na área interna. A princípio não soube informar o que levaram dos Correios.

Demontier Tenório

Fonte: Miséria



'Se não fosse o Bolsa Família, passaria fome', diz eleitor de Dilma

O profissional liberal João André do Nascimento Filho, 23, já definiu o voto de outubro: digitará o número da presidente Dilma Rousseff (PT), classificada por ele de "corajosa" e "prestativa".

Pai de um menino de dois anos e padrasto de uma menina de seis, ele vive do conserto de celulares em Madalena, município do sertão cearense com 18 mil habitantes e a 180 km de Fortaleza.

Recebe para isso em torno de R$ 200 mensais, mesmo valor do aluguel da casa de dois quartos em um bairro longe do centro. A renda é completada pelos R$ 130 mensais do Bolsa Família recebidos por sua mulher, Magda Crispim, 23.

Fora o benefício, Magda arrecada até R$ 20 por festa desenhando enfeites em aniversários de criança. "Nos últimos três meses não consegui nada. Estou parada", afirma.

Além da mulher, duas de suas irmãs também são contempladas pelo programa. "Se não fosse isso, toda minha família estaria passando fome", diz Nascimento.

Para Nascimento, Dilma é "bem intencionada". "Mas o PT tem um projeto maior que vem do Lula. Ele começou a mudança com o Bolsa Família e deixou a Dilma para tomar conta", diz.

O eleitor diz ter acompanhado o julgamento do mensalão. E diz: "Os petistas presos não têm ligação com o Lula e com a Dilma. São pessoas que só queriam roubar. Lula e Dilma são diferentes".

Apesar dos elogios à presidente, Nascimento é crítico do governo do PT na administração da saúde e no plano de combate à seca.

Fonte: Folha.com



O fracasso da Petrobrás

O balanço de 2013 da Petrobrás é a perfeita demonstração contábil de seu fracasso operacional. Ele deixa claro que, não fossem as vendas de ativos e alguns acertos contábeis, não existiria o lucro anunciado pela empresa, de R$ 23,5 bilhões - e ressalte-se que, embora o valor impressione, é o terceiro pior dos últimos sete anos.

Fosse a Petrobrás uma empresa de capital aberto sujeita à fiscalização de seus acionistas como são as demais com ações negociadas no mercado, e não uma estatal estritamente controlada por um governo que a transformou em instrumento de suas políticas econômica e partidário-eleitoral, seu Conselho de Administração teria destituído a diretoria executiva. Mas a maioria decisiva do Conselho e toda a diretoria fazem apenas o que o governo Dilma lhes determina. E o que lhes é imposto vem produzindo resultados financeiros desastrosos - e o plano de negócios da empresa para os próximos cinco anos não deixa dúvidas quanto à disposição do governo de manter o atual modelo -, com prejuízos para os investidores, que ainda acreditam no potencial da empresa, e para o País.

O lucro de 2013 é maior do que o de 2012, o que pode sugerir melhora na contenção de custos e no desempenho da empresa. Sua diretoria atribuiu a aparente melhora a diversos fatores, como o aumento da produção de derivados, os reajustes nos preços do diesel (20%) e da gasolina (11%), a redução de custos, a venda de ativos e a redução do impacto da desvalorização do real (que elevou os custos dos derivados que a empresa importa em quantidades crescentes) devido à mudança de práticas contábeis.

São fatores que influenciaram os resultados contábeis do ano passado. Pode-se imaginar, por exemplo, como seria o desempenho financeiro caso o governo não tivesse autorizado o aumento dos combustíveis - com grande atraso e insuficiente para evitar novas perdas.

Mas dois dos fatores apontados pela empresa merecem exame separado. A venda de ativos, que obviamente resulta na redução do patrimônio, engordou o caixa da empresa em R$ 8,5 bilhões. Isoladamente, essa operação respondeu por nada menos do que 36% do lucro. Sem ela, o lucro teria sido de R$ 15,1 bilhões.

Outro fator decisivo para assegurar o lucro contabilizado pela Petrobrás em 2013 foi aquilo que a empresa designou como contabilidade de hedge, referência à operação utilizada para proteção contra variações cambiais. Em julho do ano passado, a Petrobrás anunciou que passaria a diluir ao longo de sete anos parte do prejuízo causado pela variação cambial na sua dívida externa. Com isso, seus resultados serão maiores no presente e, consequentemente, maiores serão também os dividendos que ela repassará para o Tesouro. É um procedimento legal e, no caso da estatal, de grande impacto sobre seus resultados. Em seu balanço, a Petrobrás reconhece que a nova prática lhe permitiu reduzir em R$ 12,9 bilhões os impactos da valorização de 15,7% do dólar ao longo do ano passado.

Sem o efeito desses dois itens, o resultado seria um lucro bem menor, de R$ 2,2 bilhões. Já a dívida da empresa não foi afetada por isso, razão pela qual cresceu 49,9% no ano passado, tendo chegado a R$ 221,6 bilhões, 3,5 vezes a capacidade de geração de caixa.

Tendo sido obrigada pelo governo do PT, desde a gestão Lula, a concentrar os investimentos no pré-sal, a Petrobrás perdeu eficiência na atividade de produção das áreas já exploradas (o que fez cair a produção média para 1,931 milhão de barris por dia, 2,5% menos do que produzia em 2012) e não ampliou sua capacidade de refino, o que a força a importar derivados para atender à demanda interna crescente. Como importa a preços de mercado e vende internamente de acordo com os preços controlados pelo governo, ela vem acumulando prejuízos na área de abastecimento (no ano passado, essa área teve prejuízo de R$ 17,8 bilhões).

O novo plano de investimentos para os próximos cinco anos é mais realista do que o anunciado no ano passado, pois diminuiu de US$ 236,7 bilhões para US$ 220,6 bilhões. Mas o corte principal será feito justamente na área de abastecimento (fonte de elevado prejuízo operacional por falta de capacidade de refino), preservando-se os investimentos no pré-sal.

Fonte: Estadão



Várzea Alegre (CE): Colecionador possui mais de três mil marcas de cachaça

Depois de receber um litro de aguardente de presente de um amigo, em 1998, o empresário Dakson Aquino teve a ideia de começar um hobby que é praticado por milhares de pessoas em todo o mundo: colecionar.

Hoje, a coleção de cachaça reúne três mil e 200 exemplares de rótulos diferentes e é uma das maiores do Nordeste. A cada mês, aumenta a quantidade de garrafas adquiridas no Brasil e do exterior.

Determinado, Dakson Aquino não pretende encerrar a coleção. Duas estantes instaladas na sala de visita da casa há tempo estão lotadas de garrafas de cachaça. Outros exemplares são guardados em caixas em um depósito improvisado. É preciso paciência para limpar, conservar e arrumar os litros. Isso, o colecionador tem de sobra, pois não lhe faltam gosto e zelo pelo que faz. "O segredo é persistência e paixão", ensina.

A garrafa de cachaça dada de presente pelo amigo tinha um caráter de gozação. "Eu não bebo e o presente foi para me provocar, foi uma brincadeira", relembra Aquino. "Guardei a garrafa e dias depois me veio a ideia de fazer um barzinho e comprar outras bebidas para servir às visitas", lembra.

O bar foi encomendado a um marceneiro da cidade e, meses depois, Aquino teve outra ideia que se tornou uma fixação: iniciar a coleção de garrafas de cachaça. "Comecei a pesquisar na Internet, conversar com outros colecionadores e adquirir publicações afins", disse. "Tomei gosto e tornou-se um hobby".

Coleção
Além de cachaças fabricadas no Brasil, a coleção reúne produção oriunda de Portugal, Uruguai, Paraguai e Venezuela. O exemplar mais antigo é a aguardente "Tentadora", fabricada em 1945, na Fazenda Santa Terezinha, na cidade de Altos, Piauí. Há aquelas que são raridades. A caninha "Pelé", que era fabricada em Sorocaba, interior de São Paulo, é um exemplo. Estima-se que só há seis exemplares no Brasil. Em 1958, depois do Brasil tornar-se campeão do mundo na Suécia, o jovem atleta preferiu não ver a sua imagem associada à bebida alcoólica. "Comprou a produção e destruiu as garrafas", contou Aquino.

Na estante, o colecionador mantém duas garrafas de aguardente "Ypióca". "São peças raras porque são garrafas antigas, de 600ml, e não de litro", explica. Outra raridade é uma garrafa de Cachaça Havana, produzida em Salina, Minas Gerais. Após uma querela judicial internacional, houve decisão de impedimento de uso do nome comercial. O fabricante manteve a mesmas cores e designer do rótulo, mas com novo nome - "Cachaça Anísio Santiago", a antiga Havana, se tornou um mito. É apontada como a mais cara do Brasil.

A cada dia, Aquino tem o desafio de ampliar a coleção, adquirindo ou recebendo de brinde, novos exemplares. "Isso é o que move o colecionador", explica. "Os amigos viajam e trazem novos itens de diversas cidades do Brasil e de outros países e faço compras pela Internet".

Em casa, o colecionador tem o apoio integral da esposa, Wandernaid Freire Aquino. "Ajudo no serviço de limpeza e arrumação", contou. "O nosso projeto é construir um espaço fora de casa, de visitação, degustação e venda de cachaças alheias à coleção", revelou. "Em breve, queremos fazer isso, porque o espaço em casa ficou pequeno".

Origens
A cachaça é um produto genuinamente nacional. A origem remonta ao tempo da colonização brasileira, da época da escravidão e do ciclo econômico da cana-de-açúcar. É uma bebida que faz parte da nossa cultura. Tem várias denominações e apelidos. O termo "pinga" só ocorreu, segundo o pesquisador Câmara Cascudo, no fim do século XIX. Fruto do processo de destilação, depois da fervura e evaporação do caldo fermentado, que "pingava" na bica do alambique.

Em 2013, a cachaça foi patenteada como produto brasileiro. As denominações aguardente de cana, cachaça e caninha passaram a ser usadas como produto destilado em alambique, e de origem de cana-de-açúcar, segundo legislação de 2003.

Mais informações
Colecionador Dakson Aquino
Bairro Sanharol
Várzea Alegre
Centro-Sul
Telefone: (88) 3541. 1642

HONÓRIO BARBOSA
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste



Eleitorado de Dilma é o mais pobre e o menos escolarizado

O típico eleitor brasileiro de 2014 tem entre 25 e 34 anos, possui ensino médio e renda familiar mensal baixa, de até R$ 1.448. Mora na região Sudeste, em município pequeno do interior, com menos de 50 mil habitantes.

O candidato que conseguir convencer esse cidadão dificilmente deixará de chegar à reta final como favorito.

Hoje, quem chega mais perto desse eleitor médio nacional é a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT. Seus simpatizantes são os que reúnem as características mais parecidas com as do perfil social mais numeroso da população.

Não por acaso, Dilma é a líder em intenções de voto, com 47% no cenário mais provável, o suficiente para vencer no primeiro turno.

Essas conclusões foram tiradas de cruzamentos de dados apurados pelo Datafolha em 19 e 20 de fevereiro junto a 2.614 pessoas, com margem de erro de dois pontos.

Os dados mostram onde cada candidato se sai melhor e pior. "É um mapa para saberem o que devem atacar e o que devem proteger", diz o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino.

Dilma é a única cuja maioria absoluta de seus eleitores (51%) têm renda familiar mensal de até R$ 1.448, o recorte mais baixo da estratificação e o grupo mais numeroso da população.

Outra marca forte dos dilmistas é a baixa escolaridade: 44% deles têm ensino fundamental, 44% têm ensino médio, índices próximos do padrão mais frequente na população. A única característica fortemente destoante é a regional. Adeptos de Dilma são proporcionalmente menos numerosos no sudeste e mais presentes no nordeste.

No polo oposto estão os eleitores da ex-ministra Marina Silva (PSB) e, em alguns estratos, os do senador Aécio Neves (PSDB).

Quase 30% dos eleitores de Marina têm ensino superior (com Dilma são 12%). E o contingente mais numeroso de de seus adeptos está em cidades grandes, com mais de 500 mil habitantes.

Já os aecistas destacam-se pela alta concentração no Sudeste (57%), pela preponderância de homens (57%) e pelos perfis mais abastados, o que sugere uma possível repetição das divisões de classe dos pleitos de 2006 e 2010.

No grupo dos simpatizantes do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), também despontam moradores do Nordeste, mas de cidades médias, de 50 a 200 mil habitantes.

Fonte: Folha.com



Crato (CE): Museu Histórico deverá ser reinaugurado ainda este ano

Tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), há cerca de três meses, o prédio do Museu Histórico do Crato, um dos mais representativos da história arquitetônica da cidade, deverá ser uma das novidades para a festa de comemoração dos 250 anos do Município, com a requalificação do espaço e a sua reabertura, após mais de seis anos fechado. A previsão é que este ano seja reinaugurado, com a liberação pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) de R$ 426 mil, recurso aprovado por meio de projeto encaminhado pela Secretaria de Cultura da cidade.

O investimento foi assegurado pelo presidente do Ibram, Ângelo Osvaldo, durante reunião na última terça-feira, com a secretária de Cultura do Crato, Dane de Jade. Ele chegou a afirmar que a verba é uma das primeiras a serem liberadas, dos editais aprovados, tendo em vista o valor histórico do local, para a cidade e o Estado, e o aniversário de emancipação, em 21 de junho. "Por conta disso, ficou muito sensibilizado" afirma a secretária.

A acessibilidade e a adequação do prédio à história em todos os seus aspectos, devolvendo elementos originais que foram sendo descaracterizado ao longo de décadas, estão inseridas no projeto aprovado. O local, nos últimos meses, chegou a receber a visita de vários especialistas e estudantes do curso de Design da Universidade Federal do Cariri (UFCA).

A museóloga e historiadora, Cristina Holanda, coordenadora do Sistema Estadual de Museus do Ceará e diretora do Museu do Ceará, foi uma das avaliadoras das condições do espaço. Para a secretária, esses foram os cuidados iniciais para a elaboração do projeto, diante do estado avançado de sucateamento encontrado no local, no início da gestão atual. "Nossas atenções foram focadas no sentido de trazer uma visita técnica para avaliação da situação e levantamento das necessidades e encaminhamentos", disse a secretária.

Durante o ano passado, Dane afirma que foi realizado um laudo técnico, além de levantamento e catalogação das telas do Museu de Artes Vicente Leite, que funcionava no primeiro andar do prédio, por meio de uma parceria entre a direção do museu, com apoio dos alunos do curso de Design da UFCA. Foi um período de organização das obras. Ela afirma que todas estão guardadas em excelente estado de conservação. Brevemente, esse material estará disponível em revista digital on line.

Para este ano, além da recuperação do espaço, será iniciado o restauro das esculturas e a catalogação e recuperação das obras do Museu Histórico. No projeto, o item segurança é um dos pontos fundamentais para evitar roubos, com a instalação de câmeras e expositores fechados. Ano passado, houve o furto de alguns equipamentos do local, a exemplo de armas antigas, como espadas, mas o material foi recuperado.

Por conta do tombamento, a secretária afirma que a reforma e requalificação do museu deve seguir as normas técnicas estabelecidas. Um elevador e a instalação das rampas estão previstas no projeto de acessibilidade. Uma nova escadaria está sendo estudada. Algumas correções também serão feitas, a exemplo da instalação elétrica, realizada em espaços inapropriados. O telhado do local necessita ser trocado, além da recolocação do piso de madeira, retirado na última reforma, sem a devida reposição.

Ano passado, foram realizadas atividades no museu, que fica numa área estratégica, no Centro, e chegou a ser a cadeia pública da cidade. Os recursos para a reforma foram aprovados em 2013. Segundo Dane de Jade, uma das ações aconteceu com o artista plástico Bruno Pedroza, um dos fundadores do Museu de Artes Vicente Leite, além de trabalhos com estudantes universitários.

Dane esclarece que há muitas especulações sobre o equipamento, com os anos de fechamento, inclusive sobre o desaparecimento de algumas obras. No museu há objetos que pertenceram, por exemplo, a heroína, Bárbara de Alencar, e a outras personalidades da cidade. Na área das artes plásticas, há trabalhos da artista plástica Sinhá D'Amora, além do próprio Bruno Pedroza. Mas, a secretária afirma que, após análise do material, se constatou que peças de roupas como de Zé Maia, antigo carnavalesco da cidade, e alguns objetos que pertenceram a Tandor, como uma fotografia, a sua carteira de identidade, além de um pequeno vidro com uma poção caseira, que ele chamava de 'mijo de moça', e um cinto, estão guardados.

As roupas do carnavalesco Zé Maia foram recentemente expostas no baile da saudade, no Crato Tênis Clube, e também integrarão uma exposição no Sesc, sobre o Carnaval. "No que diz respeito aos danos e desaparecimentos de peças do acervo, o que podemos dizer é que isso pode ter ocorrido em função da total ausência de política de conservação, restauro e salvaguarda dessas obras", avalia.

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste