'Mais Médicos' é aprovado por população no Ceará

Envolto a polêmicas desde que foi lançado em julho do ano passado, o Programa Mais Médicos surgiu como uma proposta do governo federal para levar atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em lugares onde há carência de profissionais. Dois meses depois, os primeiros médicos começaram a trabalhar no Ceará e, em pouco mais de seis meses de atuação, já é possível analisar os primeiros resultados.

Com a chegada dos selecionados para o quarto ciclo do programa na semana passada, o Estado passou a contar com 843 médicos alocados em 157 municípios. Segundo o Ministério da Saúde, 100% da demanda do Ceará foi atendida. "A atuação desses profissionais impacta na assistência de mais de 2,9 milhões de pessoas", informou o órgão em nota.

O titular da Pasta, Arthur Chioro, confirmou os dados quando esteve em Fortaleza há dez dias e acrescentou que cada médico corresponde a uma equipe completa. "No Ceará, são 842 equipes, correspondendo a 85% dos municípios", disse, antes dos dados serem atualizados na última quinta-feira (17).

Contudo, o ministro citou outros aspectos do programa, que são os investimentos em hospitais e unidades de saúde. "Há também o desafio de melhorar a infraestrutura dessas unidades, para que elas possam dar mais capacidade para as equipes, até porque a equipe não é formada só por médicos", lembrou.

Atenção primária
Segundo o representante do Ministério da Saúde na coordenação estadual do programa, Odorico Monteiro, "não há um município no Ceará que hoje não tenha reforma, construção e ampliação de unidades básicas de saúde". "São mais de 650 sendo construídas e mais de mil unidades em reforma e ampliação", completou.

Monteiro comemora os resultados do programa, mas ressalta que ainda há muito o que fazer. "O Mais Médicos, neste momento, foi só uma ponta do iceberg do problema. Nós estamos resolvendo uma parte da atenção primária. Sem dúvida nenhuma, nesta perspectiva, está sendo extremamente positivo", afirmou. "Não tenha dúvida de que já temos indicadores de resultados", garantiu o coordenador.

Com relação aos médicos cubanos que participam do programa, Odorico Monteiro ressalta que eles deixarão uma nova prática para o atendimento no País. "O Mais Médicos vai ter um legado importante que é um espelho a ser criado para a atenção básica. Deveremos chegar a uns 12 mil médicos cubanos espalhados pelo Brasil, que têm a alma centrada na atenção básica. Não é um médico que está um dia num município, e depois no outro", comparou.

Visão humanizada
O clínico geral mineiro Izaías Arcanjo, formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem a mesma opinião. Ele faz parte do menor grupo que compõe o programa, o de médicos brasileiros formados no País, e possui uma visão humanizada da função.

"Trazer mais médicos não muda nada. Mas médicos se importando com o outro, para construir uma outra cultura de saúde, mudam. Muitas vezes a doença é social, aí a pessoa adoece por várias razões, pelas condições em que mora, a maneira como o ambiente em que vive está condicionando sua situação", explicou.

Trabalhando há seis meses no Centro de Saúde da Família Viviane Benevides, na Vila Manoel Sátiro, Izaías Arruda caiu nas graças dos pacientes, como a doméstica Irislene da Silva. "Ele é o melhor médico, porque escuta, presta atenção, olha nos olhos da gente. Já trouxe os meus filhos aqui para ele consultar".

O mexicano Asgard Giovanni Toriz também é querido pelos pacientes de um posto em Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza e resume bem a tarefa do médico. "Se você estuda medicina é porque gosta e quer ajudar a comunidade. Se não tem recursos, deve-se fazer de tudo, aconselhar, buscar melhoras para a vida do paciente", afirmou. Toriz também defende o programa. "O Brasil realmente precisa de muitos médicos, porque há regiões onde muitos não gostam de trabalhar e a população é mais afetada", ponderou.

Instituições criticam supostos desrespeitos
Mesmo admitindo os benefícios que o programa trouxe à população, representantes de entidades médicas do Estado criticam a forma como o Mais Médicos foi implantado, desrespeitando, segundo eles, a legislação e os direitos trabalhistas.

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec), Ivan Moura Fé, disse serem evidentes os benefícios do programa, mas ressalta que os estrangeiros deveriam se submeter ao exame que reconhece o diploma deles no País. "Há, de fato, carência de médicos em vários setores, mas isso deveria ser resolvido com concurso, carreira de estado e, no caso dos estrangeiros, tramitando de acordo com a legislação, validando o diploma. Mas foi tudo feito de forma excepcional", afirmou.

Ivan Moura Fé informou ainda ser difícil avaliar os resultados do programa por falta de informações. "Os dados que solicitamos aos tutores e supervisores do programa não chegam", disse. Com relação a denúncias de possíveis erros médicos, ele admitiu que são poucas, "menos de dez, mas estão sendo apuradas", finalizou.

Condições
Já para o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará (Simec) José Maria Pontes, o maior problema, além da validação do diploma, é a diferenciação das condições de trabalho dos médicos de Cuba. "Aquelas condições de exploração dos profissionais, sem direitos trabalhistas, sem direito de ir e vir porque são vigiados, são uma forma de trabalho escravo", ressaltou.

"Quando nós colocamos isso, disseram que estávamos chamando os médicos de escravo, mas não era isso, não é no sentido pejorativo. Era tão somente no sentido de defendê-los", completou, ao lembrar o episódio em que médicos cearenses vaiaram a equipe do programa e chamaram os colegas cubanos de escravos (veja o vídeo no link http://svmar.Es/6QCgFM).

Para Pontes, o programa não vai acabar com as deficiências da saúde. "Se eles querem resolver o problema da saúde daquele jeito, a situação vai ficar cada vez mais precária. Tem que ter estrutura de trabalho, profissionais competentes que realmente querem resolver", afirmou.

Entrevista
Fazendo a diferença onde historicamente faltam profissionais

O Programa Mais Médicos é necessário para o País?
O Brasil tem cerca de 400 mil médicos, grande parte concentrados no Sul e Sudeste do País, implicando em carência nas demais regiões. Há falta de médicos nos serviços de atenção primária, mesmo na periferia das grandes cidades. O Programa Mais Médicos para o Brasil (PMMB) é uma estratégia de mobilidade de trabalho para prover de médicos essas regiões e para onde a lógica de mercado não conseguiu atrair profissionais. Em menos de seis meses, o PMMB deu acesso a atendimento médico a mais de 40 milhões de pessoas no Brasil que não tinham essa possibilidade de forma mais aproximada de suas casas.

O programa supre as necessidades da atenção primária no Estado?
No Ceará, este programa já está fazendo diferença em inúmeros municípios e na periferia de Fortaleza, onde historicamente não havia médico. Um sistema de saúde pública precisa do trabalho de muitos profissionais e a participação dos médicos é essencial e indispensável. Mas a Atenção Primária precisa também de infraestrutura predial, de equipamentos, de medicamentos e outros insumos que permitam o adequado desenvolvimento das ações.

Capital tem 52% de cobertura
Com o Programa Mais Médicos, a cobertura da população de Fortaleza pelo Programa de Saúde da Família (PSF) saltou de 33% para 52%, segundo a titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Socorro Martins.

Segundo ela, o índice é muito bom se comparado com outras capitais. "O acesso não vai se dar em 100% porque existem aqueles que usam outro tipo de prestação de serviços, que é o plano de saúde. Hoje, em Fortaleza, há de 13% a 15% da população com planos de saúde", disse.

Entretanto, a meta da Prefeitura é chegar a 70% dos fortalezenses atendidos pelo PSF. "Faltam 150 a 200 médicos ainda. Nossa cobertura ideal é chegar a ter 650 médicos na nossa rede", afirmou a secretária.

Ao analisar o programa em Fortaleza, Socorro Martins comemora o crescimento dos atendimentos principalmente nas Regionais V e VI. "Lá, nós tínhamos uma carência muito grande de profissionais. Hoje, a Regional VI é a que tem a melhor cobertura de assistência médica. É melhor que o da Regional II na quantidade de médicos por habitantes", afirmou. "Mas o importante é o olhar diferente. As pessoas que mais precisam, com maior vulnerabilidade precisam de um olhar diferenciado", finalizou.

Mais informações
Ministério da Saúde: portalsaude.saude.gov.br

GERMANO RIBEIRO
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste



Juazeiro do Norte (CE): Recurso é liberado e obras no aeroporto devem continuar

Os cerca de R$ 15,8 milhões destinados ao pagamento dos depósitos judiciais relativos às desapropriações de uma área de 486 m² que deverá ser utilizada para realização de obras de ampliação do Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, neste município, já foram repassados pelo Ministério do Planejamento para a Infraero, responsável pela administração do sítio aeroportuário.

A confirmação em torno da existência do recurso foi realizada pelo próprio órgão, através de Nota, informando que os valores estão disponíveis desde a última terça-feira, dia 15. O prazo final para o pagamento dos depósitos judiciais referentes às indenizações vence no próximo dia 16 de maio.

Os pagamentos, inicialmente, teriam que ter sido realizados até o dia 17 do mês passado. O prazo, no entanto, acabou sendo prorrogado por um período de mais 60 dias pelo juiz José Eduardo de Melo Vilar Filho, titular da 16 ª Vara Federal, Subseção de Juazeiro do Norte, em atendimento a uma solicitação feita pela própria Infraero, alegando, à época, não disponibilizar destes recursos devido aos contingenciamentos realizados pelo Ministério do Planejamento no final do ano passado.

Na área desapropriada, com o desaparecimento das residências e dos estabelecimentos comerciais, o sítio aeroportuário será ampliado, passando dos atuais 1.288.170m² para 1.744.740m². Ao todo, serão cerca de 140 terrenos individuais que deixarão de existir para dar espaço a um processo de expansão que vem sendo defendido há pelo menos cinco anos, por diversos setores da sociedade civil de Juazeiro do Norte.

Pedido
No início do ano passado, a Infraero havia encaminhado ao Ministério do Planejamento, através da Secretaria de Aviação Civil, solicitação de aporte financeiro com lastro de R$ 415 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), dentro dos quais também estava inserido o montante de R$ 15,8 milhões para o pagamento das desapropriações.

O recurso financeiro, no entanto, acabou sendo desviado para atender outras finalidades do governo federal. Em 2010, a bancada federal cearense no Congresso Nacional havia conseguido incluir no orçamento R$ 30 milhões para melhorias no equipamento.

Devido um convênio de gerenciamento da Infraero com o Estado do Ceará, o prazo para encaminhamento do recurso acabou expirando. Outra verba no valor de R$ 10 milhões também foi alocada no ano seguinte no orçamento através da bancada cearense no Senado.

Por causa do mesmo problema, o sítio aeroportuário de Juazeiro do Norte acabou, mais uma vez, perdendo os investimentos. Agora, com a confirmação da liberação dos recursos financeiros, além de garantia do uso da área desapropriada para realização das obras de expansão, a expectativa em relação à aprovação do Plano Diretor do Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, cuja análise está sendo realizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), também passa a ser ampliada junto aos que defendem o crescimento do sítio aeroportuário como fundamental também para a ampliação do crescimento econômico na região do Cariri.

Pendências
De acordo com o coordenador de Turismo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Juazeiro do Norte, Roberto Celestino, todo o Plano Diretor em aprovação na Anac depende da incorporação da área onde está prevista a construção do futuro Terminal de passageiros, Terminal de Cargas, estacionamento de veículos, locadoras de veículos, teste de motores e pátio de estacionamento de aeronaves.

Conforme Celestino, o Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes foi o que mais transportou passageiros por metro quadrado de terminal no ano passado. Foram cerca de 397. 990 passageiros em área de 900 metros quadrados, totalizando uma margem de atendimento a 431 passageiros por metro quadrado.

Os números, segundo afirma o coordenador de Turismo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Juazeiro do Norte, são maiores que os apresentados por aeroportos de grande porte como o Pinto Martins, em Fortaleza; Congonhas, em São Paulo, e o de Recife, em Pernambuco. "Em dados estatísticos, o aeroporto Pinto Martins e o de Recife operaram cerca de 1/3 do número de passageiros que foram atendidos em Juazeiro".

Ele informou, ainda, que em relação ao transporte de cargas nacionais, o aeroporto Orlando Bezerra de Menezes transportou quase um quarto de toda a produção desenvolvida no ano passado pelo aeroporto de Viracopos, em Campinas.

Recursos
O prefeito Raimundo Macedo comemorou o anúncio pela ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, quanto à liberação dos recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil para a tesouraria da Infraero e, posteriormente, até à Caixa Econômica Federal.

Ele aproveitou para agradecer o empenho de todos que lutaram pela garantia da verba, bem como ao Juiz Federal, José Eduardo de Melo Vilar Filho, que dilatou em 60 dias o prazo final para o repasse do dinheiro.

No último dia 20 de junho, o prefeito foi recebido em audiência pelo Ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, acompanhado do deputado federal Arnon Bezerra e do coordenador de turismo do município, José Roberto Celestino.

Os três pediram a ampliação da pista de pouso para 2.300 metros e a construção da nova estação de passageiros. Na ocasião, o gestor também aproveitou para apresentar um resumo em torno da importância do aeroporto de Juazeiro para o sul do Ceará e até a estados vizinhos.

Na última segunda-feira, dia 14, a presidente Dilma Rousseff trocou de aeronaves no aeroporto de Juazeiro e ouviu o manifesto de gratidão externado pelo prefeito Raimundo Macedo, o deputado Arnon Bezerra e o diretor Roberto Celestino. Cerca de 24 horas depois, para a alegria das lideranças da região do Cariri, ela determinou à ministra Miriam Belchior que realizasse o repasse da verba. (ES)

Mais informações
Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária 
Avenida Virgílio Távora, 4000 
Bairro Aeroporto
Juazeiro do Norte 
Telefone: (88) 3311.6524

ROBERTO CRISPIM
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste



10 coisas que você precisa saber sobre bagagens extraviadas

Você planeja suas férias cuidadosamente, escolhe cada atração que vai visitar, os restaurantes que deseja conhecer e faz até mesmo planos com amigos e familiares. Quando chega o dia da viagem, basta fechar as malas – enquanto elas ainda fecham, porque na volta não vai ser tão fácil assim! – e partir para o aeroporto.

Mas então você chega ao seu destino e se dá conta de que aconteceu aquilo que você mais temia: a companhia aérea perdeu sua bagagem. E sabe o que é pior? Isso é mais comum do que se pode imaginar. Então, veja dez coisas que você precisa saber sobre bagagens extraviadas:

1. O número total de bagagens perdidas, atrasadas ou avariadas pelas companhias aéreas do mundo todo caiu 17% em 2013 – resultando em cerca de 22 milhões. Mas, como as viagens aéreas aumentaram em 5% no ano passado, a taxa geral de bagagens extraviadas caiu 21% — o que corresponde a sete malas perdidas a cada mil passageiros;

2. De todas as bagagens extraviadas, 81% estão simplesmente atrasadas, 16% foram avariadas ou furtadas e apenas 3% são declaradas perdidas ou roubadas – e essas realmente nunca são encontradas;

3. O custo para que as empresas aéreas localizem, entreguem ou reembolsem bagagens extraviadas foi de 2,09 bilhões de dólares em 2013 – uma queda de 20% com relação a 2012;

4. O principal motivo para as malas chegarem atrasadas acontece por erro dos carregadores ao transferir as bagagens de um avião para outro. Essa é a causa de 45% das malas extraviadas;

5. O ano em que mais se registrou extravios na última década foi 2007, quando as empresas perderam 47 milhões de malas. A taxa era de aproximadamente 19 bagagens extraviadas a cada mil passageiros;

6. Desde 2007, a taxa de malas perdidas caiu para aproximadamente 63%;

7. As companhias aéreas que operam na Ásia são as que apresentam menores taxas de malas perdidas – cerca de duas a cada mil passageiros. Já na América do Norte são três bagagens extraviadas a cada mil passageiros;

8. Em 2013, as empresas levaram uma média de 36 horas para devolver as malas atrasadas aos seus donos;

9. Companhias aéreas do mundo todo ganham cerca de 10 bilhões de dólares com as bagagens despachadas, mas gastam aproximadamente 31 bilhões para transportá-las de aeroporto para aeroporto;

10. Até o final de 2016, mais de 60% das companhias aéreas esperam poder enviar notificações sobre a localização das bagagens para os passageiros e assim permitir que eles comuniquem possíveis extravios através de smartphones.

Todas as informações foram reveladas a partir de um estudo realizado pela SITA – uma multinacional especializada em serviços para a indústria da aviação.

Fonte: Mega Curioso (via LA Times)



‘Dilma não pode fugir à responsabilidade’, diz ex-presidente da Petrobrás

Presidente da Petrobrás à época da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, em 2006, José Sergio Gabrielli admitiu em entrevista ao Estado sua parcela de responsabilidade no polêmico negócio, mas dividiu o ônus com a presidente Dilma Rousseff.

Segundo ele, o relatório entregue ao Conselho de Administração da estatal foi "omisso" ao esconder duas cláusulas que constavam do contrato, mas Dilma, que era ministra da Casa Civil e presidia o conselho, "não pode fugir da responsabilidade dela".

Gabrielli defende a compra da refinaria conforme as circunstâncias da época e alfineta sua sucessora, Graça Foster, ao afirmar que a Petrobrás não foi construída nos dois anos de gestão da atual presidente da estatal. De acordo com ele, a queda do preço das ações da estatal não se deve a Pasadena, mas à conjuntura externa, afetada pela crise financeira global de 2008, e à política do governo de manutenção artificial dos preços da gasolina no Brasil abaixo do mercado internacional. Política que, segundo Gabrielli, está contaminada pela disputa eleitoral.

O senhor se considera responsável pelo relatório entregue ao conselho administrativo da Petrobrás antes da compra da refinaria de Pasadena?
José Sergio Gabrielli - Eu sou responsável. Eu era o presidente da empresa. Não posso fugir da minha responsabilidade, do mesmo jeito que a presidente Dilma não pode fugir da responsabilidade dela, que era presidente do conselho. Nós somos responsáveis pelas nossas decisões. Mas é legítimo que ela tenha dúvidas.

O relatório é falho e omisso como disse a presidente Dilma?
José Sergio Gabrielli - Acho que não (foi falho). Ele foi omisso. Sem dúvida nenhuma foi omisso porque as duas cláusulas mencionadas (Put Option, que obrigou a Petrobrás a comprar a outra metade da refinaria, e Marlim, que compensaria a então sócia Astra por possíveis prejuízos) não constavam da apresentação feita aos conselheiros.

O conselho teve acesso à totalidade dos documentos antes de aprovar a compra da refinaria?
José Sergio Gabrielli - Não teve acesso a essas cláusulas. Mas isso não é relevante, a meu ver, para a decisão do conselho. O que é relevante é se o projeto é aderente tecnologicamente e estrategicamente ao que você faz e ter dado rentabilidade com os pressupostos daquele momento. Essas três condições fariam a decisão do negócio.

Se o Conselho de Administração da estatal soubesse dessas cláusulas no primeiro momento teria aprovado a compra da refinaria?
José Sergio Gabrielli - Eu acho que teria aprovado porque o objetivo naquele primeiro momento era a possibilidade de ter um negócio nos Estados Unidos em uma refinaria que tinha preços adequados ao mercado. E poderia ser uma entrada forte nossa nos Estados Unidos, o mercado que mais crescia no mundo na época. Continuo achando que foi um bom negócio para a conjuntura de 2006, um mau negócio para a conjuntura de 2008 a 2011 e voltou a ser bom em 2013 e 2014.

O que mudou na Petrobrás de Lula para Dilma?
José Sergio Gabrielli - Não acho que houve mudança. É bom lembrar que saí em fevereiro de 2012 e o acordo de Pasadena é de junho de 2012. Enquanto estive lá, a partir de 2008, só fiz disputar judicialmente com a Astra. Não fiz nenhum acordo com a Astra.

Então a mudança foi de Gabrielli para Graça Foster?
José Sergio Gabrielli - Eu não disse isso. A gestão da presidente Graça deu continuidade aos planos estratégicos desenvolvidos pela diretoria anterior. Não vejo ruptura entre mim e Graça. É uma presidência de continuidade.

Pelo menos em um ponto importante vocês divergem. Graça diz que a compra de Pasadena foi um negócio ruim e o senhor diz que foi bom.
José Sergio Gabrielli - Nós não divergimos. Graça disse de forma explícita que hoje ela não faria o negócio mas que na época foi um bom negócio. Portanto nós não temos divergência. Na época eu faria a mesma coisa. O negócio depois ficou ruim e hoje está melhor outra vez.

Existe uma tentativa de responsabilizar a sua gestão por um negócio que não deu o resultado esperado?
José Sergio Gabrielli - Cheguei na Petrobrás e a empresa valia US$ 15 bilhões. Comigo a Petrobrás foi a US$ 350 bilhões e quando eu saí ela estava valendo US$ 180 bilhões. Essa é a realidade no mercado. A empresa vinha num processo de esvaziamento, de quebra da unidade operacional, sendo fatiada. Havia várias iniciativas para vender as refinarias em pedaços. Saímos da situação de uma empresa acuada na área de gás e energia para nos transformarmos no principal ator produzindo hoje um volume superior talvez à energia de Itaipu. Isso não se fez nos últimos dois anos.

As dúvidas sobre negócio de Pasadena são uma mácula à sua gestão?
José Sergio Gabrielli - Não posso aceitar isso. Posso falar da minha gestão em termos de resultados. Posso falar de uma empresa que saiu de ter duas sondas de perfuração para ter 69, que saiu de 33 mil pessoas trabalhando para 85 mil, que foi nesse período que se descobriu o pré-sal e se atingiu a autossuficiência. Na minha gestão a companhia teve os maiores lucros da história e realizou a maior capitalização da história do mundo em termos de venda de ações no mercado. Não posso dizer que foi uma gestão equivocada. Desafio quem quiser discutir sem xingamento a dizer que foi uma má gestão.

Qual sua opinião sobre a declaração da presidente Dilma de que estariam tentando atingir a Petrobrás? 
José Sergio Gabrielli - A oposição faz uma campanha irresponsável contra a Petrobrás. A Petrobrás é um patrimônio nacional extremamente bem gerido, com uma competência instalada extraordinária. O ataque só pode ser entendido por interesses eleitoreiros combinados com alguns interesses muito mais complicados.

Quais?
José Sergio Gabrielli - Interesses na área financeira de redução dos valores da Petrobrás para poder viabilizar operações no mercado de ações e ameaçar o papel histórico da empresa de desenvolver o pré-sal brasileiro. Quando nós mudamos o marco regulatório do pré-sal em 2010 com a introdução da partilha de produção que altera as formas de apropriar o futuro e com isso vai viabilizar mais recursos para a educação brasileira, isso teve uma oposição muito grande. É quem hoje está atacando a Petrobrás. Quem hoje ataca a Petrobrás também ataca o modelo da partilha e o conceito de que a companhia deve ser a operadora do pré-sal.

Como o senhor explica a grande desvalorização da empresa apesar da descoberta do pré-sal?
José Sergio Gabrielli - Em dezembro de 2002 uma ação da Petrobrás em Nova York custava US$ 3,67. No dia 1.º de agosto de 2008 chegou a US$ 55,31 e hoje está a US$ 13,50. Esse período pós 2008 deve ser explicado por dois fenômenos. Primeiro, pela crise financeira mundial que reduziu a demanda de petróleo dos EUA. Segundo, pela queda do preço de petróleo e do mercado de ações. No Brasil tem um componente importante que está penalizando as ações da Petrobrás que é o ajuste dos preços da gasolina e diesel no mercado nacional abaixo dos preços praticados no exterior.

O preço da gasolina no Brasil deve aumentar?
José Sergio Gabrielli - Deve aumentar. Não precisa ser instantaneamente mas tem que haver um aumento gradual para permitir uma mínima aproximação do preço doméstico com o preço internacional. Não há como a Petrobrás manter permanentemente uma diferença entre o preço doméstico e o internacional. Tem que ter um processo de convergência e no dia que acontecer isso as ações da Petrobrás voltam a crescer.

A política sobre os preços da gasolina também está contaminada pelo debate eleitoral?
José Sergio Gabrielli - Claro. Acaba sendo afetada, influenciada.

Houve US$ 530 milhões de baixas contábeis da Petrobrás por causa de Pasadena. Existe possibilidade de a companhia recuperar esses valores?
José Sergio Gabrielli - Não sei os números de hoje, mas a presidente Graça diz que o lucro é de US$ 58 milhões em janeiro e fevereiro de 2014. Se multiplicar US$ 58 milhões em 10 meses ela recupera os US$ 530 milhões. É uma conta linear.

Existe algum conflito ético na indicação do seu primo José Orlando para o cargo de presidente da Petrobrás América?
José Sergio Gabrielli - O Zé Orlando entrou na Petrobrás em 1978. Quando cheguei, em 2003, era conhecido como primo de Zé Orlando. Não ele (conhecido como) meu primo. Quando a indicação para presidência da Petrobrás América chegou, eu tinha as seguintes opções: veto porque é meu primo ou aceito porque é a pessoa mais correta. Aí resolvi comunicar à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) porque não é justo vetá-lo por ser meu primo. Enquanto ele esteve lá nós só fizemos disputa judicial. Não teve nenhum pagamento à Astra.

Fonte: Estadão



Crato e Juazeiro entram no circuito nacional de dança

O Cariri entra para o circuito nacional de debates sobre a dança com o II Seminário de Dança e a VI Semana D da Dança, com a mobilização de mais de seis mil pessoas durante a sua realização, de 21 a 29 de abril. Locais públicos de Crato e Juazeiro do Norte, este ano, além dos teatros da região, servirão de palco para os espetáculos e também oficinas e aulas. A programação envolve grandes críticos do segmento e também coreógrafos, dançarinos e pesquisadores da área.

Segundo o idealizador e coordenação do evento, professor Alysson Amancio, há um destaque do Cariri atualmente no segmento da dança, por envolver bem mais que a cultura popular, mas um espaço se ampliando cada vez mais para a dança contemporânea. É nessa busca que as discussões serão trabalhadas, dando ênfase para a contemporaneidade em contraponto ao aspecto tradicional da dança.

Em 2006, foi criada a Associação de Dança Cariri, no intuito de reunir os profissionais e pessoas que se interessassem pela dança. Não deu outra, a entidade se fortaleceu ao ponto de criar os primeiros espaços de debate do segmento. A iniciativa de um evento de debates para a região veio em seguida, até surgir, então, a necessidade de criação de um curso.

Alysson Amancio destaca a grande demanda de profissionais que lutam pela presença de um curso acadêmico para a formação na área e, além disso, maior envolvimento das instituições. Atualmente a sua companhia de dança, que leva o seu nome, atua com 18 dançarinos profissionais, tem agenda de apresentações mais fora do Estado do Ceará e de Juazeiro do Norte. Com o espetáculo 'Cajuína', chegou a se apresentar recentemente na Alemanha.

Durante o evento, ele destaca o nível de debate dos participantes, a exemplo da Professora doutora Helena Katz, considerada a maior crítica de Dança do Brasil. Além de nomes como Sueli Guerra (RJ), Edney D. Conti (RJ), Arthur Marques (PB), Cia. Compassos (PE) Guga (SP), Teodora Alves (RN), Oswaldo Barroso (CE) e Fauller (CE).

Serão realizados 24 espetáculos, quatro oficinas, um workshop, além de aula pública, cortejo com os artistas, apresentação comunicações e artigos científicos. Um trabalho que, para Alysson Amancio, parte de iniciativas da própria associação e dos profissionais da região, que têm um espaço na rota de dança do Brasil.

O II Seminário de Dança é patrocinado pelo Prêmio Funarte Klauss Vianna de Dança 2013. São seis escolas de dança em Juazeiro do Norte e novos profissionais se formam no Rio de Janeiro, segundo ele, contribuindo também para o processo de formação no Cariri.

Inovação
Este ano, uma das novidades é a abertura dos espetáculos nas ruas de Juazeiro do Norte e Crato. Hoje, às 16 horas, haverá uma aula pública e, em seguida, espetáculo com 'Os Brincadores', da Cia. Compassos, de Pernambuco. A abertura oficial ocorre na noite de terça-feira, às 19h30min, no Teatro Patativa do Assaré, no Sesc de Juazeiro do Norte. Em Crato, as apresentações são no Teatro Municipal Salviano Arraes Saraiva, além do espaço do Centro Cultural do Araripe, na RFFSA. As oficinas e palestras acontecerão na sede da Associação Dança Cariri.

"Falta apoio do governo municipal e um olhar institucional para a região" afirma ele. Os avanços na área da dança nos últimos anos, conforme Alysson Amancio, têm sido significativo para tão poucos anos. Ele avalia que em Juazeiro do Norte praticamente não havia nada de ensino no segmento.

"Hoje, os alunos querem uma formação na área e a perspectiva é que se torne cada vez mais profissional", diz. A associação tem realizado trabalhos na região, como levar dança para a comunidade, ballet, dança regional, além de possuir biblioteca especializada.

Serão nove dias de atividades intensas, onde a região do Cariri cearense recebe artistas e professores de dança de todo país realizando um intercâmbio com os artistas locais e promovendo o fortalecimento da dança no Ceará. As inscrições das oficinas e palestras são realizadas pelo e-mail associacaodancacariri@gmail.com ou na Associação Dança Cariri.
Mais informações:

Associação de Dança Cariri
Rua Conceição, 1.391
Bairro São Miguel
Juazeiro do Norte - CE

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste


F-1: Hamilton domina e vence GP da China; Massa é o 15º

Sem dar chances para os rivais, o inglês Lewis Hamilton dominou o GP da China e faturou com tranquilidade sua terceira vitória consecutiva na temporada 2014 da Fórmula 1. O piloto da Mercedes venceu de ponta a ponta, após largar na pole position, e nem chegou a ser pressionado pelo companheiro Nico Rosberg, que chegou em segundo. Fernando Alonso, que quase acabou com a corrida de Felipe Massa, foi o terceiro. O brasileiro terminou em 15º.

Apesar do terceiro triunfo seguido, Hamilton segue na segunda colocação geral do campeonato. Com 75 pontos, ele ainda está atrás de Rosberg, com 79. O piloto da Alemanha despontou na liderança na primeira prova e vem mantendo a posição graças à regularidade nas etapas seguintes. Na madrugada deste domingo (20), ele chegou em segundo lugar pela terceira vez consecutiva.

A terceira posição geral pertence ao espanhol Fernando Alonso. Ele alcançou os 41 pontos ao desbancar no Circuito de Xangai os carros da Red Bull, que largaram na frente da Ferrari. No duelo interno entre os carros da equipe austríaca, o alemão Sebastian Vettel, atual tetracampeão, é o quinto colocado do campeonato, com 33 pontos, contra 24 do companheiro Daniel Ricciardo, da Austrália.

Motivado pelo bom rendimento no treino de sábado, Felipe Massa fez mais uma vez uma grande largada nesta madrugada. Ele largou em sexto e nas primeiras curvas já brigava pelo segundo lugar. No entanto, acabou sofrendo um toque de Alonso e caiu para quinto. O espanhol ficou em terceiro, enquanto Vettel apareceu em segundo. Ricciardo era o quarto. Na ponta, Hamilton apenas disparava à frente dos demais.

A Williams mostrava bom ritmo e a corrida parecia promissora para Massa. Até que o brasileiro sofrera novo revés. Desta vez, no pit stop. Ao parar para trocar os pneus, na 12º volta, os mecânicos da equipe tiveram dificuldade para remover a roda traseira esquerda, possivelmente em razão do toque de Alonso, e deixaram Massa por muito tempo parado nos boxes.

Ele acabou voltando em último lugar, mais de dez segundos atrás do penúltimo colocado. No pelotão traseiro, antes da metade da prova, Massa ainda conseguiu acumular algumas ultrapassagens, reduzindo a vantagem para os rivais. Mas não pôde ir além do 15º posto, fora da zona de pontuação.

Enquanto Massa sofria nas últimas posições, Hamilton ampliava sua vantagem na liderança. Depois de cair para 7º na largada, por conta de problemas na telemetria do carro, Rosberg começou a galgar posições até alcançar o segundo posto, sem ameaçar o companheiro de Mercedes.

Alonso, por sua vez, ganhou a terceira colocação ao passar Vettel na parada nos boxes. O alemão fez novo duelo interno com Ricciardo. Pela segunda vez seguida, o tetracampeão ouviu ordens da equipe para abrir passagem para o companheiro de equipe. Ele, no entanto, resistiu à ordem e, só depois da segunda investida do rival, cedeu a quarta posição.

Companheiro de Massa na Williams, o finlandês Valtteri Bottas fez outra boa corrida. Não conseguiu se aproximar dos primeiros colocados na largada, após sofrer toque de Rosberg. Mas rendeu bem no decorrer da prova e terminou em 7º lugar, atrás ainda do alemão Nico Hülkenberg - Kimi Raikkonen, Sergio Perez e Daniil Kvyat completaram o Top 10.

Com este resultado, Bottas se manteve à frente do brasileiro no campeonato. Ele ocupa a sétima posição, enquanto Massa é o 11º, com o dobro de pontos: 24 a 12.

A próxima etapa da Fórmula 1 será disputada somente daqui a três semanas. O GP da Espanha, a ser realizado no Circuito da Catalunha, em Barcelona, está marcado para o dia 11 de maio.

Confira a classificação final do GP da China:

1º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), em 1h36min52s810
2º - Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 18s686
3º - Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 25s765
4º - Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull), a 26s978
5º - Sebastian Vettel (ALE/Red Bull), a 51s012
6º - Nico Hülkenberg (ALE/Force India), a 57s581
7º - Valtteri Bottas (FIN/Williams), a 58s145
8º - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), a 1min23s990
9º - Sergio Perez (MEX/Force India), a 1min26s489
10º - Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso), a 1 volta
11º - Jenson Button (ING/McLaren), a 1 volta
12º - Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso), a 1 volta
13º - Kevin Magnussen (DIN/McLaren), a 1 volta
14º - Pastor Maldonado (VEN/Lotus), a 1 volta
15º - Felipe Massa (BRA/Williams), a 1 volta
16º - Esteban Gutierrez (MEX/Sauber), a 1 volta
17º - Kamui Kobayashi (JAP/Caterham), a 1 volta
18º - Jules Bianchi (FRA/Marussia), a 1 volta
19º - Max Chilton (ING/Marussia), a 2 voltas
20º - Marcus Ericsson (SUE/Caterham), a 2 voltas

Não completaram a prova:

Romain Grosjean (FRA/Lotus)
Adrian Sutil (ALE/Sauber)

Fonte: Estadão



Barbalha (CE): Usina desativada tem área ociosa para cultivo da cana

No passado, a cultura de cana de açúcar trazia orgulho e, mais do que isso, prosperidade para o Cariri. Não foi à toa que se construiu uma usina neste município de médio porte destinado para processar a abundante matéria prima e que hoje está desativada. Aliás, a realidade atual foi na contramão. No lugar dos canaviais, cada vez mais há o cultivo da banana, numa aposta do produtor de que se trata da cultura mais viável para a região.

Quase um ano depois de ser arrematada em leilão pelo Governo do Estado, por R$ 15,4 milhões, ainda não há proposta de compra da Usina Manoel Costa Filho, em Barbalha, e nem perspectiva de funcionamento. Desativada desde 2004, o equipamento foi adquirido por meio da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece).

Os espaços de cultivo da cana são cada vez menores e produtores estão desanimados, em relação ao retorno da produção. Em lugar de cana, o plantio de bananas na região toma espaço, e até mesmo na área em volta da usina, antes tomada pelo canavial, agora é substituído pela bananicultura. A grande expectativa está voltada para a finalização do Canal da Transposição do Rio São Francisco e do Cinturão das Águas no Estado. Pode ser o incentivo que o investidor necessita para a retomada da cultura.

Proposta
Depois de vários contatos, que ainda continuam ocorrendo com os possíveis investidores da cultura canavieira, não existe nenhuma proposta firme, segundo o presidente da Adece, Roberto Smith. Ele disse que várias agências de fomento para o setor estão sendo contatadas.

Entre os investidores que se apresentaram até agora, no Estado, Brasil, Europa e Estados Unidos, nada avançou. Alguns destacaram os grandes investimentos que precisam ser efetuados, para colocar a usina em funcionamento, inclusive na área tecnológica.

Outro ponto questionado pelos empresários do setor da agroindústria, está relacionado ao potencial hídrico da região, já que a cultura canavieira seria mantida basicamente com sistemas modernos de irrigação.

Até quase um ano atrás, em 5 de junho, quando a usina foi leiloada, por meio da Caixa Econômica Federal (CEF), a esperança de alguns produtores reacendia em busca de novas alternativas para manter a tradição da cultura canavieira.

Só em Barbalha, havia quatro engenhos em funcionamento. Atualmente, são apenas dois. Um dos mais tradicionais, do proprietário Antônio Sampaio, fechou as portas. Era bastante visitado, inclusive por romeiros, com até 80 ônibus por dia em épocas de romarias, já por conta das dificuldades e custos para se manter o cultivo e as máquinas em funcionamento.

Esperança
Para o secretário de Desenvolvimento Agrário de Barbalha, Elismar Vasconcelos, havia uma expectativa muito grande dos trabalhadores e dos setores da economia, para que a usina fosse reativada logo, mas os pequenos produtores já estão praticamente sem qualquer esperanças da dinamização do setor.

De acordo com Roberto Smith, a negociação com os americanos foi uma tentativa que partiu do interesse deles, e que todos os projetos necessários para análise foram encaminhados, além das condições de negociação. A forma de gestão também vem sendo negociada junto à Adece.

Inicialmente, houve uma proposta de atuar em forma de cooperativa de produtores, mas os investimentos na recuperação da usina podem chegar a até R$ 30 milhões, conforme cálculos do Estado. As áreas de cultivo disponíveis na região seriam outro ponto importante, que foi levantado pela Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado, para mostrar a viabilidade do negócio na região.

Viabilidade
O trabalho foi desenvolvido no Cariri por técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Rural do Ceará (Ematerce), demonstrando essa viabilidade em 15 municípios, onde foram identificadas áreas cultiváveis. A maior parte, cerca de 70%, se concentrava até um ano atrás nas cidades de Barbalha (2,7 mil ha), Crato (1,4 mil ha) e Missão Velha, com quase 2 mil ha.

Caso a região viesse iniciar a produção de cana no ano passado ainda, com a revitalização do setor, a perspectiva de moagem era em 2015. Para isso, seriam necessários estudos técnicos e maquinário disponível.

Os levantamentos realizados pela empresa de assistência técnica, alcançaram 686 propriedades dos 15 municípios. Cerca de 2,6 mil ha disponíveis estão em estado precário, necessitando o replantio. São cerca de 8.500 hectares necessários para manter a agroindústria de médio porte em funcionamento. Pelo menos 3 mil hectares teriam de ser em terras arrendadas pela própria usina. O presidente da Adece enfatiza o trabalho que vem sendo feito pelo Estado, na oferta da agroindústria para alguns grupos industriais importantes do Ceará, além de empresas do Nordeste e internacionais.

"Alguns grupos trazem a questão de suprimentos de água para irrigação. Outros acham que não há esse tipo de problema. De qualquer forma, as previsões da obra da transposição e cinturão das águas vão correr no primeiro semestre de 2015. Condições que podem facilitar o processo de negociação", afirma Smith.

Ele ressalta o estudo minucioso antes da compra da usina. Foi constatado que para operar na parte industrial havia necessidade de um investimento em torno de R$ 30 milhões, dependendo da finalidade e também se chegar a uma área cultivada com tecnologia moderna e mecanizada. Outro importante trabalho seria agregar os pequenos, médios e grandes produtores. "Todo esse processo traria um efeito importante para a economia da região", avalia.

Mais informações
Adece
Centro de Convenções
Av. Washington Soares, 1141 Edson Queiroz
Telefone (85) 3457 3300

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste



Morre aos 66 anos o narrador Luciano do Valle

O narrador Luciano do Valle, 66 anos, morreu neste sábado vítima de infarto. Ele passou mal durante uma viagem de avião para Uberlândia, onde narraria Atlético-MG e Corinthians pela primeira rodada do Brasileirão. Luciano, que viajava de São Paulo, foi socorrido no aeroporto da cidade mineira pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado para o Hospital Santa Genoveva, onde às 16h15 teve a morte confirmada.

Segundo informações do médico cardiologista Roberto Botelho, que estava no voo e prestou os primeiros socorros, Luciano sofreu uma morte súbita. "O Luciano não sofreu. O que ele apresentou é chamada de morte súbita, ela acontece menos de uma hora quando começam os sintomas", informou.

Luciano se preparava para narrar sua décima Copa do Mundo e acreditava em mais um título da seleção brasileira. Otimista por natureza, confiava que tudo daria certo no Mundial do Brasil e acreditava em uma evolução do país depois de receber o maior evento do futebol.

Também não pensava em aposentadoria. Em 2012, chegou a se afastar das suas funções devido a um problema de saúde, mas se dizia entusiasmado com os próximos eventos esportivos do Brasil.

A carreira
Luciano começou a carreira em 1963, com apenas 16 anos, como locutor da Rádio Brasil, de Campinas. Mudou-se para São Paulo quatro anos depois para trabalhar na Rádio Gazeta.

Ganhou destaque nacional em 1971, quando passou a narrar na Globo onde ficou por 11 anos. Além do futebol, narrou as conquistar de Emerson Fittipaldi na Indy, cobriu os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972. Dois anos mais tarde, com a saída de Geraldo José, tornou-se o principal locutor da Globo.

Deixou a emissora em 1982, teve passagem rápida pela Record e em 1983 começou sua trajetória na Band. Foi responsável pela criação do “Show do Esporte”.

Luciano era o principal narrador da Band, onde teve duas passagens, de 1983 a 2003 e depois de 2006 até os dias de hoje. Transformou a emissora em Canal do Esporte. Além de se especializar na narração do futebol, foi um dos principais divulgadores dos esportes olímpicos. Narrou boxe, onde lançou Maguila. Também foi ícone da geração de prata do vôlei masculino na década de 80. Sua importância foi tão grande que ganhou o apelido de Luciano do Vôlei. No basquete, deu apelido de Magic Paula e Rainha Hortência, quando o time feminino conquistou o Mundial no início dos anos 90.

Apresentou ao Brasil a Fórmula Indy e também foi técnico e criador da Seleção Brasileira Masters de Futebol, que contava com ídolos e amigos como Rivelino, Edu e Dario.

Luciano do Valle completou em 2013 50 anos de carreira.

Fonte: UOL



Os 10 erros mais comuns encontrados nos currículos

1- Omissão de dados
Há profissionais que omitem dados, quando consideram que estes possam lhe ser desfavoráveis, tais como idade (quando a pessoa pensa que sua idade será considerada fora da faixa da vaga); datas de conclusão de curso (quando, por alguma circunstância, ela fez o curso em um tempo bem superior do que o previsto, ou quando a data denuncia a sua idade); tempo de permanência nas empresas (quando o candidato não quer revelar o pouco de tempo de permanência nas empresas onde trabalhou). Esse tipo de recurso acaba chamando a atenção do selecionador experiente para as informações incompletas e dificultando sua tomada de decisão.

2- Informações desatualizadas
Informações desatualizadas, como, por exemplo, telefone ou e-mail, podem dificultar o contato com o candidato quando aparecer uma oportunidade interessante. Se a desatualização se refere a conhecimentos e competências adquiridas e não registradas, pode perder a oportunidade, se esta demandar exatamente aquilo que não foi registrado.

3- Excesso de Informações/Detalhes
O currículo deve ser claro, objetivo e conciso, resumindo as principais qualificações, experiências, projetos diferenciados e conquistas profissionais. Deve ser completo naquilo que é relevante e não pode pecar pelo excessivo detalhamento das informações.

4- Dar ênfase ao início da carreira
As informações sobre emprego deve vir em ordem descrescente: do último para o primeiro emprego. Deixar os últimos empregos para o fim pode fazer seu currículo ser descartado.

5- Má redação e uso de linguagem inadequada
O CV deve ser redigido de maneira formal e impessoal. Erros de ortografia ou de gramática deixam péssima impressão e podem ser fator de eliminação.

6- Fotos, RG e CPF
Só mande foto - 3 x 4 e comportada - se isso for pedido por quem está fazendo a seleção. Não é necessário incluir o número do CPF ou o RG no currículo.

7- Poluição visual
Nada de firulas e frufrus. Se for entregar o documento pessoalmente, a melhor forma de apresentar seu currículo é em folha branca. No papel ou on-line, use fontes mais clássicas, como Arial ou Times New Roman. E nada de utilizar muitas cores, que, ao invés de chamar atenção, acaba confundindo quem está lendo.

8- Erros de português
São imperdoáveis e, infelizmente, os mais comuns. É preciso muita atenção, pois este quesito pode derrubar um bom candidato.

9- Falar difícil
Palavras rebuscadas e informações demais fazem o entrevistador perder tempo. Eles não perdem mais de um minuto dando a primeira olhada no currículo.

10- Mentiras
Só inclua os cursos que realmente fez. Caso não tenha completado algum, mencione o fato ou simplesmente elimine-o do currículo. Afirmar que tem fluência em uma língua sem ter também é um grande erro. Tente não errar nas datas de permanência nas empresas, pois pode gerar desconfiança do entrevistador, que tem como checá-las através principalmente da carteira de trabalho.

Fonte: O Globo



Eleições 2014: Patamar de aprovação indica derrota para Dilma

A pesquisa Ibope divulgada anteontem que mostrou a presidente Dilma Rousseff com 34% de aprovação (somados os que acham sua administração boa ou ótima) acende um sinal amarelo em sua campanha. A julgar pelo retrospecto de 104 eleições para governadores e presidente desde 1998 em que havia um candidato tentando a reeleição, analisadas pelo cientista político Alberto Carlos Almeida, Dilma hoje não se reelegeria. (Confira os números de avaliação do governo e da pesquisa de cientista político)

O estudo de Almeida mostra que, justamente quando teve 34% ou menos de avaliações de gestão ótima ou boa antes do pleito, nenhum candidato que tentou a reeleição, desde que ela foi instituída, foi bem-sucedido. Os que tinham aprovação de 46% ou mais, ao contrário, tiveram 100% de êxito.

Segundo Almeida, mesmo liderando as intenções de voto, com esse patamar de aprovação, Dilma Rousseff hoje não se reelegeria. O cientista político, no entanto, faz uma ressalva, citando os casos das reeleições de Fernando Henrique Cardoso, em 1998, e a de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. Embora eles tivessem índices de aprovação abaixo de 46% em julho (os dois tinham 38%), ambos tiveram aumento nas avaliações positivas de seus governos às vésperas do pleito, e acabaram sendo reeleitos.

— É possível aumentar o desempenho de governo ótimo e bom no decorrer da campanha. A situação atual é de grande risco para a presidente Dilma, mas ela pode reverter o quadro. Se as eleições fossem hoje, a probabilidade maior seria a eleição de um candidato de oposição — diz Almeida.

Para ele, eleitores que atualmente avaliam mal o governo Dilma estão declarando voto em branco, nulo, ou dizem ainda não saber em quem votar.

— Esses votos, provavelmente, irão para os candidatos de oposição. Devem migrar, principalmente para o Aécio, que é quem tem a base mais sólida — disse o cientista político, para quem a principal reclamação do eleitorado em relação ao governo Dilma vem da área econômica.

O professor Roberto Romano, da Unicamp, cita outro dado da pesquisa Ibope: embora a diferença seja de apenas um ponto percentual, pela primeira vez o percentual dos que não gostam da maneira de Dilma governar ultrapassou o dos que aprovam — a desaprovação aumentou de 43% para 48%, e a aprovação caiu de 51% para 47%.

— Há uma percepção de que Dilma está sendo tutelada (pelo ex-presidente Lula), e o envolvimento dela no caso de Pasadena deixou evidente que, como ministra e presidente do conselho da Petrobras, ela falhou — afirma Romano.

Eleitor ainda não está preocupado com eleição
Na avaliação do cientista político Fernando Abrucio, professor e pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV) em São Paulo, o eleitor, neste momento, ainda não está preocupado com as eleições deste ano. Ele diz que a queda na aprovação no governo da presidente, segundo mostrou a pesquisa Ibope, está mais relacionada a dois fatores: a inflação e a perda no poder de compra do “brasileiro mediano”; e a sensação de que os serviços públicos em geral não andam bem.

— É a mesma (sensação) que mobilizou as pessoas no ano passado, nas manifestações de junho — diz o professor.

Segundo Abrucio, baseado em análises qualitativas realizadas pela FGV, o eleitor tem, em geral, um apelo por mudança misturado a um sentimento de desilusão. E isso seria um problema tanto para o governo quanto para a oposição.

— Os dois principais concorrentes da presidente, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), ainda são pouco conhecidos e estão fazendo de tudo para melhorar isso. Faço muita (pesquisa) qualitativa e vejo que os eleitores querem mudanças, mas também a manutenção das transformações sociais, principalmente as dos últimos dez anos.

Apesar de a aprovação do governo ainda ser positiva, a oposição vê nos resultados das últimas pesquisas uma tendência de queda na candidatura da presidente Dilma Rousseff e um espaço para crescimento de Aécio Neves e Eduardo Campos. Os governistas, por sua vez, avaliam que é cedo para fazer qualquer prognóstico sobre as eleições de outubro e que Dilma tem resultados a mostrar na propaganda eleitoral para reverter as últimas quedas na aprovação de seu governo e nas suas intenções de voto.

— Evidentemente que ninguém pode definir as eleições antes do processo que se inicia nas convenções, mas a posição dela (Dilma) é absolutamente vulnerável. O que é pior para ela e melhor para a oposição é o viés de baixa, como se diz no meio econômico. A aprovação dela vem caindo sistematicamente — argumentou o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE).

Segundo ele, além da queda nos índices de aprovação da presidente, o que anima a oposição é o crescente desejo de mudança revelado pelos entrevistados, mesmo que os números não tenham se refletido nas candidaturas de oposição.

— O eleitor não sai de um lado para o outro automaticamente, como o pêndulo de um relógio. Primeiro, o eleitor sai da posição pró-Dilma, vai para o meio (representado pelas respostas “não sei, não respondeu, branco ou nulo”) e só então decide que rumo tomar — disse o líder do DEM.

O deputado Rubens Bueno (PPS-PR), também da oposição, concorda. Segundo ele, a queda da aprovação do governo federal e os recentes escândalos como as denúncias de corrupção envolvendo ex-dirigentes da Petrobras serão decisivos no resultado das eleições presidenciais deste ano.

Para PT, aprovação crescerá durante eleição
No campo da situação, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) reconhece que a presidente não está num bom momento, mas entende que as dificuldades são ocasionais. Segundo ele, a aprovação do governo e a popularidade pessoal da presidente voltarão a crescer durante a campanha.

— Quando começar o horário eleitoral, é o momento em que ela (Dilma) vai poder apresentar o governo dela na sua totalidade. Creio que, a partir daí, a aprovação subirá violentamente. O governo tem enorme riqueza de realizações que poderá ser mostrada a partir de agosto — diz o deputado.

O deputado argumenta ainda que escândalos como o caso da Petrobras não afetam diretamente a imagem da presidente. Para ele, a presidente não compactua com a corrupção e, quando descobre irregularidades, age prontamente.

Ex-líder do governo na Câmara, o deputado Cândido Vacarezza (PT-SP) vê com reserva as análises de pesquisas sobre as eleições de outubro. Ele lembrou que o ex-prefeito de Salvador João Henrique (foi do PDT e do PMDB) tinha um governo mal avaliado, mas foi reeleito em 2008. Já em São Paulo, contou Vacarezza, Marta Suplicy tinha um governo bem avaliado e perdeu para José Serra, em 2004.

— É muito cedo para avaliar pesquisas quantitativas de qualquer natureza, e as pesquisas qualitativas não são assertivas. Acho cedo dizer que a presidente vai ganhar no primeiro turno, como acho errado dizer que não vai ganhar. Tem de esperar o programa eleitoral e as pessoas nas ruas. A eleição está em aberto. É muito cedo para fazer prognósticos — afirmou Vacarezza.

Fonte: O Globo



Justiça dos EUA determina congelamento dos bens da Telexfree

A Justiça dos Estados Unidos determinou o congelamento dos bens do grupo Telexfree, acusado pelas autoridades norte-americanas de promover um esquema de pirâmide financeira.

O pedido foi feito pela Securities and Exchange Commission (SEC), órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) brasileira, e determinado pelo Tribunal Distrital de Boston.

Em comunicado divulgado nesta quinta, a SEC informou que o congelamento de bens atinge milhões de dólares e foi determinado pela Justiça na quarta (16) para evitar a perda de recursos de investidores.

Segundo o órgão, a Telexfree opera um esquema de pirâmide direcionado princuipalmente para imigrantes brasileiros e dominicanos.

"Este é um de uma série de esquemas de pirâmide que a SEC investiga atualmente em que as partes alegam que os investidores podem ter lucros recrutando outros membros ou investidores em vez de desempenhar um trabalho real", diz o diretor do escritório regional da SEC de Boston, Paul G. Levenson.  “Mesmo depois de a SEC e outros órgaõs reguladores alegarem que estes programas são uma fraude, os promotores continuaram vendendo a promessa de dinheiro fácil”, acrescenta.

A denúncia também aponta que a empresa transferiu mais de US$ 30 milhões ou mais das contas da TelexFree para contas controladas por pessoas ligadas à empresa (Clique aqui para ler o documento da SEC na íntegra, em inglês).

Os representantes da Telexfree não foram localizados pelo G1 para comentar o assunto. Desde segunda-feira (15), a reportagem deixa recados no escritório do advogado da empresa, Horst Fuchs, e envia e-mails para a Telexfree no Brasil e nos Estados Unidos, mas não obtém retorno. O site internacional da empresa está fora do ar há desde a tarde de quarta-feira (16), o que deve ter relação com a decisão judicial.

Telexfree teria arrecado US$ 1,2 bi no mundo
O congelamento de bens acontece após a Secretaria de Estado de Massachusetts, EUA, ter divulgado relatório de investigação que concluiu que a Telexfree é uma pirâmide financeira que arrecadou cerca de US$ 1,2 bilhão em todo o mundo. Na denúncia, as autoridades norte-americanas pediram o fim das atividades da empresa, a devolução dos lucros e o ressarcimento das perdas causadas aos investidores, chamados de "divulgadores".

Na segunda-feira (14), o grupo Telexfree anunciou ter ingressado com um pedido de concordata no Tribunal de Falências do Distrito de Nevada, numa tentativa de reorganizar os negócios da empresa e garantir a continuidade das atividades.

As atividades da empresa no Brasil estão suspensas desde junho de 2013, por determinação da Justiça do Acre, por suspeita de pirâmide financeira. Em fevereiro, a Telexfree teve negado pela segunda vez seu pedido de recuperação judicial no Brasil.

Empresa prometia retornos anuais de 200%
De acordo com a SEC, os acusados venderam títulos na forma de "associação" à Telexfree que prometiam retornos anuais de 200% ou mais para aqueles que promovessem o negócio recrutando novos membros e colocando anúncios em sites gratuitos de anúncios na Internet.

Segundo o órgão, as receitas de vendas de telefonia  VoIP da Telexfree (por meio da internet) foram de aproximadamente US$ 1,3 milhão de agosto de 2012 a março de 2014, valor que representa pouco mais de 1% dos mais de US$ 1,1 bilhão necessários para fazer os pagamentos prometidos aos promotores.

“Como resultado, no clássico esquema de pirâmide, a Telexfree está pagando investidores anteriores não com a receita com a venda de seu VoIP, mas com dinheiro recebido de investidores mais recentes”, diz a SEC.

Em novo vídeo divulgado nesta quinta-feira aos divulgadores da empresa, o diretor da Telexfree no Brasil, Carlos Costa, diz que a empresa "vai lutar vigorosamente para provar que está sendo injustiçada" e que o negócio não é pirâmide financeira. "Respeitamos a lei do Brasil e dos outros países", afirma.

Fonte: G1



Barbalha (CE): Jerimum de 30 kg é atração no Dia Nacional da Conservação do Solo

Nesta terça-feira (15) foi comemorado o Dia Nacional da Conservação do Solo, a Praça Eng. Doria no centro da Cidade de Barbalha foi local das instalações de toda a programação que discorreu com atendimento a saúde pública, show artístico, lançamento de cordel, palestras e a Feira da Economia Solidária que recebeu um bom público visitante.

Jerimum de 30 Kg atraiu muitos curiosos
Na Feira da Economia Solidária, muitos produtos advindos da agricultura e também artesanatos tiveram boa aceitação da visitação popular, mas, um só produto despertou a curiosidade de muitas pessoas.

Um jerimum de leite, pesando 30 Kg, conforme o agricultor Wanderley Saraiva, veio das terras do Sítio Santo Antônio do Distrito do Caldas, o produto acabou sendo a principal atração para grande parte do público visitante da feira, muitos barbalhenses e até alunos da rede pública de ensino tiraram fotos com o jerimum nos braços.

O agricultor Wanderley, destacou também que a boa quadra invernosa no município de Barbalha tem favorecido ao agricultor que sofreu com a falta de chuvas no ano passado.

Silva Neto 

Fonte: Diário do Cariri



Sua saúde: Aprenda a descobrir que alimentos fazem mal para você

Você já deve ter passado pela experiência de comer alguma coisa e, de repente, passar mal, certo? Pois é. Isso acontece geralmente quando o que você come está estragado ou contaminado por alguma substância nociva. O problema é que isso não é uma regra, e você pode ficar mal comendo alguma coisa nada estragada. Nesses casos, seu corpo pode ser alérgico ou intolerante a algum componente presente no alimento que você está devorando.

Para descobrir quais alimentos fazem mal, é preciso ficar de olho no que você come e fazer alguns testes em sua dieta. Pelo menos é isso o que aconselha a médica Amy Shah, especialista em Medicina Interna, Alergia e Imunologia. Ela aconselha que seus pacientes façam dietas de restrição alimentar durante algumas semanas.

Segundo Dra. Amy, depois de seguir esse plano, muitas pessoas acabam perdendo peso e apresentando melhoras nos sintomas da TPM, além de diminuição de refluxo, melhor qualidade de sono e mais disposição para realizar as tarefas do cotidiano.

Ao perceber a melhora na qualidade de vida dos pacientes que fizeram as dietas restritas, a médica resolveu testar o próprio organismo e, após um mês de “tratamento”, decidiu cortar alguns alimentos de seu cardápio permanentemente. Esses itens cortados não eram considerados nocivos ao corpo da médica, mas, mesmo assim, ao deixar de comê-los, sua saúde melhorou.

Dra. Amy explicou que é preciso saber diferenciar a exclusão de alimentos para melhora de dieta da exclusão de alimentos que causam alergia ou intolerância. Você precisa entender que toda alergia é uma reação instantânea do seu sistema imunológico, que pode reconhecer algumas substâncias como nocivas, ainda que elas não sejam. Os sinais de alergia alimentar incluem aperto na garganta, urticária e anafilaxia. Se você acha que é alérgico a algum alimento, está na hora de procurar um médico.

As intolerâncias a certos tipos de alimentos não são instantâneas e seus sintomas incluem principalmente a presença de problemas intestinais. Há muito que se pesquisar a respeito das intolerâncias alimentares, ainda. Um fato preocupante é a descoberta de que o corpo humano está ficando cada vez mais intolerante a diversos tipos de alimentos, provocando sintomas como dores de cabeça e inchaço na região do abdome.

Se você ficou curioso e quer saber que dieta é essa desenvolvida pela Dra. Amy, nós vamos repassá-la a você. Assim é possível tentar descobrir se é intolerante a algum tipo de alimento. Vale reforçar que, caso você já apresente sintomas como os citados acima, é sempre recomendável que você procure auxílio de um médico e de um nutricionista.

A dieta proposta pela Dra. Amy é feita em oito passos e você pode tentar fazer sozinho:

1 – Evite ingerir laticínios, trigo, soja e ovos no período de duas a três semanas. Ou seja: nada de queijo, iogurte e alimentos processados feitos com ovo.

2 – Depois das três semanas, adicione um dos itens acima à sua dieta. Após três dias, adicione mais um dos itens e assim por diante.

3 – É hora de parar de comer amendoim, mariscos e tudo o que contém milho. Também por duas ou três semanas. Confira sempre os rótulos dos alimentos que você consome.

4 – Traga um dos alimentos acima de volta à sua dieta. E faça o mesmo esquema do item de número 2.

5 – Agora você precisa deixar de comer frutos secos, como amêndoas, nozes e castanha por duas ou três semanas. Peixes também estão proibidos.

6 – Volte a comer os alimentos como sugere o segundo item da lista.

7 – Dessa vez, a inspeção deve ser maior: está na hora de eliminar todos os alimentos com conservantes, como o glutamato monossódico, açúcares artificiais e corantes artificiais. O tempo agora cai para uma semana. E você precisa prestar ainda mais atenção nos rótulos dos produtos que consome.

8 – Se quiser, pode consumir os alimentos do item acima novamente. Não se esqueça do intervalo de três dias entre o retorno de um alimento e outro à sua dieta.

Logicamente, não adianta seguir todos esses passos sem reparar nas alterações do seu corpo. A dica é deixar de comer permanentemente os alimentos que tenham causado inchaço, dor nas articulações, confusão mental ou constipação intestinal. Dra. Amy defende a ideia de que alguns itens que preenchem seu prato podem, na verdade, prejudicar a sua saúde e provocar alguns dos sintomas acima.

É por isso que você precisa ficar atento também quando adicionar um alimento novamente à sua dieta. Se seu corpo reagir mal ao retorno do dito cujo, é bom que você o elimine. A médica afirma que o paciente deve deixar de ingerir o alimento que reconheceu como causador dos sintomas já descritos e que isso vai causar uma melhora significativa na qualidade de vida da pessoa. Se a desconfiança é maior, a recomendação é sempre procurar ajuda médica. E aí, o que você achou dessa dieta?

Fonte: Mega Curioso (via Life Hacker)



F-1: Sob chuva, Hamilton faz a pole para GP da China; Massa é 6º


Pela quarta vez em quatro etapas na temporada 2014 de Fórmula 1, a Mercedes fez a pole position para o Grande Prêmio da China de Fórmula 1. Em Xangai, o inglês Lewis Hamilton garantiu neste sábado o direito de sair na frente do grid, em um treino realizado com pista bastante molhada e que teve o brasileiro Felipe Massa, da Williams, na sexta posição.

Das quatro poles feitas pela Mercedes neste início de temporada, três foram de Hamilton - ele só não liderou o grid de largada do GP do Bahrein, há duas semanas. Neste sábado, o piloto britânco assegurou a primeira posição ao realizar a marca de 1min53s860 - mais de 0s5 de vantagem sobre o segundo colocado, o australiano Daniel Ricciardo, da Red Bull.

O alemão Nico Rosberg, companheiro de Hamilton na Mercedes, rodou no final de sua última tentativa no Q3 e ficou apenas com a quarta colocação - atrás do compatriota Sebastian Vettel, da Red Bull.

Já Felipe Massa, que tinhha sido o segundo colocado do terceiro treino livre em sessão realizada mais cedo neste sábado, ficou em sexto ao fazer 1min56s147 - atrás do ferrarista espanhol Fernando Alonso, quinto, mas à frente do finlandês Vallteri Bottas, seu colega de Williams, sétimo.

Massa, aliás, passou com emoção para a última etapa do treino classificatório para o Grande Prêmio da China - ele ficou com o nono tempo e deixou a prêmio a vaga entre os dez mais rápidos, mas não foi superado por nenhum adversário no encerrar do Q2. Pior para dois campeões mundiais: Kimi Raikkonen (Ferrari) e Jenson Button (McLaren) ficaram respectivamente com os 11º e 12º lugares.

O venezuelano Pastor Maldonado, da Lotus, ficou sem tempo. Ele teve um problema técnico logo no início do terceiro treino livre e não correu no classificatório - ele já havia levado para Xangai uma sanção de cinco posições no grid causar um acidente com o mexicano Esteban Gutiérrez.

O Grande Prêmio da China de F1 tem a largada marcada para as 4h (de Brasília) deste sábado.

Confira os tempos:

Q3
1. Lewis Hamilton (GBR/Mercedes): 1min53s860
2. Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull): 1min54s455
3. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull): 1min54s960
4. Nico Rosberg (ALE/Mercedes): 1min55s143
5. Fernando Alonso (ESP/Ferrari): 1min55s637
6. Felipe Massa (BRA/Williams): 1min56s147
7. Valtteri Bottas (FIN/Williams): 1min56s282
8. Nico Hulkenberg (ALE/Force India): 1min56s366
9. Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso): 1min56s773
10. Romain Grosjean (FRA/Lotus): 1min57s079

Q2
11. Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari): 1min56s860
12. Jenson Button (GBR/McLaren): 1min56s963
13. Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso): 1min57s289
14. Adrian Sutil (ALE/Sauber): 1min57s393
15. Kevin Magnussen (DIN/McLaren): 1min57s675
16. Sergio Pérez (MEX/Force India): 1min58s264

Q1
17. Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber): 1min58s988
18. Kamui Kobayashi (JAP/Caterham): 1min59s260
19. Jules Bianchi (FRA/Marussia): 1min59s326
20. Marcus Ericsson (SUE/Caterham): 2min00s646
21. Max Chilton (ING/Marussia): 2min00s865
22. Pastor Maldonado (VEN/Lotus): sem tempo

Fonte: Terra (com informações de Gazeta Esportiva e EFE)