Camilo Santana quer realizar concurso e equiparar salários para a Polícia em 2015

O Governador do Estado do Ceará, Camilo Santana, divulgou a intenção de realizar um concurso público para a Polícia Militar do Estado do Ceará (PMCE), ainda em 2015. O interesse do gestor público foi um dos planos comentados no discurso realizado na solenidade de promoção de oficiais e praças da PMCE. O evento ocorreu no Quartel do Comando Geral (QCG).

Na solenidade foram promovidos 27 oficiais e 71 praças, sendo três coronéis,  cinco tenentes-coronéis, seis majores, seis tenentes, sete capitães, 15 sargentos e 23 cabos. Todas as graduações ocorreram por tempo de serviço e merecimento.

"Vocês estão sendo promovidos por mérito, Justiça e trabalho. Vocês são cobrados e honram a nossa Gloriosa Polícia Militar do Estado do Ceará.  Quero parabenizar as famílias, porquê sei o que significa a profissão daqueles que se dedicam a Polícia Militar. Fico imaginando a esposa e os filhos, que a qualquer momento podem receber a notícia de uma morte, como já aconteceu neste ano", comentou.

O governador destacou que a área da Segurança é uma das mais delicadas e onde há uma cobrança maior da sociedade, pelo número de homicídios e assaltos. "Temos o objetivo de garantir que as pessoas fiquem mais seguras. Não descansarei para garantir uma sociedade mais justa e fraterna", discursou.

Camilo ainda comentou sobre os compromissos que assumiu com a Corporação PMCE e citou o problema das promoções. "A primeira coisa que pedi foi que abrisse uma discussão para elaborar um novo sistema de promoções para a PMCE. Que ouvissem não só os oficiais, mas as entidades", disse.

O segundo compromisso seria o de nivelar os salários da Polícia Militar ao nível do Nordeste. "Eu já determinei a Secretaria de Planejamento um estudo de impactos e ainda farei essa equiparação para que os profissionais tenham um salário mais justo. Estamos com 1.206 novos soldados da PM e tenho a intenlção de já convocar um novo concurso público para a Polícia Militar do Estado do Ceará", revelou.

Homicídios apresentam redução de 15% em fevereiro 
Em relação à redução do número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou, por meio do Secretario de Segurança, Delcy Teixeira, que os casos de CVLI reduziram de 386 registro em 2014, contra 328 registrados neste ano.

O número ainda não está consolidado, mas a diminuição representa cerca de 15%. Os números consolidados serão apresentados ainda esta semana.

Fonte: Diário do Nordeste



Hemoce lança campanha de doação de sangue para Semana Santa

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará - Hemoce, unidade da Secretaria de Saúde do Estado, realiza na quinta-feira (12), às 19 horas, na praça de alimentação do Via Sul Shopping, o lançamento da campanha de doação de sangue para a Semana Santa 2015 com um show do cantor Waldonys, que é padrinho desta campanha há três anos.

Durante a campanha, que acontece do dia 12 de março a cinco de abril, o Hemoce estará em vários pontos da cidade para facilitar a vida dos doadores voluntários de sangue. As doações podem ser feitas no Via Sul Shopping, no North Shopping Maracanaú, nas coletas externas que acontecem diariamente e, em Canindé, nos dias 28 e 29 de março.

A Semana Santa, um dos feriados mais violentos do ano, precisa de uma atenção especial dos doadores, visto que o banco de sangue precisa estar preparado para atender, além do habitual,  qualquer demanda emergencial durante os três dias de feriado.

Lançamento da campanha
DATA: 12 de março
LOCAL: Praça de Alimentação - Via Sul Shopping
HORÁRIO: 19 horas

Assessoria de Imprensa do Hemoce



Crato (CE): Secretaria de Educação do município abre inscrições para Projovem Urbano

A Secretaria de Educação do Crato continua realizando inscrições para o Programa Nacional de Inclusão de Jovens - Projovem Urbano que atende jovens com idade entre 18 e 29 anos que não concluíram o Ensino Fundamental. O programa do Governo Federal, desenvolvido em parceria com a Prefeitura do Crato, além de elevar a escolaridade de jovens possibilita o aprendizado de uma profissão a partir da qualificação profissional adequada às oportunidades de trabalho da cidade.

O curso tem início no dia 23 de março e funcionará na Escola São Francisco, no turno noturno, durante 18 meses. Os alunos que frequentarem regularmente as aulas receberão mensalmente um auxílio financeiro no valor de R$ 100,00. Para melhor atender os alunos, será oferecida uma sala de acolhimento para crianças de 0 a 8 anos que acompanharem os pais.

As matrículas podem ser feitas na Secretaria de Educação e na Escola São Francisco, próxima ao Parque de Exposições Pedro Felício Cavalcanti. Os documentos necessários são: Xerox da carteira de identidade, CPF, certidão de nascimento, comprovante de residência e histórico escolar.

Assessoria de Imprensa/PMC



'Ricos nutrem ódio ao PT e a Dilma', afirma ex-ministro de FHC e Sarney

O pacto nacional-popular articulado pelos governos do PT desmoronou pela falta de crescimento. Surgiu um fenômeno novo: o ódio político, o espírito golpista dos ricos. Para retomar o desenvolvimento, o país precisa de um novo pacto, reunindo empresários, trabalhadores, setores da baixa classe média. Uma união contra rentistas, setor financeiro e estrangeiros.

A visão é do economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, 80, que está lançando "A Construção Política do Brasil", livro que percorre a história do país desde a independência. Ministro nos governos José Sarney e FHC, ele avalia que o ódio da burguesia ao PT decorre do fato de o governo defender os pobres.

Folha - Seu livro trata de coalizões de classe. O sr. diz que atualmente a coalização não é "liberal-dependente", como nos anos 1990, nem "nacional-popular", como no tempo de Getúlio Vargas. Qual é, então?

Bresser-Pereira - Não há. Desde 1930 houve cinco pactos políticos. O nacional-popular de Getúlio, de 1930 a 1960. De 1964 ou 1967 até 1977, há um pacto autoritário, modernizante e concentrador de renda, de Roberto Campos e dos militares.

Depois, há o pacto democrático-popular de 77, que vai promover a transição. Esse chega ao governo, tenta resolver o problema da inflação e fracassa. Com Collor e, especialmente com FHC, há um pacto liberal-dependente, que fracassa novamente.

Aí vem o Lula, que se propõe a formar novamente um pacto nacional-popular, com empresários industriais, trabalhadores, setores da burocracia pública e da classe média baixa. O governo terminou de forma quase triunfal, com crescimento de 7,4%, e prestígio internacional muito grande. Mas esse pacto desmoronou nos dois últimos anos do governo Dilma.

Por quê?
O motivo principal foi que o desenvolvimento não veio. De repente, voltamos a crescer 1%. Houve erros nos preços da Petrobras e na energia elétrica. E o mensalão. Aí os economistas liberais começaram a falar forte e bravos novamente, pregar abertura comercial absoluta, dizer que empresários brasileiros são todos incompetentes e altamente protegidos, quando eles têm uma desvantagem competitiva imensa.

É o que explica o desparecimento de centenas de milhares de empresas. O pacto político nacional-popular... Vupt! Evaporou-se. A burguesia voltou a se unificar.

E achou que podia ganhar a eleição do ano passado?
Sim. Aí surgiu um fenômeno que eu nunca tinha visto no Brasil. De repente, vi um ódio coletivo da classe alta, dos ricos, contra um partido e uma presidente. Não era preocupação ou medo. Era ódio.

Esse ódio decorreu do fato de se ter um governo, pela primeira vez, que é de centro-esquerda e que se conservou de esquerda. Fez compromissos, mas não se entregou. Continua defendendo os pobres contra os ricos. O ódio decorre do fato de que o governo revelou uma preferência forte e clara pelos trabalhadores e pelos pobres. Não deu à classe rica, aos rentistas.

Mas os rentistas tiveram bons ganhos com Lula e Dilma, não?
Não. Com Dilma, a taxa de juros tinha caído para 2%. Isso, mais o mau resultado econômico, a inflação e o mensalão, articularam a direita. Nos dois últimos anos da Dilma, a luta de classes voltou com força. Não por parte dos trabalhadores, mas por parte da burguesia que está infeliz.

Ao ganhar, Dilma adotou o programa dos conservadores?
Isso é uma confusão muito grande. Quando se precisa fazer o ajuste fiscal vira ortodoxo? Não faz sentido. Quando Dilma faz ajuste ela não está sendo ortodoxa. Está fazendo o que tem que fazer. Havia abusos nas vantagens da previdência. Subsídios e isenções foram equívocos. Nada mais desenvolvimentista do que tirar isso e reestabelecer as finanças. Em vez de dar incentivo, tem que dar é câmbio. E de forma sustentada.

Dilma chamou [o ministro da Fazenda] Joaquim Levy por uma questão de sobrevivência. Ela tinha perdido o apoio na sociedade, formada por quem tem poder. A divisão que ocorreu nos dois últimos anos foi violenta. Quando os liberais e os ricos perderam a eleição, muito antidemocraticamente não aceitaram isso e continuaram de armas em punho. De repente, voltávamos ao udenismo e ao golpismo. Não há chance disso funcionar.

Dilma está na direção certa?
Claro. Mas não vai se resolver nada enquanto os brasileiros não se derem conta de que há um problema estrutural, a doença holandesa. Enquanto houver política de controle da inflação por meio de câmbio e política de crescimento com poupança externa e âncora cambial, não há santo que faça o país crescer. Juros altos só se justificam pelo poder dos rentistas e do sistema financeiro. Falar em taxa alta para controlar inflação não tem sentido.

Qual pacto seria necessário?
Um pacto desenvolvimentista que una trabalhadores, empresários do setor produtivo, burocracia pública e amplos setores da baixa classe média. Contra quem? Os capitalistas rentistas, os financistas que administram seus negócios, os 80% dos economistas pagos pelo setor financeiro e os estrangeiros.

Um pacto assim não fere interesses consolidados?
Em primeiro lugar, fere interesses do capitalismo. Não há nada que o capitalismo internacional queira mais em relação aos países em desenvolvimento do que eles apresentem déficit em conta-corrente. Porque esses déficits vão justificar a ocupação do mercado interno nosso pelas multinacionais deles e pelos empréstimos deles. Que não nos interessam em nada. O Brasil está voltando a ser um país primário-exportador. Esse câmbio alto resultou numa desindustrialização brutal.

No livro o sr. trata das dubiedades da burguesia. Diz que muitos industriais são hoje quase "maquiladores". Viraram rentistas. Como compor esse pacto com empresários?

A burguesia tem sido ambígua, contraditória. Em alguns momentos se uniu a trabalhadores e ao governo para uma política de desenvolvimento nacional, como com Vargas e Juscelino. Em outros, não foi nacional, como entre 1960 e 1964. Ali, a burguesia se sentiu ameaçada. No contexto da Guerra Fria e da Revolução Cubana, se uniu e viabilizou o regime militar.

Estamos vendo isso novamente. A burguesia voltou a se a unir sob o comando liberal. Há esse clima de ódio, essa insistência de falar de impeachment.

Mas esse espírito não vai florescer. A democracia está consolidada e todos ganham com ela, ricos e pobres. O Brasil só se desenvolve quando tem uma estratégia nacional de desenvolvimento.

Como define a burguesia hoje?
É muito mais fraca do que nos anos 1950. Tudo foi comprado pelas multinacionais. O processo de desnacionalização é profundo. Todos que venderam suas empresas viraram rentistas, estão do outro lado. Mas continuam existindo empresários nacionais e jovens com ideias. Mas não há oportunidade de investir com esse câmbio e esse juro. É uma violência que se está fazendo contra o país. Em nome de uma subordinação da nação aos estrangeiros e de uma preferência muito forte pelo consumo imediato.

Os brasileiros se revelam incapazes de formular uma visão de seu desenvolvimento, crítica do imperialismo. Incapazes de fazer a crítica dos déficits em conta-corrente, do processo de entrega de boa parte do nosso excedente para estrangeiros. Tudo vai para o consumo. É o paraíso da não-nação.

Por que isso aconteceu?
Começamos a perder a ideia de nação no regime militar. Porque os militares se identificaram com o nacionalismo e o desenvolvimentismo. Os intelectuais brasileiros aderiram à teoria da dependência associada e abandonaram a ideia de burguesia nacional e de nação. Porque não há nação em burguesia nacional. A nação é uma coalizão entre a burguesia nacional e os trabalhadores com o governo. Depois foi a crise da dívida externa e o fracasso do Cruzado. Nos anos 1980, o mundo foi dominado pelo neoliberalismo. Quando veio Lula, ele começou a pensar na era Vargas. Isso fracassou. Não foi possível fazer essa reconstrução da nação.

O sr. escreve que Lula foi fortemente social e hesitantemente desenvolvimentista

O desenvolvimentismo não deu certo. Sua política não foi a do novo desenvolvimentista [sobre a qual Bresser-Pereira teorizou].

Desnacionalização preocupa?
Profundamente. É uma tragédia. Vejo uma quantidade infinita de áreas dominadas por empresas multinacionais que não estão trazendo nenhuma tecnologia, nada. Simplesmente compram empresas nacionais e estão mandando belos lucros e dividendos para lá. Isso enfraquece profundamente a classe empresarial brasileira e, assim, a nação.

Então o senhor está pessimista em relação à burguesia?
A burguesia brasileira está sendo um cordeiro nas mãos do carrasco. O carrasco é o juro alto e o câmbio apreciado. Ela é incapaz de se rebelar. Suas organizações de classe se mostram muito fracas. Como vão defender mudanças no câmbio se têm empresas endividadas em dólar? Líderes ficam manietados. Eles sentem que estão indo para o cadafalso, mas não sabem o que fazer; estão divididos.

Não é fato que muitas empresas ganham mais com o mercado financeiro do que com a produção?
Isso também. Na hora em que se transforma uma indústria numa maquiladora, o câmbio já não importa mais. Porque se importa tudo. É até bom que seja alto porque seu produto fica barato. O câmbio é importante quando há conteúdo nacional e se paga salários para trabalhadores e para engenheiros. Quando não se paga nada disso, acabou, não é mais empresário industrial. Precisamos de um desenvolvimento baseado na responsabilidade fiscal e cambial, na afirmação de uma taxa de lucro satisfatória para empresários, da não necessidade de uma taxa de juros satisfatória para os rentistas. Para isso é preciso convencer a sociedade e precisamos de políticos com liderança que sejam capazes de fazer isso.

O sr. enxerga essa liderança?
Não. O PT perdeu essa oportunidade, que foi a primeira que tivemos desde o Cruzado. Pode ser que se reconstrua. A indicação do Levy representa um fracasso para os desenvolvimentistas. Eles não conseguiram fazer o seu trabalho. Mas não deixaram o país numa grave crise. A crise de 98 foi muito pior.

O sr. se arrependeu de ter apoiado a presidente naquele ato no Tuca?
Não me arrependo. Era preciso escolher entre um candidato desenvolvimentista e social e um outro candidato liberal, portanto profundamente contrário aos interesses nacionais, que era o Aécio.

Não houve, então, estelionato eleitoral?
Isso é bobagem. É uma concepção muito grosseira e simplista de entender o que é desenvolvimentismo. As boas ideias desenvolvimentistas são de responsabilidade fiscal, portanto ela tinha que restabelecer isso.

Qual sua avaliação do governo Dilma?
Os governos Fernando Henrique Cardoso e Lula/Dilma fracassaram do ponto de vista econômico. Quem foi altamente bem-sucedido foi Itamar Franco, em cujo governo FHC foi herói por causa do Real. Mas nos quatro anos que ele governou, o câmbio se apreciou brutalmente e resultado foi muito ruim; houve duas crises financeiras.

No governo do PT houve o boom de commodities, o crescimento dobrou. Lula teve o grande mérito de fazer distribuição de renda com êxito e foi muito bom. Mas Lula deixou para Dilma uma taxa de câmbio absolutamente apreciada. Ela não conseguiu sair dessa armadilha do câmbio altamente valorizado e do juro alto. Ela tentou nos dois primeiros anos e fracassou. Não houve retomada dos investimentos industriais porque o câmbio era insatisfatório e porque precisa tempo para isso.

A economia voltou à sua situação dos últimos 35 anos: semi-estagnação, um crescimento baixíssimo. Ela tentou a política industrial, um velho erro dos desenvolvimentistas clássicos, que supõem que ela resolve tudo. Resolve coisa nenhuma. É uma compensação para uma taxa de câmbio apreciada no longo prazo que torna as empresas não competitivas e com expectativas de lucro muito baixas. Ela gastou quase 2% do PIB em desonerações fiscais que resultaram em nada.

São políticas de enxugar gelo. Sou a favor delas, mas de forma estratégica, em momentos específicos. Todos os países fazem. Nos asiáticos foi elas foram muito importantes e continuam sendo. Mas esses países tinham a macroeconomia absolutamente equilibrada, os preços macroeconômicos certos.

Como certos?
É uma tese central do novo desenvolvimentismo que venho desenvolvendo nos últimos 15 anos. Na macroeconomia do novo desenvolvimentismo, países devem ter cinco preços certos. A taxa de lucro deve ser satisfatória para os empresários investirem; a taxa de juros deve ser baixa; a taxa de câmbio dever ser competitiva; a taxa de salários deve ser compatível com a taxa de lucro dos empresários; a inflação deve ser baixa.

São os pressupostos. No Brasil, desde Plano Real, a inflação é baixa, a taxa de lucros é insatisfatória para os empresários do setor produtivo, a taxa de câmbio é absolutamente apreciada no longo prazo. A taxa de juros permaneceu alta quase o tempo todo. E a taxa de salários cresceu mais do que a produtividade. Nessas condições, não há economia que cresça. É preciso fazer ajuste fiscal porque os dois últimos anos desorganizaram fiscalmente o país. Mas ajuste fiscal não resolve os problemas do país. Tem que ser feito, estou de acordo com a política do [Joaquim] Levy agora nesse ponto.

Estamos de volta a uma situação de semiestagnação de longo prazo, que vivemos há muitos e muitos anos. O Brasil continua numa armadilha macroeconômica de uma taxa de câmbio altamente apreciada e uma taxa de juros muito alta. Isso inviabiliza qualquer investimento das empresas industriais e significa desindustrialização e baixo crescimento ou quase estagnação. O crescimento da economia brasileira per capita de 1980 para cá é de menos de 1%, é 0,9%. Quando foi de 4,1% nos trinta anos anteriores. É o país que não faz o 'catching up', não estamos diminuindo a distância em relação aos países ricos.

Nós brasileiros, no plano econômico, estamos fracassando lamentavelmente nos últimos 30 e tantos anos. Por que a taxa de jutos é escandalosa. E mais ainda porque a taxa de câmbio é apreciada no logo prazo desde 1990/1991. O Brasil só cresceu de maneira extraordinária porque neutralizou a doença holandesa entre 1930 e 1980, que foi o período da revolução industrial brasileira, quando tivemos um crescimento sem igual no mundo.

A doença holandesa é uma apreciação permanente e variável da taxa de câmbio. Decorre do fato de que o país tem recursos naturais abundantes e baratos, que podem ser exportados com lucros satisfatórios para as empresas um a taxa de câmbio substancialmente mais apreciada do que a taxa de câmbio que é necessária para as empresas industriais e de serviços tecnológicos comercializáveis internacionalmente sejam competitivas.

Em preços de hoje, as empresas de commodities precisam de uma taxa de câmbio de R$ 2,50 por dólar. As empresas industriais brasileiras para serem competitivas precisam, na média, de R$ 3,10. Essa diferença é a doença holandesa. O jeito de neutralizá-la é através de um imposto. Nós tínhamos esse imposto, que era o confisco cambial. Foi desmontado com a abertura comercial de 1990/91.

Eu me penitencio nesse ponto porque, como ministro da Fazenda em 1987, fui quem deu início formalmente ao processo de abertura comercial.

E agora com o dólar mais elevado, o que muda?
Agora diminuiu a diferença e a doença holandesa fica bem menor. Mas é temporário. Consequência da queda do preço das commodities, da política norte-americana e de uma certa perda de confiança na economia brasileira. Passada a crise ele volta a se apreciar e em termos reais e vai voltar a girar em torno de R$ 2, 50, não em torno de R$ 3,10. A desvantagem competitiva vai continuar, o Brasil vai continuar semi-estagnado, a desindustrialização vai continuar a acorrer.

O senhor está pessimista?
É claro. Não vejo nenhum sinal de que esse problema vai ser enfrentado. Nem da parte do governo, nem das oposições, nem da academia.

Fonte: Folha.com



Igrejas arrecadam R$ 20 bilhões no Brasil em um ano

Em um país onde só 8% da população declaram não seguir uma religião, os templos dos mais variados cultos registraram uma arrecadação bilionária nos últimos anos.

Apenas em 2011, arrecadaram R$ 20,6 bilhões, valor superior ao orçamento de 15 dos 24 ministérios da Esplanada --ou 90% do disponível neste ano para o Bolsa Família.

A soma (que inclui igrejas católicas, evangélicas e demais) foi obtida pela Folha junto à Receita Federal por meio da Lei de Acesso à Informação. Ela equivale a metade do Orçamento da cidade de São Paulo e fica próxima da receita líquida de uma empresa como a TIM.

A maior parte da arrecadação tem como origem a fé dos brasileiros: R$ 39,1 milhões foram entregues diariamente às igrejas, totalizando R$ 14,2 bilhões no ano.

Além do dinheiro recebido diretamente dos fiéis (dos quais R$ 3,47 bilhões por dízimo e R$ 10,8 bilhões por doações aleatórias), também estão entre as fontes de receita, por exemplo, a venda de bens e serviços (R$ 3 bilhões) e os rendimentos com ações e aplicações (R$ 460 milhões).

"A igreja não é uma empresa, que vende produtos para adquirir recursos. Vive sobretudo da doação espontânea, que decorre da consciência de cristão", diz dom Raymundo Damasceno, presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Entre 2006 e 2011 (último dado disponível), a arrecadação anual dos templos apresentou um crescimento real de 11,9%, segundo informações declaradas à Receita e corrigidas pela inflação.

A tendência de alta foi interrompida apenas em 2009, quando, na esteira da crise financeira internacional, a economia brasileira encolheu 0,3% e a entrega de doações pesou no bolso dos fiéis. Mas, desde então, a trajetória de crescimento foi retomada.

Impostos
Assim como partidos políticos e sindicatos, os templos têm imunidade tributária garantida pela Constituição.

"O temor é de que por meio de impostos você impeça o livre exercício das religiões", explica Luís Eduardo Schoueri, professor de direito tributário na USP. "Mas essa imunidade não afasta o poder de fiscalização do Estado."

As igrejas precisam declarar anualmente a quantidade e a origem dos recursos à Receita (que mantém sob sigilo os dados de cada declarante; por isso não é possível saber números por religião).

Diferentemente de uma empresa, uma organização religiosa não precisa pagar impostos sobre os ganhos ligados à sua atividade. Isso vale não só para o espaço do templo, mas para bens da igreja (como carros) e imóveis associados a suas atividades.

Os recursos arrecadados são apresentados ao governo pelas igrejas identificadas como matrizes. Cada uma delas tem um CNPJ próprio e pode reunir diversas filiais. Em 2010, a Receita Federal recebeu a declaração de 41.753 matrizes ou pessoas jurídicas.

Pentecostais
Pelo Censo de 2010, 64,6% da população brasileira são católicos, enquanto 22,2% pertencem a religiões evangélicas. Esse segmento conquistou 16,1 milhões de fiéis em uma década. As que tiveram maior expansão foram as de origem pentecostal, como a Assembleia de Deus.

"Nunca deixei de ajudar a igreja, e Deus foi só abrindo as portas para mim", diz Lucilda da Veiga, 56, resumindo os mais de 30 anos de dízimo (10% de seu salário bruto) à Assembleia de Deus que frequenta, em Brasília.

"Esse dinheiro não me pertence. Eu pratico o que a Bíblia manda", justifica.

Fonte: Folha.com



Juazeiro do Norte (CE): Buraqueira e lama aumentam com mais chuvas e ausência de drenagem

A preocupação dos moradores deste Município aumenta na medida em que as chuvas se intensificam no Cariri cearense, com mais buracos e possibilidade de alagamentos em áreas onde a situação é recorrente. Nos bairros São José, Tiradentes, Lagoa Seca, Triângulo e João Cabral, em Juazeiro do Norte, é comum os moradores passarem por problemas em virtude da infraestrutura precária das localidades.

Neste período há até iniciativas das comunidades de sinalizar áreas para que não ocorram acidentes e busca de soluções, que não são as ideais, em muitos casos, para evitar tragédias.

É o que acontece com moradores da Rua Antônio Torres de Melo, no bairro São José. Comerciantes também se sentem prejudicados, por não terem seus estabelecimentos preservados de chuvas, como a que ocorreu há pouco mais de um mês, de 20 milímetros, e foi responsável pelo alagamento na área.

O local fica por trás do supermercado da rede de Atacadão. Quando o prédio foi construído na localidade faltou ser realizada obra de drenagem. O resultado tem sido constantes alagamentos numa área de intenso tráfego de veículos. Carros já chegaram a ser praticamente coberto pelas águas no local.

Danos
Uma das soluções encontradas pelos moradores foi cavar buracos nos muros da rede de supermercado, para permitirem que a água escoe. Mesmo sendo novamente consertado pelos administradores do Atacadão, moradores continuam a fazer novas aberturas, temendo que fiquem no prejuízo por conta da forma, que eles consideram inadequada, como foi erguida a edificação no local. Os moradores afirmam que acabaram pagando as consequências.

Para o comerciante Alan Emanoel Figueiredo, há dois anos no local, é lamentável que se chegue ao ponto de buscar alternativas de pessoas cavarem buracos no muro. Ele disse que há dois anos tem sofrido com a situação e já teve o seu estabelecimento invadido pelas águas. Tanto que tratou de construir o que chama de comportas, para impedir a passagem das águas.

Associação
O seu estabelecimento fica num dos pontos de maior risco. "Todos os dias coloco essas placas para evitar surpresas desagradáveis no dia seguinte", afirma Alan, que não conta os prejuízos que já teve.

Por conta dos problemas relacionados aos alagamentos e da falta de infraestrutura, os moradores decidiram criar uma associação. Mas ficou apenas no papel, já que a comunidade se desestimulou com as reivindicações junto ao poder público e o problema e, principalmente, a solução, esbarrarem nas promessas. O crescimento rápido da Cidade e sem o planejamento adequado, segundo o secretário de Infraestrutura, Rógeris Macedo, acabou sendo o grande responsável pelos problemas que Juazeiro do Norte vem enfrentando.

Segundo ele, está sendo realizado um levantamento, no Município, dos pontos que necessitarão de drenagem, para que sejam feitos os projetos. Outros estão sendo encaminhados para licitação. Ele disse que será iniciada uma operação para tapar os buracos em toda Cidade, mas não divulgou ainda a data por conta do processo estar em andamento. Atualmente já há projetos sendo licitados de drenagem em alguns bairros, como o Pio XII, Salesiano, Lagoa Seca, Planalto e Triângulo. Rógeris disse que entre 30 e 45 dias esses trabalhos já devem ser iniciados pela Prefeitura.

No que diz respeito às obras relacionadas aos calçamentos recentes, algumas vêm sendo realizadas por conta do decreto de estado de emergência na Cidade, pelo prefeito Raimundo Macedo. De acordo com o secretário, os levantamentos estão sendo realizados em toda Cidade, para que os serviços sejam efetuados dentro da maior brevidade de tempo.

Queixas
As paredes estão com as marcas das chuvas ainda do ano passado e chegam a cerca de um metro. A casa foi invadida pela lama e os cuidados para pelo menos prevenir uma situação semelhante já foram tomados. Mas não é o suficiente para a moradora Francisca Gomes de Oliveira, que tem sua casa no lugar onde, nos últimos anos, foi o mais afetado com as chuvas. Ela disse que não suporta mais tanto descaso e promessas da administração pública.

"Até parece que não temos prefeito na Cidade. O cidadão fica abandonado", diz dona de casa Jordana Jaciele Bernardo Feitosa. Ela disse que o começo do inverno representa um período em que fica assustada. Está totalmente desacreditada que o poder possa resolver a situação do seu bairro. Nas proximidades do local, uma rua se encontra parcialmente destruída e moradores com dificuldades até de entrar na própria residência.

No bairro Tiradentes, o representante comercial José Marques Maciel afirma que chegou a se formar uma lagoa na rua em que mora, na Raimoldo Bender, ainda incluindo as ruas Coronel José Xandu com a Rua Santo Amâncio. Além de conviver com o esgoto a céu aberto, houve uma grande lagoa que se formou e o mato nas proximidades. Uma das vizinhas de Maciel afirma que não suporta mais o descaso e até cobras já encontrou dentro de casa, por conta da situação em que se encontra a rua onde reside.

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste



Lista de Janot com investigados da Lava Jato incluirá pelo menos 35 políticos

A Operação Lava Jato avança para o seu momento mais aguardado desde que foi deflagrada, há quase um ano, em 17 de março de 2014. É aguardado para esta semana o pedido de abertura de inquéritos contra políticos envolvidos com o esquema de desvio de recursos da Petrobras. Fontes ouvidas pelo Congresso em Foco relatam que pelo menos 35 políticos deverão ser alvo das investigações a partir de agora, após terem sido citados nas apurações que correm na Justiça Federal no Paraná. Esta, no entanto, será apenas a primeira parte envolvendo detentores e ex-detentores de mandato. Até agora, as apurações recaiam sobre ex-funcionários da estatal e empreiteiras acusadas de atuar em cartel e obter contratos da Petrobras mediante o pagamento de propina.

As apurações contra políticos tramitarão em diferentes esferas da Justiça. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedirá no Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquéritos contra deputados e senadores. O tribunal é o foro responsável por dar andamento e julgar os processos contra parlamentares, ministros e outras autoridades federais. Caberá ao ministro Teori Zavascki a condução dos procedimentos na corte.

Investigadores da Lava Jato ressaltam que Janot deverá pedir o arquivamento de procedimentos preliminares contra alguns políticos, por considerar os indícios de crime frágeis. Já tramitam no Supremo mais de 40 petições ocultas, sem qualquer referência ao andamento processual ou identificação dos alvos, contra autoridades, decorrentes dos depoimentos recolhidos na Operação Lava Jato.

O procurador-geral da República decidiu não pedir a abertura de ação penal contra nenhum dos políticos, nem mesmo o senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL), contra quem já tramita inquérito no STF. A força-tarefa chefiada pelo procurador-geral defende tratamento isonômico para todos os políticos.

Ainda não se sabe quais parlamentares estarão na temida lista de Janot. A expectativa é que figuras de projeção no Congresso Nacional apareçam na relação. Delatores já citaram, de um modo ou de outro, desde o nome do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), até o do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ambos negam qualquer envolvimento com as denúncias de corrupção na estatal. Diversas lideranças partidárias também já tiveram seus nomes associados ao esquema em algum depoimento.

As apurações envolvendo ex-governadores e ex-parlamentares que não desfrutam mais da chamada prerrogativa de foro correrão nas esferas inferiores da Justiça Federal. No caso dos governadores citados, os processos seguirão no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A fase de inquérito (investigação preliminar) será conduzida pelo ministro Luís Felipe Salomão. Mas a eventual abertura de ação penal dependerá da autorização das respectivas assembleias legislativas.

Há pelo menos duas petições contra governadores citados nos depoimentos da Lava Jato no STJ: uma contra Tião Viana (PT-AC) e outra contra Pezão (PMDB-RJ). Esses casos, porém, estão ocultos e não aparecem no sistema de busca processual do tribunal. Há um dificultador para os processos contra os chefes dos Executivos estaduais: em geral, eles fazem prevalecer a maioria que tem em seus legislativos para barrar as apurações no STJ.

O andamento do processo depende do aval de dois terços dos deputados estaduais. Até hoje, apenas o então governador Ivo Cassol (PP-RO), em litígio com a assembleia à época, virou alvo de uma ação penal no Superior Tribunal de Justiça. No STJ também tramitam ações contra conselheiros de tribunais de contas. Neste caso tende a se enquadrar o ex-deputado e atual conselheiro do TCE da Bahia Mário Negromonte (PP-BA), citado por delatores do esquema como beneficiário de repasses destinados ao Partido Progressista.

No caso de políticos atualmente sem mandato, como ex-governadores e ex-parlamentares, as investigações seguirão na Justiça Federal. Alguns ex-governadores como Roseana Sarney (PMDB-MA) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ) já foram citados por delatores.

Além de pedir a quebra dos sigilos fiscal e bancário dos políticos sob suspeita, o procurador-geral também quer que o Supremo também quebre o sigilo de todas as movimentações nos procedimentos contra deputados e senadores.


Fonte: Congresso em Foco


Barbalha (CE): Mostra destaca valores da arte

Movida pela possibilidade de abrir um debate sobre os espaços destinados à arte e aos artistas de Barbalha, está sendo realizada a exposição Sob o Céu de Barbalha, por meio de Edital da Funarte para ocupação dos CEUs das Artes.

Há mais de um mês que obras de artistas estavam sendo expostas no Centro de Artes e Esporte Unificado (CEU) do município barbalhense e agora se encontra no Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBN), em Juazeiro do Norte, onde permanece durante um mês. A exposição coletiva prossegue até o dia 20 de março, na terra do Padre Cícero, e tem sequência até o mês de junho em Barbalha.

É uma forma também de protestar contra a destruição de um dos mais importantes patrimônios da Cidade, que são suas edificações, com prédios históricos já inventariados pelo Município e que já poderiam ter sido tombados.

Essa é uma das vertentes do trabalho que chama atenção de grupos simbólicos da religiosidade popular e da cultura, expostos por meio de peças produzidas pelos artistas e também de pinturas das fachadas dos prédios históricos.

Para a professora da Universidade Federal do Cariri (UFCA), Adriana Botelho, curadora da exposição, a intenção foi mostrar as manifestações da arte e do patrimônio imaterial da cidade, mas também das fachadas e ruínas históricas e outras casas que ainda se mantém conservadas.

O carvão mineral foi utilizado na elaboração de algumas fachadas, para exposição. Conforme a curadora, é uma forma de transmitir o efêmero, algo que mostra que aquilo vai acabar. Isso tem a ver com as casas, que estão sendo ocupadas e, ao longo dos anos, segundo ela, estão sendo modificadas. O uso de cerâmicas nas residências históricas já traz algo diferenciado em relação ao período de construção.

Reflexão
A inserção de elementos que remetem diretamente às tradições culturais de Barbalha, como os grupos religiosos, a festa do pau da bandeira, usando formas de arte como a pirografia, com o desenho das fachadas no couro, tentam proporcionar uma reflexão, não apenas ao lugar do artista, mas à preservação da história, tradições populares e o patrimônio material e imaterial.

Com a sua vivência em Barbalha, a curadora teve a oportunidade de conhecer diversos artistas da Cidade. O produtor da exposição, Gilsimar Gonçalves, fez uma performance no dia da abertura da exposição, 20, de personagens singulares do município. Inicialmente, a proposta era reunir os artistas de Barbalha para realizar essa exposição. E deu certo. Gilsimar destaca a dificuldade que havia de expor em outras cidades, e isso acabava restringindo o espaço do artista de Barbalha e fazendo com que os trabalhos artísticos tivessem pouca visibilidade.

Com isso, houve a tentativa de concorrer por meio de edital do BNB. "No começo, até os próprios artistas mão viam o seu trabalho como arte, mas como artesanato, e assim era comercializado", diz a curadora.

A partir da parceria do BNB no projeto, a exposição foi levada para o Juazeiro. Assim, foram montadas mais peças e os artistas fizerem intervenções nas paredes do próprio local. Há uma necessidade de discutir o patrimônio arquitetônico, conforme Adriana. É a primeira exposição a ser realizada por esse coletivo, constituído para essa exposição, com sete artistas. Um deles, o Severino, que está vestido como um monge. Ele andava pela cidade de Barbalha e queria ser um religioso. Fazia peças para vendas, com frases religiosas, e até estudou em seminário, mas não se tornou um religioso. Há cerca de dois anos faleceu e na exposição há uma foto em sua homenagem. Na verdade, ele sequer se considerava um artista.

Ela também destaca a proposta de conscientização para a preservação do patrimônio, mas principalmente para chamar a atenção da presença dos artistas, por não terem espaço para levar os seus trabalhos.

Para o artista plástico, Raimundo Nonato Sousa, essa tem sido a grande oportunidade de pessoas como ele poderem exercitar a arte. Ele chegou a fazer cursos em São Paulo para desenvolver a pirografia. Segundo Nonato, esse trabalho se tornou muito restrito em Barbalha, e acabam fechando os espaços destinados à arte na Cidade. A sua especialidade temática é a história de Barbalha. Na exposição tem trabalhos como a casa do Padre Murilo, a rodoviária, um prédio histórico da estação e desenhos de ladrilhos.

Mais informações
Exposição Sob o Céu de Barbalha
Local: Centro de Artes e Esporte Unificado (CEU)
Parque da Cidade
Telefone: (88) 9720.4946

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste



Com aumento de benefícios, deputado custará R$ 2 mi por ano ao contribuinte

O pacote de bondades autoconcedido pela Câmara esta semana vai elevar para R$ 2 milhões o gasto anual com cada deputado federal. Na média, cada parlamentar custará aproximadamente R$ 170 mil por mês. Os valores variam de acordo com o estado de origem do congressista, a utilização integral ou não da verba para custear o mandato e do uso do auxílio-moradia. No ano passado, antes do reajuste de todos os benefícios, o custo mensal de cada deputado era de aproximadamente R$ 145 mil e o anual, de R$ 1,77 milhão. Com isso, a estimativa de gasto com os 513 parlamentares, que girava em torno de R$ 908 milhões em 2014, passará a ser de R$ 1,06 bilhão – um aumento anual de R$ 157 milhões (cerca de 17%).

Com os novos valores, a despesa mensal por mandato poderá chegar a R$ 177 mil. Essa cifra poderá ser alcançada por um deputado de Roraima que fizer uso do auxílio-moradia e utilizar toda a verba a que tem direito para o exercício da atividade parlamentar (Ceap), mais conhecida como cotão. Nesse caso, cada um dos oito representantes de Roraima custará até R$ 2,15 milhões por ano.

Os dados são de levantamento do Congresso em Foco.  Uma estimativa que considera os novos valores dos 13 salários anuais, da verba de gabinete, do cotão, do auxílio-moradia e de uma ajuda de custo equivalente a dois salários extras – um no começo e outro no final da legislatura. Com o pagamento da primeira parcela dessa ajuda de custo, cada parlamentar receberá em fevereiro R$ 67,4 mil apenas em vencimentos.

Com exceção do salário de R$ 33,7 mil, em vigor desde o início do mês, os valores reajustados dos demais benefícios – verba de gabinete, cotão e auxílio-moradia – passarão a valer em abril. Segundo a direção da Câmara, apenas os reajustes desses três benefícios vão ter impacto de R$ 112,7 milhões nos cofres da Casa no restante de 2015. Essa diferença deve passar dos R$ 150 milhões a partir do ano que vem.

Outra realidade
Um aumento que, segundo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), será compensado com cortes do mesmo montante sobre outras despesas. Ou seja, mesmo que não haja aumento, a Casa não fará esforço para economizar e se enquadrar na política de ajuste fiscal patrocinada pelo governo federal e parte dos governos estaduais diante do cenário de agravamento da crise econômica e de déficit nas contas públicas.

Os parlamentares vivem outra realidade. A sucessão de “boas notícias” para os congressistas começou em dezembro, ainda no final da legislatura passada, quando a Câmara e o Senado aprovaram o aumento de 26% de seus vencimentos. Desde 2010, os parlamentares recebiam R$ 26,7 mil. A remuneração pelos próximos quatro anos será de R$ 33,7 mil. Ou seja, apenas em vencimentos, cada parlamentar receberá R$ 1,8 milhão ao longo do mandato – 13 salários anuais e outros dois extras no período de quatro anos.

Ao acabar com os chamados 14º e 15º salários, que cada congressista recebia por ano até 2013, o Congresso decidiu instituir uma “ajuda de custo”, correspondente a um mês de salário, para o primeiro e o último mês de mandato. O argumento utilizado para a benesse é que os parlamentares têm despesas extras nesses dois períodos com a mudança de cidade. Mas os reeleitos, que já têm estrutura montada na capital federal, também têm direito à regalia.

Promessas de campanha
O aumento no valor dos benefícios faz parte da lista de compromissos assumidos com os deputados por Eduardo Cunha durante sua campanha à presidência. Parte das promessas ele cumpriu na quarta-feira (25), quando a Mesa Diretora aprovou, além do pacote de aumento dos benefícios, a liberação a esposas e maridos de parlamentares para voarem com a cota de passagens aéreas asseguradas a deputados para o exercício do mandato. Alguns congressistas reclamaram de ter de tirar do próprio bolso dinheiro para pagar o voo de suas companheiras. Por normas internas, o uso está restrito ao deputado e a assessores em viagem de trabalho desde 2009, quando o Congresso em Foco revelou a “farra das passagens“.

A verba aérea sai do cotão, que cobre despesas dos parlamentares com locomoção, refeição, hospedagem, telefone, aluguel de escritório, contratação de consultoria e divulgação do mandato, entre outras. O cotão teve aumento de 8,7%, o que deve onerar os cofres públicos de abril a dezembro em R$ 14,6 milhões, segundo a Câmara. O menor benefício é pago a deputados do Distrito Federal, que devem passar a receber R$ 30,4 mil por mês. A quantia mais elevada é garantida aos deputados de Roraima, que poderão gastar depois de abril até R$ 45,2 mil por mês.

Mais de R$ 753 milhões
Na legislatura passada, o cotão consumiu mais de R$ 753 milhões da Câmara e do Senado, como mostrou a Revista Congresso em Foco. Dinheiro que saiu dos cofres públicos sem licitação. Com esse montante, daria para erguer mais de 11 mil casas popu­lares ou 115 escolas públicas para atender aproximadamente 500 alunos. Ou construir 40 hospitais com uma centena de leitos. Na maioria dos casos, o parlamentar apresenta a nota fiscal e é ressarcido imediatamente pela Câmara.  Alguns já foram denunciados no Tribunal de Contas da União (TCU) e na Justiça por mau uso dessa verba pública, já que os controles de conferência são frágeis. Por suspeitas de mau uso do benefício, o Ministério Público Federal cobra que parte dessas despesas seja alvo de licitação.

Já a chamada verba de gabinete permite a cada deputado contratar até 25 funcionários. Com o aumento de 18%, saltará de R$ 78 mil para R$ 92 mil por mês. Nesse caso, o impacto será de R$ 97,3 milhões.

O auxílio-moradia teve reajuste de 11,92%; passou de R$ 3,8 mil para R$ 4,2 mil. Este benefício não é usufruído por todos os deputados. Parte deles vive em amplos apartamentos funcionais, recentemente reformados pela Câmara. A Casa ainda não atualizou, em sua página na internet, o número de parlamentares que utilizam essas unidades neste começo de legislatura. Mas também nesses casos há gasto público para a manutenção dos imóveis. A estimativa da Câmara é que a elevação do valor do auxílio vai gerar gastos extras de R$ 805,5 mil até o final deste ano.

Sob demanda
Com exceção do salário, os demais benefícios são usados de acordo com a demanda. Um deputado pode, por exemplo, economizar na verba de gabinete ou no cotão e não utilizar todo benefício a que tem direito ou mesmo abrir mão do auxílio-moradia e do apartamento funcional, caso tenha imóvel em Brasília. Os valores não utilizados ficam na conta da Câmara.

A lista de benefícios dos deputados ainda contempla itens de difícil mensuração. Além de plano de saúde, os parlamentares têm à disposição os serviços prestados pelo Departamento Médico da Câmara. Eles ainda podem ser reembolsados com suas despesas médico-hospitalares casos os serviços tenham sido prestados fora da Casa.

Diferentemente do Senado, onde cada senador tem um veículo oficial à sua disposição; na Câmara, os carros oficiais estão restritos a 11 ocupantes de cargos de direção, como o presidente da Casa, os integrantes da Mesa Diretora, o chefe do Conselho de Ética, entre outros. Todos os deputados deputado têm direito a uma série de materiais de impressão, como 5 mil cartões de visita por ano e quantidades generosas de resmas de papel e blocos de anotação, entre outros itens de papelaria.

Fonte: Congresso em Foco




Alimentos considerados saudáveis também podem fazer mal

Bateu aquela fome no meio da tarde e você, querendo manter a saúde e a forma, come uma barrinha de cereal ou uma bolachinha integral. Apesar da consciência ficar livre de culpa -- afinal, você não devorou batatinhas fritas ou sorvete -- esses alimentos não são tão inocentes assim e também podem prejudicar a saúde.

A lista de alimentos considerados saudáveis mas que não são tão saudáveis assim é bem grande. Ela vai da barrinha de cereal à gelatina, passando pelas bebidas esportivas e bolachas integrais. Por isso esses alimentos devem ser consumidos com critério e moderação.

Na hora do lanche
Na hora de fazer um lanchinho no meio da tarde ou da manhã, muitas pessoas optam pelas barrinhas de cereal -- super práticas e populares. "No entanto, é preciso prestar atenção às suas informações nutricionais antes de sair por aí comprando e comendo", alerta o gastroenterologista Jacques Matone, do Hospital Samaritano de São Paulo. Segundo Matone, muitas barrinhas apresentam níveis de gordura saturada extremamente altas e açúcares refinados em sua composição, por isso é preciso atentar à quantidade de carboidratos, sódio e gordura total desses alimentos e limitar seu consumo a situações emergenciais.

Levar um potinho com oleaginosas (amêndoa, avelã, castanha de cajú, castanha do pará, nozes, macadamia, etc.) sortidas ao trabalho para aquela hora em que bate a fome no meio do expediente virou mania de muitas pessoas. As oleaginosas são uma opção muito saudável de lanche, pois são ricas em nutrientes como proteínas, fibras, vitamina E, selênio, zinco, cobre e magnésio. "Além disso, a maior parte da gordura presente nas oleaginosas é de 'boa' (ômega 3, 6 e 9), essencial para o bom funcionamento do organismo, auxiliando na redução do colesterol sanguíneo e também do colesterol ruim (LDL)", afirma Matone. Ainda assim, elas não devem ser consumidas sem restrição: devido ao alto teor calórico, o consumo diário deve ser moderado, limitando-se a poucas unidades: o exagero pode resultar em rápido aumento de peso e distúrbios relacionados ao excesso de lipídeos.

Outra opção muito popular são as bolachas integrais ou sem glúten. Apesar de serem melhores opções do que as versões convencionais, o fato de serem integrais ou sem glúten não justifica o consumo em excesso, pois também são fontes de carboidratos e calorias.

Os sucos de caixinha ou em pó também são alternativas práticas para a hora do lanche, e muitos são vendidos em versões mais saudáveis (light ou zero açúcar). Mas eles também têm seus pontos negativos. "Muitos são fontes de conservantes e corantes, e contêm excesso de açúcares, não tornando esses produtos saudáveis", aponta a nutricionista Eneida Ramos, do Hospital Israelita Albert Einstein. "Além disso, alguns produtos contêm néctar de frutas (acrescido de água) ao invés de suco natural, não oferecendo no conteúdo o que o suco natural ofereceria", diz.

Só para pessoas indicadas
Alguns alimentos foram desenvolvidos especialmente para um grupo determinado de pessoas, e o seu consumo deve ser evitado pelo restante da população. Esse é o caso do leite sem lactose e das bebidas esportivas.

"Leite sem lactose é ótimo aos intolerantes à lactose. E somente a eles! Como estas bebidas são tratadas previamente com a enzima lactase (deficiente nos intolerantes), o açúcar é mais rapidamente absorvido no sangue", alerta o gastroenterologista Jacques Matone, do Hospital Samaritano de São Paulo. Desta forma, o índice glicêmico da bebida sem lactose é maior, com maior disponibilidade de glicose, sendo contraindicado especialmente para pessoas com diabetes.

Já as bebidas esportivas foram desenvolvidas para repor líquidos e sais minerais perdidos com a transpiração durante atividades físicas intensas. Assim, eles previnem a desidratação e melhoraram a desempenho esportivo. Quem não pratica atividade física deve evitar consumir essas bebidas. "As bebidas esportivas não devem ser consumidas sem critério, pois são ricas em sais minerais. Assim pessoas que apresentam hipertensão ou problemas renais devem consultar um nutricionista antes de seu consumo", explica a nutricionista Rosana Cardoso, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Nada inocente
O consumo exagerado pode fazer até com que um alimento saudável se torne prejudicial. Esse é o caso do azeite. Rico em gorduras boas, o azeite pode reduzir a quantidade de LDL (mau colesterol) do organismo e a formação de placas nas paredes dos vasos sanguíneos. No entanto, deve-se evitar colocar azeite em tudo o tempo todo, pois ele é altamente calórico.

As saladas elaboradas também merecem atenção especial. "Muitas saladas são incrementadas com ingredientes hipercalóricos como: tomate seco, queijo brie, croutons, molho blue cheese, entre outros. Deve-se atentar aos ingredientes da saladinha, antes de consumi-la", diz Matone.

A gelatina é considerada uma opção saudável de sobremesa devido ao seu baixo valor calórico. Mas nem por isso ela é inocente: "Muitas gelatinas são fontes de conservantes, corantes e de açúcares, não fazendo desses produtos saudáveis", ressalta a nutricionista Eneida Ramos. Para quem não resiste a um chocolate e opta pela versão diet por acreditar que ela é mais saudável, é importante notar que ele tem o valor calórico semelhante ao da versão normal. Isso porque esses chocolates tem os açúcares reduzidos, mas são ricos em gordura.

Receita de sucesso
O segredo para manter uma alimentação saudável é a moderação. Além disso, deve-se preferir alimentos naturais em detrimento dos industrializados e ter uma dieta balanceada. Uma alimentação sem exageros, livre de conservantes e corantes e pobre em açúcares e gordura é fundamental para uma vida saudável.

Fonte: UOL



Há tucano na lista? E Aécio: Pergunte ao Janot

As principais lideranças do PSDB no Senado reuniram-se ao redor de Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo. Trocaram impressões sobre uma conjuntura em que se misturam duas encrencas: a crise ética e a crise econômica. Na saída, os repórteres crivaram os presentes de perguntas sobre a Operação Lava Jato.

Sobre o zunzunzum de que haveria tucanos na lista, os entrevistados desconversaram. “Vamos aguardar a semana que vem”, disse, por exemplo, José Serra. Perguntou-se a Aécio Neves se seu nome poderia estar na relação que será enviada ao STF pelo chefe do Ministério Público.

E ele: “Pergunte ao Janot.” Hummmmm… Esse tipo de pergunta só tem uma resposta aceitável. Podendo, o entrevistado deve dizer: “Me respeite!” Não podendo, é melhor silenciar.

Fonte: Blog do Josias/UOL



Crato (CE): Mais bairros são beneficiados com mutirão de limpeza

A Secretaria de Serviços Públicos do Crato iniciou os serviços de limpeza, coleta de lixo e entulhos, poda de árvores (quando autorizada pela Secretaria de Meio Ambiente) nos bairros Alto da Penha, Mutirão e no Conjunto Bezerra de Farias. Todas as áreas destes bairros serão visitadas.

Os serviços fazem parte da política de atendimento aos bairros, e seguem orientação do Prefeito Ronaldo Sampaio Gomes de Mattos, que é proporcionar conforto, segurança e qualidade de vida aos cratenses. Qualquer informação ou reclamação, ligar no telefone: (88) 3523 1692

Foto meramente ilustrativa

Assessoria de Imprensa/PMC



Um ano depois, buracos nas estradas do CE continuam quase os mesmos

Um ano após a divulgação de levantamento realizado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), relativo a intervenções em pelo menos seis trechos de rodovias federais que cortam o Ceará, quando foi apontada a existência de crateras no asfalto e locais com sinalizações irregulares ou ausência de placas, a situação parece ser a mesma em alguns pontos das BRs 222, 116 e 230, próximas aos municípios de Sobral, Tianguá, Icó, Ipaumirim, Brejo Santo, Várzea Alegre e Farias Brito.

Conforme motoristas que trafegam pelos trechos danificados, os riscos de acidentes são iminentes e os prejuízos por quebra de peças são frequentes. As reclamações também apontam o crescimento da vegetação à beira das estradas, que impede a visualização da sinalização, e grande número de animais soltos pelas pistas de rolamento.

No trecho da BR-116 que liga os municípios de Milagres e Brejo Santo, o número de buracos assusta motoristas que utilizam a rodovia diariamente. Os acidentes são constante e mortes já aconteceram em áreas próximas ao perímetro urbano de ambos os municípios. Nas proximidades das localidades de Vila Esperança e Vila Conceição, em Brejo Santo, a situação é preocupante. "Não tem condição de rodar por uma estrada nessa situação", avalia o caminhoneiro Luís Antônio de Oliveira que afirma já ter tido prejuízos.

O motorista Carlos Alberto de Medeiros, que diariamente transporta passageiros até Juazeiro do Norte, disse que os acidentes ocorrem principalmente no fim do dia. "Quando começa a escurecer, fica pior. Não tem sinalização que preste e nem sempre dá pra enxergar os buracos", observou.

A situação também preocupa motoristas que trafegam pela BR-116, nas proximidades de Ipaumirim e Icó, após a entrada para Umari, onde não foram terminados os serviços de tapa-buraco. "A estrada já foi recuperada umas três vezes. O problema é que o material utilizado não parece ser de qualidade. Já tem muito buraco e muita ondulação próximo a Ipaumirim. Quem vai até Icó também reclama de buraco e muito animal na pista", diz o motorista José Cícero Pereira.

Centro-Sul
O trecho de 40 Km da BR-230, entre Iguatu e Farias Brito, no Sul do Ceará, permanece esburacado desde o fim de 2013. As poucas chuvas que caíram neste ano provocaram reabertura de antigos buracos, danificando o asfalto. No fim de 2012, a via foi recuperada com operação tapa-buraco, mas dois anos depois voltou a apresentar problemas.

Entre 2006 e 2012, o trecho estava em péssimo estado de conservação, com muitos buracos. A Superintendência Regional do Dnit anunciou a recuperação da via em fevereiro de 2012 e o serviço foi concluído em parte do trecho de Várzea Alegre até o entroncamento com a BR-116. Na época, autoridades locais se mobilizaram para a recuperação da rodovia, que é considerada de grande importância para o trânsito, fluxo de pessoas e o comércio entre as cidades das regiões Centro-Sul e Cariri.

Foi realizado um serviço de melhor qualidade, com recapeamento geral da via entre Várzea Alegre e a BR-116, mas no trecho até Farias Brito foi feito serviço de tapa-buraco e apenas em alguns pontos recapeamento. Em pouco tempo os antigos buracos foram reabertos e novos surgiram. A empresa faliu, abandonou a obra e não foi feita nova licitação, uma vez que as demais construtoras desistiram de continuar os serviços. Houve alegação de defasagem orçamentária. Os buracos exigem dos motoristas atenção e paciência. Em alguns pontos é preciso trafegar em ziguezague para desviar das crateras. "Isso é uma vergonha para o Ceará", disse o representante comercial, Pedro Quirino, que sempre percorre a rodovia.

Em Sobral, o principal motivo de reclamações dos motoristas são os dois trechos. O primeiro entre os Km 179,9 e 228,7 da BR-222 que ainda se encontram em reforma, ocasionando transtornos para quem se desloca por lá. No local, são realizadas obras de recuperação e de alargamento de pontes e de drenagem superficial. O outro trecho é no acesso a Tianguá, do Km 311,5 ao 314,4, com obras de duplicação paralisadas, buracos na pista e desvios de tráfego.

Estaduais
Além das BRs, também é apontada a necessidade de recuperação de alguns pontos de CEs. Na CE-292, entre Crato e Nova Olinda, os motoristas reclamam da grande quantidade de buracos e de ondulações na pista. O volume de animais soltos é outro risco apontado. "Acidente com animais aqui nessa região é frequente. Sem falar na quantidade de buracos e na qualidade da pista", avaliou o vendedor Marcos Rolim de Andrade, que viaja pela rodovia, pelo menos, três vezes por semana. "Já prometeram melhorar a situação diversas vezes. Até já houve obras por aqui. Só que o serviço fica tão mal feito que acaba quebrando tudo de novo".

Outra estrada cearense que vem ocasionando transtorno aos motoristas do Cariri é a CE-060, entre Juazeiro do Norte e Caririaçu. O local passa por obras de alargamento da pista que, segundo motoristas, já dura bastante tempo. "Já era para ter terminado isso. O atraso parece até que é de propósito. Esse povo faz é prejudicar a vida da gente", diz o mototaxista Evandro Sales.

Estrada da Fruta
Na CE-356, conhecida como Estrada da Fruta, as obras de alargamento ocorrem a passos lentos. Segundo o gerente comercial Rodrigo Torres, a rodovia, principal acesso de Russas a Mossoró, no Rio Grande do Norte, apresenta áreas onde a buraqueira prejudica muito o fluxo de veículos. "Da saída da cidade até a subida da Serra do Vieira não dá pra rodar com mais de 40 Km/h e tem muitos caminhões que acabam trafegando na contramão. Em alguns pontos o pessoal da obra fez a terraplanagem, mas em nenhum trecho tem asfalto recuperado", reclamou. A ordem de serviços foi assinada em outubro. Com a reforma, a pista deverá ser alargada e passará a ter sete metros, além de 1,5m de acostamento.

Na quinta-feira (26), o governo do Estado anunciou que está investindo mais de R% 1 bilhão na recuperação das estradas. Segundo o governo, existem atualmente 1.339,3 Km de obras em andamento. Deste total, 659,9 Km são ligados a obras de pavimentação e 679,4 Km de restauração. O montante investido é de R$ 1.096.596.044,35. A previsão é que parte das obras seja entregue ainda neste ano.

As obras apontadas pelo Estado estão localizadas nos municípios de Uruberatama, Cariús, Palhano, Aurora, Piquet Carneiro, Varjota, Viçosa do Ceará, São Benedito e Massapê. Também estão sendo realizadas ações em outras regiões do Ceará, como é o caso do Anel Viário com implantação e duplicação de 32 Km, que beneficiará a Região Metropolitana de Fortaleza e a duplicação da CE-010, Ponte da Sabiaguaba-Entroncamento da CE-040, com 13,18 km.

O Dnit admitiu que, entre as rodovias federais que cortam o Estado, merecem atenção diversos das BRs 304, 116 e 230.

ROBERTO CRISPIM
COLABORADOR/SUCURSAIS

Fonte: Diário do Nordeste



Prazo para declarar Imposto de Renda começa na segunda-feira (2)

A Receita Federal começa a receber na segunda-feira (2) as declarações de Imposto de Renda 2015. Os contribuintes têm até 30 de abril para entregar o documento ao fisco.

Os contribuintes que enviarem a declaração no início do prazo, sem erros, omissões ou inconsistências, também recebem mais cedo as restituições do Imposto de Renda – caso tenham direito a ela. Idosos, portadores de doença grave e deficientes físicos ou mentais têm prioridade. Os valores começam a ser pagos em junho de cada ano pelo governo e seguem até dezembro, geralmente em sete lotes.

Quem precisa declarar
Estão obrigadas a apresentar a declaração as pessoas físicas que receberam rendimentos tributáveis superiores a R$ 26.816,55 em 2014 (ano-base para a declaração do IR deste ano).

Também devem declarar os contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 40 mil no ano passado.

A apresentação do IR é obrigatória, ainda, para quem obteve, em qualquer mês de 2014, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas.


Se o contribuinte entregar depois do prazo ou se não declarar, caso seja obrigado, poderá ter de pagar multa de 1% ao mês-calendário ou fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido nela calculado, ainda que integralmente pago, ou uma multa mínima de R$ 165,74.

Os programas para fazer a declaração serão liberados apenas na segunda-feira (2), a partir das 8h.

O contribuinte que usou a aplicação de rascunho poderá fazer a importação dos dados para o programa de declaração do Imposto de Renda. Mas quem não fez o rascunho já não poderá mais usar a aplicação a partir de domingo (1º).

A declaração poderá ser entregue pela internet, com o programa de transmissão da Receita Federal (Receitanet), online (com certificado digital), na página do próprio Fisco, ou por meio do serviço "Fazer Declaração" – para tablet e smartphone, como já aconteceu no ano passado.

"O serviço 'Fazer Declaração' é acessado por meio do aplicativo APP IRPF, disponível nas lojas de aplicativos Google play, para o sistema operacional Android, ou App Store, para o sistema operacional iOS", informou a Receita Federal.

Os contribuintes que possuem CPF eletrônico podem usar a declaração pré-preenchida, na qual os valores são apresentados para o contribuinte e ele apenas tem de confirmá-los.

Caso o contribuinte tenha imposto a pagar em sua declaração do IR, a Receita informou que isso poderá ser dividido em até oito cotas mensais, mas nenhuma delas pode ser inferior a R$ 50. Caso o imposto a pagar seja menor do que R$ 100, deverá ser quitado em cota única.

A primeira cota, ou a única, devem ser pagas até 30 de abril e as demais, até o último dia útil de cada mês, acrescidas de juros.

Fonte: G1



Crato (CE): Prefeito Ronaldo prioriza atração de novas empresas para o Município

O Prefeito do Crato, Ronaldo Sampaio Gomes de Mattos e o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Município, Venâncio Saraiva, estiveram nesta quinta-feira, 26/02, em Fortaleza, para uma série de encontros e reuniões.

Pela manhã, fizeram uma visita técnica a empresa CCR Alimentos, onde foram recebidos pelo Diretor-presidente da empresa, Alexandre Mota, que prontamente mostrou-lhes as instalações da CCR.

Na oportunidade, o empresário Alexandre Mota apresentou também a sua loja-conceito aos visitantes, a Super Carne Prime, uma empresa moderna, sofisticada e bastante atraente. A CCR já tem carta de intenção para vir se instalar no Município cratense.

O prefeito do Crato, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo, tem priorizado um trabalho voltado para atração de novos investimentos, incluindo a vida de novas empresas. Com isso, uma das atenções do gestor está voltada para a geração de emprego e renda, proporcionando o crescimento e consequente desenvolvimento do Município.

Assessoria de Imprensa/PMC



Crato (CE): Jovem acusado de crimes é lesionado com dois tiros no aterro sanitário

Uma tentativa de homicídio foi registrada por volta das 13h30min desta sexta-feira no aterro sanitário de Crato que fica situado perto da CE-386 rodovia estadual que liga àquele município à Farias Brito. O agricultor Marcos Costa Freire, de 30 anos, residente na Avenida JPB de Meneses (Bairro Gizélia Pinheiro) em Crato, foi lesionado com dois tiros no pescoço e na mandíbula.

Quando se dirigia ao local uma equipe do SAMU recorreu ao apoio da polícia e os Soldado Otavio e Gomes do Ronda do Quarteirão estiveram lá, mas ninguém soube informar nada a respeito e nem ouviram estampidos de arma. Apenas disseram que a vítima chegou correndo e já lesionada quando caiu e foi trazido para o Hospital Regional do Cariri. De acordo com a polícia, em Crato, Marcos já respondeu por crime de porte ilegal de arma de fogo em março de 2007 e por roubo de veículo em Iguatu em maio de 2010.

Existem suspeitas que a vítima esteja envolvida num homicídio registrado no último dia 7 de novembro no Sítio Vacaria (Distrito de Ibicatu) em Várzea Alegre. Naquela data, populares encontraram o cadáver do eletricista William Fernandes de Souza, de 34 anos, que morava na Travessa Jardim, 172 (Bairro São Miguel) em Crato com uma lesão à bala na cabeça e mais perfurações à faca em diversas partes do corpo ao lado de uma espingarda quebrada, que pode ter sido usada no crime.

Demontier Tenório

Fonte: Miséria



Conta de luz vai subir 23,4% em média no país, a partir de março

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta sexta-feira uma alta na taxa extra cobrada na conta de luz, no chamado sistema de bandeira tarifária. Com isso, a conta deve ficar mais cara, em média, 23,4% a partir de segunda-feira (2).

Haverá alta para 58 distribuidoras de eletricidade do país. Para a Eletropaulo, o aumento médio das tarifas será de 31,9%, enquanto a Cemig terá alta de 28,8%. Para a Light, o aumento será de 22,5%.

Essa cobrança extra é uma consequência do uso da energia das termelétricas, que é mais cara, pelas distribuidoras. O sistema de bandeiras tarifárias traz um custo adicional na tarifa de acordo com a necessidade do consumo dessa energia.

As usinas termelétricas são acionadas quando há alta no consumo e a energia gerada pelas hidrelétricas, mais barata, não é suficiente para abastecer todo o sistema.

Alta de 83% para as bandeiras
No caso da bandeira vermelha, o valor a ser pago pelos consumidores passa a ser de R$ 5,50 para cada 100 quilowatt-hora (kWh), ante os R$ 3 que estavam vigorando desde o início do ano, uma elevação de cerca de 83%.

Já a bandeira amarela passará do R$ 1,50 atual para cada 100 kWh para R$ 2,50, alta de 66%.

Bandeiras funcionarão como semáforo
As bandeiras funcionam como um semáforo de trânsito, com as cores verde, amarela e vermelha para indicar as condições de geração de energia no país.

Por exemplo, quando a conta de luz vier com a bandeira verde, significa que os custos para gerar energia naquele mês foram baixos, portanto, a tarifa de energia não terá nenhum acréscimo.

Se vier com a bandeira amarela, é sinal de atenção, pois os custos de geração estão aumentando.

Já a bandeira vermelha mostra que o custo da geração naquele mês está mais alto, com o maior acionamento de termelétricas.

A cobrança pelo sistema de bandeiras tarifárias vai ser dividida por subsistemas, o que quer dizer que os consumidores de Estados do Sul podem pagar um valor diferente daqueles que moram mais ao Norte do país. No entanto, a bandeira aplicada mensalmente será a mesma para todas as distribuidoras de um mesmo subsistema.

Fonte: UOL (Com Reuters e Agência Brasil)