Ligação de orelhões da Oi em 15 estados será gratuita, diz Anatel

As ligações locais feitas para telefones fixos em orelhões da Oi em 15 estados não poderão ser cobradas a partir desta quarta-feira (15). A decisão foi tomada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), depois que a operadora não atingiu o patamar mínimo de disponibilidade nesses estados.

A medida vale para os estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe.

Procurada pelo G1, a Oi informou que "cumpre a determinação da Anatel de conceder a gratuidade em chamadas para telefones fixos locais feitas a partir de sua rede de telefonia pública nos 15 estados indicados pela agência reguladora.  A medida é temporária e permanecerá em vigor até que os patamares de disponibilidade de orelhões nestes estados estejam nos níveis indicados pela Anatel".

A disponibilidade da planta de orelhões deve ser de no mínimo 90% em todas as Unidades da Federação e de no mínimo 95% nas localidades atendidas somente por orelhões (acesso coletivo). Segundo a Anatel, na medição feita em 31 de março a Oi não atingiu esse patamar nesses estados.

As ligações serão gratuitas até que os patamares de disponibilidade sejam alcançados, afirma a agência.

Novas medidas
Estão previstas novas medições para 30 de agosto de 2015, 29 de fevereiro de 2016 e 30 de agosto de 2016 e a cada seis meses.

Os telefones públicos que não alcançarem os patamares mínimos nessas medições terão gratuidade também, a partir de 1º de outubro, para ligações de longa distância nacional. A partir de 1º de abril de 2016, a gratuidade se estende para telefones móveis com o mesmo DDD; e a partir de 1º de outubro de 2016, para os telefones celulares com DDD diferente.

Fonte: G1

Curta nossa página no Facebook



Esporte: Estádio Mirandão liberado para jogos oficiais do Crato Esporte Clube

O Crato Esporte Clube já pode realizar seus jogos pelo Campeonato Cearense da Série B no Estádio Mirandão. Isso, depois de um dedicado trabalho da Secretaria de Esportes do Município, junto aos órgãos que realizam a fiscalização de todas as condições de segurança, como determina o Estatuto do Torcedor. O Ministério Público liberou o estádio para sediar jogos oficiais durante o restante do ano de 2015. Foram renovados os laudos da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária. O laudo do Crea renovado no ano passado, ainda está dentro do prazo de validade.

Nesta quinta-feira (16), o torcedor cratense poderá ver o Crato Esporte Clube jogar no Estádio Mirandão. A partida será contra o Nova Russas, válida pela 10ª. Rodada da Série B do Campeonato Cearense com início às 20hs. O Secretário de Esportes, Carlos Pedro Queiroz, informou que a administração do Estádio Mirandão está ultimando todos os preparativos para receber o torcedor cratense, bem como atletas, imprensa e ambulantes.

Estacionamento
Carlos Pedro informou que de acordo com a orientação do representante do Ministério Público quando esteve no Mirandão, o estacionamento para carros e motos dos torcedores será ao lado da Igreja do Conjunto Mirandão, onde há muito espaço. Isto por conta da obra de requalificação do entrono do estádio que está sendo realizada pela Gestão Municipal. O que muda também é a bilheteria e entrada dos torcedores que devem funcionar no portão que dá acesso aos ambulantes. Devido a presença de muito material de construção nas proximidades, a entrada principal será isolada.

Ambulantes
Durante reunião que contou com a presença de todos os ambulantes que trabalham no Mirandão, além do secretário Carlos Pedro Queiroz, administrador do estádio - Maurício Costa (Bar) e a diretoria do Crato, ficou acordado que os ambulantes terão acesso até às 18h e pagarão o ingresso como forma de colaborar com a arrecadação do clube. A Secretaria de Esportes não cobrará taxa aos ambulantes pelo o uso dos boxes.

Assessoria de Imprensa/PMC

Curta nossa página no Facebook



Um dia, de repente, essa mulher acorda "17 anos mais jovem"

Em um belo dia, há sete anos, a britânica Naomi Jacobs, 32, acordou acreditando que tinha apenas 15. Na época, os médicos concluíram que ela estava sofrendo de um tipo muito raro de amnésia causada por estresse, a amnésia global transitória.

Essa amnésia foi provocada pelo "fechamento" de uma parte do cérebro da britânica, fazendo com que ela perdesse, temporariamente, os últimos 17 anos de sua vida. A britânica, que acabou se recuperando com o passar do tempo, escreveu um livro sobre a experiência, Forgotten Girl ( Mulher Esquecida em tradução livre). Em entrevista à BBC, ela contou como foi sua reação ao acordar com a memória de quando tinha 15 anos - e tendo de lidar com a "nova" realidade de mãe solteira vivendo no "futuro".

"Inicialmente, não reconheci o cômodo, o quarto onde eu tinha acordado, a cama onde eu tinha acordado. Saltei da cama em choque", conta Naomi sobre o primeiro dia de sua amnésia.

Naomi lembra que sua voz também soava diferente, não soava como a voz de uma adolescente: "esta foi a primeira coisa (que notei). Primeiramente soava estranho, pois eu falava alto e minha voz estava mais grave e rouca. Pensei que ainda estivesse sonhando quando vi meu rosto no espelho do banheiro".

E este foi apenas o começo da manhã na qual ela acordou pensando que tinha 15 anos de idade. "Minha última memória foi de pegar no sono no meu beliche, que dividia com minha irmã, pensando nas provas de GCSE (primeira avaliação importante realizada no ensino secundário britânico)", afirmou.

'Mamãe' 
Mas os sustos continuariam. Um dos maiores foi quando um menino pequeno correu na direção de Naomi dizendo "mamãe, mamãe". "Fiquei totalmente chocada. (Senti) Tudo: de medo a alegria, ver esta criança que eu não lembrava ter dado à luz e saber que, sem dúvida, ele era meu filho, pois se parecia muito comigo, até o terror de ter responsabilidade por esta criança pequena. Nas primeiras 24 horas eu estava completamente em choque, convencida de que iria dormir naquela noite e acordar de volta em 1992, o que estava acontecendo, para mim, não era real."

Outro problema para Naomi era a tecnologia do século 21. Ela não se lembrava de smartphones, por exemplo. "A última vez que vi um telefone celular, era do tamanho de um tijolo, aquela coisa grande e cinza com a antena preta. Então: telefones celulares, televisões digitais pareciam saídas de um desenho animado, meus olhos estavam acostumados com as (TVs) analógicas. Análise de códigos (de mercadorias), câmeras de segurança... Tudo era tão alienígena para mim!"

Parte da memória de Naomi dos últimos 17 anos tinha desaparecido, mas outra parte ainda funcionava. Por exemplo: ela conseguia dirigir e ainda se lembrava de senhas de banco recentes. "Foi muito bizarro 'ter 15 anos' e realmente saber como dirigir. Fiquei com muito medo, não queria estar atrás do volante. Eu lembrava números de telefone. Também havia um número, quatro dígitos, em minha mente, que eram os números (da senha) do meu cartão de débito. Coisas que eram repetidas, memória automática, eu ainda mantinha estas memórias", disse

No entanto, Naomi perdeu a memória de "tudo o que tinha a ver com eventos da minha vida, tudo o que tinha alguma conexão emocional, como o nascimento do meu filho, mortes, casamentos...".

Em 2008, na época do episódio da amnésia, a britânica estava estudando psicologia. Mas sua perda foi tão profunda, que ela precisou da ajuda da irmã e da melhor amiga para lidar com o celular e seu e-mails.

Nova perspectiva 
Os médicos afirmaram que, na maioria dos casos de amnésia parecidos com os de Naomi, o paciente recupera as memórias poucas horas depois. No entanto, a britânica precisou de meses para voltar ao normal.

Neste intervalo, os médicos recomendaram que ela não forçasse sua memória ou mesmo lesse jornais, para evitar situações de estresse.

"Nos primeiros meses eu tentava desesperadamente entender minha vida. Durante a noite que ficava acordada e chorava, desejando estar de volta à escola, aos tempos em que minhas únicas preocupações eram os meninos que eu gostava ou ser flagrada bebendo no parque", disse.

Com a ajuda da família, Naomi começou a se recuperar lentamente. Aos poucos ela voltou a sair de casa. Familiares e amigos lhe explicaram o que aconteceu no mundo, como os ataques de 11 de setembro de 2001 ou as mudanças políticas e sociais na Grã-Bretanha. "Facebook, Google e YouTube soavam como se fossem totalmente inventados, e a primeira vez que vi meu filho, Leo, jogando com o XBox e interagindo com a TV, fiquei tão chocada que até cuspi meu chá."

Naomi mantinha diários e, lendo estas páginas ela começou a reconstruir a própria personalidade, o relacionamento com o filho e até a questionar algumas de suas decisões. "Com o passar do tempo, flashes de memória voltaram - apenas por alguns segundos, mas estavam lá. As memórias mais recentes voltaram primeiro, então vieram as mais velhas, até minha memória completa voltar."

Apesar de todos os sustos e o choque de não reconhecer nem o próprio filho, a britânica garante que teve uma chance incrível de ver o mundo através dos olhos de uma adolescente. "Viver tudo de novo através dos meus olhos de 15 anos me deu uma nova perspectiva, e me permitiu fazer mudanças, melhorar minha qualidade de vida, para ter certeza de que isso não vai acontecer de novo".

Fonte: Terra

Curta nossa página no Facebook



Lula faz apelo para que Dilma não deixe passar lei da terceirização

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, na noite desta terça-feira, 14, que não aprovar o projeto de lei 4330, que libera a terceirização para atividades-fim das empresas, é uma "questão de honra da classe trabalhadora". Na abertura do 9º Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT, em Guarulhos, na Grande São Paulo, onde usou seu discurso para novamente defender o governo de sua sucessora e para chamar movimentos sociais e sindicalistas a estarem ao lado de Dilma Rousseff, Lula fez também um apelo para que a presidente não deixe passar o PL.

"Dilma, conte conosco para qualquer coisa mas por favor tente evitar. Ela não é deputada portanto não pode votar essa lei, mas tem que fazer com que o Congresso Nacional respeite as conquistas históricas da classe trabalhadora brasileira", disse.

Lula afirmou que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) "com todos os defeitos que tenha" foi "uma conquista do povo brasileiro". "O que não queremos é que as empresas passem a utilizar quase que mão de obra escrava como no final do século passado. Porque essas conquistas foram com muita luta. Certamente que o Eduardo Cunha e alguns deputados novos não sabem", disse em referência ao presidente da Câmara, que acelerou a tramitação do projeto.

Muito aplaudido pelos sindicalistas da plateia, Lula adotou um tom enfático ao falar contra o projeto da terceirização - o PL 4330 teve o texto base aprovado na Câmara na semana passada e a apreciação de destaques e emendas prossegue na Casa.

Fonte: A Tarde/UOL

Curta nossa página no Facebook



Crato (CE): Secretaria de Saúde trabalha adequadamente com o descarte de lixo hospitalar

O Governo do Crato detectou ontem uma publicação nas redes sociais que indicava um acinte a saúde pública no município.

Centenas de seringas jogadas na calçada do Centro de Especialidades, o Posto da Grota, foram fotografadas e em seguida postadas por volta das 18h. Imediatamente após a informação do ocorrido, uma comissão da Secretaria de Saúde se posicionou para averiguação.

De acordo com o Secretário de Saúde, Lucimilton Macêdo, foi comprovado um arrombamento da sala de vacinação, onde se guardam seringas descartáveis. “Provavelmente alguém as pegou e as jogou na calçada no intuito de denegrir a imagem da administração municipal. Após averiguarmos o arrombamento e recolhermos o material nos dirigimos até a delegacia de polícia onde foi feito um boletim de ocorrência”, explica. O Secretário também ressalta que já foi iniciada uma investigação para que seja descoberta a responsabilidade desse feito.

É importante afirmar que na Secretaria de Saúde do Crato tem consciência de que é de responsabilidade dos estabelecimentos realizar o descarte correto de acordo com as leis e normas brasileiras regulamentadas e inspecionadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Para tanto, existe um plano de gerenciamento de resíduos sólidos, por meio de uma empresa especializada para isso, dando, assim, destino correto a todo material hospitalar, no caso a incineração.

Assessoria de Imprensa/PMC

Curta nossa página no Facebook



Aneel autoriza alta média de 11,69% nas contas de luz no Ceará

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou nesta terça-feira (14) aumento médio de 11,69% nas contas de luz da Coelce, distribuidora que atende aos consumidores do Ceará. O reajuste começa a valer em 22 de abril.

Para a baixa tensão (residências e comércio), a alta será, em média, de 7,15%. Já para indústria atendida pela Coelce, será de 22,74%, também na média.

O aumento se refere à quarta revisão ordinária da tarifa da Coelce. Essas revisões acontecem, em média, a cada 4 anos e funcionam como o reajuste que as distribuidoras têm anualmente. Entretanto, aqui a Aneel leva em consideração fatores adicionais, entre eles ganhos de produtividade conquistados pela concessionária nos últimos anos e que podem gerar até redução no valor da tarifa.

Os índices autorizados para a Coelce nesta quarta, porém, são provisórios. Isso porque a Aneel trabalha em uma nova metodologia para as revisões ordinárias periódicas. Assim, quando ela estiver pronta, as contas da distribuidora do Ceará voltarão a ser analisadas e um novo valor de reajuste anunciado.

Em 2015, devido ao forte aumento das despesas no setor elétrico, a agência também promoveu a revisão extraordinária das tarifas da maior parte das distribuidoras do país, que começou a valer em março. Nessa revisão extra, que na prática funcionou como um segundo reajuste anual, as contas de luz dos clientes da Coelce já haviam sofrido aumento de 10,3%.

Energia mais cara
A Aneel vem autorizando reajustes altos devido ao encarecimento da energia no país, provocado pela queda no nível dos reservatórios das principais hidrelétricas e o uso mais intenso de termelétricas (usinas que geram eletricidade pela queima de combustíveis como óleo e gás).

O ajuste fiscal feito pelo governo Dilma Rousseff com o objetivo de reequilibrar suas contas também contribui para os aumentos mais fortes nas contas de luz em 2015. Isso porque o governo decidiu repassar aos consumidores todos os custos com os programas e ações no setor elétrico, entre eles o subsídio à conta de luz de famílias de baixa renda e o pagamento de indenizações a empresas.

Em anos anteriores, o Tesouro assumiu parte dessa fatura, o que contribuiu para alivias as altas nas tarifas. Mesmo assim, para os consumidores do Nordeste e do Norte do país a conta de luz vai subir menos em 2015 já que a lei prevê que a maior parte desse custo extra seja bancada pelos consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Fonte: G1 CE

Curta nossa página no Facebook



Juazeiro do Norte (CE): Caos na saúde leva à intervenção judicial

Postos de saúde fechados, hospitais públicos sem funcionamento ou em estado de sucateamento devido à falta de recuperação de suas estruturas físicas e aquisição de novos equipamentos. Além de servidores públicos do setor em greve há cerca de 47 dias, ocasionando a falta de serviço à população que, diariamente, busca em um dos equipamentos os serviços. E, para piorar a situação, centenas de casos suspeitos de dengue em Juazeiro do Norte. Este é o quadro clínico vivenciado, atualmente, pelo setor de saúde no município.

A maioria dos atendimentos que ainda estão sendo disponibilizados no município acontece na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro Limoeiro. O equipamento, construído pelo Governo do Estado, atende aos diversos bairros da cidade e, ainda, a pacientes que migram das cidades de Barbalha e Crato. O atendimento, no entanto, é demorado e, em muitos casos, não supre a demanda existente. Muitos pacientes são orientados a retornar para casa sem que a consulta tenha sido realizada ou, então, acabam sendo encaminhados a buscarem providências junto à secretaria de Saúde do município.

A crise no setor não é nova. Há pelo menos 4 anos o município atravessa situações constrangedoras por conta do fechamento de unidades hospitalares e falta de investimento no setor de saúde. Em 2013, o Ministério Público do Ceará (MPCE), avaliou as deficiências no atendimento os usuários da saúde no município. Um Termo de Ajustamento de Conduta foi realizado objetivando melhorias. Porém, em vez de novos investimentos, o que se viu foi à paralisação das atividades de equipamentos que existiam, como o Hospital Tasso Jereissati, antigo Estefânia Rocha Lima, aonde apenas tratamento ortopédico vem sendo disponibilizado.

“Hoje ainda está tranqüilo. Ontem, pela manhã, não se conseguia andar aqui dentro. Havia mais de 300 pessoas. A culpa disso aqui é a falta de atendimento as reivindicações dos funcionários da saúde que estão em greve há quase 50 dias. Os postos de saúde praticamente não estão funcionando e a população vem toda pra cá. Só que isso aqui não é hospital. O atendimento tem que ser para urgência e emergência”, informou uma enfermeira da UPA que pediu para não ser identificada. Segundo ela, quatro médicos atendem diariamente na unidade.

Grande parte dos pacientes que ontem buscavam atendimento na unidade apresentavam quadro clínico de febre, dor de cabeça, tontura e coceira pelo corpo. “Aqui a maioria é suspeita de dengue. Está uma coisa séria em Juazeiro do Norte. Metade desse povo aqui vai ser dispensado e voltará sem atendimento. Mas, como só tem aqui, o povo tenta a sorte”, explicou o mototaxista Cláudio Sales de Lacerda, que precisou esperar cerca de 3 horas para ser atendido.

Intervenção na MPF
Em fevereiro deste ano, o Ministério Público Federal (MPF), em Juazeiro do Norte, propôs ação civil pública contra a Prefeitura do município, Estado do Ceará e União, requerendo a nomeação de um auditor judicial para supervisionar todas as decisões da Secretária de Saúde da cidade, incluindo as ordenações de despesas.

Nesta terça-feira (14), por determinação da Justiça Federal, o município sofreu uma espécie de auditória extraordinária no setor. A ação teve por finalidade detectar as razões da falência do setor no município. Durante o período da auditoria, a prefeitura de Juazeiro do Norte fica impedida de fazer qualquer movimentação financeira de verbas da saúde sem autorização prévia da auditora.

“A saúde está praticamente falida, não tem a mínima condição de prestar um serviço descente a qualquer pessoa. Todas as áreas estão com grande deficiência, identificadas e já pontuadas, culminando com a operação ora deflagrada”, informou o procurador da República Rafael Rayol, que visitou a sede da Prefeitura e da secretaria de Saúde de Juazeiro do Norte na manhã de ontem.

Segundo a Secretaria de Saúde do Estado (SESA), o Governo cearense construiu 16 UPAs no interior e seis na capital. As unidades foram construídas pelo Estado, mas, a estrutura de funcionamento é de responsabilidade dos municípios. A secretaria informou que em Juazeiro do Norte foram construídos o Hospital Regional e uma UPA e que ambos os equipamentos deveriam estar funcionando como acréscimo de opções de atendimento. Conforme a SESA, a UPA é uma unidade intermediária entre o posto de saúde e o hospital.

Em Nota, a Prefeitura de Juazeiro do Norte informou que o prefeito de Juazeiro do Norte, Raimundo Macêdo, determinou que todos os integrantes da administração municipal contribuam com o trabalho, acreditando na melhoria dos serviços da saúde no município.

ROBERTO CRISPIM
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook



Câmara aprova texto que impede estatais de contratar terceiros para atividade-fim

A Câmara dos Deputados aceitou, nesta terça-feira (14), o destaque encaminhado pelo PSDB que impediu que empresas públicas, sociedades de economia mista e a suas subsidiárias controladas pela União, Estados e municípios pudessem contratar funcionários para as chamadas atividade-fim por meio de empresas terceirizadas. O destaque teve o apoio do arquirrival tucano, o PT. Na prática, empresas públicas como a Petrobras continuarão tendo que contratar funcionários de suas atividades-fim por meio de concurso público. O destaque foi aprovado por 360 votos contra 47.

O projeto de lei 4330/04, cujo texto-base foi aprovado na semana passada, prevê a ampliação das regras para a contratação de empresas terceirizadas. Atualmente, empresas só podem contratar funcionários terceirizados para atividades consideradas "meio", como serviços de limpeza e vigilância, por exemplo.

O texto aprovado na semana passada permitia que empresas privadas e empresas públicas, além das sociedades de economia mistas controladas pelo governo, pudessem contratar funcionários para atividades-fim a partir de empresas terceirizadas.

Com a aprovação do destaque nesta terça, a ampliação das regras sobre terceirização, alvo de críticas de centrais sindicais, não recairá sobre empresas públicas. A Câmara dos Deputados recebeu 27 destaques (alterações) ao texto-base aprovado na última semana. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chegou a dizer que a matéria deverá se votada completamente ainda nesta terça, mas às 19h10 encerrou a ordem do dia. A votação será retomada nesta quarta-feira (15).

Fonte: UOL

Curta nossa página no Facebook



Hillary afirma que Dilma é exemplo de luta contra a corrupção

A ex-secretária de Estado americana e possível candidata a presidente dos EUA, Hillary Clinton, elogiou nesta terça-feira (14), a atitude da presidente Dilma Rousseff frente à corrupção em seu governo e afirmou que a brasileira "está estabelecendo um exemplo global".

— Não há melhor parceira que a presidente Dilma Rousseff. O comprometimento dela com a abertura, transparência, a luta dela contra a corrupção está estabelecendo um exemplo global — disse Hillary.

Hillary ressaltou ainda a necessidade de participação da sociedade civil no controle da transparência dos governos. Ela também afirmou que é a vontade política que faz com que deres prestem contas à população de suas ações e uso de recursos.

- A corrupção destrói o potencial de um país e a cura para corrupção é a abertura (de informações) - disse.

Dilma voltou a afirmar que seu governo não aceita a corrupção. Em discurso, a presidente listou iniciativas de seu governo para dar mais transparência aos gastos e ações do governo:

- Não teremos tolerância com nenhum malfeito. Quando maior a transparência e mais efetivos os canais de interação, mais forte e justa a democracia.

Fonte: O Globo

Curta nossa página no Facebook



974 novos soldados entraram na PM; maioria ficará no Interior

Um total de 974 novos policiais militares participaram da cerimônia de formatura e se tornaram soldados, na manhã desta terça-feira (14), no Centro de Eventos do Ceará. O governador Camilo Santana, esteve presente e disse que a expansão da PM era um compromisso seu de campanha e que a Corporação passará por algumas modificações, como  a reorganização do Ronda do Quarteirão e a interiorização do BPRaio e da Ciopaer.

O comandante geral da PM/CE, coronel Giovani Pinheiro, afirmou que grande maioria dos militares formados serão enviados para o Interior do Estado, para resolver as deficiências que existiam nas escalas.

O deputado Capitão Wagner esteve presente e disse que sentiu o orgulho de ser PM renovado durante a solenidade, principalmente no momento em que o governador  comandou a tropa. "Há muito tempo não se via um gesto deste tipo do governador. É muito bom ver a PM sendo atendida em suas necessidades. Esperamos que estas melhorias tenham prosseguimento", declarou o parlamentar.

No fim da solenidade, o próprio Camilo Santana, como comandante dos novos militares, deu a autorização para que eles saíssem de forma. O clima foi festivo com o encerramento dos procedimentos militares. O secretário de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Delci Teixeira, garantiu aos policiais em seu discurso, que em “nenhum momento eles estarão desamparados”.

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook



Deputados cearenses defendem extinção do exame da OAB

Deputados da Assembleia do Ceará saíram nesta terça-feira, 14, contra a obrigatoriedade do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para exercício da advocacia. Em sua fala, Ely Aguiar (PSDC) destacou projeto de lei do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que determina a extinção do exame.

“Aqui no País exige-se que o médico passe pelo processo de residência médica, mas ele não é submetido a um exame da Ordem dos Médicos. O Brasil trouxe recentemente uma série de médicos cubanos, que sequer se submeteram ao Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida)”, disse Ely Aguiar.

Segundo ele, a avaliação é arbitrária, atropela a Constituição Federal e apena milhares de brasileiros. A deputada Dra. Silvana (PMDB) também criticou a obrigatoriedade do exame. “Uma prova não pode reduzir quatro ou cinco anos de estudo em uma faculdade bem avaliada”. Já Audic Mota (PMDB) propôs audiência pública para debater o tema.

Em entrevista ao O POVO, o presidente da OAB no Ceará, Valdetário Monteiro, destacou que a ordem faz “defesa intransigente” do exame. “É uma ferramenta para aferir o mínimo de conhecimento jurídico para o exercício da advocacia. Todas as carreiras jurídicas possuem esse tipo de aferição, então por quê no caso da advocacia não existiria?”, diz.

Valdetário destaca que diversas outras categorias têm adotado exames semelhantes ao da OAB. “Contadores usam exame no mesmo moldes, e alguns conselhos regionais de medicina também. Não admitimos que o cidadão seja atendido por um profissional que não seja submetido a exame algum”, diz.

Fonte: O Povo

Curta nossa página no Facebook



'Lei da terceirização é a maior derrota popular desde o golpe de 64'

Especialista em sociologia do trabalho, Ruy Braga traça um cenário delicado para os próximos quatro anos: salários 30% mais baixos para 18 milhões de pessoas. Até 2020, a arrecadação federal despencaria, afetando o consumo e os programas de distribuição de renda. De um lado, estaria o desemprego. De outro, lucros desvinculados do aumento das vendas. Para o professor da Universidade de São Paulo (USP), a aprovação do texto base do Projeto de Lei 4330/04, que facilita a terceirização de trabalhadores, completa o desmonte dos direitos trabalhistas iniciado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na década de 90. “Será a maior derrota popular desde o golpe de 64”, avalia o professor em entrevista a CartaCapital.

Embora o projeto não seja do governo, Braga não poupa a presidenta e o PT pelo cenário político que propiciou sua aprovação. Ele cita as restrições ao Seguro Desemprego, sancionadas pelo governo no final de 2014, como o combustível usado pelo PMDB para engatar outras propostas desfavoráveis ao trabalhador, e ironiza: “Esse projeto sela o fim do governo do PT e o início do governo do PMDB. Dilma está terceirizando seu mandato”.

Leia a entrevista completa:

CartaCapital: Uma lei para regular o setor é mesmo necessária?

Ruy Braga: Não. A Súmula do TST [Tribunal Superior do Trabalho] pacificou na Justiça o consenso de que não se pode terceirizar as atividades-fim. O que acontece é que as empresas não se conformam com esse fato. Não há um problema legal. Já há regulamentação. O que existe são interesses de empresas que desejam aumentar seus lucros.

CC: Qual a diferença entre atividade-meio e atividade-fim?

RB: Uma empresa é composta por diferentes grupos de trabalhadores. Alguns cuidam do produto ou serviço vendido pela companhia, enquanto outros gravitam em torno dessa finalidade empresarial. Em uma escola, a finalidade é educar. O professor é um trabalhador-fim. Quem mexe com segurança, limpeza e informática, por exemplo, trabalha com atividades-meio.

CC: O desemprego cai ou aumenta com as terceirizações?

RB: O desemprego aumenta. Basta dizer que um trabalhador terceirizado trabalha em média três horas a mais. Isso significa que menos funcionários são necessários: deve haver redução nas contratações e prováveis demissões.

CC: Quantas pessoas devem perder a estabilidade?

RB: Hoje o mercado formal de trabalho tem 50 milhões de pessoas com carteira assinada. Dessas, 12 milhões são terceirizadas. Se o projeto for transformado em lei, esse número deve chegar a 30 milhões em quatro ou cinco anos. Estou descontando dessa conta a massa de trabalhadores no serviço público, cuja terceirização é menor, as categorias que de fato obtêm representação sindical forte, que podem minimizar os efeitos da terceirização, e os trabalhadores qualificados.

CC: Por que os trabalhadores pouco qualificados correm maior risco?

RB: O mercado de trabalho no Brasil se especializou em mão de obra semiqualificada, que paga até 1,5 salário mínimo. Quando as empresas terceirizam, elas começam por esses funcionários. Quando for permitido à companhia terceirizar todas as suas atividades, quem for pouco qualificado mudará de status profissional.

CC: Como se saíram os países que facilitaram as terceirizações?

RB: Portugal é um exemplo típico. O Banco de Portugal publicou no final de 2014 um estudo informando que, de cada dez postos criados após a flexibilização, seis eram voltados para estagiários ou trabalho precário. O resultado é um aumento exponencial de portugueses imigrando. Ao contrário do que dizem as empresas, essa medida fecha postos, diminui a remuneração, prejudica a sindicalização de trabalhadores, bloqueia o acesso a direitos trabalhistas e aumenta o número de mortes e acidentes no trabalho porque a rigidez da fiscalização também é menor por empresas subcontratadas.

CC: E não há ganhos?

RB: Há, o das empresas. Não há outro beneficiário. Elas diminuem encargos e aumentam seus lucros.

CC: A arrecadação de impostos pode ser afetada?

RB: No Brasil, o trabalhador terceirizado recebe 30% menos do que aquele diretamente contratado. Com o avanço das terceirizações, o Estado naturalmente arrecadará menos. O recolhimento de PIS, Cofins e do FGTS também vão reduzir porque as terceirizadas são reconhecidas por recolher do trabalhador mas não repassar para a União. O Estado também terá mais dificuldade em fiscalizar a quantidade de empresas que passará a subcontratar empregados. O governo sabe disso.

CC: Por que a terceirização aumenta a rotatividade de trabalhadores?

RB: As empresas contratam jovens, aproveitam a motivação inicial e aos poucos aumentam as exigências. Quando a rotina derruba a produtividade, esses funcionários são demitidos e outros são contratados. Essa prática pressiona a massa salarial porque a cada demissão alguém é contratado por um salário menor. A rotatividade vem aumentando ano após ano. Hoje, ela está em torno de 57%, mas alcança 76% no setor de serviços. O Projeto de Lei 4330 prevê a chamada "flexibilização global", um incentivo a essa rotatividade.

CC: Qual o perfil do trabalhador que deve ser terceirizado?

RB: Nos últimos 12 anos, o público que entrou no mercado de trabalho é composto por: mulheres (63%), não brancos (70%) e jovens. Houve um avanço de contratados com idade entre 18 e 25 anos. Serão esses os maiores afetados. Embora os últimos anos tenham sido um período de inclusão, a estrutura econômica e social brasileira não exige qualificações raras. O perfil dos empregos na agroindústria, comércio e indústria pesada, por exemplo, é menos qualificado e deve sofrer com a nova lei porque as empresas terceirizam menos seus trabalhadores qualificados.

CC: O consumo alavancou a economia nos últimos anos. Ele não pode ser afetado?

RB: Essa mudança é danosa para o consumo, o que inevitavelmente afetará a economia e a arrecadação. Com menos impostos é provável que o dinheiro para transferência de renda também diminua.

CC: Qual a responsabilidade do PT e do governo Dilma por essa derrota na Câmara?

RB: O governo inaugurou essa nova fase de restrição aos direitos trabalhistas. No final de 2014, o governo editou as medidas provisórias 664 e 665, que endureceram o acesso ao Seguro Desemprego, por exemplo. Evidentemente que a base governista - com PMDB e PP - iria se sentir mais à vontade em avançar sobre mais direitos. Foi então que [o presidente da Câmara] Eduardo Cunha resgatou o PL 4330 do Sandro Mabel, que nem é mais deputado.

CC: Para um partido de esquerda, essa derrota na Câmara pode ser considerada a maior que o PT já sofreu?

RB: Eu diria que, se esse projeto se tornar lei, será a maior derrota popular desde o golpe de 64 e o maior retrocesso em leis trabalhistas desde que o FGTS foi criado, em 1966. Essa é a grande derrota dos trabalhadores nos últimos anos. Ela sela o fim do governo do PT e marca o início do governo do PMDB. A Dilma está terceirizando seu mandato.

CC: A pressão do mercado era mesmo incontornável?

RB: Dilma deixou de ser neodesenvolvimentista a partir do segundo ano de seu primeiro mandato. Seu governo privatizou portos, aeroportos, intensificou a liberação de crédito para projetos duvidosos e agora está fazendo de tudo para desonerar o custo do trabalho. O governo se voltou contra interesses históricos dos trabalhadores. O que eu vejo é a intensificação de um processo e não uma mudança de rota. Se havia alguma dúvida, as pessoas agora se dão conta de que o governo está rendido ao mercado financeiro.

CC: A terceirização era um dos assuntos preferidos nos anos 90, mas não passou. Não é contraditório que isso aconteça agora?

RB: O Fernando Henrique tentou acabar com a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] por meio de uma reforma trabalhista que não foi totalmente aprovada. Ele conseguiu passar a reforma previdenciária do setor privado e a regulamentação de contratos por tempo determinado. O governo Lula aprovou a reforma previdenciária do setor público e agora, com anos de atraso, o segundo governo Dilma conclui a reforma iniciada por FHC.

CC: Mas a CLT não protege também o trabalhador terceirizado?

RB: A proteção da CLT é formal, mas não acontece no mundo real. Quem é terceirizado, além de receber menos, tem dificuldade em se organizar sindicalmente porque 98% dos sindicatos que representam essa classe protegem as empresas em prejuízo dos trabalhadores. Um simples dado exemplifica: segundo o Ministério Público do Trabalho, das 36 principais libertações de trabalhadores em situação análoga a de escravos em 2014, 35 eram funcionários terceirizados.

CC: A bancada patronal tem 221 parlamentares, segundo o Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar). Existe alguma relação entre o tão falado fim do financiamento privado de campanha e a aprovação desse projeto?

RB: Não há a menor dúvida. Hoje em dia é muito simples perceber o que acontece no País. Para eleger um vereador em São Paulo paga-se 4 milhões de reais. Para se eleger deputado estadual, são 10 milhões. Quem banca? Quem financia cobra seus interesses, e essa hora chegou. Enquanto o presidente da Fiesp [Federação das Indústrias do Estado de São Paulo], Paulo Skaf, ficou circulando no Congresso durante os últimos dois dias, dando entrevista, conversando com deputados e defendendo o projeto, sindicalistas levavam borrachada da polícia. Esse é o retrato do Congresso brasileiro hoje: conservador, feito de empresários, evangélicos radicais e bancada da bala.

Fonte: Carta Capital

Curta nossa página no Facebook



Maioria dos manifestantes antigoverno acredita em teorias conspiratórias

"O PT quer implantar um regime comunista no Brasil"

"Fabio Luis Lula da Silva, o Lulinha, é sócio da Friboi"

"O Foro de São Paulo quer criar uma ditadura bolivariana no Brasil"

"O PCC é um braço armado do PT"

"O PT trouxe 50 mil haitianos para votar na Dilma nas últimas eleições"

Ao menos metade dos manifestantes que foram ao protesto do dia 12 de abril, na Avenida Paulista, em São Paulo, acredita em uma das frases conspiratórias acima, segundo uma pesquisa realizada com 571 manifestantes no domingo 12. Os dados são da pesquisa coordenada por Esther Solano, professora de Relações Internacionais da Unifesp, e pelo filósofo Pablo Ortellado, da USP.

Um provável motivo para essa crença em boatos é a confiança dos manifestantes em fontes de informação conhecidas por disponibilizar conteúdos falsos, entre elas o Facebook e o Whatsapp. Segundo a pesquisa, 26,6% dos manifestantes disseram confiar “muito” nos conteúdos compartilhados via Whatsapp. O índice de confiança sobe para 47,3% quando a rede social é o Facebook. "Os manifestantes confiam muito em comentaristas políticos polêmicos e se informam pelas redes sociais, isso alimenta boatos e a desinformação", afirma Esther Solano.

Ao mesmo tempo em que cresce a confiança nas redes sociais, cai a confiança na mídia tradicional. O Jornal Nacional, o telejornal que é historicamente líder de audiência no Brasil, não tem a confiança de 37,1% dos manifestantes, por exemplo. "Isso é grave porque as pessoas estão trocando veículos que tem o compromisso com uma informação verdadeira por plataformas que podem espalhar a desinformação", disse Solano.

Todas as frases listadas acima são exemplos desta desinformação. Nada prova que o PT "quer implantar um regime comunista no Brasil", pelo contrário. O professor da USP e biógrafo do PT, Lincoln Secco, disse em entrevista a CartaCapital que "o partido jamais quis acirrar a luta de classes" e que seu desejo é que "haja conciliação". Outro sinal de que o PT não tem tentado implantar um regime comunista no Brasil é o lucro recorde dos bancos no País. Apenas em 2013, o Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander lucraram juntos 20,5 bilhões de dólares, o que corresponde ao Produto Interno Bruto (PIB) de 83 países no mesmo ano.

Também não é verdade dizer que "Fabio Luis Lula da Silva, o Lulinha, é sócio da Friboi". Lulinha move um processo na Justiça contra Paulo Altomani (PSDB), prefeito de São Carlos, por espalhar boatos de que ele seria sócio da Friboi nas redes sociais.

E é verdade que "o Foro de São Paulo quer criar uma ditadura bolivariana no Brasil"? Não. O Foro de São Paulo é apenas um fórum de debates que discute as alternativas à visão neoliberal da economia e da política. CartaCapital produziu uma sequência de perguntas e respostas sobre o Foro que ajuda a esclarecer o tema.

Também nunca existiu evidência alguma de que "o PCC é um braço armado do PT".

Por fim, também não é verdade a afirmação de que "o PT trouxe 50 mil haitianos para votar na Dilma nas últimas eleições", segundo acreditam 42% dos manifestantes. A imigração de haitianos para o País é um fenômeno decorrente da crise humanitária do Haiti. De todas as formas, imigrantes não naturalizados brasileiros não têm direito a voto nas eleições. Além disso, a diferença de votos entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) foi de 3,4 milhões de votos. Ou seja, os 50 mil votos não fariam diferença.

Apesar do mote das manifestações serem o "Fora PT", a pesquisa revelou uma grande desconfiança com todo o sistema partidário. Entre os manifestantes entrevistados, apenas 22,6% disseram confiar muito em Aécio Neves (PSDB-MG), contra 76% que dizem confiar pouco ou nada no candidato derrotado nas últimas eleições. A íntegra da pesquisa está disponível online.

Fonte: Carta Capital

Curta nossa página no Facebook



Por que preferimos mexer no celular a conversar com uma pessoa nova?

Quando andamos sozinhos pelas ruas, pegamos ônibus ou resolvemos passear pelo shopping para dar aquela olhadinha nas vitrines, acabamos encontrando diversas pessoas estranhas, que não fazem parte da nossa vida, mas que, por culpa do acaso, acabam passando diante de nós, a todo o momento.

Nessas ocasiões, quando alguma pessoa estranha passa por você, qual é a sua reação padrão? Podemos tentar adivinhar? Você provavelmente desvia o olhar, abaixa a cabeça, talvez e, se for mais perito ainda em evitar contato com desconhecidos, tira logo o celular do bolso e da bolsa e checa as notificações do WhatsApp. Acertamos?

Antissocial, você? Imagina!
Ainda que o comportamento descrito acima possa ser considerado rude por algumas pessoas, é absolutamente normal que, diante de um estranho, você aja de maneira pouco receptiva – até mesmo porque, convenhamos, se fôssemos simpáticos com todas as pessoas estranhas que cruzam por nós durante o dia, não faríamos nada além de jogar conversa fora.

Já imaginou que bizarro se você desejasse “bom dia”, “boa tarde” e “boa noite” para todas as pessoas que passassem por você durante o dia, todos os dias? Mas essa nossa “antipatia” tem mais explicações além da óbvia de que não é possível cumprimentar todo mundo.

De acordo com o sociólogo Erving Goffman, especialista em interações sociais, há um conceito que precisa ser levado em conta nesse caso: a desatenção civil, que representa justamente o comportamento quase padrão de quem está diante de alguém que não conhece. A pessoa deixa claro que percebeu a presença da outra pessoa, e em seguida a ignora.

Mas então é uma falta de educação generalizada?
Não, claro que não. Seres humanos são criaturas complicadas e têm maneiras peculiares de garantir sua sobrevivência. Uma delas é isso de fingir que não estamos cientes da presença das outras pessoas à nossa volta ou do que elas estão fazendo. Essa é uma forma de garantir, digamos assim, a privacidade alheia e, já que é uma atitude recíproca, garantir a nossa privacidade também.

De acordo com Goffman, essa coisa de desatenção civil é também uma forma primária de interação social, afinal às vezes acontece uma troca breve de olhares, seguida de uma virada de cabeça ou sorrisos fracos, quando decidimos “cumprimentar” a pessoa. Em seguida, lá vem o celular, o escudo social da atualidade. Você pega o aparelho mesmo que nem queira usá-lo no momento. Depois disso, é cada um para um lado. Soa familiar, não é mesmo?

Esse tipo de interação mínima e discreta ao extremo é uma forma de garantirmos que a pessoa pela qual cruzamos na rua não nos representa perigo, assim como nós não representamos perigo a ela também. Viu só? É uma forma bem curiosa de autoproteção, no final das contas. É uma espécie de acordo social. Algo tipo “hey, cara, eu sei que você está aqui também, você sabe que estou aqui, agora vá fazer suas coisas que eu vou fazer as minhas”. E todo mundo fica bem.

Carão
No final das contas, esse contato mínimo é o que nos dá segurança, e quando não temos essa interação minúscula, não garantimos também a segurança de que tanto precisamos. Quando sabemos que alguém está vindo em nossa direção, olhamos para essa pessoa e em seguida desviamos o olhar, não significa que estamos fazendo “carão”. No fundo, é um jeito inconsciente de demonstrar respeito pela outra pessoa.

Esse tipo de comportamento é também uma forma de reconhecer o direito que cada pessoa tem de ficar sozinho. E é aquela coisa, né: quando reconhecemos o direito do outro, acabamos reconhecendo nosso próprio direito também. Funciona para tudo.

Goffman fala também sobre essa desatenção civil como uma forma de aprovar o comportamento alheio, de dizer, instintivamente, que não há nada de errado com isso e que não há razão para mudar a maneira de agir.

Outras formas de desatenção civil
Espertinhos que somos, às vezes usamos esse conceito de desatenção civil para outros motivos. Por exemplo: quando fazemos algo realmente constrangedor e sentimos a vontade de enfiar a cabeça em um buraco e sumir; ou quando testemunhamos alguém fazendo algo realmente constrangedor e sentimos a boa e velha “vergonha alheia”.

E se você ainda está duvidando da funcionalidade da desatenção civil, saiba que a ausência dela é bastante problemática, afinal nós enxergamos o “carão” como um comportamento natural e, inclusive, esperamos isso. Se alguém não age dessa maneira, nos sentimos ameaçados. É por isso que nos irritamos quando algum desconhecido nos olha fixamente e começa a prestar atenção em nossas conversas. E não é apenas uma questão de irritação: esse tipo de comportamento é também uma forma de ameaça implícita.

É por isso também que quando alguns rapazes inventam de, em pleno 2015, mexer com mulheres nas ruas, elas se sentem ameaçadas e nunca lisonjeadas. Na dúvida, apenas parem com o “fiu fiu”. E quanto aos homens, também é a falta de desatenção civil que faz com que alguns valentões partam para a briga apenas porque se incomodam com o olhar de alguém. E aí, você já tinha ouvido falar disso antes? Conte para a gente nos comentários!

Fonte: Mega Curioso (Via About/Nicki Lisa Cole)

Curta nossa página no Facebook



Juazeiro do Norte (CE): PF apreende documentos em auditoria na saúde do município

O Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE), em parceria com outros órgãos da União, iniciou nesta terça-feira, 14, auditoria na saúde pública de Juazeiro do Norte, na região do Cariri. Pela manhã, a Polícia Federal cumpriu diligências em diversos órgãos do Município. Segundo o MPF, ação ocorre após serem constatadas graves irregularidades na gestão da saúde de Juazeiro.

Nesta terça-feira, foram apreendidos documentos relacionados à gestão de contratos e licitações em diversos prédios públicos do Município. De acordo com o MPF, a Prefeitura de Juazeiro estaria, entre outros problemas, sem contrato para aquisição de medicamentos desde agosto do ano passado. Além disso, postos de saúde da gestão estariam sem itens básicos, como seringas e luvas.

A ação ocorre após o MPF ter emitido ao Município diversas recomendações cobrando solução para os problemas. Na manhã desta terça, a doutora em Saúde Pública Ângela de Oliveira foi nomeada auditora judicial para o caso. Ela terá 30 dias para produzir relatório da situação da gestão de saúde e propor ações para sanar as irregularidades.

"Colapso total"
"Esse plano vai garantir um serviço mínimo adequado para a população, porque hoje está um colapso total", afirma o procurador da República Rafael Rayol. Com o procedimento, o Município fica impedido de movimentar recursos da saúde sem autorização prévia da auditora judicial.

A auditoria ocorre pode determinação judicial e será realizada em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU) e o Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus), com apoio operacional da Polícia Federal.

A reportagem tentou entrar em contato com a Prefeitura de Juazeiro do Norte, mas ainda não obteve resposta.

Fonte: O Povo



Dengue: Mais 28 municípios do CE têm risco ou alerta de surto

Entre janeiro e fevereiro, 20 municípios do Ceará estavam em situações de risco ou alerta para surto de dengue, levando em conta o Índice de Infestação Predial (IIP), segundo o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2015, do Ministério da Saúde. Hoje, esse número subiu para 48, um aumento de 140%, de acordo com informações do último Boletim Epidemiológico da Secretária de Saúde do Estado (Sesa).

Conforme o Ministério da Saúde, as cidades que apresentam o IIP inferior a 1% estão em condições satisfatórias, aquelas que têm números entre 1% e 3,9% estão em situação de alerta e quando o IIP é superior a 4% a situação é de risco, pois há possibilidade de surto de dengue.

Estão com maior risco de surto da doença as cidades de Canindé, Varjota, Baturité, Tauá, Hidrolândia e Coreaú. As condições estão mais críticas nos três primeiros, que ultrapassam os 12% de infestação predial. Além de Hidrolândia, que subiu de 5,2%, em fevereiro, para 8,80%.

Reriutaba, Caucaia, Santa Quitéria, Cascavel, Pacatuba, Pires Ferreira, Maranguape, Pacajus, Irauçuba, Cariré, Juazeiro do Norte, Fortaleza e Aquiraz são as cidades que, hoje, devem estar em alerta - embora ainda sem risco iminente de surto - em relação ao Aedes aegypti. A Capital está com IIP de 1,4%, o segundo mais baixo deste grupo.

O gerente da Célula de Vigilância Ambiental e Riscos Biológicos da Secretária Municipal de Saúde (SMS), Nélio Morais, explicou que o ideal era que Fortaleza estivesse abaixo do 1%, para uma situação tranquila. Mas, nesta época do ano, os índices tendem a aumentar devido à grande quantidade de chuvas. Para diminuir esses números, ressaltou Morais, a SMS divide Fortaleza em seis pontos, pois cada um apresenta dados e motivos diferentes para a proliferação do mosquito. "Sabemos quais as áreas mais críticas e que tipo de depósitos o Aedes aegypti mais usa para se reproduzir".

Em 2015, os casos estão concentrados principalmente na Regional VI, afirmou o gerente da Célula de Vigilância Ambiental e Riscos Biológicos. Bairros como Messejana, Jangurussu, Barroso e Conjunto Palmeiras estão entre os mais afetados.

Por conta da proximidade com a Regional V, muitos casos são registrados também nessa área, disse ele. Principalmente em bairros como José Walter e Siqueira. Nessas áreas, estão senso realizados trabalhos especiais desde o início do ano, como operação quintal limpo e mobilização educacional.

Fumacê
Na próxima semana, a Secretária Municipal de Saúde deve iniciar a operação de pulverização espacial Ultra-Baixo Volume (UBV) pesado, mais conhecida como fumacê, nas ruas e avenidas das Regionais V e VI. "Já tivemos o fumacê trabalhando durante as férias e Carnaval. No entanto, agora ele será direcionado para aquelas áreas onde foram registradas a transmissão da dengue", destacou Morais.

A assessoria de comunicação da Sesa informou que o órgão dá apoio aos municípios no combate ao Aedes aegypti, todavia, os trabalhos são de responsabilidade da Prefeitura.

THIAGO ROCHA
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook



Ministério da Educação volta a adiar as aulas do Pronatec

O Ministério da Educação (MEC) vai adiar pela segunda vez o início das aulas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), uma das bandeiras da presidente Dilma Rousseff (PT).

A pasta, por causa da restrição de verbas, também tem repasses atrasados às escolas.

O começo das classes nos cursos técnicos e de qualificação profissional custeados pelo governo mudou de 17 de junho para 27 de julho.

A portaria sobre o ajuste no Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec), que reúne vagas do programa, deve ser publicada nesta terça-feira, 14. O cronograma inicial, que já havia sido mudado, previa 7 de maio.

A alteração, diz o MEC, se justifica por "procedimentos decorrentes da aprovação do orçamento federal". Embora tenha aval do Congresso há 29 dias, o orçamento precisa da sanção de Dilma.

A pasta ainda disse que a mudança atende ao pedido das escolas, que pretendiam ajustar o calendário do programa aos seus cronogramas.

Ainda não foi definido o total de vagas que serão ofertadas em 2015.

Com os cortes de despesas feitos pelo governo, a projeção é pessimista.

"Com o primeiro semestre perdido, a redução em 2015 será de ao menos 50%", afirma Sólon Caldas, da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior.

Atraso
A pasta também confirmou que a parcela de janeiro às escolas participantes do Pronatec está atrasada.

Normalmente, o MEC libera os valores 45 dias após o fim de cada mês de aulas. Recentemente, porém, há demora nesses repasses.

Segundo entidades de ensino privado, instituições já atrasam salários de docentes e recorrem a empréstimos.

"Os alunos também ficam inseguros, sem saber se acabam o curso", diz Amábile Pacios, da Federação Nacional de Escolas Particulares.

A pasta afirmou que vai "regularizar tudo assim que possível, com a aprovação do orçamento". Ontem, o MEC liberou R$ 100 milhões referentes a cursos iniciados no fim de 2014. Sobre parcelas do ano passado, sustentou que não há pendências.

Rigor
O MEC ainda quer melhorar as regras de repasse no programa. Hoje, em cursos de formação inicial e continuada, a verba é dada à escola quando o aluno atinge 20% de frequência. A ideia é subir esse patamar.

Outra proposta é aperfeiçoar o sistema de controle de presença. Na maioria dos cursos, a frequência é confirmada pela própria escola.

No novo formato, o aluno também teria de confirmar essa informação.

Fonte: Exame.com (Com informações do jornal O Estado de S. Paulo)

Curta nossa página no Facebook



Paracetamol pode limitar a sua alegria, diz estudo

Cientistas da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, revelaram um novo efeito colateral do paracetamol, um dos analgésicos mais populares do planeta. O estudo publicado nesta terça-feira (13), no site da universidade, aponta que o uso do medicamento pode diminuir a capacidade do paciente de sentir emoções, como alegria e tristeza.

Para chegar ao resultado, os cientistas compararam as emoções de 167 pacientes, divididos em duas turmas. O primeiro grupo tinha usuários de paracetamol, e o segundo reunia pessoas sob o efeito de placebo. A ideia do teste era analisar as emoções das pessoas com base nas reações delas depois de ver fotos com imagens positivas e negativas.

Após 60 minutos do uso dos medicamentos, os pacientes avaliavam, em uma escala de 0 a 10, as emoções provocadas por cada uma das 40 imagens selecionadas pelos cientistas. A seleção de fotos variava entre crianças chorando, desnutridas, paisagens de campo, cachorros e crianças brincando.

No final, os cientistas perceberam que os pacientes que estavam sob o efeito do remédio analgésico não conseguiam classificar as imagens com extrema felicidade ou extrema tristeza, diferentes daqueles que tinham ingerido placebo. Sendo que, na média, os pacientes medicados com paracetamol tiveram um resultado emocional de 5,85, contra 6,75 do outro grupo.

A partir disso, os cientistas concluíram que o medicamento afeta a capacidade emocional dos usuários. Ou seja, além de acabar com a dor, o analgésico também pode limitar a alegria das pessoas.

Fonte: Exame.com

Curta nossa página no Facebook



Grupo anti-Dilma diz que fórmula de ir à rua é ineficiente e está esgotada

Sem conseguir repetir no domingo (12) a mobilização que reuniu no mês passado mais de um milhão de pessoas nas capitais brasileiras, movimentos contrários à presidente Dilma Rousseff (PT) decidiram reavaliar estratégias e adotar novas frentes de atuação além dos atuais protestos de rua.

Na liderança das manifestações, o MBL (Movimento Brasil Livre) e o Vem Pra Rua pretendem aumentar a pressão por um posicionamento do Congresso Nacional diante da pauta de reivindicações defendida nas ruas.

Na avaliação de Renan Santos, um dos líderes do MBL, a fórmula adotada até agora de manifestações de rua em capitais brasileiras "não teve o resultado" político esperado.

Segundo ele, mesmo tendo levado milhões de pessoas às ruas, os protestos não repercutiram em Brasília e não tiveram "resposta política condizente".

"A fórmula da manifestação de rua e em grandes capitais foi explorada ao limite e não obteve os resultados que deveria. Não temos de buscar ter mais uma manifestação grande para tentar superar o dia 15 de março. A questão não é a intensidade, mas a natureza do ato tem de ser diferente", disse.

Na nova estratégia de atuação, o MBL anunciou que, a partir da sexta-feira (17), dará início a marcha que sairá de São Paulo com destino a Brasília.

O objetivo é levar ao Congresso Nacional a pauta de reivindicação do movimento, que inclui a abertura de processo de impeachment contra a presidente.

"Como os atos não vêm tendo o endosso das siglas de oposição, temos de dar o recado mais próximo deles. Não vai ter outro jeito a não ser fazer em Brasília", disse.

Em iniciativa semelhante, o Vem pra Rua anunciou que irá a Brasília na quarta-feira (15) apresentar ao Congresso Nacional, junto a movimentos sociais contrários ao PT, documento no qual lista suas principais reivindicações.

"O que faremos daqui para frente é monitorar o Poder Legislativo sobre o que vão fazer diante das demandas apresentadas ruas", explicou Rogério Chequer, porta-voz do Vem Pra Rua.

No dia seguinte ao protesto que reuniu 100 mil pessoas na Avenida Paulista, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) defendeu o distanciamento das siglas de oposição ao governo federal das manifestações pelo impeachment da presidente.

Para ele, a participação institucional das legendas nos protestos de rua seria "grave" e poderia representar uma tentativa de "instrumentalizar" atos convocados por setores da sociedade civil.

"Os movimentos têm dinâmica própria e não foram convocados por partidos políticos", ressaltou. "Se os partidos fossem para as ruas, acho que seria mais grave, porque ia ser tentar instrumentalizar aquilo que não é instrumentalizado", acrescentou.

Em sentido oposto, o presidente do PSDB em Minas Gerais, Marcus Pestana, informou que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pretende criar um canal de diálogo para aproximação com as lideranças dos movimentos de rua.

Segundo ele, o tucano irá convidá-los para uma reunião neste mês. Procurado pela Folha, Aécio Neves disse que "não há nada que impeça" o encontro, mas que "não existe nada marcado" ainda.

Fonte: Folha.com

Curta nossa página no Facebook



Matadouros públicos são interditados no Cariri

A obra do abatedouro regional de Campos, no sítio
Caldeirão, a 3 km do Centro, não foi concluída e está
abandonada há mais de dez anos (Foto: Amaury Alencar)
Quatro municípios da região Sul do Ceará estão com matadouros públicos interditados por determinação do Ministério Público Estadual e da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace): Campos Sales, Salitre, Araripe e Potengi. O fechamento das unidades decorre da falta de estrutura adequada de abate dos animais e de higiene. A medida tem por objetivo preservar a segurança alimentar da população.

A interdição dos matadouros nos quatro municípios trouxe dificuldades para os criadores e em alguns casos a matança passou a ser feita "na moita", isto é, sem fiscalização ou controle algum de higiene e de sanidade animal. As medidas administrativas demonstram mais uma vez um problema que é recorrente nas pequenas cidades do Interior: a falta de condições adequadas de funcionamento das unidades de abate.

Os projetos de regionalização e de formação de consórcios entre os municípios não avançaram nos últimos anos. Resultado: o problema persiste em muitas cidades. Em Campos Sales, há cerca de dez anos, começou a construção de um matadouro regional. A obra ficou inacabada. Apenas paredes foram levantadas e a cobertura foi instalada.

Na sexta-feira passada, o promotor de Justiça, Gleydson Leanndro Carneiro Pereira, recomendou ao município de Campos Sales a suspensão das atividades no Matadouro Público Municipal no prazo de dez dias, além de conceder um período de 30 dias para apresentação de cronograma de execução das obras e reestruturação da unidade de abate.

"A redação da Constituição é clara, ao dispor da responsabilidade dos entes federativos, em proporcionar condições dignas de saúde pública e higiene para a população, nesse caso em particular, impedindo o abate de animais no município sob condições insalubres, cujas normas mínimas de higiene deixam de ser cumpridas", escreveu o promotor Gleydson Leanndro Pereira, na recomendação. "Há grave risco de contágio à população de Campos Sales, cuja propagação da contaminação de animais abatidos por aqui pode gerar doenças em pessoas da população, inclusive ocasionando-lhes a própria morte" .

A secretária de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente de Campos Sales, Ivete Fortaleza, disse que aguarda orientação do prefeito Moésio Loyola sobre o quê fazer e informou que o abate, por enquanto, está sendo feito em Antonina do Norte. A suspensão do matadouro ocorreu na última sexta-feira, 10.

O vereador Jenilton Costa lamentou que a obra do abatedouro regional de Campos, no sítio Caldeirão, a 3 km do Centro, não tenha sido concluída e esteja abandonada há mais de dez anos. "Se tivesse sido construído estaria atendendo outros municípios da região com abate de qualidade. Solicitamos esclarecimentos ao Tribunal de Contas dos Municípios, ao Tribunal de Contas do Estado e ao próprio governo do Estado sobre o porquê da paralisação dessa obra. Há informações de que foram investidos R$ 550 mil na construção que ficou pela metade".

O Matadouro Público de Salitre também foi interditado por não apresentar condições adequadas de funcionamento. O abate dos animais será transferido para a cidade de Antonina do Norte. "A precariedade do matadouro é um problema que perdura há tempo e o município não tem condições de investir mais de um milhão de reais na construção de uma nova unidade", observou o secretário de obras, Édson Rosal. "A Prefeitura está procurando as medidas cabíveis, mas penso que o Ministério Público deveria dar um rumo, somar-se aos municípios para cobrar uma solução do Estado".

O secretário de Agricultura e Desenvolvimento Econômico de Araripe, Rutenberg Fortaleza, confirmou que desde fevereiro passado que o Matadouro Público está fechado por decisão do promotor de Justiça que respondia por Assaré. "O Ministério Público demonstrou a falta de condições de funcionamento, de higiene", disse. "Esses matadouros no Interior foram construídos há mais de 30 anos e não atendem às exigências atuais, de forma de abate, de preservação ambiental, da legislação vigente e de segurança alimentar, mas é melhor do que o abate clandestino na moita, pois há veterinários e algum controle".

Os criadores de Araripe estavam abatendo os animais em Campos Sales, distante 33 km, em média, mas agora terão de ir para Nova Olinda, distante 60 km. Os custos com o transporte ficaram mais caro e muitos devem fazer o abate clandestino, uma vez que a Adagri não tem fiscalização efetiva em todos os municípios.

Em Potengi, o secretário de Agricultura, Dalmir Rodrigues, confirmou que o matadouro foi fechado há 50 dias e que a administração municipal já atendeu às exigências da Semace, realizando obras e aquisição de equipamentos.

HONÓRIO BARBOSA 
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook