Existe mais consenso sobre os benefícios do café do que você imagina

Quando eu era criança, meus pais não me deixavam tomar café porque acreditavam que isso "retardaria meu crescimento". Hoje se sabe, é claro, que isso é um mito. Estudos fracassaram inúmeras vezes em provar que o consumo de café ou de cafeína está relacionado à redução da massa óssea ou com a altura das pessoas.

Por muito tempo o café teve a reputação de ser ruim para a saúde. Mas, em quase todos os aspectos, essa reputação é contrária à realidade. Os benefícios potenciais para a saúde são surpreendentemente grandes.

Quando me propus a analisar as pesquisas sobre o café e a saúde, achei que o encontraria associado a alguns resultados bons e outros ruins, refletindo as matérias contraditórias que costumamos encontrar na mídia. Não foi isso que aconteceu.

No ano passado, foi publicada uma revisão sistemática e uma meta-análise de estudos que observaram o consumo de café a longo prazo e o risco de doenças cardiovasculares. Os pesquisadores encontraram 36 estudos envolvendo mais de 1.270.000 participantes.

Os dados combinados mostraram que aqueles que consumiam uma quantidade moderada de café, cerca de três a cinco xícaras por dia, tinham um risco menor de ter problemas. Aqueles que consumiram cinco ou mais xícaras por dia não tinham um risco maior do que os que não consumiam nenhuma.

Claro, tudo o que eu estou dizendo aqui diz respeito ao café – o café preto. Não estou falando das bebidas à base de café, com muito leite e açúcar, que muitas pessoas consomem.

Voltando aos estudos. Anos antes, uma meta-análise – um estudo sobre outros estudos, em que os dados são reunidos e analisados em conjunto – foi publicada observando como o consumo de café pode estar associado ao derrame.

Onze estudos foram encontrados, compreendendo quase 480 mil participantes. Tal como aconteceu com os estudos anteriores, o consumo de duas a seis xícaras de café por dia foi associado a um menor risco da doença, em comparação com aqueles que não tomavam nada. Outra meta-análise publicada um ano depois confirmou essas descobertas.

Complementando as preocupações sobre os efeitos do café para o coração, outra meta-análise examinou se tomar café pode estar associado à insuficiência cardíaca. Mais uma vez, o consumo moderado foi associado a um risco reduzido, e o menor risco estava entre aqueles que consumiam quatro doses por dia. O consumo teve de chegar a cerca de dez xícaras por dia para que qualquer associação ruim fosse constatada.

Ninguém está sugerindo que você tome mais café para melhorar a saúde. Mas beber quantidades moderadas de café está associado a menores taxas de praticamente todas as doenças cardiovasculares, ao contrário do que muitos podem ter ouvido falar sobre os perigos de café ou cafeína. Mesmo os consumidores pesados de cafeína parecem ter efeitos nocivos mínimos, quando muito.

Mas não sejamos tendenciosos. Há estudos para além da saúde cardíaca que são importantes. Muitos acreditam que o café pode estar associado a um risco maior de câncer. De fato, estudos específicos descobriram que isso é verdade, e estes às vezes ganham destaque na mídia. Mas, no total, a maioria destes resultados negativos desaparece.

Uma meta-análise publicada em 2007 descobriu que o fato de aumentar o consumo de café em duas xícaras por dia estava associado a uma redução de mais de 40% do risco relativo de câncer de fígado. Mais dois estudos recentes confirmaram essas descobertas. Os resultados das meta-análises que estudaram o câncer de próstata revelaram que, nos estudos de maior qualidade, o consumo de café não foi associado a resultados negativos.

O mesmo vale para o câncer de mama, onde as associações não foram estatisticamente significativas. É verdade que os dados sobre o câncer de pulmão apresentam um risco maior quanto maior o consumo de café, mas isso acontece apenas entre os fumantes. Tomar café pode ser um fator de proteção entre aqueles que não fumam.

Independentemente disso, os autores do estudo relativizam seus resultados e alertam que eles devem ser interpretados com cautela por causa dos efeitos confundidores (e muito provavelmente mais fortes) do tabagismo.

Um estudo que analisou todos os tipos de câncer sugeriu que o café pode estar associado a uma redução geral da incidência de câncer e que, quanto mais as pessoas tomavam, mais proteção era constatada.

Tomar café está associado a um melhor resultado nos exames laboratoriais de pessoas com risco de doença hepática. Em pacientes que já têm doença hepática, o café está associado a uma redução da progressão para a cirrose. Em pacientes que já têm cirrose, ele está associado a um menor risco de morte e um risco menor de desenvolver câncer de fígado.

O café está associado a uma resposta melhor ao tratamento antiviral em pacientes com hepatite C e a resultados melhores em pacientes com doença hepática não-alcoólica relacionada à gordura. Os autores da revisão sistemática argumentam que o consumo diário de café deve ser incentivado em pacientes com doença hepática crônica.

As meta-análises mais recentes sobre doenças neurológicas revelaram que a ingestão de café está associada a um risco menor de mal de Parkinson, a um declínio cognitivo menor e a um potencial efeito protetor contra o Alzheimer (e certamente a nenhum dano).

Uma revisão sistemática publicada em 2005 revelou que o consumo regular de café está associado a um risco significativamente menor de desenvolver diabetes tipo 2, sendo que o menor risco relativo (cerca de um terço de redução) estava entre os que tomavam pelo menos seis ou sete xícaras por dia. O estudo mais recente, publicado em 2014, usou dados atualizados e incluiu 28 estudos e mais de 1,1 milhões de participantes.

Novamente, quanto mais café você toma, é menos provável que venha a ter diabetes. Isto diz respeito tanto ao café normal quanto ao descafeinado.

Se qualquer outro fator de risco modificável tivesse este tipo de associações positivas em quase todas as áreas, a mídia não falaria em outra coisa. Estaríamos empurrando café para todo mundo. Verdadeiras intervenções seriam elaboradas em torno disso. Há muito tempo, porém, o café vem sendo considerado um vício, em vez de algo que pode ser saudável.

Isso pode mudar em breve. O relatório científico mais recente de diretrizes nutricionais do USDA [Departamento de Agricultura dos EUA], que eu já discuti antes, diz que o café não só não faz mal – ele concorda que pode ser bom para você. Esta foi a primeira vez que o conselho que elabora as diretrizes nutricionais revisou os efeitos do café sobre a saúde.

Existe sempre o perigo de ir longe demais direção contrária. Eu não estou sugerindo que comecemos a servir café para crianças pequenas. A cafeína ainda tem uma série de efeitos que os pais gostariam de evitar em seus filhos. Algumas pessoas não gostam da forma como a cafeína pode deixá-las nervosas. As diretrizes também sugerem que as mulheres grávidas não tomem mais de duas xícaras por dia.

Eu tampouco estou sugerindo que as pessoas comecem a tomar litros de café. Qualquer coisa em excesso pode ser ruim. Por fim, embora o café possa ser saudável, isso não é necessariamente verdadeiro para o açúcar e a gordura que muitas pessoas acrescentam às bebidas à base de café.

Mas já passou da hora de pararmos de ver o café como algo que todos precisamos cortar. É um acréscimo totalmente razoável para uma dieta saudável, com mais benefícios potenciais observados nas pesquisas do que quase qualquer outra bebida que consumimos. Está na hora de começarmos a tratá-lo como tal.

Fonte: UOL (Com NYT)

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Veja os cinco concursos mais aguardados no ano (e prepare-se!)

Sofrendo o impacto da crise econômica que aflige todo o país, muitos profissionais têm procurado migrar da iniciativa privada para a carreira pública, em busca, principalmente, de estabilidade.

Só para o segundo semestre, são aguardados pelo menos cinco concursos de órgãos bastante disputados. Há previsão de mais de 5 mil oportunidades distribuídas por todos os Estados do país, destinadas a candidatos de todos os níveis escolares e com remunerações de até R$ 16,8 mil por mês. Confira:

INSS
Com a aprovação do Orçamento Federal pela presidente Dilma Rousseff, no fim de abril, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está prestes a receber autorização para seu próximo concurso. A solicitação enviada ao Ministério do Planejamento pede a abertura de 4.730 vagas de níveis médio e superior, mais especificamente para os cargos de técnico do seguro social, analista do seguro social e perito médico previdenciário. Deputados se movimentam pedindo celeridade no aval.

Polícia Federal
A próxima seleção que será realizada pela Polícia Federal (PF) anunciará a abertura de 558 vagas para os cargos de delegado e perito, ambos exigem nível superior completo. Segundo responsáveis pelo setor de recrutamento e seleção da corporação, na última semana o processo do concurso retornou à PF para que fossem atualizadas as informações do impacto financeiro das novas contratações. A atualização já foi feita e encaminhada para análise junto ao Ministério da Justiça, que repassará as informações ao Ministério do Planejamento, último passo para que possa ser dado início ao processo de elaboração dos editais.

Correios
Os Correios (Empresa Brasileira de Correios Telégrafos - ECT) pretendem lançar o tão esperado concurso nos próximos meses. De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, o concurso será voltado para contratação por prazo determinado para substituição de mão-de-obra temporária. Ainda não há informações sobre em quais Estados serão lotados os aprovados e nem para quais cargos serão.

Banco do Brasil
O edital do novo concurso para escriturário do Banco do Brasil (BB) poderá ser publicado nos próximos meses, anunciando a abertura de vagas imediatas - e não mais apenas de cadastro reserva, como é de costume da empresa. A seleção, que não depende de autorização governamental, preencherá oportunidades nos Estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e parte do Amazonas. O cargo requer nível médio completo e apresenta remuneração inicial de R$ 3.280,42, já incluindo os benefícios.

Receita Federal
A Receita Federal do Brasil (RFB) pretende não só abrir concurso, como também iniciar as convocações ainda este ano. Em reunião com Sindireceita, o novo secretário da RFB Jorge Rachid afirmou que a abertura da seleção para auditor-fiscal e analista-tributário, bem como para áreas administrativas, acontecerá tão logo o MPOG dê o aval.

Fonte: Diário do Nordeste

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Juazeiro do Norte (CE): Gari morre em acidente com moto e sua esposa é socorrida ao HRC

Um acidente com vítima fatal foi registrado por volta das 4 horas da madrugada deste domingo na Avenida Castelo Branco perto do cruzamento com a Avenida Ednir Bezerra de Mendonça no bairro Tiradentes em Juazeiro do Norte. O gari Cícero Medeiros de Lima, de 40 anos, que residia na Rua das Flores, 2240 no bairro João Cabral, bateu violentamente sua moto contra um carro que saía de uma das churrascaria nas imediações.

Ele trafegava pela Avenida Castelo Branco e, segundo testemunhas, teria passado direto no semáforo com o sinal vermelho. A moto Honda Titan de cor preta abalroou lateralmente um carro de cor verde que puxava um reboque com equipamentos sonoros após show no estabelecimento durante a noite e madrugada. A vítima teve morte imediata e sua companheira identificada apenas por “Miriam” foi socorrida às pressas e em estado grave ao Hospital Regional do Cariri.

Foi a 14ª morte em acidente de trânsito este ano em Juazeiro do Norte. Outra vítima em acidente aconteceu na BR-116 no município de Milagres causando a morte de uma mulher identificada apenas por “Irenita”, que residia no Distrito de Genezaré na zona rural daquele município caririense.

Demontier Tenório

Fonte: Miséria

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Quando é melhor tomar ibuprofeno ou paracetamol?

Dois dos analgésicos mais comuns do mundo, o paracetamol e o ibuprofeno são comumente usados contra dores de cabeça, cólicas ou febre, por exemplo.

Ambos em geral são seguros se tomados na dose correta e sob recomendação médica, mas como saber qual dos dois tomar?

No Reino Unido, gestantes foram recentemente orientadas a tomar cuidado ao ingerir paracetamol (princípio ativo do Tylenol) , após um estudo da Universidade de Edimburgo sugerir que o uso prolongado do analgésico poderia afetar a saúde reprodutiva de seus filhos.

Segundo as diretrizes do Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS, o equivalente ao SUS brasileiro), paracetamol deve ser tomado na gravidez apenas se realmente necessário e pelo menor período de tempo possível. Pessoas que precisem de tratamento de longo prazo com o analgésico devem fazê-lo sob orientação médica.

E, na gestação, deve-se evitar também o ibuprofeno (princípio ativo do Advil), a não ser que o médico o receite.

Para as demais pessoas, veja o que o NHS e o site americano AskDrSears, especializado em orientação pediátrica, dizem sobre os dois analgésicos.

Os analgésicos até podem ser usado em conjunto, desde que seguindo as orientações da bula e de médicos - e dentro de doses limitadas. Mas esse uso combinado não é recomendado para crianças menores de 16 anos.

Paracetamol
Segundo o NHS, o paracetamol reduz a dor ao afetar os químicos nas chamadas prostaglandinas, substâncias liberadas pelo corpo em resposta a doenças ou lesões. O paracetamol bloqueia a produção de prostaglandinas, fazendo o corpo menos ciente da dor ou da lesão.

É indicado para aliviar dores moderadas e leves, como dores de cabeça, torções e dente. O analgésico também reduz a temperatura do corpo.

A não ser que o médico assim oriente, nunca tome mais do que quatro doses em 24 horas e sempre siga as orientações da bula.

E, se as dores persistirem por mais de três dias, consulte seu médico. Por conta dos efeitos colaterais, nunca é indicado que o paciente aumente ele próprio sua dosagem caso a dor seja severa.

Virtudes
  • A droga age diretamente nos nervos e receptores do cérebro para aliviar a dor, e por isso costuma ser mais eficaz contra dores de cabeça.
  • É seguro para crianças e adultos se tomado corretamente, e os efeitos colaterais são mínimos.
  • Segundo artigo publicado na rede médica AskDrSears.com, seria necessário tomar ao menos sete vezes a dose normal de paracetamol para que a droga se tornasse danosa ao paciente. É seguro tomá-la com outros antibióticos ou medicamentos de resfriado.
  • Pode ser ministrado a bebês, para tratar febres ou dores, desde que eles tenham mais de dois meses de idade.
Defeitos
  • Enquanto o ibuprofeno age em 30 minutos, o paracetamol não tem efeito antes de 45 a 60 minutos desde a ingestão da primeira dose. E a dor e a febre são reduzidas por quatro horas, em vez de seis.
  • O paracetamol não tem as mesmas propriedades anti-inflamatórias que o ibuprofeno, portanto é menos eficaz para reduzir a dor associada à inflamação e à lesão corporal.
  • Ainda que não ataque o estômago, seu consumo excessivo pode ser prejudicial para o fígado e o rim. Portanto, não deve ser usado por pessoas com problemas hepáticos.
  • Em casos mais raros, pode causar reação alérgica (coceira ou inchaço).
  • Quando ministrado de forma intravenosa, pode baixar a pressão.
Ibuprofeno
O ibuprofeno também age nas prostaglandinas e também é usado para conter dores moderadas e leves (de dente, cabeça, lesões esportivas, cólicas, febre e inflações). Mas medicamentos chamados de anti-inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno, parecem funcionar melhor se a causa da dor for inflamatória, como artrite ou lesão, explica o NHS.

Ele não deve ser usado por período prolongado a não ser que haja uma inflamação e que o médico o recomende. O uso prolongado pode causar irritações no estômago, problemas nos rins e cardíacos. Não tome além das doses recomendadas, para não elevar os riscos de efeitos colaterais.

Deve ser tomado com cautela por idosos ou pessoas com problemas estomacais, cardíacos, hepáticos e renais.

O remédio age contra a dor pouco depois de ser ingerido, ainda que o efeito anti-inflamatório seja mais fraco e leve mais tempo para começar a ser sentido.

Deve ser tomado na menor dose possível e pelo menor período de tempo possível.

Virtudes
  • Age contra a febre alta, diminui a dor e a inflamação.
  • Reduz a inflamação no ponto lesionado, portanto é mais eficaz contra a dor dos músculos e contra lesões corporais onde a inflamação é um fator.
  • Segundo o AskDrSears.com, também funciona mais rápido e por mais tempo que o paracetamol, tendo efeito em 30 minutos e podendo durar até seis horas.
Defeitos
  • O ibuprofeno pode agir mais rapidamente que o paracetamol, mas tem alguns efeitos secundários negativos, como o mal-estar estomacal. Se ingerido diariamente durante mais de duas semanas, seus produtos químicos ácidos que podem agravar úlceras estomacais e queimaduras na mucosa do estômago.
  • Convém ingeri-lo com a comida e, se seu uso for contante, com protetores estomacais. Não é comum que ele provoque hemorragia interna ou úlceras, mas é um fator de risco.
  • Ele também pode reduzir a capacidade do corpo em formar coágulos sanguíneos. Por isso, o medicamento será menos eficaz para os pacientes com feridas grandes ou hemorragias consideráveis. O paracetamol não está associado a esses riscos.
  • Em altas doses ingeridas por um período prolongado, pode elevar os riscos de derrame ou problemas cardíacos. Em mulheres, o uso prolongado pode estar associado à redução na fertilidade, mas esse quadro é reversível.
Veredicto final
Ambas as substâncias são analgésicos eficazes e redutores da febre. O ibuprofeno funciona um pouco mais rápido e tem efeito mais duradouro, além de reduzir inflamações.

O paracetamol é comparável em alguns aspectos, mas não tem as mesmas propriedades anti-inflamatórias. No entanto, tem menos efeitos colaterais, como problemas estomacais.

Nunca é demais lembrar que devem ser respeitadas as orientações da bula e que o uso jamais deve ser excessivo ou prolongado sem o devido acompanhamento médico.

Fonte: BBC Brasil

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Dor de cabeça do Brasil ainda nem começou, diz ex-ministro da Fazenda

Diplomata de carreira versado em economia, Rubens Ricupero exerceu funções políticas: foi assessor internacional do presidente eleito Tancredo Neves (1984/85) e assessor do presidente José Sarney (1985/87).

Como ministro da Fazenda, em 1994, no governo Itamar Franco, que ele ficou conhecido como "o sacerdote do real" à frente do plano de estabilização econômica que pôs fim à hiperinflação.

Paulistano do Brás, Ricupero, que foi ainda representante junto aos órgãos da ONU, secretário-geral da Unctad e embaixador em Washington, Buenos Aires e Roma, em nada lembra o estereótipo do diplomata punhos de renda.

Afável e de fala mansa, descendente de italianos –o pai tinha raízes na Púglia e a mãe, em Nápoles–, ele cursou a Faculdade de Direito da USP para, depois, prestar concurso para o Itamaraty e entrar em primeiro lugar num tempo em que a diplomacia brasileira era dominada por sobrenomes pomposos.

Ricupero recebeu a Folha para uma entrevista em que comenta o impasses do ajuste fiscal e do Mercosul, os investimentos que a China anuncia no Brasil e na Argentina e defende a necessidade da retomada de uma agenda de crescimento de longo prazo que incluiria até a vinda de mais imigrantes para o país.

China e grau de investimento
Vejo os resultados da recente visita do primeiro-ministro chinês Li Kenqiang, que recentemente foi recebido pela presidente Dilma Rousseff e assinou acordos de mais de US$ 53 bilhões, se comprometendo ainda com o financiamento de projetos que ajudam a Petrobras, como um verdadeiro golpe de anabolizante no momento em que o país precisa como nunca de estímulo.

Num ambiente em que só se fala de cortes e desse ajuste, de efeito inevitavelmente contracionista, é a primeira notícia de uma agenda de crescimento.

Deixando de lado projetos que podem levar anos para sair do papel, como o da ferrovia até o Pacífico, o que é crucial a curto prazo é dar um fôlego de financiamento à Petrobras –que não teria outra fonte alternativa– e projetos de infraestrutura, sobretudo em ferrovias, que viabilizem a nova rodada de concessões, num quadro de esgotamento da capacidade de financiamento do BNDES.

Mas vejo também que o governo está agora concentrado no curto prazo, na conjuntura, que é o ajuste fiscal.

A propósito da alegada tentativa de reduzir o tamanho do superávit primário e dos consequentes cortes, a questão toda é indagar se os que desejam tal coisa combinaram com as agências de avaliação de crédito, pois um dos objetivos do ajuste é evitar a perda do grau de investimento.

Se as agências entenderem que a manobra reduz a credibilidade do ministro da Fazenda Joaquim Levy, o resultado poderá ser um desastre.

Entretanto, no curto prazo, neste e no próximo ano, tenho esperança que o ajuste proposto pelo ministro Levy vá adiante, mas não acredito que se vá conseguir tudo.

Já agora está cada mais claro que aquela meta anunciada, de 1,2% de superávit primário, está se revelando difícil de atingir neste ano.

Creio, por outro lado, que há um consenso em formação de que a questão não é a mágica de um número, mas a vontade do governo de seriamente fazer o ajuste.

A não ser que haja uma catástrofe inesperada, que o Congresso resolva não aprovar, que haja um retrocesso, se não houver uma bomba, acredito que o ministro possa entregar um ajuste razoável.

Entrando na questão dos números, há dois objetivos no ajuste fiscal.

O primeiro é evitar que a dívida pública aumente em relação ao tamanho da economia, do PIB.

Para isso, a rigor, levando em conta que o déficit do orçamento de 2014 foi de 6,7% do PIB –cifra que Levy ignorava ao anunciar sua meta de superávit primário de 1,2%–, o corte teria de ser maior que ser maior, entre R$ 90 bilhões e R$ 100 bilhões, a fim de evitar que a necessidade do Tesouro tomar empréstimo para financiar o déficit faça crescer a dívida pública.

Na prática, todo mundo aceitaria um corte menor, da ordem do anunciado, por volta de R$ 70 bilhões, por reconhecer que seria difícil chegar ao número ideal devido à economia em recessão e à rigidez do orçamento.

O segundo objetivo do ajuste é restaurar a credibilidade. Isto é, a prova de que o governo não vai continuar a política de gastos irresponsáveis do ano passado e anteriores. Desse ponto de vista, o desalentador agora não é o número do ajuste a ser feito somente pelo Executivo.

O Legislativo e o Judiciário, que fazem parte do governo, querem apenas gastar.

Basta ver somente as medidas aprovadas nos últimos dias, inclusive o absurdo aumento aos funcionários do Judiciário, já entre os mais bem pagos da República.

Nessa situação, volta-se ao remédio de sempre: aumentar impostos, de um setor como os bancos que possui poucos simpatizantes.

Ainda que as agências de avaliação de créditos possam se contentar com um ajuste feito solitariamente por Levy-Dilma, será que isso basta para recriar a confiança perdida dos empresários e investidores internos?

Feliz 2016?
Obtido um ajuste razoável, será preciso criar aos poucos, na hora que sairmos do sufoco, um plano que seja plurianual, que não sejamos mais prisioneiros da servidão do calendário.

A ideia básica do ajuste é evitar que a dívida siga crescendo em relação ao PIB, precisamos estabilizar a dívida e, depois, será preciso baixá-la.

O Brasil tem que financiar isso com taxas de juros de quase 14%. Precisamos de uma política crível de ajuste fiscal para financiar a dívida a um custo razoável.

Em cinco ou seis anos, é preciso aprovar algum tipo de regra como tempos atrás havia proposto o Delfim Netto –e que a presidente Dilma na época achou uma ideia rudimentar.

Ela está pagando o preço disso agora...

A ideia dele nem era tão radical, ele nem congelaria os gastos do governo.

Esses gastos poderiam até crescer, mas não numa taxa que aumentasse a dívida, uma taxa que estivesse ligada ao crescimento da economia.

No ano passado, 2014, por exemplo, a arrecadação do governo aumentou em 2% e os gastos aumentaram em 12%, quase 13%.

E como é você mantém isso com a economia crescendo 0%? Isso é insustentável.

O Brasil precisa voltar a crescer 3,5%, 4%. E temos que aperfeiçoar as instituições públicas, até porque esse sistema partidário é uma vergonha.

O Brasil parte de um patamar de miséria muito grave, temos que crescer como os asiáticos, durante 30 ou 40 anos. Isso é a pré-condição para o resto.

A curto prazo, a operação Lava Jato é um choque que o país precisava, pois estávamos institucionalizando um sistema produtor de corrupção.

Esse caso da Petrobras, por exemplo: é mentira que ele tenha sempre existido, fui ministro da Fazenda e não havia isso.

E dizer que o presidente não sabe, é uma conversa, é você não querer ver.

A responsabilidade aí não precisa ter a impressão digital, a responsabilidade política é total.

Ajuste fiscal e inflação
Espero que se consiga retomar uma visão de país no médio e no longo prazo. Isso depende do quê? Que o ministro Levy tenha um êxito razoável –se ele tiver uns 70% de êxito, já uma grande coisa. E que, em algum momento, ele precisa complementar esse ajuste com uma agenda positiva de desenvolvimento, pois só o ajuste, embora ele negue, vai aprofundar a crise.

De onde virá o dinheiro, com o corte de investimento do governo, dos chineses?

Com o aperto de crédito, o setor automobilístico está devastado, não há dinheiro para a agricultura, para as bolsas do Fies. O que está ameaçador é o problema do crédito, antes até da inflação e do desemprego.

Toda essa movimentação em torno do ajuste fiscal é importante, é inegavelmente necessária, mas vou fazer até uma comparação: quando fui ministro, naquele período em que eu sucedi o Fernando Henrique Cardoso no Ministério da Fazenda, nós estávamos preparando o lançamento do real como moeda.

O Fernando Henrique, que foi o homem que organizou a equipe e que lançou a Unidade Real de Valor (URV), deixou o governo em fins de março de 1994. Eu entrei e naquele momento estávamos preparando a moeda que foi lançada.

Quando estávamos preparando o real, eu dizia que a moeda e a estabilidade que ela traz é apenas o patamar, a base do monumento.

Acabar com a inflação foi apenas o começo –e nosso problema àquela altura era a hiperinflação, de quase 50% ao mês, quase 2% ao dia.

Hoje, eu tenho medo, embora ache que isso não vai voltar.

Mas ainda temos algumas formas de indexação, índices que servem para reajustes de aluguel por exemplo. Nos EUA não tem nada disso.

Marola no fim do túnel
O governo, o PT, eles nunca vão confessar isso, mas quebraram o país duas vezes, em 2010 e em 2014, para ganhar a eleição. Embora tenhamos que admitir que em 2008 e 2009 a política para driblar a crise mundial tenha sido no Brasil rápida e correta, uma resposta adequada, que amorteceu o impacto, embora tivéssemos uma queda do PIB.

Mas no último trimestre de 2009, quando a economia já estava aquecida, os sinais eram claros de que não era preciso continuar aquilo, mas eles mantiveram isso em 2010 porque era um ano eleitoral.

Quebraram o país e elegeram a Dilma. Foi um crime premeditado, friamente eles jogaram tudo para criar um ambiente de euforia e ganhar a eleição –foi quando o Serra foi candidato contra ela.

Aí já ela herdou uma situação mais difícil, ela tentou reagir, mas a indústria estava combalida, corroída pelo câmbio...

O futuro do Mercosul
Todos os programas latino-americanos de integração que precederam o Mercosul, como a Alalc (Associação Latino-Americana de Livre Comércio), partiam de uma premissa: só a industrialização permitiria disseminar a tecnologia e o aumento da produtividade que são sinônimos de desenvolvimento.

Assim, como na América Latina com os mercados tinham uma dimensão insuficiente, seria necessária um sistema de ampliação através de acordos.

A ideia por detrás desses acordos, da integração, estava a ideia de que a industrialização precisava de escala, cada país fabricava uma parte, dividindo a linha de produção.

Mas desaparecendo a indústria, desaparece a integração, porque nós não vamos vendendo soja ou milho um para o outro, ou carne etc.

Não é por aí e, antes mesmo desse acordo recente entre Brasil e China, já havia todo esse debate dos argentinos importando autopeças dos chineses. É um tema que vai causar dor de cabeça aqui, mas é apenas o topo do iceberg.

O desafio que a China representa para a Argentina, e também para nós, é que ela põe em cheque a ideia da integração latino-americano.

Os EUA ameaçaram essa ideia quando lançaram a ideia da Alca, que é muito pouco sobre comércio e muito sobre propriedade intelectual, serviços financeiros, arbitragem etc.

Eles, em resumo, queriam com a Alca que abríssemos tudo, mas ofereciam muito pouco, por isso fui contra.

No caso da América do Sul, se abrirmos mão a da industrialização, vamos que repensar toda a integração.

A integração foi feita em cima da premissa da necessidade dar uma dimensão maior para a indústria –e era para a agricultura, não era para os serviços.

A Argentina está tentando um programa de reindustrialização e o Brasil não abriu mão disso.

O problema da Argentina, sua grande vulnerabilidade, é que eles não têm acesso aos mercados mundial de capitais.

O governo brasileiro poderia ter feito um acordo, mas não o fez, e eles assinaram um acordo com a China, que está financiando fortemente a Argentina, que aliás não tem outras alternativas.

Isso vai ter consequências para nós, os chineses também vão financiar lá obras de infraestrutura, em detrimento das construtoras brasileiras que já construíram lá no passado.

Agora, só vai ter para os chineses, eles financiam, constroem e trazem tudo: vão fornecer tudo e também o equipamento. Se fizerem uma ferrovia, vão vender a locomotiva e assim por diante.

E estamos chegando a numerosos impasses no Mercosul, nas autopeças etc. E nossos insumos são mais caros do que os chineses, não temos hoje muita competitividade, não temos muita capacidade de oferta.

A integração latino-americana já está em crise há muito tempo desde que diversos países assinaram acordos com os EUA, e agora vai ficar ainda mais complicada.

Os acordos comerciais têm importância, mas são secundários na estratégia comercial de um país. Para crescer mediante exportação, o Brasil precisa recuperar a sua capacidade de oferta, ter produto com qualidade, preço e prazo de entrega –e em muitos setores perdemos isso, em automóveis, em máquinas, em calçados...

Se o país não tiver capacidade de oferta, não adianta só o acordo de comércio.

Brasil grande?
O Brasil não tem riqueza suficiente, é um país pobre, que cresceu pouco no passado.

Eu nunca concordei com aquela frase do FHC, para quem o "país não é pobre, é país injusto"...

Pode ser que seja rico em recursos naturais, mas não em produtividade, em aparato produtivo...

No século 19, crescemos pouquíssimo, as exportações quase que se arrastavam.

Depois de 1870, a Argentina passou na nossa frente, com uma dianteira enorme.

Mesmo quando crescemos muito, nunca foi por tempo suficiente para mudar essa realidade.

Queremos dar condição de vida às pessoas, mas é preciso estar atento ao populismo distributivo.

Os 12 anos do PT foram uma revolução cultural. Nunca votei neles, mas considero que a chegada ao poder do PT representou uma mudança histórica e cultural.

É uma pena que eles não tenham evoluído para manter aqueles ideais de fundação do partido.

Acho indispensável que haja um partido de esquerda, de promoção do povo, redistribucionista, mas eles perderam o rumo.

Em geral as "religiões", quando se afastam das suas origens, elas tentam se reformar, mas não conseguem, esses "pecados" são irreversíveis.

Quando se diz que o Lula continuou o FHC, e eles protestam, não é que fosse contínuo, era diferente em privatizações por exemplo, mas era compatível.

Desde o fim do regime militar –e aí incluo o Sarney, que tentou, no Plano Cruzado e deixou o legado da Constituição e da democracia, e o próprio Collor, teve sua contribuição naquele agiornamento da agenda brasileira, feito rápido e mal feito–, todos tiveram a sua contribuição; e Itamar inclusive, que resolveu duas crises herdada do período militar em dois anos de governo: a inflação, com o real, e a crise na balança de pagamentos, as duas em 1994.

Esse ideia de que é preciso de muito tempo para mudar as coisas, é uma conversa fiada.

Parlamentarismo hoje
O Brasil ampliou enormemente seu corpo eleitoral. Temos hoje, depois da Constituição de 1988, quase 150 milhões de eleitores. Não dá para negar que isso tenha sido um progresso.

Chegamos a uma situação que, em termos eleitorais, a franquia praticamente é universal, podem votar até pessoas de 16 anos e só não vota quem não quer.

É claro que se pode dizer que não resolve, que é uma coisa formal, que o sistema eleitoral está errado, o sistema de representação, a influência do dinheiro etc.

Poder Legislativo que se supera a cada dia em casuísmos cínicos e degradantes como os detalhes da PEC da Bengala e da PPP para construir shopping no Congresso ao custo de um bilhão.

O sistema político é um corpo em decomposição: não é que o sistema iniciado em 1985 esteja em decadência; é muito mais grave. O nível de degradação é tal que provavelmente não haja mais possibilidade de cura sem ruptura e trauma. Fica a sensação de que nunca os políticos com poder decisório tinham descido a níveis de tamanha ignomínia e baixeza.

Nesse contexto institucional, o problema não é indagar se voltaremos a crescer um dia, é perguntar se seremos capazes de sobreviver a tanta irresponsabilidade e loucura.

Sim, há muita coisa que se pode aperfeiçoar no campo político –e eu sempre fui a favor do Parlamentarismo, que eu acho um sistema adequado, desde que haja uma mudança na lei para termos menos partidos, com regras estritas de financiamento, voto distrital misto etc.

E acho também que a mudança que permitiu a reeleição, durante o governo FHC, foi funesta para o país.

Estamos agora numa situação curiosa e me parece estranho que o PMDB não tenha ainda levantado a bandeira do Parlamentarismo. Talvez porque eles sintam que já se queimaram várias vezes, que a população ficou contra o Congresso, mas o fato é que o PMDB parece feito para o regime parlamentar: entre seus líderes principais, nenhum deles parece que ganha uma eleição majoritária, para presidência, mas há entre eles vários líderes que poderiam ser primeiro-ministro, o Temer, o Cunha, o Renan.

Não estou dizendo se é bom ou ruim, se você gosta ou não, mas são homens que têm força, têm peso político, eles deveriam ser favoráveis ao regime parlamentar.

Na prática, hoje, temos o pior dos dois mundos, porque o Parlamento tem o poder e não tem responsabilidade.

O fato de que Cunha e outros se eximam de votar coisas que podem arruinar as finanças, mostra que para eles é como se o Executivo fosse o outro país, o planeta Saturno.

No Parlamentarismo, o governo emana do Parlamento, não pode fazer loucuras, ele tem a maioria do Parlamento. Se ele fizer uma loucura financeira, derruba o governo. Aliás, se houvesse Parlamentarismo, é provável que Dilma já tivesse caído, a eleição do ano passado foi um erro histórico.

Povoamento e demografia
Se não fosse velho, eu estaria estudando esse fenômeno da fronteira agrícola que começou no oeste do Rio Grande do Sul, colonizou o oeste de Santa Catarina e do Paraná, extravasou para o Mato Grosso do Sul, passou pelo Paraguai e foi subindo até chegar, nos anos dos militares, na década de 1970, a Rondônia.

E hoje em dia chegou ao sul do Piauí, sul do Maranhão, Tocantins e Bahia: todos são gaúchos, a imensa maioria tem origem italiana, mas há também os que têm origem alemã e polonesa.

E entre esses de origem italiana, há vênetos e trentinos, que forneceram tanto a liderança representada pelos empresários da agroindústria, como também a do MST, caso do Stédile e de outros.

Em resumo, alguns ficaram com a bandeira vermelha e os outros foram ganhar dinheiro, embora fossem a mesma gente.

No Brasil, até esse movimento da conquista de novas fronteira agrícolas protagonizado pelos gaúchos coincide com o primeiro momento em que o país passa a ter um excedente de população.

No passado, o fornecimento de mão de obra, vinha sempre do estrangeiro: ou era a escravidão, ou era a imigração.

Foram essas colônias, onde as famílias, de camponeses do Rio Grande do Sul tinham muitos filhos, que mudaram essa tendência. Isso está transformando o Brasil.

Mais novos imigrantes
Nos nossos dias, mudando um pouco o foco, uma das únicas saídas para o Brasil é incentivar a imigração.

Temos que trazer gente e, de fato, estão entrando pessoas da África, do Haiti, da Bolívia –e nós precisamos deles.

Eu diria que é isso imprescindível: estamos numa situação grave do ponto de vista demográfico.

Temos hoje uma taxa de fecundidade abaixo do nível de reposição, que é, no mínimo 2,1 ou 2,2.

Isso quer dizer que cada mulher em sua idade fecunda teria que ter em média 2,2 filhos.

No fundo, o raciocínio demográfico parte do pressuposto que a taxa de fertilidade traduz e ideia que cada casal homem e mulher teoricamente, para a população ficar estável, deveria deixar atrás de si um homem e uma mulher.

Qualquer número abaixo de 2,1/2,2, se não houver imigração, a população com o tempo diminui.

Na época que eu nasci, em 1937, a população brasileira era de 39 milhões de habitantes. Eu tenho 78 anos e o país tem 203 milhões de habitantes.

Boa parte da minha vida coincidiu com a explosão demográfica brasileira.

Houve um momento que a taxa de aumento anual da população, ou taxa demográfica, era de 3,4, isso nos anos 1960. Agora é de 0,8 e está caindo...

A partir do ano 2003 –não por acaso o primeiro ano do Lula na presidência, daí a sorte que ele teve na redistribuição– a taxa ficou negativa, caiu abaixo de 2.

Hoje em dia está em 1,8 e é muito difícil reverter isso.

Países como Japão ou Estônia têm taxas catastróficas, de 1 ou 1,1; a Itália e a Espanha têm a taxa de 1,2.

A saída é a imigração e o Brasil não tem hoje uma política ativa de imigração e as leis brasileiras são muito restritivas, mesmo para imigrantes altamente qualificados: é difícil para um conseguir um visto de trabalho ou de permanência no país e a nossa mentalidade ainda é a do Estado Novo, de ªprotegerº o trabalhador brasileiro.

Hoje é mais fácil imigrar para o Canadá ou para a Austrália do que vir para o Brasil.

O imigrante é sempre o indivíduo que tem a coragem de enfrentar no seu DNA, eu acho que deveríamos incentivar a vinda de imigrantes em geral. A imigração é necessária também em termos quantitativos.

Fui embaixador na Itália e perguntei a um grande sociólogo "onde foi parar o dinamismo da população italiana?" E ele respondeu: "está no seu país!"

Acho que aqui deveríamos ter mais chineses, mais haitianos, mais africanos.

Olha que maravilha que foi a imigração japonesa!

Nós devemos nos convencer que a política proativa de imigração é uma das poucas saídas que o Brasil tem –e olha que elas não são muitas.

Fonte: Folha.com

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Crato (CE): Dupla arromba a porta da casa e mata algoz enquanto este dormia

Mais um homicídio foi registrado em Crato se constituindo no segundo deste final de semana no município já que às 20 horas de sexta-feira o menor Cícero Henrique dos Santos Bernardo, de 15 anos, foi morto a tiros perto de sua casa na Rua Professora Rosa Ferreira Nobre do Conjunto Vitória Nossa no Seminário. Por volta das 05h30min deste domingo foi o estudante Erlanio Rodrigues de Oliveira Júnior, de 22 anos, que residia na Rua São Cristóvão, 383 (Bairro Alto da Penha) em Crato.

Ele estava dormindo quando dois homens chegaram em uma moto, arrombaram a porta de sua casa e passaram a efetuar disparos de revólver. Ele morreu na cama e o corpo apresentava quatro perfurações à bala, sendo duas na coxa esquerda e outras duas no rosto. A polícia foi acionada e uma patrulha com os Cabos B. Marques e Nascimento e o Soldado Alves esteve no local a exemplo de uma equipe do SAMU que apenas constatou o óbito. Segundo familiares, Erlanio tinha inimigos no bairro Muriti onde morava anteriormente.

Esse foi o motivo de sua mudança para um novo endereço no Alto da Penha. De acordo com a polícia, a vítima respondia por crimes de roubo (20/04/2011) e porte de faca. Este último aconteceu no dia 18 de março de 2014 quando Erlanio foi preso na Rua Padre Limeira (Bairro Muriti). Na época, disse que trabalhava como montador de moveis e estava armado com uma faca. Ele era ainda suspeito de envolvimento em um homicídio.

Demontier Tenório

Fonte: Miséria

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O desafio de comer fora sem sair da dieta

Quando começamos uma dieta, é normal ter o pensamento focado em não cometer deslizes. Embora estejamos monitorando tudo que comemos, isso não deve nos impedir de ter o prazer de comer fora. O medo bate porque, na rua, os pratos geralmente são grandes e, em muitos restaurantes, a noção de preparar uma comida light significa colocar apenas uma colher de manteiga no molho em vez de duas. Mas com bom senso e um pouco de coragem, é possível que a gente encontre os amigos em bares, lanchonetes e restaurantes sem deixar de lado a mentalidade da reeducação alimentar.

Separei algumas estratégias baseadas no Plano de 21 dias, da nossa série Dieta dos números, que podem ajudá-lo a assumir o comando diante dessas situações. Elas envolvem, dentre outras coisas, planejar antecipadamente o lugar onde vai comer o que irá pedir, prestar atenção ao tamanho das porções e ficar de olho nos sinais de fome e saciedade.

Estratégia 1: Prepare o pedido.
Se você está pensando em experimentar um novo restaurante, dê uma passada nele e analise o cardápio antes de entrar. Será que as opções estão dentro do que você pode e espera consumir? Alguns estabelecimentos colocam os cardápios do lado de fora e, outros, até disponibilizam online. É claro que não vai dar para saber o tamanha das porções, mas conhecer a oferta de refeições já ajuda bastante.

Se você janta fora com frequência, que tal fazer uma listinha com restaurantes “amigos da dieta”? Ou seja, lugares onde você vai conseguir uma refeição saborosa e de baixa caloria. É bom fazer uma lista paralela marcando os restaurantes dos quais você deve passar longe, a menos que tenha uma força de vontade imbatível. O grande vilão dessa lista é o rodízio, seja ele qual for: carnes, massas, comida japonesa, petiscos, crepes, etc. Até os bufês de salada, que parecem saudáveis, estão cheios de pratos repletos de calorias como as saladas de massa com maionese.

Os fast-foods, embora já ofereçam opções mais “saudáveis”, também são um tentação que você pode evitar. Se for mesmo necessário, foco nas opções menos agressivas, como os sanduíches sem queijo ou com pouco queijo, redução da quantidade de molho, acompanhamento de salada em vez de batata frita.

Estratégia 2: Assuma o controle à mesa.
É importante estar no comando na hora de comer fora. Como?

Peça e receba o que pedir: Os garçons devem saber como um prato é preparado, quais os ingredientes e o tamanho da porção. Então pergunte. E peça do SEU jeito. Se o burrito parece bom exceto pelo fato de estar afogado em creme, peça para que tirem o creme. Se você quer o peito de frango grelhado de pele, informe na hora do pedido. O estabelecimento deve estar disposto a preparar a comida de formas alternativas.

Peça um prato de cada vez. Um dos prazeres de jantar fora é fazer isso com calma, ou ao menos deveria ser assim. Infelizmente, em muitos restaurantes os garçons apresam a refeição, sugerindo ou trazendo um prato após o outro. O objetivo da casa é fazer você jantar e ir embora logo para que ela acomode mais clientes. Não caia nessa: coma com calma e reserve pelo menos 20 minutos entre os pratos.

Estabeleça o limite. Pergunte se a cozinha pode preparar meias porções. Se o prato pedido for grande demais, peça na hora para que o garçom sirva apenas metade e embale o restante para que você leve para casa. Não se sinta obrigado a comer tudo de uma vez.

Assuma o comando. Não se deixe levar por entradas com cestas de pão, manteiga, pães de queijo e todas essas opções comuns nos restaurantes.

Estratégia 3: Gerencie o cardápio
É importante ter sabedoria na hora de escolher. Como?

Monte um prato colorido. Molhos cremosos são bege, certo? De onde a maioria dos pratos obtém as cores mais brilhantes? De legumes, verduras e frutas, é claro. Escolha os pratos mais coloridos do cardápio e a possibilidade de pedir os mais saudáveis e com menos calorias é grande.

Peça aperitivos e acompanhamentos. Outra estratégia de dieta favorita: ignore a seção de pratos principais do cardápio e escolha apenas algo das seções de aperitivos, entradas e acompanhamentos. Com as porções dos restaurantes de hoje, um aperitivo, entrada ou acompanhamento em si já compõe uma refeição perfeita.

Crie seu próprio bufê. Se você estiver jantando fora com amigos que compartilham do seu receio de exagerar, combinem dividir os pratos principais. Se vocês são quatro, peçam dois ou três pratos. Você terá a chance de provar uma variedade maior de itens e manter as porções pequenas. Mas cuidado: quando a oferta é grande, algumas pessoas acabam comendo muito mais.

E lembre-se: é geralmente nos fins de semana que a rotina mergulha no caos. Novas tentações surgem de todos os lados: restaurantes badalados, cachorro-quente e pipoca para assistir o jogo de futebol, almoços de domingo e churrascos. Com um pouco de planejamento é possível resistir à todas essas tentações. Afinal, reeducação alimentar de verdade não tem exceções (ao menos não o tempo todo!)

Por: Marina Góes

Fonte: Seleções

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EUA devolvem fósseis do Cariri

A temática relacionada aos fósseis está em alta no Cariri. Dessa vez, o repatriamento de três peças apreendidas pela polícia americana, que devem retornar ao Cariri. O material fóssil foi confiscado pelos agentes e encaminhado pelo FBI à Superintendência da Polícia Federal em Brasília. O material deverá ser entregue ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), e, posteriormente, para o escritório do órgão, em Crato, após a conclusão das investigações.

As três peças de peixes fossilizados, um Rhacolepif buccalis Agassiz e dois Vinctifer Comptoni Agassiz encontram-se com a PF há dois meses. São fósseis de mais de 115 milhões de anos, do período Cretáceo. Cada uma das peças é avaliada no mercado negro em cerca de US$ 2 mil. Uma solicitação para salvaguarda e estudo do material foi encaminhada pela Universidade Regional do Cariri (Urca), por meio do Laboratório de Paleontologia.

Preservação
O material foi extraído da Bacia Sedimentar do Araripe. O chefe do escritório do DNPM, em Crato, Artur Andrade, disse que esse é mais um resultado importante no que diz respeito à preservação dos fósseis da área. Conforme Artur, essa é a segunda vez neste ano, que a polícia americana informa sobre apreensão de material fóssil, que poderia ter sido retirado da Bacia do Araripe, que é formada por áreas dos Estados do Pernambuco, Ceará e Piauí.

Andrade destaca a preparação das peças, que certamente seriam destinadas a algum colecionador ou expostas em museus dos Estados Unidos. O coordenador do Laboratório de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri (Urca), professor Álamo Feitosa, preparou, na tarde da última segunda-feira, documento solicitando as peças para a Urca, para serem avaliadas e posteriormente encaminhadas ao Museu de Paleontologia, em Santana do Cariri, onde estão abrigadas mais de 9 mil peças da era Cretácea.

Exames
Segundo os técnicos, não se tem ideia de quando o material foi retirado da área da Bacia do Araripe. Foram realizados exames laboratoriais e morfológicos das peças, tanto no Brasil como nos Estados Unidos. "O que chama a atenção é o tratamento que foi dado a esse material", afirma o professor Álamo Feitosa. Segundo ele, esse tipo de trabalho costumava ser desenvolvido por quadrilhas internacionais especializadas que atuavam na região do Cariri.

De acordo com Artur Andrade, o FBI apreendeu peças fossilizadas e a suspeita era de que esse material também fosse da região. Ele ainda chegou a avaliar, mas não tinha semelhança com o fóssil extraído da região. "Com certeza essas três peças seriam encaminhadas para um museu de alto nível", diz Artur.

O chefe do DNPM no Cariri afirma que, como as peças estão bem trabalhadas, pretende destinar pelo menos uma delas para exposição no museu do DNPM, em Crato. Ainda salienta que não são fósseis raros na região.

O chefe do escritório destaca o reconhecimento das autoridades americanas, no que diz respeito ao material extraído, demonstrando, atualmente, o combate ao tráfico internacional de forma mais efetiva.

Há cerca de 15 dias, 68 de 3 mil peças começaram a ser devolvidas pela Polícia Federal à Urca. O material está passando por uma triagem no Laboratório de Paleontologia. Mais de 2.900 peças devem ser devolvidas para o Cariri pela Universidade de São Paulo (USP), após autorização judicial. Os fósseis foram apreendidos no interior de Minas Gerais e São Paulo, além do Ceará, em poder de uma quadrilha internacional.

Para Álamo, sem dúvida, esse é um grande momento para a Paleontologia, justo no momento em que o Cariri se prepara para realizar na região o 26º Congresso Brasileiro de Paleontologia, onde estarão reunidos os maiores estudiosos do tema, para abordar as principais descobertas e avanços na área nos últimos anos.

Pelo fato de que o contrabando tem sido recorrente, Álamo destacou a parceria da polícia americana na descoberta e repatriamento das peças, dando uma contribuição importante para a ciência. O professor afirma que a luta contra o tráfico de fósseis tem sido minimizada, a cada ano, principalmente com os avanços relacionados à atuação de estudiosos na região e divulgação da grande importância do material contido na área da Bacia Sedimentar do Araripe.

Mais informações
Geopark Araripe
Universidade Regional do Cariri (URCA)
Rua Carolino Sucupira, S/N
Pimenta
Telefone (88) 3102-1237

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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11 alimentos que desintoxicam seu corpo e turbinam a sua saúde

Basta exagerar um pouco no consumo de guloseimas e petiscos que a intoxicação bate a sua porta e causa estragos. Falta de apetite, inchaço, náuseas, vômitos e diarreia são apenas alguns dos sintomas.

Sem falar aquela sensação de que passou da conta. A desintoxicação consiste no processo de eliminação dos excessos e das toxinas acumuladas no organismo.

Essas toxinas são substâncias nocivas encontradas em aditivos, conservantes, corantes, adoçantes ou mesmo na poluição. Se por um lado, a alimentação pode causar intoxicação, por outro lado, existem alimentos como frutas e grãos, que ajudam a desintoxicar o organismo de forma natural e saudável.

A seguir, a nutricionista da Unifesp e da Fundação Uniban, Ana Maria Figueiredo preparou uma lista com alimentos para lá de recomendados para esta missão.

1- Abacaxi
O abacaxi é diurético, facilita a digestão, especialmente de carnes, e desobstrui o fígado

2- Arroz
Rico em fibras, o arroz integral faz o intestino funcionar melhor e favorece a eliminação de toxinas, mantendo a pele saudável.

3- Maça
A maçã é rica em fibras, que funcionam como esponja dentro das artérias limpando o sangue do colesterol. É recomendada nas afecções de estômago, bexiga e rins. Antiácidas, ativam o fígado e dissolvem o ácido úrico, que retém líquidos no organismo.

4- Mel
Além de adoçar sucos e chás, o mel pode ajudar a tratar muitas doenças, como gripe, asma, amigdalite e bronquite. Delicioso e fresco ainda auxilia problemas de circulação e dos músculos.

5- Melancia
A melancia tem propriedade refrescante e diurética, ajudando a limpar o organismo. Uma ótima receita é preparar o suco de melancia com gengibre, outro poderoso desintoxicante.

6- Laranja
A laranja tem ação desintoxicante e auxilia o funcionamento intestinal, principalmente quando ingerida com o bagaço.

7- Gengibre
O gengibre estimula a digestão, alivia a constipação intestinal e ativa o metabolismo. Contém quantidades pequenas de vitamina C, cálcio, potássio, ferro, fósforo e magnésio. É rico em fibras e é usado como um alimento digestivo e refrescante.

8- Couve
A couve carrega doses de ferros, que ajuda na formação de hemoglobina que transporta oxigênio para os tecidos.

9- Berinjela
A berinjela é muito digestiva, nutritiva e laxante, por esse motivo é indicada nos casos de indigestão e prisão de ventre.

10- Hortelã
A hortelã é uma erva rica em vitaminas A,B e C, minerais (cálcio, fósforo, ferro e potássio), que exercem ação tônica e estimulante sobre o aparelho digestivo, pode ser utilizada em chás, saladas e preparações em geral. Uma boa pedida é o suco de abacaxi com hortelã.

11- Salsão
O salsão é rico em fibras, que favorecem o trânsito intestinal.

Fonte: Minha Vida

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Crato (CE): Professor de escolinha de futebol é preso sob acusação de crime de pedofilia

A polícia de Crato prendeu Raimundo Rodrigues dos Santos, de 45 anos, sob a acusação de crime de pedofilia. Há dois meses, ele vinha sendo investigado por inspetores da Delegacia Regional de Polícia Civil daquele município quando foi solicitado ao poder judiciário um mandado de busca e apreensão para aprofundar as averiguações. O mesmo atua como professor de uma escolinha de futebol e a polícia tinha obtido informações apontando para aliciamento dos alunos com idades entre 8 e17 anos.

Na casa do professor Raimundo, os policiais recolheram seu aparelho celular com dezenas de fotografias e vídeos contendo garotos despidos e praticando atos libidinosos. Segundo a polícia, o processo de investigação foi deflagrado a partir da denúncia feita pela mãe de um dos freqüentadores da escolinha. Ela disse ter flagrado o garoto trocando mensagens e fotos pornográficas com o seu professor.

Inclusive, nesse diálogo, segundo relatos da mãe à polícia, Raimundo Rodrigues propunha o pagamento de certa quantia em dinheiro para o agendamento de encontros libidinosos com o adolescente de 13 anos. Em contrapartida, este enviava fotos exibindo seus órgãos genitais. De acordo com a polícia, o professor Raimundo vai responder pelo armazenamento de imagens pornográficas infantis e aliciamento de crianças podendo pegar pena de até 7 anos de reclusão.

Demontier Tenório

Fonte: Miséria

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Sem tempo para aprender? Veja como a educação online pode ajudar a carreira

A opção pela educação a distância tem crescido entre aqueles que procuram o ensino superior, inclusive em universidades tradicionais. No mundo corporativo, o desenvolvimento de carreira utilizando meios online também tem ganhado atenção em um mercado competitivo, onde profissionais têm cada vez menos tempo.

Segundo especialistas consultados pelo UOL, essa continua sendo a principal razão para optar por métodos onlinricae de educação, além da comodidade.

Para Luciano Sathler, diretor da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), as mudanças nos processos de trabalho são muito rápidas, fazendo com que os profissionais precisem estar praticamente em um treinamento constante, o que seria impossível em cursos tradicionais. "Com o método online, é possível aprender até sem sair do espaço de trabalho e na hora que precisa", afirma.

Games e redes sociais
O rápido avanço tecnológico provocou mudanças nas ferramentas usadas nesse tipo de educação. Hoje empresas desenvolvem vídeos, games e até redes sociais específicas para treinar seus funcionários, onde eles podem trocar experiências.

Levantamento divulgado pela Ciatech, empresa do grupo UOL especializada em treinamento corporativo a distância, aponta essas possibilidades tecnológicas como tendências para o futuro.

"Os funcionários podem aprender uns com os outros no meio digital. Isso é relativamente novo. Redes sociais eram vinculadas a diversão, mas hoje também são focadas no ambiente profissional", afirma Rodrigo de Godoy, gerente de treinamento corporativo da Ciatech.

Um exemplo do uso de tecnologias diferentes na educação é o do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que oferece cursos a distância gratuitos com games. Entre os objetivos estão ensinar pesquisa de mercado, identificar o perfil do cliente e dar noções de empreendedorismo.

Instituições internacionais com cursos gratuitos
Diversas instituições do mundo todo oferecem cursos online, inclusive gratuitos. Muitas delas estão reunidas no Open Education Consortium (consórcio de educação aberta).

No Brasil, a FGV (Fundação Getulio Vargas) faz parte do consórcio, oferecendo cursos como "Introdução à Administração Estratégica", "Ética Empresarial" e até mesmo "Como Planejar a Aposentadoria", "Como Organizar o Orçamento Familiar" e "Como Fazer Investimentos - Básico".

Cursos gratuitos online

Open Education Consortium

Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas)

FGV (Fundação Getulio Vargas)

Coaching a distância
Outra modalidade de desenvolvimento profissional que está ganhando espaço são os coachings a distância.

Felipe Maluf, sócio-diretor da YCoach, empresa que oferece o serviço, afirma que atualmente 20% a 30% das pessoas que atendem fazem coaching utilizando ferramentas de vídeo, como o Skype. Alguns clientes estão em outros países, e o coach nunca chegou a vê-los pessoalmente.

Mesmo assim, ele defende que a experiência presencial é mais rica. "A relação humana é insubstituível", afirma. "A tendência [da demanda por online] é aumentar. Mas o coach a distância é para quem não tem outra opção. Enquanto estiver na minha alçada, vou fazer de tudo para que os encontros sejam presenciais, porque são mais prazerosos e produtivos".

Resistência do mercado
Principalmente no mercado de educação formal, como em universidades, os cursos a distância ainda enfrentam barreiras e desconfiança. Sathler acredita que no mundo corporativo essas dificuldades são menores, porque os cursos voltados para empresas são livres e mais específicos.

Para Rodrigo de Godoy, a barreira tende a diminuir. "É o mesmo caminho pelo qual passaram as compras online ou o acesso a bancos via internet. Pessoas que utilizavam esses serviços eram vistas como corajosas, hoje isso é banal".

Fonte: UOL

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Juazeiro do Norte (CE): Cidade quer saída para caos na saúde

Os graves problemas relacionados ao atendimento na área da saúde e o não cumprimento de ordens judiciais voltam a ser tema de debate durante esta semana, em Juazeiro do Norte, por parte do Ministério Público. O setor está sob intervenção na cidade desde o mês de abril, e continuam sendo avaliados pela justiça federal documentos que podem evidenciar gastos indevidos, ocasionando questões relacionadas a atos de improbidade administrativa durante a atual gestão.

Uma das questões que evidenciam o que promotores classificam de desorganização do setor é a troca de sete secretários de saúde em praticamente dois anos de administração.

O evento faz parte de uma das etapas integrantes para conclusão de um plano de trabalho, voltado apenas para a revi-talização do serviço público de saúde do Município. O procurador da República, Rafael Ribeiro Rayol, classifica como caótica a situação do setor em Juazeiro. "O município está com uma patente em caos muito elevada, absoluta", afirma o procurador. A primeira etapa dos trabalhos visa a recomposição da saúde pública. "Que a população possa ter alguma confiança de saber esperar pelo serviço e suas demandas possam ser atendidas com qualidade e no tempo devido", ressalta.

Universalização
As discussões foram acompanhadas por defensores públicos, gestões da saúde do município e integrantes do Ministério Público Estadual. O subprocurador-geral federal dos Direitos do Cidadão Adjunto, Humberto Jacques, destacou o cumprimento dos papéis dos três entres da federação e garantia da universalização da saúde. Ele ainda disse que chegar ao processo de judicialização é algo delicado e que o mais importante é que os setores estejam voltados para a reorganização do setor para atender à população, sem gerar maiores prejuízos, como atualmente vem acontecendo.

Em busca de atendimento, muitas pessoas ingressam com ações na Justiça ou com denúncias nos Ministérios Públicos ou nas Defensorias Públicas. A judicialização da saúde foi tema um seminário promovido, no município, pelo Ministério Público Federal (MPF), no último dia 19 de maio.

Os profissionais das áreas de Direito e Saúde que trabalham em órgãos públicos em Juazeiro do Norte discutiram formas de amenizar os impactos gerados pela judicialização e pelo não cumprimento de decisões judiciais na gestão e na qualidade dos serviços do setor. Para o procurador da República Rafael Ribeiro Rayol, para evitar que o cidadão busque através da Justiça o tratamento que é assegurado pela Constituição Federal, o município precisa primeiro garantir transparência na prestação dos serviços.

"Quando não for possível oferecer o tratamento, que não só encaminhem, mas que possam dar repostas aos pacientes, informando como está o agendamento da consulta, da cirurgia, o pedido de medicamento", explicou. "É preciso fazer com que a população tenha confiança no sistema de Saúde", completou.

A doutora em Saúde Pública e professora da Universidade Federal Vale do São Francisco, Ângela de Oliveira Carneiro, auditora nomeada pela Justiça Federal para coordenar, junto com o MPF, o trabalho de intervenção em Juazeiro do Norte também participou dos debates.

Ângela destacou o trabalho que vem realizando para perceber a fundo os problemas relacionados ao setor e disse que há pelo menos da parte dos profissionais a boa vontade em possibilitar que os problemas sejam sanados. Por sua vez, o subprocurador-geral federal dos Direitos do Cidadão Adjunto, Humberto Jacques disse que outras cidades brasileiras que contam com recursos financeiros, rede de atendimento e estrutura acadêmica semelhantes à do município cearense conseguem oferecer serviços de saúde de melhor qualidade. Ele ressaltou que os municípios são os principais atores no atendimento à população pela proximidade que estão da população, mas Estados e União são também responsáveis.

 "Parte dos problemas enfrentados na saúde é que a Justiça joga para os municípios obrigações de outras instâncias", disse.

 A Secretária de Saúde de Juazeiro do Norte, Marcleide do Nascimento, chamou a atenção para as dificuldades enfrentadas pela gestão para atender ordem judiciais, que, em alguns casos, têm prazos curtos de cumprimento, de até 24 horas.

Exigência
Rafael Rayol propôs aos operadores de Direito que exijam dos médicos e pacientes que apresentem justificativas técnicas para a escolha de tratamentos e medicamentos não cobertos pela rede pública, antes de ingressarem com ações na Justiça ou no julgamento de ações do tipo.

Em fevereiro de 2015, o MPF em Juazeiro do Norte propôs ação civil pública contra a prefeitura do município, estado do Ceará e União, requerendo a nomeação de um auditor judicial para supervisionar todas as decisões da Secretária de Saúde da cidade, incluindo as ordenações de despesas e elaborar um plano de ação. A Justiça Federal atendeu o pedido do MPF.

"O plano vai garantir um serviço mínimo adequado para a população, porque hoje está um colapso total", afirma Rayol.

O seminário promovido nesta terça-feira é etapa integrante da elaboração de plano de trabalho que visa corrigir irregularidades envolvendo a prestação do serviço de saúde à população do município. Durante o período da auditoria, a prefeitura de Juazeiro do Norte fica impedida de fazer qualquer movimentação financeira de verbas da saúde sem autorização prévia da auditora.

 O procurador Rafael Ribeiro afirma que os documentos aprendidos durante operação, em abril, foram digitalizados pelo MPF. As cópias foram cedidas à Controladoria Geral da União e ao Departamento Nacional de Auditoria do SUS.

Com base nessa documentação esses órgãos vão avaliar se houve possíveis irregularidades na atual gestão e a prestação irregular do serviço, em desconformidade com o serviço público, além da boa aplicação dos recursos públicos. "Vão ser tomadas as providências cabíveis, conforme as questões que tenham sido identificadas nos respectivos relatórios", afirma.

De acordo com o procurador, inicialmente foram identificados alguns pagamentos irregulares, contratações sem observância dos devidos procedimentos legais, interposição de empresas e pagamentos acima dos valores de marcado para alguns procedimentos em medicamentos. "Mas isso só poderá ser verificado quando os relatórios foram concluídos e não vão ser centrados em aspectos pontuais, mas no contexto geral de prestação de serviço dos contratos celebrados", explica.

Dependendo das contratações, conforme Rayol, haverá responsabilização civil, criminal e improbidade administrativa daqueles tenham cometido os crimes e atos de improbidade.

Mais informações
Ministério Público Federal no Ceará
Telefone: (85) 3266-7457 / 3266-7458
prce-ascom@mpf.mp.br
Twitter: @mpf_ce

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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UFC 187: Weidman domina Belfort, mantém cinturão e cobra: "Parem de duvidar de mim"


Se tem uma coisa que não combina no MMA é Chris Weidman e lutador brasileiro. Pela quarta vez consecutiva, o norte-americano venceu um lutador do país e manteve o cinturão dos médios do UFC. A vítima agora foi Vitor Belfort, que depois de toda a provocação, foi dominado no UFC 187 e acabou nocauteado na metade do primeiro round.

Antes dele, o campeão já tinha derrotado Anderson Silva por duas vezes e depois passou por Lyoto Machida.

A luta começou estudada no primeiro minuto, mas foi Belfort que tomou as primeiras atitudes e partiu para cima. No clinch, ele acertou uma boa sequência, que abriu um corte no olho esquerdo no campeão. Mas Weidman conseguiu se recuperar e foi para seu jogo.

O norte-americano conseguiu com tranquilidade derrubar o brasileiro e não teve problema para dominar o combate no chão. Ele montou em Vitor e começou um massacre. O árbitro Herb Dean ainda demorou um pouco para encerrar o combate e confirmar o nocaute técnico.

Fonte: UOL

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