Combustíveis no NE não são fiscalizados pela ANP

Mesmo pagando até 5% mais caro pelos combustíveis desde a última semana, o consumidor brasileiro não tem garantia da qualidade da gasolina vendida no País. Desde março, contratos da Agência Nacional do Petróleo (ANP) com 16 universidades não foram renovados, deixando 20 estados sem monitoramento da qualidade dos combustíveis. Desde então, o número de postos monitorados caiu 53% e atingiu em agosto a pior média desde 2002. Na Região Nordeste, desde junho nenhum estabelecimento tem a qualidade do combustível avaliada.

Apenas postos de Minas Gerias, São Paulo, Goiás, Tocantins e Rio Grande do Sul foram monitorados no último mês de agosto. Os laboratórios coletaram amostras em postos sorteados entre 18 mil estabelecimentos - menos da metade do monitoramento realizado no último ano, quando 25 institutos analisaram postos de 24 Estados e do Distrito Federal.

O monitoramento é anterior à fiscalização. O objetivo é averiguar a qualidade da gasolina, etanol e diesel, e identificar possíveis adulterações desses produtos. O mapeamento de unidades sob suspeita é encaminhado à ANP, que pode autuar os postos. Confirmadas as fraudes, eles podem ser fechados e os dirigentes dos estabelecimentos, presos. A coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci, lembra que os órgãos de defesa do consumidor podem fiscalizar os postos, mas é a agência que tem o dever legal de monitorar a qualidade dos produtos. "Caso esse dever seja descumprido, o Ministério Público Federal poderia ser acionado".

Avaliação
Por lei, o monitoramento deve ser feito em todo o País. Acre e Rondônia, entretanto, não têm avaliação desde 2011. Em março, a Paraíba foi o primeiro Estado a suspender as coletas. A partir de amanhã, os postos gaúchos deixam de ser monitorados. Em São Paulo, as amostras foram reduzidas a um terço desde junho, quando dois contratos foram encerrados. "A ANP está reestruturando o programa", informou a Unesp, responsável pelo monitoramento no interior paulista desde 2001.

Cortes
Os contratos são firmados por um ano e podem ser renovados por mais cinco. Após esse período, as licitações devem ser refeitas. Esse processo teria sido afetado pelos cortes no orçamento do governo - por ano, a ANP gasta R$ 39 milhões com os laboratórios que realizam esse monitoramento nos estabelecimentos.

Até o laboratório próprio da agência, em Brasília, deixou de certificar amostras do Tocantins e do Distrito Federal. Após reformas, a unidade "deve estar plenamente funcional em novembro", informou a ANP. Em nota, a agência diz que os processos para abertura de licitações "estão em curso". "Os contratos atingiram o prazo limite, o que impedia a renovação. Os novos contratos devam estar em vigor no início de 2016".

"A certificação é fundamental para garantir que os veículos estão recebendo o combustível para o qual foram desenvolvidos", diz Francisco Nigro, ex-diretor do Instituto de Pesquisas Técnicas (IPT) de São Paulo.

Fonte: Diário do Nordeste

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80% dos açudes no Ceará estão em situação alarmante

Mais um ano de seca e a perspectiva de 2016 sob o mesmo cenário aumenta o risco de um colapso hídrico no Ceará. Mais de 80% dos açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) estão com volume abaixo dos 30% da capacidade.

São 123 açudes de 153 analisados pelo órgão. O cenário é tão preocupante que, atualmente, somando-se todos os reservatórios, só há disponível pouco mais de 15% da capacidade total no Estado.

Na comparação com o mesmo 12 de outubro no ano passado, houve perda de mais 10% do volume armazenado. Mais um ano com a mesma perspectiva de estiagem pode significar a aproximação do estado à falta de água total.

Transposição ainda está longe de acontecer
O Diário do Nordeste mostrou neste domingo que, mesmo que a transposição das águas do Rio São Francisco seja concluída, o Estado não está preparado para distribuir o recurso hídrico entre a população.

Atrasos do Governo Federal emperraram trechos do Cinturão das Águas, que sofreu redução no número de trabalhadores empregados e consequente paralisação frentes de trabalho.

Cidades importantes no Interior já enfrentam falta de água nos centros urbanos. Canindé e Quixeramobim são exemplos. O abastecimento já está se dando por meio de carros-pipa.

Fonte: Diário do Nordeste

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Novo remédio para diabetes reduz 38% do risco de morte por doenças do coração

O diabetes é uma doença endocrinológica grave que, se não controlada adequadamente, pode danificar muitos órgãos do corpo e levar à morte. De oito a dez milhões de brasileiros sofrem com a doença e uma das maiores causas de morte em decorrência dela são as complicações cardiovasculares.

Um remédio lançado este ano com o objetivo principal de eliminar a glicose do sangue de diabéticos tipo 2 também se mostrou eficaz ao reduzir em 38% o risco de problemas cardíacos como infarto, AVC e insuficiência cardíaca, diz uma pesquisa publicada no periódico científico New England Journal of Medicine.

O organismo sofre uma série de alterações metabólicas com o diabetes, explica o coordenador do estudo no Brasil e doutor em cardiologia pelo Instituto do Coração da USP (Incor), Francisco Kerr Saraiva.

“Essas alterações estão associadas à inflamação no organismo e a outros problemas relacionados a alterações de lipídios. A própria glicose alta causa reações agressivas nos vasos e aumenta a chance da pessoa vir a desenvolver aterosclerose (depósito gorduroso nas artérias)”, diz ele.

Além de doenças coronarianas o diabetes pode danificar o rim e provocar o AVC. “Durante décadas a comunidade científica vem buscando algo que pudesse proteger a população diabética contra o infarto, além de controlar a glicose”, conta o médico. “Alguns remédios para diabetes inclusive aumentavam os problemas cardiovasculares.”

O objetivo dos cientistas aparentemente foi encontrado: segundo o estudo, o medicamento (empagliflozina) conseguiu reduzir em 38% as mortes por doenças cardiovasculares em pacientes de alto risco e que já haviam sofrido alguma intercorrência cardíaca. “É uma redução gigantesca, um grande avanço e um grande marco. Pela primeira vez conseguimos mostrar esse efeito.”

A empagliflozina atua de forma diferente da maioria dos outros medicamentos contra o diabetes tipo dois. “Há várias classes de medicamentos que aumentam a secreção de insulina pelo pâncreas, outros que aumentam a sensibilidade da insulina pelo organismo, outros que fazem a reposição desse hormônio”, conta o médico.

Esse medicamento, no entanto, atua inibindo a reabsorção de glicose pelos rins. O corpo entende que a glicose é energia e não quer perdê-la, mas o remédio consegue fazer com que essa glicose seja eliminada na urina, diminuindo a circulação dela no sangue. Com isso, reduz o diabetes.

A descoberta que a empagliflozina poderia reduzir 38% das mortes por problemas cardiovasculares em pacientes diabéticos veio por acaso.

“Esse estudo foi exigido pelo Food and Drug Administration (FDA) porque já houve casos de remédios para diabetes que aumentavam o risco cardiovascular. Agora todo medicamento tem que passar por esse teste, para ver se não traz malefícios ou ao menos não munda em nada”, conta o médico. “Nesse estudo de segurança e eficácia, aconteceu essa surpresa”, conta Saraiva.

Esse medicamento, portanto, pode beneficiar a população diabética de alto risco, que já tiveram algum problema cardiovascular em decorrência da doença. Somente um médico, no entanto, é quem avalia e pode indicar esse medicamento.

Fonte: iG

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Com crise, pequeno comércio no Nordeste apela à caderneta de fiado

Dono de uma mercearia na cidade, Claudinei
Vieira, 36, diz que 40% do que vende é no fiado
A crise econômica afeta o dia a dia do brasileiro de diferentes maneiras. Em alguns lugares, a venda fiada (a crédito) ganhou vigor, incluindo a antiga prática da caderneta, onde as dívidas de cada cliente são anotadas.

Na cidade de Belo Monte (a 215 km de Maceió), em Alagoas, 84% da população recebe o Bolsa Família –terceira maior taxa de dependência do país. Com 7.000 habitantes e incidência de pobreza de 48%, segundo dados do IBGE, a cidade viu as vendas no comércio despencarem em 2015.

Apesar de os benefícios sociais continuarem sendo pagos em dia, a queda da receita do poder público paralisou obras e reduziu contratações e compras. Além disso, a alta inflação elevou o custo dos produtos essenciais.

O reflexo disso é que, para manter o comércio aberto, os comerciantes passaram a apostar na venda fiada –algo que vinha sendo reduzido ao longo dos anos.

Cartões x caderneta
José Antônio Soares, 47, conta que trabalha há mais de 30 anos no mercado da família e cita que o número de vendas fiadas é tanto que o caderninho deu lugar às fichas com os nomes dos devedores.

"Tenho mais de 100 nomes aqui. A maioria paga direitinho, mas alguns estão dando trabalho. A venda de comida não caiu porque, com o Bolsa Família, o sujeito não passa fome. Mas a venda de bebida e outras coisas menos importantes caíram", explica.

Para pôr fim às vendas fiadas, Soares conta que há três anos --quando a economia na cidade estava bem-- aderiu aos cartões de débito e crédito, mas logo percebeu que não seria muito útil.

Vendas caíram à metade
Setores específicos também sentiram o golpe da crise. Álvaro Monteiro, 38, tem a única loja de material de construções da cidade e diz que as vendas caíram à metade neste ano.

Por conta da crise, ele conta que as vendas fiadas passaram a ser rotina. "Às vezes chega a pessoa e diz que vai levar o produto e não sabe nem quando vai pagar, mas é melhor vender porque vamos receber um dia. Somos obrigados a usar caderninho, mesmo sem poder", afirma.

Dono de uma mercearia na cidade, Claudinei Vieira, 36, diz que 40% do que vende é no fiado.

Fiado salva o mês
A artesã Camila Silva, 25, diz que a crise apertou a família. "Antes, pagava minhas dívidas sempre certinho no fim do mês, logo quando recebia, mas agora passamos dois meses sem pagar. Se não fosse o fiado, estaríamos perdidos."

A dona-de-casa Tânia Pinheiro, 48, conta que passou a comprar fiado com mais frequência neste ano. "Não tem como comprar tudo, vou pegando e pagando quando der", afirma.

"Se pudesse, pagava tudo na hora, mas não tem como. Pior coisa do mundo é dever", diz Carla Nascimento, 22, que viu o marido perder parte de renda pela diminuição dos "bicos" que fazia em casas do município.

Crise geral
Outras cidades no Nordeste sentem o impacto do problema, Thiago Barbosa Rodrigues, 26, é representante comercial em 10 cidades do semiárido alagoano e diz que é bastante comum vender a prazo.

"Nessas cidades percebo que eles dependem muito da aposentadoria ou do Bolsa Família, e a maioria diz que passe para receber no dia do pagamento do governo."

Para a professora da Faculdade de Economia da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), Luciana Caetano, mesmo que o Bolsa Família e as aposentadorias não sofram com cortes do governo federal, é inevitável que pequenas cidades do Norte e Nordeste sintam a crise nacional.

"Quando há desaceleração da atividade econômica no país, todos sofrem o impacto, seja pelo efeito de redução dos repasses ou pelo efeito das cadeias produtivas organizadas. O impacto é maior nos grandes centros industriais, porém, nos municípios mais pobres que já convivem com a insuficiência de recursos, qualquer corte torna a realidade ainda mais perversa", avalia.

Fonte: UOL

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135 cidades do Ceará estão na mira de investigações

Agentes públicos de pelo menos 135 dos 184 municípios cearenses são investigados por possíveis práticas de irregularidades no uso de recursos públicos nas prefeituras ou câmaras dos vereadores. O levantamento é da Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), do Ministério Público Estadual. Em 2015, o órgão já deflagrou operações em Aquiraz, Fortaleza, Madalena, Juazeiro do Norte e Itarema.

De 2012 a 2015,a Procap encaminhou ao Tribunal de Justiça do Estado 549 processos, sendo 165 só neste ano. O órgão ajuizou 125 pedidos de autorização para abertura de inquérito. Também foram instaurados 20 procedimentos investigatórios criminais neste período.

Na última quinta-feira, os integrantes da Procap, com suporte da Polícia Civil, executaram operação na Câmara Municipal de Fortaleza que culminou em duas prisões preventivas e busca e apreensão em seis endereços para apurar esquema de desvio de Verba de Desempenho Parlamentar (VDP). Após operações anteriores do Ministério Público, dois vereadores da Capital, Aonde É e Leonelzinho Alencar, renunciaram ao mandato.

A Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública investiga agentes públicos municipais e estaduais com foro de prerrogativa por função, como prefeitos e deputados. Promotores de Justiça do grupo relatam trabalhar em parceria com outros órgãos fiscalizadores, como a Controladoria Geral da União (CGU) e tribunais de contas, além das Polícia Civil e Federal.

Falsificação de documentos
Em maio deste ano, integrantes do Ministério Público Estadual cumpriram mandados de busca e apreensão na Prefeitura Municipal de Aquiraz para apurar supostos crimes de peculato, corrupção, falsificação de documentos públicos, uso de documento falso, dentre outros, atribuídos ao procurador geral do município, David Sucupira Barreto, servidores municipais, advogados e empresários. A ação teve reforço da Promotoria de Aquiraz, Procap e Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

A mesma equipe atuou ainda em operação na Prefeitura Municipal de Madalena. As denúncias, que culminaram no afastamento do prefeito Zarlul Kalil e de secretários municipais, eram relativas a fraudes em licitações e desvios de recursos.

O prefeito Raimundo Macedo, de Juazeiro Norte, também chegou a ser afastado e teve os bens bloqueados depois de operação da Procap e da Promotoria local para apurar indícios de fraudes em procedimentos de desapropriação, permutas e doações de imóveis em favorecimento da empresa AC Imóveis.

Em agosto deste ano, o alvo da Procap foi a Prefeitura de Itarema. Sob acusações de fraudes em licitações, falsificação de documentos públicos, uso de documentos falsos e desvio de verbas públicas do transporte escolas, oito pessoas foram presas na Operação Carroça.

Licitações
O promotor de Justiça Luiz Alcântara, membro da Procap, aponta que são muitos os caminhos para se desviar verbas públicas nos municípios: o trâmite inicia nas licitações, perpassando aquisições de bens e serviços, execução de obras, contratação de transporte e escolar e aquisição de merenda para as escolas. Para acompanhar as contratações feitas nas prefeituras e câmaras municipais, promotores de Justiça contam com suporte de relatórios enviados pelos tribunais de contas, principalmente o dos Municípios (TCM).

No entanto, a carência de profissionais no Ministério Público é unanimidade nas reclamações dos promotores. "Ministério Público precisa se dar conta de que não é possível mais se fazer combate à corrupção de forma amadora, romântica", aponta o promotor Luiz Alcântara, da Procap, formada por um procurador de Justiça e cinco promotores de Justiça. "Não temos a Lava Jato aqui", completa Eloilson Landim, também da Procap, referindo- se à operação que apura desvios de verba na Petrobras.

O argumento (citado até por alguns integrantes de órgãos de controle) de que, em muitas circunstâncias, os gestores municipais cometem crimes contra a administração pública por falta de informações é rebatido pelos promotores de Justiça, que chamam a justificativa de "falácia".

"Isso é uma falácia, não existe. Os gestores pagam a preço de ouro assessoria da melhor qualidade nos aspectos contábil, jurídico e relacionados aos meios de comunicação no Interior", alega Luiz Alcântara. "Na verdade, é uma falta de caráter, porque não é necessário ser formado, graduado ou doutor para saber que é crime se apropriar de algo que não é dele", opina o promotor.

Outro problema indicado pelos integrantes do Ministério Público é a demora na tramitação dos processos, levando alguns à prescrição. O promotor de Justiça Ricardo Rocha, que integra o Procap, defende que haja a criação de uma câmara especial no Tribunal de Justiça para julgar crimes contra a administração pública. Ele afirma que a iniciativa já foi implementada em outros estados do País.

Impunidade
Para Luiz Alcântara, a criação de uma vara especializada em crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro e organização criminada no Tribunal de Justiça iria acelerar julgamentos contra a corrupção e reduzir a impunidade. "Apesar de tantas operações do Ministério Público, da Polícia Federal e de outros órgãos, nós não vemos a concretização disso com pessoas condenadas, presas e tendo que devolver recursos ao patrimônio Público", detalha. "Os processos não chegam a um ponto final".

Eloilson Landim reforça a necessidade de uma atuação especializada tanto no Ministério Público como na Justiça, levando em conta as peculiaridades contábeis e jurídicas dos atos referentes à gestão pública. "A especialização nas matérias não pode ser ignorada. Não foi e não está sendo suficiente", avalia.

Ricardo Rocha salienta que o controle social é pouco atuante para barrar a malversação de verbas públicas. Ele diz que o Ministério Público fez inúmeras recomendações às prefeituras para que elas aprimorem seus portais da transparência, onde constam os principais dados e balanços orçamentários da gestão.

LORENA ALVES
EDITORA ASSISTENTE

Fonte: Diário do Nordeste

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Correios suspende realização de concurso com 2 mil vagas

Um dos Concursos Públicos mais aguardados para esse ano foi temporariamente suspenso. O Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, determinou que o Correios interrompa o andamento para a realização do concurso previsto para esse ano.

A Assessoria de Imprensa anunciou a medida, esclarecendo que a decisão não afeta o serviço prestado pelo estatal, já que desde 2011 houve aumento no quadro de colaboradores de 107 mil em 2010 para os 120 mil de 2015.

Por meio de Concurso Público seriam providas aproximadamente 2 mil vagas, além de constituído cadastro reserva, para o cargo de Agente de Correios, nas funções de Carteiro e Operador de Triagem e Transbordo (OTT), com a exigência de formação em ensino médio.

A remuneração estava definida em R$ 1.284,00, para Operador de Triagem e Transbordo, e de R$ 1.620,50, no cargo de Carteiro, sem contabilizar os benefícios de vale alimentação/ refeição (variáveis de R$ 971,96 a R$ 1.092,48), vale-transporte, auxílio-creche ou auxílio babá.

Outras informações podem ser obtidas no próprio site dos Correios.

Fonte: O Povo

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Delfim Netto diz rechaçar 'golpezinho' e que Dilma 'é absolutamente honesta'

O ex-ministro Delfim Netto disse ser contra aquilo a que chamou seguidas vezes de "golpezinho" ou "tapetão", referências à possibilidade de derrubada da presidente Dilma Rousseff.

Delfim, que participou neste sábado (10) do painel "Conversa com a Fonte", durante o Festival Piauí Globonews de Jornalismo, criticou a ação da presidente na economia, sobretudo a partir de 2012 –quando, segundo ele, a petista alcançou seu ápice de aprovação e passou a acreditar que estava "tudo muito bom".

Foi aí, de acordo com o ex-ministro, que "ela começou com as novidades, começou a intervir" na economia. "Foi uma intervenção, foi assustando os empresários."

Delfim, porém, disse não ser possível agora "mudar tudo". Ele afirmou ser melhor "não ter tapetão", porque "o respeito à Constituição tem valor para o futuro muito maior do que qualquer golpezinho agora".

"É claro que houve pedaladas." Mas, para ele, "todos os governos cometeram barbaridades parecidas com essa" e Dilma "é absolutamente honesta". Ao final, o ex-ministro disse que o ex-presidente Lula "é completamente diferente disso que está aí, é um animal político".

Fonte: Folha.com

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13 órgãos abrem inscrições para 1,8 mil vagas em todo o país

Pelo menos 13 órgãos abrem as inscrições na segunda-feira (12) e terça-feira (13) para 1.876 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 14.203,95 na Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).

O órgão que abre as inscrições na segunda-feira é a Prefeitura de Forquilhinha (SC).

Os órgãos que abrem as inscrições na terça-feira são os seguintes: Agência Amazonense de Desenvolvimento Econômico e Social, Câmara Municipal de Guarapuava (PR), Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul, Prefeitura de Capanema (PA), Prefeitura de Colombo (PR), Prefeitura de Curitiba, Prefeitura de Pimenta (MG), Prefeitura de Piracicaba (SP), Prefeitura de Porto Ferreira (SP) e Prefeitura de Presidente Prudente (SP).

Agência Amazonense de Desenvolvimento Econômico e Social
A Agência Amazonense de Desenvolvimento Econômico e Social (AADES) abre as inscrições do processo seletivo simplificado para 468 vagas temporárias para o Projeto de Apoio ao Fortalecimento dos Serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural no Estado do Amazonas. Os salários variam de R$ 820 a R$ 4.728. As inscrições devem ser feitas até 20 de outubro pelo site www.aades.am.gov.br. Veja o edital.

Câmara Municipal de Guarapuava (PR)
A Câmara Municipal de Guarapuava (PR) abre as inscrições para 2 vagas de contador e advogado. O salário é de R$ 4.217,98. As inscrições devem ser feitas até 12 de novembro no site www.unioeste.br/concursos. Veja o edital.

Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais
A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) abre as inscrições para 23 vagas para os cargos de analista de apoio e analista de desenvolvimento econômico. Os salários variam entre R$ 3.724,80 e R$ 14.203,95. As inscrições devem ser feitas de 13 de outubro e 12 de novembro pelo site http://fgvprojetos.fgv.br/concursos/codemig. Veja o edital.

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) abre as inscrições para 204 vagas para cargos efetivos de todos os níveis de escolaridade. Os salários não foram informados no edital. As inscrições devem ser feitas de 13 de outubro a 15 de novembro pelo site concursos.biorio.org.br. Veja o edital.

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul abre as inscrições para 17 vagas para professores. Os salários variam de R$ 4.014 a R$ 8.639,50. As inscrições devem ser realizadas entre 13 e 29 de outubro de 2015 no site www.ifms.edu.br. Veja o edital.

Prefeitura de Capanema (PA)
A Prefeitura de Capanema (PA) abre as inscrições para o total de 520 vagas - 362 imediatas e 158 para cadastro de reserva em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários vão de R$ 788 a R$ 2.040. As inscrições devem ser feitas até 15 de novembro pelo site www.ivin.com.br. Veja o edital.

Prefeitura de Colombo (PR)
A Prefeitura de Colombo (PR) abre as inscrições para 24 vagas de médicos da Estratégia de Saúde da Família (17), clínico geral (1), psiquiatra (3) e plantonista (3). O salário varia de R$ 3.800 a R$ 9.956. As inscrições devem ser feitas até 4 de novembro na Rua XV de Novembro, nº 213, 3º andar, no Centro. Veja o edital.

Prefeitura de Curitiba
A Prefeitura de Curitiba abre as inscrições para 314 vagas de nível fundamental: 200 para agente comunitário de saúde e 114 para agente de combate às endemias. Os salários chegam a R$ 1.159,18. As inscrições devem ser feitas de 13 de outubro a 6 de novembro pelo site http://www.nc.ufpr.br/. Veja o edital.

Prefeitura de Forquilhinha (SC)
A Prefeitura de Forquilhinha (SC) abre as inscrições do processo seletivo para formação de cadastro de reserva em cargos de todos os níveis de escolaridade na área da educação para o ano de 2016. Os cargos são de auxiliar de educação, agente de serviços gerais (merenda e limpeza) e professores. Os salários variam de R$ 869,09 a R$ 1.249,36. As inscrições devem ser feitas até 29 de outubro pelo site www.processosseletivos.com.br. Veja o edital.

Prefeitura de Pimenta (MG)
A Prefeitura Municipal de Pimenta (MG) abre as inscrições para 69 vagas e cadastro de reserva em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários vão de R$ 788 a R$ 2.000. As inscrições devem ser feitas de 13 de outubro a 12 de novembro pelo site www.sawabonaconcursos.com.br. Veja o edital.

Prefeitura de Piracicaba (SP)
A Prefeitura de Piracicaba (SP) abre as inscrições para 20 vagas de médicos. Os salários vão de R$ 3.336,66 a R$ 8.567,47, acrescido de abono por desempenho de até 60%. As especialidades são atendimento domiciliar (3), dermatologia (1), gastroenterologista (1), infectologista (2), neurocirurgião (2), oftamologista (1), pneumo infantil (1), psiquiatra (3), reumatologista (2), tisiologista (1), vascular (1) e plantonista ortopedista (2). As inscrições devem ser feitas de 13 de outubro a 12 de novembro pelo site www.eplconcursos.com.br. Veja o edital.

Prefeitura de Porto Ferreira (SP)
A Prefeitura de Porto Ferreira (SP) abre as inscrições para 67 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários vão de R$ 800,20 a R$ 1.734,79. As inscrições devem ser feitas até 12 de novembro pelo site http://www.aplicativaassessoria.net/. Veja o edital.

Prefeitura de Presidente Prudente (SP)
A Prefeitura de Presidente Prudente (SP) abre as inscrições para 148 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários vão de R$ 1.012,07 a R$ 4.011,02. As inscrições devem ser feitas de 13 de outubro a 27 de novembro pelo site www.vuvesp.com.br. Veja o edital.

Fonte: G1

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Bolsa Família poderá sofrer cortes por causa do ajuste fiscal

Sem novas receitas para fechar o rombo das contas do governo em 2016, o Bolsa Família - o intocável programa social do governo - entrou na mira da tesoura. O relator-geral do projeto de Orçamento da União de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), decidiu que não vai incluir na proposta os recursos previstos com a arrecadação da nova CPMF e avisa que, para compensar, não terá "dó" de cortar recursos de programas do governo. Para ele, pode haver espaço para enxugar o Bolsa Família porque há "fraude" no programa.

O programa de transferência que beneficia cerca de 13,8 milhões de famílias sempre foi blindado dos cortes orçamentários e, no próximo ano, deverá custar R$ 28,8 bilhões. O pagamento médio por família é de R$ 164. Para tirar o orçamento do déficit, o governo já promoveu uma série de cortes em programas sociais no valor de R$ 25,5 bilhões, como mostrou reportagem do Estado.

"Eu posso passar a tesoura. Eu não tenho dó. Eu não tenho nenhuma dificuldade de cortar as coisas que não vão ter dinheiro para serem feitas. Não adianta deixar no Orçamento o que não vai se realizar depois", disse Barros, um dos vice-líderes do governo da Câmara. "Eu não tenho nenhum problema em cortar o Bolsa Família porque eu sei que tem fraude."

Ricardo Barros já avisou aos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, que não pretende incluir no orçamento do próximo ano os R$ 32 bilhões previstos para serem arrecadados com a volta da CPMF. Para Barros, além da aprovação "incerta" pelo Congresso, ela não produzirá a arrecadação esperada pelo governo.

O relator cobra do governo outras medidas que elevem a arrecadação para compensar o déficit orçamentário. Barros defende o aumento das alíquotas da Cide sobre a gasolina e o diesel -- medidas que o Executivo pode fazer sem o aval do Legislativo -- mas que o governo resiste em adotar.

Ele disse que não tem compromisso em cumprir a meta de superávit primário (economia para pagamento de juros) das contas do setor público de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), como defende o ministro Joaquim Levy, mas sim em entregar um orçamento "equilibrado" sem déficit.

O deputado disse que pedirá uma "opinião" do governo e de prefeitos, responsáveis por organizar cadastros. Ele quer saber se há espaço de enxugamento no Bolsa Família. Para o deputado, o programa pode passar por uma reavaliação. O Bolsa Família foi criado pelo governo Lula em 2004 como junção de uma série de programas sociais.

Procurado, o Ministério do Desenvolvimento Social, pasta que gerencia o programa, não quis se pronunciar. Fontes do governo contestam a possibilidade de se cortar o Bolsa Família e não acreditam que os parlamentares terão coragem para restringir o programa. No Executivo, há ainda quem considere que o objetivo da tentativa de se restringir o programa é acabar com o legado da gestão petista.

"A ideia é acabar com o grande legado do PT, o social, para cortar todas as possibilidades políticas do Lula", criticou uma fonte do governo, referindo-se a eventual possibilidade de o ex-presidente tentar voltar ao Palácio do Planalto em 2018 e usar o programa como ativo eleitoral.

Autoridades do governo ouvidas reservadamente pelo Estado defendem o programa que, este ano, deve gastar R$ 27,7 bilhões.

Fonte: Estadão Conteúdo

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10 dicas para uma vida com mais movimento no trabalho

Passamos a maior parte do nosso dia no trabalho, e muitas pessoas ficam durante horas seguidas sentadas. Isso, ao longo dos anos, traz malefícios para a saúde, como problemas posturais, ganho de peso, problemas circulatórios, surgimento de dislipidemias (doenças relacionadas a distúrbios no sangue, como colesterol, aterosclerose) e doenças hipocinéticas (doenças relacionadas ao homem moderno, todas as doenças que o sedentarismo provoca por falta de movimento).

Incluir mais movimento o fará mais saudável, feliz e disposto no seu dia a dia, sendo possível adequar o seu trabalho a um estilo de vida mais saudável.

1- Use a escada, inicie subindo um andar de escadas, e aumente um andar a cada semana, até ir ao seu departamento sempre de escadas.

2- Visite mais seus colegas de trabalho na empresa, vá até eles em intervalos onde os compromissos diminuem para resolver algo que resolveria por email ou para desejar um simples bom dia, isso fará com que você ative a sua circulação, gaste calorias e melhore a sua comunicação com seus colegas.

3- Procure se levantar a cada hora, aproveite para ir ao banheiro, beba mais água, ir até a copiadora ou fique em pé ao falar no telefone.

4- Faça exercícios de alongamentos ou mesmo de fortalecimento sentado ou em pé, quando estiver ao telefone exercite suas panturrilhas elevando os pés simultaneamente, permaneça na ponta dos pés por três segundos e desça, você fortalecerá a musculatura e melhorará o seu retorno venoso.

5- Desça alguns pontos, estações ou estacione mais distante do seu trabalho, assim aumentará o número de passos diários, lembre-se 10.000 passos é o ideal para sair do sedentarismo.

6- Aproveite as ciclovias, ir até o trabalho de bike é um excelente exercício para o coração, coxas, glúteos, abdome, para o corpo e mente.

7- Use o banheiro do andar superior ao seu departamento e vá de escadas.

8- Almoce mais distante, assim fará uma caminhada até o restaurante.

9- Faça as aulas de ginástica laboral, se a sua empresa oferecer. Nas aulas você aprenderá muitos exercícios de alongamento, exercícios para a postura e poderá tirar as dúvidas sobre saúde, atividade física e como sair do sedentarismo com o profissional responsável pela atividade.

10- Você poderá mesmo sentado, fazer alongamentos, espreguiçar-se o que ajuda muito na circulação e na saúde da sua coluna, fazer exercícios de respiração para relaxar e trazer mais concentração.

Importante ficar atento para as questões ergonômicas do seu ambiente de trabalho, a cadeira não pode ser nem alta nem baixa. O ideal é que os pés da pessoa fiquem acomodados no chão. O encosto precisa dar apoio para que o corpo do funcionário forme um ângulo de 90°. Para quem trabalha em frente ao computador, a tela precisa estar na linha dos olhos. Tire suas dúvidas com o Profissional de ergonomia, o professor de Ginástica Laboral ou no departamento médico sobre a sua postura durante o trabalho. Incluir mais movimento trará muitos benefícios a sua vida, no trabalho, lazer e em sua casa.

Por: Fernanda Andrade, educadora física

Fonte: Minha Vida

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Auditoria do PSDB conclui que não houve fraude na eleição

Quase um ano depois de o PSDB pedir autorização ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para promover uma auditoria sobre o resultado da eleição presidencial de 2014, o partido concluiu na semana passada que não houve fraude no processo.

Um documento elaborado pelo departamento jurídico da sigla deve ser apresentado ao TSE nesta semana, provavelmente na quarta-feira, dizendo que o relatório das urnas não é "conclusivo" em relação a fraudes, mas que o sistema de voto eletrônico "não permite a plena auditagem".

Segundo o relato de tucanos que tiveram acesso ao documento, o PSDB vai sugerir que o tribunal faça uma série de alterações no sistema de votação, como adoção do voto impresso, unificação do horário da eleição em todo território nacional e aperfeiçoamento do sistema de voto paralelo, adaptando-se ao voto biométrico. Os tucanos pedirão que o TSE faça um "tese de penetração", procedimento que consiste em forjar um ataque de hacker a uma urna em condições normais de uso.

A decisão de promover uma auditoria das urnas foi tomada apenas quatro dias depois do 2º turno das eleições presidenciais do ano passado e foi o primeiro movimento do PSDB de contestação ao resultado do pleito. Em dezembro, o partido abriu outra frente ao protocolar no TSE um pedido de cassação do registro da candidatura de Dilma Rousseff e Michel Temer com alegação de que eles teriam praticado abuso do poder político e econômico na campanha eleitoral.

Com o acirramento da crise política, o julgamento pelo Tribunal de Contas da União (TCU) das contas do governo e no TSE da ação aberta pelo PSDB, o pedido de auditoria se tornou, nas palavras de um tucano, "obsoleto".

A avaliação majoritária do partido é de que a iniciativa acabou se tornando um problema porque reforçaria o discurso governista de que a oposição quer ganhar a eleição no tapetão.

Procurado pela reportagem, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), disse que não poderia falar sobre a auditoria, pois ela está em sigilo, mas elogiou o tribunal. "O presidente do TSE agiu com correção durante todo o processo e o PSDB reconhece que só foi possível fazer o trabalho de auditoria pela contribuição do presidente daquela Corte."

A assessoria do TSE afirmou que "até o presente momento" não foi protocolado pelo interessado (o PSDB) qualquer manifestação nos autos do processo.

Fonte: Estadão Conteúdo

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Crato (CE): Nova licitação poderá recuperar estrada de Santa Fé

Parece estar próximo o desfecho burocrático para ser novamente licitado um dos acessos mais reivindicados nos últimos anos no Crato. A estrada que liga a cidade ao Distrito de Santa Fé, pela CE 561, num trecho de 12km, está totalmente destruída e sem sinalização, e tem sido um transtorno para os moradores. São mais de 11 mil pessoas que dependem diretamente do acesso, que vem prejudicando o escoamento da produção agrícola na localidade. O principal entrave diz respeito à documentação para o encaminhamento da licença ambiental. Até o final deste mês deverá ser finalizado o estudo. A previsão é que a obra possa ser iniciada ainda até o fim deste ano.

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, o trabalho deve ser finalizado nos próximos dias, com os documentos exigidos pelo Instituto Chico Mendes de Meio Ambiente de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), que serão encaminhados para a Superintendência Estadual de Meio Ambiente (Semace). Até o próximo mês, segundo o secretário adjunto do Meio Ambiente, Hildo Morais, essa documentação deverá estar sendo concluída para o devido encaminhamento.

Poeira
Ele destaca a sua preocupação em relação ao andamento rápido da estrada. Conforme o secretário, havia uma justificativa ambiental, com a realidade que se apresenta no local, o problema tem se agravado. A poeira da estrada tem sido muito intensa e com quadro de estiagem piora mais ainda. Hildo afirma que parte da vegetação até cerca de 40 metros das margens da estrada está prejudicada. Muitos moradores que tinham a sua residência perto da via já desocuparam suas casas, por não suportarem a grande quantidade de poeira todos os dias, causando mal-estar e doenças respiratórias.

Para a moradora da localidade, Lurdes de Carlim, a luta tem sido árdua para que a estrada seja feita. São inúmeras as reivindicações, mas não se perdeu a esperança, conforme ela. "A cada dia se torna pior o trajeto que temos que fazer diariamente. São ondulações, poeira, carro deslizando, além do impacto ambiental e social, que já tem passado de todos os limites", avalia.

Máquinas
Ela afirma que há perigo para quem trafega, pela falta de sinalização na área. Para Lurdes, a administração local, ao passar as máquinas para melhorar o tráfego, usa um paliativo. Os prejuízos para quem faz a linha, principalmente nas camionetas, são muitos. O motorista Antônio Cândido afirma que o trecho que poderia ser feito em 20 minutos demora até mais de uma hora. "Se a gente não andar devagar, quebra tudo", diz ele, que já acumula vários prejuízos causados com a precarização do trecho. O condutor afirma que o problema já extrapolou e passou a ser um descaso com a vida das pessoas.

Há 28 anos em Santa Fé, a moradora disse que são quase três décadas na luta por melhorias na estrada. "A gente pede a atenção das autoridades para que façam aquela estrada", reivindica. Ela diz que a cada três meses tem prejuízos com o seu veículo. O aposentado Mário Teles, lamenta tantos anos sem que uma providência tenha sido tomada para resolver a questão da estrada. Ele disse que vem lutando junto com os moradores desde o início. Está com 80 anos e afirma que todo o marmeleiro das proximidades já foi gasto fazendo a topografia da área, ao relatar os estudos que tiveram que ser feitos no local, mas na prática ainda perdura o mesmo problema.

São mais de 70 anos, segundo ele, que ouve falar na construção da estrada, que considera um problema muito mais político do que propriamente financeiro. "É uma falha, porque é uma região com muita produção de frutas, principalmente de banana, e tem sido prejudicada pela falta de transporte", afirma. Ele lembra de um projeto socioeconômicos sobre a estrada que foi apresentado junto ao governo há vários anos, e nada foi resolvido. "Não acredito em nada agora. Só vendo", diz.

Prazo
Hildo Júnior disse que o documento que ficou a cargo da secretaria foi a elaboração do Estudo de Viabilidade Ambiental (EVA), necessário para haver a emissão da autorização do ICMbio, por meio do Relatório de Avaliação de Licenciamento Ambiental (Real). Uma empresa foi contratada para a elaboração do EVA em Crato. O prazo de conclusão é no fim deste mês.

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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Dispositivos eletrônicos estão acabando com a memória das pessoas, diz pesquisa

Uma pesquisa realizada pela Kaspersky Lab mostra que a tecnologia está enfraquecendo a memória das pessoas. Os resultados mostram que, conforme os usuários recorrem a computadores e dispositivos móveis para armazenar informações, a capacidade de memória de seus cérebros diminui. "O hábito de usar as máquinas para buscar informação impede a construção de memórias de longo prazo", explica Maria Wimber, da Universidade de Birmingham.

O estudo analisou os hábitos de memória de 6 mil adultos de 8 países. 1/3 dos entrevistados revelaram que costumam recorrer a computadores e dispositivos móveis antes de usar a própria memória. 45% dos participantes conseguiram se lembrar do telefone de suas casas quando tinham 10 anos, 29% se lembraram do telefone dos filhos e 43% tinham na cabeça o número do trabalho.

O ato de esquecer informações importantes por conta dos dispositivos eletrônicos tem nome: amnésia digital. "Existe também o risco de que o registro constante de dados em dispositivos digitais nos torne menos propensos a guardar informações de longo prazo, e até nos distraia de memorizar corretamente um acontecimento da forma como ele acontece", conta Wimber.

Fonte: Olhar Digital (Via BBC)

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Estado quer maior qualidade para VLTs

O sonho do retorno dos trens de passageiros para a região do Cariri veio em forma de Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs). Mas, para a maior parte da população, o transporte ainda não está atendendo da maneira desejada. Está em análise pelo governo do Estado, o projeto para avanço na qualidade ofertada dos serviços, com a integração entre as linhas rodoviárias. Essa é uma das principais reivindicações, além da disponibilidade de mais opções de horários para chegar as cidades de Crato e Juazeiro do Norte.

O projeto do metrô do Cariri foi implantado há cerca de oito anos, e depois de especulações de que poderia parar por conta de prejuízos, a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), proprietária e operadora do Metrô do Cariri, afirma que não existe sequer essa ideia, planejamento, ou possibilidade de interrupção dos serviços prestados pelo transporte.

Mas a proposta de integração das linhas, passou a ser reivindicada desde que o metrô começou a trafegar nas cidades de Crato e Juazeiro do Norte. O Metrofor enxerga esse equipamento como uma ferramenta necessária para a modernização dos transportes na região. A prova disso, conforme a assessoria, é o aumento da quantidade de usuários a cada ano.

Demanda
Conforme a companhia, em três anos houve um crescimento de usuários em mais de 111 mil pessoas. Segundo levantamentos realizados pelo Metrofor, em 2012 utilizaram os VLTs 278.726 passageiros, subindo para 324.425 em 2013, e em 2014 fechando com 390.645

Um dos problemas que tem sido enfrentados nos últimos anos está relacionado aos atos de vandalismo durante a rota. São inúmeros os casos de depredações, causando quebra dos vidros das janelas do metrô. A assessoria da companhia lamenta a ocorrência de vandalismo (apedrejamento) contra os trens, fator que provoca prejuízo para os cofres públicos e afeta a qualidade dos serviços. Atualmente, existem dois VLTs em atividade no Metrô do Cariri, operando com tarifa de R$ 1,00.

A dificuldade de identificar as pessoas que depredam os trens, inclusive utilizando estilingues, acaba sendo uma forma de fazer com que esses atos aconteçam. Para minimizar o problema, chegou a ser realizado trabalho educativo nas escolas da área onde foram registradas as ocorrências, com técnicos da própria administração do metrô. O fluxo de passageiros diário nos primeiros anos chegou a até 1.300 pessoas por dia.

Os usuários reclamam do tempo a mais que têm que esperar para se locomover entre as duas cidades, a exemplo do vendedor José Roberto Barbosa. Todos os dias ele precisa se utilizar do transporte. Apesar da melhoria em termos de locomoção, com a inserção do trem, ele diz que é preciso mais agilidade para melhor atender os usuários.

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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Digitalização de arquivos da ditadura descobre trabalhos inéditos de Djavan, Jorge Mautner e outros artistas

Uma equipe de 12 pesquisadores do Arquivo Nacional desde o início do ano está levando a cabo um projeto de valor imensurável para a memória da música popular brasileira: a organização e digitalização de todo o acervo musical submetido à censura. Perdidas entre cerca de 77 mil documentos do Serviço de Censura e Diversões Públicas, arquivados pela Polícia Federal de 1968 a 1988, período em que vigorou a censura no regime militar, estão letras esquecidas de artistas como Djavan, Aldir Blanc e Jorge Mautner,entre outros registros valiosos aos quais O GLOBO teve acesso com exclusividade.

Custeado pelo BNDES, o projeto prevê a disponibilização de todo esse acervo ao público pela internet a partir do ano que vem, quando será concluído, facilitando a realização de inúmeras pesquisas acadêmicas, documentários e biografias. No garimpo, os técnicos encontraram as jusitificativas para as proibições de Aldir Blanc (“Antes e depois”, censurada por apresentar “conteúdo erótico”) e Jorge Mautner (“Papoulas e arco-íris”, vetada pelo conteúdo “alienado, extraterrestre”), além de pareceres curiosos sobre letras de Egberto Gismonti e Geraldinho Carneiro (“Corações futuristas”) e Nelson Motta (“Boa viagem”).

— Todas as histórias já conhecidas sobre músicas censuradas fazem parte deste acervo, que é de extrema importância para a História do país — diz Marcus Alves, coordenador do departamento responsável pela digitalização. — É o caso da letra de “Cálice”, por exemplo, ou das canções que Chico Buarque assinava como Julinho da Adelaide para burlar a censura. Mas agora, mexendo nestes documentos mais a fundo, reorganizando muitos dossiês que estavam separados, refazendo os protocolos, tivemos a chance de fazer um novo pente fino no material. E sempre surgem documentos curiosos e inéditos.

Djavan estava louco para gravar o primeiro disco. Em meados de 1974, o alagoano de 27 anos que se apresentava como crooner em boates cariocas compunha vertiginosamente para ter muitas canções para mostrar ao produtor musical Aloysio de Oliveira, que já havia lançado nomes como Tom Jobim e, então na Som Livre, decidira apostar nele. Quando chegou a 60 músicas, Djavan gravou-as em fitas cassete e entregou todas a Aloysio. O produtor escolheu 12, e assim nasceu o álbum “A voz, o violão, a música de Djavan”, a estreia formal do músico, em 1976.

Entre as 48 canções que tinham ficado de fora, no entanto, estava uma das preferidas de Djavan. Intitulada “Negro”, seria a única em toda a sua carreira que abordaria explicitamente o racismo. Algum tempo antes, de passagem por São Paulo, ele tinha sido preso pelo fato de ser negro. Foi o próprio policial quem falou: “Vai preso porque é preto”. A raiva virou música, mas a música virou só uma lembrança distante, assim como todas as outras. Foi um dos grandes arrependimentos da sua carreira: não ter pedido as fitas de volta ou ter feito uma cópia para si. Nunca mais soube delas.

Até a última quinta-feira. Foi quando o músico finalmente reencontrou a letra de cinco canções daquele montante, entre elas “Negro”, 41 anos depois de tê-la composto. Surpreso, arriscou uma melodia sobre os versos — “Negra é a luz que se fechou no ar/ Negro, lágrimas, correntes/ Que identificam a gente/ De maneira má/ Negro de coração forte/ Negro eu, negro você, vida negra” — e já cogita até regravá-la.

— Isto aqui é um presente, estou muito emocionado mesmo — comoveu-se Djavan, lamentando o fato de a letra ter sido rejeitada por um dos censores justamente pelo conteúdo racial. — Eu nem sabia que havia tido músicas censuradas! O que deve ter acontecido é que o Aloysio escolheu algumas canções daquelas 60 que eu mandei a ele, submeteu à censura as que considerou prováveis para o disco, como toda gravadora fazia à época, e lá elas ficaram arquivadas. Estou impressionado, que volta que as músicas deram para retornar às minhas mãos 40 anos depois... Fiquei muito chateado que o Aloysio não a tenha escolhido para o disco, puxa, eu queria ter falado disso no meu primeiro álbum. Naquela época, eu estava sofrendo muito preconceito racial, no Rio, sozinho, sem conhecer ninguém. Sofria rejeições para entrar nos lugares, tenho essa lembrança forte até hoje, e logo depois do episódio de São Paulo. Na época, o preconceito racial chegava a mim bem mais forte do que chega hoje, claro, depois da fama. Além de tudo, ela tem uma boa letra.

A história de “Negro” guarda ainda outro mistério: a letra passou por três pareceres de censores diferentes, como era praxe na época. Um a vetou, com a justificativa de que “traz à tona problema racial”, mas outros dois a aprovaram. Apesar do carimbo definitivo liberando a canção, ela nunca mais voltou às mãos de seu autor. As outras letras de Djavan encontradas pela equipe tiveram caminho semelhante: “Joana”, “Para comigo fazer”, “Como posso saber” e “Desgruda”.

— Eu me lembro desta, “Joana”. Eu estava muito influenciado por Dorival Caymmi. “Com a tarde vem Joana, meiga, pura, simples, triste/ Guarde seus olhos mulher/ Joana, faça de conta que nada tem a ver/ com o peso que há dentro de você” — cantarola o músico, divertindo-se com a avaliação da própria obra, décadas depois. — Esta outra aqui é muito boa também (refere-se a “Como posso saber”), mas esta é terrível (sobre “Desgruda”, que tem versos já com indícios djavânicos, como “Não se pode pensar, não se pode parar, na mulher de qualquer um/ Mas a sopa vem depois/ no amor que outrora foi de dois/ tem que ser devagar/ para não machucar/ o coração de qualquer um/ se a bronca bate à porta/ é sinal que vai ter zumzumzum”).

Em 1969, aos 23 anos, em meio ao clima dos festivais da canção, Aldir Blanc compunha como quem bebe água. Ainda trabalhava em hospital, como psiquiatra, e não tinha escrito nenhum de seus clássicos “O bêbado e a equilibrista”, “O mestre-sala dos mares” ou “Resposta ao tempo”, mas já conseguia classificar canções, uma atrás da outra, nos concursos. Como ele mesmo diz hoje em dia, “naquela época, eu me achava”.

Foi quando escreveu a letra de “Antes e depois” para uma melodia de um de seus parceiros à época, César Costa Filho. A letra evocava o antes e depois de uma relação sexual com belos versos, como “Antes de amar eu procurava tua boca, tua voz ficava rouca e tu deitavas no meu peito/ Durante o amor, pedias suplicante que eu não fosse só amante, e te amasse como a derradeira vez e fizesse do meu ser o teu/ Depois de amar, adormecias qual menina, desmaiada e pequenina, que mentiu que era mulher/ E nessas horas, eu te olhava adormecida, pressentindo a despedida, te fazendo cafuné”.

— Quem era louco para gravar essa música era o Taiguara, que achava linda a canção. Era uma época muito boa, a gente compunha quatro horas por dia, em reuniões na casa em que morava o Gonzaguinha... — comenta César Costa Filho, feliz por reencontrar a canção, 45 anos depois de tê-la composto.

A música foi classificada — mais uma! — no Festival Fluminense da Canção, que seria transmitido pela TV. Para isso, Aldir e César deviam antes submetê-la à censura, como era praxe nos anos de chumbo. Mas para desalento dos dois, que só queriam cantar o amor, a letra foi censurada. E, assim como a de Djavan, que também só queria cantar o racismo que enfrentava, foi mais uma inédita que ficou todo esse tempo escondida no Arquivo Nacional, encontrada agora pelos técnicos da instituição, durante o processo de digitalização do acervo. Junto à letra e aos pareceres de veto, acharam também uma pérola: uma carta de Aldir Blanc pedindo a liberação da música, que tampouco comoveu os censores.

O parecer do primeiro era curioso: “Bonitos versos. Pena que não possa aprovar. Puro erotismo”. A avaliação do segundo seguia: “Texto para maiores de 18 anos, portanto proibido para gravação em televisão”. O terceiro dava fé: “Vetada por ferir as normas de censura”.

Quando soube do veto, cravado no dia 30 de maio de 1970, Aldir apelou ao recurso que mais o favorecia: escreveu uma carta, com a caligrafia de médico que era, mas daqueles que se esforçavam para se fazer entender. Afinal, já era o “ourives do palavreado”, como diria mais tarde Dorival Caymmi.

A missiva é uma verdadeira peça literária. Ao defender a pureza da canção, ele apela até a Jesus Cristo: “Declino vossa atenção para o fato de que o erotismo está presente em todos os anúncios de TV, em todas as publicações de imprensa, sendo também parte relevante da literatura e da poesia mundial. Não obstante solicitamos a Vs. Sra. considerar que este caminho não é novo em música brasileira, como para exemplificar ‘Helena, Helena’, (refere-se a uma canção de Taiguara) na frase “com seus homens de renome”.(...) Consta do próprio punho do censor a frase “bonitos versos” em reconhecimento de que nossa ideia foi falar de um amor que não se fez nascer, que não é imoral, que foi praticado por nossos pais e pregado por Cristo em sua frase: ‘Crescei e multiplicai-vos’”.

— Acho que só fiz dois requerimentos desse tipo. Eu tinha uns 20 anos e me achava... O gozado é que a própria famigerada censora Dona Solange, apesar de a censura ser mantida, veio ao balcão, naquele “castelinho” da Praça XV onde depois instalaram o MIS, dar “parabéns pela beleza da letra”. Fabuloso, né? — comenta Aldir, emocionado por rever a música e a carta, das quais não se lembrava mais. — Depois, a Censura mudou para o Catete, envolvia policiais e a barra era mais pesada. Era preciso ir lá “conversar”. Foi quando aconteceu, e é fato já pra lá de sabido, a famosa história de censurarem “Navegante negro”, quando um policial negro me disse que o que estava pegando era a palavra “negro”... O truque era botar um título aleatório que não gerasse associações com outros títulos já censurados. Passamos (Aldir e João Bosco) para “O mestre-sala dos mares” e a censura, burra como toda censura, comeu mosca...

Em fevereiro de 1972, Jorge Mautner submeteu à censura a letra da canção “Papoulas e arco-íris”, que tinha versos como “Você é tudo que eu preciso, você é a chave de um perdido paraíso/ Tua alma foi bordada num veludo furta-cor/ com papoulas e arco-íris, num tapete persa voador/ Você fica voando, lá pro fundo de um continente, onde a gente é só a gente, num delírio de amor/ Você é tudo que eu preciso, você me leva pelo negro labirinto”. Foi demais para a censura, que vetou a música. A justificativa é hilariante: “O título nos leva a interpretações conhecidas: papoula (ópio) e arco-íris (sonhos coloridos). Além do mais, durante toda a letra o autor se mantém em constante vibração extraterrestre com frases usuais entre os ‘viajantes’, como ‘perdido no paraíso’, ‘longínquo Oriente’, ‘delírio de amor’, ‘negro labirinto’”. Mautner gostou tanto de reencontrar o documento que pretende gravar a música em seu próximo disco:

— Reencontrei a letra há algum tempo, quando comecei a mexer nos meus arquivos para fazer meu site e vou gravá-la. Mas este parecer eu não conhecia. “Vibração extraterrestre” é demais, não? — diverte-se o músico.

Em 1974, o poeta Geraldo Carneiro fez um poema que foi musicado por Egberto Gismonti. Intitulado “Corações futuristas”, dizia, em um trecho: “Dançar a ciranda, dançar a ciranda do sono, dançar a ciranda do sono perdido na noite”. Encaminharam a música à censura, e o texto do primeiro parecer tinha justificativas peculiares: “Seus autores pertencem à escola das teorias do futuro, porém de maneira estranha e confusa; usando de hermetismo, revelam-se descrentes, prevendo um mundo onde se pulará bandeira porque o sono fora perdido, e em meio à sombra e cachaça guardar-se-á segredo afogado. Considerando-a niilista e, tendo em vista que tal doutrina significa aniquilamento, portanto anti-social, sugiro que a mesma seja vetada”

Carneiro não fazia ideia da existência do documento:

— O parecer não tem pé nem cabeça. Fiquei orgulhoso por ela me considerar niilista, péssima influência para as gerações vindouras. Ela achava que eu era o Albert Camus de Madureira! Seu surrealismo revela o terror que vivíamos no princípio dos anos 70, lembro de ir diversas vezes à censura... Seria cômico se não fosse trágico — conta Carneiro, lembrando que o título da canção batizou um disco de Egberto, lançado em 1976.

Outro documento encontrado foi uma carta enviada por Nelson Motta, tal qual fez Aldir Blanc, pedindo a revisão da censura à letra de sua música “Boa viagem”, feita em parceria com Luiz Carlos Sá. No requerimento, datado de 5 de julho de 1971, Motta tentava convencer os censores:

“Fiz esta letra dedicando-a a cada estrofe a pessoas que amo e respeito: minha mulher, meu amigo e minha irmã. (...) Trata-se, óbvia e dignamente, da grande viagem da vida, do salto para o futuro, da vontade de cada dia assumir os riscos maravilhosos de uma vida e imprevista. Trata-se da viagem que leva para a vida. A todos que gosto, desejo boa viagem. Aos que falta coragem para o amanhã, tudo fica como antes, para eles há viagem. Nem boa nem má. Para eles só há estação. É tudo. Boa viagem!”

— Eu nunca ia lembrar disto! É um documento muito curioso, pois foi a primeira vez que pedi para liberarem uma música censurada. Eu tinha 26 anos, era uma música hippie, folkzinha, com esse clima de acampamento... Fico impressionado com a minha capacidade de mentir. É claro que a “viagem” que eu falava era de ácido lisérgico... — comentou Nelson Motta, surpreso.

Fonte: O Globo

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Crato (CE): Promessa de emprego atrai refugiados haitianos

Haitianos estão sendo atraídos para o Cariri com promessas de trabalho e encontram na região uma realidade diferente da proposta recebida em São Paulo. Antes de percorrerem mais de 3 mil quilômetros de ônibus e chegarem ao Crato, eles fizeram parte de uma lista em que os nomes são disponibilizados para empregos, organizada por um padre voluntário defensor da causa do povo haitiano que chega ao Brasil. A proposta, mesmo não sendo tão vantajosa, seria um recomeço para esses 17 trabalhadores em solo cearense. Grande parte deles deixou filhos e mulheres no país de origem e mais da metade do que recebem é enviado para casa.

Decepção
Mas os sete trabalhadores que conseguiram resistir até agora a um salário mínimo, ao invés de R$ 1.200 inicialmente propostos, pensam em ir embora. Eles não esperavam encontrar na cidade a moradia coletiva em um galpão, com dormida em colchões distribuídos no chão e dividindo a feira. A jornada de trabalho todos os dias começa cedo, por volta das 7h30 e vai até às 16h30, com uma hora de intervalo para o almoço. Na empresa onde os haitianos trabalham, a Cerâmica Batateira, os responsáveis não querem falar sobre as condições de trabalho dos trabalhadores estrangeiros. Os haitianos começaram a chegar no Cariri há três meses. A maioria deles, quando percebeu que a proposta de trabalho não era igual ao que foi combinado em São Paulo, voltou logo em seguida. Segundo Jude Lerenar, no momento em que foram à empresa para trabalhar, perceberam que o salário era bem menor do que imaginavam, e para muito trabalho. No local, há produção de telhas e tijolos, numa área em que há algumas empresas do gênero bem próximas. Não há casa e a comida eles têm que preparar. O local fica no bairro Batateira, próximo à CE 55, no KM 1.

Os haitianos vieram para o Brasil pelo Acre. Percorreram milhares de quilômetros e foram para São Paulo, depois de passar pela imigração. São milhares deles que têm optado por viver no Brasil, principalmente no Sudeste. "Estamos num lugar muito distante e não imaginávamos encontrar essas condições por aqui", afirma Delins Joseph. É o mais velho do grupo e deixou filhos e esposa no Haiti, como a maioria deles. Desde que veio para o Crato, mandou pouco dinheiro para a família. O olhar se direciona ao longe e brilha, ao lembrar dos seus.

A falta de empregos no Haiti levou muitos deles a sair de casa ainda cedo, a exemplo de Joseph. Ele morou por 18 anos na República Dominicana. "Até agora pude mandar uns R$ 400 para casa. Estou muito preocupado".

Acidente
Um dos companheiros de jornada extenuante, Carlo Pierre, chegou a se acidentar no trabalho. Estava tomando remédios que ele mesmo teve que adquirir na farmácia da cidade. Todos esperavam uma ação da empresa nos cuidados necessários ao funcionário. Com os poucos recursos, os próprios moradores do galpão, próximo ao local de trabalho, dividem cerca de R$ 100 para fazer uma feira básica. Outra pequena parte do dinheiro é usada para comprar produtos de higiene pessoal. A tentativa é de economizar ao máximo para mandar para fora.

Os homens, receptivos e educados, todos com idades entre 23 e 36 anos, sorriem ao receber pessoas estranhas e não se intimidam em falar da situação que estão vivenciando. A decepção com o novo trabalho é evidente. Wiguens Julien não imaginava ser tão útil na cozinha para todos do grupo.

Saudade
Com um colar de prata e um sorriso estampado no rosto, Jean Batis Loubert, não vê a hora de buscar alternativa para viver. "Com certeza, em São Paulo podemos conseguir um trabalho melhor", diz.

Todos sentem falta de casa. Vieram em busca de um sonho e se encontraram com a decepção. Até mesmo o prometido aparelho de televisão seria útil nesses dias de dificuldades. Para eles, essa foi mais uma promessa não cumprida.

O Ministério Público do Trabalho (MPT), por meio da Procuradoria do Trabalho do Município de Juazeiro do Norte, após acatar denúncia da situação dos trabalhadores haitianos, deve designar força-tarefa, com grupo móvel do MPT, para verificar a situação. Segundo a procuradora do Trabalho, Lorena Brandão Landim Camarotte, caso seja constatada situação degradante, mesmo sendo remunerados com salário mínimo e com carteira assinada, pode ser considerada análoga à escravidão.

A Procuradoria deve requerer à empresa a regularização, diante da constatação dos problemas. Caso não aconteça, pode ser ajuizada ação junto ao Ministério. Se os haitianos, nessa situação, quiserem retornar a São Paulo, a procuradora afirma que a empresa terá que dar condições, como alimentação e passagem de volta. Ela tomou conhecimento dos trabalhadores haitianos no Crato, por meio da reportagem do Diário do Nordeste.

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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Órgãos estaduais mantêm vagas para concursos

Após o anúncio feito pelo Governo Federal, em 14 de setembro, sobre o pacote de medidas que seria implantado com o objetivo de gerar uma economia de R$ 1,5 bilhão no Orçamento de 2016, milhões de concurseiros em todo o País se viram sem saber o que fazer. Isso porque uma das medidas prevê a suspensão de concursos públicos.

Aos poucos, entretanto, novas informações foram surgindo, e o cenário foi se tornando menos assustador: a medida é válida apenas para concursos do âmbito federal; não abrange seleções de estatais, como por exemplo Correios e Banco do Brasil; não vale para concursos já autorizados, como INSS e IBGE; etc.

Diante desses esclarecimentos, diversos concurseiros perceberam que não valia a pena interromper os estudos, visto que, mesmo com a paralisação de concursos federais, o funcionalismo público reserva, ainda, uma boa gama de oportunidades em outras esferas.

Se considerados apenas os órgãos estaduais de todo o país, por exemplo, estão previstas pelo menos 59.129 vagas para os próximos meses, distribuídas entre cargos destinados a candidatos de todos os níveis escolares. E esse número pode se tornar ainda mais, já que muitos destes órgãos não preveem ainda o quantitativo de postos que poderão ser oferecidos em seus concursos.

Concursos no Ceará

Fortaleza e Sobral
Metrofor/CE: novo concurso continua em pauta

Anunciado em março
PM/CE: concurso em pauta para vagas de soldado

Tramita na Câmara
TRT/Ceará: PL cria 41 vagas para concurso

Fonte: Diário do Nordeste

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