Governo Dilma corta verba de sete programas sociais

Sete programas sociais do governo federal sofreram cortes em decorrência da crise econômica e das medidas de ajuste fiscal. Apesar da promessa de que a área social seria poupada, programas nas áreas de saúde, educação e agricultura familiar como Pronatec, Farmácia Popular e Aquisição de Alimentos sofreram redução de investimentos, como mostra levantamento feito pelo jornal O Globo.

Apenas para o Pronatec e para o programa de Aquisição de Alimentos os gastos previstos no orçamento de 2016 caíram R$ 2,487 bilhões em relação à previsão de despesas deste ano. Já o orçamento da Farmácia Popular terá R$ 578 milhões a menos em subsídios que garantem descontos em farmácias e drogarias da rede privada no próximo ano.

Em fevereiro deste ano o Minha Casa Melhor teve suas contratações suspensas, e não há previsão de retomada. Alguns programas já vinham sofrendo cortes, como o Água para Todos, que em 2014 teve um orçamento de R$ 800 milhões e em 2015 caiu para R$ 250 milhões, uma redução de R$ 550 milhões. Em 2016 o governo pretende gastar R$ 268 milhões com o programa.

O Fies é outro exemplo, a oferta de vagas do primeiro para o segundo semestre de 2015 caiu 75%, um cenário que já vinha se desenhando: entre 2014 e 2015 o programa de financiamento estudantil sofreu uma redução de 418 mil vagas (passou de 731 mil para 313 mil). Além disso, em 2015 os juros cobrados subiram de 3,5% para 6,5% ao ano.

O Ciência Sem Fronteiras, cujo objetivo inicial era distribuir até o final de 2015 101 mil bolsas para brasileiros interessados em estudar no exterior, também sofreu cortes. O programa não cumprirá a meta, e até o primeiro trimestre de 2016 serão oferecidas 87 mil bolsas.

O Pronatec, programa exaltado durante a campanha presidencial de Dilma Rousseff, sofreu corte de mais da metade em seu orçamento para 2016, em comparação ao gasto previsto para 2015, que é de R$ 4 bilhões. Na lei orçamentária apresentada à Câmara pelo governo, a previsão caiu para R$1,6 bilhão no próximo ano. Em 2015 foram ofertadas um milhão de vagas, o que representa um terço do oferecido em 2014.

O programa Aquisição de Alimentos, que em 2014 contava com um orçamento de R$ 1 bilhão, este ano tem a previsão de gastos de R$ 647 milhões, sendo que até o mês de setembro foram gastos R$ 300 milhões. Dando continuidade aos cortes, o orçamento previsto para 2016 é de R$ 560 milhões.

O Ministério do Planejamento declarou que foi preciso fazer escolhas, e que a prioridade é pagar o que já está contratado e alterar o calendário de novas ações.

Fonte: Congresso em Foco

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Conheça os 10 passos mais importantes para ser promovido no emprego

Não importa a área. Crescer profissionalmente deve ser o objetivo de qualquer profissional. Afinal, tem uma meta a alcançar é o que motiva e combate o temível comodismo, que separa um simples funcionário daqueles que, de fato, se destacam. Muito se tem falado sobre a postura ideal e a formação necessária para conquistar a vaga de emprego tão sonhada. Mas é preciso ir além. Galgar novos degraus deve ser parte de um contínuo processo.

O temor atual é de que a crise econômica que ganha força no País levará a demissões e a preocupação deve ser manter o que se tem e deixar para depois a busca por novas posições no mercado de trabalho. Mas não é bem assim. Como se diz por aí, da crise podem surgir oportunidades.

E não há segredo. Sendo proativo e seguindo alguns passos, será mais difícil encontrar um tempo ruim. A promoção pode ser um processo natural. O Diário Plus ouviu especialistas e trouxe uma lista de 10 condutas essenciais para que se construa uma carreira sólida rumo ao topo.

O consultor master e professor de MBA Rodrigo Said tem mais de 20 anos no mercado e já viu diversos exemplos de sucesso e fracasso entre colaboradores dos mais diversos tipos de empresa. Para ele, “todas essas características podem ser desenvolvidas através de conhecimentos e da prática”, afirmou, “Estar perto de pessoas que tenham essas características também é importante”, completou. Vamos a elas:

1. Diferente dos demais No mundo corporativo, os colaboradores estão cada vez mais parecidos em suas competências e comportamentos. Uma ótima forma de ser promovido é a diferenciação destas características utilizadas na prática. Mas não se trata apenas de ser diferente por ser diferente. É preciso observar a atitude dos demais, da massa, e se diferenciar deles em ocasiões como reuniões, operação, treinamentos, no horário de chagada ao trabalho, resultados, relacionamentos, na análise dos indicadores da empresa, etc.

2. Capacitação constante Outra forma de ser promovido é ter competência intelectual com formação, como especialização, MBA, Mestrado e Doutorado, como também seminários com carga horária menor que a especialização ou a pós-graduação. Por exemplo, seminários com carga horária de 80 horas. Se possível, priorizar o mestrado logo depois da graduação é o ideal. Contudo, é importante lembrar: qualquer pessoa com graduação faz uma pós. Mestrado poucos conseguem entrar e concluir. Assim, aqueles que o fazem são vistos com um deferencial pelas organizações. Se houver uma oportunidade entre dois profissionais com perfis semelhantes, certamente será escolhido o que tem melhor currículo ou capacitação.

3. Responsabilidade pelo resultado Uma ótima maneira de ser promovido é ser responsável por todos os resultados do seu trabalho. A grande maioria das pessoas atualmente não consegue assumir seus erros e fracassos. Somente os responsáveis mudam, crescem e prosperam. Esse é um comportamento importante na visão da direção e gestão de uma organização.

4. Comunicação com segurança Em uma pesquisa recente de nível mundial, foi constatado que, na comunicação, o conteúdo tem uma importância de apenas 7% na percepção das pessoas, 38% na forma de falar e 55% na adequação do assunto e na postura enérgica ao falar. Para obter uma promoção é importante comunicar de forma segura, ter um olhar firme, olhando nos olhos das pessoas, e ter uma voz de comando. Você pode ser o melhor profissional da empresa mas, se as pessoas não perceberem, de nada vai adiantar. Percepção é realidade na mente dos outros. Essa comunicação eficiente e eficaz será utilizada para vender ideias novas, para treinamento, reuniões e relacionamentos estratégicos.

5. Relacionamento interpessoal Ter um ótimo relacionamento interpessoal com todos sempre é muito importante. Conquistar aliados e amigos, somado a resultados brilhantes, certamente pode promover o profissional. A era do “quem indica” está acabando, pois assumir responsabilidade em uma indicação tem sido perigoso para quem o faz. Cada vez mais as empresas estão efetivando uma pesquisa de análise 360 graus para saber quem é o colaborador na visão de todas as pessoas, como também nas seleções. Isso tem sido fator importante na contratação. Grande parte das demissões acontecem por problemas nos relacionamentos interpessoais. Pense bem: como não promover um colaborador que é mais admirado que o próprio diretor da empresa? Casos assim acontecem, mas isso só acontecerá se o profissional um tiver ótimo relacionamento interpessoal.

6. Desafiar os líderes Esta habilidade, atitude ou comportamento cada vez menos percebida. As pessoas estão mais passivas, fugindo do que elas consideram “problemas”. Elas comunicam: “Aqui na empresa ninguém vai me escutar!”, “Aqui nada muda mesmo!”, e esquecem que os diretores e presidentes gostam e admiram quem participa com ousadia, assim como eles se comportaram para abrir o negócio. Os gestores das empresas gosta de pessoas que dão ideias e, muitas vezes, até os desafiam. Ressalte-se que essa atitude precisa ser embasada e sua ideia e opinião é o melhor para a companhia, não se tratando de um “achismo”.

7. Necessário e produtivo Quem no tempo atual não se mostra necessário ou não demonstra uma boa produtividade tem sido demitido. Por outro lado, quem se faz imprescindível pelas suas habilidades e mostra resultados nunca antes atingidos, é tido pelos gestores como alguém sem o qual eles não podem ficar. Esse está com um pé na promoção. “Tenho visto ao longo destes muitos anos casos variados de pessoas que eram consideradas quase que insubstituíveis por serem necessárias à empresa. Esta é uma boa forma de ser promovido”, ressaltou Rodrigo Said.

8. Colocar-se como “dono” da empresa Uma das formas de ser promovido é adotar uma postura de dono ou sócio da empresa. Isso inclui trabalhar mais que os demais se necessário for, envolver-se com o resultado final, estar atento ao resultado financeiro. Não adianta somente ganhar. A forma como se ganha é importante. É preciso mostrar atitudes que sejam rentáveis para a empresa, ter atitudes estratégicas e um senso de ousadia e coragem elevado. “Talvez isso possa gerar certo ciúme por parte dos outros colaboradores, mas costumo dizer que quem paga minhas contas sou eu. Sendo assim, ter uma atitude de dono do negócio é fundamental para uma promoção”, afirmou o consultor.

9. Habilidades de liderança Mesmo sem um cargo de liderança, agir como líder é uma boa forma de ser promovido na empresa. Para exercer liderança, não é preciso o “poder” de um cargo, mas somente a conquista da autoridade típica de um líder. Esta habilidade tem sido cada vez menos encontrada no mercado de trabalho gerando uma oferta maior para os que a possuem.

10. Conhecimento do todo Ter conhecimento do todo é importante para o crescimento de um negócio. Os profissionais que possuem tal visão e conseguem influenciar os demais em outros setores têm maiores chances de promoção. Nenhum setor funciona de forma isolada como se fosse uma ilha. Em uma empresa tudo funciona como corpo, uma só unidade.

Os últimos meses não têm sido fáceis para a economia. O aumento de impostos, inflação e instabilidade política tem afetado a vida de todos os brasileiros. E com as empresas não é diferente. Diariamente notícias de demissões e corte de gastos assustam os trabalhadores de todo o País. Mas a verdade é que não há motivo para pânico e, pelo contrário, é preciso ter o crescimento em mente.

Expressões como “faça do limão uma limonada” e “o copo está meio cheio e não meio vazio” são mais do que expressões de efeito utilizadas por palestrantes motivacionais. De fato, não se deixar contaminar pelas ameaças do ambiente externo, como a situação econômica atual, pode fazer a diferença para o desenvolvimento profissional.

“As pessoas que se destacam não deixam de ter a possibilidade de ser promovido. Quem tem que se preocupar é quem não se destaca” Rodrigo Said, diretor de consultoria

“A crise tem também o lado da oportunidade. Existe a possibilidade de crescimento neste período”, garante Rodrigo Said, diretor da consultoria que leva o nome dele. “As pessoas que se destacam não deixam de ter a possibilidade de ser promovido. Quem tem que se preocupar é quem não se destaca”, ressaltou.

E ele reforça: “Há grandes possibilidades (de ser promovido) sim. Mesmo a gente ouvindo falar de empresas que fecharam, ou de algum cenário que não seja tão positivo para que não se preparou”, disse.

Por isso, a assessora de carreiras da Catho, Elen Souza, ressalta que, para garantir o sucesso em momentos como este, “é preciso ter determinação, foco e persistência, sempre de forma organizada”. Para ela, um profissional aberto para novas experiências, focado no trabalho para contribuir com a empresa e que vê na crise “uma oportunidade de demonstrar suas qualificações profissionais, tem grandes chances de se tornar um forte aliado e pode, sim, obter neste cenário uma promoção”, destaca.

Segundo ela, muitas empresas estão atualmente passando por um cenário de retração. “Dessa forma, aqueles que fazem parte da equipe, muitas vezes, precisam acumular mais de uma função”, observa. “Essa necessidade de fazer malabarismo exige habilidades a mais, além de muito esforço e competência”, completa. Com isso, abre-se a oportunidade para o empregado demonstrar seu potencial e buscar “estratégias aliadas aos objetivos das empresas para reduzir os custos e superar a crise”, afirma.

Elen Souza ressalta ainda que é preciso estar aberto a novas experiências. “Mudanças fazem parte do cotidiano do mundo dos negócios. Logo, se adaptar e estar aberto a mudanças são características essenciais para que o mercado o veja como um profissional diferenciado e apto a competir com os melhores”, concluiu.

Com mais de um milhão de usuários cadastrados em busca de vagas em 95 mil empresas parceiras, a Catho se tornou um grande banco de dados, com know-how suficiente para revelar as atitudes e competências para alavancar a vida profissional. A pedido do Diário Plus, a assessora de carreiras do serviço, Elen Souza preparou com exclusividade um guia para garantir a ascensão na carreira.

Consciente ou não, ter aplicado na vida profissional as 10 condutas de um empregado digno de ser promovido garantiram uma ascensão rápida na carreira do hoje gerente comercial Denison Melo. Ele iniciou a carreira em 2007, trabalhando no segmento de móveis. A empresa era da família. Mas a suposta facilidade para se manter no cargo não o acomodou.

O foco de Denison passou a ser a formação e logo iniciou uma faculdade. “Estudando administração, mudei de segmento. Sempre estudando e trabalhando”, ressaltou Denison. De trás do balcão, ele saiu para ser vendedor numa rede de lojas de materiais de construção.

“Na dinâmica da seleção, Denison demonstrou ser totalmente diferente dos demais em todos os aspectos que foram analisados, principalmente flexibilidade, comportamento enérgico, humor, transparência e vontade”, destacou o consultor Rodrigo Said, responsável pela seleção do então candidato.

Menos de um ano depois, o vendedor se candidatou a uma vaga de trainee. “Como foi previsto, seu nível de responsabilidade foi elevado, assim como seus resultados com foco”, disse Said. Ou seja, ele foi aprovado. “Candidatei-me com 40 pessoas para três vagas e fui escolhido”, orgulha-se Denison.

Mas a rápida ascensão dele não ficou por aí. “Dos três, fui selecionado para ser gerente de uma loja”, comemorou. “Como sua produção em vendas e o perfil dele demonstraram que ele era necessário para empresa, Denison foi selecionado antes mesmo do término do seu treinamento para assumir uma filial como gestor comercial”, explicou o consultor.

Logo as propostas começaram a aparecer e, depois de algumas lojas da mesma rede, o profissional aceitou o desafio de gerenciar uma grande loja de um concorrente. “Hoje sou responsável pelos vendedores, pelas metas, pós-venda, o patrimônio da empresa e cuido de 50 a 55 funcionários diretos”, orgulha-se. Trabalho todos os dias”, acrescenta.

O sucesso dele pode ser justificado através d suas condutas e determinação, garante Rodrigo Said. “Ele recebeu capacitação da consultoria e formação em um Programa de Desenvolvimento de Líderes. Sua comunicação sempre foi sua marca mais forte, sendo percebido assim por todos que trabalhavam com ele, sempre buscando ter um bom relacionamento interpessoal aliado a sua sinceridade que era marcante ao desafiar seus gestores e líderes”, resumiu.

Outro ponto importante foi sua atitude de gestor. “Se colocar como dono da empresa fez com que o nível do seu empenho fosse rápido em promover resultados positivos”, afirmou o consultor. “As habilidades de um líder firme e estratégico fazem parte do perfil dele e o conhecimento do todo o fizeram ter uma boa carreira”, concluiu.

Denison tem consciência das características que resultaram nas promoções que teve. “A gente erra e acerta, mas é preciso ter a mente de um gestor”, opina. Para ele, no topo das ações para garantir o crescimento profissional está o cuidado com o cliente. “É preciso atender da melhor forma, fidelizar”, ressalta. O trabalho duro, claro, não pode faltar. “Era para eu entrar na empresa às 11h, mas eu sempre chegava às 9h30 para resolver todos os problemas”, disse.

E os resultados vieram. “Com isso, tive muitos retornos e elogios pelo SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente), e por email para a diretoria”, completa. “Tem que pensar com a empresa e no crescimento, e não no salário. É crescer com ela e motivar a equipe para alcançar os objetivos”, aconselha.

Aliado à garra do dia a dia, o gerente reforça a necessidade de estudar. “Estou concluindo a faculdade e depois vou fazer mestrado, tudo no seguimento do comércio”, destaca. E ele já tem planos para o futuro. “Tudo isso é para ficar afiado e ser um consultor futuramente, dando palestras e, quem sabe, ser um coach*”, revelou Denison.

Fonte: Diário do Nordeste

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Cinturão das águas terá aporte de R$ 40 mi do BNDES

Mesmo com a dificuldade no repasse de recursos do Governo Federal para o projeto do Cinturão das Águas do Ceará (CAC), não há perspectiva de paralisação das obras, segundo o secretário de Recursos Hídricos do Estado (SRH), Francisco Teixeira. Continuam sendo executados serviços em áreas consideradas prioritárias, incluindo o lote 1, na parte mais próxima da barragem de Jati, que receberá, até setembro do próximo ano, as águas da transposição do Rio São Francisco, e, no lote 5, com menor número de trabalhadores. São construídos nove túneis, com mais de 5 quilômetros. Até setembro, o CAC receberá um aporte do Governo do Estado, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 40 milhões.

No próximo mês, segundo a Secretaria de Recursos Hídricos do Estado do Ceará (SRH), deverão ser injetados pela União, cerca de R$ 20 milhões. Os repasses atuais são em torno de R$ 10 milhões. A obra conta nos dois trechos onde estão sendo realizados os serviços, com 1.163 trabalhadores, a maioria de 802 pessoas no lote 1, que dá prioridade aos 38 Km dos 150 Km da primeira etapa do projeto do Cinturão das Águas, iniciado em 2013 e que deveria estar pronto em 24 meses. Os trechos mais prejudicados serão os que incluem os lotes 3 e 4. Segundo Teixeira, a meta é que, em 2016, as dificuldades de repasses sejam minimizadas. Os novos aportes de recursos serão para as empresas.

O projeto já empregou, desde 2013, mais de 3 mil pessoas. O investimento total é de R$ 6,8 bilhões. Na primeira etapa, estão previstos gastos de R$ 1,6 bilhão, com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). A crise de investimentos e a quebra nos repasses motivam a lentidão no avanço as obras.

O secretário ressalta que, pela magnitude do Cinturão das Águas, para chegar à sua conclusão, o projeto deverá passar por cinco administrações. "Estamos diante de dificuldades no Brasil, que acabam refletindo nos estados", explica Teixeira. Ele esclarece que o CAC não tem relação com o abastecimento da Capital.

Conforme o secretário, as águas da transposição serão recebidas no Ceará na Barragem de Jati (em conclusão), e dali derivarão para a Barragem Atalho (já existente). Em seguida, Barragem dos Porcos, em Brejo Santo, também em fase de conclusão, derivando para o Rio Salgado, que é tributário do Rio Jaguaribe e que abastece o Castanhão. Depois, passam pelo Eixão das Águas até a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Essas águas, chegadas por esse caminho, abastecerão as comunidades instaladas nos vales do Salgado, médio e baixo Jaguaribe, bem como a RMF.

Ele ainda ressalta que as obras da transposição seguem em ritmo normal. São 10 mil pessoas trabalhando, inclusive com turnos de 24 horas.

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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O grande salto tecnológico que pode acabar com a sede no mundo

Em tempos de escassez de água em diversos Estados do Brasil, a solução para o problema poderia ser óbvia: aproveitar a abundância da água do mar para o uso comum por meio da dessalinização.

Os oceanos cobrem mais de 70% da superfície da Terra e contêm 97% da água do planeta.

Mas a energia necessária para esse processo era muito custosa e, com isso, inviabilizava o uso da água do mar para esses fins.

Recentemente, porém, graças às novas tecnologias, os custos foram reduzidos à metade e enormes usinas de dessalinização estão sendo abertas ao redor do mundo.

Usinas
A maior usina dessalinizadora do planeta está em Tel Aviv (Israel) e já está sendo ampliada para alcançar seus limites máximos de produção.

Isso significa 624 milhões de litros diários de água potável. E ela pode vender mil litros (que é o consumo semanal médio de uma pessoa) por US$ 0,70 (cerca de R$ 2,71).

Outra usina de dessalinização, que fica em Ras al-Khair, na Arábia Saudita, alcançará sua produção plena em dezembro.

A usina que será a maior do mundo, na Arábia Saudita, poderia produzir 1 bilhão de litros por dia

Instalada no leste da Península Arábica, ela será maior do que a de Israel e abastecerá Riad - cuja população está crescendo rapidamente - com 1 bilhão de litros por dia.

Uma usina de energia elétrica vinculada a ela pode produzir até 2,4 milhões de watts de eletricidade.

Da mesma forma, será instalada em San Diego a maior usina dessalinizadora dos Estados Unidos, que estará operando a partir de novembro.

No Rio de Janeiro, o governador Luiz Fernando Pezão disse no início deste ano que está analisando a possibilidade de construir uma usina dessalinizadora para abastecer até 1 milhão de pessoas no Estado.

Em São Paulo, após o agravamento da crise hídrica recente, o governador Geraldo Alckmin chegou a dizer que houve um estudo sobre o uso da dessalinização como fonte alternativa de água potável, mas que o custo inviabilizaria o processo.

A técnica já é usada na região semiárida do Brasil e em outros 150 países.

Tecnologia
O método tradicional de transformar água do mar em água potável é aquecê-la e depois recolher a água evaporada como um destilado puro.

Isso demanda uma grande quantidade de energia, mas torna-se algo factível se combinado com usinas industriais que produzem calor em seu funcionamento normal.

As novas dessalinizadoras da Arábia Saudita estão sendo construídas juntamente com usinas de energia exatamente por esse motivo.

Essa osmose reversa utiliza menos energia e deu uma nova oportunidade a uma tecnologia que existe desde os anos 1960.

Basicamente, o sistema consiste em empurrar a água salgada através de uma membrana de polímero que contém furos minúsculos, do tamanho de um quinto de nanômetro.

Esses orifícios são suficientemente pequenos para bloquear as moléculas de sal e suficientemente grandes para permitir a passagem das moléculas de água.

"Esta membrana remove completamente os sais minerais da água", explica o professor Nidal Hilal, da Universidade de Swansea, no Reino Unido.

Dessalinização
Mas essas membranas poderiam entupir facilmente, o que prejudicaria muito o desempenho do processo.

Agora, porém, existe uma tecnologia mais avançada de materiais e técnicas de tratamento prévio que fazem com que essas membranas funcionem com maior eficiência por mais tempo.

E em Israel, os designers de Sorek conseguiram poupar energia usando vasos de pressão com o dobro do tamanho.

Mais de dois quintos de 800 milhões de pessoas da África vivem em regiões de "estresse hídrico".

Tecnologia alternativa
A osmose direta é uma forma alternativa de eliminar sal da água do mar, segundo o professor Nick Hankins, engenheiro químico da Universidade de Oxford.

Em vez de empurrar a água através da membrana, uma solução concentrada é utilizada para extrair o sal.

Depois, essa solução é eliminada restando apenas a água pura. "É possível separar a água do sal usando bem pouca energia", assegura o professor.

Outro método possível é a chamada dessalinização capacitiva que, basicamente, significaria ter um ímã para atrair o sal.

"Deveríamos ser capazes de dessalinizar a água usando algo entre a metade e a quinta parte da energia usada para a osmose reversa", diz Michael Stadermann, do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, da Califórnia.

Essa técnica ainda está em fase de testes.

E o sal que sobra?

Um problema gerado pela dessalinização da água do mar é justamente o que fazer com o sal que sobra.

A água no Golfo Pérsico historicamente tem 35 mil partículas de sal por milhão (ppm). Mas segundo o Ministério do Meio Ambiente e da Água, algumas áreas próximas às usinas chegam a ter 50 mil ppm.

"É preciso garantir que a água muito salgada seja deslocada para um local suficientemente longe do mar para que não haja recirculação dessa água, porque, se isso acontecer, ela voltará ainda mais salgada", disse Floris van Straaten, da empresa de engenharia suíça Pöyry, que supervisiona a construção do projeto Ras al-Khair.

"Nossa usina está sendo instalada ao lado de uma usina de energia que usa a água do mar para refrigeração", diz Jessica Jones, da Poseidon Water, empresa que está construindo a usina de Carlsbad na Califórnia.

"Nosso descarregamento é misturado, mas, no momento em que ele entra no oceano, o sal já está dispersado."

Nos Estados Unidos, porém, grupos ecologistas têm lutado nos tribunais contra a construção de novas usinas de dessalinização, dizendo que as consequências da reintrodução da salmoura no mar ainda não foram estudadas o suficiente.

"E quando a água está sendo extraída do oceano, ela traz peixes e outros organismos. Isso tem um impacto ambiental e econômico", explica Wenonah Hauter, diretor da Food And Water Watch em Washington.

Preço da água
A dessalinização pode se tornar cada vez mais barata, ainda que ela seja muito cara para os países pobres - dos quais muitos sofrem com escassez de água.

Mais de dois quintos da população de 800 milhões do continente africano vivem em regiões de "estresse hídrico", o que significa viver com o fornecimento de menos de 1.700 metros cúbicos de água por pessoa.

A ONU prevê que, em 10 anos, quase 2 bilhões de pessoas viverão em regiões com escassez de água, vivendo com menos de mil metros cúbicos de água cada uma.

Tudo o que essas regiões mais precisam é de um dispositivo de dessalinização que possa abastecer cada 100 ou 200 pessoas.

A dessalinização capacitiva é uma solução em potencial, da mesma forma que a dessalinização com energia solar, cujos custos já reduziram o triplo em 15 anos.

Assim, enquanto a dessalinização já avançou enormemente nos países ricos, também é necessário que chegue às regiões pobres, que são as que mais sofrem com a falta de água.

Fonte: BBC Brasil

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Tabuleiro do Norte (CE): Eletricista cria equipamento de baixo custo capaz de perfurar poços

Em tempos de seca e risco de colapso no fornecimento de água, boas ideias são sempre bem-vindas. Especialmente quando é possível aliar baixo custo com resultados rápidos. Foi o que fez o eletricista Antonio de Oliveira, também conhecido como Neguinho em Tabuleiro do Norte, na região Jaguaribana.

Com a ajuda do cunhado, ele montou um equipamento capaz de perfurar poços de até 80 metros de profundidade, uma espécie de perfuratriz.

“Meu cunhado queria cavar um poço, só que nós não estávamos com condições. Para você tirar do bolso R$ 20 mil a R$ 22 mil para realizar a operação é difícil. Então eu disse que, se ele comprasse o material, eu faria a perfuratriz. Então ele foi comprando devagarzinho o material. Não é igual uma profissional, ela é pequenininha, mas faz o serviço. O motor não gira a broca, ele joga a água dentro do buraco e volta por fora, tirando o material de dentro do poço”, explica o eletricista.

Um fator que faz a diferença na perfuratriz desenvolvida por Antonio de Oliveira é o preço da montagem. Ele utilizou seus conhecimentos de eletricista e mecânico para baratear os custos.

De acordo com o inventor de Tabuleiro do Norte, já foram perfurados 3 poços com a perfuratriz criada por ele. E garante que está à disposição para quem desejar utilizar a máquina.

O último poço perfurado por Antonio de Oliveira com o equipamento chegou a 78 metros de profundidade e, segundo ele, já está em funcionamento.

Fonte: Tribuna do Ceará

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O mundo está esquentando. Mas sem problema: Jesus vai voltar antes

Estamos vivendo dias de fritar ovo no asfalto.

E olha que nem chegamos ainda ao verão, que promete ser um dos mais quentes de todos os tempos.

Isso me lembrou que, tempos atrás, liguei a TV e, zapeando canais, descobri um debate no qual um sujeito afirmava que via com bons olhos as mudanças climáticas porque elas são sinais da volta do Messias.

Ou seja, para o sujeito em questão, megatempestades, eventos extremos, extinção de espécies, desaparecimento de países-ilhas, pessoas morrendo, refugiados ambientais, tudo isso faz parte de um plano sobrenatural (#SomosTodosPlaymobil).

E, portanto, que temos pouca influência por ter causado tudo isso. Ou, pior: quem somos nós para irmos contra a vontade de Deus?

Daí você, que não acredita na vinda de salvadores porque a salvação depende de nós mesmos, só pensa na chegada de um meteoro redentor. Daqueles bem gordinhos, do tipo que redimiu os dinos.

Se ainda fossem aqueles pseudocientistas e seu séquito de zumbis seguidores que dizem que o clima não está mudando, vá lá. Ou ainda algumas corporações que ganham dinheiro devorando o mundo como se não houvesse amanhã. Há um mínimo de racionalidade nessas ações bisonhas.

Mas dizer que o Criador (se ele existir – vejam que estou dando o benefício da dúvida com esse “se'') resolveu “permitir'' que o mundo fosse para o brejo para cumprir interpretações questionáveis a partir de livros cheios de metáforas e, dessa forma, apoiar um grande cataclisma global para prenunciar uma nova era deveria ser analisado como manifestação de alguma psicopatia grave.

A declaração é da mesma escola daquela de um assessor de George W. Bush quando questionado sobre a herança deixada às próximas gerações pelos gases geradores de efeito estufa da indústria norte-americana. Não me lembro da frase exata, porque lá se vão anos, mas foi algo do tipo: “não será um problema, porque Cristo voltará antes disso”.

A beleza de viver em uma sociedade em que há livre expressão de manifestações religiosas é que eles podem dizer o que quiserem. Podem, inclusive proferir discursos de ódio. Lembrando que a mesma democracia que não aceita censura prévia também prevê a punição em caso de discursos que incitem a violência.

Quem quiser acreditar em forças sobrenaturais determinando o seu dia a dia, tudo bem.

Quem quiser dedicar sua vida a seguir certos códigos de conduta religiosos e ter vergonha por sentir um tesão doido por alguém do mesmo sexo e se reprimir com vergonha disso, tudo bem.

Quem quiser se ajoelhar antes e depois de partidas em pleno gramado de futebol e justificar seu fracasso ou sucesso pela ação do sobrenatural e não por competência individual e coletiva, tudo bem.

Quem quiser acreditar que foi a fé em Jesus(.com) que garantiu uma frota de luxo ao presidente da Câmara dos Deputados, tudo bem.

Façam o que quiserem de suas existências.

Mas, por um acaso (e infelizmente), também vivo neste mundo em que vocês. Somos os responsáveis por afetar o frágil equilíbrio climático. E somos responsáveis pelo que acontecer daqui para frente. Se vamos sofrer muito ou pouco.

E a única verdade palpável, real e concreta por aqui, é que vamos sofrer por termos explorado o planeta além de sua capacidade. E se não fizermos nada agora, o que inclui mudar os atuais padrões de consumo e forçar governos e corporações a alterar mais rapidamente suas políticas, milhões vão morrer.

Daí, sim. Restará apenas lamentar.

E rezar.

Por: Leonardo Sakamoto

Fonte: Blog do Sakamoto/UOL

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O que você precisa saber para não cair em roubadas ao viajar sozinho

Ser dono do seu nariz e não ter que dar satisfações a ninguém, não ter compromissos, horários ou acordos. Mas não ter também com quem dividir a corrida do táxi, o peso da mala, o quarto do hotel.

Viajar sozinho é uma experiência enriquecedora sob muitos aspectos, mas também pode se revelar mais custosa.

Ainda assim, é um tipo de turismo que não para de crescer. No comparador de hotéis e passagens Kayak, mais da metade das buscas são feitas por pessoas que pretendem viajar sozinhas; um levantamento do site TripAdvisor descobriu que 25% das mulheres brasileiras já embarcaram nesse tipo de passeio –e pretendem repeti-lo.

No Google, as buscas pelo termo "solo travel" (jargão usado no exterior) em agosto de 2015 foram 47% maiores que no mesmo mês em 2014 e o dobro das registradas no mesmo período de 2013.

As empresas já começam a entender que quem viaja sozinho não é só "destemido" ou "sem companhia"; o prazer de viajar está mais associado a um estilo de vida.

"Esse fenômeno se dá em parte pela questão demográfica –há mais gente vivendo sozinha–, mas também por mais incentivos. As pessoas estão mais confiantes e confortáveis em viajar por conta própria", diz Lea Dorf, sócia da agência Next 2 Travel.

Segundo Erik Sadao, diretor da Teresa Perez Tours, as maiores procuras são por expedições de aventura ou de imersão, para viagens de autoconhecimento.

"A necessidade de se desligar é o grande motivo para uma 'solo travel'. Mas a tecnologia também exerce um papel inverso: como as pessoas conseguem se manter conectadas, não se sentem sozinhas quando viajam", diz.

Na ponta do lápis
É fato que viajar sozinho, em geral, custa mais –especialmente para quem não tem perfil mochileiro-alberguista.

A maioria dos hotéis cobra o mesmo por quartos simples ou duplos, e alguém sem companhia arca integralmente com despesas cotidianas.

Mas uma parte do setor tem se movimentado para atender à demanda de viajantes solitários que priorizam o conforto de hotéis e táxis –em detrimento de albergues e caronas.

Três navios de cruzeiro da Norwegian Cruise Line têm cabines para quem viaja sozinho. Na Silversea, o "single supplement fee" (taxa suplementar para solteiros) foi abolido em vários roteiros.

Cresce a oferta de operadoras e agências de viagens especializadas. A americana G Adventures (gadventures.com) e a australiana Intrepid Travel (intrepidtravel.com) organizam grupos de até dez turistas pensando em quem viaja sozinho –e está disposto a dividir um quarto de hotel com um desconhecido.

No Brasil, Keep Company e Terrazul vendem pacotes "para solteiros". No feriado de 2 de novembro, por exemplo, a Keep Company promove viagem a São Miguel Arcanjo (a 180 km de São Paulo) –três dias por R$ 990. Na Terrazul, há até bate-volta para o segmento: Ubatuba, em 7 de novembro, por R$ 220.

Veja dicas para viajar sozinho
Estando ou não acompanhado, em viagens há que se tomar cuidados com segurança –mas quem está sozinho precisa redobrar a atenção, pois não terá alguém para dividir a responsabilidade.

Envie para o seu e-mail cópias de documentos, dados do cartão de crédito e do seguro-viagem. E, se possível, deixe alguém avisado (no Brasil ou até o recepcionista do hotel) de seu itinerário –sem alardear a todo tempo que está sozinho ou sozinha.

No local, tenha sempre um mapa à mão e pesquise os costumes da região e as redondezas de onde vai ficar. Reúna o máximo possível de informações antes da viagem.

"Hoje é muito rápido solucionar dúvidas em blogs e redes sociais", diz o analista de TI Wilson Lima, 27, que já encarou três viagens sozinho. "Ter tanta gente disposta a compartilhar informações ajuda a vencer nossos receios e encarar a viagem sem medos."

A solidariedade local pode ser acionada em momentos como o da refeição. Especialmente por quem tem pavor de ir desacompanhado a um restaurante –embora o hábito seja comum em destinos como Paris, e a oferta de locais com mesas coletivas cresça em várias cidades.

Viajantes solo podem recorrer à economia compartilhada por ferramentas como o Eat With (eatwith.com), que desde 2012 promove almoços e jantares na casa de anfitriões locais, em mais de 30 países.

Há outras empresas do gênero, como Colunching (colunching.com) e VizEat (vizeat.com). E ideias semelhantes na hora de se hospedar (airbnb.com e couchsurfing.com), passear (rentalocalfriend.com e withlocals.com) e até viajar (lyft.com e blablacar.com).

Mapa-múndi
Na hora de escolher o destino, saiba que cidades maiores costumam ser mais fáceis para marinheiros solitários de primeira viagem: como têm mais estrutura de transportes e informação turística, é mais simples entender o ambiente e pedir ajuda.

"Não falo quase nada de inglês e fui muito bem tratado na Inglaterra –parece haver uma atenção especial com quem está sozinho", conta o analista de sistemas Jefferson Fernandes, 41.

Cidades universitárias também costumam ser opção, já que oferecem intensa programação cultural e têm moradores em geral mais abertos aos estrangeiros.

Salamanca (Espanha) e Oxford (Inglaterra) são bons exemplos disso.

Para a primeira vez, também pode valer apostar em pacotes ou hotéis que estimulem a integração dos hóspedes.

Na rede chilena Tierra (tierrahotels.com), os funcionários promovem integração nos passeios, inclusos na diária, nas mesas coletivas de refeições e espaços comuns.

Matricular-se em cursos (de idiomas ou gastronomia, por exemplo) é outra ferramenta usada por "solo travelers". As escolas costumam oferecer suporte constante aos alunos e atividades para incentivar o convívio social.

Como viajar sozinho

A escolha
Qualquer um pode viajar sozinho –mas experimentar é o único caminho para saber se você realmente se adapta a essa situação, que envolve testar os próprios limites e força a sociabilidade; comece em destinos próximos

O destino
Costumam receber bem turistas solitários as metrópoles (Paris, Nova York, Barcelona, Rio), cidades universitárias (Valência, Cambridge, Ouro Preto) e destinos de aventura (Atacama, Patagônia)

A segurança
Viajar sempre requer atenção –mas, estando sozinho, ela deve ser redobrada, já que não há uma segunda pessoa para prestar atenção em você; se possível, mantenha alguém informado, antes ou durante a viagem, de seu itinerário; em deslocamentos, quando se sentir inseguro, apele para o celular, fones de ouvido ou óculos escuros para disfarçar e evitar contato visual

Os custos
Não ter com quem dividir gastos pode deixar a viagem mais cara; busque hotéis sem 'single supplement fee' (taxa para hospedagem individual), almoços executivos e agências que promovem interação entre turistas solo

Fonte: Folha.com

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Cid se filia ao PDT, ataca Cunha e chama Temer de "chefe de quadrilha"

Em convenção realizada em Fortaleza, o ex-governador Cid Gomes confirmou neste sábado, 17, sua filiação ao PDT. Em discurso no evento, Cid não poupou críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e ao vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), a quem chamou de “chefe da quadrilha que achaca o País”.

“O PMDB é um partido podre e fisiologista, e o Temer é o chefe da quadrilha que achaca o País”, disse. Cid disse ainda que Eduardo Cunha é “o que existe de mais podre, cínico e demoníaco” na política brasileira.

Logo após o discurso, muito aplaudido por lideranças do PDT, Cid assinou ficha de filiação. O documento foi abonado pelo presidente nacional da legenda, o ex-ministro do Trabalho nos governos Lula e Dilma, Carlos Lupi.

Antigos aliados, cidistas e peemedebistas romperam em 2014, após Eunício Oliveira (PMDB) sair candidato ao governo do Estado. Além de Lupi, acompanhavam o ato o ministro André Figueiredo (Comunicações), o ex-ministro Ciro Gomes e o prefeito Roberto Cláudio.

Direção do partido
Na manhã deste sábado, o PDT Ceará também confirmou o prefeito Roberto Cláudio como novo presidente da sigla na Capital. André Figueiredo foi reconduzido ao comando do partido no Ceará. Filiação dos vereadores do partido, no entanto, deve ficar para março do ano que vem.

Antes esperado apenas para oficializar a filiação de Cid, ato acabou tendo ares de apoio à candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. Em suas falas, lideranças do partido elogiaram Ciro e destacaram pretensões presidenciáveis da legenda.

“Vamos agora construir um projeto nacional de candidatura à Presidência da República (...) o PDT tem sido um partido que sempre esteve ao lado das grandes causas, queremos fortalecer a história do PDT”, disse Roberto Cláudio, pré-candidato à reeleição.

Os elogios foram subscritos por vários dos presentes. “Quero cumprimentar Ciro Gomes, nosso futuro presidente do Brasil”, disse o presidente da Câmara de Fortaleza, Salmito Filho (PDT).

Apesar do apoio a Ciro, André Figueiredo destacou que o partido irá trabalhar pela “governabilidade” de Dilma Rousseff. “Dilma pode ter vários defeitos, mas nunca fugiu à luta”, disse. (colaborou Wagner Mendes)

Bastidores
A organização do evento esperava público bem maior do que o que realmente esteve presente no sábado. Sobraram cadeiras e as arquibancadas ficaram praticamente vazias. O grupo de Cid chegou com quase duas horas de atraso.

O POVO tentou entrar em contato com a vice-presidência da República para comentar o caso, mas não obteve resposta..

Um grupo de jovens tentou animar o evento batendo tambores entre as falas das lideranças. Em meio ao forte calor, parte do grupo acabou se dispersando com o avançar da hora.

Fonte: O Povo

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Três mitos falsos e ultrapassados sobre o Brasil - Por: Tim Vickery*

Aos 16 anos – uma idade em que a gente se impressiona facilmente –, meu pai testemunhou, nos céus, acima de sua cabeça, a luta de pilotos da Força Aérea britânica contra os alemães, que acabou impedindo uma invasão nazista.

Essa foi a época que definiu o patriotismo do meu pai e de toda uma nação. "Éramos nós, sozinhos", ele me contava até o fim de seus dias. "Somente nossa ilha contra o poder de Hitler."

Sem nenhuma dúvida, trata-se de um momento glorioso. Mas há ressalvas. Primeiro, a frase "era a gente sozinho" esquece que, na época, essa "ilha" (o Reino Unido) ainda era dona de um império. E os milhões de súditos indianos?

Também não é um momento que se pode tomar como representativo da política externa do país, pelo menos nos tempos de império. Foram séculos de conquistas e roubos. O verão de 1940, então, fornece uma base frágil para se construir um senso de patriotismo.

Mas é típico das histórias que as nações contam sobre si próprias. E, às vezes, o mito acaba valendo mais do que a verdade.

No Brasil, por exemplo, tem um mito que é contado todos os dias, e aceito como se fosse a verdade mais pura e incontestável. Impossível contar quantas vezes ouvi essa frase das mais diversas pessoas nas mais diversas situações. Mas, normalmente, em tom de lamúria.

"A gente foi colonizado pelos portugueses".

Obviamente, o Brasil fazia parte do império de Portugal. A terra, sim, foi dominada pelos "portugas". Mas o povo? Aí é outra história.

Os indígenas foram colonizados, e os africanos vieram como mercadoria, no processo brutal e desumano de escravidão. O restante – e não é pouca gente, não – veio para cá por opção. Chegou da Europa, do Oriente Médio e da Ásia. As pesquisas de DNA mais atuais estão revelando um Brasil muito mais europeu do que se pensa, por exemplo.

A verdade é - mais do que colonizados, o Brasil é cheio de descendentes de colonizadores, principalmente em posições de poder e em que mudanças podem, sim, ser implementadas. E estão fazendo o quê? Culpando os portugueses.

Por que, então, tanta confusão sobre um assunto tão básico? Uma coisa é certa. O conceito de Brasil colonizado é bastante útil para a elite. Coloca a massa do povo numa posição de passividade. Sempre tem alguém para culpar. Atraso, subdesenvolvimento? Não tem saída além de lamentar a herança portuguesa.

Claro, as cartas foram marcadas contra a América do Sul, tachada como mero fornecedor da matéria-prima. Mas houve uma elite local que ficava bastante satisfeita com isso, com um interesse no próprio atraso do país, na passividade do povo.

Foi somente a grande crise financeira de 1929 nos Estados Unidos, e a consequente queda na demanda externa por produtos agrícolas, que obrigou a elite a apoiar um projeto de desenvolvimento nacional, chefiado por Getúlio Vargas.

Mas culpar a elite traria uma armadilha semelhante a culpar os portugueses.

Acho que a maioria aqui concorda que o Brasil tem que mudar muita coisa. Uma delas são os mitos. O Brasil precisa é de encontrar novos mitos. Os velhos estão ultrapassados.

Quer ver outro? "Brasil, a terra da alegria". Quantas vezes ouvi o povo, muitas vezes até explicando essa passividade frente aos problemas, sacar esse do leque de mitos. "A terra de alegria" não sobrevive a uma rápida caminhada por qualquer rua comercial do país. A quantidade de farmácias é impressionante! Será que um povo feliz precisa tomar tantos remédios?

A "terra de diversidade cultural" também já era. Felizmente, a miscigenação no mundo é hoje em dia muito mais comum e, em muitas cidades europeias, por exemplo, encontra-se uma gama muito mais ampla de etnias e religiões do que no Brasil.

Aí a questão prática é: surgirão novos mitos, quais? É tema para longas conversas e uma outra coluna.

*Formado em História e Política pela Universidade de Warwick, Vickery é um dos poucos jornalistas estrangeiros a ter uma carreira verdadeiramente bilíngue, com colaborações regulares tanto para veículos brasileiros quanto estrangeiros, sobretudo britânicos.

Fonte: BBC Brasil

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Ciro Gomes diz que oposição brasileira perdeu a noção e é chefiada por um calhorda



Antes de embarcar para Brasília no início da manhã desta quinta-feira (15), Ciro Gomes fez uma breve análise da atual situação política brasileira em entrevista ao jornalista José Maria Melo, do Diário do Nordeste. Indagado sobre a possibilidade de afastamento de Dilma, o atual presidente da Transnordestina defendeu a Chefe de Estado.



Crato (CE): Mais um homicídio perto da Praça dos Quatro Bancos no Seminário

O jovem Germano Yuri Batista Gonçalves, de 22 anos, foi assassinado com um tiro na face por volta das 22 horas deste sábado na Travessa Caririaçu, imediações da Praça dos Quatro Bancos, no bairro Seminário em Crato. Ele morava na Rua Juvêncio Barreto, Bairro Gizélia Pinheiro daquele município e, segundo a polícia, respondia por crimes de lesões corporais praticados nos dias 24 de junho de 2011 e no último dia 3 de abril em Crato.

Os Soldados Roberto e Fabiano foram avisados sobre estampidos de arma de fogo no local efetuados por dois homens em uma moto vermelha quando duas pessoas lesionadas tinham sido socorridas por populares. Quando os PMs chegaram ao Hospital São Francisco já souberam do óbito de Yuri. Outro jovem identificado por Nailton Batista de Sousa Silva, de 18 anos, que mora na Rua Maria Ivonete, 34 no bairro Seminário, foi atingido de raspão na cabeça e segue internado.

Este foi o segundo homicídio do mês de outubro em Crato e o 39º do ano no município. Na manhã do último dia 10 de outubro populares encontraram crivado de balas o corpo de Eduardo da Silva Vieira, de 36 anos, que residia na Rua Campos Elísio, 148 no bairro Santa Tereza em Juazeiro. O achado se deu no Sítio Malhada (Distrito de Ponta da Serra) em Crato dentro do mato perto de uma estrada carroçável com tiros na cabeça, no joelho e na coxa esquerda.

Demontier Tenório

Fonte: Miséria

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O que os bancos fazem para deixar você no vermelho

Tenho R$ 50 mil aqui para sortear. Todo mês. E de graça - não precisa comprar bilhete, rifa, nada. Na verdade, é melhor do que de graça: você ganha dinheiro para participar dos meus sorteios. E aí? Está dentro? "Lógico", qualquer um responderia. Não aceitar uma proposta dessas parece insanidade.

Justamente por isso, esse tipo de jogo existe na vida real. São os títulos de capitalização, aqueles que qualquer banco tem, e que 11 entre 10 gerentes tentam empurrar para os clientes de vez em sempre. À primeira vista, o título parece mesmo um negócio bacana. Você paga uma mensalidade pequena, R$ 20, por exemplo, e ganha o direito de participar de vários sorteios - um por semana, um por mês, um de R$ 10 mil, um de R$ 50 mil, eventualmente um especial de R$ 2 milhões; depende do banco. Aí, quando você não quiser mais participar da brincadeira, beleza: pega de volta o dinheiro todo que colocou ali. Corrigido.

Por esse ponto de vista, nem parece jogo. Parece investimento, e, ainda por cima, com emoção. Uma amizade financeira with benefits. A coisa é tão atraente que, só no ano passado, todos os títulos de capitalização do País captaram, juntos, R$ 21,8 bilhões. Uma cachoeira de dinheiro. Dá quase a captação líquida que a poupança teve no mesmo ano (ou seja, a quantidade que os brasileiros depositaram a mais do que retiraram das cadernetas, que foi de R$ 24 bilhões em 2014). Só tem um problema. Se você for pedir um conselho para um economista sobre títulos de capitalização, ele provavelmente vai começar a conversa com um verbo no imperativo: "Foge". Porque a coisa é uma roubada mesmo, pelo menos para quem pretende proteger o próprio dinheiro - e proteção é justamente o que as pessoas procuram num banco; quando elas querem outra coisa, vão para Las Vegas, ou para a lotérica.

A pegadinha dos títulos de capitalização é justamente a "capitalização". O dinheiro que você coloca ali vai render, na melhor das hipóteses, um pouco menos que a poupança, que já toma pau da inflação. Na pior das hipóteses, rende bem menos. É que alguns títulos corrigem o dinheiro aplicado só pela TR, a Taxa Referencial. No ano passado, ela foi de 0,8%. Neste, deve fechar o ano em pouco mais de 1,5%, contra quase 10% só de inflação. Ou seja: seu dinheiro evapora.

E até para tirar o dinheiro evaporado é difícil. Para entrar num título de capitalização, você firma um contrato longo - quatro anos, por exemplo, nos quais precisa pagar religiosamente a mensalidade para poder participar dos sorteios. Se você tiver que cortar essa despesa da sua vida e pegar o dinheiro de volta, vai pagar multas pesadas. Nos primeiros meses, ela pode chegar a 90% de tudo que você aplicou. Mesmo depois de dois anos, a multa ainda pode ser altíssima, na faixa dos 30%. O resgate total você só consegue, neste cenário de um título com contrato de quatro anos, justamente quatro anos depois de ter entrado na jogada. E o seu dinheiro virá com um rendimento pífio, bem abaixo da inflação, até porque acabam descontadas as despesas administrativas e o custeio das premiações - aquelas que você provavelmente não terá ganhado.

Sim, porque a chance de ganhar, na melhor das hipóteses, é de uma em 10 mil. É a mesma de ganhar na Mega-Sena marcando 15 números no bilhete. E igual a de você ser atingido por um raio uma vez na vida. Ou seja: se o seu gerente pedir para que você leve um título desses em troca da liberação de um empréstimo, procure outro banco. E, se você quiser diversão, melhor arriscar na loteria mesmo. Afinal, é mais caro imobilizar R$ 20 por mês durante quatro anos para concorrer a R$ 2 milhões do que gastar R$ 3,50 num dia para tentar R$ 100 milhões na Mega-Sena. O sonho, ao menos, é maior.

Se títulos de capitalização fazem o seu dinheiro evaporar, rolar dívida do cartão de crédito equivale a tocar fogo na sua grana, e depois jogar gasolina para ver se apaga o incêndio. Quando você não tem dinheiro para quitar a fatura e faz só aquele pagamento mínimo, entra no "cartão rotativo" - o nome popular para o ato de pagar dívida do cartão de crédito com o crédito do próprio cartão.

Em qualquer país do mundo, isso é a pior coisa que você pode fazer com o seu dinheiro, fora picá-lo para produzir confete. Mas no Brasil é pior: fazer confete com as notas pode ser uma alternativa mais atraente. É que os nossos juros do cartão são os maiores do mundo, de longe. Dá 378% ao ano. Isso em média, porque, dependendo do banco e do tipo de cartão, a brincadeira pode sair a 600%, 700% ao ano. É juro de fazer agiota corar. Na Colômbia, que não é nenhuma Suíça, a média do rotativo está em 62%. Na Argentina, que tem a nota mais baixa possível no ranking de bons pagadores da Standard & Poors e, portanto, tenderia a praticar juros altos em todos os ramos da economia, o rotativo não passa de 37%/ano. Nos EUA, 22%. Na Suíça, 15%.

Por aqui, levando em conta só a média, R$ 1.000 no rotativo viram R$ 4.780 em um ano. Em cinco anos, a dívida cresce para R$ 3 milhões. Em 14 anos, dá o PIB do Brasil. Mais encargos. É suicídio financeiro num país cujos estudantes ocupam a 58ª posição de 65 em matemática no Pisa, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes. Tanto que 96% das pessoas não sabem quais são as taxas de juros cobradas quando optam por pagar o mínimo, segundo uma pesquisa da SPC.

Talvez por isso mesmo 61%, dos inadimplentes no Brasil, ainda de acordo com a Sociedade de Proteção ao Crédito, estão com o nome sujo porque deixaram de pagar a fatura do cartão. Falta de planejamento? Sem dúvida. Mas não dá para apontar só para a irresponsabilidade financeira dos inadimplentes. Quando você vai pagar seu cartão pela internet, o pagamento mínimo surge na tela com tanto destaque quanto o valor de fato da fatura. Para quem está pendurado, venden­­­do o carro para pagar a gasolina, isso induz ao endividamento. E pode garantir um passaporte para o Mundo Fantástico dos Maiores Juros da Terra.

Para escapar desse trem fantasma, o jeito é ir até o banco, pedir um empréstimo pessoal, e usar o dinheiro para pagar a fatura. Nisso os juros podem cair de 400%, 500% ao ano para algo menos nocivo. Alguns bancos já dão essa opção na própria fatura do cartão, até - se não puder pagar tudo nem quiser cometer o erro de entrar no rotativo, eles parcelam a dívida a juros menos escorchantes. Já é alguma coisa. Mas cuidado: se você pedir para o banco errado, pode sair mais caro ainda. Aqueles que oferecem crédito (extremamente) fácil, chegam a cobrar mais de 700% ao ano nos empréstimos.

Seja como for, entidades civis como a Associação Brasileira de Defesa ao Consumidor pedem é a extinção dos juros galácticos no rotativo. Querem que os bancos se atenham aos valores terráqueos que o resto do mundo já pratica para quem fica devendo no cartão. Bacana, mas falta combinar com os bancos, porque ninguém, em nenhum ramo da economia, gosta de mexer em time que está ganhando.

As vitórias ali, por sinal, são só de goleada, amigo da SUPER: no ano passado, nossos maiores bancos tiveram uma rentabilidade de 18,23% sobre o próprio patrimônio - nos EUA, que não são exatamente um país antipático aos bancos, eles rendem apenas 7,68%. Das quatro empresas de capital aberto mais lucrativas da América Latina, três são bancos brasileiros: Itaú-Unibanco (US$ 7,6 bilhões em 2014), Bradesco (US$ 5,6 bilhões) e Banco do Brasil (R$ 4,2 bilhões).

A explicação para esses números está no aumento acelerado da demanda por crédito, o famoso empréstimo de dinheiro. No início do século 21, só 28% dos brasileiros tinham conta bancária. Hoje, são 60%. Em 2003, o saldo de crédito oferecido pelos bancos era de 21,8% do PIB. Quando Lula passou a faixa presidencial para Dilma, em 2010, era de 44%. Hoje, de 54%. Bom, do mesmo jeito que uma siderúrgica vende aço e uma petroleira vende petróleo, banco vende crédito. Nossos bancos, então, estão vendendo mais. Natural. Só que eles vendem mais caro também, e não só no rotativo. Olha só. Os brasileiros gastam, em média, 9,5% dos seus salários pagando juros. Nem parece tanto. No Canadá, aquela maravilha da civilização ocidental, é quase a mesma coisa: eles gastam 7% da renda mensal só com juros. Então estamos até bem, certo?

Certo. Mas falta um detalhe aí. O endividamento médio das famílias no Brasil equivale a 46,3% da renda anual delas. Ou seja: uma família que ganha R$ 100 mil por ano tende a ter R$ 46 mil em dívidas. Nos Canadá, são 167%. Um canadense que faz o equivalente a R$ 100 mil por ano deve R$ 167 mil. Uma bica. E, mesmo assim, o canadense típico gasta só 7% com juros. Nós, quase 10%.

E não é só com crédito que banco ganha. Também tem as taxas. Se você coloca o seu dinheiro num fundo DI, por exemplo, o rendimento dele vai acompanhar a Selic (tirando IR e tudo o mais, dá um pouco menos que a taxa básica de juros, mas já ganha da poupança). Bom, os bancos têm cobrado taxas na faixa de 2% ao ano no DI. Isso significa que, se você colocar R$ 10.000 num DI desses, R$ 200 (2% do total) já vão direto para o bolso do banco.

Não faz sentido. Um fundo DI de banco investe em títulos públicos que pagam a Selic. Se você comprar esses títulos por conta própria, via Tesouro Direto, vai pagar 0,5% ao ano (0,3% que a Bovespa cobra mais algo em torno de 0,2% para a corretora). Mais um pouco de numeralha: essa diferença de 1,5% ao ano no rendimento faz diferença. Em 20 anos, o 1,5% a mais se transforma em 35% a mais, graças à magia dos juros compostos. É aí que o banco ganha forte no longo prazo, e você perde. Pois é: um fundo DI comum costuma ter patrimônio na casa dos R$ 250 milhões em dinheiro de clientes. 1,5% disso dá R$ 3,8 milhões ao ano. O banco fica com essa diferença basicamente para comprar títulos públicos por você, coisa que não dá muito trabalho. Tanto que poderia ser feita por você mesmo. Até porque é divertido investir por conta própria. Com a vantagem de que, nesse caso, você não gasta dinheiro. Ganha.

Fonte: Superinteressante

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Barbalha (CE): Menor é assassinado dentro de uma chácara na zona rural

Um homicídio foi registrado por volta das 14 horas deste sábado dentro de uma chácara localizada no Sítio Venha Ver na zona rural de Barbalha. O adolescente Wedson dos Santos Ribeiro, de 15 anos, conhecido como "B", que residia na Rua P4 número 673 no Sítio Mata dos Limas naquele município tinha acabado de chegar ao local - onde mora um amigo - acompanhado de outros dois menores.

Segundo informações colhidas pela polícia, dois homens chegaram ao imóvel em uma moto vermelha se passando por policiais quando mandaram todos ali presentes deitaram no chão. Um dos acusados já com arma em punho foi direto ao encontro de Wedson que estava no chão e efetuou cinco disparos de revólver, sendo a maioria na cabeça. Depois, a dupla fugiu na moto em alta velocidade.

Este foi o primeiro homicídio do mês de outubro em Barbalha e o 27º do ano no município ou quatro a mais que os 23 registrados no decorrer do ano passado. O último aconteceu na tarde do dia 25 de setembro na Rua Projetada 3, número 792 no Sítio Mata dos Limas. Francisco de Sousa Pereira Filho, de 19 anos, o “Juninho”, morava na casa número 672 da mesma rua e estava em um andaime colocando um forro de gesso quando dois homens chegaram em uma moto Honda de cor vermelha e o mataram a tiros.

Demontier Tenório

Fonte: Miséria

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O que você precisa saber sobre o Brasil de hoje para o Enem

Daqui a menos de uma semana, 7,8 milhões de estudantes brasileiros devem prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – porta de entrada para algumas universidades públicas e requisito para a obtenção de bolsas de programas como o ProUni.

Nesta reta final, é comum que o candidato tire um tempinho para revisar o que já foi estudado durante o ano e se atualizar. Para facilitar um pouco a tarefa, EXAME.com consultou um time de professores que indicaram sete aspectos do Brasil de hoje que podem ser abordados tanto nas questões objetivas como na redação. Veja quais foram as apostas.

Crise da água
Desde o ano passado, as grandes metrópoles do Sudeste convivem com o medo das torneiras secarem.

Em São Paulo, a diminuição drástica do volume dos sistemas de abastecimento como o Cantareira fez com que parte da população sofresse com a redução da pressão de água e cortes no abastecimento.

A crise também afetou indústrias e comércio, que precisaram diminuir o ritmo da produção.

Para os professores consultados, o tema poderá aparecer na prova objetiva, com questões relacionadas ao meio ambiente, mas, também, ao desperdício e à responsabilidade do poder público de administrar o recurso.

“Apesar da questão ser mais ligada ao centro-sul do país, o tema é de interesse nacional e foi muito repercutido”, diz Rui Calaresi, professor de Geografia do Cursinho da Poli.

PEC das Domésticas
Em junho deste ano, Dilma Rousseff sancionou o texto que regulamenta a chamada PEC das Domésticas.

A PEC entrou em vigor em 2013, mas alguns temas ainda precisavam ser regulamentados. Dois anos depois, as regras saíram do papel e trouxeram mudanças importantes para quem emprega e para quem trabalha na área.

Como o tema gerou muitas discussões na época, a aposta dos professores é que ele apareça no Enem deste ano – inclusive, como tema da redação.

Violência contra mulher
A sanção da lei que classifica o feminicídio como crime hediondo é outro tema que deve ser abordado nas provas do Enem. Desde março deste ano, o assassinato de mulheres decorrente de violência doméstica ou discriminação de gênero.

O texto prevê o aumento da pena quando o crime for cometido na presença de descendente ou ascendente da vítima, se for contra menores de 14 anos ou maiores de 60 e se acontecer durante a gestação.

A proposta foi aplaudida pela Organização das Nações Unidas, que a caracterizou como “um avanço político, legislativo e social”.

Ética e corrupção
Para os professores consultados, é pouco provável que apareça na prova questões ligadas às recentes investigações de corrupção no Brasil, como as da Operação Lava Jato.

Isso, no entanto, não impede que a ética de governantes e dirigentes seja abordada nas questões, sugere João Puglisi, diretor editorial do Sistema de Ensino Poliedro.

Maioridade penal
Outro tema que gerou polêmica neste ano foi a proposta de redução da maioridade penal em casos de crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. O projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados e segue, agora, para o Senado.

Segundo uma pesquisa feita pelo Datafolha, 87% dos brasileiros dizem ser favoráveis à redução da maioridade penal.

A questão, no entanto, é complexa e, por isso, é apontada como um provável tema da redação.

Mobilidade Urbana
A vida nas cidades é tema recorrente no Enem. Neste ano, podem ser abordadas questões ligadas à mobilidade urbana, como a construção de ciclofaixas e, até mesmo, o Uber.

“A questão da especulação imobiliária e a periferização das cidades também podem inspirar questões”, diz Hugo Anselmo, professor de Geografia do Anglo Vestibulares.

Conceito de família e discussão de gênero
Há uma definição correta de família? Em fevereiro deste ano o tema ganhou destaque depois que uma enquete que questionava justamente isso foi colocada no site da Câmara dos Deputados.

A ideia era medir a aprovação do projeto de Lei 6583/13, do deputado Anderson Ferreira (PR-PE), que coloca família como o núcleo formado pela união de um homem e de uma mulher.

Recentemente, a Comissão Especial que avalia o projeto de Lei aprovou a mesma definição, excluindo do texto os casais homoafetivos. A decisão gerou polêmica e muitas discussões, mas segue para votação na Câmara.

Fonte: Exame.com

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