Quatro municípios cearenses sediam seminários regionais sobre LOA e PPA

A partir desta terça-feira (03/11), a Comissão de Orçamento, Finanças e Tributação da Assembleia Legislativa promove quatro seminários regionais no Interior com o objetivo de debater a proposta da lei orçamentária anual (LOA) 2016 e do Plano Plurianual (PPA) 2016-2019. O primeiro encontro acontece em Sobral (região norte) e deverá reunir moradores dos municípios do litoral norte, serra da Ibiapaba e litoral oeste. Em 9 de novembro, será realizado seminário em Juazeiro do Norte, contemplando municípios do Cariri e da  região centro-sul.

No dia 10 de novembro o debate ocorrerá no município de Quixeramobim, atendendo ao sertão central, sertão de Canindé, Inhamuns, Vale do Jaguaribe e sertão de Crateús.

O último seminário, em 11 de novembro, acontecerá na Assembleia Legislativa, em Fortaleza, englobando a Capital, Grande Fortaleza e cidades do litoral leste e Maciço de Baturité.

Segundo o deputado Júlio César Filho (PTN), a realização dos encontros obedece ao artigo 203 da Constituição Estadual (parágrafo 1°, inciso III), que determina a interiorização das discussões das peças orçamentárias, fazendo com que as prioridades sejam elencadas pelos próprios habitantes das microrregiões do Estado. Dessa forma, os seminários terão objetivo de aproximar ainda mais a Casa Legislativa dos seus representados.

“Esses encontros servirão para nortear os deputados que, nas oportunidades, receberão demandas tanto da população em geral como da sociedade civil organizada através das suas entidades e também da classe política local, prefeitos e vereadores”, afirma o parlamentar.

O deputado reforçou ainda que o objetivo da AL é encaminhar LOA e PPA para a sanção governamental até o dia 16 de dezembro deste ano.

A LOA 2016 foi entregue ao presidente da Assembleia, deputado Zezinho Albuquerque (Pros), em 15 de outubro, pelo secretário do Planejamento e Gestão do Ceará, Hugo Figueiredo. A previsão orçamentária do projeto é de R$ 24,3 bilhões para o próximo ano.

Já o PPA 2016-2019 chegou à Casa em 30 de setembro. O plano prevê investimentos de cerca de R$ 16 bilhões no Ceará, ao longo dos próximos quatro anos. Ambos os projetos contemplam investimentos em áreas como saúde, educação, segurança e, em especial, em obras de recursos hídricos.

Assessoria de Imprensa/Assembleia Legislativa do Ceará

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Crato (CE): Dia Nacional da Cultura é celebrado com Eleição do Conselho de Políticas Culturais

A eleição para escolha dos representantes da sociedade civil do Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC) será realizada no Auditório do Centro Cultural da RFFSA no dia 05 de novembro de 2015 (quinta-feira), dia Nacional da Cultura, das 9h as 18h.

Para votar e/ou ser votado é necessário que seja feito o cadastro na Cartografia Cultural do Crato (http://cartografiacultura.wix.com/cartografiacultura).

No ato de inscrição de sua candidatura, o(a) candidato(a) ao assento no CMPC deverá apresentar solicitação de registro de candidatura (http://bit.ly/1Rj6P8R), cópia de documento oficial com foto e declaração de que não é detentor de cargo em comissão ou função de confiança vinculada ao Poder Executivo do Município (http://bit.ly/1N0wVdg). A documentação poderá ser entregue na Secretaria de Cultura do Crato nos dias 02 e 03 de novembro ou no próprio dia da plenária (05.nov).

De acordo com o art. 1º da Lei nº 3.140/2015 do dia 23 de outubro de 2015, a sociedade civil será representada por 09 (nove) membros titulares e respectivos suplentes através dos seguintes segmentos:

a) 1 Representante da Música
b) 1 Representante das Artes Visuais e Audiovisual
c) 1 Representante das Artes Cênicas
d) 1 Representante de Literatura
e) 1 Representante de Artesanato, design e moda
f) 1 Representante da Gastronomia
g) 1 Representante do Patrimônio material e imaterial
h) 1 Representante da Cultura Popular Tradicional
i) 1 Representante de entidades jurídicas que desenvolvam atividades culturais com sede no município e que contenham espaços culturais

Acessem o Regulamento para a Eleição dos membros do Conselho Municipal de Política Cultural do Crato: http://bit.ly/1PXbkIN

Secretaria de Cultura do Crato

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Residência oficial de Eduardo Cunha é pichada

A residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi pichada nesta segunda-feira (2) em protesto contra o peemedebista. O muro da guarita de segurança e a placa de identificação do imóvel foram pintados com a frase "Fora,Cunha", mote que tem sido usado pelos movimentos favoráveis à saída dele do comando da Casa Legislativa.

A manifestação foi organizada pelo Levante Popular da Juventude e pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), que defendem a cassação de seu mandato e criticam o avanço de pautas conservadoras no Congresso Nacional. O símbolo do Levante Popular da Juventude também foi pichado na guarita de segurança.

Segundo os movimentos, participaram do protesto cerca de 400 pessoas, que carregaram bandeiras e faixas. A segurança da residência oficial estima que cerca de cem manifestantes estiveram no local. O presidente da Câmara dos Deputados está fora de Brasília nesta segunda.

"Nós elencamos o Cunha como o principal inimigo da juventude brasileira. Tanto pelos projetos de lei que impõem um retrocesso no país, como o estatuto da família e a redução da maioridade penal, como pela defesa de uma pauta golpista, que é o impeachment da presidente Dilma Rousseff", explicou Laryssa Sampaio, da coordenação nacional do Levante Popular da Juventude.

Acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e suspeito de esconder contas na Suíça, o peemedebista acelerou a tramitação de pautas que não contam com o aval do governo federal, mas agradam seus aliados políticos.

São projetos que têm apoio de evangélicos, dos ruralistas e da chamada "bancada da bala", cujos integrantes, em sua maioria, lhe dão sustentação política.

Cunha tenta manter o apoio e agradar seu núcleo mais fiel enquanto terá, na próxima terça (3), o processo de cassação de seu mandato instalado no Conselho de Ética da Casa Legislativa.

Impeachment
Os movimentos favoráveis ao impeachment de Dilma Rousseff, como o Movimento Brasil Livre e o Movimento Brasil, acampam desde a semana retrasada na frente do Congresso Nacional.

Na semana passada, um grupo de manifestantes se algemou a uma das pilastras do Salão Verde, da Câmara dos Deputados, e anunciou que só deixará a Casa Legislativa se Cunha der prosseguimento a pedido de afastamento da petista.

Nesta segunda-feira (2), a segurança da Câmara dos Deputados impediu a Folha de entrar no local para conversar com os manifestantes. Segundo os agentes, havia apenas três deles no Salão Verde –não acorrentados– na tarde desta segunda.

Fonte: Folha.com

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Milagres (CE): Presidente da Câmara de Vereadores de Barro é preso por embriaguez e desacato à autoridade

O presidente da Câmara de Vereadores do município do Barro, Wilton Leite Diniz, foi preso por embriaguez ao volante e desacato a autoridades nesta segunda-feira (02), na cidade de Milagres, no posto da Polícia Rodoviária Estadual (PRE-CE).

De acordo com o Cabo Craveiro da PRE, o vereador estava fazendo zigue-zague na rodovia e foi “abordado após passar pelo Posto em alta velocidade”. Ao ser submetido ao teste de alcoolemia, o resultado foi positivo em 1.56 mg/l. “Não sei como uma pessoa consegue dirigir tendo ingerido tanto álcool”, contou o policial. No momento em que o parlamentar recebeu voz de prisão, ele teria resistido e ameaçado os policiais, conforme detalhou a PRE.

Wilton Leite foi conduzido à delegacia de Brejo Santo e autuado em flagrante no artigo 306, do Código e Trânsito Brasileiro (CTB). Craveiro acrescentou que o parlamentar é reincidente no crime. “Há cinco meses, ele já havia sido autuado pela Polícia Rodoviária Federal por novamente dirigir embriagado”.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Gasolina do Ceará é a segunda mais cara do Nordeste; Crateús tem o preço mais elevado no Estado

A alta do preço dos combustíveis vem preocupando os consumidores do Interior do Estado. A diferença entre valores é considerável entre alguns municípios. Pesquisa divulgada pela A gência Nacional de Petróleo (ANP) neste domingo, realizada  entre os dias 18 e 24 de outubro, aponta que Crateús apresenta o preço médio mais alto do litro no Estado, R$3,82, contra R$3,51 cobrado em Caucaia, o menor do Estado.

Segundo o mesmo levantamento, o Ceará se destaca negativamente no Nordeste em termos de alta, ficando em segundo lugar. Com um preço médio de R$ 3,65, é superado apenas pela Bahia, com R$3,69. No País, o Ceará é o nono colocado.

No que diz respeito ao etanol, Sobral acusa o preço médio mais alto, R$ 2,83. Já Iguatu cobra apenas R$ 2,70 pelo litro, o mais em conta. Em Fortaleza, o litro de etanol custa, em média R$ 2,77.

O aumento do preço da gasolina e do diesel foi anunciado pela Petrobras no fim de setembro.

Fonte: Diário do Nordeste

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No Doubt - Don't Speak




42 veículos irregulares autuados pela PRF no Cariri

Segundo balanço parcial da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram autuados 38 veículos paus de arara e 4 transportes escolares durante a Operação Romaria, de quinta-feira, 29, até manhã desta segunda-feira, 2, na região do Cariri. O boletim total só será divulgado nesta terça, 3.

De acordo com a PRF, os veículos abordados transportavam 567 pessoas para a Romaria de Finados, em Juazeiro do Norte. As equipes da PRF e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) seguem trabalhando para evitar irregularidades no transporte de romeiros.

A ação da ANTT chegou a causar um grande protesto na região no último domingo, 1, que atrapalhou bastante o trânsito na região. Romeiros trancaram a Rotatória do Giradouro da tarde do dia 31/10 até ontem no meio da tarde quando liberaram o acesso. Porém, segundo proprietários dos transportes considerados irregulares, eles podem voltar a bloquear o trânsito se as reivindicações não forem atendidas como prometidas ontem.

Fonte: Diário do Nordeste

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TIM acaba com cobrança diferenciada em ligações entre operadoras

Na última sexta-feira, a TIM divulgou os novos planos que pretende vender a partir de novembro. A principal diferença é que, neles, as ligações para outras operadoras e as ligações de TIM para TIM entram no mesmo pacote de minutos.

Com a mudança, os clientes passam a contratar pacotes de minutos que são válidos para todas as ligações. Essa prática se diferencia da maioria dos outros planos de telefonia móvel, nos quais os clientes podem ligar ilimitadamente para outros clientes da mesma operadora, e contratam pacotes de minutos para falar com clientes de outras operadoras.

Segundo Roberto Takayanagi, diretor de Marketing da TIM Brasil, o valor médio de uma ligação entre operadoras diferentes atualmente é de aproximadamente R$ 1,50. Ligações entre usuários da mesma operadora, por sua vez, custam 40 vezes menos. Um dos objetivos da mudança, segundo o executivo, é eliminar a necessidade do uso de múltiplos chips no mesmo aparelho.

Novos planos
Os novos planos pré-pagos da operadora começam em R$ 7 por sete dias (100 minutos e 150MB de internet). Os planos controle começam em R$ 35 por mês (500 minutos mais 500MB), e os planos pós-pagos começam em R$ 100 por mês (2GB mais 1000 minutos).

A operadora informou que, nos planos pós-pagos, não ocorre o bloqueio da internet ao fim da franquia, embora a velocidade da conexão seja reduzida a 64kbps. O bloqueio do uso da internet no fim da franquia é proibido em diversos estados brasileiros, incluindo São Paulo.

Fonte: Olhar Digital

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10 alimentos (deliciosos) que deveriam sair da sua vida

Rapidez, praticidade e sabor, muito sabor. Esses são apenas alguns dos atributos de alimentos que estão na boca do povo, mas deveriam estar bem longe da mesa, por seu potencial altamente prejudicial à saúde.

As comidas ricas em gorduras, sódio e açúcar dão um empurrãozinho em problemas como hipertensão, diabetes, obesidade, doenças cardíacas e renais, principalmente se forem consumidas com frequência.

Em um mundo ideal, essas delícias deveriam ser cortadas de vez da rotina, mas, como ninguém é de ferro, o segredo para uma vida saudável sem sofrimento está na moderação. A nutricionista Cintia Azeredo, do Vita Check-UP Center, indica quais são esses alimentos nocivos. Confira nas imagens.

1- Refrigerantes
Eles podem ter quase a mesma quantidade de calorias que um copo de suco natural (ou até menos), mas o problema dos refrigerantes é o fato de não apresentarem nutrientes úteis para o corpo, o que os nutricionistas chamam de “calorias vazias”.

Se a bebida for normal, a quantia de açúcar é considerável (21 gramas para cada 200 ml). No caso das bebidas “zero”, o problema está na maior quantidade de sódio da fórmula, que quase triplica, em relação à versão regular.

2- Macarrão instantâneo
Se comparado às massas tradicionais, o macarrão instantâneo pode até ser mais rápido de ser feito, mas a saúde tende a ficar de lado. Um pacote da versão de preparo mais rápido é rico em gordura e sódio, chegando a ultrapassar a quantidade recomendada por dia, deste último ingrediente.

3- Biscoitos recheados
Apesar de deliciosos, os biscoitos recheados representam a combinação nada recomendada de gordura e açúcar. Essa guloseima é tão perigosa que já foi alvo de pesquisa científica, que descobriu que seu potencial viciante é similar ao da cocaína. Por isso, os biscoitos sem recheio são os mais indicados, segundo a nutricionista.

4- Salgadinhos de milho
Além de serem bastante calóricos e concentrarem quantidade considerável de gordura em uma porção de apenas 25 gramas, os salgadinhos industrializados feitos de milho possuem muito sódio. Se consumidas em excesso, essas guloseimas podem contribuir para problemas renais e hipertensão, entre outros problemas.

5- Alimentos embutidos
Um tira-gosto tentador, porém nada saudável. Os alimentos embutidos, como salsichas e linguiças, são ruins para a saúde por incluírem em sua composição muita gordura, sódio e produtos químicos.

6- Sorvetes
Assim como os biscoitos recheados, os sorvetes são uma bomba de gordura e açúcar, além de não trazerem nutrientes úteis para o organismo. Para se refrescar, o melhor é consumir picolés de fruta, que são menos calóricos e podem apresentar vitaminas em sua composição.

7- Bacon
Os “bacon maníacos” que nos perdoem, mas essa carne processada é altamente prejudicial à saúde (apesar de deliciosa). A quantidade de gordura saturada deste item colabora para o aumento do colesterol ruim no corpo e para a inflamação das artérias, podendo causar doenças cardiovasculares, em quem consome bacon de maneira excessiva.

8- Batata frita
Aperitivo amado por muitos, a batata frita agrega um alto teor de gordura quando é submetida à alta temperatura do óleo. Na versão industrializada, o prejuízo à saúde é ainda maior, devido aos conservantes e ao sódio em excesso. Se não quiser abrir mão dela, uma forma mais saudável de preparar é usar o vegetal natural, cozinhá-lo e assar no forno.

9- Comida congelada
Outra opção para os dias mais corridos, a comida congelada também faz parte da lista negra apontada pela especialista. Isso porque, segundo ela, muitos congelados costumam apresentar um índice alto de sódio, calorias, conservantes e produtos químicos.

Se precisar comer algo cujo preparo seja mais rápido, talvez o melhor seja deixar comida caseira pronta no freezer, para os momentos de necessidade.

10- Temperos industrializados
Apesar de serem mais práticos, os temperos industrializados devem ser substituídos pelos preparados em casa, como ervas, alho, cebola e especiarias, que não possuem conservantes, aditivos químicos nem sódio em excesso, como os vendidos prontos.

Segundo a nutricionista, há alguns temperos que chegam a ter, em uma porção, quase a mesma quantidade de sódio que é recomendada para a dieta de um dia.

Fonte: Exame.com

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Cid Gomes diz que Ciro é o melhor nome da família para disputar Presidência

Entre os Ferreira Gomes, Ciro deve mesmo ser o candidato à presidência em 2018. Em entrevista publicada nesta segunda-feira (2º), pelo Blog do Moreno, do jornal O Globo, o ex-ministro da Educação e ex-governador do Ceará, Cid Gomes, disse que o irmão é o melhor nome da família para disputar o comando do Palácio do Planalto.

“Eu sei dos meus potenciais e das minhas limitações e conheço os dele. O futuro de lideranças do Brasil está muito aberto e essa abertura favorece coisa nova. Eu teria alguma vantagem nesse ponto, mas, por outro lado, a militância e o conhecimento que ele tem permitirão que alguns dos conceitos atribuídos a ele possam ser revistos”, ponderou.

Sobre os próximos passos na carreira política, Cid não faz planos de se candidatar, pelos menos, por enquanto. "Vou militar, sem ser candidato. Deus me livre e me guarde de ir para a Câmara. Estou com 52 anos. Se Deus me der saúde, daqui a uns sete, onze anos, talvez seja candidato ao Senado, para encerrar a carreira", declarou.

Oportunismo da oposição
Questionado, então, se é possível esperar uma mudança no temperamento explosivo de Ciro Gomes, o ex-governador do Ceará argumentou que “boa parte era ímpeto da juventude” e que o irmão amadureceu nesse aspecto. Para Cid, no entanto, parte dessa fama foi fruto de oportunismo da oposição.

“O que marcou Ciro na campanha em 2002? Uma entrevista que ele deu em Salvador e tomou as dores contra uma agressão ao ACM, chamou o cara de burro. Isso é pecado capital? Não é. A outra foi fruto de provocação de um repórter querendo subestimar o papel dele e superestimar o papel da atriz Patrícia Pillar e ele fez uma declaração pouco feliz de que o papel dela era dormir com ele. O que é politicamente correto? Falar da boca para fora ou dar espaço no governo para mulheres como ninguém até hoje deu?”, questionou Cid, defendendo o irmão.

PDT
O ex-ministro da Educação da presidente Dilma Rousseff esclareceu, porém, que o  PDT não sairá do governo para lançar candidatura própria. Segundo ele, o que está em jogo hoje é a preservação do mandato da petista. “Apesar de todo carinho, estamos pensando não por ela, mas pela defesa de um princípio democrático. Não dá para pensar que (com) popularidade baixa a solução é impeachment. O partido não tirou posição para daqui a dois anos, mas no curto prazo tem posição clara de defesa do mandato”, ressaltou.

Cid disse que ainda pretende falar com Dilma sobre ter ido para outro partido e defender que o PDT lance candidatura até 2018. “Até lá, estamos dispostos a apoiar o governo. Quero dizer: ‘A senhora conte conosco até quando achar que seja do seu interesse’”, afirmou.

No dia 9 de agosto, o Diário do Nordeste já havia antecipado que Ciro estruturava a candidatura para as próximas eleições. A informação se confirmou um mês depois, em 16 de setembro, quando o próprio ex-ministro anunciou, durante a filiação ao PDT em Brasília, que seria pré-candidato pelo novo partido.

Fonte: Diário do Nordeste

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Muito tempo na frente da TV pode aumentar o risco de morte por câncer e outras doenças, sugere estudo

Estudo divulgado na semana passada sugere que muito tempo na frente da TV pode aumentar o risco de morte por câncer, enfarte, pneumonia, diabete, Parkinson, gripe e doenças no fígado. A pesquisa do Instituto Nacional de Câncer em Michigan, nos Estados Unidos, monitorou a saúde de 221 mil pessoas de 50 a 71 anos, todas saudáveis no início do acompanhamento. Quem assistia à TV de 3 a 4 horas por dia apresentou um risco 15% maior de morrer por alguma dessas doenças. Quando a exposição era de mais de 7 horas diárias, o risco subia para 47%.

Mesmo quando isolado de outros fatores como fumo, bebida e alimentação inadequada, sentar muitas horas na frente da TV continuou a trazer maior risco de morrer por essas doenças do que por causas naturais. Os resultados foram publicados no American Journal of Preventive Medicine e divulgados pelo jornal Daily Mail.

Para os pesquisadores, assistir à TV é um dos tipos mais comuns de atividade de lazer entre as pessoas sedentárias – indicador de falta de atividade física. Fazer atividade física, embora não anule totalmente os efeitos de assistir muito à TV, de acordo com o estudo, pode ser um aliado importante para tentar minimizar esse impacto. Bom lembrar que quem mais assiste à TV hoje é a parcela mais velha da população. Seria importante repensar, na saúde pública, como fazer com que os idosos ocupem parte do tempo livre com atividades mais dinâmicas.

Com as gerações mais novas também se pode imaginar problemas no futuro. Hoje, adolescentes e crianças, embora assistam cada vez menos à TV, passam horas sentados na frente das telas de computador, tablets e celulares. Uma geração que se torna mais sedentária desde muito cedo poderia, em teoria, enfrentar riscos potencializados para a saúde no futuro.

Mais uma pista. Por falar em televisão e jovens, estudo publicado no periódico Appetite e divulgado pelo site Science Daily avalia a relação entre a exposição dos adolescentes à TV e a imagem que eles constroem de alimentos do tipo fast-food. A principal conclusão é que os jovens que passam mais tempo na frente da TV tendem a construir imagem mais positiva desse tipo de alimento e a perceber menos os riscos que eles trazem para a saúde.

Cerca de mil jovens foram entrevistados por pesquisadores das universidades americanas Kogod School of Business e Stony Brook.

Um achado interessante é que, quanto menos acostumados a ingerir esses alimentos, os jovens tinham menor noção dos riscos. Já entre os jovens que consomem fast-food com frequência, o nível de informação sobre eventuais problemas para a saúde era maior e o peso da imagem positiva pela exposição na TV foi mais equilibrado.

Bom lembrar que propagandas de alimentos do tipo fast-food ou industrializados e, até mesmo programas que mostram esses produtos, ocupam hoje um espaço considerável em muitas emissoras. Seria boa ideia avaliar melhor a exposição de crianças e adolescentes a esse tipo de estímulo em nossas mídias, incluindo aí TV e internet!

Jairo Bouer, psiquiatra

Fonte: Estadão

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Camilo negocia refinaria com investidores da China

O governador Camilo Santana surpreendeu a interlocutores, no meio da última semana, ao falar, - com convicção, porém sem oferecer muitos detalhes pela necessidade da reserva que o projeto reclama -, dos entendimentos com um grupo empresarial chinês para a instalação de uma refinaria no Ceará, no mais curto espaço de tempo possível.

O assessor para Assuntos Internacionais, deputado federal Antônio Balhmann, e o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Cláudio Puty, passaram a última semana na China, de certa forma de modo muito discreto, tratando especificamente de refinaria.

Publicamente, a estada em Pequim foi "para tratar das prioridades brasileiras e chinesas no Acordo Brasil/China e projetos de interesse do Estado do Ceará", registra o documento oficial. Dos mesmos interesses, a construção da refinaria, o governador Camilo Santana já havia tratado com o grupo chinês e com a própria presidente Dilma Rousseff, em Brasília, há alguns meses, longe das especulações que negócios dessa envergadura motivam. O aprofundamento das discussões ocorreu em Pequim, onde o governador e o próprio Balhmann estiveram em agosto passado.

Condições
Concomitante ao processo de negociação com os chineses, o governador começou a adotar as providências de ordem administrativa imprescindíveis ao negócio. Recebendo de volta o terreno que havia sido doado à Petrobras, e incorporando-o ao espaço hoje reservado à Zona de Processamento de Exportação (ZPE), uma das condições exigidas pelos empresários, em razão da segurança jurídica e das condições especiais conferidas às empresas instaladas em territórios dessa significação, tanto na implantação do projeto quanto quando do escoamento de sua produção na área. A ZPE, pelos benefícios fiscais e tributários conferidos ao seu espaço denominado de "alfandegado", é deveras atraente para grandes empreendimentos.

Sem a necessidade da requisição de licenciamento, posto já haver a licença ambiental para a edificação de uma refinaria naquele terreno, e sendo o projeto semelhante ao anteriormente previsto, o governador aposta na antecipação do início da sua implantação, e cuida de melhorar a infraestrutura já construída no passado, tanto era, naquele momento, a pressa de ofertar facilidades para motivar a direção da Petrobras a iniciar a construção inviabilizada, daí acolhermos o sentimento de haver sido o Estado traído quando da comprovação da incapacidade de a estatal brasileira fazer a obra.

A propósito, agora, com os escândalos que ainda estão emergindo da Operação Lava Jato, é comum se encontrar cearenses satisfeitos por não estarmos com conterrâneos nossos execrados por conta dos malfeitos em empreendimentos últimos daquela empresa nacional.

Imune
Camilo não externa esse posicionamento, mas fica subentendido quando expressa sua certeza na construção da refinaria não estar o Ceará dependendo totalmente do Poder Central para a sua efetivação, daí ficar imune aos humores da política e de liberações de recursos federais para receber o tão esperado equipamento. Só o compromisso de não atrapalhar as negociações diretas feitas pelos agentes do Ceará com os empresários chineses, já pode o governador se considerar satisfeito.

A desconsideração a que fomos submetidos, no ano passado, com a decisão unilateral da Petrobras de romper o compromisso verbal e moral de edificar aqui a Refinaria Premium II, nos credencia a reclamar uma postura republicana dos órgãos federais envolvidos com a questão pelos imperativos legais de ordem puramente administrativa.

Articulação
Camilo está tratando com a presidente Dilma Rousseff de um encontro dela com os governadores do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte para tratar da ajuda federal no socorro das populações desses estados vítimas dos efeitos da longa estiagem no Nordeste brasileiro.

As obras da Transposição de Águas do Rio São Francisco estão dentro do cronograma estabelecido para o seu final, segundo observadores cearenses, mas os recursos para as construções necessárias à distribuição das águas nesses estados não estão sendo liberados pelo Governo Federal como a situação está a reclamar, em face da iminência de um colapso total no abastecimento humano em boa parte dos municípios nordestinos.

No Ceará, confirma o governador o que aqui já foi apontado, as obras do Cinturão das Águas estão sendo tocadas, por imprescindíveis, com as parcas economias do seu erário, consequentemente com força de trabalho reduzida, e em dois trechos apenas, o suficiente para no fim de 2016, chegando mesmo a água do Rio São Francisco, ela possa ser dirigida até o Açude Castanhão, garantindo o consumo de maior parte da população cearense.

Os gastos do Estado com o Cinturão das Águas já superam o volume de recursos da contrapartida da obra, uma das consideradas importantes do PAC do Governo Federal, porém vítima da falta de recursos. Até um empréstimo externo está sendo negociado para garantir a continuidade da obra, mas até isso está sendo dificultado pela área econômica da União.

EDISON SILVA
EDITOR DE POLÍTICA

Fonte: Diário do Nordeste

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Na contramão da crise, saiba onde não falta emprego no Ceará

Pelo sexto mês seguido, o Brasil demitiu mais do que contratou. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na última semana pelo Ministério do Trabalho, a economia brasileira fechou 95.602 vagas formais de emprego em setembro. O resultado é o pior para o mês desde 1992, quando começou a série histórica. No Ceará, a situação também é complicada.

Segundo os dados do Caged, somente em setembro de 2015 foram eliminados 1.508 empregos celetistas no Ceará, equivalentes à redução de 0,12% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. Tal desempenho foi proveniente da queda do emprego principalmente nos setores da Construção Civil (-1.722 postos), da Indústria de Transformação (-983 postos) e do Comércio (-310 postos) cujos saldos superaram a expansão do emprego da Agropecuária (+1.508 postos). Nos primeiros nove meses do corrente ano, houve decréscimo de 14.346 postos de trabalho.

Mas na contramão da crise, há cidade do Ceará que possuem saldo positivo em 2015. São Gonçalo, Caucaia, Granja, Icapuí e Aracati, por exemplo, mais contrataram do que demitiram. Confira os municípios que aina sobram vagas de trabalho do Estado:


Fonte: Tribuna do Ceará

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Ciro Gomes: “Impopularidade não é razão para impeachment”

Com duras críticas ao governo, às “elites plutocratas brasileiras” e à oposição “golpista”, Ciro Gomes recebeu CartaCapital no apartamento no qual está morando em São Paulo para analisar a situação política e econômica do País, falar de seu atual trabalho na CSN (onde coordena as obras da Ferrovia Transnordestina), ajuste fiscal e mídia. E, apesar de citar dúvidas sobre seu “apetite” para 2018, o ex-governador do Ceará e ex-ministro dos governos Itamar Franco e Lula admite ser candidato a presidente pela terceira vez (disputou em 1998 e 2002) “se outros não puderem fazer melhor”. Leia os principais trechos da entrevista.

CartaCapital: Hoje o senhor cuida da Ferrovia Transnordestina. Fale um pouco sobre esse trabalho.
Ciro Gomes: A Transnordestina é uma revolução logística. Ela passa por um interior de enorme potencial agrícola e regiões com ferro e níquel, integrando dois portos: o do Suape, em Pernambuco, onde está ficando pronta a Refinaria Abreu Lima, e o Porto do Pecém, no Ceará, onde fica a Siderúrgica do Pecém. Chega ainda até Eliseu Martins, no Piauí. São 1,8 mil quilômetros, e mais de 54% já estão prontos. Temos 6,4 mil homens trabalhando, e a evolução da obra passa de 1% ao mês. É uma grande frente onde não se fala em crise. E eu estou no board da Companhia Siderúrgica Nacional, como diretor-presidente da Transnordestina. Na prática, sou o responsável por fazer as coisas acontecerem. (A ferrovia é uma concessão do poder público ao grupo CSN.)

CC: Por que temos tão poucas ferrovias no Brasil?
CG: Hoje temos menos ferrovias do que na década de 1950, quando o País tomou a decisão de privilegiar a indústria automobilística. Foi um equívoco estratégico: 80% da população mora a até 200 quilômetros de uma costa gigante, a interligação deveria ser feita por cabotagem. Os grandes centros de produção, por sua vez, estão a mil, 1,5 mil quilômetros para o interior. Tudo isso deveria ser drenado para a cabotagem por ferrovias. Uma ferrovia é mais cara de se implantar, porém muito mais barata de usar. A rodovia é o contrário: mais barata de implantar e muito mais cara de usar.

CC: Como o senhor vê a crise política?
CG: O governo administra muito mal a economia e as suas responsabilidades. E passa um sinal desagradável para a sociedade, que em sua maioria votou nesse governo. Isso gera certa raiva e rancor, em cima dos quais o moralismo a serviço da imoralidade e o golpismo inerente às elites plutocratas brasileiras começam a formular as suas estratégias de interrupção da democracia.

O preço caro é que a esmagadora maioria da população mais pobre estava em ascensão social, melhorando de vida a cada dia há 12 anos, imaginando com segurança ser para sempre, prevendo seus filhos livres de suas humilhações e com condições que os pais jamais tiveram. E agora estão escorregando. Estamos em decadência.

Enquanto isso, o Congresso, em vez de enfrentar a despesa mais criminosa e imoral de todas, a despesa com os juros para o financiamento dos bancos, vem propor cortes no Bolsa Família. Isso é bem a cara da plutocracia escravagista brasileira. Eles perderam o pudor na medida em que nós, deste lado, estamos falhando na tarefa de administrar a economia, na tarefa de passar um sinal de decência no trato da coisa pública e na tarefa de sinalizar esperança para o futuro da sociedade brasileira.

CC: Com o ajuste fiscal podemos voltar a crescer?
CG: A saúde fiscal do País está abalada, e é ruim na esquerda tradicional antiga brasileira o descompromisso com esses valores, como se isso fosse uma coisa lateral ou secundária. A sanidade fiscal é a premissa de um Estado energizado, que, essencialmente, é tudo que um pensador progressista quer e precisa. Não vamos superar a desigualdade do Brasil, melhorar sua infraestrutura, resolver o gravíssimo hiato tecnocientífico do País e o gravíssimo hiato social que ainda nos faz a economia mais desigual do mundo sem uma entidade pública energizada, empoderada, capaz de intervir e de capitalizar as iniciativas privadas.

Nós temos 1% da população brasileira dona de um terço da renda do País. E ainda temos, apesar de todas as melhorias, 30 milhões ou 40 milhões de pessoas vivendo apenas com o básico. Nosso modelo econômico destina à maioria das pessoas empregos de baixa qualidade. Nosso povo merece mais do que Bolsa Família e um emprego de servente de pedreiro. Nada contra essa função, mas essa etapa tem de ser superada, e isso exige um Estado com condições de financiamento.

CC: De onde cortar? Há como cobrar a maior conta do andar de cima?
CG: Quando você olha sem preconceitos, com a sua inteligência, só tem duas despesas fora da curva, umas delas absolutamente criminosa: o Brasil vai gastar este ano 380 bilhões de reais com juros intermediados por 20 bancos para beneficiar 10 mil famílias de endinheirados, os rentistas do nosso país.

A outra grande despesa fora da curva é o rombo da Previdência próximo a 60 bilhões de reais. Mas veja a distância entre os valores, e aqui não é o povão. São aposentadorias e pensões especiais para uma casta de abastados do setor público, poderosíssima na discussão do País. Fora dessas duas grandes despesas, nenhuma outra está fora do quadro.

CC: Fala-se que o Estado brasileiro “é grande demais”, inclusive, o governo federal promoveu cortes recentes.
CG: O Brasil tem menos médicos, professores, polícia ou Forças Armadas do que precisa. Há muitas distorções, mas pesando e medindo, é completamente mentirosa essa crítica de o Estado brasileiro ser grande. O Estado brasileiro é até balofo, gorduroso. Mas quando você cortar e fizer as lipoaspirações necessárias, o Estado ficará magrinho e ainda assim faltará massa muscular.

E Dilma caiu nessa bobagem de eliminar ministérios. Com essa medida, este ano não vamos economizar sequer 200 milhões de reais. Não quer dizer que não deveria fazer, na política vive-se muito do símbolo. Não seria razoável exigir austeridade da sociedade brasileira e deixar na boca de um picareta desses que infestam a vida pública brasileira, o argumento dos 39 ministérios, que não precisa disso. Mas deveria ter sido feito como símbolo de um conjunto coerente de práticas de austeridade, e, infelizmente, isso não está acontecendo. O governo aumentou a taxa de juros, sua maior despesa, e está fazendo despencar a receita pública em padrões nunca vistos mesmo por mim em 36 anos de vida pública.


CC: Sobre a crise econômica, o que é real e o que é exagero?
CG: É uma crise real, mas hoje o calor político não deixa sequer pararmos para pensar na crise, muito menos tratá-la com a devida cautela. Esse é o ponto. Aqueles da retórica da denúncia da crise exploram o sofrimento de toda a população  – menos dos bancos, que estão ganhando 40% a mais dos números recordes do ano passado. São pessoas que impedem o governo de parar e refletir. Atrapalham e impõem o que a imprensa chama de “pauta-bomba”.

E a crise tem outros componentes. Por exemplo, a Petrobras, no foco aí dessa novela moralista, podre. Eu espero que deem punição severa para todos os responsáveis, sejam eles quem forem, do nosso lado ou contra nós, não importa. Mas tem de passar o País a limpo.

Precisamos é refazer a compreensão estratégica do desenvolvimento brasileiro, e isso é urgente. Nossas reservas cambiais estão sendo torradas financiando quem especula com nossa moeda. No momento em que eu lhe falo, após poucos meses de governo Dilma, meia dúzia de especuladores que atacaram o real ganhou 112 bilhões de reais. São três vezes o déficit estimado para orçamento de 2016. É isso que está em jogo no Brasil.

CC: Falando um pouco da crise política, ainda há risco de impeachment?
CG: O risco é permanente. Mas neste momento nós estamos virando o jogo golpista. Estamos ganhando a parada. Apesar de todos os erros, fomos ajudados pelo Ministério Público da Suíça, que nos mandou essas contas espúrias do picareta-mor da República, Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, representante de uma maioria de corruptos.

A elite brasileira percebeu que é absolutamente inexplicável você evoluir para impedir a Presidência da República, romper as instituições e introduzir uma instabilidade política de 20 anos no País, começando pela assinatura de um picareta processado como formador de quadrilha, ladrão do dinheiro público, manchete nos jornais do mundo inteiro. Esse ciclo (do golpe) estamos vencendo. Mas ele voltará muito rapidamente se não acertarmos a mão.

CC: Há algum motivo real para o impedimento da presidenta?
CG: Impeachment não é a solução para governo ruim, para governo que a gente não gosta. Numa democracia madura, a impopularidade do governo só pode ser apurada nas eleições, porque eventualmente qualquer governante tem de encarar momentos de impopularidade, de incompreensão, para fazer o que tem de ser feito.

Então, a impopularidade não é motivo. A razão para impeachment é só uma: o cometimento de crime de responsabilidade dolosamente praticado, ou seja, com culpa consciente do presidente da República. E mesmo o mais picareta dos nossos adversários sabe que Dilma é uma senhora honrada e que não dá para acusá-la de ter cometido crime de responsabilidade, muito menos dolosamente.

E aí começam a inventar caminhos fraudulentos. Você não pode fazer impeachment toda hora. Na história da humanidade, do Direito Constitucional mundial, o impedimento só aconteceu no Brasil e na Venezuela: foram tirados Collor e, na sequência, Carlos Andrés Pérez. A Venezuela até hoje não se governa. E é o que estaria aprazado para o Brasil se permitirmos agora essa imprudência patrocinada por uma fração da elite brasileira.

CC:Como o sr. vê a mídia brasileira?
CG: Nossa grande mídia pertence basicamente a 5 famílias. Vamos ter essa clareza: a mídia brasileira é nepotista. São 5 famílias donas do que se chama mídia nacional. Qual a solução para isso? É uma bobajada a la PT, regular a mídia, fazer um despotismo esclarecido de cima para baixo? Ao fazermos isso, imediatamente entregamos para eles o discurso correto da censura, da intervenção indevida.

Ainda que haja boa intenção, ainda que você possa ter exemplos, como a proibição da propriedade cruzada de meios de comunicação nos Estados Unidos, onde isto é proibido. Na pátria do capitalismo você não pode ter rede nacional 24h na televisão. A NBC não possui revista. A Newsweek não pode possuir TV, rádio. Mas isso é a experiência deles.

Por aqui temos de financiar alternativas. E já há essas alternativas, como as cooperativas de jornalistas. Temos que empoderá-las, mudar a distribuição da verba publicitária do governo. Distribuir progressivamente as verbas publicitárias ao invés de ficar em critério de audiência. Temos que fazer o esforço de toda sociedade sadia: reforçar as minorias, acreditar na inteligência do povo e enfrentar essa interdição [do debate sobre mídia].

CC: O senhor já teve problemas com a mídia?
CG: Pessoalmente, não tenho queixa. A única coisa que não consegui foi ser presidente da República, mas já fui ministro, governador... Enfim, tenho 36 anos de vida pública e nunca nenhum deles pegou. A revista Veja já deu capa insinuando coisas e levou processo na mesma hora, porque não dou meu rabo para ninguém pegar. Não deixo ninguém pegar no meu pulso. E esse é o nosso erro, do nosso lado. Tem de enfrentar.

CC: O senhor é candidato a presidente em 2018?
CG: Vejo o quadro ainda muito nebuloso. Até um mês atrás eu estava muito angustiado com a escalada do golpe, não via como a gente escapar. Do lado dos opositores há um golpismo despudorado, e do nosso lado há uma sequência de besteiras, de contradições, incoerências, erros estratégicos monstruosos.

Acho, entretanto, que a preço de hoje será um 2018 algo parecido com 1989. Os grandes partidos completamente desmoralizados e um conjunto de experiências tentando galvanizar essa indignação moral, tentando manipulá-la, como foi o caso de Collor.

Collor foi pulso moralista e levou a eleição feita pela Veja, pela Globo. Collor nós todos conhecíamos. Eu que sou do Ceará o conhecia de perto, todo mundo sabia quem era o Collor, e ele foi empacotado como caçador de marajás. Hoje, Marina Silva tenta representar essa renovação, com esse ambientalismo difuso... não que ela seja má, como Collor o era, mas ela não compreende o Brasil e já assumiu compromissos que jogariam o Brasil para trás, trariam retrocessos graves, como a tal autonomia do Banco Central.

A tarefa, neste momento, de ser candidato com meus valores, com o que quero representar, os compromissos ao redor dos quais eu me ligo, vai ser uma tarefa inumana. Haverá um processo violentíssimo de desconstrução. Não tenho rabo de palha, mas não sei se tenho mais apetite para enfrentar esse tipo de coisa. Mas admito ser candidato se eu entender ser essa a minha responsabilidade e que outros não possam fazer melhor.

Fonte: Carta Capital

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Mario Biondi - Be Lonely





Falta de atividade física mata 300 mil por ano no Brasil

Hoje começa o fim de semana, e muitos brasileiros planejam as mais do que tradicionais peladas, com três, quatro horas de futebol. A princípio, diversão e sinal de que, afinal, não são sedentários. Mas a batida expressão “só-que-não” nunca teve uso tão apropriado. Não só são sedentários quanto temerários. O exercício visto pela lente da ciência revela que a pelada pode até ser divertida, mas não traz benefício para a saúde. Na verdade, é arriscada. O mesmo vale para desportistas de fim de semana em geral. São os motoristas de domingo da saúde. Retrato de um país sedentário, em que só 30% da população é fisicamente ativa e apenas entre meros 2% a 5% fazem exercícios em volume ideal. No Brasil, 300 mil pessoas morrem por ano de doenças associadas diretamente ao sedentarismo, uma a cada dois minutos, diz o médico Victor Matsudo, consultor da Organização Mundial de Saúde (OMS) para atividade física e coordenador da Rede de Atividade Física da América Latina.

No mundo, afirma ele, são 5,3 milhões de mortes por ano. O vírus ebola, observa ele, matou cerca de 16 mil pessoas em 18 meses.

— De ontem para hoje, 154 mil pessoas no mundo morreram dessas doenças, principalmente as do coração. O sedentarismo é o fator de risco isolado, mas prevalente. A comunidade médica e científica demorou muito para acordar para o problema — diz Matsudo.

Corpo pré-histórico em roupa moderna
Especialistas compartilham a preocupação:

— O sedentarismo é hoje o maior problema de saúde pública do país, o maior fator de risco isolado. É epidêmico e não recebe a devida atenção. Está na origem de uma série de doenças evitáveis — garante o professor de cardiologia da UFRJ Claudio Gil Araújo, um dos maiores especialistas do país em medicina do esporte e do exercício, com décadas de experiência que incluem o atendimento de atletas olímpicos a senhores de 97 anos.

O sedentarismo avança com a vida moderna, na qual se faz quase tudo sentado, no transporte, no lazer e no trabalho. Um exemplo está na exposição “Rio: primeiras poses — Visões da cidade a partir da chegada da fotografia (1840-1930)”, no Instituto Moreira Salles. A observação de fotos antigas de transeuntes do Centro do Rio há mais de um século revela como a maioria das pessoas era mais magra, destacam os médicos. Não que fizessem ginástica, mas suas vidas eram ativas, andava-se mais. Atividade física não é o mesmo que esporte, lembra Matsudo.

A dose semanal mínima de exercício, segundo Araújo, é de 75 minutos de atividade intensa ou 150 minutos de moderada. Ele lembra que o estado do sedentarismo pode ser ainda mais grave do que o oficial, pois os dados vêm da pesquisa nacional Vigitel, importante, mas baseada em autodeclaração e feita apenas nas capitais. Ou seja, nem todo mundo que se declara ativo de fato é. E aí voltamos aos atletas de fim de semana, aquelas pessoas que fazem exercício uma vez a cada sete dias e se consideram ativas.

O fisiologista Igor Lucas Gomes-Santos, da Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP, explica por que o exercício esporádico é perigoso:

— Jogar futebol durante três horas, uma vez por semana, é pior do que não fazer nada. Isso gera estresse oxidativo nas células, um processo que deflagra inflamação e desequilíbrio no organismo. Se você faz atividade até por menos tempo de uma vez, mas com regularidade, seu corpo é vacinado pelo exercício. Ele gera doses pequenas de estresse e essas levam a adaptações benéficas, ativam mecanismos protetores — salienta o pesquisador. — O exercício é homeostático. Ele normaliza tudo o que está alterado. Se a pressão está alta, ele baixa, por exemplo. E isso acontece porque nosso corpo evoluiu para o movimento. E essa adaptação ao movimento faz com que precisemos de estímulos. Pequeninos estresses diários. O exercício faz esse papel — diz.

E quando essas doses de estresse que mantém o corpo azeitado entram em descompasso, começam os problemas, observa.

O Homo sapiens surgiu há cerca de 200 mil anos e evoluiu para ser ativo, para correr pelo menos uns dez quilômetros por dia para comer e não ser comido. E assim foi a vida até há cerca de 11 mil anos, quando surgiu a agricultura. Ainda esta exigia grande gasto energético.

Repouso absoluto gera efeitos colaterais
As coisas não mudaram muito em termos de consumo de energia com a Revolução Industrial, já que as pessoas trabalhavam com grande esforço físico e andavam muito. Só há pouco mais de um século o trabalho se tornou mais sedentário; o transporte, idem; e a comida, abundante. A vida se tornou confortável. Só esqueceram de combinar com a evolução. O corpo continua o da Idade da Pedra, apenas vestido para o século XXI, em tamanhos cada vez maiores. A vida moderna proporcionou maior expectativa de vida (cerca de 30 anos maior que há um século), maior estatura (em média, sete centímetros a mais nos homens) e a eliminação de doenças infecciosas em grande parte. Porém, trouxe números epidêmicos de doenças menos frequentes há cem anos, como diabetes do tipo 2, certos tipos de câncer, mal de Alzheimer e males cardíacos.

— Vivemos com tecnologia moderna e corpo pré-histórico. E a regra do jogo é: tudo o que você não usa perde. Quando surge uma doença, não está preparado — salienta Gomes-Santos.

Quando nos exercitamos, o RNA em nossas células responde. É convertido em proteínas. A meia-vida desse RNA alterado pelo exercício é de segundos a dias. Em geral, o efeito dura cerca de 36 horas, diz Gomes-Santos.

— Hipertensos que se exercitam reduzem a pressão em 24 horas. Diabéticos sentem melhora nos níveis de insulina em duas semanas. Mas o efeito é temporário — destaca.

Precisamos sempre renovar a dose de atividade. Se paramos, o efeito é negativo, diz:

— Ficamos sem proteção e apenas com a parte ruim, que é o estresse oxidativo. Por isso, a regularidade e a progressão são importantes, e os exercícios intensos e esporádicos, péssimos.

O educador físico Marcelo Cabral, que trabalha com reabilitação, alerta para outro aspecto do problema:

— A atividade faz tanta diferença que, muitas vezes, uma pessoa com doença cardiovascular, mas bem condicionada fisicamente, apresenta um risco menor de males do coração do que um sedentário aparentemente saudável.

Araújo acrescenta que o repouso absoluto é um vilão a ser evitado. Pessoas doentes confinadas numa cama sofrem danos colaterais sérios.

— A cada dia deitado se perde 1% da capacidade física. Um mês de internação produz efeitos avassaladores sobre o corpo, que não foi feito para isso. Nosso manual de fábrica tem instruções para atividade e nenhuma para repouso exagerado. É por isso que o exercício é o melhor remédio. Atacar as causas. Os medicamentos atuam sobre as consequências — frisa Araújo.

O cardiologista Claudio Domenico é pioneiro na prescrição do exercício a seus pacientes.

— O indivíduo condicionado vive melhor e tem risco reduzido para muitas doenças — observa, ele próprio atleta, que rema de quatro a cinco vezes por semana — O médico precisa dar exemplo — diz.

Tanto ele quanto Araújo destacam que o estímulo à atividade física é o maior legado que as Olimpíadas podem deixar para o país.

Fonte: O Globo

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Disparidade de preços nos postos do Cariri gera desconfiança

A diferença do preço dos combustíveis entre postos do Crajubar, em apenas um litro de gasolina, pode chegar a até R$ 0,32, já que é vendida pelo preço mais baixo de R$ 3,38, enquanto há postos que comercializam o produto por até R$ 3,70. O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado do Ceará (Sindipostos) alerta para essa realidade de mercado que está sendo praticada, com a venda em bomba por preços de custo para os donos de postos, e diz que é no mínimo preocupante, inclusive para o consumidor, esse valor atualmente praticado pela minoria, pode ser o barato que mais na frente sairá caro, podendo comprometer os veículos.

A maioria dos proprietários de estabelecimentos não consegue baixar os preços para chegar ao patamar de menor custo que vem sendo ofertado. Eles afirmam que tem sido difícil se manter diante da concorrência, mas ressaltam a qualidade dos seus produtos, que normalmente trazem a bandeira da empresa na qual adquirem o combustível. Muitos até admitem que, por se tratar de preços bem abaixo da maioria dos postos, os consumidores devem ficar mais atentos, pois podem estar comprando um produto "genérico".

Qualidade
Os donos de estabelecimentos que repassam os produtos mais em conta atestam a qualidade da gasolina. Eles até realizam testes e fazem demonstrações para os clientes. É o caso de Mateus Brasil. Ele disse que está disponível sempre para realizar a checagem, acompanhado de uma tabela com os parâmetros exigidos, para garantir o combustível que está comercializando. Caso gere alguma diferença, é comunicado ao fornecedor.

Mas, segundo o assessor do Sindipostos, Antônio José Costa, o mercado é livre e cada um pode marcar o seu preço. No Cariri, a média de custo da gasolina tem sido entre R$ 3,55 e R$ 3,69. Para o Sindicato, os cuidados devem estar relacionados quando há maiores disparidades, que por exemplo estejam acima de R$ 0,15.

Há componentes que podem estar inseridos no combustível, conforme Costa, comprovados apenas em laboratórios, como os solventes, capazes de comprometer o motor do veículo.

Nesse caso, os testes eram realizados no Estado apenas nos laboratórios da Universidade Federal do Ceará (UFC), por meio de Agência Nacional de Petróleo (ANP), mas os convênios foram suspensos.

A venda com pagamentos em dinheiro tem sido a meta para manter as promoções. Um dos postos, em Crato, consegue ter os preços reduzidos, além da gasolina, a R$ 2,38, do etanol a R$ 2,55, e do diesel, de R$ 2,84, e ainda o mesmo valor da gasolina aditivada e comum, de R$ 3,38. Uma placa enorme anuncia no local a promoção permanente, e as filas de carros abastecendo são frequentes. A manutenção do preço, conforme os proprietários, depende justamente dessa grande quantidade de clientes.

O que tem facilitado a comercialização da gasolina mais em conta tem sido a venda à vista ou mesmo em débito no cartão. Mateus Brasil afirma que, além das promoções que tem feito em seu estabelecimento, que comercializa a gasolina a R$ 3,38, o preço mais em conta que tem sido praticado na região, conseguiu negociar com a distribuidora melhores condições para poder repassar ao consumidor final. Ele chegou a usar como promoções para melhorar os abastecimentos o sorteio de motocicletas, até que obteve a alternativa da redução no preço do produto. O mesmo não acontece com os outros tipos de combustíveis no local. De acordo com a gerente de posto em Juazeiro do Norte, Maria Quezado Peixoto, os cálculos dos combustíveis são feitos de acordo com o repasse por parte do distribuidor. Antes, os preços eram tabelados pelo governo, e hoje pode haver maior negociação. Ela afirma que os produtos têm a ver com a qualidade, e esse tem sido um dos cuidados do seu estabelecimento. "Não é fácil sobreviver no mercado, justamente por conta da concorrência que hoje se encontra de forma bastante diferenciada", diz. No seu estabelecimento, a gasolina chega a custar R$ 3,69.

O empresário Fernando Lacerda, proprietário de posto de combustível em Crato, afirma que normalmente as empresas com bandeiras, como a BR, por exemplo, têm comercializado seus produtos praticamente no mesmo preço, mas atestam a qualidade do produto, até pela sua origem.

Procedência
Quanto aos combustíveis que vêm sendo comercializados no mercado a baixo custo para o consumidor, para ele não se sabe de onde vêm em sua maior parte e muitos postos chegam a ser abastecidos pela madrugada. "É estranho que sejam poucos que ofereçam essa margem tão grande em relação à maioria dos postos da região", diz ele.

Tem empresas que estão comprando a gasolina, segundo ele, a um preço bem inferior, com a margem mínima. Chegam a adquirir o produto em leilões, em Recife (PE), ou até mesmo em Salvador (BA). "Com é bandeira branca, trazem sem pagar o imposto estadual", explica Fernando Lacerda.

Os caminhões que fazem as entregas dos combustíveis mais em conta normalmente não seguem os padrões das grandes empresas fornecedoras. "Na verdade, ninguém sabe mesmo a origem desses combustíveis, mas não digo que são adulterados", afirma ele. O comércio, diante dessa realidade, segundo Fernando, acaba sendo um pouco desleal, já que o seu produto, como em muitos postos na região, é adquirido por um preço praticamente na mesma base, e a margem de lucro para todos fica praticamente nos mesmos patamares. É uma realidade que muitas pessoas, conforme ele, acusam de cartel, mas não segue por esse caminho. Isso acontece por conta da compra por um preço aproximado.

E os consumidores aproveitam enquanto podem comprar a preços bem inferiores aos outros estabelecimentos, alguns deles levando até tambores de plástico para serem abastecidos. O funcionário público, Joceildo Leite, residente em Juazeiro do Norte, desde que soube da promoção, vem aproveitando para dar uma aliviada no bolso.

Ele afirma que inicialmente ficou meio desconfiado com o preço, mas seguiu a opinião de alguns amigos e passou a abastecer no Município vizinho, quando vai trabalhar na cidade.

Já o construtor, Edilson Gomes de Lima, afirma que, durante a semana, o consumo tem sido alto com o seu trabalho, e aproveita para levar ao distrito de Palmeira, em Crato, uma boa quantidade de gasolina. A sua economia chega a ser de até R$ 200 por semana. E os consumidores afirmam que até o momento não tiveram problemas com os veículos.

Mais informações
Sindipostos
Av. Eng. Santana Júnior, 3000
Cocó
Fortaleza
Telefone: (85) 3244-1147

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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Homem cobra mais de 2 mil reais para visitar a própria mãe em asilo

Quando no final da vida, após anos cuidando de filhos e trabalhando para mantê-los, o mínimo que se espera é uma retribuição de carinho e atenção daqueles a quem se dedicou o tempo, o dinheiro, as noites não dormidas etc. Para muitos, a afirmação é óbvia, porém para um homem inglês de 62 anos, cuidar da mãe idosa é uma questão de finanças.

A notícia divulgada pelo Mail Online chocou internautas na Inglaterra. Um cidadão identificado supostamente como Martin estaria cobrando uma taxa de aproximadamente 400 libras (cerca de R$ 2.400) de sua própria mãe para que ele fosse visitá-la em um asilo de Buckinghamshire. Além disso, o mesmo homem ficou responsável por cuidar das economias da idosa, identificada como Sheila. No entanto, contabiliza-se que ele já gastou mais de 120 mil libras (R$ 730 mil) com despesas pessoais.

Por conta de tantos absurdos, ele está sendo processado. O juiz Denzil Lush, que está analisando o caso, classificou a atitude de Martin como repugnante e o acusou de "abuso de posição de confiança". Não precisa ser graduado em direito para conseguir perceber o quão egoísta e frio é este homem. Não é mesmo?

Martin confessou que cobrou as visitas de sua mãe da mesma forma que o faria com um cliente comum de seu trabalho. Ele também comentou que agora não adiantaria em nada reaver sua mãe nas despesas, já que mais cedo ou mais tarde ela irá morrer e os valores serão passados a ele.

De acordo com o juiz, o homem privou tanto a mãe de ter acesso a seus bens que nem mesmo foi capaz de liberar uma parte do dinheiro para que a senhora pudesse tingir os cabelos brancos.

O caso foi levantado pelos oficiais da Guarda Pública, que protegem pessoas que não têm capacidade mental de fazer escolhas e decisões a respeito de sua saúde ou bens. De acordo com o juiz, Sheila convive com problemas de saúde mental há alguns anos.

Fonte: Yahoo! 

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Romeiros protestam contra fiscalização da ANTT e fecham o triângulo Crajubar

Motoristas que realizam o transporte de Romeiros para a cidade de Juazeiro do Norte, durante a Romaria de Finados, fecharam as principais vias de acesso à cidade em ato de protesto contra a “intensa fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)”. Segundo a Polícia Militar, a manifestação teria iniciado por volta das 16 horas.

Os romeiros teriam articulado o protesto após fiscais da ANTT apreenderem um ônibus com pelo menos 30 romeiros, na noite desta sexta-feira (30). O veículo, segundo funcionários da autarquia federal, apresentava irregularidades. Após inúmeras tentativas, sem sucesso, de liberar o ônibus, cerca de 50 motoristas de ônibus, micro-ônibus e vans decidiriam pela interdição da Avenida Padre Cícero, via que liga os municípios de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, os quais formam o triângulo Crajubar.

Os manifestantes bloquearam o trânsito pondo os veículos na vertical e atearam fogo em pneus. Para fugir do congestionamento quilométrico, condutores manobraram pela contramão e utilizaram ruas paralelas. “Entendo que eles queiram protestar, mas fechar a entrada da principal cidade da região é um absurdo”, critica o caminhoneiro Oliveira Conceição. Ele explica que não tem como manobrar o caminhão e ressalta que “cada minuto parado, é dinheiro perdido”. Oliveira transporta produtos alimentícios.

Por volta das 18 horas, um grupo de motoristas se reuniu no centro Praça Feijó de Sá, conhecida como Praça do ‘Giradouro’, para debaterem o andamento do protesto. “Não iremos sair daqui enquanto não soltarem os dois motoristas detidos e liberarem o ônibus apreendido”, disse um dos motoristas.

O motorista pernambucano Carlos Alberto conta que há 14 anos realiza o transporte de Romeiros para a “Capital da Fé” na romaria de Finados e diz “nunca ter visto tanto desrespeito com os romeiros”. “Estamos sendo tratados como bandidos, o que não somos. Prenderam o ônibus ontem meia-noite e os romeiros ficaram largados, sem ter como chegar a Juazeiro ou voltar para Pernambuco”, detalha.

A burocracia para regularizar os transportes foi questionada por alguns manisfestantes. “Tenho uma empresa de ônibus e mandei toda documentação que a ANTT pediu em agosto. Três meses se passaram e não tive resposta nenhuma. É muita exigência, temos que trabalhar”, conta o recifense Fábio Cardoso que viajou sem o registro do órgão.

O protesto é acompanhado de perto pela Polícia Militar (equipes do Raio e Ronda do Quarteirão) e Guarda Civil Municipal. Até a publicação desta reportagem, nenhum incidente havia sido registrado. De acordo com os manifestantes, não há previsão para liberação da Avenida.

500 mil
A cidade de Juazeiro do Norte deve receber neste feriado prolongado quase meio milhão de pessoas, a maioria peregrinos que visitam à “Capital da Fé” para participarem da Romaria de Finados, também chamada da Esperança. O número de peregrinos, no entanto, poderia ser maior caso o transporte em veículos de carga, conhecido como “paus de arara” não tivesse sido proibido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF/CE).

A proibição, bem como a fiscalização da ANTT, é uma medida para reduzir acidentes e garantir a segurança dos deslocamentos em rodovias federais. A operação “Romaria Segura, desenvolvida desde o ano passado pela PRF, teve início na terça-feira (27) e se estende até o dia 02 de novembro. A ação também promove o reforço no policiamento ostensivo e preventivo em locais e horários de maior incidência de morte e feridos por conta do feriado prolongado do Dia de Finados.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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