A Prefeitura de Nova Olinda, no Ceará, divulgou edital de concurso público com 208 vagas para candidatos de nível fundamental, médio e superior. O salário chega a R$ 6,5 mil para médicos do Programa Saúde da Família, com carga horária de 40 horas semanais.
Os interessados podem fazer a inscrição online, no site da Consulpam, empresa responsável pelo concurso, até 20 de novembro, e custa de R$ 80 a R$ 150. A inscrição presencial pode ser realizada na sede da Secretaria de Cultura de Nova Olinda, na Rua Manoel Ferreira Lima sem número, no Centro do município, das 8h às 12h e das 14h às 17h.
Os candidatos serão avaliados por provas e análise de títulos. O exame está agendado para ocorrer em 20 de dezembro; o gabarito deve ser divulgado no dia seguinte. O local de prova será divulgado no cartão do candidato, após o período de inscrição.
O concurso tem validade de dois anos e pode ser prorrogado por mais dois anos.
As vagas do concurso são para Advogado, Assistente Social, Dentista, Educador Físico, Enfermeiro, Enfermeiro, Farmacêutico, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Médico, Nutricionista, Procurador, Professor, Psicólogo, Veterinário, Zootecnista para candidatos de nível superior.
Há também vagas para Agente Administrativo, Agente Comunitário De Saúde, Agente de Endemias, Agente Social, Atendente, Atendente de Consultório Dentário, Educador Social, Fiscal De Trânsito, Operador de Máquinas, Guia de Turismo, Recepcionista, Técnico Agropecuário e Técnico em Enfermagem para os candidatos de nível médio.
Para os candidatos de nível fundamental, há vagas para Auxiliar de serviços gerais, Coveiro, Gari, Magarefe, Motorista, Operador de máquinas pesadas e Vigilante.
O Governo do Ceará está pagando neste primeiro dia útil de novembro, terça-feira, dia 03, a primeira parcela do reajuste retroativo (6,16%), correspondente ao período de janeiro a junho de 2015. Recebem os professores efetivos e temporários com contratos vigentes. Foi garantido o pagamento aos professores temporários cujos contratos foram encerrados e rescindidos. Será feito o encontro de contas entre o que foi pago e o que falta receber. O cálculo será feito individualmente a partir de 1º de dezembro de 2015, observando o valor das parcelas.
Após duros e prolongados debates técnicos, o pagamento foi conquistado pela persistência do Sindicato Apeoc em parcelas, com o seguinte calendário de pagamento:
Professores efetivos e em atividade: primeira parcela na folha de outubro paga em novembro;
Segunda parcela na folha de novembro para em dezembro;
Terceira parcela na folha de dezembro paga em janeiro/2016;
Última parcela na folha de janeiro paga em fevereiro/2016.
Professores temporários: primeira parcela na folha de outubro paga em novembro;
Segunda parcela na folha de novembro paga em dezembro;
Terceira parcela na folha de dezembro paga em janeiro/2016;
Última parcela na folha de janeiro paga em fevereiro/2016.
Professores efetivos aposentados: parcelas mensais de janeiro a junho/2016
Não foi fácil para as lideranças do Sindicato Apeoc a conquista do pagamento dessa diferença salarial concedida em janeiro para os professores da educação básica. Inúmeros obstáculos existiram durante as negociações, inclusive argumentações de ordem financeira, a exemplo das explicações de inviabilidade por parte do tesouro estadual arcar com valores extras, em plena crise na economia nacional.
Essa maneira estratégica de lutar, pressionar e conquistar patamares de credibilidade faz a diferença da Apeoc, líder sindical dos profissionais da educação básica no Estado do Ceará.
Nada mudou no processo do mensalão tucano contra o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) desde março de 2014, quando foi enviado do STF (Supremo Tribunal Federal) à Justiça de Minas Gerais.
A ação já saiu do Supremo pronta para julgamento, mas demorou um ano até chegar às mãos da juíza substituta da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, Melissa Pinheiro Costa Lage. Na última sexta (30), o caso completou sete meses em suas mãos à espera de sentença.
O mensalão tucano, mais antigo e considerado um embrião do mensalão petista, é apontado pelo Ministério Público Federal como um esquema de desvio de R$ 3,5 milhões (cerca de R$ 14 milhões, corrigidos) de empresas públicas mineiras para financiar a fracassada campanha de reeleição de Eduardo Azeredo, em 1998.
Em 2014, ele era deputado federal e renunciou ao cargo para que o processo voltasse à primeira instância, onde é possível um número maior de recursos. Com 67 anos completados em setembro, Azeredo chegará aos 70 em 2018, quando as acusações apontadas pela Procuradoria-Geral da República prescreverão e ficarão impunes.
Desde março, o ex-governador é diretor executivo da Fiemg (Federação de Indústrias de Minas) e tem um salário de R$ 25 mil. Ele e os outros réus do caso sempre negaram as acusações.
A assessoria do Tribunal de Justiça mineiro diz que o próximo passo que a juíza tomará no processo será a sentença. Desde março, ela tem frisado a extensão da ação, com 52 volumes, e diz que a decisão será tomada após a leitura de cada um.
Em comparação, o mensalão petista, cujo julgamento aconteceu em 2012 pelo Supremo, tinha 147 volumes.
Outro réu no mensalão tucano que tinha foro privilegiado e seria julgado no Supremo, o empresário Clésio Andrade (PMDB), renunciou ao Senado em julho de 2014.
O processo de Clésio também está na 9ª Vara e pouco avançou –ainda falta ouvir uma testemunha de defesa e o próprio empresário.
O depoimento do ex-senador estava marcado para julho, mas ele faltou à audiência sob a alegação de que só compareceria após o depoimento da última de suas testemunhas, que deve acontecer em dezembro.
O interrogatório do réu é a última fase do processo de instrução, e a juíza sabe disso", afirma Eugênio Pacelli, advogado de Clésio.
Terceiro processo
Um terceiro processo do mesmo caso com oito réus, incluindo o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, condenado no mensalão petista, foi desmembrado em dois após pedido da defesa do ex-presidente do Bemge (antigo banco estatal de Minas Gerais) José Afonso Bicalho.
Bicalho é acusado de ter liberado verbas para empresas de Valério. Em janeiro, ele foi nomeado secretário da Fazenda do governador Fernando Pimentel (PT) e, por causa do cargo, pediu para ser julgado pelos desembargadores do Tribunal de Justiça.
Nesses processos, ainda falta ouvir os réus e as testemunhas de defesa. Bicalho também tem 67 anos.
Quando a denúncia desse terceiro processo foi aceita, eram 12 réus. Mas o ex-vice-governador de Minas e ex-ministro Walfrido dos Mares Guia e o coordenador da campanha de Azeredo em 1998, Claudio Mourão, foram beneficiados com a prescrição ao completar 70 anos. Assim, numa conta que leva em consideração a data da acusação, não serão mais julgados.
O mensalão tucano
De acordo com o Ministério Público, foi um esquema ilegal para financiar a campanha à reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas em 1998
Como funcionava
A Procuradoria aponta desvio de dinheiro de banco e empresas públicas. O caso é similar ao mensalão petista: tem como elo o operador Marcos Valério, preso após ter sido condenado pelo STF
A denúncia
A Procuradoria considerou que Azeredo teve papel no desvio dos patrocínios. No caso da Cemig, afirmou não haver provas
O que ele diz
Azeredo afirma que não só não autorizou como desconhecia qualquer repasse irregular para sua campanha
O Conselho Comunitário Defesa Social (CCDS) da cidade do Crato vai realizar eleição para conselheiro. Os interessados terão até o dia quatro de janeiro para registro das chapas com os nomes dos candidatos. A eleição está prevista para ocorrer no dia 16 de janeiro de 2016 na Sede da 5ª Companhia de Polícia Militar do município e na sede do Corpo de Bombeiros em Crato.
O CCDS é uma organização ligada à Secretaria de Segurança Pública do estado do Ceará e atua como elo entre as comunidades e as força de Segurança Pública. De acordo com a atual presidente do conselho, Francisca Alves, a intenção é estabelecer uma proximidade entre os seguimentos sociais.
"Muitas vezes as pessoas nem sabem quem é o comandante. Tem gente que teme a polícia, não é pra que isso exista. A polícia tem que atuar em parcerias com a comunidade para combater o crime. E esse é o nosso papel estabelecer essa ponte entre os dois", disse Francisca.
Francisca Alves destaca que toda comunidade que reside ou não no Crato pode votar. "Se a pessoa mora na cidade de Barbalha, mas trabalha em Crato, ela faz parte da comunidade que atua no município e pode votar", conclui Francisca Alves.
As inscrições devem ser feitas na Sede da 5ª Companhia de Polícia Militar de Crato.
Ciro Gomes afirmou que acredita na abertura do processo de cassação contra o atual presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Inclusive, o processo que analisará a questão será instaurado nesta terça (3), pelo Conselho de Ética da Câmara.
"Não é possível que o parlamento brasileiro ainda sobreviva com o mínimo de respeitabilidade popular sem resolver esse câncer", respondeu Ciro, que também afirmou que o peemedebista seria envolvido "em tudo que não presta".
Relação entre Michel Temer e Cunha
Questionado sobre a relação entre o vice-presidente da República Michel Temer e o presidente da Câmara dos Deputados, Ciro não hesitou em afirmar que ambos teriam uma parceria. "Ele é íntimo do Eduardo Cunha", disse. O presidente da Transnordestina afirmou já ter denunciado manobra de Cunha e Temer, enquanto o cearense ainda era deputado. "Eu sei o que eu estou dizendo", completou.
Candidatura para 2018
Sobre disputa à Presidência da República em 2018, Ciro ainda não confirma se será candidato pelo PDT. "Serei, se achar que for necessário e não houver outro melhor do que eu pra fazer o que tem que ser feito pelo Brasil", disse o ex-ministro. Segundo ele, no entanto, isso não dependeria unicamente de sua vontade.
"Tenho estudado o Brasil, compreendo as questões brasileiras, conheço a geografia econômica do país, conheço as inteligências do país, conheço o território do país, tenho muito amor pelo Brasil, tenho planos para o país e, se isso for traduzido em candidatura, tanto melhor. Se não, vamos achar outro que faça melhor pelo Brasil", finalizou.
A partir desta terça-feira (03/11), a Comissão de Orçamento, Finanças e Tributação da Assembleia Legislativa promove quatro seminários regionais no Interior com o objetivo de debater a proposta da lei orçamentária anual (LOA) 2016 e do Plano Plurianual (PPA) 2016-2019. O primeiro encontro acontece em Sobral (região norte) e deverá reunir moradores dos municípios do litoral norte, serra da Ibiapaba e litoral oeste. Em 9 de novembro, será realizado seminário em Juazeiro do Norte, contemplando municípios do Cariri e da região centro-sul.
No dia 10 de novembro o debate ocorrerá no município de Quixeramobim, atendendo ao sertão central, sertão de Canindé, Inhamuns, Vale do Jaguaribe e sertão de Crateús.
O último seminário, em 11 de novembro, acontecerá na Assembleia Legislativa, em Fortaleza, englobando a Capital, Grande Fortaleza e cidades do litoral leste e Maciço de Baturité.
Segundo o deputado Júlio César Filho (PTN), a realização dos encontros obedece ao artigo 203 da Constituição Estadual (parágrafo 1°, inciso III), que determina a interiorização das discussões das peças orçamentárias, fazendo com que as prioridades sejam elencadas pelos próprios habitantes das microrregiões do Estado. Dessa forma, os seminários terão objetivo de aproximar ainda mais a Casa Legislativa dos seus representados.
“Esses encontros servirão para nortear os deputados que, nas oportunidades, receberão demandas tanto da população em geral como da sociedade civil organizada através das suas entidades e também da classe política local, prefeitos e vereadores”, afirma o parlamentar.
O deputado reforçou ainda que o objetivo da AL é encaminhar LOA e PPA para a sanção governamental até o dia 16 de dezembro deste ano.
A LOA 2016 foi entregue ao presidente da Assembleia, deputado Zezinho Albuquerque (Pros), em 15 de outubro, pelo secretário do Planejamento e Gestão do Ceará, Hugo Figueiredo. A previsão orçamentária do projeto é de R$ 24,3 bilhões para o próximo ano.
Já o PPA 2016-2019 chegou à Casa em 30 de setembro. O plano prevê investimentos de cerca de R$ 16 bilhões no Ceará, ao longo dos próximos quatro anos. Ambos os projetos contemplam investimentos em áreas como saúde, educação, segurança e, em especial, em obras de recursos hídricos.
Assessoria de Imprensa/Assembleia Legislativa do Ceará
A eleição para escolha dos representantes da sociedade civil do Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC) será realizada no Auditório do Centro Cultural da RFFSA no dia 05 de novembro de 2015 (quinta-feira), dia Nacional da Cultura, das 9h as 18h.
No ato de inscrição de sua candidatura, o(a) candidato(a) ao assento no CMPC deverá apresentar solicitação de registro de candidatura (http://bit.ly/1Rj6P8R), cópia de documento oficial com foto e declaração de que não é detentor de cargo em comissão ou função de confiança vinculada ao Poder Executivo do Município (http://bit.ly/1N0wVdg). A documentação poderá ser entregue na Secretaria de Cultura do Crato nos dias 02 e 03 de novembro ou no próprio dia da plenária (05.nov).
De acordo com o art. 1º da Lei nº 3.140/2015 do dia 23 de outubro de 2015, a sociedade civil será representada por 09 (nove) membros titulares e respectivos suplentes através dos seguintes segmentos:
a) 1 Representante da Música
b) 1 Representante das Artes Visuais e Audiovisual
c) 1 Representante das Artes Cênicas
d) 1 Representante de Literatura
e) 1 Representante de Artesanato, design e moda
f) 1 Representante da Gastronomia
g) 1 Representante do Patrimônio material e imaterial
h) 1 Representante da Cultura Popular Tradicional
i) 1 Representante de entidades jurídicas que desenvolvam atividades culturais com sede no município e que contenham espaços culturais
Acessem o Regulamento para a Eleição dos membros do Conselho Municipal de Política Cultural do Crato: http://bit.ly/1PXbkIN
A residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi pichada nesta segunda-feira (2) em protesto contra o peemedebista. O muro da guarita de segurança e a placa de identificação do imóvel foram pintados com a frase "Fora,Cunha", mote que tem sido usado pelos movimentos favoráveis à saída dele do comando da Casa Legislativa.
A manifestação foi organizada pelo Levante Popular da Juventude e pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), que defendem a cassação de seu mandato e criticam o avanço de pautas conservadoras no Congresso Nacional. O símbolo do Levante Popular da Juventude também foi pichado na guarita de segurança.
Segundo os movimentos, participaram do protesto cerca de 400 pessoas, que carregaram bandeiras e faixas. A segurança da residência oficial estima que cerca de cem manifestantes estiveram no local. O presidente da Câmara dos Deputados está fora de Brasília nesta segunda.
"Nós elencamos o Cunha como o principal inimigo da juventude brasileira. Tanto pelos projetos de lei que impõem um retrocesso no país, como o estatuto da família e a redução da maioridade penal, como pela defesa de uma pauta golpista, que é o impeachment da presidente Dilma Rousseff", explicou Laryssa Sampaio, da coordenação nacional do Levante Popular da Juventude.
Acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e suspeito de esconder contas na Suíça, o peemedebista acelerou a tramitação de pautas que não contam com o aval do governo federal, mas agradam seus aliados políticos.
São projetos que têm apoio de evangélicos, dos ruralistas e da chamada "bancada da bala", cujos integrantes, em sua maioria, lhe dão sustentação política.
Cunha tenta manter o apoio e agradar seu núcleo mais fiel enquanto terá, na próxima terça (3), o processo de cassação de seu mandato instalado no Conselho de Ética da Casa Legislativa.
Impeachment
Os movimentos favoráveis ao impeachment de Dilma Rousseff, como o Movimento Brasil Livre e o Movimento Brasil, acampam desde a semana retrasada na frente do Congresso Nacional.
Na semana passada, um grupo de manifestantes se algemou a uma das pilastras do Salão Verde, da Câmara dos Deputados, e anunciou que só deixará a Casa Legislativa se Cunha der prosseguimento a pedido de afastamento da petista.
Nesta segunda-feira (2), a segurança da Câmara dos Deputados impediu a Folha de entrar no local para conversar com os manifestantes. Segundo os agentes, havia apenas três deles no Salão Verde –não acorrentados– na tarde desta segunda.
O presidente da Câmara de Vereadores do município do Barro, Wilton Leite Diniz, foi preso por embriaguez ao volante e desacato a autoridades nesta segunda-feira (02), na cidade de Milagres, no posto da Polícia Rodoviária Estadual (PRE-CE).
De acordo com o Cabo Craveiro da PRE, o vereador estava fazendo zigue-zague na rodovia e foi “abordado após passar pelo Posto em alta velocidade”. Ao ser submetido ao teste de alcoolemia, o resultado foi positivo em 1.56 mg/l. “Não sei como uma pessoa consegue dirigir tendo ingerido tanto álcool”, contou o policial. No momento em que o parlamentar recebeu voz de prisão, ele teria resistido e ameaçado os policiais, conforme detalhou a PRE.
Wilton Leite foi conduzido à delegacia de Brejo Santo e autuado em flagrante no artigo 306, do Código e Trânsito Brasileiro (CTB). Craveiro acrescentou que o parlamentar é reincidente no crime. “Há cinco meses, ele já havia sido autuado pela Polícia Rodoviária Federal por novamente dirigir embriagado”.
A alta do preço dos combustíveis vem preocupando os consumidores do Interior do Estado. A diferença entre valores é considerável entre alguns municípios. Pesquisa divulgada pela A gência Nacional de Petróleo (ANP) neste domingo, realizada entre os dias 18 e 24 de outubro, aponta que Crateús apresenta o preço médio mais alto do litro no Estado, R$3,82, contra R$3,51 cobrado em Caucaia, o menor do Estado.
Segundo o mesmo levantamento, o Ceará se destaca negativamente no Nordeste em termos de alta, ficando em segundo lugar. Com um preço médio de R$ 3,65, é superado apenas pela Bahia, com R$3,69. No País, o Ceará é o nono colocado.
No que diz respeito ao etanol, Sobral acusa o preço médio mais alto, R$ 2,83. Já Iguatu cobra apenas R$ 2,70 pelo litro, o mais em conta. Em Fortaleza, o litro de etanol custa, em média R$ 2,77.
O aumento do preço da gasolina e do diesel foi anunciado pela Petrobras no fim de setembro.
Segundo balanço parcial da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram autuados 38 veículos paus de arara e 4 transportes escolares durante a Operação Romaria, de quinta-feira, 29, até manhã desta segunda-feira, 2, na região do Cariri. O boletim total só será divulgado nesta terça, 3.
De acordo com a PRF, os veículos abordados transportavam 567 pessoas para a Romaria de Finados, em Juazeiro do Norte. As equipes da PRF e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) seguem trabalhando para evitar irregularidades no transporte de romeiros.
A ação da ANTT chegou a causar um grande protesto na região no último domingo, 1, que atrapalhou bastante o trânsito na região. Romeiros trancaram a Rotatória do Giradouro da tarde do dia 31/10 até ontem no meio da tarde quando liberaram o acesso. Porém, segundo proprietários dos transportes considerados irregulares, eles podem voltar a bloquear o trânsito se as reivindicações não forem atendidas como prometidas ontem.
Na última sexta-feira, a TIM divulgou os novos planos que pretende vender a partir de novembro. A principal diferença é que, neles, as ligações para outras operadoras e as ligações de TIM para TIM entram no mesmo pacote de minutos.
Com a mudança, os clientes passam a contratar pacotes de minutos que são válidos para todas as ligações. Essa prática se diferencia da maioria dos outros planos de telefonia móvel, nos quais os clientes podem ligar ilimitadamente para outros clientes da mesma operadora, e contratam pacotes de minutos para falar com clientes de outras operadoras.
Segundo Roberto Takayanagi, diretor de Marketing da TIM Brasil, o valor médio de uma ligação entre operadoras diferentes atualmente é de aproximadamente R$ 1,50. Ligações entre usuários da mesma operadora, por sua vez, custam 40 vezes menos. Um dos objetivos da mudança, segundo o executivo, é eliminar a necessidade do uso de múltiplos chips no mesmo aparelho.
Novos planos
Os novos planos pré-pagos da operadora começam em R$ 7 por sete dias (100 minutos e 150MB de internet). Os planos controle começam em R$ 35 por mês (500 minutos mais 500MB), e os planos pós-pagos começam em R$ 100 por mês (2GB mais 1000 minutos).
A operadora informou que, nos planos pós-pagos, não ocorre o bloqueio da internet ao fim da franquia, embora a velocidade da conexão seja reduzida a 64kbps. O bloqueio do uso da internet no fim da franquia é proibido em diversos estados brasileiros, incluindo São Paulo.
Rapidez, praticidade e sabor, muito sabor. Esses são apenas alguns dos atributos de alimentos que estão na boca do povo, mas deveriam estar bem longe da mesa, por seu potencial altamente prejudicial à saúde.
As comidas ricas em gorduras, sódio e açúcar dão um empurrãozinho em problemas como hipertensão, diabetes, obesidade, doenças cardíacas e renais, principalmente se forem consumidas com frequência.
Em um mundo ideal, essas delícias deveriam ser cortadas de vez da rotina, mas, como ninguém é de ferro, o segredo para uma vida saudável sem sofrimento está na moderação. A nutricionista Cintia Azeredo, do Vita Check-UP Center, indica quais são esses alimentos nocivos. Confira nas imagens.
1- Refrigerantes
Eles podem ter quase a mesma quantidade de calorias que um copo de suco natural (ou até menos), mas o problema dos refrigerantes é o fato de não apresentarem nutrientes úteis para o corpo, o que os nutricionistas chamam de “calorias vazias”.
Se a bebida for normal, a quantia de açúcar é considerável (21 gramas para cada 200 ml). No caso das bebidas “zero”, o problema está na maior quantidade de sódio da fórmula, que quase triplica, em relação à versão regular.
2- Macarrão instantâneo
Se comparado às massas tradicionais, o macarrão instantâneo pode até ser mais rápido de ser feito, mas a saúde tende a ficar de lado. Um pacote da versão de preparo mais rápido é rico em gordura e sódio, chegando a ultrapassar a quantidade recomendada por dia, deste último ingrediente.
3- Biscoitos recheados
Apesar de deliciosos, os biscoitos recheados representam a combinação nada recomendada de gordura e açúcar. Essa guloseima é tão perigosa que já foi alvo de pesquisa científica, que descobriu que seu potencial viciante é similar ao da cocaína. Por isso, os biscoitos sem recheio são os mais indicados, segundo a nutricionista.
4- Salgadinhos de milho
Além de serem bastante calóricos e concentrarem quantidade considerável de gordura em uma porção de apenas 25 gramas, os salgadinhos industrializados feitos de milho possuem muito sódio. Se consumidas em excesso, essas guloseimas podem contribuir para problemas renais e hipertensão, entre outros problemas.
5- Alimentos embutidos
Um tira-gosto tentador, porém nada saudável. Os alimentos embutidos, como salsichas e linguiças, são ruins para a saúde por incluírem em sua composição muita gordura, sódio e produtos químicos.
6- Sorvetes
Assim como os biscoitos recheados, os sorvetes são uma bomba de gordura e açúcar, além de não trazerem nutrientes úteis para o organismo. Para se refrescar, o melhor é consumir picolés de fruta, que são menos calóricos e podem apresentar vitaminas em sua composição.
7- Bacon
Os “bacon maníacos” que nos perdoem, mas essa carne processada é altamente prejudicial à saúde (apesar de deliciosa). A quantidade de gordura saturada deste item colabora para o aumento do colesterol ruim no corpo e para a inflamação das artérias, podendo causar doenças cardiovasculares, em quem consome bacon de maneira excessiva.
8- Batata frita
Aperitivo amado por muitos, a batata frita agrega um alto teor de gordura quando é submetida à alta temperatura do óleo. Na versão industrializada, o prejuízo à saúde é ainda maior, devido aos conservantes e ao sódio em excesso. Se não quiser abrir mão dela, uma forma mais saudável de preparar é usar o vegetal natural, cozinhá-lo e assar no forno.
9- Comida congelada
Outra opção para os dias mais corridos, a comida congelada também faz parte da lista negra apontada pela especialista. Isso porque, segundo ela, muitos congelados costumam apresentar um índice alto de sódio, calorias, conservantes e produtos químicos.
Se precisar comer algo cujo preparo seja mais rápido, talvez o melhor seja deixar comida caseira pronta no freezer, para os momentos de necessidade.
10- Temperos industrializados
Apesar de serem mais práticos, os temperos industrializados devem ser substituídos pelos preparados em casa, como ervas, alho, cebola e especiarias, que não possuem conservantes, aditivos químicos nem sódio em excesso, como os vendidos prontos.
Segundo a nutricionista, há alguns temperos que chegam a ter, em uma porção, quase a mesma quantidade de sódio que é recomendada para a dieta de um dia.
Entre os Ferreira Gomes, Ciro deve mesmo ser o candidato à presidência em 2018. Em entrevista publicada nesta segunda-feira (2º), pelo Blog do Moreno, do jornal O Globo, o ex-ministro da Educação e ex-governador do Ceará, Cid Gomes, disse que o irmão é o melhor nome da família para disputar o comando do Palácio do Planalto.
“Eu sei dos meus potenciais e das minhas limitações e conheço os dele. O futuro de lideranças do Brasil está muito aberto e essa abertura favorece coisa nova. Eu teria alguma vantagem nesse ponto, mas, por outro lado, a militância e o conhecimento que ele tem permitirão que alguns dos conceitos atribuídos a ele possam ser revistos”, ponderou.
Sobre os próximos passos na carreira política, Cid não faz planos de se candidatar, pelos menos, por enquanto. "Vou militar, sem ser candidato. Deus me livre e me guarde de ir para a Câmara. Estou com 52 anos. Se Deus me der saúde, daqui a uns sete, onze anos, talvez seja candidato ao Senado, para encerrar a carreira", declarou.
Oportunismo da oposição
Questionado, então, se é possível esperar uma mudança no temperamento explosivo de Ciro Gomes, o ex-governador do Ceará argumentou que “boa parte era ímpeto da juventude” e que o irmão amadureceu nesse aspecto. Para Cid, no entanto, parte dessa fama foi fruto de oportunismo da oposição.
“O que marcou Ciro na campanha em 2002? Uma entrevista que ele deu em Salvador e tomou as dores contra uma agressão ao ACM, chamou o cara de burro. Isso é pecado capital? Não é. A outra foi fruto de provocação de um repórter querendo subestimar o papel dele e superestimar o papel da atriz Patrícia Pillar e ele fez uma declaração pouco feliz de que o papel dela era dormir com ele. O que é politicamente correto? Falar da boca para fora ou dar espaço no governo para mulheres como ninguém até hoje deu?”, questionou Cid, defendendo o irmão.
PDT
O ex-ministro da Educação da presidente Dilma Rousseff esclareceu, porém, que o PDT não sairá do governo para lançar candidatura própria. Segundo ele, o que está em jogo hoje é a preservação do mandato da petista. “Apesar de todo carinho, estamos pensando não por ela, mas pela defesa de um princípio democrático. Não dá para pensar que (com) popularidade baixa a solução é impeachment. O partido não tirou posição para daqui a dois anos, mas no curto prazo tem posição clara de defesa do mandato”, ressaltou.
Cid disse que ainda pretende falar com Dilma sobre ter ido para outro partido e defender que o PDT lance candidatura até 2018. “Até lá, estamos dispostos a apoiar o governo. Quero dizer: ‘A senhora conte conosco até quando achar que seja do seu interesse’”, afirmou.
No dia 9 de agosto, o Diário do Nordeste já havia antecipado que Ciro estruturava a candidatura para as próximas eleições. A informação se confirmou um mês depois, em 16 de setembro, quando o próprio ex-ministro anunciou, durante a filiação ao PDT em Brasília, que seria pré-candidato pelo novo partido.
Estudo divulgado na semana passada sugere que muito tempo na frente da TV pode aumentar o risco de morte por câncer, enfarte, pneumonia, diabete, Parkinson, gripe e doenças no fígado. A pesquisa do Instituto Nacional de Câncer em Michigan, nos Estados Unidos, monitorou a saúde de 221 mil pessoas de 50 a 71 anos, todas saudáveis no início do acompanhamento. Quem assistia à TV de 3 a 4 horas por dia apresentou um risco 15% maior de morrer por alguma dessas doenças. Quando a exposição era de mais de 7 horas diárias, o risco subia para 47%.
Mesmo quando isolado de outros fatores como fumo, bebida e alimentação inadequada, sentar muitas horas na frente da TV continuou a trazer maior risco de morrer por essas doenças do que por causas naturais. Os resultados foram publicados no American Journal of Preventive Medicine e divulgados pelo jornal Daily Mail.
Para os pesquisadores, assistir à TV é um dos tipos mais comuns de atividade de lazer entre as pessoas sedentárias – indicador de falta de atividade física. Fazer atividade física, embora não anule totalmente os efeitos de assistir muito à TV, de acordo com o estudo, pode ser um aliado importante para tentar minimizar esse impacto. Bom lembrar que quem mais assiste à TV hoje é a parcela mais velha da população. Seria importante repensar, na saúde pública, como fazer com que os idosos ocupem parte do tempo livre com atividades mais dinâmicas.
Com as gerações mais novas também se pode imaginar problemas no futuro. Hoje, adolescentes e crianças, embora assistam cada vez menos à TV, passam horas sentados na frente das telas de computador, tablets e celulares. Uma geração que se torna mais sedentária desde muito cedo poderia, em teoria, enfrentar riscos potencializados para a saúde no futuro.
Mais uma pista. Por falar em televisão e jovens, estudo publicado no periódico Appetite e divulgado pelo site Science Daily avalia a relação entre a exposição dos adolescentes à TV e a imagem que eles constroem de alimentos do tipo fast-food. A principal conclusão é que os jovens que passam mais tempo na frente da TV tendem a construir imagem mais positiva desse tipo de alimento e a perceber menos os riscos que eles trazem para a saúde.
Cerca de mil jovens foram entrevistados por pesquisadores das universidades americanas Kogod School of Business e Stony Brook.
Um achado interessante é que, quanto menos acostumados a ingerir esses alimentos, os jovens tinham menor noção dos riscos. Já entre os jovens que consomem fast-food com frequência, o nível de informação sobre eventuais problemas para a saúde era maior e o peso da imagem positiva pela exposição na TV foi mais equilibrado.
Bom lembrar que propagandas de alimentos do tipo fast-food ou industrializados e, até mesmo programas que mostram esses produtos, ocupam hoje um espaço considerável em muitas emissoras. Seria boa ideia avaliar melhor a exposição de crianças e adolescentes a esse tipo de estímulo em nossas mídias, incluindo aí TV e internet!
O governador Camilo Santana surpreendeu a interlocutores, no meio da última semana, ao falar, - com convicção, porém sem oferecer muitos detalhes pela necessidade da reserva que o projeto reclama -, dos entendimentos com um grupo empresarial chinês para a instalação de uma refinaria no Ceará, no mais curto espaço de tempo possível.
O assessor para Assuntos Internacionais, deputado federal Antônio Balhmann, e o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Cláudio Puty, passaram a última semana na China, de certa forma de modo muito discreto, tratando especificamente de refinaria.
Publicamente, a estada em Pequim foi "para tratar das prioridades brasileiras e chinesas no Acordo Brasil/China e projetos de interesse do Estado do Ceará", registra o documento oficial. Dos mesmos interesses, a construção da refinaria, o governador Camilo Santana já havia tratado com o grupo chinês e com a própria presidente Dilma Rousseff, em Brasília, há alguns meses, longe das especulações que negócios dessa envergadura motivam. O aprofundamento das discussões ocorreu em Pequim, onde o governador e o próprio Balhmann estiveram em agosto passado.
Condições
Concomitante ao processo de negociação com os chineses, o governador começou a adotar as providências de ordem administrativa imprescindíveis ao negócio. Recebendo de volta o terreno que havia sido doado à Petrobras, e incorporando-o ao espaço hoje reservado à Zona de Processamento de Exportação (ZPE), uma das condições exigidas pelos empresários, em razão da segurança jurídica e das condições especiais conferidas às empresas instaladas em territórios dessa significação, tanto na implantação do projeto quanto quando do escoamento de sua produção na área. A ZPE, pelos benefícios fiscais e tributários conferidos ao seu espaço denominado de "alfandegado", é deveras atraente para grandes empreendimentos.
Sem a necessidade da requisição de licenciamento, posto já haver a licença ambiental para a edificação de uma refinaria naquele terreno, e sendo o projeto semelhante ao anteriormente previsto, o governador aposta na antecipação do início da sua implantação, e cuida de melhorar a infraestrutura já construída no passado, tanto era, naquele momento, a pressa de ofertar facilidades para motivar a direção da Petrobras a iniciar a construção inviabilizada, daí acolhermos o sentimento de haver sido o Estado traído quando da comprovação da incapacidade de a estatal brasileira fazer a obra.
A propósito, agora, com os escândalos que ainda estão emergindo da Operação Lava Jato, é comum se encontrar cearenses satisfeitos por não estarmos com conterrâneos nossos execrados por conta dos malfeitos em empreendimentos últimos daquela empresa nacional.
Imune
Camilo não externa esse posicionamento, mas fica subentendido quando expressa sua certeza na construção da refinaria não estar o Ceará dependendo totalmente do Poder Central para a sua efetivação, daí ficar imune aos humores da política e de liberações de recursos federais para receber o tão esperado equipamento. Só o compromisso de não atrapalhar as negociações diretas feitas pelos agentes do Ceará com os empresários chineses, já pode o governador se considerar satisfeito.
A desconsideração a que fomos submetidos, no ano passado, com a decisão unilateral da Petrobras de romper o compromisso verbal e moral de edificar aqui a Refinaria Premium II, nos credencia a reclamar uma postura republicana dos órgãos federais envolvidos com a questão pelos imperativos legais de ordem puramente administrativa.
Articulação
Camilo está tratando com a presidente Dilma Rousseff de um encontro dela com os governadores do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte para tratar da ajuda federal no socorro das populações desses estados vítimas dos efeitos da longa estiagem no Nordeste brasileiro.
As obras da Transposição de Águas do Rio São Francisco estão dentro do cronograma estabelecido para o seu final, segundo observadores cearenses, mas os recursos para as construções necessárias à distribuição das águas nesses estados não estão sendo liberados pelo Governo Federal como a situação está a reclamar, em face da iminência de um colapso total no abastecimento humano em boa parte dos municípios nordestinos.
No Ceará, confirma o governador o que aqui já foi apontado, as obras do Cinturão das Águas estão sendo tocadas, por imprescindíveis, com as parcas economias do seu erário, consequentemente com força de trabalho reduzida, e em dois trechos apenas, o suficiente para no fim de 2016, chegando mesmo a água do Rio São Francisco, ela possa ser dirigida até o Açude Castanhão, garantindo o consumo de maior parte da população cearense.
Os gastos do Estado com o Cinturão das Águas já superam o volume de recursos da contrapartida da obra, uma das consideradas importantes do PAC do Governo Federal, porém vítima da falta de recursos. Até um empréstimo externo está sendo negociado para garantir a continuidade da obra, mas até isso está sendo dificultado pela área econômica da União.
Pelo sexto mês seguido, o Brasil demitiu mais do que contratou. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na última semana pelo Ministério do Trabalho, a economia brasileira fechou 95.602 vagas formais de emprego em setembro. O resultado é o pior para o mês desde 1992, quando começou a série histórica. No Ceará, a situação também é complicada.
Segundo os dados do Caged, somente em setembro de 2015 foram eliminados 1.508 empregos celetistas no Ceará, equivalentes à redução de 0,12% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. Tal desempenho foi proveniente da queda do emprego principalmente nos setores da Construção Civil (-1.722 postos), da Indústria de Transformação (-983 postos) e do Comércio (-310 postos) cujos saldos superaram a expansão do emprego da Agropecuária (+1.508 postos). Nos primeiros nove meses do corrente ano, houve decréscimo de 14.346 postos de trabalho.
Mas na contramão da crise, há cidade do Ceará que possuem saldo positivo em 2015. São Gonçalo, Caucaia, Granja, Icapuí e Aracati, por exemplo, mais contrataram do que demitiram. Confira os municípios que aina sobram vagas de trabalho do Estado:
Com duras críticas ao governo, às “elites plutocratas brasileiras” e à oposição “golpista”, Ciro Gomes recebeu CartaCapital no apartamento no qual está morando em São Paulo para analisar a situação política e econômica do País, falar de seu atual trabalho na CSN (onde coordena as obras da Ferrovia Transnordestina), ajuste fiscal e mídia. E, apesar de citar dúvidas sobre seu “apetite” para 2018, o ex-governador do Ceará e ex-ministro dos governos Itamar Franco e Lula admite ser candidato a presidente pela terceira vez (disputou em 1998 e 2002) “se outros não puderem fazer melhor”. Leia os principais trechos da entrevista.
CartaCapital: Hoje o senhor cuida da Ferrovia Transnordestina. Fale um pouco sobre esse trabalho.
Ciro Gomes: A Transnordestina é uma revolução logística. Ela passa por um interior de enorme potencial agrícola e regiões com ferro e níquel, integrando dois portos: o do Suape, em Pernambuco, onde está ficando pronta a Refinaria Abreu Lima, e o Porto do Pecém, no Ceará, onde fica a Siderúrgica do Pecém. Chega ainda até Eliseu Martins, no Piauí. São 1,8 mil quilômetros, e mais de 54% já estão prontos. Temos 6,4 mil homens trabalhando, e a evolução da obra passa de 1% ao mês. É uma grande frente onde não se fala em crise. E eu estou no board da Companhia Siderúrgica Nacional, como diretor-presidente da Transnordestina. Na prática, sou o responsável por fazer as coisas acontecerem. (A ferrovia é uma concessão do poder público ao grupo CSN.)
CC: Por que temos tão poucas ferrovias no Brasil?
CG: Hoje temos menos ferrovias do que na década de 1950, quando o País tomou a decisão de privilegiar a indústria automobilística. Foi um equívoco estratégico: 80% da população mora a até 200 quilômetros de uma costa gigante, a interligação deveria ser feita por cabotagem. Os grandes centros de produção, por sua vez, estão a mil, 1,5 mil quilômetros para o interior. Tudo isso deveria ser drenado para a cabotagem por ferrovias. Uma ferrovia é mais cara de se implantar, porém muito mais barata de usar. A rodovia é o contrário: mais barata de implantar e muito mais cara de usar.
CC: Como o senhor vê a crise política?
CG: O governo administra muito mal a economia e as suas responsabilidades. E passa um sinal desagradável para a sociedade, que em sua maioria votou nesse governo. Isso gera certa raiva e rancor, em cima dos quais o moralismo a serviço da imoralidade e o golpismo inerente às elites plutocratas brasileiras começam a formular as suas estratégias de interrupção da democracia.
O preço caro é que a esmagadora maioria da população mais pobre estava em ascensão social, melhorando de vida a cada dia há 12 anos, imaginando com segurança ser para sempre, prevendo seus filhos livres de suas humilhações e com condições que os pais jamais tiveram. E agora estão escorregando. Estamos em decadência.
Enquanto isso, o Congresso, em vez de enfrentar a despesa mais criminosa e imoral de todas, a despesa com os juros para o financiamento dos bancos, vem propor cortes no Bolsa Família. Isso é bem a cara da plutocracia escravagista brasileira. Eles perderam o pudor na medida em que nós, deste lado, estamos falhando na tarefa de administrar a economia, na tarefa de passar um sinal de decência no trato da coisa pública e na tarefa de sinalizar esperança para o futuro da sociedade brasileira.
CC: Com o ajuste fiscal podemos voltar a crescer?
CG: A saúde fiscal do País está abalada, e é ruim na esquerda tradicional antiga brasileira o descompromisso com esses valores, como se isso fosse uma coisa lateral ou secundária. A sanidade fiscal é a premissa de um Estado energizado, que, essencialmente, é tudo que um pensador progressista quer e precisa. Não vamos superar a desigualdade do Brasil, melhorar sua infraestrutura, resolver o gravíssimo hiato tecnocientífico do País e o gravíssimo hiato social que ainda nos faz a economia mais desigual do mundo sem uma entidade pública energizada, empoderada, capaz de intervir e de capitalizar as iniciativas privadas.
Nós temos 1% da população brasileira dona de um terço da renda do País. E ainda temos, apesar de todas as melhorias, 30 milhões ou 40 milhões de pessoas vivendo apenas com o básico. Nosso modelo econômico destina à maioria das pessoas empregos de baixa qualidade. Nosso povo merece mais do que Bolsa Família e um emprego de servente de pedreiro. Nada contra essa função, mas essa etapa tem de ser superada, e isso exige um Estado com condições de financiamento.
CC: De onde cortar? Há como cobrar a maior conta do andar de cima?
CG: Quando você olha sem preconceitos, com a sua inteligência, só tem duas despesas fora da curva, umas delas absolutamente criminosa: o Brasil vai gastar este ano 380 bilhões de reais com juros intermediados por 20 bancos para beneficiar 10 mil famílias de endinheirados, os rentistas do nosso país.
A outra grande despesa fora da curva é o rombo da Previdência próximo a 60 bilhões de reais. Mas veja a distância entre os valores, e aqui não é o povão. São aposentadorias e pensões especiais para uma casta de abastados do setor público, poderosíssima na discussão do País. Fora dessas duas grandes despesas, nenhuma outra está fora do quadro.
CC: Fala-se que o Estado brasileiro “é grande demais”, inclusive, o governo federal promoveu cortes recentes.
CG: O Brasil tem menos médicos, professores, polícia ou Forças Armadas do que precisa. Há muitas distorções, mas pesando e medindo, é completamente mentirosa essa crítica de o Estado brasileiro ser grande. O Estado brasileiro é até balofo, gorduroso. Mas quando você cortar e fizer as lipoaspirações necessárias, o Estado ficará magrinho e ainda assim faltará massa muscular.
E Dilma caiu nessa bobagem de eliminar ministérios. Com essa medida, este ano não vamos economizar sequer 200 milhões de reais. Não quer dizer que não deveria fazer, na política vive-se muito do símbolo. Não seria razoável exigir austeridade da sociedade brasileira e deixar na boca de um picareta desses que infestam a vida pública brasileira, o argumento dos 39 ministérios, que não precisa disso. Mas deveria ter sido feito como símbolo de um conjunto coerente de práticas de austeridade, e, infelizmente, isso não está acontecendo. O governo aumentou a taxa de juros, sua maior despesa, e está fazendo despencar a receita pública em padrões nunca vistos mesmo por mim em 36 anos de vida pública.
CC: Sobre a crise econômica, o que é real e o que é exagero?
CG: É uma crise real, mas hoje o calor político não deixa sequer pararmos para pensar na crise, muito menos tratá-la com a devida cautela. Esse é o ponto. Aqueles da retórica da denúncia da crise exploram o sofrimento de toda a população – menos dos bancos, que estão ganhando 40% a mais dos números recordes do ano passado. São pessoas que impedem o governo de parar e refletir. Atrapalham e impõem o que a imprensa chama de “pauta-bomba”.
E a crise tem outros componentes. Por exemplo, a Petrobras, no foco aí dessa novela moralista, podre. Eu espero que deem punição severa para todos os responsáveis, sejam eles quem forem, do nosso lado ou contra nós, não importa. Mas tem de passar o País a limpo.
Precisamos é refazer a compreensão estratégica do desenvolvimento brasileiro, e isso é urgente. Nossas reservas cambiais estão sendo torradas financiando quem especula com nossa moeda. No momento em que eu lhe falo, após poucos meses de governo Dilma, meia dúzia de especuladores que atacaram o real ganhou 112 bilhões de reais. São três vezes o déficit estimado para orçamento de 2016. É isso que está em jogo no Brasil.
CC: Falando um pouco da crise política, ainda há risco de impeachment?
CG: O risco é permanente. Mas neste momento nós estamos virando o jogo golpista. Estamos ganhando a parada. Apesar de todos os erros, fomos ajudados pelo Ministério Público da Suíça, que nos mandou essas contas espúrias do picareta-mor da República, Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, representante de uma maioria de corruptos.
A elite brasileira percebeu que é absolutamente inexplicável você evoluir para impedir a Presidência da República, romper as instituições e introduzir uma instabilidade política de 20 anos no País, começando pela assinatura de um picareta processado como formador de quadrilha, ladrão do dinheiro público, manchete nos jornais do mundo inteiro. Esse ciclo (do golpe) estamos vencendo. Mas ele voltará muito rapidamente se não acertarmos a mão.
CC: Há algum motivo real para o impedimento da presidenta?
CG: Impeachment não é a solução para governo ruim, para governo que a gente não gosta. Numa democracia madura, a impopularidade do governo só pode ser apurada nas eleições, porque eventualmente qualquer governante tem de encarar momentos de impopularidade, de incompreensão, para fazer o que tem de ser feito.
Então, a impopularidade não é motivo. A razão para impeachment é só uma: o cometimento de crime de responsabilidade dolosamente praticado, ou seja, com culpa consciente do presidente da República. E mesmo o mais picareta dos nossos adversários sabe que Dilma é uma senhora honrada e que não dá para acusá-la de ter cometido crime de responsabilidade, muito menos dolosamente.
E aí começam a inventar caminhos fraudulentos. Você não pode fazer impeachment toda hora. Na história da humanidade, do Direito Constitucional mundial, o impedimento só aconteceu no Brasil e na Venezuela: foram tirados Collor e, na sequência, Carlos Andrés Pérez. A Venezuela até hoje não se governa. E é o que estaria aprazado para o Brasil se permitirmos agora essa imprudência patrocinada por uma fração da elite brasileira.
CC:Como o sr. vê a mídia brasileira?
CG: Nossa grande mídia pertence basicamente a 5 famílias. Vamos ter essa clareza: a mídia brasileira é nepotista. São 5 famílias donas do que se chama mídia nacional. Qual a solução para isso? É uma bobajada a la PT, regular a mídia, fazer um despotismo esclarecido de cima para baixo? Ao fazermos isso, imediatamente entregamos para eles o discurso correto da censura, da intervenção indevida.
Ainda que haja boa intenção, ainda que você possa ter exemplos, como a proibição da propriedade cruzada de meios de comunicação nos Estados Unidos, onde isto é proibido. Na pátria do capitalismo você não pode ter rede nacional 24h na televisão. A NBC não possui revista. A Newsweek não pode possuir TV, rádio. Mas isso é a experiência deles.
Por aqui temos de financiar alternativas. E já há essas alternativas, como as cooperativas de jornalistas. Temos que empoderá-las, mudar a distribuição da verba publicitária do governo. Distribuir progressivamente as verbas publicitárias ao invés de ficar em critério de audiência. Temos que fazer o esforço de toda sociedade sadia: reforçar as minorias, acreditar na inteligência do povo e enfrentar essa interdição [do debate sobre mídia].
CC: O senhor já teve problemas com a mídia?
CG: Pessoalmente, não tenho queixa. A única coisa que não consegui foi ser presidente da República, mas já fui ministro, governador... Enfim, tenho 36 anos de vida pública e nunca nenhum deles pegou. A revista Veja já deu capa insinuando coisas e levou processo na mesma hora, porque não dou meu rabo para ninguém pegar. Não deixo ninguém pegar no meu pulso. E esse é o nosso erro, do nosso lado. Tem de enfrentar.
CC: O senhor é candidato a presidente em 2018?
CG: Vejo o quadro ainda muito nebuloso. Até um mês atrás eu estava muito angustiado com a escalada do golpe, não via como a gente escapar. Do lado dos opositores há um golpismo despudorado, e do nosso lado há uma sequência de besteiras, de contradições, incoerências, erros estratégicos monstruosos.
Acho, entretanto, que a preço de hoje será um 2018 algo parecido com 1989. Os grandes partidos completamente desmoralizados e um conjunto de experiências tentando galvanizar essa indignação moral, tentando manipulá-la, como foi o caso de Collor.
Collor foi pulso moralista e levou a eleição feita pela Veja, pela Globo. Collor nós todos conhecíamos. Eu que sou do Ceará o conhecia de perto, todo mundo sabia quem era o Collor, e ele foi empacotado como caçador de marajás. Hoje, Marina Silva tenta representar essa renovação, com esse ambientalismo difuso... não que ela seja má, como Collor o era, mas ela não compreende o Brasil e já assumiu compromissos que jogariam o Brasil para trás, trariam retrocessos graves, como a tal autonomia do Banco Central.
A tarefa, neste momento, de ser candidato com meus valores, com o que quero representar, os compromissos ao redor dos quais eu me ligo, vai ser uma tarefa inumana. Haverá um processo violentíssimo de desconstrução. Não tenho rabo de palha, mas não sei se tenho mais apetite para enfrentar esse tipo de coisa. Mas admito ser candidato se eu entender ser essa a minha responsabilidade e que outros não possam fazer melhor.
Hoje começa o fim de semana, e muitos brasileiros planejam as mais do que tradicionais peladas, com três, quatro horas de futebol. A princípio, diversão e sinal de que, afinal, não são sedentários. Mas a batida expressão “só-que-não” nunca teve uso tão apropriado. Não só são sedentários quanto temerários. O exercício visto pela lente da ciência revela que a pelada pode até ser divertida, mas não traz benefício para a saúde. Na verdade, é arriscada. O mesmo vale para desportistas de fim de semana em geral. São os motoristas de domingo da saúde. Retrato de um país sedentário, em que só 30% da população é fisicamente ativa e apenas entre meros 2% a 5% fazem exercícios em volume ideal. No Brasil, 300 mil pessoas morrem por ano de doenças associadas diretamente ao sedentarismo, uma a cada dois minutos, diz o médico Victor Matsudo, consultor da Organização Mundial de Saúde (OMS) para atividade física e coordenador da Rede de Atividade Física da América Latina.
No mundo, afirma ele, são 5,3 milhões de mortes por ano. O vírus ebola, observa ele, matou cerca de 16 mil pessoas em 18 meses.
— De ontem para hoje, 154 mil pessoas no mundo morreram dessas doenças, principalmente as do coração. O sedentarismo é o fator de risco isolado, mas prevalente. A comunidade médica e científica demorou muito para acordar para o problema — diz Matsudo.
Corpo pré-histórico em roupa moderna
Especialistas compartilham a preocupação:
— O sedentarismo é hoje o maior problema de saúde pública do país, o maior fator de risco isolado. É epidêmico e não recebe a devida atenção. Está na origem de uma série de doenças evitáveis — garante o professor de cardiologia da UFRJ Claudio Gil Araújo, um dos maiores especialistas do país em medicina do esporte e do exercício, com décadas de experiência que incluem o atendimento de atletas olímpicos a senhores de 97 anos.
O sedentarismo avança com a vida moderna, na qual se faz quase tudo sentado, no transporte, no lazer e no trabalho. Um exemplo está na exposição “Rio: primeiras poses — Visões da cidade a partir da chegada da fotografia (1840-1930)”, no Instituto Moreira Salles. A observação de fotos antigas de transeuntes do Centro do Rio há mais de um século revela como a maioria das pessoas era mais magra, destacam os médicos. Não que fizessem ginástica, mas suas vidas eram ativas, andava-se mais. Atividade física não é o mesmo que esporte, lembra Matsudo.
A dose semanal mínima de exercício, segundo Araújo, é de 75 minutos de atividade intensa ou 150 minutos de moderada. Ele lembra que o estado do sedentarismo pode ser ainda mais grave do que o oficial, pois os dados vêm da pesquisa nacional Vigitel, importante, mas baseada em autodeclaração e feita apenas nas capitais. Ou seja, nem todo mundo que se declara ativo de fato é. E aí voltamos aos atletas de fim de semana, aquelas pessoas que fazem exercício uma vez a cada sete dias e se consideram ativas.
O fisiologista Igor Lucas Gomes-Santos, da Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP, explica por que o exercício esporádico é perigoso:
— Jogar futebol durante três horas, uma vez por semana, é pior do que não fazer nada. Isso gera estresse oxidativo nas células, um processo que deflagra inflamação e desequilíbrio no organismo. Se você faz atividade até por menos tempo de uma vez, mas com regularidade, seu corpo é vacinado pelo exercício. Ele gera doses pequenas de estresse e essas levam a adaptações benéficas, ativam mecanismos protetores — salienta o pesquisador. — O exercício é homeostático. Ele normaliza tudo o que está alterado. Se a pressão está alta, ele baixa, por exemplo. E isso acontece porque nosso corpo evoluiu para o movimento. E essa adaptação ao movimento faz com que precisemos de estímulos. Pequeninos estresses diários. O exercício faz esse papel — diz.
E quando essas doses de estresse que mantém o corpo azeitado entram em descompasso, começam os problemas, observa.
O Homo sapiens surgiu há cerca de 200 mil anos e evoluiu para ser ativo, para correr pelo menos uns dez quilômetros por dia para comer e não ser comido. E assim foi a vida até há cerca de 11 mil anos, quando surgiu a agricultura. Ainda esta exigia grande gasto energético.
Repouso absoluto gera efeitos colaterais
As coisas não mudaram muito em termos de consumo de energia com a Revolução Industrial, já que as pessoas trabalhavam com grande esforço físico e andavam muito. Só há pouco mais de um século o trabalho se tornou mais sedentário; o transporte, idem; e a comida, abundante. A vida se tornou confortável. Só esqueceram de combinar com a evolução. O corpo continua o da Idade da Pedra, apenas vestido para o século XXI, em tamanhos cada vez maiores. A vida moderna proporcionou maior expectativa de vida (cerca de 30 anos maior que há um século), maior estatura (em média, sete centímetros a mais nos homens) e a eliminação de doenças infecciosas em grande parte. Porém, trouxe números epidêmicos de doenças menos frequentes há cem anos, como diabetes do tipo 2, certos tipos de câncer, mal de Alzheimer e males cardíacos.
— Vivemos com tecnologia moderna e corpo pré-histórico. E a regra do jogo é: tudo o que você não usa perde. Quando surge uma doença, não está preparado — salienta Gomes-Santos.
Quando nos exercitamos, o RNA em nossas células responde. É convertido em proteínas. A meia-vida desse RNA alterado pelo exercício é de segundos a dias. Em geral, o efeito dura cerca de 36 horas, diz Gomes-Santos.
— Hipertensos que se exercitam reduzem a pressão em 24 horas. Diabéticos sentem melhora nos níveis de insulina em duas semanas. Mas o efeito é temporário — destaca.
Precisamos sempre renovar a dose de atividade. Se paramos, o efeito é negativo, diz:
— Ficamos sem proteção e apenas com a parte ruim, que é o estresse oxidativo. Por isso, a regularidade e a progressão são importantes, e os exercícios intensos e esporádicos, péssimos.
O educador físico Marcelo Cabral, que trabalha com reabilitação, alerta para outro aspecto do problema:
— A atividade faz tanta diferença que, muitas vezes, uma pessoa com doença cardiovascular, mas bem condicionada fisicamente, apresenta um risco menor de males do coração do que um sedentário aparentemente saudável.
Araújo acrescenta que o repouso absoluto é um vilão a ser evitado. Pessoas doentes confinadas numa cama sofrem danos colaterais sérios.
— A cada dia deitado se perde 1% da capacidade física. Um mês de internação produz efeitos avassaladores sobre o corpo, que não foi feito para isso. Nosso manual de fábrica tem instruções para atividade e nenhuma para repouso exagerado. É por isso que o exercício é o melhor remédio. Atacar as causas. Os medicamentos atuam sobre as consequências — frisa Araújo.
O cardiologista Claudio Domenico é pioneiro na prescrição do exercício a seus pacientes.
— O indivíduo condicionado vive melhor e tem risco reduzido para muitas doenças — observa, ele próprio atleta, que rema de quatro a cinco vezes por semana — O médico precisa dar exemplo — diz.
Tanto ele quanto Araújo destacam que o estímulo à atividade física é o maior legado que as Olimpíadas podem deixar para o país.