Lula: "Se me prenderem, viro herói; se me deixarem solto, viro presidente"

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido positivo sobre o impacto da ação da Operação Lava Jato sobre a sua imagem, mais precisamente sobre a 24ª fase, que o levou a prestar depoimento coercitivamente na última sexta-feira (4).

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, ele tem dito a pessoas de sua confiança que e o PT e o governo mais ganham do que perdem com o episódio. "A partir de agora, se me prenderem, eu viro herói. Se me matarem, viro mártir. E se me deixarem solto, viro presidente de novo", disse Lula a mais de um interlocutor.

O ex-presidente, afirma o jornal, tem se mostrado confiante em resgatar a imagem do PT. No Congresso, a avaliação também é de que a ação da Lava Jato causou um efeito positivo para Lula em vários aspectos. "O episódio unificou o PT e tirou o partido da paralisia. Atualmente, não há clima mais para falar em disputa entre correntes internas", disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

Fonte: Infomoney

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Âncora da Globo News se confunde e chama Dilma Rousseff de "ex-presidente"

Jornalista e comentarista política, Renata Lo Prete se confundiu duas vezes e chamou Dilma Rousseff de "ex-presidente" durante a exibição ao vivo do "Jornal das Dez", da Globo News, na noite desta terça-feira (8). Ela foi corrigida imediatamente pelo colega de transmissão, o também analista político Gerson Camerotti.

"Estão com ele [Lula], o ministro Jaques Wagner e Ricardo Berzoini e jantando com eles, é claro, a ex-presidente Dilma", disse ela. "Presidente Dilma", corrigiu Camerotti. "A presidente Dilma. Me desculpem. É porque tem presidente e ex-presidente na Alvorada. Estou confundindo as bolas", amenizou Lo Prete.

O erro de Lo Prete aconteceu em meio à maior crise política dos últimos tempos e às vésperas das manifestações, marcadas para o próximo domingo, e que têm como um dos principais objetivo pedir o impeachment de Dilma Rousseff.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) estima que as manifestações irão reunir um milhão de pessoas na região da Avenida Paulista, no centro de São Paulo.

No ano passado, o cálculo do número de manifestantes na Paulista, feito pela Polícia Militar, foi alvo de contestação, mas, segundo o secretário, "pelo menos duas paralelas e cada um dos lados também ficaram superlotados".


Fonte: UOL

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Crato (CE): Município participa de encontro no TCM sobre Lei de Acesso a Informação

A Ouvidoria da Prefeitura Municipal do Crato esteve representada no I Encontro sobre Ouvidorias Municipais e Lei de Acesso à Informação, realizada nesta segunda-feira última, 7, na sede do Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará.

O evento contou com a participação de vários municípios cearenses, onde foi apresentada a Lei de Acesso à Informação que objetiva mais transparência na gestão pública, conscientizando o cidadão sobre o direito de ter acesso ao serviço público eficiente, eficaz e efetivo.

De acordo com a palestrante, Dra. Daniela Cambraia, que abordou o tema “Ouvidoria pública, abordando sua importância, implantação, atuação e papel no âmbito municipal” o TCM está exigindo das gestões públicas esse aceso à informação, obrigando os municípios que não disponibilizam ouvidorias, para que seja implantada o quanto antes o acesso à informação nos municípios.

Assessoria de Imprensa/PMC

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Morre, aos 71 anos, o percussionista Naná Vasconcelos


O coração do grande percussionista Naná Vasconcelos, de 71 anos, bateu pela última vez nesta quarta-feira, dia 9 de março. Filho de um violonista do Recife, Naná teve na infância influências musicais que iam de Villa-Lobos a Jimi Hendrix. Especializou-se em instrumentos de percussão brasileiros, particularmente o berimbau. A primeira universidade a que teve acesso foi a Universidade do Samba de Sítio Novo, imaginária entidade nascida das lucubrações do professor Jomard Muniz de Britto nos idos de 1966, onde Naná se graduou no instrumento que o fez ganhar o mundo. Juvenal de Holanda Vasconcelos (nome de batismo) nasceu no Recife mas ficou conhecido em outros países - morou 27 anos nos Estados Unidos e outros cinco em Paris, onde trabalhou e gravou discos.

Depois de tocar por algum tempo em cabarés e bandas da capital pernambucana, ainda jovem mudou-se para o Rio de Janeiro, onde conheceu Luiz Eça, Wilson das Neves, Gilberto Gil, e passou a acompanhar Milton Nascimento e o Som Imaginário. Em 1970 foi convidado para integrar a turnê do saxofonista argentino Gato Barbieri pelos Estados Unidos e Europa.

Foi nessa época que Naná radicou-se em Paris, onde gravou seu primeiro disco, “Áfricadeus”. Em 1973 gravou no Brasil “Amazonas”, que se tornou um marco na combinação de percussão e voz na MPB. De volta ao País, trabalhou com Egberto Gismonti por oito anos, tendo gravado juntos três álbuns, entre eles o aclamado “Dança das Cabeças”.

Na década de 70, o pernambucano tocou com grandes nomes da música internacional como Pat Metheny, B.B. King e Paul Simon.

Naná, que tinha uma África dentro de si, é responsável há muitos anos pela abertura do Carnaval do Recife. Em 2013, foi um dos homenageados da folia, ao lado do fotógrafo Alcir Lacerda.

O percussionista, muitas vezes desconhecido dos brasileiros, é admirado por artistas nacionais como Maria Bethânia que, um dia, em entrevista, o usou como exemplo do mais completo significado de cultura popular brasileira: aquele que não é estático, que renova a tradição.

O pernambucano foi um dos autores da trilha sonora da animação O Menino e o Mundo, do diretor paulista Alê Abreu, o único filme brasileiro que concorreu ao Oscar em 2016.

Em setembro de 2015, descobriu um câncer no pulmão – na mesma semana, recebeu a informação de que seria Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Foi com seu berimbau que o músico esteve em dezembro de 2015 na UFRPE para receber o título de doutor.

Na abertura do Carnaval do Recife, em fevereiro deste ano. Última apresentação no palco que foi dele durante muitos anos. Viva Naná!

Fonte: NE10

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Delcídio cita Renan Calheiros e Aécio Neves em delação

A delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), além de agravar a crise política e reacender na oposição a pressão pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, traz citações a vários políticos, incluindo colegas do Senado.

A Folha apurou com pessoas próximas à investigação que Delcídio fez referências a integrantes das cúpulas de PMDB, PSDB e PT. A reportagem não teve acesso ao contexto do suposto envolvimento desses políticos.

Entre os nomes citados pelo senador estão parlamentares que já são investigados em inquéritos da Lava Jato no STF (Supremo tribunal Federal), como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Edison Lobão (PMDB-MA), Romero Jucá (PMDB-RR) e Valdir Raupp (PMDB-RO).

Delcídio também fez referências ao senador Aécio Neves (MG). O presidente do PSDB já foi citado pelo doleiro Alberto Yousseff e pelo transportador de valores Carlos Alexandre Rocha, o Ceará, mas ambos os procedimentos com menções ao tucano foram arquivados.

A simples menção feita pelo senador petista não indica que os citados cometeram crimes ou que serão investigados.

Agora, os investigadores da Lava Jato vão analisar se os fatos atribuídos aos senadores têm indícios mínimos para justificar o pedido de abertura de inquérito.

Segundo a Folha apurou, a citação a Renan, por exemplo, teria sido lateral. O presidente do Senado é alvo de seis inquéritos que apuram sua suposta ligação com os desvios da Petrobras.

A delação de Delcídio ainda está na Procuradoria-Geral da República aguardando um ajuste solicitado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato.

Na semana passada, a revista "IstoÉ" revelou trechos da colaboração do petista nos quais ele implica Dilma e o ex-presidente Lula, que negam ilegalidades.

Outros lados
A assessoria de Aécio Neves afirmou que não iria comentar a citação pela falta de "informação concreta" sobre o envolvimento do senador com Delcídio.

Valdir Raupp afirmou à Folha que recebe com "estranheza" a informação de que teria sido citado. "Eu nunca tive uma relação mais próxima com Delcídio. Minha relação com ele sempre foi muito republicana", disse.

A reportagem não conseguiu localizar na noite de terça (8) os demais senadores citados por Delcídio. Procurada, a defesa do petista disse desconhecer a delação.

Fonte: Folha.com

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IFCE campus Crato distribui manivas de mandioca a agricultores da região do Cariri

Nesta quinta-feira (10), o IFCE campus Crato realiza, em parceria com a Embrapa e a Ematerce, a distribuição de manivas-semente de mandioca produzidas pelo campus. Agricultores familiares do Cariri cadastrados no Plano Brasil Sem Miséria serão beneficiados pela ação, que faz parte do projeto Reniva (Rede de multiplicação e transferência de materiais propagativos de mandioca com qualidade genética e fitossanitária), uma iniciativa da Embrapa.

O objetivo é viabilizar material livre de viroses para os agricultores, já que a qualidade das manivas, pedaços do caule que funcionam como sementes, influencia no sucesso da lavoura. “Quando as plantas são atingidas por viroses, os produtores não têm o retorno que poderiam ter e a produtividade é reduzida”, explica o técnico em agropecuária Rondynelle Sousa, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do plano de ação no IFCE campus Crato.

Na parceria, o instituto é responsável pela produção de plantas sadias isentas de virose, exercendo o papel de maniveiro. A seleção do material inicial ficou sob a responsabilidade da Embrapa, juntamente com a Ematerce, que também selecionou os agricultores a serem beneficiados. No campus, o agrônomo Joaquim Valdevino Neto e o técnico em agropecuária Rondynelle Sousa estão envolvidos no projeto.

Tecnologia de propagação
O Instituto utiliza a tecnologia de propagação rápida, desenvolvida pela Embrapa, para produzir as plantas de mandioca e multiplicar as manivas-sementes. Na primeira etapa do processo, foram selecionadas folhas de plantas visivelmente sadias e enviadas para o laboratório de virologia da Embrapa Mandioca e Fruticultura para análises. As variedades Piauí e Pretinha estão sendo propagadas na unidade de multiplicação rápida do IFCE campus Crato, mantida em parceria com a Embrapa.

Em seguida, pequenas manivas, 4 a 5 vezes menores que o tamanho adotado pelos agricultores para plantio direto no campo, são plantadas em câmaras de propagação. De acordo com seu desenvolvimento, os brotos são cortados e transferidos para uma câmara de enraizamento, num recipiente com água previamente fervida. Com a raízes bem desenvolvidas, passam por um processo de aclimatação em um viveiro antes do plantio definitivo no campo.

No total, o processo demora entre um ano e um ano e meio até que as manivas possam ser distribuídas para os produtores. São cerca de 70 dias entre o plantio na câmara de propagação até o plantio definitivo no campo. Depois, mais um ano até que as plantas amadureçam o suficiente para a retirada das manivas. As que serão distribuídas agora foram plantadas pelo IFCE em janeiro de 2015.

Sousa explica que a propagação rápida permite a produção de um maior número de descendentes, em comparação com o método tradicional de propagação da mandioca. Pelo sistema tradicional, uma planta adulta pode gerar entre 10 e 20 estacas; já com a propagação rápida, utilizada pelo IFCE, a mesma planta pode ser cortada em 150 estacas. Com mais manivas disponíveis, a produção de mandioca é ampliada. O objetivo é que os próprios produtores possam aplicar a técnica, que é de baixo custo.

Dez agricultores dos municípios de Farias Brito, Jardim, Santana do Cariri, Araripe e Salitre receberão manivas-sementes no dia 10. Eles passarão por treinamento e serão multiplicadores de manivas para outros produtores rurais do estado.

Projeto Reniva
A implantação do Reniva, criado para estimular a multiplicação de manivas-semente de mandioca em todo o Nordeste, começou em 2013. O objetivo é beneficiar agricultores familiares que fazem parte do Plano Brasil Sem Miséria, do governo federal.

O coordenador do plano de ação no Ceará é Francisco Weliton Lima, da Embrapa Caprinos e Ovinos. Ele explica que a propagação rápida é fundamental para a produção de mandioca na região: “É um componente essencial da alimentação tanto de humanos quanto de animais. A seca provocou a escassez das manivas, e o projeto é importante para promover rapidez na multiplicação dessas sementes”.

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Eventual prisão de Lula seria brincar com fogo, diz Gilberto Carvalho

Na última quinta-feira (3), véspera da Operação Aletheia, Lula fez um desabafo premonitório ao amigo petista Gilberto Carvalho.

"Eu vou ser preso ou vão fazer a minha condução coercitiva porque, do contrário, a Lava Jato não tem sentido."

A conversa sintetiza a percepção do partido de que a maior investigação das últimas décadas busca fazer "justiçamento, não justiça".

"O doutor Sergio Moro tem uma necessidade de provar que os agentes do PT formam uma quadrilha e que o capo dessa quadrilha agora é o presidente Lula", disse ele.

Para Carvalho, a Lava Jato não tem provas contra Lula, tem teses. E prevê que, no pior caso, tentem prender o ex-presidente: "Não quero falar nessa hipótese. Espero que não brinquem com fogo".

Carvalho não acredita no sucesso do impeachment e duvida que Dilma Rousseff saia do PT. "Até porque a sobrevivência dela estaria muito ameaçada", avalia.

Folha - O Ministério Público diz que Lula obteve vantagem na Lava Jato. Daí a operação de sexta-feira (4).
Gilberto Carvalho - Foi uma operação totalmente desnecessária, uma violência gratuita. O presidente Lula nunca se negou a depor. Podiam ter feito com ele o que fizeram com o presidente Fernando Henrique, em que a PF foi colher em sua casa o depoimento dele gentilmente e discretamente em um processo no qual ele é citado como testemunha. Eu só posso entender que o que aconteceu na sexta foi motivado por um processo que, a meu juízo, está tirando os méritos que poderíamos ter na Lava Jato, porque ela surge como uma ação importante de combate à corrupção. Mas, à medida que ela é invadida por uma concepção ideológica e política por parte de seus principais agentes, vai se tornando um instrumento de perseguição política.

A Lava Jato se politizou?
O problema acontece quando, numa investigação criminal, se abandonam os princípios que regem uma investigação científica. Os procuradores e, ao que tudo indica, o Dr. Sergio Moro, tem uma necessidade de provar que os agentes do PT formam uma quadrilha e que o capo dessa quadrilha, que antes era o José Dirceu, agora é o presidente Lula. Mas, ao invés dos fatos, dão base a uma tese pronta. Aí eles constrangem os fatos. Aquela entrevista coletiva dada na sexta em Curitiba, particularmente a participação do Dr. Carlos Fernando [procurador da Lava Jato], deve ficar gravada para a história como a demonstração mais cabal do que eu estou dizendo. O tempo todo ele ficou pré-julgando. Ele não pode fazer isso! Ele não pode dizer que não houve palestras antes de levantar os fatos.

Você diz que a PF esteve na casa do FHC no mesmo dia da condução coercitiva do Lula?
Li no Brasil 247 que sim.

Você diz que o procurador não tinha elementos para dizer o que disse?
É isso. Porque, antes da investigação e da verificação dos fatos, ele já trabalha com a tese de que tudo aquilo que apareceu até agora está amarrado por uma quadrilha que busca dinheiro a qualquer preço, e que as palestras, por exemplo, não passam de desculpas para que Lula obtivesse dinheiro. Ele agiu como um julgador, sem nenhuma serenidade. Qual a tese de que eles estabeleceram previamente? Que o dinheiro da Petrobras é roubado pelas empresas coordenadas pela quadrilha do PT e que, a partir daí, o dinheiro que elas roubaram irrigou as campanhas eleitorais, deram um apartamento para o Lula, fizeram uma chácara para ele. Essa é a tese. Eles vão ter que provar isso. Não tem nenhuma disso! Até porque, pela história do país, os cartéis que se formam entre as empresas, e a maneira que elas corrompem os agentes públicos, não é por comando político. O problema político aparece em virtude do financiamento de campanhas, que todos os partidos praticaram.

Mas não há muitas acusações nas delações premiadas.
Nas delações premiadas, só interessam delações contra o PT, porque é preciso provar que aquele dinheiro é contaminado. O dinheiro que foi para o Aécio e o que foi para a Marina Silva não tem essa contaminação. Ele sai do mesmo cofre, da mesma fonte, mas como não estavam no governo, não determinaram o assalto à Petrobras. Isso é uma loucura.

Por que?
As empresas obtiveram o recurso, lícito ou escuso. Quando o Edinho Silva [ministro da Secom e ex-tesoureiro de Dilma] pediu dinheiro para a Andrade Gutierrez ou para Camargo Corrêa, fez o mesmo que o tesoureiro da campanha do Aécio ou da Marina. O Edinho não condicionou a uma sonda ou a uma obra. O dinheiro tem a mesma origem.

Mas isso não exime o dolo.
Vou insistir. O problema da delação premiada é que a pessoa é constrangida pelo inquiridor a dizer aquilo que o agrada porque está na mão dele a liberdade do delator. O advogado também tem o papel de convencer o seu cliente a fazer a delação para buscar a liberdade do seu cliente.

Tudo empurra para a delação. Mas não é preciso haver prova?
O problema da Lava Jato, e é preciso que se diga em alto e bom som, é que os campeões da corrupção estão soltos, tendo as suas penas reduzidas escandalosamente e tendo devolvido pequenas quantias daquilo que eles são acusados de ter se apropriado. Quem está ficando na cadeia em Curitiba é o Marcelo Odebrecht, que se negou a fazer delação, e os políticos. Isso é combate à corrupção? Isso tem de ser denunciado. O povo está se iludindo, achando que a Lava Jato está fazendo um processo importantíssimo de combate à corrupção.

Isso não exime o PT de tudo?
Eu sei que o PT errou, nós temos de reconhecer que errou. Além de não combater o financiamento empresarial, meteu-se a cometer erros através de várias pessoas, que se locupletaram. Não quero de maneira nenhuma negar isso. O problema é que quem criou isso, o mecanismo de financiamento empresarial de campanhas, não foi o PT. O mecanismo de financiamento empresarial de campanha é o mesmo para todos os partidos maiores. E todas as empresas doaram para ficar bem com os governantes. Isso precisa ser dito. O que as empresas fazem, na verdade, é uma espécie de investimento para não terem problema com o governante. Então, se nós queremos extirpar o câncer da corrupção, não se pode acusar primeiro, vazar criminosamente em seguida e expor Lula como ele foi exposto e só depois vem um julgamento. E quando for provado que as palestras foram pagas e efetivamente dadas? E quando for mostrado que não tem nada a ver o trabalho que a Odebrecht fez lá em Atibaia com a Petrobras? Aí será tarde. Estão criando no Brasil uma espécie de neofascismo. Pois não estão fazendo justiça, estão fazendo justiçamento. O clima que está no Brasil agora, e estou muito preocupado, é que estamos fazendo um acirramento de ânimos, onde não importa o devido processo legal. Isso leva a uma violência cada vez maior e fragilizará as nossas instituições. E o algoz de hoje pode ser a vítima de amanhã. Hoje é o PT que está exposto na praça pública, que virou a Geni, e que atiram pedras. Amanhã pode ser um outro partido se não se tomar os cuidados necessários. Esse é um papel que a mídia tem de chamar para si e assumir responsabilidade.

E quem é responsável por essa perseguição ao PT?
Estou falando de um setor da Polícia Federal, de um setor do Ministério Público. Estou falando da ação dirigida do juiz Moro.

Você tem algum indício de vínculo do Moro com algum partido político?
Em defesa do José Eduardo Cardozo –que era muito acusado de não controlar os excessos da Polícia Federal–, é disso que se tratavam as broncas que o Zé Eduardo levava, não era a atuação objetiva da polícia, que era necessária, mas esse conchavo com um tipo de imprensa e com os vazamentos. Não é assim. A Polícia Federal não é controlada pelo PSDB. Esses rapazes que estão hoje na PF e no MP são formadas numa geração profundamente marcada por um antipetismo. Eles cresceram, são jovens em geral, em famílias que hoje estão batendo panela. Foi se desenvolvendo nesses setores uma convicção de que bater no PT é bom para o país. Eu fui interrogado por dois delegados da Polícia Federal, eu pedi para conversar com eles fora do processo e me dei conta disso. São pessoas honestas, são sérias, não são bandidos e nem são instrumentos na mão da oposição. Não é rastaquera assim. Veja a ironia da história. Até 2002, você sabe o que acontecia no Ministério Público Federal. Por que não foi feito uma investigação mais profunda da compra de votos do Fernando Henrique e em torno da privatização? O Dr. Gurgel, ex-procurador-Geral da República, disse numa entrevista recente que Fernando Henrique não queria ser incomodado, por isso colocou um cara que não deixava nada andar. Ele tinha o controle rigoroso da PF, que centralizava qualquer investigação. Quando Lula tomou posse, muita gente tentou indicar nomes próximos a nós, mas o Lula decidiu que indicaria o primeiro da lista.

E houve reação na época?
Exatamente. Mas Lula bancou o primeiro da lista. Nos anos subsequentes, quando saiu Fontelles e entrou o Antônio Fernando, que faz a denúncia do mensalão, houve uma forte pressão para que ele rompesse essa lógica do primeiro da lista. Mas ele reconduziu Antonio Fernando. Depois, aconteceu a mesma coisa com o Gurgel. Mas não se rompeu essa tradição. Então, o que se esperaria do Ministério Público? Essa responsabilidade. O máximo de equilíbrio. No caso da polícia federal aconteceu a mesma coisa. Descentralizamos as investigações. Tanto que o Lula sempre dizia: daqui pra frente, quem não quiser ser investigado no governo, que não erre. Doa quem doer. Eu me lembro da nossa dor quando o José Dirceu, o [Antonio] Palocci foram investigados. Lula disse 'eu sinto muito'. Esse delegado que me inquiriu começou na Polícia Federal em 1998 e se tornou delegado em 2002. Ele não conhece o período anterior. Esse menino não tem a maturidade de não fazer loucuras como essa de sexta. Na sexta, quem saiu prejudicado e quem vai se desgastar no médio prazo não é o Lula, e sim essas instituições. Porque é muito ruim para nós que a Polícia Federal comece a ser utilizada para atender esse ou aquele tipo de pressão. Aí se faz um complô da investigação e do vazamento pra imprensa. Isso neste momento prejudica o PT, é verdade. Mas é ruim para a democracia. Esse procurador Carlos Fernando, que hoje brilha e foi receber as palmas sexta à noite, a história o terá como Calabar, como alguém que perseguiu uma pessoa que só fez bem ao país. Essa glória momentânea inebria essas pessoas e elas vão na linha da irresponsabilidade. Isso que, aparentemente, é muito bom, porque é o tal do julgamento imediato sem o contraditório, vai fazer mal mais para essas instituições do que para o PT no longo prazo.

Nos últimos meses, Lula passou por um desgaste muito grande e ficou fragilizado, mas não deu uma palavra sobre o seu caso. Ele parecia acuado. Por que ele demorou tanto para falar? Por que precisou de uma condução coercitiva para falar e ainda assim não explicou o que deveria explicar?
Eu concordo com a tese de que o Lula deveria ter falado antes. Acontece que em certos acontecimentos você precisa ter muita certeza do que você vai falar. Lula não estava a par de muitas das coisas da qual era acusado.

Como o quê, por exemplo?
Na história da chácara, o Lula não acompanhou em detalhes o processo de aquisição feito pelos amigos, nem sobre a reforma. Ele estava no governo e nós estávamos pressionando Lula a partir do penúltimo ano para que ele desse um destino para os bens que ele recebia no governo. O Lula, de longe, é o presidente que mais recebeu presentes e o acervo é imenso. Nossa preocupação era de como ia ser tratar aquele acervo porque o certo era ter uma fundação que tivesse condições de pegar todo esse material de todos os ex-presidentes e que faz parte da história do Brasil e colocasse no mesmo lugar. Só que a legislação diz que isso pertence ao ex-presidente e é de interesse público mas de propriedade privada. O que fez o Fernando Henrique? Ele pegou empresas e pediu doação para fazer o Instituto FHC. O Lula fez um Instituto Lula e pensava em construir um memorial da democracia. Nós estávamos fazendo essa pressão. Da mesma forma, a família estava pressionando para que ele tivesse algum espaço de descanso após a Presidência, mas ele dizia que discutiria isso depois. Foi nesse contexto que surge uma história de algum amigo comprar um espaço onde ele pudesse descansar e eventualmente guardar os presentes da Presidência. Foi aí que esses amigos tomaram uma iniciativa. Só que ele não foi informado adequadamente e no tempo certo de todo esse processo.

Mas ele não teve curiosidade para saber quem tocou a compra? Dona Marisa?
Foi um pool de amigos. Se ele teve curiosidade depois, eu não sei, não acompanhei. Houve um embaraço da parte dele, que eu concordo que não foi positivo, para poder dar uma explicação cabal de dizer que a chácara tinha sido comprada e mostrar os recibos. Foi feito uma reforma e alguém teve a ideia de pedir para um construtora ajudar para acelerar o processo, porque estava chegando o fim do ano e queriam dar esse presente para ele ter um lugar para descansar.

Quando Lula toma conhecimento de como foi toda operação, ele fica constrangido de admitir que tinha recebido presentes, é isso?
Primeiro porque ele não sabia quem tinha participado efetivamente, não era uma coisa explicitada na época. O negócio da torre da Oi eu nem sei, não posso falar, mas o da reforma, que teve a participação da Odebrecht, não foi o Lula que pediu. Até porque, é bom lembrar que, em 2010 e em 2011, não tinha a Lava Jato e não tinha essa conotação. E o Lula estava saindo do governo.

Mas quando as obras começaram o Lula ainda estava no governo.
Pois é, mas ele não estava participando dessa história, pois quiseram fazer uma surpresa pra ele. Eu concordo que faltou rapidez na resposta e concordo também que não foi adequado envolver uma empresa nessa questão. Agora, o que não pode é estabelecer esse nexo causal de crime entre a Petrobras e uma obra de reforma de um lago e de uma casa em Atibaia porque, se ele quisesse acumular dinheiro, ele teria feito como outros fizeram e não fez. O Lula passou a ganhar dinheiro fazendo palestras depois da Presidência. Qualquer empresa no Brasil e no exterior queria ouvi-lo. Não faz sentido, é ridículo. Ele que foi tão rigoroso com a gente, não se sujaria.

Não é inverossímil ele ir ao sítio pela primeira vez e não perguntar de onde veio? Não dá para dizer que ele não sabia.
Eu não posso dizer isso. Eu só disse que eu não acompanhei esse processo.

Ele tinha intenção de adquirir o sítio mais tarde?
Não tenho certeza, mas acho que seria provável.

E o tríplex?
Ele tinha comprado um apartamento lá atrás, aí a OAS quis inventar de fazer uma puta de uma melhora naquele apartamento para oferecer para ele como uma valorização daquele móvel. Ele me contou que foi lá um dia para ver se fechava o negócio ou não. A OAS queria agradá-lo, mas ele chega lá, olha pro mar, e diz: "isso aqui seria uma prisão, uma torre de marfim pra mim, uma prisão, eu nunca poderei atravessar a rua e ir para essa praia. Não quero", disse para Marisa. E o negócio não foi feito, graças a Deus, diga-se de passagem. Então, no caso do tríplex, é mais fácil a explicação porque não tem nada que vá comprovar essa acusação. É como se um cara me oferecesse um imóvel e me desse uma puta arrumada no imóvel para me agradar e eu chego lá e desisto de fazer, de exercer o direito de comprar. A chácara está em nome do Fernando e do Jonas e não tem nada que prove a acusação de que não são deles. Parte do acervo foi pra lá. Pelo amor de Deus, os dois pedalinhos, não vou nem comentar.

O Lula estava deixando de ser funcionário público e, ainda que ele não soubesse da operação do presente da casa, o transporte dos presentes da Presidência que foi pago por uma empreiteira também.
Mas o Lula não era mais presidente. Esse material saiu do Planalto e do Alvorada quando ele já era ex-presidente.

Ele não era mais presidente, mas era um quadro político com extrema influência sobre o novo governo. Afinal de contas, ele tinha eleito Dilma Rousseff. Não tem empresa nem no Brasil nem no mundo que agrade sem um interesse. Portanto, a empresa era movida por interesse e Lula aceitou.
Se ele tivesse aceito um tipo de presente dessa natureza como presidente da República, eu ficaria muito mal com ele, seria antiético. Agora, ele não sendo mais presidente, eu não posso pessoalmente, no meu critério, dizer que não acho legal, Ele pode ser influente o resto da vida, e vai passar o resto da vida sem poder receber nenhum tipo de presente? Eu não posso impor a ele aquilo que a lei permite. Se a lei dissesse que ex-presidente não pode aceitar nenhum tipo de presente, tudo bem. Mas a lei permite. O que a lei não lhe proíbe, não posso ter um padrão de exigência subjetivo meu para dizer "não, você não pode, porque você é ex-presidente e porque talvez você pudesse influenciar a Dilma".

O Lula foi conduzido até a polícia e você diz que a polícia foi até o Fernando Henrique? Não vi isso.
Eu li num blog ontem que trazia uma ata da PF mostrando isso, que a polícia foi até a casa do Fernando Henrique para colher o depoimento dele. Não estou reclamando que fizeram isso, eu estou achando que podiam ter feito com Lula o que eles já fizeram em outras condições. Mandaram uma comunicação e se combinou a data do depoimento.

Mas ele demorou sete meses para isso acontecer.
Um deles pode ser verdade, ter demorado mais, mas, no segundo, não, no segundo ele foi quando foi chamado. Eu não estou reclamando tratamento especial para ele, não. O ministro Marco Aurélio [STF] foi muito claro quando disse que a condução coercitiva é quando o investigado se recusa a se apresentar.

É uma diferença gritante de tratamento entre Lula e FHC! Uma diferença gritante que pede uma explicação. Tudo bem que o Fernando Henrique era chamado como testemunha, mas tinha que ter dado uma isonomia não só em relação a Fernando Henrique mas a qualquer cidadão. O que eles fizeram com o Fernando Henrique, a meu juízo, é correto, pois não o constrangeram e não expuseram publicamente. Fizeram uma gentileza pelo fato de ele ser ex-presidente da República. Eu nem estou dizendo que a polícia precisava ir na casa do Lula, era só fazer uma intimação e o Lula compareceria. Porque não fizeram com Lula isso? Vou te falar uma frase que o Lula me disse na quinta: 'Gilbertinho, põe na tua cabeça. Eu vou ser preso ou vão fazer a minha condução coercitiva porque, do contrário, a Lava Jato não tem sentido. Ela foi moldada nessa perspectiva. Então, Gilbertinho, tire da cabeça que eu não sofrerei algum tipo de constrangimento porque eles fizeram tudo isso para chegar a mim. Então, não tem como eu não ser levado'. Eu só não imaginava que isso seria no dia seguinte.

Isso foi na véspera da Operação?
Um dia antes. Passei no Instituto para me reunir com Luiz Dulci sobre uma questão do movimento sindical para combater o desemprego, e o Lula estava lá. Tomei um café rápido com ele e perguntei como ele estava e tocamos na Lava Jato.

Existia no começo da Lava Jato uma máxima de que não teriam coragem de levar Lula preso. A operação de sexta parece ter derrubado essa máxima. O que veremos o que nos próximos dias nas ruas?
Eu não quero falar nesse hipótese, espero sinceramente que não aconteça. Eu só espero que eles não brinquem com fogo. A tese que eles desenvolveram é a tese de que o Lula é uma estátua de gelo, que basta você encostar perto do fogo que ela vai derreter. Essa foi a tese que eles seguiram, na expressão de um cara deles, que eu fiquei sabendo. Então, eles tentaram desmoralizar o Lula, primeiro isolando-o da massa para depois chegar nele. Na sexta ficou evidente que isso não é tão simples assim. Mas o problema não é esse. A polícia não pode ser conduzida pelo princípio de que eu prendo ou não prendo pelo que ele fez ou deixou de fazer, mas sim pelo medo que eu tenho de uma convulsão. Isso é um absurdo. Espero que haja o bom-senso e de que a Lava Jato volte ao seu leito natural de combater a corrupção real e deixe de fazer teatro, que as delações premiadas deixem de ser instrumento de perseguição de parte de um partido político. E digo mais, se a delação da Andrade Gutierrez for direcionada apenas contra o PT, esse escândalo vai ser insuportável, porque vai ser a confissão final de que a lava jato é dirigida contra o PT. Pois todo mundo sabe que a Andrade Gutierrez é a casa do senhor Aécio Neves, é quem banca o Aécio. Então, se houver isso, vai ser uma loucura. Por isso espero que volte a ser um instrumento de combate à corrupção. Esperamos que cessem os vazamentos criminosos e a espetacularização. Queremos uma investigação séria, científica, sem preconceito. Não pode isso de que o cara roubou, conta duas ou três coisas e é perdoado no tempo de prisão e na questão financeira. É esse o combate à corrupção que nós vamos ter no país? Não pode, eu não quero acreditar nisso.

O que acua mais o PT, a Lava Jato ou a economia?
O povo está preocupado com emprego. Eu começo a ver o fastio das pessoas. Eu não esqueço quando, no mensalão, cheguei no meu gabinete e Lula estava lá, sentado esperando. Quando entrei, ele me deu um abraço e disse: "Gilbertinho, eu vou viajar, quero que você ponha na cabeção uma coisa: o que eles querem é que a gente pare de trabalhar. Vamos trabalhar, vamos fazer economia crescer, pois quando passar esta espuma, o povo vai perceber que nós trabalhamos e que a vida do povo começou a melhorar, o resto desaparece". Foi o que aconteceu. Agora eu digo a mesma coisa. O problema principal da Lava Jato é que ela está prejudicando profundamente a economia. O que eu acho que é pior pra nós, de fato, é a economia. Porque se a economia voltar, tiver respiro de crescimento, a Lava Jato vai ficar no seu lugar. O que preocupa é muito mais a economia, mais do que a Lava Jato.

Todos os relatos das pessoas do grande e do baixo clero que trabalham no governo são de que o governo está completamente paralisado. O governo Dilma não consegue se desvencilhar da paralisação. Parece que parou.
Eu te confesso que essa é a minha preocupação central. Eu não estou no governo, eu não tenho elementos para avaliar, mas o que mais me preocupa, de longe, é esta questão da economia. Eu penso que nós precisamos trabalhar e isso é muito difícil porque este clima não ajuda em nada. Tem que ter um processo de repactuação neste sentido ou vamos entrar num processo gravíssimo para o país.

Você diz repactuar com qual agenda?
Com o mundo empresarial, com o mundo político mesmo. Eu acho que é hora de chamar governadores e mesmo a oposição, e o governo deve propor. Porque, nesse caso, quem sinaliza uma proposição, um pacto, não é o mais fraco, é o mais nobre, é o que tem mais condição de ver que acima de tudo está o interesse do país. Precisamos salvar o essencial.

Você acha que a Dilma está livre do impeachment?
Eu não acredito na possibilidade do impeachment enquanto as instituições estiverem funcionando, porque eu não vejo base nenhuma para o impeachment, nem mesmo base para um julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Eu acho que a Dilma vai até 2018. Eu não posso ser ingênuo e achar que o impeachment acabou. Acho que é um erro da oposição, porque ela não contribui, ela ajuda a fragilizar muito o governo. O governo tem que virar esta agenda. Quando você está muito sitiado é que precisa tomar uma iniciativa.

Foro privilegiado para ex-presidentes. Você acha que com o que aconteceu na sexta é o momento discutir isso?
Não. Acho que não.

Para não parecer casuísmo?
Não é para não parecer casuísmo. O foro privilegiado tem que pertencer a quem está exercendo algum mandato pra que ele não fique ao léu à disposição de qualquer juiz de primeira instância. Mas quem não está no governo não vê razão nenhuma para isso. O próprio Lula concorda porque nunca aceitou a hipótese de virar ministro para ter foro privilegiado. Eu não vejo razão.

O PT e a Dilma estão cada vez mais distantes e a presidente tem sido aconselhada a sair do PT. O que você acha disso?
A Dilma não vai sair do PT. Eu não consigo imaginar de maneira alguma isso. Não pode ser visto como uma crise. Se o partido discorda da política econômica do governo, está na opção dele, criticando. O governo recebe enorme pressão dos setores conservadores todos os dias. Se, do outro lado, não tiver ninguém pressionando, o governo vai ser cada vez mais conservador. Sempre fui favorável à pressão dos movimentos sociais porque é a forma que nós temos de equilibrar o governo. Os nossos ministros recebem todos os dias empresários, mas têm enorme dificuldade de receber movimentos sociais. Mesmo o governo Lula, mesmo o governo Dilma. Então, acho que está correto o partido fazer as críticas que têm que fazer. Elas têm que ser recebidas com naturalidade pelo governo, pela presidente, e o partido tem que entender que ele não pode querer mandar no governo, ele pode influenciar, mas ele não tem que mandar no governo. Então, eu não acho que a Dilma saia do do PT, até porque a sobrevivência dela estaria muito ameaçada se ela saísse do PT. Seria uma ilusão achar que ela faria o movimento feito por Marta Suplicy, que iria sobreviver apoiada por setores que só querem vê-la fora do governo. Acho que ela tem uma ligação com o presidente Lula que é muito mais profunda ainda.

O que acontece se a presidente não mudar sua agenda econômica?
Não quero pensar nessa hipótese. O conflito com o partido evidentemente se acentuaria. A base que a sustenta hoje não terá condição de segui-la sustentando, mesmo querendo. Os movimentos sociais demonstraram a maior maturidade nos últimos tempos na relação com o governo, pois mesmo tendo uma agenda absolutamente adversa, as iniciativas do governo nos últimos tempos têm sido quase toda contra os interesses da maioria dos trabalhadores. Os movimentos tiveram a maturidade de distinguir a crítica à política econômica do governo da necessidade de manter a legalidade e ser contra o impeachment. Daqui para frente, se continuar numa situação em que a economia vai mal e os direitos sociais, tolhidos, qual trabalhador ou sindicalista vai para porta de fábrica defender um governo com o índice de desemprego imenso? Qual morador, qual agente do movimento social de moradia vai poder defender se pararem os benefícios de moradia para o povo? Por isso que eu espero sinceramente que a presidente Dilma leve em conta a necessidade de buscar saídas na economia que retomem o investimento e o emprego.

Essa condução coercitiva do Lula levará a uma radicalização muito forte nas ruas?
Vai depender, a meu juízo, do comportamento da PF, do Ministério Público e do Judiciário. Se houver um reequilíbrio e ficar claro que a Lava Jato busca combater a corrupção, não o Lula, acho que a sociedade vai compreender. Mas, se continuar tão explicitamente como foi demonstrado na sexta e em outras ocasiões, esse direcionamento persecutório de uma força política de um líder, como é o caso do Lula, aí eu temo muito por um processo que nos leve ao que acontece na Venezuela, porque você vai levar ao processo de justiçamento, de justiça com as próprias mãos, e haverá um ódio progressivo. Não foi nada bom o que ocorreu na sexta, as manifestações à tarde. Estou convencido de que pode ocorrer no dia 13, mas temos que ter maturidade de não insuflar ou estimular esse tipo de manifestação. Temos de buscar o contrário, buscar o entendimento e a paz.

Fonte: Folha.com

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Crato (CE): Serviços do Programa Bolsa Família são estendidos para os usuários

Visando a descentralização dos atendimentos do Programa Bolsa Família/Cadastro Único em Crato, a população usuária do programa e residentes nas adjacências dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) Gisélia Pinheiro, Muriti e Seminário agora podem buscar o atendimento dentro dos referidos CRAS.

O objetivo da gestão municipal é levar o atendimento ao usuário em seu território.

Vale salientar que a sede do Programa Bolsa Família continua atendendo de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 13h. Posteriormente, os CRAS da Vila Alta e Alto da Penha também serão beneficiados com esse projeto de expansão.

A sede do Bolsa Família do município do Crato fica localizada na Rua Nossa Senhora de Fátima, 115, no bairro Pimenta.

Assessoria de Imprensa/PMC

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Ações de segurança reduzem homicídios pelo 4º mês consecutivo no Cariri

A Polícia Militar registrou redução no índice de homicídios pelo quarto mês consecutivo na Região do Cariri. Desde novembro do ano passado, o número de crimes contra a vida tem diminuído de forma ininterrupta até fevereiro deste ano.

Nos últimos quatro meses foram registrados 95 homicídios, uma redução de 21%, comparada ao mesmo período do ano anterior quando foram contabilizados 121 crimes dessa natureza na Área Integrada de Segurança 11 (AIS 11).

De acordo com o comandante do 2º BPM, Tenente Coronel Paulo Hermann Fernandes, diversos fatores contribuíram para esse resultado. Desde que assumiu o comando da unidade em março de 2015, diversas estratégias de policiamento foram desencadeadas durante o ano visando melhorar a qualidade da segurança pública na Região do Cariri.

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Comissão aprova realização de testes da fosfoetanolamina em humanos

A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Conselho Nacional de Saúde (Conep) informou ao G1 nesta terça-feira (8) que o protocolo de pesquisa com a fosfoetanolamina sintética foi aprovado. O parecer era necessário para o início da pesquisa anunciada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que informou ainda não ter sido comunicada oficialmente.

Distribuída pela USP de São Carlos por causa de decisões judiciais, a fosfoetanolamina é alardeada como cura para diversos tipos de câncer, mas não passou por testes em humanos, por isso não é considerada um remédio. Ela não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e seus efeitos nos pacientes são desconhecidos.

Segundo a Conep, o protocolo foi aprovado na última sexta-feira (4) com uma recomendação, de retirar a limitação proposta ao ressarcimento de transporte e alimentação para os participantes nos dias de visita. Também ficou estipulado que a pesquisa será acompanhada pelo Comitê de Ética da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

"É uma questão simples que pode ser resolvida em poucos dias e não atrapalhará o início da pesquisa em abril, conforme proposto. O protocolo tramitou três vezes na Conep até a aprovação e o tempo total somado na Conep foi de quinze dias", informou Jorge Alves de Almeida Venancio, coordenador da comissão que tem como principal atribuição o exame dos aspectos éticos das pesquisas que envolvem seres humanos.

O laboratório PDT Pharma, que vai sintetizar o composto para os testes clínicos no Estado, informou que aguarda a chegada de equipamentos específicos e que espera iniciar a produção na última semana de março.

Estudo clínico
A pesquisa será coordenada pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e envolverá outros três centros públicos de saúde no Estado, com investimento estimado pelo governo em R$ 5 milhões.

Segundo Secretaria de Estado da Saúde, na primeira fase, serão avaliados 10 pacientes para determinar a segurança da dose que vem sendo utilizada na comunidade. Após essa primeira etapa, caso o composto não apresente efeitos colaterais graves, a pesquisa prosseguirá com até mil pacientes.

A pasta disse nesta terça-feira (8) que ainda não tem informações sobre o processo de seleção de interessados em participar dos testes.

Ministério
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que em articulação com o Ministério da Saúde também está realizando pesquisas com o composto, informou que os ensaios pré-clínicos continuam.

"A estimativa é de que, após a finalização dos ensaios pré-clínicos, o que possivelmente ocorrerá no 2° semestre de 2016, já poderão ser iniciados os testes clínicos de fase I em humanos, caso os estudos pré-clínicos demonstrem que o composto é seguro", afirmou a assessoria de imprensa da pasta.

Pelo plano de trabalho do ministério, os testes pré-clínicos e os estudos clínicos de fase I devem ser executados pelo Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará (NPDM/UFC) e pelo Centro de Inovação de Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP).

"As análises estão transcorrendo conforme o cronograma inicial", disse o ministério. "Neste sentido, está sendo finalizado o primeiro relatório das atividades realizadas pelos laboratórios e o mesmo será publicado, possivelmente ainda no primeiro trimestre, no website dedicado à fosfoetalonamina", completou.

Fonte: G1

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Crato (CE): Curso de maquiador é ofertado para beneficiários do Programa Bolsa Família

Em parceria com o SENAC, o Governo do Crato, através da Secretaria Municipal do Trabalho e Desenvolvimento Social (SMTDS), informa sobre a realização de um novo curso de maquiador, que será realizado na sede do Programa Bolsa Família/Cadastro Único, para pessoas beneficiárias do programa.

O curso será executado pelo SENAC, firmando assim mais uma parceria entre essa instituição e o Município do Crato, por meio da SMTDS. As inscrições podem ser realizadas na sede do Bolsa Família, que fica localizada na Rua Nossa Senhora de Fátima, 115, no bairro Pimenta. O curso terá 160h, terá início no dia 14 de março, será de segunda a sexta, das 8h às 12h, e acontecerá na sede do Bolsa.

Para o curso, é necessário o seguinte pré-requisito: só poderão participar pessoas a partir dos 16 anos; com escolaridade a partir do ensino fundamental II incompleto. Para a inscrição, serão necessários os seguintes documentos para a inscrição: xerox do RG, CPF, comprovante de endereço e comprovante de escolaridade. Em caso da pessoa ser menor de idade, incluir a xerox do RG e do CPF do responsável. O curso é gratuito.

Assessoria de Imprensa/PMC

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Instituto Lula abre sede para mostrar "estragos" da operação da PF

A equipe do Instituto Lula decidiu abrir as portas da casa onde fica o setor administrativo, financeiro e de comunicação da entidade para mostrar os "estragos" deixados no prédio após as ações de busca e apreensão conduzidas pela Polícia Federal na última sexta-feira (4) quando foi deflagrada a 24ª fase da Operação Lava Jato.

O prédio foi um dos alvos da ação, onde a PF apreendeu documentos e computadores. A ação de abertura da casa para a imprensa faz parte da estratégia de comunicação traçada pela direção do instituto com o ex-presidente, de aproveitar o momento de avaliação de que a Lava Jato e o juiz Sérgio Moro teriam exagerado ao conduzir Lula a força para depor.

O entendimento é que abre-se uma brecha com a opinião pública para mostrar que Lula e o PT são vítimas de uma operação usada politicamente. Celso Marcondes, diretor do Instituto Lula, classificou a ação da PF de "desnecessária" e disse que a equipe do instituto ficou "absolutamente indignada" com o caráter da ação na sede da instituição. "Nossa privacidade foi devassada", afirmou.

Dentro do prédio, Marcondes mostrou a jornalistas documentos revirados, caixas onde ficavam documentos e acervo do ex-presidente rasgadas e até uma porta arrombada, que dá acesso à sala do setor administrativo e financeiro. "Aquela porta arrombada foi um absurdo, é a sala do administrativo e do financeiro e a única sala daqui que fica trancada, mas a chave fica com uma das moças, então ninguém pediu a chave, arrombaram, foi completamente desnecessário aquilo", afirmou.

"Não tinha absolutamente nenhuma necessidade de fazer uma operação com 200 homens, usar toda essa violência, truculência, essa demonstração de força." O diretor disse ainda que o juiz Sérgio Moro fez um "mal" ao país ao autorizar a condução coercitiva de Lula. "O Moro fez um mal para o país, porque acho que os ânimos hoje estão muito mais acirrados. Se havia um clima de divisão, de acirramento, de ódio, acho que depois de sexta-feira jogaram gasolina na fogueira."

Marcondes pontuou que Lula já prestou três depoimentos ao Ministério Público Federal, com horário marcado. Em outubro, o ex-presidente falou sobre palestras pagas por empreiteiras, em dezembro depôs no âmbito da Lava Jato e, em janeiro, na Zelotes. Em fevereiro, Lula conseguiu adiar um depoimento que daria ao Ministério Público paulista, em processo conduzido pelo promotor Cássio Conserino sobre o tríplex no Guarujá. O diretor do instituto destacou a diferença dessa situação.

"Lula já prestou três depoimentos com data e hora marcada, para o Ministério Público Federal. Ele não prestou o quarto, para São Paulo, pro procurador Conserino, porque (o processo) estava cheio de irregularidades, mas está pronto e disposto para fazer todos os depoimentos necessários."



Fonte: Estadão Conteúdo

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Caixa vai financiar até 70% do valor de imóvel usado

Na tentativa de estimular o financiamento imobiliário, a Caixa Econômica Federal anunciou, ontem (8), uma série de medidas de crédito. Menos de um ano depois de ter reduzido o teto do financiamento de imóveis usados para 50%, o banco resolveu aumentar o limite para 70%. Em abril de 2015, quando a Caixa anunciou a redução da cota, o teto era de 80%.

Segundo a presidente da Caixa, Miriam Belchior, este é o fator que mais impacta a demanda de habitação. Miriam ressaltou que a elevação da cota induz a demanda por imóvel novo.

Segunda unidade
A Caixa vai também passar a financiar a compra de um segundo imóvel, nas mesmas condições utilizadas para financiar o primeiro. Dessa forma, o cliente poderá ter dois imóveis financiados ou mais tempo para vender o primeiro, destacou a presidente da Caixa Econômica.

Em agosto do ano passado, a Caixa havia vetado novos empréstimos a clientes que já tinham um imóvel financiado.

Mais recursos
A presidente da Caixa afirmou que, com todas as medidas anunciadas nessa terça-feira, deve haver uma elevação de 13% dos recursos destinados ao crédito à habitação, ou R$ 16,1 bilhões, recursos que serão distribuídos no País de acordo com a demanda de cada unidade federativa. Com isso, a Caixa estima o financiamento de 64 mil unidades adicionais em relação ao que foi financiado em 2015. Ela comentou ainda que a Caixa está se preparando para ter mais eficiência e que, nesse sentido, o banco tem cortado custos.

Cota pelo SFH
O vice-presidente de Habitação da Caixa, Nelson Antônio de Souza, explicou que a instituição financeira elevou a cota de financiamento do imóvel usado pelo sistema de financiamento habitacional (SFH) de 50% para 70% para clientes do setor privado e para imóveis de até R$ 750 mil. Para setor público, cota foi elevada de 60% para 80%. Os imóveis usados financiados pelo Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), acima de R$ 750 mil, em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, e de R$ 650 mil nos demais Estados, como o Ceará, passarão a ser financiados em 60%, dos atuais 40%, para o setor privado. Para o setor público, a cota passou de 50% para 70%.

Novos
Segundo Nelson Antônio de Souza, dos R$ 16,1 bilhões em funding habitacional aos quais o banco terá acesso em 2016 por meio dos recursos liberados pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), R$ 7 bilhões serão para a linha Pró-Cotista, R$ 6,7 bilhões para os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e R$ 2,4 bilhões para a linha de operações especiais - destinados à construção civil para produção de imóveis novos de até R$ 500 mil para pessoas físicas.

O Pró-Cotista é uma linha de recursos direcionada ao financiamento de imóvel residencial em áreas urbanas, exclusiva para contas vinculadas ao FGTS, com juros mais baixos.

Souza disse que os R$ 7 bilhões para a alinha Pró-Cotista serão divididos em tranches, sendo R$ 3,45 bilhões para a aquisição de imóveis de até R$ 225 mil; R$ 2,929 bilhões para compra de imóveis de até R$ 500 mil; e R$ 630 milhões para compra de imóveis de até R$ 750 mil.

Ele pontuou que basicamente a Caixa Econômica Federal trabalha com o sistema de amortização SAC, sendo poucos os financiamentos concedidos com base no sistema Price, enquanto os créditos concedidos ao setor público são a taxas inferiores às praticadas no setor privado.

Nas operações especiais, Souza disse que serão atendidas grandes médias e pequenas construtoras e que a taxa efetiva a ser praticada deve ficar em 8,84% ao ano somada à TR, enquanto a nominal situar-se em 8,50% ao ano mais a TR.

Fomento
Souza destaca que as medidas anunciadas visam fomentar a cadeia da indústria de construção como um todo. Nesse sentido, a retomada do financiamento do segundo imóvel é muito importante. Souza disse também que as decisões tomadas pelo FGTS voltadas à liberação de recursos para financiamento habitacional vêm ao encontro da necessidade de funding do sistema e da Caixa, que caíram em consequência da desaceleração da poupança.

"2015 já foi difícil para o funding e tivemos de estruturar outras formas para continuar emprestando", disse. Ele destacou que, por exemplo, em termos de captação por meio das Letras de Crédito Imobiliário, a Caixa já atingiu seu limite. "Acreditamos que as medidas atendem à necessidade de funding da Caixa e, por outro lado, por meio disso, podemos manter a participação no crédito habitacional", disse.

Fonte: Diário do Nordeste

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Crato (CE): Samuel Araripe gastou R$ 15 milhões com lixo

A gestão do ex-prefeito Samuel Araripe (PSDB), em Crato, gastou mais de R$ 15 milhões com limpeza e conservação de ruas e avenidas, durante os quatro anos do seu segundo mandato à frente da Prefeitura (2009 – 2012). O valor chama atenção por ser maior que o utilizado por municípios maiores, como o vizinho Juazeiro do Norte, que gastou cerca de R$ 10 milhões.

A informação é do Portal da Transparência do Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCM), que revela outras situações consideradas graves.

Segundo as informações prestadas pela própria administração de Samuel, houve aumentos vertiginosos nos repasses feitos pela Secretaria de Infraestrutura, responsável pela contratação, no ano de 2012, último da gestão.

Segundo o Portal da Transparência, em comparação com 2011, houve um acréscimo de 100% nos valores pagos a empresa responsável em 2012. O agravante é que 2012 foi ano eleitoral, o que deixa margem para suspeita de uso da máquina pública com benefício eleitoral. Segundo dados apresentados na prestação de contas do ano em questão, não houve justificativa para o acréscimo.

Em 2011, a gestão de Samuel Araripe pagou R$ 1.604.301,86, em 38 pagamentos, repassados à empresa “NRG Construções Ltda.”. Em 2012, a mesma empresa recebeu R$ 3.227.166,08, em 58 pagamentos, para executar o mesmo serviço. A empresa era responsável por fazer a coleta de lixo domiciliar e comercial das áreas urbanas.

Nos anos anteriores, a empresa “Ripax Serviços de Mão de Obra Ltda.”, responsável pela coleta, recebeu mais de R$ 2,5 milhões. Foram 21 pagamentos em 2009 - totalizando R$ 1.669.382,50 - e 18 empenhos em 2010 - totalizando R$ 893.394,22 - para efetuar o mesmo serviço de coleta.

Valores bem aproximados foram praticados para fazer a conservação das ruas e avenidas pertencentes ao Município. Foram pagos mais de R$ 7,6 milhões (R$ 7.672.853,95), somente com capinação, nos quatro anos de gestão de Samuel. Neste caso, a empresa “Construtora Hidros Ltda.” foi a única beneficiada.

A Construtora Hidros Ltda. teve seu contrato aditivado seis vezes e recebeu valores que variaram entre R$ 1 milhão (R$ 1.040.258,80), em 2009, e R$ 2,9 milhões (R$ 2.913.943,37), em 2011. No Portal da Transparência, a Prefeitura justifica os gastos apenas como serviços de conservação.

Documentos presentes na Prefeitura atestam que, em ambos os casos, as empresa contratadas foram beneficiadas com o uso de equipamentos, como caminhões coletores e caçambas, e mão de obra de garis pertencentes à estrutura da máquina administrativa.

Tentamos contato com o então secretário de Infraestrutura, José Muniz, que não atendeu as ligações telefônicas. O ex-prefeito Samuel Araripe e o chefe de Gabinete, Davi França, não foram encontrados para comentar o assunto.

Fonte: Jornal do Cariri

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Alckmin diz que só manifestação contra Dilma poderá ocupar a Paulista no dia 13

Em entrevista à Jovem Pan, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin fala que a segurança estará garantida nas manifestações do dia 13/03: “Todas as medidas estão sendo tomadas. Havia uma solicitação para ter outra manifestação no sentido contrário e nós dissemos que no mesmo local não pode. Esse pleito a favor do impeachment, contra a corrupção, já estava agendado há mais de um mês. (...) É direito constitucional a liberdade de manifestação, de expressão, e é dever do poder público garantir a tranquilidade à manifestação da população”.

Com as investigações da Polícia Federal em relação ao ex-presidente Lula, Alckmin comenta: “O Lula não devia usar subterfúgios para fugir da Justiça, temos que dar o exemplo. As instituições cumprem seu papel e todos são iguais perante a lei. Quem foi presidente, governador, prefeito tem até mais responsabilidade, dever que o cidadão comum, porque conhece a lei”.

Sobre o anúncio do fim da crise hídrica, o governador garante que a pressão já foi regularizada em todos os lugares e que com as novas obras é esperado que nenhuma outra crise ocorra: “Quando nós dissemos que passou o estresse hídrico, a chamada crise, é porque nós regularizamos a pressão. A válvula reguladora de pressão voltou ao nível normal anterior a crise. Tínhamos nessa mesma época, dia 08/03, praticamente 6% nos reservatórios de São Paulo. Hoje já passamos de 40%. (...) Ano que vem entra em operação o novo sistema de água que é do São Lourenço. Estamos trazendo 6,4 m³/s do rio São Lourenço, água nova para São Paulo, o que equivale a mais de 2 milhões de pessoas. Também ano que vem, a ligação do Paraíba com o Cantareira, que pode chegar a 8m³/s além do rio Itapanhaú. (...) Ficaremos com um sistema bastante robusto e preparado para essas mudanças climáticas, quando tem seca tem muita seca, e quando chove também é de maneira intensa”.

Alckmin também elogia e agradece a população que manteve o consumo moderado de água: “A população não aumentou o consumo, manteve a cultura de não desperdiçar. (...) São pequenos atos que foram incorporados evitando o desperdício e trazendo o uso racional da água”. Sobre a questão do ônus e bônus do consumo, que premia a redução e sobretaxa o consumo acima da média, o governador falou que quem encerrará as cobranças será a Arsesp, que é a agência reguladora.

O governador afirmou que deve ir à Brasília nesta terça-feira (08/03) para discutir sobre as dívidas do estado e o novo indexador. Ele explica a dimensão e o absurdo dos juros cobrados pelo governo federal: “O governador Mário Covas em 1997 renegociou com o governo federal R$ 46,5 bilhões (...) e deu o Banespa, o Ceagesp, a Fepasa, a Comgás , a CPFL, a Eletropaulo, a CESP distribuição, pagamos em dinheiro R$ 145 bilhões e devemos R$ 220 bilhões. Esse é o Brasil, país de rentistas”.

Fonte: Jovem Pan

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Juazeiro do Norte (CE): Artistas se unem para criação da Central de Artesanato

Uma proposta de construção da Central de Artesanato no Cariri (Ceart - Cariri) será repassada ao governo do Estado. O projeto do prédio foi planejado com inspiração para a cobertura no chapéu do Padre Cícero. O coordenador do Centro de Artesanato de Juazeiro, Francisco Correia Lima, o Francorly, que é xilógrafo e tem sido um articulador do segmento na região, afirma que a proposta será endossada por vários artesãos da região. Na semana que passou, cerca de 200 pessoas do segmento tiveram seus trabalhos certificados pela Ceart, entregues durante o II Seminário do selo Ceart.

Um cadastramento dos artistas está sendo realizado para embasar mais o projeto. Atualmente, são cerca de 1.800 na região, e pelo menos 1.000 deles estão na "Terra do Padre Cícero", reunidos por meio de associações e centros espalhados pela cidade, a exemplo do Centro de Cultura Popular Mestre Noza e Associação dos Artesãos da Mãe das Dores e do Padre Cícero.

Por conta desse grande número de artesãos na cidade, Francorly disse que o projeto será entregue ao Governo, que já tem o conhecimento desse potencial e solicitou um embasamento maior para mostrar a viabilidade para a região.

Viabilidade
Segundo Francorly, há total condição para que essa central seja construída em Juazeiro, pela grande demanda de trabalhos de artistas, com diversas tipologias e técnicas a serem apresentadas para os turistas que vêm à região, além de ser um espaço onde os trabalhadores do segmento poderão estar reunidos. Ele explica que atualmente muitos sequer têm onde comercializar o seu produto. Além disso, seria uma oportunidade de fortalecimento dessa cadeia.

"É muito importante para nós e vai melhorar ainda mais a procura por turistas", diz, ao destacar, também, a importância dos primeiros artesãos da região estarem recebendo o Selo da Ceart. Para ele, uma peça com a qualidade abalizada, já traz consigo uma referência importante, por atender critérios de elaboração e produção.

Demandas
Para Francorly, Juazeiro do Norte é uma referência para o mercado do artesanato em todo o Nordeste, com trabalhos de artistas que saem com frequência da região para mercados da Europa, Sul e Sudeste do Brasil. São artigos e obras de arte que incluem técnicas diferenciadas, segundo ele.

A presença da Ceart no Cariri será um dos espaços importantes, conforme o coordenador, para escoar a produção dos artistas locais e, quanto mais houver esses locais de comercialização e valorização dos trabalhos, melhor ainda. "Temos as associações espalhadas por bairros e Centro, e, se for concentrado em um só local, vai facilitar para que o turista vá até esse ponto", enfatiza o artesão.

Apoio
Francorly afirma que o governador Camilo Santana pediu que fosse feito levantamentos para mostrar a viabilidade da Ceart. O modelo do espaço não poderia ser diferente, trazendo a lembrança de quem iniciou o processo de valorização dos artesãos, o Padre Cícero. "Se demonstrarmos que aqui tem condições, ele irá nos apoiar. Isso é o que esperamos", acrescenta.

A presidente da Comissão de Curadoria da Ceart, Angélica Freitas, proferiu palestra aos artesãos do Cariri durante o seminário, realizado na última quarta e quinta-feira. Ela abordou principalmente os critérios para certificação. Nesse primeiro momento, para que haja a autenticação do produto, é necessário, inicialmente, separar a obra de arte do produto artesanal. Isso, pelas próprias características apresentadas. Uma obra de arte popular tem uma característica de criação livre, onde cada produto é diferente um do outro. Angélica ainda ressaltou que a escolha pelo selo é totalmente voluntária, mas destacou que os produtos para serem comercializados pela Ceart devem estar certificados. Essa será uma forma, segundo Francorly, de o próprio artesão ter mais esmero e estímulo para produzir.

A abertura do seminário, inaugurado no Centro de Artesanato, foi realizada com a presença da primeira-dama do Estado, Onélia Leite. Ao fazer a entrega dos primeiros certificados a artesãos do Cariri, ela abordou o encontro como fortalecimento das ações pelo artesanato no Estado. "A presença do artesão demonstra a confiança no trabalho, ao ressaltar o impacto econômico e social segmento no Ceará", afirma. Ela ressaltou melhorias, com a redução de ICMS, a conquista do selo, que vem agregar valor ao produto, além de investimentos em R$ 4 milhões para cursos de capacitação, além de feiras.

A artesã Isabel Maria Silva, da Associação Xique-Chique destacou a importância do apoio que tem sido dado para a valorização do produto. "É uma oportunidade de fortalecimento diante das dificuldades que temos encontrado atualmente. Com isso, o artesão volta com força para trabalhar", afirma.

A coordenadora do Programa de Desenvolvimento do Artesanato do Ceará, Amanaci Diógenes, disse que o evento traduz concretamente implantação do selo, que significa uma importante conquista e abrirá caminhos, com uma segurança real de atuação do artesão. Segundo a coordenadora estadual, será realizado um trabalho com representantes da região do Cariri, no sentido de estabelecer prioridades para 2016, por meio de planejamento.

Mais informações
Centro de Cultura Popular
Rua Tabelião João Machado, S/N
Bairro Santa Tereza
Juazeiro do Norte
Telefone: (88) 9881-93980

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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Crato (CE): Centro de Referência da Mulher realiza debate com trabalhadoras rurais de Santa Fé

Com o objetivo em combater a violência contra a mulher, o Centro de Referência da Mulher do município do Crato, em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher Cratense, realizou no domingo, 6 de março, reunião com as trabalhadoras rurais do distrito de Santa Fé.

Na ocasião, foram debatidos temas envolvendo os direitos das mulheres, o que fazer em caso de violência doméstica, quais os órgãos devem ser procurados no caso de acontecer qualquer tipo de violência contra a mulher, seja ela física ou psicológica.

A ação faz parte da programação em alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no próximo dia 8 de março, e que, durante este mês, serão realizadas outras atividades, bem como rodas de conversas, palestras, caminhadas, panfletagem, entre outras.

Assessoria de Imprensa/PMC

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