Paulinho da Força discute em aeroporto e joga dinheiro para mulher

O deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), foi protagonista de um bate-boca com uma dona de casa no aeroporto de Brasília nesta terça-feira (30). No desentendimento, Paulinho chegou a jogar notas de dinheiro contra a interlocutora. As imagens foram publicadas em redes sociais.

No vídeo, a responsável pela filmagem acompanha o deputado na área de desembarque do aeroporto, onde ele estava acompanhado de um assessor e do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Edifícios e Condomínios de São Paulo (Sindifícios), Paulo Ferrari.


"Vamos filmar bem os traidores, porque vai ter preço depois", diz a mulher, não identificada pelas imagens, fazendo referência ao apoio dado pelo parlamentar ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Traidor? Traidora é você, ladrona (sic)", rebate Paulinho. "O senhor está me chamando de ladrona? O senhor está me chamando de ladrona? De onde o senhor tirou isso, que eu sou ladrona?", argumenta a mulher.

"De onde você tirou que ele é traidor? De onde você tirou que ele é traidor?", pergunta um dos dois homens que acompanham Paulinho do desembarque.

"O que eu já te roubei? O que eu já te roubei para você me chamar de ladrona? Qual o esquema? Eu sou uma mãe de família, uma dona de casa, não estou roubando para ninguém. Eu estou lutando para os nossos direitos", rebateu a mulher que filma.

"Você está roubando o Brasil junto com a Dilma", argumenta Paulinho, já dentro de um carro sedã preto. Incomodado, o deputado então joga duas notas de R$ 10 para fora do carro, em direção à mulher.

"Toma um dinheiro. O dinheiro aí, ó", diz Paulinho. "Acabou a boquinha", completa, enquanto o carro vai embora do local.

Em comunicado oficial divulgado pelo Solidariedade nesta quarta-feira, o deputado afirmou ter dito "o que acredita" à mulher no aeroporto. Na nota, ainda faz duras críticas ao PT e à Dilma.

"Quero esclarecer a essa pessoa e ao povo brasileiro que os verdadeiros traidores são a Dilma e o PT, que usaram o dinheiro público e o voto da população para enriquecer", diz a nota.

"Quem acompanha de perto a política sabe que há denúncias de que os governistas estão pagando pessoas para protestar contra o impeachment e constranger deputados da oposição. Este também pode ser o caso do vídeo, pois a mulher que me perseguiu estava no aeroporto já com o objetivo de criar confusão, como fica claro nas imagens", acrescenta Paulinho.

"Dilma e o PT estão roubando o Brasil e quem os defende está ajudando esse governo a continuar a roubalheira. Foi isso o que afirmei à mulher no aeroporto, por ser o que acredito", completa a nota, agradecendo "ao povo brasileiro pelo apoio".

Fonte: UOL

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Enquanto impeachment de Dilma avança rapidamente, cassação de Cunha é protelada

"Se isto fosse uma corrida de Fórmula 1, nós estaríamos em um carro pilotado pelo [Rubens] Barrichello", admitiu o presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PR-BA), em sessão nesta terça-feira. O conselho estava reunido para receber a defesa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), um dos poucos presentes à reunião, fez seu contraponto: "Se aqui somos Barrichello, a comissão do impeachment avança como o [Ayrton] Senna".

A ironia de Alencar reflete a crise política crônica brasileira deste momento. O processo que pode resultar na cassação de Cunha por ter mentido sobre contas no exterior durante a CPI da Petrobras está no mesmo ponto do que aquele que pede o impeachment da presidenta Dilma Rousseff por ter cometido manobras fiscais. Com a diferença que o de Cunha começou a ser debatido em outubro do ano passado, e vem sendo postergado por uma série de manobras de aliados do deputado. Enquanto isso, o processo de Dilma começou para valer desde a última quinta-feira, quando a Câmara acertou a Comissão de Impeachment. Ambos, porém, estão na etapa de estabelecimento de um roteiro de trabalho, que inclui definir o cronograma de sessões e votações. Diante do inusitado, Araújo pregou resignação: "Lá [na Comissão Especial do Impeachment] pode tudo, aqui não pode nada".

O presidente do Conselho tem um argumento simples para explicar o paradoxo. "Os ventos sopram à vontade do poder. Paciência, nós temos que nos resignar", constatou ele, que submeteu na reunião desta terça aos colegas um procedimento cuja decisão cabia apenas a ele, sob o pretexto de "prestar uma homenagem ao plenário". O plenário não parece ter se sentido tão honrado. Apenas oito deputados se posicionaram sobre a possibilidade de deliberar sobre o que não precisaria ser deliberado, e assim não foi possível somar os 11 votos necessários para a tomada da decisão, que voltou ao presidente do Conselho.

A poucos metros dali, no Plenário 1, a Comissão Especial do Impeachment avançava de vento em popa, e não exatamente por que não haja ninguém tentando atrasá-la. A exemplo do que os partidários de Cunha fazem no Conselho de Ética, os governistas pretendem se valer de passos em falso da oposição para alongar os trabalhos da comissão o quanto for possível. Nesta terça, o presidente da comissão, Rogério Rosso (PSD-DF), voltou atrás numa decisão do dia anterior e anunciou que não iria considerar o recebimento de anexos como a delação do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS).

Com base na decisão, e levando em conta que a defesa de Dilma já havia sido notificada sobre a inclusão da delação no processo, deputados governistas pretendem voltar à estaca zero no prazo para defesa — até agora já estariam contando três das dez sessões a que a presidenta tem direito para apresentar seus argumentos. Faltam, portanto, sete sessões (uma por dia) para se explicar, a não ser que, como desejam deputados como Paulo Teixeira (PT) e Jandira Feghali (PCdoB), a comissão decida notificar os defensores de Dilma sobre a alteração de decisão e que isso seja entendido como um reinício do processo.

Ultrapassagem
A julgar pelos ventos do Congresso Nacional, que, como bem lembrou o presidente do Conselho de Ética, "sopram à vontade do poder", os governistas dificilmente conseguirão alongar o processo contra Dilma na Câmara. Talvez por isso o Palácio do Planalto já se prepare para tratar da questão no Supremo Tribunal Federal (STF). Agora advogado-geral da União, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo considera apresentar ao STF um processo de controle de constitucionalidade para questionar o processo. Foi no Supremo, aliás, que o Governo conseguiu congelar por quase três meses o avanço do impeachment na Câmara. Na próxima cartada, os governistas devem argumentar que o processo aberto contra Dilma não tem base legal.

Enquanto isso, o presidente da comissão, Rogério Rosso, prevê disponibilizar o relatório final do impeachment ao plenário da Câmara na primeira quinzena de abril. É nesse momento que a Câmara fará a votação para afastar a presidenta. Se aprovado, o processo segue para o Senado. Chegou-se a aventar a possibilidade de votar o impeachment até num dia de domingo (17 de abril), sugestão dada pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), segundo a Folha de S. Paulo. O relator do caso, Jovair Arantes (PTB-GO), prometeu pressa e pode entregar o relatório inclusive antes de seu prazo limite (cinco sessões após a entrega da defesa de Dilma).

Já o processo contra Cunha deve prosseguir na mesma e lenta toada. O presidente do conselho reforçou na sessão desta terça que não pretende convocar mais de uma reunião sobre o assunto por semana. O advogado do presidente da Câmara entregou hoje sua defesa ao Conselho de Ética, negando a acusação de que o deputado mentiu sobre ter contas no exterior. Agora, o relator do caso, Marcos Rogério (DEM-RO), que está em viagem aos Estados Unidos, tem 40 dias úteis para investigar a questão, ouvindo testemunhas e analisando documentos. Tem ainda outros dez dias para formular seu relatório. Isso poderia empurrar a entrega de seu parecer para junho. Só então o julgamento de Cunha seria conduzido pelo conselho. A essa altura, Ayrton Senna já deve terá cruzado a linha de chegada há semanas.

Fonte: El País

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A partir de agosto, diploma em medicina dependerá de teste final

O diploma de Medicina estará, a partir de agosto, condicionado à participação em um exame de avaliação dos estudantes, informou nesta sexta-feira, 1º, o Ministério da Educação (MEC). As provas serão aplicadas em caráter pedagógico a alunos dos segundo e quarto anos de faculdade; no sexto (e último), porém, quem não atingir a nota de corte não poderá se formar.

Cerca de 20 mil estudantes que ingressaram nos cursos de Medicina em 2015 já devem ser submetidos ao exame, aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no segundo semestre deste ano. A medida responde a uma resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) publicada em 2014 - e que estimava um prazo de dois anos para sua implementação.

A Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina (Anasem) será um componente curricular obrigatório e os alunos e as instituições que não se inscreverem ou não participarem estarão sujeitos a "penalidades" que ainda não foram definidas. O conteúdo da prova será nos moldes do Revalida - exame que certifica diplomas médicos expedidos por instituições estrangeiras para que passem a valer também no Brasil.

No segundo e quarto anos, a prova será apenas escrita e com conteúdo proporcional ao que o estudante já aprendeu. "Isso vai permitir que as escolas de medicina acompanhem a evolução de seus alunos e trabalhem para melhorar seu processo de formação", disse o reitor da Universidade Federal do Ceará (UFCE) Henry Campos, representante da subcomissão do Revalida. Já no ano final, além de uma prova de conhecimentos médicos, haverá uma segunda etapa que avaliará as habilidades clínicas do formando - fundamental para o acesso a programas de residência médica, por exemplo.

Segundo o ministro Aloizio Mercadante, instituições e entidades médicas já apelavam para que existisse uma maneira de avaliar o progresso do estudante durante a faculdade. "O exame possibilita que problemas sejam corrigidos ao longo da formação do aluno, que terá um parâmetro para saber como está se saindo. Vamos ter um salto de qualidade. Queremos mais médicos, mas mais médicos bons", pontuou o ministro.

Campos frisou que o Anasem para graduandos em Medicina será mais frequente que o Revalida, atualmente realizado uma vez por ano. "Assim, quem não alcançou um bom resultado terá a oportunidade de, em um curto espaço de tempo, tentar de novo", disse.

A nota de corte vai variar de acordo com a prova. O escore é definido da seguinte maneira: um painel de educadores médicos, que não participaram da elaboração do exame, se debruça sobre as duas etapas do exame e, com base em seu conteúdo, estabelecem o porcentual de acertos esperados para um aluno considerado "médio". Além da residência médica, outros programas de pós-graduação como mestrados e doutorados, podem optar por avaliar a nota do candidato no Anasem. O MEC também lembrou que, uma vez que a reprovação no exame impede a expedição do diploma, o aluno que conclui a faculdade também não poderá solicitar o registro profissional (CRM).

Fonte: UOL (Com Estadão Conteúdo)

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Jornal Nacional não divulga lista da Odebrecht

O Jornal Nacional (TV Globo) resolveu não divulgar, na edição desta quarta-feira (23), os nomes e valores que constam de uma planilha apreendida pela Polícia Federal na Odebrecht, em 22 de fevereiro, em cumprimento a mandados de busca e apreensão durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Acarajé. A lista foi divulgada pelo jornalista Fernando Rodrigues (UOL), em primeira mão, e mais cedo também replicada por este site.


Na reportagem que menciona o assunto, o âncora do Jornal Nacional William Bonner se limita a ler a relação de 24 partidos com um ou mais representantes registrados na lista (DEM, PCdoB, PCB, PDT, PMDB, PMN, PP, PPL, PPS, PR, PRB, PRP, PSB, PSC, PSD, PSDB, PSDC, Psol, PT, PTdoB, PTB, PTC, PTN e PV). O apresentador explica que, como são mais de 200 os nomes dispostos no material, não haveria tempo suficiente para que todos fossem mencionados no telejornal. Além disso, declarou Bonner, as investigações da Lava Jato ainda não esclareceram se os repasses são ilícitos.

“O Jornal Nacional não vai divulgar os nomes dos políticos listados. E o motivo é simples: além de a polícia não saber ainda se [os políticos] cometeram alguma ilegalidade, a lista inclui mais de 200 pessoas de todos esses partidos. Não faria sentido escolher uns e omitir outros, e o tempo não nos permitiria divulgar todos”, declarou o apresentador do JN, emendado pela companheira de bancada Renata Vasconcelos.

“A suspeita dos policiais é que se trate de um registro contábil de pagamentos da Odebrecht para campanhas nas eleições de 2010, 2012 e 2014. Tanto doações oficiais quanto não declaradas, conhecidas como caixa 2”, destaca a âncora.

“O esclarecimento vai depender da investigação da Polícia Federal. Não é possível, de antemão, saber se os pagamentos são doação eleitoral legal ou propina. É que, mesmo que não estejam na prestação de contas registrada pelo Tribunal Superior Eleitoral, existem formas de pagamento chamadas de doações ocultas – são repasses feitos de forma legal aos partidos que só depois se destinam aos candidatos. Mais um motivo para o JN não divulgar a lista”, completa Bonner.

Com cerca de 45 minutos de conteúdo, o Jornal Nacional flexibiliza, ocasionalmente, o espaço que determinada reportagem ou evento ganhará durante a transmissão, que é feita sempre ao vivo por seus âncoras. Na semana passada, por exemplo, o telejornal – que tem a maior audiência da televisão brasileira – reservou mais da metade de sua programação para cobrir as manifestações antigoverno, e assuntos correlatos, provocadas pelo anúncio da nomeação do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil.

“Viagra”, “Avião”, “Caranguejo” e “Cacique”
Os documentos, dispostos em diversos arquivos, apontam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18 partidos políticos, de acordo as investigações da Lava Jato. Na lista, os nomes são associados a apelidos e a valores do que podem ser, segundo investigadores, repasses feitos pela empresa durante campanhas eleitorais.

Em seu blog no UOL, Fernando Rodrigues ressalta que, apesar da riqueza de detalhes, os documentos não podem ser utilizados como prova de que os beneficiários receberam recursos de caixa dois da empreiteira. Entre os mencionados, estão o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG); o vice-presidente do Senado, Romero Jucá (RR); o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE); e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), falecido em 2014.

Na lista, além das quantias registradas, alguns políticos são tratados também por apelidos. O atual presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é chamado de “Caranguejo”, enquanto o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é apontado como “Atleta”. Jucá, ex-líder do governo nos últimos três governos (Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma), é o “Cacique”, ao passo em que o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), é tratado como “Nervosinho”. O chefe de gabinete da presidente Dilma, Jaques Wagner, é apelidado de “Passivo”, enquanto a ex-deputada federal Manuela d’Ávila (PCdoB-RS) recebeu a alcunha de “Avião”.

Fonte: Congresso em Foco

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Juazeiro do Norte (CE): Caos na Saúde desafia poder público

Há um ano vista como um caos pelo Ministério Público Federal (MPF), após auditoria e ação civil pública, além de intervenção judicial, a Saúde de Juazeiro do Norte pouco melhorou e passará, em breve, por uma nova avaliação. O trabalho será realizado por auditora técnica nomeada pelo MPF, com previsão de início ainda neste mês.

A novidade agora é a etapa de processo de terceirização dos serviços, que vem sendo bastante criticada por vereadores e servidores do município, que ainda se encontram lotados no hospital e com futuro incerto, para onde serão transferidos.

O primeiro equipamento a ter uma empresa terceirizada pela Prefeitura responsável, a Instituto Médico de Gestão Integrada (Imegi), é o Hospital e Maternidade São Lucas, desde o último dia 18 de março. São mais de 100 servidores, que ainda não sabem seus destinos e continuam atuando no local.

O Ministério Público Federal tem buscando mais esclarecimentos sobre o novo procedimento adotado, incluindo, além da forma de contratação, a situação dos servidores. Quanto aos serviços, só o tempo poderá dizer de que forma a lei deve agir para cobrar as condições adequadas ao que for estipulado em contrato.

Esclarecimentos
O vereador Cláudio Luz questiona a forma de contratação, sem que tenha ocorrido nenhuma discussão na Câmara, inclusive pegando os próprios servidores de surpresa, passando por situação de constrangimento.

Uma reunião foi feita no próprio hospital, há mais de dez dias, para que novos esclarecimentos fossem prestados pela empresa contratada. Na última sexta-feira, representantes do legislativo, Prefeitura, servidores e empresa estiveram no MPF para informar os procedimentos que poderão ser adotados a partir de agora.

Segundo o vereador, com a contratação da empresa, a Prefeitura terá que desembolsar todos os meses R$ 2,5 milhões, o que irá gerar um saldo negativo para o Município de mais de R$ 1,5 milhão. A sua preocupação é quanto aos resultados desses serviços e a situação dos servidores, que ainda é incerta. Até a contratação, os gastos com produção no hospital por parte da administração municipal eram de R$ 906 mil, conforme a Secretaria de Saúde. A secretária Marcleide Nascimento diz que o repasse de produção mensal para a empresa será de R$ 2 milhões.

A integrante do Sindicato da Saúde (Sindisaúde), Márcia Vieira Coelho, diz que empresa chegou a informar sobre o remanejamento posterior dos funcionários, e a própria secretária diz que não, pois vai começar a lotação dos servidores. "Esses trabalhadores têm o direito de escolher onde querem ficar. Caso queiram ficar no próprio hospital, eles vão ter autonomia para escolha ou a empresa que vai ditar as regras da gestão? ", questiona Márcia.

O procurador da República, Celso Leal, afirma que, a cada dois meses, vem sendo realizado acompanhamento para verificar o que está sendo implementado em relação às exigências da justiça, dentro de um plano, incluindo a fiscalização dos PSFs, com a última etapa de implementação de ponto eletrônico, em fase de licitação, e controle informatizado das receitas de psicotrópicos, para distribuição, manutenção controle de medicamentos.

Ele disse que, em relação ao Hospital Regional do Cariri (HRC), para onde estava sendo encaminhada a alta demanda de pacientes de Juazeiro do Norte, hoje está alinhando o atendimento de caráter regional, com cirurgias eletivas.

Recursos
O São Lucas seria, dentro desse plano, uma espécie de hospital geral, por ter uma estrutura física melhor, mas a questão envolve recursos para custeio e ampliação, visto junto ao Governo Federal. "Com a vinda da auditoria teremos um diagnóstico melhor, para ver o que realmente foi feito", diz ele.

"Houve muito pouca melhoria na saúde de Juazeiro", diz o procurador. A maior parte dos serviços exige recursos financeiros. Mas o problema maior estava relacionado ao próprio sistema de organização da Saúde, o que acabou gerando intervenção judicial.

Entre as questões evidenciadas por uma comissão de análise, foram levantadas questões como a constatação de graves problemas relacionados à má gestão dos recursos públicos, consubstanciada em fraudes em procedimentos licitatórios, contratação direta de fornecedores, dispensas indevidas de licitação e pagamentos realizados acima dos valores de mercado, o que conduziria à deficiente prestação do serviço público.

Para o procurador, a UPA vinha realizado a maior parte dos atendimentos na cidade e isso ainda ocorre, conforme o vereador Cláudio Luz. Celso afirma que, com essa terceirização, pelo menos se espera voltar ao patamar de atendimento que era antes. "Sem a UPA, Juazeiro não tem uma rede hospitalar que comporte esses atendimentos mais simplificados", afirma. Em relação à terceirização, ele classifica como uma opção política, aceita pelos tribunais de contas, pelo judiciário. Uma forma de administração, e se vai funcionar, o futuro é que vai dizer. Esse processo, segundo ele, é uma realidade em todo o País.

A servidora Jeane Peixoto, afirma que há 17 anos trabalha no hospital como agente administrativo, na parte de faturamento médico. Ela disse que o local estava em processo de terceirização, mas havia sido barrado. No dia 18, os funcionários ficaram sabendo que tinha sido terceirizado, mas não foram avisados antes. Até o momento, não sabem como tudo ficará.

A representante do Sindisaúde classifica a situação atual dos servidores como precária. Afirmou que as pessoas estão oprimidas, ameaçadas de transferência e que poderão ir para a secretaria de Saúde, mas considera que estão habilitadas para trabalhar numa unidade hospitalar. Ela disse que a UPA já foi terceirizada e o próximo será o Maria Amélia, o que a atual secretária de Saúde nega. Marcleide Nascimento disse que, primeiro, o município deverá passar por essa experiência para ver a melhoria dos serviços. Somente depois poderá abrir condições para terceirização de outros equipamentos.

O vereador Normando Sóracles classifica a situação como muito grave, principalmente pela empresa contratada. A que irá gerir o hospital veio da Bahia e ele questiona o porquê de uma repartição vir fazer filantropia em Juazeiro do Norte. Segundo o vereador, não houve uma transição correta da empresa, ao assumir o hospital. Os próprios servidores continuam trabalhando no local, em que uma empresa assumiu e não há ninguém ainda com carteira assinada. A secretária de Saúde disse que essa transição será feita aos poucos, já que existe um corpo técnico e é preciso ter pessoas capacitadas para exercerem o cargo.

Para o vereador Cláudio Luz, o prefeito encaminhou a terceirização sem discutir com os servidores técnico-efetivos, sem passar Projeto de Lei na Câmara, e não há autorização do legislativo para esse modelo. Segundo ele, a câmara foi ignorada. "Fizemos a denúncia desse chamamento público, e esse processo começou em 2015", disse.

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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Aécio diz que é "inaceitável o que está acontecendo" e internautas não perdoam

O senador Aécio Neves deu um tiro no próprio pé no Twitter na tarde desta quarta-feira (23). Ao postar "É inaceitável o que está acontecendo", Aécio imediatamente começou a receber uma chuva de respostas de internautas. "Meu amigo, inaceitável é você falar bosta sobre o atual governo quando seu nome está em todas as listas de propina já publicadas", publicou uma usuária. "O quê? Seu nome em tudo que é podridão? É mesmo! Votei no senhor é estou muito decepcionada. Nunca mais", disse outra internauta. Em uma hora, o tuíte de Aécio já havia sido retuitado cerca de 2 mil vezes.

O senador se referia à ação promovida pela presidente Dilma na última terça-feira (22). Segundo o presidente nacional do PSDB, Dilma convidou embaixadores para irem ao Palácio do Planalto para "ouvir um discurso alarmista e absolutamente distante da realidade como se o Brasil estivesse prestes a sofrer um golpe de estado".

Enquanto alguns usuários da rede social mantiveram o tom sério de cobrança ao senador, outros se engajaram numa brincadeira de escrever coisas que são inaceitáveis de estarem acontecendo seguidos no tuíte de Aécio. "Sense8 apenas em 2017", "Amanhã eu ter aula", "Açaí a 20 reais o litro", "Eu ter pego o ônibus errado de novo", são algumas das reclamações bem-humoradas dos internautas.

Fonte: Último Segundo

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Último reduto da fotografia popular no Cariri vai fechar suas portas

A Casa Gino, com endereço na Rua São Paulo, no Centro de Juazeiro do Norte, vai fechar suas portas ainda neste mês. O estabelecimento ficou notório pela frequência de grandes nomes da fotografia popular do Nordeste, principalmente dos anos de 1960 até o início dos anos 1990, e por um ser um legado de família, mas não resistiu ao avanço tecnológico no setor.

Com milhares de monóculos em seus depósitos, material químico para revelação, ampliadores e pilhas de gravuras, o local ainda resiste em seus últimos dias. Os compradores, em sua maioria, não são mais os velhos fotógrafos, da Praça da Prefeitura, que tinham filas de pessoas para atender com suas caixas lambe-lambe. Agora são colecionadores, interessados em resgatar algo que raramente vão obter em outro lugar.

A casa foi aberta por um comerciante de cereais, Domingos Frutuoso Gino. Ele decidiu empreender num ramo que rendeu bons resultados e recursos para ter um pequeno patrimônio. Era um negócio de família. Um dos filhos, Lindovaldo Frutuoso Gino, passou praticamente toda a sua vida percorrendo os corredores da loja, entre as enormes estantes de madeira.

Com a morte do seu pai, passou praticamente os últimos anos tomando conta do negócio sozinho. Quase um ano após o seu falecimento, a família decidiu fechar as portas.

Relíquias
A velha placa com as inscrições "Kodak - Casa Gino" está encostada nos sacos de monóculos guardados no fim do armazém. Identificação bastante conhecida de fotógrafos como Chico Alagoano, Antônio Ceará, Damião e tantos outros, sendo que alguns deles ainda resistem na Rua do Horto.

A viúva de Lindovaldo Gino, Ozenir Magalhães Gino, tem aberto todos os dias o comércio. Só que o lucro do que se vende é muito pouco. Os preços estão bem reduzidos para dar um rápido encaminhamento ao que ainda resta.

De acordo com Ozenir, as mercadorias mais procuradas são mesmo os monóculos, além dos ampliadores e as bolsas antigas. Ano passado, a diretora de museus do Dragão do Mar, Valéria Laena, chegou a adquirir várias mercadorias, tanto para o museu como para seu acervo pessoal. E assim tem sido com muitos que chegam à casa.

A neta de Gino, Lisnara Magalhães, revela que são pessoas de todo o Ceará e até mesmo do Sul do País, que descobrem a existência da casa em busca de artigos que já não existem no comércio.

Ainda nos moldes antigos de sua montagem, as enormes prateleiras de madeiras, estantes e balcões da frente da loja, já estão praticamente esvaziados. O que ainda há de produto químico, dona Ozenir espera doar, já que o material não pode ser descartado de qualquer forma.

Por um bom período, o local também trabalhou com revelações, hoje de grande dificuldade para quem ainda tem mesmo como hobby a fotografia popular. É por isso que os monóculos estão estocados. O filme para compor o material a ser visualizado é coisa raríssima. "A expectativa, até o fim do mês, é que a gente possa ainda comercializar esses produtos, principalmente os monóculos, que estão em maior volume", afirma Ozenir.

Última no Nordeste
Há duas décadas seu Domingos ainda viajava a São Paulo, para adquirir a mercadoria da loja. Aos poucos, o material foi caindo no desuso, desde os instantâneos da Kodak, até mesmo as revelações, substituídas pela tecnologia digital. Ozenir acredita que esta é a última das lojas com esse tipo de artigo ainda existente no Nordeste.

A fotógrafa e professora Nívia Uchôa, destaca a Casa Gino como um espaço que fortaleceu a fotografia na região. Ela chegou a comprar os últimos estoques de papéis para fotografias em preto e branco, em 2014. "Lá, vi o seu Gino nos tempos áureos, em pleno progresso. Penso que a Casa Gino formou a fotografia em nossa região, porque, além de papéis, encontrávamos desde souvenirs até ampliadores, monóculos, câmeras, lentes. Tudo para o meu laboratório adquiri lá", conta. Pela importância do espaço, uma das propostas que dava ao proprietário, Lindovaldo Gino, quando ele falava em fechar o estabelecimento, era de transformá-lo em museu da fotografia. "Mas, aquele era o meu sonho e não o dele", diz.

Mais informações
Casa Gino
Rua São Paulo, 623 - Centro
Juazeiro do Norte
Telefones: (88) 98806-4918/99999-2143

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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Documentos indicam grampo ilegal e abusos de Moro na origem da Lava Jato

Nas últimas semanas, a operação Lava Jato levantou polêmica ao divulgar conversas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a atual presidente Dilma Rousseff (PT). Os questionamentos sobre a legalidade da investigação, entretanto, surgem desde sua origem, há quase dez anos. Documentos obtidos pelo UOL apontam indícios da existência de uma prova ilegal no embrião da operação, manobras para manter a competência na 13ª Vara Federal de Curitiba, do juiz Sergio Moro, e até pressão sobre prisioneiros.

Esses fatos são alvo de uma reclamação constitucional, movida pela defesa de Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, no STF (Supremo Tribunal Federal). A ação pede que as investigações da Lava Jato que ainda não resultaram em denúncias sejam retiradas de Moro e encaminhadas aos juízos competentes, em São Paulo e no próprio STF. Para ler a íntegra do documento, clique aqui.

A reportagem ouviu nove profissionais do Direito, dentre advogados sem relação com o caso e especialistas de renome em processo penal, e a eles submeteu a reclamação constitucional e os documentos obtidos. Os juristas afirmam que a Operação Lava Jato, já há algum tempo, deveria ter sido retirada da 13ª Vara Federal de Curitiba, além de ter sido palco de abusos de legalidade.

O portal também questionou o juiz Sergio Moro sobre o assunto, mas o magistrado preferiu não se pronunciar (leia mais ao final desta reportagem).

Veja os principais pontos questionados:

Origem em grampo ilegal  
A Lava Jato foi deflagrada em 2014, mas as investigações já aconteciam desde 2006, quando foi instaurado um procedimento criminal para investigar relações entre o ex-deputado José Janene (PP), já falecido, e o doleiro Alberto Youssef, peça central no escândalo da Petrobras. Entretanto, um documento de 2009 da própria PF (Polícia Federal), obtido pelo UOL, afirma que o elo entre Youssef e Janene e a investigação surgiram de um grampo aparentemente ilegal.

A conversa grampeada em 2006, à qual a reportagem também teve acesso, é entre o advogado Adolfo Góis e Roberto Brasilano, então assessor de Janene. Seu conteúdo envolve instruções sobre um depoimento, exercício típico e legal da advocacia. Os desdobramentos dessa ligação chegaram, anos depois, a Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras e o primeiro delator da Lava Jato.

"Se as premissas estiverem corretas, realmente parece que se tratava de conversa protegida pelo sigilo advogado-cliente. Nesse caso, a interceptação telefônica constitui prova ilícita", explica Gustavo Badaró, advogado e professor de Processo Penal na graduação e pós-graduação da Universidade de São Paulo. "Essa prova contaminará todas as provas subsequentes. É a chamada "teoria dos frutos da árvore envenenada". Todavia, a prova posterior poderá ser mantida como válida, desde que haja uma fonte independente", conclui o professor.

Lava Jato já deveria ter saído do Paraná
Os supostos delitos e criminosos que estão sendo investigados na Operação Lava Jato não deveriam estar sendo julgados por Moro, segundo a tese da defesa de Paulo Okamoto, corroborada por juristas ouvidos pela reportagem. O principal ponto é que Moro não é o "juiz natural", princípio previsto na Constituição, para julgar os crimes em questão.

De acordo com Geraldo Prado, professor de processo penal da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e da Universidade de Lisboa, "na Lava-Jato, o juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba [onde atua Moro] há muito tempo não é mais competente para julgar casos que remotamente surgiram de investigação no âmbito do chamado caso Banestado. Pelas regras em vigor, praticamente todos os procedimentos seriam ou de competência de Justiças Estaduais ou da Seção Judiciária Federal de São Paulo, porque nestes lugares, em tese, foram praticadas as mais graves e a maior parte das infrações. Há, portanto, violação ao princípio constitucional do juiz natural. Exame minucioso da causa pelo STF não pode levar a outra conclusão."

A legislação brasileira estabelece critérios objetivos para determinar quem julga determinado crime. O ponto principal é que um crime, via de regra, será julgado no local onde ele foi cometido. Já quando existem crimes conexos, ou seja, que têm relação com delitos previamente cometidos pelos mesmos autores, eles podem vir a ser julgados pelo mesmo juízo responsável pela apreciação dos crimes iniciais.

Em casos de conexão, a lei prevê que o que determina quem será o juiz natural para o julgamento são os seguintes critérios, nessa ordem: o lugar onde ocorreu o delito que tem a pena mais grave, o lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade, e a competência pela prevenção, que se dá quando um juiz já julgou crimes relacionados ao mesmo esquema ilegal. Segundo Moro, é esse último critério que faria dele o juiz natural de todos os delitos: os crimes seriam conexos a outro que ele já vinha julgando.

Tanto é assim que, em todas as decisões relacionadas aos crimes investigados na operação, o magistrado inicia seu texto com o seguinte cabeçalho:

"Tramitam por este Juízo diversos inquéritos, ações penais e processos incidentes relacionados à assim denominada Operação Lava Jato. A investigação, com origem nos inquéritos 2009.70000032500 e 2006.70000186628, iniciou-se com a apuração de crime de lavagem consumado em Londrina/PR, sujeito, portanto, à jurisdição desta Vara, tendo o fato originado a ação penal 504722977.2014.404.7000".

Os inquéritos a que Moro se refere, de lavagem de dinheiro, foram cometidos no Banestado, e nada têm a ver com as fraudes e desvios de dinheiro público que ocorreram na Petrobras, que são o principal foco da Lava Jato. A ligação, alegada por Moro, é que que alguns dos investigados no Banestado, como Janene e Yousseff, foram flagrados em escutas telefônicas falando sobre outros supostos crimes, estes sim relacionados à Petrobras.

O STF, no entanto, já proferiu decisão afirmando que escutas telefônicas que revelem crimes diferentes dos que estão sendo investigados devem ser consideradas provas fortuitas, não tendo a capacidade de gerar a chamada conexão por prevenção. É o que afirma o advogado Fernando Fernandes, que defende Paulo Okamotto, na ação que move no STF, classificando a prática de "jurisprudência totalitarista".

O professor  Badaró concorda. "Houve um abuso das regras de conexão na Lava Jato. Além disso, a conexão tem efeito de determinar a reunião de mais de um crime em um único processo. Isso não foi feito na Lava Jato. Ao contrário, os processos tramitam separados". O advogado André Lozano Andrade, especialista em direito processual penal do escritório RLMC Advogados, lembra ainda que um dos investigados, José Janene, tinha foro privilegiado por ser deputado federal, na época. "Assim, os autos deveriam ter sido remetidos para o STF. Além disso, deveriam os autos no que se refere a outros crimes ter sido remetidos para São Paulo, tendo em vista que o centro de operação dos ´criminosos´ era na Capital Paulista. A competência por prevenção só se dá quando ausentes outras formas de determinação de competência."

Longa investigação sem denúncia 
A investigação que culminou na deflagração da Operação Lava Jato, a respeito de crimes de lavagem de dinheiro ocorridos no âmbito do Banestado, no Paraná, tiveram início em 2006. Daquele ano até 2014, se passaram oito anos sem que a Polícia Federal, que comandava a operação, oferecesse uma só denúncia contra os investigados, o que, na definição da defesa de Paulo Okamoto, seria "investigação eterna".

Em 2013, após sete anos de investigações sobre o Banestado, Moro reconheceu as dificuldades para apontar os crimes, mas concedeu um prazo adicional de quatro meses para alguma conclusão. Esse prazo ainda foi renovado por mais três meses após o final. O inquérito foi arquivado, mas serviu como referência para a abertura de outro, que terminou na Lava Jato.

"A questão torna-se mais delicada se a investigação dura meses ou anos e em seu curso são adotadas medidas cautelares que invadem a privacidade alheia [afastamento de sigilos, interceptações etc.], sem que a investigação seja concluída. A última hipótese é típica de estados policiais e não de estados de direito", alerta o professor Geraldo Prado.

"Embora não haja na legislação brasileira um prazo máximo para a conclusão de investigações criminais, se os investigados estiverem soltos, não é possível admitir que a investigação possa se desenvolver sem um limite temporal", diz Gustavo Badaró.

Decisões tomadas sem consulta ao MPF
Durante os oito anos de investigações, o juiz Sérgio Moro autorizou sucessivas quebras de sigilo fiscal, bancário, telefônico e telemático e decretou prisões cautelares, sem consultar previamente o MPF (Ministério Público Federal) ou até contrariando recomendação deste órgão, que, por lei, é o titular da ação penal pública.

A história começou em 14 de julho de 2006, quando a PF fez uma representação para Moro, com o objetivo de investigar a relação de Youssef e Janene, solicitando a interceptação telefônica do primeiro. Quando isso ocorre, o procedimento normal é remeter o pedido ao MPF, para que se manifeste. Apesar disso, em 19 de julho de 2006, Moro deferiu todos os pedidos da PF sem prévia manifestação do MPF. Em seguida, não houve abertura de vista ao MPF, e a próxima manifestação da PF nos autos só ocorreria quase um ano mais tarde, em 3 de maio de 2007. Durante todo esse tempo, os policiais mantiveram uma investigação que incluía quebras de sigilo.

O primeiro despacho abrindo vista para o MPF só ocorreu em 9 de setembro de 2008, mais de dois anos após a abertura da investigação. Os procuradores, então, consideraram que já havia passado muito tempo de investigação sem qualquer resultado frutífero, e recomendaram que Moro extinguisse ali mesmo a investigação, a não ser que a PF se manifestasse dando provas de que estariam para surgir fatos novos que justificassem a continuidade das investigações.

Moro, no entanto, resolveu ir contra a recomendação do MPF, e permitiu que a PF continuasse investigando.

Em 06 de janeiro de 2009, quase 120 dias depois, surgia uma mensagem anônima com informações novas que levavam a crer que Yousseff e Janene mantinham um esquema de lavagem de dinheiro. A PF, então, pediu novas interceptações e quebras de sigilo bancário e fiscal de dezenas de pessoas e empresas. O MPF recomendou que delimitasse o pedido, indicando o período e os documentos a serem obtidos. Mais uma vez, Moro descumpriu a recomendação dos procuradores, e autorizou todos os pedidos da polícia. "Há motivos suficientes para deferir a quebra de sigilo fiscal e bancário relativamente a todas essas pessoas, considerando as suspeitas fundadas da prática de crimes expostas nas decisões anteriores e nesta, bem como por se inserirem no rastreamento bancário em andamento", disse o juiz, em despacho.

Outras nove vezes Moro deferiu quebras de sigilo, sem ouvir o MPF, justificando sempre da mesma forma.  "Não o ouvi (MPF) previamente em virtude da necessidade de não haver solução de continuidade da diligência e por se tratar de prorrogação de medidas investigatórias sobre as quais o MPF já se manifestou favoravelmente anteriormente."

O professor Badaró explica as consequências desta prática. "O deferimento em si de um pedido sem oitiva prévia do MP não é ilegal, mas a sistemática utilização de tal expediente, por mais de um ano, permite que se coloque em dúvida a imparcialidade do julgador".

Presos sem acesso a advogados e banho de sol
A fase mais recente da Lava Jato trouxe denúncias de violações de direitos humanos -- prisões temporárias prolongadas com o objetivo de obter delações premiadas. Durante este processo, presos teriam sido isolados, privados de encontros com seus advogados e até de banho de sol. Um parecer do Ministério Público Federal de junho de 2014 aponta a ilegalidade dessas práticas e pedem que sejam interrompidas -- o preso em questão é Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras.

Outro Lado
No dia 29 de março, a reportagem do UOL informou à assessoria do juiz Sergio Moro que estava preparando uma reportagem sobre as supostas irregularidades constantes na origem da Lava Jato. O portal enviou ao magistrado a íntegra da reclamação constitucional interposta no STF pela defesa de Paulo Okamoto. A reportagem destacou, ainda, que chamavam a atenção "uma prova aparentemente ilícita (um grampo ilegal) que pode estar na origem de tudo, e uma série de manobras que teriam sido feitas pelo magistrado para manter a competência em Curitiba, contrariando o princípio do juiz natural e as regras de processo penal aplicáveis." Diante disso, solicitou, por fim, que Sergio Moro se manifestasse a respeito do assunto.

Menos de uma hora após o envio da mensagem, a assessoria de Moro respondeu ao UOL, afirmando que "o magistrado não se manifesta a não ser nos autos".

Apesar do atual silêncio do juiz paranaense, Moro já proferiu opiniões sobre alguns pontos ora em debate, seja em palestras, decisões judiciais ou textos acadêmicos. Em um artigo que escreveu em 2004, por exemplo, Moro defendeu o uso da prisão preventiva como forma de forçar um investigado a assinar um termo de delação premiada". O juiz considera válido "submeter os suspeitos à pressão de tomar decisão quanto a confessar, espalhando a suspeita de que outros já teriam confessado e levantando a suspeita de permanência na prisão pelo menos pelo período da custódia preventiva no caso de manutenção do silêncio ou, vice-versa, de soltura imediata no caso de confissão".

Sobre o grampo de conversas entre advogado e cliente, em manifestação enviada ao STF no último dia 29, a respeito do grampo dos advogados que defendem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Moro afirmou que o fez por considerar que um dos advogados seria parte do suposto grupo criminoso que estaria sendo investigado, o que tornaria legal a interceptação. Esta poderia ser uma explicação para o grampo supostamente ilegal que deu início à Lava Jato.

Veja documentos: http://bit.ly/231CeH0

Fonte: UOL

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Em Fortaleza, Lula pede respeito ao mandato de Dilma e afirmou que 'não trairá o Brasil'


Em um discurso emocionado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que "voltará ao Ministério da Casa Civil na próxima quinta-feira (7), caso tudo der certo". A afirmação foi feita pelo petista durante protesto contra o impeachment de Dilma Rousseff, na Praça do Ferreira, neste sábado (2).

O ex-presidente desembarcou em Fortaleza por volta das 10h50 deste sábado (2) e foi direto à Praça do Ferreira, local onde milhares de manifestantes, vestidos de vermelho e segurando cartazes, bandeiras e fotos de Lula, estavam reunidos em um ato pró-governo. O evento contou com a participação do governador Camilo Santana, dos presidentes nacional e estadual do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão e Francisco de Assis Diniz, do deputado federal José Guimarães (PT), do ministro das Comunicações André Figueiredo, o governador do Piau[i Wellington Dias, entre outros líderes de partidos e de movimentos. De acordo com a organização do evento, o público esperado era de 50 mil pessoas. A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) estimou, no entanto, que cerca de 10 a 12 mil pessoas estiveram na manifestação.

Lula abriu o discurso falando da importância da chuva para o povo do Nordeste, salientando que "mesmo que não tivesse esse o ato, só a chuva que Deus mandou hoje já valeria a pena". Em seguida, o ex-presidente criticou o clima de tensão política que o País vive e pediu que as pessoas respeitassem o mandato da presidente Dilma "Eu completei 70 anos. Vivo fazendo política há 50 anos e nunca vi um clima de ódio estabelecido no país como eu vi agora... Essa gente que vai para a manifestação vestido de verde e amarelo tem que saber que o povo que está aqui na rua é um povo trabalhador e pede que respeite apenas uma coisa, o voto popular de quem elegeu", disse ele, defedendo a regularidade do Governo. O ex-presidente criticou duramente o processo de destituição da presidente, disse que "a resposta a ser dada aos opositores é garantir a governabilidade de Dilma" e ressaltou que "Temer sabe que o processo de impeachment é golpe".

O ex-presidente criticou também a forma de governo da oposição, deixando a entender que os mais pobres seriam os mais prejudicados pela gestão, e que essa forma de governo impedia o crescimento das classes mais baixas "Uma mulher pobre faz muito mais pelo Brasil do que um homem com 1 bilhão [...] Pobre gosta de coisa boa, de morar bem, de beber bem. Eles não querem governar esse País para garantir que as pessoas mais pobres tenham direito de subir [...] o que mais incomoda a eles é o pobre querer andar de avião agora. Eles acham que a gente só gosta de bebida vagabunda. Mas não e isso não. Eles têm raiva da gente porque a secretária hoje têm mais direitos, porque o pobre pode estudar", diz Lula.

Posse no Ministério da Casa Civil
Durante discurso, Lula disse que, se o Supremo Tribunal Federal autorizar, na próxima quinta-feira (7) ele volta como ministro da Casa Civil. "Na próxima quinta-feira, se tudo der certo, se a Corte Suprema aprovar, eu estarei assumindo o Ministério. Eu volto para ajudar a companheira Dilma", diz Lula.

O ex-presidente chegou a tomar posse em 17 de março, mas não pode assumir devido a uma liminar do STF, do ministro Gilmar Mendes. Para o ministro, houve "desvio de finalidade" na indicação de Lula pela presidente Dilma. Gilmar Mendes acredita que a nomeação impede que Lula não seja investigado na primeira instância, sob o comando de Sérgio Mouro.

Obras no Ceará
Ainda no discurso, Lula chegou a falar que, voltando ao Governo, pretende retomar e entregar importantes obras para o Estado, como a transposição do Rio São Francisco e a refinaria.

Fonte: Diário do Nordeste

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URCA emite nota 'Em favor da democracia e pelo Brasil'

Nós, professores da Universidade Regional do Cariri – URCA, membros da Reitoria, dirigimo-nos à comunidade acadêmica e à sociedade em geral nos posicionando na defesa da Democracia Brasileira ameaçada pelas recentes manobras políticas, institucionais e midiáticas em curso no país. Somos contrários aos processos que visam promover, sob acusações sem comprovação, a restrição de direitos fundamentais conquistados à custa de uma longa luta da sociedade brasileira. Opomo-nos ao impeachment da Presidenta da República Dilma Rousseff, sem as devidas garantias constitucionais ao processo justo de investigação e apuração dos fatos.

A Democracia Brasileira fortalecida com a inclusão de classes sociais historicamente excluídas de direitos fundamentais como educação, renda mínima, moradia, saúde, lazer, acesso à informação, outrora acessíveis apenas às classes privilegiadas, não pode parar o seu curso, no que pese a enorme desigualdade que ainda campeia e divide o Brasil.

Os altos custos sociais, políticos e institucionais que pagamos com os 21 anos de regime autoritário, assim como, as dificuldades de atingirmos nossa maturidade democrática pós “Golpe Militar” de 1964, foram suficientes para não desejarmos e/ou aceitarmos discursos fascistas de ódio e intolerância, bem como, tentativas de golpes às instituições políticas do país. Estas práticas ferem a liberdade das atividades partidárias, intimidam o exercício do voto e a consequente representatividade e legitimidade dos eleitos em processo público, amplo e irrefutável.

A Universidade é o locus fundamental para a produção de reflexões e divulgação da produção intelectual e não pode compartilhar com o retrocesso político ou com a negação da alteridade e do espírito de cooperação e solidariedade. Defendemos acima de tudo a liberdade de ideias, o franco debate que propicia o crescimento humano e o respeito às conquistas das sociedades do século XXI. Aquisições que vislumbram um horizonte de fortalecimento das identidades étnico-raciais e de gênero, a liberdade de associação e manifestação, a filiação partidária, o respeito e a tolerância para com as minorias. Um espaço que busca incansavelmente a inclusão social e o fortalecimento das conquistas sociais, políticas e constitucionais. Posicionamo-nos, portanto, veementemente contra:

- Qualquer forma de usurpação do poder estabelecido em mandatos políticos sem o respeito ao devido processo legal-constitucional justo, em que se resguardem a ampla defesa, o contraditório e as garantias previstas na Constituição Federal de 1988.

- Qualquer medida das instituições públicas, privadas ou associativas ou da mídia que incitem o ódio e/ou enfraquecimento da Democracia como único regime político de prevalência e afirmação dos direitos humanos e dignidade humana.

Por conseguinte, defendemos:

- A investigação ampla e irrestrita de agentes sociais ou políticos envolvidos em corrupção e/práticas criminosas no exercício de mandatos ou fora deles.

- As instituições e a liberdade de expressão; divulgação de informações dentro da legalidade que conduzam ao esclarecimento da verdade, sem ocultação de fatos, dados ou subsídios que ajudem ao fortalecimento da Democracia e suas instituições.

Crato – Ceará, aos 23 de Março de 2016.

Prof. José Patrício Pereira Melo
Reitor

Prof. Francisco do Ó de Lima Júnior
Vice-Reitor

Profª. Maria Arlene Pessoa da Silva
Pró-Reitora de Extensão

Prof. Allysson Pontes Pinheiro
Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa

Francisco Egberto Melo
Pró-Reitor de Graduação

Profª. Ana Roberta Duarte Piancó
Pró-Reitora de Planejamento e Avaliação

Prof. Roberto José Siebra Maia
Pró-Reitor de Assuntos Estudantis

Fátima Romão
Pró-Reitora de Desenvolvimento Universitário

Chefe da Lava Jato que apoiou Aécio quer barrar perfil crítico no Facebook

O delegado federal Igor Romário de Paula, um dos chefes da Operação Lava Jato, está processando o site de busca Google e a plataforma Facebook para que eles revelem os autores e tirem do ar críticas que lhe estão sendo feitas em um blog e em uma página da rede social em virtude de seu posicionamento político nas eleições de 2014, quando apoiou o candidato Aécio Neves (PSDB) e fez críticas jocosas ao PT e sua então candidata presidencial, Dilma Rousseff (PT), na internet. De Paula, porém, perdeu a ação judicial em primeira e segunda instância. Ainda cabe recurso.

Tudo começou quando o delegado federal teve seu nome ligado a uma polêmica eleitoral no ano de 2014. É que, conforme então revelou o jornal "O Estado de S.Paulo", ele costumava pedir votos para o então candidato Aécio Neves, em páginas de redes sociais fechadas ao público geral. Além disso, participava de uma comunidade cujo símbolo era uma caricatura da presidente Dilma Rousseff (PT), com dois grandes dentes para fora da boca e coberta por uma faixa vermelha na qual estava escrito "Fora PT!".

Depois da veiculação da reportagem, De Paula passou a sofrer críticas nas redes sociais, especificamente em um blog mantido em uma plataforma do Google e nas páginas do Facebook, onde foram criados dois perfis que passaram a criticar a postura considerada partidária do delegado que investigava supostos crimes cometidos por políticos de diferentes legendas partidárias, entre elas, o PT.

Os perfis de Facebook são dois: "Polícia Federal em crise" e "Delegado Pinga Fogo", sendo que o primeiro já não está mais acessível. No processo movido pelo delegado da PF, estão anexadas reproduções de páginas do Facebook com algumas das críticas que ele pede que sejam tiradas do ar.

De acordo com o advogado de Igor Romário de Paula, as mensagens contidas nessas páginas extrapolam o direito de liberdade de expressão na medida em que maculam a honra do delegado federal, conforme se pode ler na ação judicial: "Promoveu-se, de forma gratuita, toda sorte de atentados à dignidade pessoal e profissional do agravante, extravasando os limites da proporcionalidade, expressão e informação, chegando, por certo, e até mesmo por assacar a imagem institucional do delegado, construída durante anos à duras penas."

Com base nesses fatos, o delegado pedia a retirada do ar das páginas citadas e também que fossem fornecidas as informações cadastrais dos autores das páginas e dos comentários considerados ofensivos. O intuito seria possibilitar que De Paula viesse a processar civil e criminalmente os responsáveis pelas postagens.

Os advogados do Facebook mostraram surpresa em relação ao pedido do delegado federal, e recusaram-se a atendê-lo, conforme alegam no processo: "Uma medida dessa natureza (retirada das páginas do ar) certamente configuraria censura, inadmissível até mesmo em países com regimes não democráticos. Ainda mais assustador constatar que quem pretende esse tipo de prática é ninguém menos que um delegado da Polícia Federal!"

No ano passado, foi proferida sentença em primeira instância, em que a juíza Cecília de Carvalho Contrera não só nega o pedido do delegado, como também mostra espanto em relação ao que se pede:

"As supostas ofensas mencionadas na petição inicial devem ser compreendidas num contexto de livre exposição de ideias e manifestação do pensamento. O autor exerce função pública e, como tal, está especialmente sujeito a críticas em relação a sua atuação e da instituição da qual faz parte. Surpreendente a dificuldade demonstrada em conviver com críticas e opiniões distintas."

Igor de Paula, porém, não se deu por vencido, e recorreu da decisão. Já no início deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo proferiu acórdão sobre o tema, novamente rejeitando os pedidos do delegado, conforme se vê no voto do relator do processo, desembargador Paulo Alcides, da 6ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP:

"O receio do abuso não pode constituir em freio à liberdade de manifestação do pensamento e de expressão. Isto, especialmente nas matérias concernentes a atos políticos e administrativos dos agentes estatais, como o recorrente (delegado Igor de Paula), que estão especialmente sujeitos a avaliações de suas condutas, justas ou injustas, seja pela população, seja pela opinião pública ou até mesmo por membros partidários no afã de defender suas posições partidárias."

Tal decisão de segunda instância se refere apenas a um pedido liminar para que o conteúdo abordado fosse retirado com urgência do ar. O delegado ainda luta na Justiça, por meio de uma apelação ordinária à sentença, para que as críticas que recebe na internet sejam suprimidas da rede mundial de computadores.

Fonte: UOL

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Embaixada da Itália desmente reportagem da Veja sobre suposto pedido de asilo de Lula

A Embaixada da Itália em Brasília emitiu um comunicado nesta sexta-feira (25/03) no qual diz que “é inverídica” a recente reportagem da revista Veja sobre um suposto pedido de asilo político à Itália do ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva.

A reportagem, que foi a matéria de capa da edição desta semana, narra uma suposta sequência cronológica do plano que teria sido sugerido por conselheiros de Lula por conta da investigação da Polícia Federal que recaiu sobre o ex-presidente. Segundo a Veja, Lula planejava pedir asilo a Cuba, Venezuela, França ou Itália, “de tal modo que pudesse se apresentar como vítima de uma perseguição política”. A revista afirma que a Itália teria sido escolhida como a melhor opção de Lula por sua esposa, Marisa Letícia, e seus filhos terem cidadania italiana, além da brasileira.

“As informações referentes à Embaixada e às supostas conversas do Embaixador [da Itália no Brasil] Raffaele Trombetta são inverídicas”, diz a nota do órgão italiano.

A instituição também aponta um erro no crédito de uma foto publicada pela Veja. “Relativamente ao evento no Palácio do Planalto, a pessoa destacada na fotografia e sentada em uma das primeiras fileiras não é o Embaixador Trombetta, como pode-se constatar facilmente. O Embaixador Trombetta estava sentado, junto a todos os demais embaixadores, no espaço reservado ao corpo diplomático”, segue o comunicado.

A nota conclui que na conversa telefônica entre a Embaixada e a Veja, citada na matéria, “foi dito ao jornalista que não se queria comentar fatos que, no que tange à Embaixada, eram e são totalmente inexistentes”.

Leia a íntegra do comunicado da embaixada italiana:

"Em relação à matéria "O plano secreto" publicada na última edição da revista Veja, a Embaixada da Itália declara:

1. As informações referentes à Embaixada e às supostas conversas do Embaixador Raffaele Trombetta são inverídicas.

2.Relativamente ao evento no Palácio do Planalto, a pessoa destacada na fotografia e sentada em uma das primeiras fileiras não é o Embaixador Trombetta, como pode-se constatar facilmente. O EmbaixadorTrombetta estava sentado, junto a todos os demais embaixadores, no espaço reservado ao corpo diplomático.

3. Na conversa telefônica citada, foi dito ao jornalista que não se queria comentar fatos que, no que tange à Embaixada, eram e são totalmente inexistentes.

Brasília, 25 de março 2016"

Fonte: Opera Mundi

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Manifesto de escritores em defesa da democracia soma 8,8 mil adesões

Mais de 8,8 mil pessoas ligadas à indústria literária já assinaram um manifesto “pela defesa dos valores democráticos e pelo exercício pleno da democracia em nosso país, de acordo com as normas constitucionais vigentes, no momento ameaçadas”. A coleta de assinaturas começou no último sábado, dia 19, e desde segunda-feira, dia 21, está no site de petições públicas Avazz. No site, já são mais 7,5 mil apoiadores.

Entre os nomes que subscrevem o texto estão artistas, escritores e personalidades como Chico Buarque, Ana de Hollanda, Antonio Candido, Anita Prestes, Milton Hatoum, Antonia Pellegrino, Slavoj Zizek, Leonardo Padura, Noélia Ribeiro, Lira Neto, Laerte, Gregório Duvivier, Jô Oliveira, Maria Rita Kehl, Paulo Werneck e Aldir Blanc.

O documento Escritores e Profissionais do Livro pela Democracia foi lido pela poeta Elisa Lucinda ontem, sexta-feira, no festival promovido por movimentos sociais na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. De acordo com Elisa, vários setores da sociedade estão se movimentando para mostrar que estão contra a tentativa de derrubada do governo da presidente Dilma Rousseff.

“Estou adorando que todos os setores da sociedade, os setores que produzem conteúdo, estão se manifestando. Isso não é um movimento partidário, é um movimento pela democracia. Nós que produzimos palavras, que produzimos pensamento e fazemos ele circular, produzimos a circulação dos saberes, que é uma coisa revolucionária, a gente tem que estar na linha de frente dessa luta. A gente estava muito calado e eles estavam pensando que iam levar na mão grande.”

O escritor Marcelo Moutinho participou da elaboração do manifesto e diz que o objetivo é unir todo o setor, desde ficcionistas, poetas, editores, livreiros, tradutores, revisores, diagramadores, bibliotecários, ilustradores, contadores de história, para demonstrar em conjunto a preocupação com “flagrantes ameaças às conquistas democráticas e ao Estado de Direito”.

“Não é só escritor, é pegar as pessoas que trabalham ali no livro, revisores, diagramadores, bibliotecários, quem trabalha com leitura, porque é um momento sério. Algumas premissas da democracia estão sendo ameaçadas com o exagero judiciário e tudo mais, e a gente tem que se manifestar. As pessoas estavam muito caladas, acho que é a hora de colocar a cara a tapa um pouquinho”, disse.

Para a filósofa Marcia Tiburi, a quantidade de assinaturas no manifesto mostra que “o pessoal que lida com o meio de comunicação mais inteligente do mundo está ligado no que está acontecendo no Brasil”.

Fonte: Valor

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STF nega pedido para incluir delação de Delcídio no processo de impeachment

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira pedido do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) para incluir a delação do senador Delcídio Amaral no processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff em tramitação na Câmara dos Deputados.

A ministra negou o mandado de segurança porque “não cabe intervenção judicial no trabalho parlamentar em curso”. Rosa também explicou que só poderia conceder a liminar se ficasse comprovada a urgência de se evitar um prejuízo grave. No entanto, a ação não teria elementos para comprovar isso.

O presidente da Comissão do Impeachment, Rogério Rosso (PSD-DF), decidiu que a delação do senador não pode ser considerada no parecer do relator, Jovair Arantes (PTB-GO), porque a peça foi incluída depois que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tinha recebido a denúncia. Arnaldo já tinha recorrido ao plenário, mas Cunha manteve a decisão de Rosso.

O deputado tinha anunciado recurso à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) mas, como o colegiado ainda não foi instalado, ele apelou ao STF.

Fonte: O Globo

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Sai Dilma, entra quem?

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Fonte: UOL

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Cid Gomes protocola na Câmara pedido de impeachment de Temer

O ex-governador do Ceará e ex-ministro da Educação Cid Gomes protocolou nesta sexta-feira (1º) na Câmara dos Deputados um pedido de impeachment do vice-presidente da República, Michel Temer.

No documento, Cid solicita que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não analise o pedido de afastamento. Para Cid Gomes, como Cunha foi denunciado por fatos relacionados à Operação Lava Jato, quem deve decidir é o vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PMDB-MA).

A assessoria da Vice-Presidência informou que Michel Temer não vai comentar o pedido de impeachment protocolado pelo ex-governador cearense.

No documento, Cid alegou que o vice-presidente e o PMDB são mencionados nas investigações da Operação da Lava Jato. O ex-governador cita na peça uma mensagem de texto identificada no celular do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro no qual foi mencionado o pagamento de R$ 5 milhões a peemedebistas.

“Foi revelado, por força da Operação Catilinárias [uma das fases da Operação Lava Jato], o pagamento da quantia de R$ 5 milhões ao denunciado, valor cuja suspeita de origem ilícita é marcante, mormente pelas insuficientes explicações ofertadas pelo denunciado após a revelação de mensagens sobre o pagamento de tal quantia, por parte do senhor Léo Pinheiro, trocadas pelo denunciado e o presidente da Câmara dos Deputados, em cobrança por adiamento na quitação de compromissos com a ‘turma’”, diz trecho do pedido de impeachment protocolado contra o vice-presidente da República.

Aliado político da presidente Dilma Rousseff, Cid teve uma passagem relâmpago pelo governo da petista no início de 2015. Menos de três meses depois de assumir o comando do Ministério da Educação, ele pediu demissão após protagonizar um bate-boca com deputados no plenário da Câmara.

O pedido de impeachment de Temer ocorre no momento em que Dilma é alvo de um processo de afastamento no Congresso Nacional. Atualmente, a comissão especial que analisa o processo de impeachment da petista aguarda o fim do prazo para a presidente apresentar sua defesa ao colegiado.

Fonte: G1

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Crato (CE): Vacina contra o HPV está disponível nos postos de saúde

Com o objetivo de prevenir e de proteger as adolescentes do município, o Governo do Crato, através da Secretaria Municipal de Saúde, lembra aos pais e principalmente às jovens a importância da vacinação contra o HPV (Papiloma Vírus Humano).

A coordenadora da Imunização da Secretaria de Saúde, Silvanete Saraiva, ressalta que qualquer adolescente entre 9 e 13 anos pode e deve procurar as unidades de saúde do município, e que a vacina faz parte do calendário básico de vacinação das adolescentes. “As vacinas estão disponíveis nos postos de saúde e garantem a imunização contra quatro subtipos do HPV – 6, 11, 16 e 18”, esclarece.

O HPV é um vírus sexualmente transmissível e é a principal causa do câncer do colo de útero - o terceiro tipo de tumor maligno mais frequente entre as brasileiras. A razão de imunizar uma população tão jovem é que a eficácia é maior quando o contato com o vírus ainda não aconteceu, ou seja, antes do início da vida sexual.

Assessoria de Imprensa/PMC 

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'Queremos a paz, mas não tememos a guerra', diz Rui Falcão

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, conclamou neste sábado, 26, em sua página no Facebook, a militância do partido a defender o governo da presidente Dilma Rousseff e disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve assumir o cargo de ministro. "As manifestações mostram o seguinte: queremos a paz, mas não tememos a guerra", afirmou.

As declarações de Falcão ocorrem em meio às notícias de que uma possível debandada do PMDB pode acelerar o impeachment na Câmara. Aliados do vice-presidente Michel Temer afirmaram ao Estado que ele se prepara para assumir o governo em maio e, por isso, também intensificou nos últimos dias as articulações no mundo político e empresarial nesse sentido.

"Vamos lutar e vamos defender o Estado Democrático de Direito", disse o presidente do PT na rede social. "Se eles acham que haverá estabilidade derrubando a Dilma, estão muito enganados. A estabilidade virá com o fim do impeachment (e) a possibilidade do Brasil voltar a crescer."

Ministro
Falcão defendeu a nomeação de Lula para a Casa Civil. "Lula é ficha limpa, portanto não há nenhuma razão para ele não ser ministro", disse.

Na quinta-feira, 24, a defesa de Lula protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um recurso no Supremo Tribunal Federal para reverter a liminar do ministro Gilmar Mendes que suspendeu a posse do petista na Casa Civil e determinou a remessa das investigações contra ele para o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato no Paraná.

No recurso, a defesa do petista argumenta que as ações movidas pelo PPS e pelo PSDB não são adequadas para questionar a nomeação de Lula, que o ex-presidente possui todas as condições legais de assumir o ministério, e que “não é possível presumir desvio de finalidade na nomeação de Lula, muito menos mediante a distorção de conversas interceptadas de forma ilegal".

Fonte: Estadão

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