Dilma: “Querem a renúncia para evitar o constrangimento de me tirar de forma ilegal”

Cinco jornalistas da mídia do exterior, incluindo do EL PAÍS, se sentam em torno a uma mesa no enorme gabinete da presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, em Brasília. Colocam os gravadores em operação. Mas antes de alguém perguntar algo, Rousseff, que chegou à entrevista munida de um grande maço de papéis e documentos, começa a falar sobre o impeachment, o processo que o Congresso brasileiro já pôs em andamento e que ameaça destituí-la em menos de um mês se antes não conseguir os parlamentares aliados necessários. “Esse processo está baseado em algo bastante frágil”. E acrescenta: “Como ele surge?

O presidente da Câmara, para evitar o processo de cassação, tenta maioria dentro do Conselho de Ética e ameaça o Governo. O governo não lhe dá os votos e abre-se o processo de impeachment. Eduardo Cunha foi denunciado. A Procuradoria Geral da República o associou a cinco contas no exterior dizendo ser ilegais. Não sou eu que estou dizendo, é a Procuradoria Geral da República". Leia a edição completa da entrevista, publicada nesta sexta, aqui.

Para a presidenta do Brasil, este processo de destituição é antidemocrático: "Nós tivemos golpes militares por toda América Latina. Em um sistema democrático de Governo implica que os golpes mudam de característica. Não se trata de golpes nos termos do passado. O pacto entre nós é a Constituição de 1988. Ela assegura que não se pode tirar um presidente da República legalmente eleito a não ser que haja prova de crime de responsabilidade. Não tendo, é golpe contra a democracia. As consequências disso nós não sabemos, porque não temos a capacidade de prever o futuro."

À pergunta sobre se vai renunciar, dada a crise crescente em que vive o país, responde: "Por que eles pedem que eu renuncie? Porque eu sou mulher frágil? Não sou frágil. Não foi isso a minha vida. Sabe por que pedem que eu renuncie? Para evitar o imenso constrangimento de tirar uma presidenta eleita de forma indevida, de forma ilegal, de forma criminosa. (Sugerem:) 'Ela deve estar completamente afetada, desestruturada, pressionada'. Não estou assim nem sou assim. Tive uma vida muito complicada para que eu não seja capaz de lutar pela democracia no Brasil. Eu tinha 19 anos e fiquei três anos presa, e aqui a prisão não era leve, a barra era pesada. Eu lutei naquela época em condições muito mais difíceis, vou lutar agora em condições favoráveis, é a democracia do meu país, é ela que me dá força. Eu não renuncio. Para me tirar daqui vão ter de provar que eu tenho que sair."

Em relação à polêmica nomeação de Lula como ministro –que ao menos um ministro do Supremo considera uma manobra para ele escapar do juiz da Operação Lava Jato –, Rousseff afirma: “Vamos supor que seja verdade que ele tenha vindo se proteger. Mas que proteção estranha, porque um ministro não está protegido de investigação. Pelo contrário, ele é investigado pela Suprema Corte, e os onze juízes da Suprema Corte não são piores ou melhores, dependendo de como você quer colocar a questão, do que um juiz de primeira instância. Então que história é essa? A de tentar impedir que Lula venha. Ora, ele vem como ministro ou ele vem como meu assessor. Ou ele vem de um jeito ou ele vem do outro. Nós traremos o presidente Lula para nos ajudar o Governo. Não há como impedi-lo de ajudar o Governo."

Fonte: El País

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Gripe forte pode afetar o coração, alerta especialistas

Várias cidades do Brasil estão antecipando a campanha de vacinação contra a gripe. O vírus H1N1 faz a cada dia mais mortes, mas não é só ele. Uma menina de oito anos morreu e a suspeita é que a causa fosse o vírus B da gripe.

A cardiologista Ludhmila Hajjar explica que os vírus são a principal causa de miocardite (vírus da gripe, do resfriado, dengue, hepatite, HIV). O vírus vai para o coração e provoca inflamação do músculo cardíaco. O coração não bombeia direito e a pessoa pode ter morte súbita, porque o corpo não recebe oxigênio.

Para se proteger da gripe, a indicação é a prevenção. Tomar a vacina, lavar sempre as mãos com água e sabão e andar com álcool gel. Também é importante deixar os ambientes ventilados.

Diferenças entre vírus A e vírus B
Existem algumas diferenças entre os vírus da gripe A e B. O vírus A causa epidemias e está em humanos e em outros animais. Ele também sofre muitas mutações, é instável e a cada sete anos as alterações podem gerar grandes epidemias. O vírus A também atinge todas as faixas etárias. Já o vírus B causa surtos localizados, está apenas em humanos e afeta mais crianças.

Fonte: Bem Estar/G1

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Esquema de propina da Odebrecht funcionava desde governo Sarney

A 26ª fase da operação Lava Jato expôs, na última terça-feira (22), a existência de um "departamento de propina" na empreiteira Odebrecht, que teria sido utilizado para movimentar altas somas de dinheiro em pagamentos ilícitos para agentes públicos e políticos principalmente em 2014. O esquema, no entanto, pode ser muito mais antigo.

Documentos mostram que, durante o mandato presidencial de José Sarney (1985-1990), procedimentos bem semelhantes aos apontados pelos investigadores da Lava Jato envolviam 516 agentes públicos, empresários, empresas, instituições e políticos. Entre eles, há ex-ministros, senadores, deputados, governadores, integrantes de partidos como PSDB, PMDB e PFL (atual DEM).

O UOL teve acesso a quase 400 documentos internos da empreiteira, a maioria datada de 1988, detalhando remessas e propinas a diversos políticos. A documentação estava de posse de uma ex-funcionária da Odebrecht. Como no esquema divulgado pela Lava Jato na terça-feira (22), eram utilizados codinomes para os receptores dos pagamentos e as propinas eram calculadas a partir de percentuais dos valores de obras da empreiteira nas quais os agentes públicos estavam envolvidos.

A Odebrecht afirmou "que não se manifestará sobre o tema". Todos os políticos ouvidos negaram qualquer envolvimento em esquema de propinas com a construtora.

Na documentação chamada "Livro de Códigos", havia uma lista, batizada de "Relação de Parceiros", que detalha os codinomes de políticos, agentes públicos e empresários relacionados às obras da Odebrecht nas quais teriam atuado.

Um dos nomes que aparecem é de Antonio Imbassahy, atual deputado federal pelo PSDB – que tinha o codinome "Almofadinha", e estaria relacionado à obra da barragem de Pedra do Cavalo, na Bahia. Imbassahy presidiu a Desenvale (Companhia do Vale do Paraguaçu) nos anos 1980, quando era filiado ao PFL. A Desenvale foi o órgão público responsável pela obra de Pedra do Cavalo.

Também do PSDB, Arthur Virgílio, atual prefeito de Manaus, recebe o codinome "Arvir". Do PMDB, são citados Jader Barbalho ("Whisky"), atualmente senador, ligado à obra da BR-163, no Pará, e o ex-ministro de Minas e Energia, senador Edison Lobão ("Sonlo"). Os filhos do ex-presidente José Sarney, Fernando e José Filho, aparecem com os codinomes "Filhão" e "Filhote"; Roseana Sarney, como seu nome de casada, "Roseana Murad", aparece como "Princesa".

Na lista, está também o ex-presidente e atualmente senador recém-desfiliado do PTB, Fernando Collor de Mello ("Mel"), relacionado a um emissário submarino construido na década de 1980, quando ele era governador de Alagoas. Há também o nome de Aroldo Cedraz, atual presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), de codinome "Toldo" e ligado à obra adutora do Sesal – ele ocupava na época os cargos de presidente da Cerb (Companhia de Engenharia Rural da Bahia) e de secretário de Recursos Hídricos e Irrigação da Bahia.

O já falecido ex-deputado federal e governador do Mato Grosso, Dante Oliveira (1952-2006), que ficou famoso como o autor do projeto que pedia eleições diretas para presidente nos anos 1980, tinha o apelido "Ceguinho" e estaria relacionado a obras de canais em Cuiabá, cidade onde foi prefeito por três mandatos.

"Esquema sempre existiu, sempre foi esse"
"O esquema naquela época era mais ou menos como esse divulgado essa semana, só não tão organizado assim. Esse esquema de propina, de fraudar licitações, sempre existiu na empresa. Aliás em todas as grandes, o esquema sempre foi esse", explica Conceição Andrade, ex-funcionária da empresa e que trabalhou no departamento responsável pelos pagamentos – a antecessora de Maria Lúcia Tavares, que delatou o esquema atual na Lava Jato.

"Eram porcentagens de valores das obras. Era feito o fechamento, e determinava um percentual. A partir daí ocorria o superfaturamento e o pagamento. Tudo isso era feito através de transações bancárias e dinheiro. É bem semelhante ao que foi divulgado na Lava Jato, mas hoje tem um departamento específico para isso. Naquela época era feito em nível de gerência, mas acredito que tenha funcionado em diretoria e presidência também", completa Conceição.

"Quando fui demitida e peguei os pertences pessoais, esses documentos estavam no meio da caixa, acabaram vindo junto. As pessoas recomendaram que me desfizesse, mas achei bom guardar. É preciso traçar um paralelo, mostrar que isso é antigo. Alguns desses crimes podem até estar prescritos, mas isso tudo mostra que o esquema vem de bem antes. A saída é reforma, não é demonizar o PT", explica a ex-funcionária.

Investigação
Em 2015, Conceição encaminhou toda a documentação detalhando as propinas para o deputado federal Jorge Solla (PT-BA). Solla apresentou tudo em dois âmbitos: na Polícia Federal e na CPI da Petrobras.

Os documentos foram entregues ao delegado Bráulio Galloni, que, por sua vez, remeteu tudo para Curitiba, sede da força-tarefa da Lava Jato. Atualmente, estão na Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da Polícia Federal.

Outro Lado
O deputado federal Antonio Imbassahy afirmou que é "um despropósito" a menção ao seu nome na "Relação de Parceiros" da Odebrecht. "Como homem público sempre tive uma relação baseada na decência com a Odebrecht e com qualquer empresa."

O prefeito de Manaus, Artur Virgílio Neto, enviou nota ao UOL, na qual afirma:

"Meu pai, que tinha nome igual ao meu, era, nessa época, um simples senador cassado. Eu era um ex-deputado, prefeito de Manaus entre 1989 e 1992, distante dos governos federais desse período, que nunca se relacionou com a empresa Odebrecht.

Não fui e não sou parceiro de empresas e, em meio a esse charco todo, sempre me mantive nos limites da seriedade pública.

Considero no mínimo precipitada a formulação da pergunta sobre "propina". Equivaleria a eu perguntar ao jornalista se ele vende opinião em matérias ou artigos. Perdoe-me a dureza, mas sou cioso do patrimônio de honradez que herdei e que transmito aos meus filhos.

Desviar o foco dessa lama que vem cobrindo o Brasil pode terminar servindo de válvula de escape para os que têm culpa real nos desmandos éticos que desmoralizam o Brasil.

Nos meus dois mandatos de prefeito, não houve nenhuma obra dessa empresa [Odebrecht]. Espero, sinceramente, que um veículo do peso e da respeitabilidade de vocês saiba respeitar a honra de quem a possui."

Advogado responde por Lobão e Sarney
O advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, negou que seus clientes, o senador Edison Lobão (PMDB-MA) e a ex-governadora Roseana Sarney, tenham cometido qualquer ato ilícito.

"O Brasil passa por um momento de criminalização da política. Isto é muito grave. Vamos afastar da atividade política, que é essencial para qualquer país, as pessoas de bem. E a delação passou a ser prova para incriminar, sem sequer investigar. Um país punitivo não serve para a democracia. A palavra do delator normalmente é falsa e estranhamente seletiva."

O senador Fernando Collor, por meio de sua assessoria de imprensa, negou que tenha recebido "contribuições de empresas que não fossem legítimas doações de campanha" e afirmou que não se manifestará "sobre listagem apócrifa".

No final da tarde de segunda-feira (28), a assessoria de comunicação do TCU enviou a seguinte resposta do presidente Aroldo Cedraz:

"O ministro informa que desconhece tais papéis e esclarece que nunca recebeu qualquer vantagem ou valor indevidos. O ministro foi Secretário de Irrigação e Recursos Hídricos do Estado da Bahia de 1987 a meados 1988, função que acumulou com a de presidente da Companhia de Engenharia Rural da Bahia (Cerb) no ano de 1987. Durante sua gestão, os projetos para a obra da Adutora do Sisal foram elaborados. O então secretário não tinha relação com empresas contratadas."

O UOL ligou para os telefones do senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e de seus assessores, mas ninguém atendeu aos telefonemas. O UOL não conseguiu contato com Fernando Sarney e José Sarney Filho.

Fonte: UOL

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Crato (CE): Projeto Sorriso em Ação participa de ação no Bairro Alto da Penha

A Secretaria de Saúde do Crato por meio da Coordenação de Saúde Bucal participou neste domingo (3), de uma ação alusiva ao Dia da Divina Misericórdia. A ação foi realizada na Pastoral do Menor no bairro Alto da Penha.

Segundo a Coordenadora da Saúde Bucal do Crato Saskia Barreto, o Projeto Sorriso em Ação participou com atividades preventivas, como orientações do modo correto de escovar os dentes, distribuição de kits de escovação, realização de escovação supervisionada e aplicação tópica de flúor. Além de atendimento clínico odontológico, como restaurações, exodontias e limpeza dentária.

“Foram atendidos em média 100 pessoas. A nossa idéia é que essa ação itinerante ocorra de forma quinzenal, preferencialmente aos domingos. Com objetivo de estimular a prevenção odontológica e levar atendimento dentário a população cratense”, ressaltou a Coordenadora.

A odontóloga ressalta que essa atuação foi feita em conjunto com a Fundação Terra e que no próximo dia 17 o Sorriso em Ação estará disponibilizando suas atividades no Sítio Serrinha na localidade das Guaribas.

O Projeto Sorriso em Ação tem como objetivo a prevenção e promoção em saúde bucal visando atender crianças e adolescentes do município do Crato, instituindo hábitos e atitudes saudáveis, reduzindo ao longo dos anos o número de desdentados na cidade.

Assessoria de Imprensa/PMC

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"Alguma coisa errada está havendo", diz Mello sobre delações na Lava Jato

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello afirmou na noite desta segunda-feira (4), em entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura, que vê "algo de errado no grande número de delações premiadas" que vêm sendo fechadas pela Justiça Federal na Operação Lava Jato.

"Nunca vimos um número tão grande de delações. Não é aceitável que se mantenha o cidadão preso temporariamente por tanto tempo para que ele faça uma delação. Alguma coisa errada está havendo", afirmou.

Esse disse ainda temer que eventuais erros que a operação possa ter cometido acabem por desqualificar outros procedimentos da operação.

"Não posso a priori dizer que todas as decisões dele [do juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato] estejam corretas, afinal todos estamos sujeitos a erros. Mas é por isso que temos recursos", disse ao destacar ter confiança no funcionamento do sistema jurídico."Penso que o sistema funcione corretamente, e conclamo todos os cidadãos a confiar nas instituições".

Apesar das ressalvas, Mello elogiou o trabalho da força tarefa de Curitiba. "Merece aplausos a Polícia Federal, Ministério Público e a magistratura, simbolizada na figura do juiz Sergio Moro".

Impeachment de Temer
Respondendo a pergunta sobre um eventual impeachment do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), Mello disse que o processo ainda está num "estágio muito embrionário".

Segundo Marco Aurélio Mello, ainda é preciso haver uma manifestação formal da Câmara dos Deputados sobre a matéria. E relativizou sua suposta inclinação ao impedimento de Temer: "Sou um juiz muito sugestionável, posso evoluir ou involuir".

Um pedido de impeachment de Temer foi protocolado na última sexta-feira (1) pelo ex-governador do Ceará Cid Gomes (PDT) e foi rejeitado nesta segunda pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Atualização: Nesta terça-feira, Marco Aurélio Mello determinou que Cunha aceite pedido de impeachment contra Temer e instale uma comissão especial para analisar o processo.

No "Roda Viva", Marco Aurélio criticou as interceptações telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Operação Lava Jato: "As divulgações são condenáveis a todos os títulos. Temos lei que impõe sigilo. Para divulgação de um magistrado, há pena prevista no campo administrativo. Agora, o conteúdo é algo super desagradável, para dizer o mínimo".

Sobre a convocação de eleições gerais, o ministro do STF classificou a proposta de "utópica": "De início, eleições gerais pressuporiam uma renúncia coletiva. Não só de quem ocupa cargo no Executivo como também no Legislativo. Isso é utópico. Essa emenda de início se mostraria contrária aos ditames constitucionais".

O ministro negou o suposto "acovardamento" do Supremo, sugerido por Lula, e avaliou que o cargo dá estabilidade justamente para não haver pressão, e rebateu: "Você acha que eu sou uma pessoa acovardada? Pelo contrário, existe um desprendimento [no cargo], e nós só nos curvamos à ciência e à consciência".

Golpe?
Em recente entrevista à imprensa, Mello tinha avaliado que, se a defesa da presidente Dilma Rousseff tivesse razão e um crime de responsabilidade não tivesse sido cometido, então o impedimento seria golpe. No "Roda Viva" desta segunda, o ministro voltou ao assunto, dizendo que a repercussão da declaração distorceu o que foi dito. E fez questão de ressaltar: "Eu não parei para analisar [o processo]. Não conheço e não me atreveria a dizer que estamos diante de um golpe. O que eu disse é que, se não houver fato jurídico, será um golpe".

Fonte: UOL

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STF desarquiva processos contra ex-ministros de FHC

Duas ações de reparação de danos por improbidade administrativa contra membros do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) foram desarquivadas em 15 de março último por decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), colegiado presidido pelo ministro Luís Roberto Barroso. Os processos atingem os ex-ministros José Serra (Planejamento), que atua como senador pelo PSDB de São Paulo; Pedro Malan (Fazenda); e Pedro Parente (Casa Civil), entre outros integrantes da gestão FHC.

O responsável pelo arquivamento foi o ministro do STF Gilmar Mendes, em decisão formalizada em 2008. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A reportagem informa que as ações agora desarquivadas tramitam na 20ª e na 22ª varas federais do Distrito Federal – o prosseguimento dos procedimentos judiciais só pode ser invalidado por decisão do plenário do STF. Os processos foram provocados pelo Ministério Público Federal, à época da gestão do procurador-geral da República Antônio Fernando de Souza.

O procurador-geral apontou crimes cometidos por ocasião da ajuda financeira em 1994, por parte do Banco Central, aos bancos Econômico e Bamerindus, além da ilegalidade de atos do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer). Em uma das ações, a 22ª vara federal já proferiu sentença parcialmente desfavorável aos réus.

Os ministros de FHC recorreram da sentença em 2002, por meio da Reclamação 2186, com o argumento de que a Justiça Federal não era foro competente para o julgamento – tarefa que, para os investigados, cabe ao STF, devido à prerrogativa de foro privilegiado conferida às autoridades envolvidas. Além do julgamento de mérito, o recurso pedia liminar suspendendo imediatamente o transcurso dos processos.

Nomeado por FHC, Gilmar Mendes deferiu a liminar em 3 de outubro de 2002, três meses depois de tomar posse na corte. Em 22 de abril de 2008, na véspera de assumir o comando do STF, o magistrado determinou o arquivamento das ações – o juiz acatou a argumentação dos ministros de FHC a respeito do foro adequado para o julgamento, e alegou que os atos de improbidade administrativa em questão constituíam crime de responsabilidade, cabendo apenas ao Supremo tal deliberação.

Por meio de agravo regimental, o então procurador-geral contestou a decisão de Gilmar Mendes em 12 de maio de 2008, cerca de 20 dias depois do arquivamento. Para Antônio Fernando de Souza, o caso em questão, de improbidade administrativa, não pode ser confundido com crime de responsabilidade – logo, no entendimento dele, a questão deve ser julgada pela Justiça Federal. Tal interpretação foi acatada pela 1ª Turma do STF no último dia 15, oito anos depois do recurso de Antônio Fernando – consequentemente, as ações retornaram para as duas varas de origem, votando a se tornar ativas.

Fonte: Congresso em Foco

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Crato (CE): Moradores fazem manifestação pelo desaparecimento de mulher

Com cerca de 500 pessoas, foi realizada manifestação no último sábado em Crato, por conta do desaparecimento, há mais de 25 dias, de Rayane Alves Machado, de 24 anos, que mora na Vila São Bento, no Município. Portando faixas e cartazes, os moradores, familiares e amigos da vítima pedem justiça e defesa da mulher. A procura tem sido desesperadora para os familiares. A vítima sumiu, após sair do trabalho, no dia 19 de março, depois da meia-noite, quando retornava para casa.

Somente na comunidade da Vila São Bento, moradores contam que esse é o terceiro caso de desaparecimento, mas que as outras duas vítimas morreram de forma violenta.
Representantes de entidades e movimentos sociais de defesa da mulher estiveram participando do movimento e, conclamam ao povo cratense, para auxiliar nas buscas. O Conselho Municipal de Defesa da Mulher Cratense (CMDMC), afirma que estará empenhado na luta, até que a vítima seja encontrada. Nesta terça-feira, representantes do órgão estarão na Câmara Municipal do Crato, a partir das 8 horas, para denunciar o caso, e, em seguida, irá formalizar a denúncia na Delegacia da Mulher.

A manifestação saiu do Cruzeiro, na comunidade da Vila São Bento, em direção ao campo Siciety, na entrada da Vila, local onde a vítima foi vista pela última vez.

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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Os perigos ocultos da ingestão de suplementos de proteína

Em janeiro, fui parar no hospital devido a uma forte dor no abdômen, que me impedia de ficar em pé na postura correta.

Depois de um exame e de muita dor, o médico me disse que eu estava com cálculos renais, provavelmente causados pela ingestão desproporcionalmente alta de proteínas.

Meu corpo simplesmente não conseguiu processar tudo, e a proteína se transformou em depósitos calcificados nos rins. O episódio me levou a pensar nos meus anos de exercícios na academia.

Depois de muitos anos treinando, me transformei em uma das pessoas que se convencem de que, com seu rudimentar conhecimento de nutrição, acham que podem fazer com que seu corpo funcione de maneira mais eficiente e seus músculos fiquem maiores.

E, como qualquer um que já tenha feito isso sabe, a base desse processo é ingerir muita proteína.

A questão é: o que acontece quando uma pessoa começa a ingerir tanta proteína?

Consequências
A Agência de Normas Alimentares da Grã-Bretanha, por exemplo, recomenda que um adulto consuma até 55 gramas de proteína por dia.

Mas essa quantidade é apenas aproximada e varia dependendo da massa corporal, do gênero e do esforço físico da pessoa.

Por outro lado, um estudo da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, descobriu que tomar proteína do soro de leite (um elemento básico para a maioria dos fanáticos por fitness) durante um período prolongado está relacionado a um risco maior de problemas renais.

E também pode ter um efeito negativo grave em outros aspectos da saúde, causando desidratação, fadiga e até aumentar o estresse do coração.

Músculos
Para que o corpo possa funcionar em um nível adequado, nutricionistas recomendam que obtenhamos nossas proteínas de forma natural, diretamente dos alimentos.

O principal problema é que os “vendedores de proteína” não têm nenhuma obrigação legal de apresentar a composição nutricional de seus produtos, já que eles são classificados como “suplementos” e não como “alimentos”.

Mas os rins correm perigo quando se trata de um produto responsável por uma grande proporção da ingestão diária recomendada --a maioria dos shakes de proteína têm cerca de 20 gramas de proteína por porção (alguns “construtores de músculos" têm mais de 50 gramas e mais de mil calorias).

A imprensa especializada em boa forma também tem parte da culpa. A especialista em treinamento pessoal Pola Pospieszalka disse à BBC que “as revistas de fitness apelam para vaidade, não se concentram na saúde”.

Pospieszalka está convencida de que podemos tirar todos os nutrientes de que precisamos de uma dieta equilibrada.

A personal trainer Jade Lindsay concorda, agregando que alguns de seus clientes em academias “desenvolveram até problemas nos ossos” após apelar para suplementos alimentares para conseguir o corpo sonhado em pouco tempo.

Responsabilidade
Nem todos os personal trainers são tão responsáveis no momento em que seus clientes buscam resultados rápidos.

Eu mesmo passei muito tempo na academia escutando sobre dietas malucas que recomendavam o consumo de mais de 200 gramas de proteína por dia.

Em meu esforço para conseguir ser musculoso, caí na armadilha. Spencer Nadolsky, ex-lutador e agora médico especializado em emagrecimento, diz que há "muita desinformação" nesse meio e que muitas vezes os personal trainers têm um conflito de interesse: ao mesmo tempo em que precisam orientar seus clientes, muitos são estimulados a vender produtos.

Este é um tema que preocupa Charlayne Hart, modelo e tetracampeã do mundo em fitness.

Ela disse que a maioria dos treinadores que aconselham o uso de suplementos “está tentando ganhar um dinheiro extra”, mas acredita que o problema está na forma como os suplementos são comercializados.

E, além dos personal trainers, "há também os promotores destas empresas (de suplementos) que tentam convencê-lo a ingeri-los para ganhar comissão”, disse Hart.

"Caí na armadilha das dietas de alta proteína sem saber muito sobre os efeitos no longo prazo que elas podem ter no corpo. Tive problemas graves de dor no estômago, cólon muito bloqueado e sofro de colite (inflamação do intestino grosso)."

O que está claro é que um aumento do consumo de proteína não é uma solução rápida para alcançar o corpo desejado. Pelo contrário, pode trazer riscos graves para a saúde.

Fonte: BBC Brasil

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Líder do governo diz que, se Dilma cair, Temer será a próxima vítima

Líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE) avaliou nesta segunda-feira que uma eventual destituição da presidente Dilma Rousseff do cargo não trará a estabilidade política desejada. De um lado, movimentos sociais alinhados ao governo não aceitarão passivamente o impeachment. De outro, acredita, não vai demorar para que os mesmos que hoje querem apear Dilma do poder façam de Temer “a próxima vítima”.

“Certamente, a julgar pela fome de poder daqueles que estão conduzindo o impeachment, certamente a próxima vítima seria o Temer”, apontou.

“As pessoas que estão indo para a rua pedir ‘fora Dilma’ não vão pedir ‘fica Temer’. Será um governo frágil, sem sustentação no Congresso e na sociedade que possa garantir que esse governo demore muito tempo. Será um presidente enfraquecido”, disse. “Esses que agora patrocinam esse movimento de ‘fora Dilma’ vão patrocinar rapidamente a saída do senhor Temer. A instabilidade política e social vai permanecer. Não vejo como um governo resultado de um golpe seja capaz de se sustentar em um sistema democrático”, continuou.

Não haverá trégua, tampouco, de PT e os aliados que restarem. “Nós do PT, dos movimentos sociais e todos aqueles que defendemos a democracia e já estamos mobilizados nas ruas vamos seguir ocupando o Brasil inteiro, de norte a sul, para denunciar a ruptura da ordem democrática e dizer que não aceitamos qualquer tipo de golpe”.

Fonte: Valor 

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Crato (CE): Projeto Neurofor será reativado no município

Durante participação na edição do último sábado, 2, do Programa Falando com o Prefeito, na rádio Educadora AM , o assessor técnico da Secretaria de Saúde do Crato, Lucimilton Macêdo, informou o retorno do programa Neurofor ao nosso município.

Na ocasião, Lucimilton comunicou que ainda este mês, o programa será reativado, e falou também que os profissionais estão sendo contratados e que posteriormente, serão capacitados para fazer um trabalho de reabilitação com as crianças cratenses.

Lucimilton informou que a prefeitura atende com essa ação a uma reivindicação da população conhecedora da importância do projeto.

Ainda em sua participação no programa, Lucimilton destacou que a Secretaria de Saúde está atendendo dentro do possível as demandas dos trabalhadores do setor. Segundo o assessor técnico, o prefeito Ronaldo vem orientando a que todas as pastas tenham um forte diálogo com os servidores municipais no intuito de atender as demandas das categorias.

Assessoria de Imprensa/PMC

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Quem apoia impeachment defende 'violência', diz Dilma

Pelo terceiro dia consecutivo, a presidente Dilma Rousseff transformou o Palácio do Planalto em palco para um ato contra o processo de impeachment. Nesta sexta-feira, 1, durante a assinatura de decretos para a reforma agrária e comunidades quilombolas, Dilma acusou os seus oposicionistas de incentivarem o clima de intolerância no País.

“Nós hoje precisamos nos manter vigilantes e oferecer resistência às tendências antidemocráticas. Oferecer resistência também às provocações. Nós não defendemos a perseguição de qualquer autoridade porque pensa assim ou assado. Nós não defendemos a violência. Eles defendem. Eles exercem a violência, nós não”, disse.

Após falar sobre reforma agrária e discriminação, Dilma afirmou que a construção de um País pacífico no convívio social é o princípio que permeia as ações do seu governo. Em seguida, disse que era importante a frase dita pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, “não vai ter golpe, vai ter reforma agrária” e emendou: “O País deveria estar fazendo ações para crescimento econômico”.

Dilma retomou também a comparação entre o atual momento político com o da ditadura militar. Segundo ela, “aspectos da democracia estão sendo ameaçados” por conta do impeachment. “Não é democracia quando os direitos de alguns são atropelados pelo arbítrio de outros”, completou.

Apesar do tom adotado pela presidente, representantes de movimentos sociais que participaram do evento fizeram discursos inflamados contra os que defendem o impeachment. O secretário de administração e finanças da Confederação dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), Aristides Santos, por exemplo, convocou invasões de terras de parlamentares ruralistas como forma de evitar o impeachment. “Vamos ocupar as propriedades da bancada da bala. Vamos ocupar os gabinetes deles e as fazendas deles contra o golpe”, disse.

Nesta semana, a presidente já havia transformado o lançamento da terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida, na quarta-feira, em palanque contra o impeachment. Na quinta, Dilma reuniu dezenas de artistas e intelectuais para mais um ato de apoio à continuidade do seu mandato.

Durante a cerimônia desta sexta, foram assinados 21 decretos de desapropriação de fazendas para a reforma agrária e quatro decretos de regularização de terras quilombolas, totalizando 56.512 hectares. O governo também lançou um edital de R$ 4,5 milhões para projetos que promovam a igualdade racial.

Fonte: Estadão 

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Moro é alvo de 12 ações no CNJ que questionam sua atuação na Lava Jato

O juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Paraná, é alvo de 12 representações que pedem que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) investigue se ele cometeu infrações disciplinares no caso.

A maior parte das ações (nove delas) foi motivada pela interceptação e divulgação de gravações do ex-presidente Lula pela Lava Jato que atingiram até mesmo a presidente Dilma Rousseff –outras três tratam de questões gerais da atuação do juiz.

Os pedidos de apuração foram apresentados por sindicatos, advogados de várias partes do país e um vereador ligado ao PT, entre outros.

O mais recente foi protocolado nesta terça-feira (22) por 14 senadores –três deles são investigados no STF (Supremo Tribunal Federal) por suposta participação na Lava Jato: Humberto Costa (PT-PE), Gleisi Hoffman (PT-PR) e Lindbergh Farias (PT-RJ).

Segundo os congressistas, o CNJ precisa avaliar a atuação de Moro: "A divulgação da mesma gravação ilegal está feita por determinação escrita do juiz Sergio Moro ao levantar o sigilo das interceptações tendo ciência não só de sua ilicitude, mas de que havia nelas diálogos de pessoa com prerrogativa de foro, sendo essa a presidenta da República".

A ação faz duras críticas ao juiz. "É preciso reconhecer que a partir de determinado momento a Operação Lava Jato passou a ser conduzida de forma midiática e espetacularizada. O juiz que a conduz mostra-se seduzido pela 'fama' e faz um diálogo com o segmento social insatisfeito com o governo federal não no sentido de esclarecê-lo e acalmar os ânimos, mas ao oposto", afirma os senadores.

"Seus atos tendem a incitar a população à subversão da ordem política e social. E o grave é que não encontra mais os limites das leis e da Constituição Federal como parâmetros", completou.

Pelas regras do CNJ, que é o órgão com poder para investigar atos de magistrados, a ministra corregedora Nancy Andrighi faz uma análise inicial de admissibilidade da representação. Caso entenda que são admissíveis, ela apresenta o caso ao plenário e propõe abertura de uma investigação que precisa ser votada. Se aprovada, é nomeado um relator entre os 15 integrantes do Conselho.

Esse processo disciplinar pode ser arquivado ou levar a diversas penalidades ao juiz –em último caso, a sua demissão.

A coluna Painel mostrou nesta terça (22) que a corregedora negou dois pedidos liminares contra Moro. Um queria o afastamento da função de juiz e outro, a proibição das divulgações de delações e escutas.

A ministra pediu que Moro se manifeste sobre os pedidos do Sindicato dos Advogados da Paraíba e de Antônio de Pádua Pereira Leite em 15 dias.

Fonte: Folha.com

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Paulinho da Força discute em aeroporto e joga dinheiro para mulher

O deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), foi protagonista de um bate-boca com uma dona de casa no aeroporto de Brasília nesta terça-feira (30). No desentendimento, Paulinho chegou a jogar notas de dinheiro contra a interlocutora. As imagens foram publicadas em redes sociais.

No vídeo, a responsável pela filmagem acompanha o deputado na área de desembarque do aeroporto, onde ele estava acompanhado de um assessor e do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Edifícios e Condomínios de São Paulo (Sindifícios), Paulo Ferrari.


"Vamos filmar bem os traidores, porque vai ter preço depois", diz a mulher, não identificada pelas imagens, fazendo referência ao apoio dado pelo parlamentar ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Traidor? Traidora é você, ladrona (sic)", rebate Paulinho. "O senhor está me chamando de ladrona? O senhor está me chamando de ladrona? De onde o senhor tirou isso, que eu sou ladrona?", argumenta a mulher.

"De onde você tirou que ele é traidor? De onde você tirou que ele é traidor?", pergunta um dos dois homens que acompanham Paulinho do desembarque.

"O que eu já te roubei? O que eu já te roubei para você me chamar de ladrona? Qual o esquema? Eu sou uma mãe de família, uma dona de casa, não estou roubando para ninguém. Eu estou lutando para os nossos direitos", rebateu a mulher que filma.

"Você está roubando o Brasil junto com a Dilma", argumenta Paulinho, já dentro de um carro sedã preto. Incomodado, o deputado então joga duas notas de R$ 10 para fora do carro, em direção à mulher.

"Toma um dinheiro. O dinheiro aí, ó", diz Paulinho. "Acabou a boquinha", completa, enquanto o carro vai embora do local.

Em comunicado oficial divulgado pelo Solidariedade nesta quarta-feira, o deputado afirmou ter dito "o que acredita" à mulher no aeroporto. Na nota, ainda faz duras críticas ao PT e à Dilma.

"Quero esclarecer a essa pessoa e ao povo brasileiro que os verdadeiros traidores são a Dilma e o PT, que usaram o dinheiro público e o voto da população para enriquecer", diz a nota.

"Quem acompanha de perto a política sabe que há denúncias de que os governistas estão pagando pessoas para protestar contra o impeachment e constranger deputados da oposição. Este também pode ser o caso do vídeo, pois a mulher que me perseguiu estava no aeroporto já com o objetivo de criar confusão, como fica claro nas imagens", acrescenta Paulinho.

"Dilma e o PT estão roubando o Brasil e quem os defende está ajudando esse governo a continuar a roubalheira. Foi isso o que afirmei à mulher no aeroporto, por ser o que acredito", completa a nota, agradecendo "ao povo brasileiro pelo apoio".

Fonte: UOL

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Enquanto impeachment de Dilma avança rapidamente, cassação de Cunha é protelada

"Se isto fosse uma corrida de Fórmula 1, nós estaríamos em um carro pilotado pelo [Rubens] Barrichello", admitiu o presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PR-BA), em sessão nesta terça-feira. O conselho estava reunido para receber a defesa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), um dos poucos presentes à reunião, fez seu contraponto: "Se aqui somos Barrichello, a comissão do impeachment avança como o [Ayrton] Senna".

A ironia de Alencar reflete a crise política crônica brasileira deste momento. O processo que pode resultar na cassação de Cunha por ter mentido sobre contas no exterior durante a CPI da Petrobras está no mesmo ponto do que aquele que pede o impeachment da presidenta Dilma Rousseff por ter cometido manobras fiscais. Com a diferença que o de Cunha começou a ser debatido em outubro do ano passado, e vem sendo postergado por uma série de manobras de aliados do deputado. Enquanto isso, o processo de Dilma começou para valer desde a última quinta-feira, quando a Câmara acertou a Comissão de Impeachment. Ambos, porém, estão na etapa de estabelecimento de um roteiro de trabalho, que inclui definir o cronograma de sessões e votações. Diante do inusitado, Araújo pregou resignação: "Lá [na Comissão Especial do Impeachment] pode tudo, aqui não pode nada".

O presidente do Conselho tem um argumento simples para explicar o paradoxo. "Os ventos sopram à vontade do poder. Paciência, nós temos que nos resignar", constatou ele, que submeteu na reunião desta terça aos colegas um procedimento cuja decisão cabia apenas a ele, sob o pretexto de "prestar uma homenagem ao plenário". O plenário não parece ter se sentido tão honrado. Apenas oito deputados se posicionaram sobre a possibilidade de deliberar sobre o que não precisaria ser deliberado, e assim não foi possível somar os 11 votos necessários para a tomada da decisão, que voltou ao presidente do Conselho.

A poucos metros dali, no Plenário 1, a Comissão Especial do Impeachment avançava de vento em popa, e não exatamente por que não haja ninguém tentando atrasá-la. A exemplo do que os partidários de Cunha fazem no Conselho de Ética, os governistas pretendem se valer de passos em falso da oposição para alongar os trabalhos da comissão o quanto for possível. Nesta terça, o presidente da comissão, Rogério Rosso (PSD-DF), voltou atrás numa decisão do dia anterior e anunciou que não iria considerar o recebimento de anexos como a delação do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS).

Com base na decisão, e levando em conta que a defesa de Dilma já havia sido notificada sobre a inclusão da delação no processo, deputados governistas pretendem voltar à estaca zero no prazo para defesa — até agora já estariam contando três das dez sessões a que a presidenta tem direito para apresentar seus argumentos. Faltam, portanto, sete sessões (uma por dia) para se explicar, a não ser que, como desejam deputados como Paulo Teixeira (PT) e Jandira Feghali (PCdoB), a comissão decida notificar os defensores de Dilma sobre a alteração de decisão e que isso seja entendido como um reinício do processo.

Ultrapassagem
A julgar pelos ventos do Congresso Nacional, que, como bem lembrou o presidente do Conselho de Ética, "sopram à vontade do poder", os governistas dificilmente conseguirão alongar o processo contra Dilma na Câmara. Talvez por isso o Palácio do Planalto já se prepare para tratar da questão no Supremo Tribunal Federal (STF). Agora advogado-geral da União, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo considera apresentar ao STF um processo de controle de constitucionalidade para questionar o processo. Foi no Supremo, aliás, que o Governo conseguiu congelar por quase três meses o avanço do impeachment na Câmara. Na próxima cartada, os governistas devem argumentar que o processo aberto contra Dilma não tem base legal.

Enquanto isso, o presidente da comissão, Rogério Rosso, prevê disponibilizar o relatório final do impeachment ao plenário da Câmara na primeira quinzena de abril. É nesse momento que a Câmara fará a votação para afastar a presidenta. Se aprovado, o processo segue para o Senado. Chegou-se a aventar a possibilidade de votar o impeachment até num dia de domingo (17 de abril), sugestão dada pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), segundo a Folha de S. Paulo. O relator do caso, Jovair Arantes (PTB-GO), prometeu pressa e pode entregar o relatório inclusive antes de seu prazo limite (cinco sessões após a entrega da defesa de Dilma).

Já o processo contra Cunha deve prosseguir na mesma e lenta toada. O presidente do conselho reforçou na sessão desta terça que não pretende convocar mais de uma reunião sobre o assunto por semana. O advogado do presidente da Câmara entregou hoje sua defesa ao Conselho de Ética, negando a acusação de que o deputado mentiu sobre ter contas no exterior. Agora, o relator do caso, Marcos Rogério (DEM-RO), que está em viagem aos Estados Unidos, tem 40 dias úteis para investigar a questão, ouvindo testemunhas e analisando documentos. Tem ainda outros dez dias para formular seu relatório. Isso poderia empurrar a entrega de seu parecer para junho. Só então o julgamento de Cunha seria conduzido pelo conselho. A essa altura, Ayrton Senna já deve terá cruzado a linha de chegada há semanas.

Fonte: El País

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A partir de agosto, diploma em medicina dependerá de teste final

O diploma de Medicina estará, a partir de agosto, condicionado à participação em um exame de avaliação dos estudantes, informou nesta sexta-feira, 1º, o Ministério da Educação (MEC). As provas serão aplicadas em caráter pedagógico a alunos dos segundo e quarto anos de faculdade; no sexto (e último), porém, quem não atingir a nota de corte não poderá se formar.

Cerca de 20 mil estudantes que ingressaram nos cursos de Medicina em 2015 já devem ser submetidos ao exame, aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no segundo semestre deste ano. A medida responde a uma resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) publicada em 2014 - e que estimava um prazo de dois anos para sua implementação.

A Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina (Anasem) será um componente curricular obrigatório e os alunos e as instituições que não se inscreverem ou não participarem estarão sujeitos a "penalidades" que ainda não foram definidas. O conteúdo da prova será nos moldes do Revalida - exame que certifica diplomas médicos expedidos por instituições estrangeiras para que passem a valer também no Brasil.

No segundo e quarto anos, a prova será apenas escrita e com conteúdo proporcional ao que o estudante já aprendeu. "Isso vai permitir que as escolas de medicina acompanhem a evolução de seus alunos e trabalhem para melhorar seu processo de formação", disse o reitor da Universidade Federal do Ceará (UFCE) Henry Campos, representante da subcomissão do Revalida. Já no ano final, além de uma prova de conhecimentos médicos, haverá uma segunda etapa que avaliará as habilidades clínicas do formando - fundamental para o acesso a programas de residência médica, por exemplo.

Segundo o ministro Aloizio Mercadante, instituições e entidades médicas já apelavam para que existisse uma maneira de avaliar o progresso do estudante durante a faculdade. "O exame possibilita que problemas sejam corrigidos ao longo da formação do aluno, que terá um parâmetro para saber como está se saindo. Vamos ter um salto de qualidade. Queremos mais médicos, mas mais médicos bons", pontuou o ministro.

Campos frisou que o Anasem para graduandos em Medicina será mais frequente que o Revalida, atualmente realizado uma vez por ano. "Assim, quem não alcançou um bom resultado terá a oportunidade de, em um curto espaço de tempo, tentar de novo", disse.

A nota de corte vai variar de acordo com a prova. O escore é definido da seguinte maneira: um painel de educadores médicos, que não participaram da elaboração do exame, se debruça sobre as duas etapas do exame e, com base em seu conteúdo, estabelecem o porcentual de acertos esperados para um aluno considerado "médio". Além da residência médica, outros programas de pós-graduação como mestrados e doutorados, podem optar por avaliar a nota do candidato no Anasem. O MEC também lembrou que, uma vez que a reprovação no exame impede a expedição do diploma, o aluno que conclui a faculdade também não poderá solicitar o registro profissional (CRM).

Fonte: UOL (Com Estadão Conteúdo)

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Jornal Nacional não divulga lista da Odebrecht

O Jornal Nacional (TV Globo) resolveu não divulgar, na edição desta quarta-feira (23), os nomes e valores que constam de uma planilha apreendida pela Polícia Federal na Odebrecht, em 22 de fevereiro, em cumprimento a mandados de busca e apreensão durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Acarajé. A lista foi divulgada pelo jornalista Fernando Rodrigues (UOL), em primeira mão, e mais cedo também replicada por este site.


Na reportagem que menciona o assunto, o âncora do Jornal Nacional William Bonner se limita a ler a relação de 24 partidos com um ou mais representantes registrados na lista (DEM, PCdoB, PCB, PDT, PMDB, PMN, PP, PPL, PPS, PR, PRB, PRP, PSB, PSC, PSD, PSDB, PSDC, Psol, PT, PTdoB, PTB, PTC, PTN e PV). O apresentador explica que, como são mais de 200 os nomes dispostos no material, não haveria tempo suficiente para que todos fossem mencionados no telejornal. Além disso, declarou Bonner, as investigações da Lava Jato ainda não esclareceram se os repasses são ilícitos.

“O Jornal Nacional não vai divulgar os nomes dos políticos listados. E o motivo é simples: além de a polícia não saber ainda se [os políticos] cometeram alguma ilegalidade, a lista inclui mais de 200 pessoas de todos esses partidos. Não faria sentido escolher uns e omitir outros, e o tempo não nos permitiria divulgar todos”, declarou o apresentador do JN, emendado pela companheira de bancada Renata Vasconcelos.

“A suspeita dos policiais é que se trate de um registro contábil de pagamentos da Odebrecht para campanhas nas eleições de 2010, 2012 e 2014. Tanto doações oficiais quanto não declaradas, conhecidas como caixa 2”, destaca a âncora.

“O esclarecimento vai depender da investigação da Polícia Federal. Não é possível, de antemão, saber se os pagamentos são doação eleitoral legal ou propina. É que, mesmo que não estejam na prestação de contas registrada pelo Tribunal Superior Eleitoral, existem formas de pagamento chamadas de doações ocultas – são repasses feitos de forma legal aos partidos que só depois se destinam aos candidatos. Mais um motivo para o JN não divulgar a lista”, completa Bonner.

Com cerca de 45 minutos de conteúdo, o Jornal Nacional flexibiliza, ocasionalmente, o espaço que determinada reportagem ou evento ganhará durante a transmissão, que é feita sempre ao vivo por seus âncoras. Na semana passada, por exemplo, o telejornal – que tem a maior audiência da televisão brasileira – reservou mais da metade de sua programação para cobrir as manifestações antigoverno, e assuntos correlatos, provocadas pelo anúncio da nomeação do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil.

“Viagra”, “Avião”, “Caranguejo” e “Cacique”
Os documentos, dispostos em diversos arquivos, apontam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18 partidos políticos, de acordo as investigações da Lava Jato. Na lista, os nomes são associados a apelidos e a valores do que podem ser, segundo investigadores, repasses feitos pela empresa durante campanhas eleitorais.

Em seu blog no UOL, Fernando Rodrigues ressalta que, apesar da riqueza de detalhes, os documentos não podem ser utilizados como prova de que os beneficiários receberam recursos de caixa dois da empreiteira. Entre os mencionados, estão o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG); o vice-presidente do Senado, Romero Jucá (RR); o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE); e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), falecido em 2014.

Na lista, além das quantias registradas, alguns políticos são tratados também por apelidos. O atual presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é chamado de “Caranguejo”, enquanto o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é apontado como “Atleta”. Jucá, ex-líder do governo nos últimos três governos (Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma), é o “Cacique”, ao passo em que o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), é tratado como “Nervosinho”. O chefe de gabinete da presidente Dilma, Jaques Wagner, é apelidado de “Passivo”, enquanto a ex-deputada federal Manuela d’Ávila (PCdoB-RS) recebeu a alcunha de “Avião”.

Fonte: Congresso em Foco

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Juazeiro do Norte (CE): Caos na Saúde desafia poder público

Há um ano vista como um caos pelo Ministério Público Federal (MPF), após auditoria e ação civil pública, além de intervenção judicial, a Saúde de Juazeiro do Norte pouco melhorou e passará, em breve, por uma nova avaliação. O trabalho será realizado por auditora técnica nomeada pelo MPF, com previsão de início ainda neste mês.

A novidade agora é a etapa de processo de terceirização dos serviços, que vem sendo bastante criticada por vereadores e servidores do município, que ainda se encontram lotados no hospital e com futuro incerto, para onde serão transferidos.

O primeiro equipamento a ter uma empresa terceirizada pela Prefeitura responsável, a Instituto Médico de Gestão Integrada (Imegi), é o Hospital e Maternidade São Lucas, desde o último dia 18 de março. São mais de 100 servidores, que ainda não sabem seus destinos e continuam atuando no local.

O Ministério Público Federal tem buscando mais esclarecimentos sobre o novo procedimento adotado, incluindo, além da forma de contratação, a situação dos servidores. Quanto aos serviços, só o tempo poderá dizer de que forma a lei deve agir para cobrar as condições adequadas ao que for estipulado em contrato.

Esclarecimentos
O vereador Cláudio Luz questiona a forma de contratação, sem que tenha ocorrido nenhuma discussão na Câmara, inclusive pegando os próprios servidores de surpresa, passando por situação de constrangimento.

Uma reunião foi feita no próprio hospital, há mais de dez dias, para que novos esclarecimentos fossem prestados pela empresa contratada. Na última sexta-feira, representantes do legislativo, Prefeitura, servidores e empresa estiveram no MPF para informar os procedimentos que poderão ser adotados a partir de agora.

Segundo o vereador, com a contratação da empresa, a Prefeitura terá que desembolsar todos os meses R$ 2,5 milhões, o que irá gerar um saldo negativo para o Município de mais de R$ 1,5 milhão. A sua preocupação é quanto aos resultados desses serviços e a situação dos servidores, que ainda é incerta. Até a contratação, os gastos com produção no hospital por parte da administração municipal eram de R$ 906 mil, conforme a Secretaria de Saúde. A secretária Marcleide Nascimento diz que o repasse de produção mensal para a empresa será de R$ 2 milhões.

A integrante do Sindicato da Saúde (Sindisaúde), Márcia Vieira Coelho, diz que empresa chegou a informar sobre o remanejamento posterior dos funcionários, e a própria secretária diz que não, pois vai começar a lotação dos servidores. "Esses trabalhadores têm o direito de escolher onde querem ficar. Caso queiram ficar no próprio hospital, eles vão ter autonomia para escolha ou a empresa que vai ditar as regras da gestão? ", questiona Márcia.

O procurador da República, Celso Leal, afirma que, a cada dois meses, vem sendo realizado acompanhamento para verificar o que está sendo implementado em relação às exigências da justiça, dentro de um plano, incluindo a fiscalização dos PSFs, com a última etapa de implementação de ponto eletrônico, em fase de licitação, e controle informatizado das receitas de psicotrópicos, para distribuição, manutenção controle de medicamentos.

Ele disse que, em relação ao Hospital Regional do Cariri (HRC), para onde estava sendo encaminhada a alta demanda de pacientes de Juazeiro do Norte, hoje está alinhando o atendimento de caráter regional, com cirurgias eletivas.

Recursos
O São Lucas seria, dentro desse plano, uma espécie de hospital geral, por ter uma estrutura física melhor, mas a questão envolve recursos para custeio e ampliação, visto junto ao Governo Federal. "Com a vinda da auditoria teremos um diagnóstico melhor, para ver o que realmente foi feito", diz ele.

"Houve muito pouca melhoria na saúde de Juazeiro", diz o procurador. A maior parte dos serviços exige recursos financeiros. Mas o problema maior estava relacionado ao próprio sistema de organização da Saúde, o que acabou gerando intervenção judicial.

Entre as questões evidenciadas por uma comissão de análise, foram levantadas questões como a constatação de graves problemas relacionados à má gestão dos recursos públicos, consubstanciada em fraudes em procedimentos licitatórios, contratação direta de fornecedores, dispensas indevidas de licitação e pagamentos realizados acima dos valores de mercado, o que conduziria à deficiente prestação do serviço público.

Para o procurador, a UPA vinha realizado a maior parte dos atendimentos na cidade e isso ainda ocorre, conforme o vereador Cláudio Luz. Celso afirma que, com essa terceirização, pelo menos se espera voltar ao patamar de atendimento que era antes. "Sem a UPA, Juazeiro não tem uma rede hospitalar que comporte esses atendimentos mais simplificados", afirma. Em relação à terceirização, ele classifica como uma opção política, aceita pelos tribunais de contas, pelo judiciário. Uma forma de administração, e se vai funcionar, o futuro é que vai dizer. Esse processo, segundo ele, é uma realidade em todo o País.

A servidora Jeane Peixoto, afirma que há 17 anos trabalha no hospital como agente administrativo, na parte de faturamento médico. Ela disse que o local estava em processo de terceirização, mas havia sido barrado. No dia 18, os funcionários ficaram sabendo que tinha sido terceirizado, mas não foram avisados antes. Até o momento, não sabem como tudo ficará.

A representante do Sindisaúde classifica a situação atual dos servidores como precária. Afirmou que as pessoas estão oprimidas, ameaçadas de transferência e que poderão ir para a secretaria de Saúde, mas considera que estão habilitadas para trabalhar numa unidade hospitalar. Ela disse que a UPA já foi terceirizada e o próximo será o Maria Amélia, o que a atual secretária de Saúde nega. Marcleide Nascimento disse que, primeiro, o município deverá passar por essa experiência para ver a melhoria dos serviços. Somente depois poderá abrir condições para terceirização de outros equipamentos.

O vereador Normando Sóracles classifica a situação como muito grave, principalmente pela empresa contratada. A que irá gerir o hospital veio da Bahia e ele questiona o porquê de uma repartição vir fazer filantropia em Juazeiro do Norte. Segundo o vereador, não houve uma transição correta da empresa, ao assumir o hospital. Os próprios servidores continuam trabalhando no local, em que uma empresa assumiu e não há ninguém ainda com carteira assinada. A secretária de Saúde disse que essa transição será feita aos poucos, já que existe um corpo técnico e é preciso ter pessoas capacitadas para exercerem o cargo.

Para o vereador Cláudio Luz, o prefeito encaminhou a terceirização sem discutir com os servidores técnico-efetivos, sem passar Projeto de Lei na Câmara, e não há autorização do legislativo para esse modelo. Segundo ele, a câmara foi ignorada. "Fizemos a denúncia desse chamamento público, e esse processo começou em 2015", disse.

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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Aécio diz que é "inaceitável o que está acontecendo" e internautas não perdoam

O senador Aécio Neves deu um tiro no próprio pé no Twitter na tarde desta quarta-feira (23). Ao postar "É inaceitável o que está acontecendo", Aécio imediatamente começou a receber uma chuva de respostas de internautas. "Meu amigo, inaceitável é você falar bosta sobre o atual governo quando seu nome está em todas as listas de propina já publicadas", publicou uma usuária. "O quê? Seu nome em tudo que é podridão? É mesmo! Votei no senhor é estou muito decepcionada. Nunca mais", disse outra internauta. Em uma hora, o tuíte de Aécio já havia sido retuitado cerca de 2 mil vezes.

O senador se referia à ação promovida pela presidente Dilma na última terça-feira (22). Segundo o presidente nacional do PSDB, Dilma convidou embaixadores para irem ao Palácio do Planalto para "ouvir um discurso alarmista e absolutamente distante da realidade como se o Brasil estivesse prestes a sofrer um golpe de estado".

Enquanto alguns usuários da rede social mantiveram o tom sério de cobrança ao senador, outros se engajaram numa brincadeira de escrever coisas que são inaceitáveis de estarem acontecendo seguidos no tuíte de Aécio. "Sense8 apenas em 2017", "Amanhã eu ter aula", "Açaí a 20 reais o litro", "Eu ter pego o ônibus errado de novo", são algumas das reclamações bem-humoradas dos internautas.

Fonte: Último Segundo

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Último reduto da fotografia popular no Cariri vai fechar suas portas

A Casa Gino, com endereço na Rua São Paulo, no Centro de Juazeiro do Norte, vai fechar suas portas ainda neste mês. O estabelecimento ficou notório pela frequência de grandes nomes da fotografia popular do Nordeste, principalmente dos anos de 1960 até o início dos anos 1990, e por um ser um legado de família, mas não resistiu ao avanço tecnológico no setor.

Com milhares de monóculos em seus depósitos, material químico para revelação, ampliadores e pilhas de gravuras, o local ainda resiste em seus últimos dias. Os compradores, em sua maioria, não são mais os velhos fotógrafos, da Praça da Prefeitura, que tinham filas de pessoas para atender com suas caixas lambe-lambe. Agora são colecionadores, interessados em resgatar algo que raramente vão obter em outro lugar.

A casa foi aberta por um comerciante de cereais, Domingos Frutuoso Gino. Ele decidiu empreender num ramo que rendeu bons resultados e recursos para ter um pequeno patrimônio. Era um negócio de família. Um dos filhos, Lindovaldo Frutuoso Gino, passou praticamente toda a sua vida percorrendo os corredores da loja, entre as enormes estantes de madeira.

Com a morte do seu pai, passou praticamente os últimos anos tomando conta do negócio sozinho. Quase um ano após o seu falecimento, a família decidiu fechar as portas.

Relíquias
A velha placa com as inscrições "Kodak - Casa Gino" está encostada nos sacos de monóculos guardados no fim do armazém. Identificação bastante conhecida de fotógrafos como Chico Alagoano, Antônio Ceará, Damião e tantos outros, sendo que alguns deles ainda resistem na Rua do Horto.

A viúva de Lindovaldo Gino, Ozenir Magalhães Gino, tem aberto todos os dias o comércio. Só que o lucro do que se vende é muito pouco. Os preços estão bem reduzidos para dar um rápido encaminhamento ao que ainda resta.

De acordo com Ozenir, as mercadorias mais procuradas são mesmo os monóculos, além dos ampliadores e as bolsas antigas. Ano passado, a diretora de museus do Dragão do Mar, Valéria Laena, chegou a adquirir várias mercadorias, tanto para o museu como para seu acervo pessoal. E assim tem sido com muitos que chegam à casa.

A neta de Gino, Lisnara Magalhães, revela que são pessoas de todo o Ceará e até mesmo do Sul do País, que descobrem a existência da casa em busca de artigos que já não existem no comércio.

Ainda nos moldes antigos de sua montagem, as enormes prateleiras de madeiras, estantes e balcões da frente da loja, já estão praticamente esvaziados. O que ainda há de produto químico, dona Ozenir espera doar, já que o material não pode ser descartado de qualquer forma.

Por um bom período, o local também trabalhou com revelações, hoje de grande dificuldade para quem ainda tem mesmo como hobby a fotografia popular. É por isso que os monóculos estão estocados. O filme para compor o material a ser visualizado é coisa raríssima. "A expectativa, até o fim do mês, é que a gente possa ainda comercializar esses produtos, principalmente os monóculos, que estão em maior volume", afirma Ozenir.

Última no Nordeste
Há duas décadas seu Domingos ainda viajava a São Paulo, para adquirir a mercadoria da loja. Aos poucos, o material foi caindo no desuso, desde os instantâneos da Kodak, até mesmo as revelações, substituídas pela tecnologia digital. Ozenir acredita que esta é a última das lojas com esse tipo de artigo ainda existente no Nordeste.

A fotógrafa e professora Nívia Uchôa, destaca a Casa Gino como um espaço que fortaleceu a fotografia na região. Ela chegou a comprar os últimos estoques de papéis para fotografias em preto e branco, em 2014. "Lá, vi o seu Gino nos tempos áureos, em pleno progresso. Penso que a Casa Gino formou a fotografia em nossa região, porque, além de papéis, encontrávamos desde souvenirs até ampliadores, monóculos, câmeras, lentes. Tudo para o meu laboratório adquiri lá", conta. Pela importância do espaço, uma das propostas que dava ao proprietário, Lindovaldo Gino, quando ele falava em fechar o estabelecimento, era de transformá-lo em museu da fotografia. "Mas, aquele era o meu sonho e não o dele", diz.

Mais informações
Casa Gino
Rua São Paulo, 623 - Centro
Juazeiro do Norte
Telefones: (88) 98806-4918/99999-2143

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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