Em áudio vazado, Temer fala como se Câmara já tivesse aprovado impeachment

O vice-presidente Michel Temer afirmou em uma mensagem gravada distribuída para integrantes do PMDB que é preciso "um governo de salvação nacional". Segundo ele, o momento exige a "pacificação" e a "reunificação" do país. No áudio, Temer fala como se a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff já tivesse sido aprovada pela Câmara.

De acordo com a assessoria de imprensa da Vice-presidência o áudio é um "ensaio" de Temer para o caso de o impeachment da presidente Dilma Rousseff vir a ser aprovado na Câmara. Conforme a assessoria, a gravação da mensagem foi uma "preparação" de Temer, que acabou divulgada "sem querer" para um grupo de Whatsapp.

Mais tarde, o próprio Michel Temer deu sua versão sobre o assunto. Ele afirmou que pretendia mandar o áudio para um amigo, mas o arquivo acabou enviado para um grupo de Whatsapp.

Principais pontos

Na gravação, Temer disse que:

- Manterá programas sociais como Bolsa Família, Pronatec e Fies
- Diz que é preciso um governo de "salvação nacional"
- Defende diálogo entre os partidos
- Afirma que a Câmara decide por "votação significativa" declarar a autorização para a instauração de processo de impeachment
- Afirma que o processo de impeachment no Senado será longo


'Reunificação do país'
"A grande missão, a partir deste momento, é a pacificação do país, a reunificação do país, é o que eu repito, o que venho pregando, como responsável por uma parcela da vida pública nacional. Devo dizer também que isso fica para – aconteça o que acontecer no futuro – um governo de salvação nacional e união nacional", declarou Temer.

Temer inicia a gravação afirmando que se dirige ao povo brasileiro sobre alguns temas que devem ser “enfrentados” por ele. O vice-presidente destaca que deve ter “muita cautela” porque há um mês se recolheu para não “aparentar” que estaria trabalhando para ocupar o lugar da presidente Dilma.

Ao dizer que foi procurado por “muitos que estão aflitos” com a situação do país, o peemedebista monta sua fala com base na eventual aprovação do impeachment de Dilma.

“Agora, quando a Câmara dos Deputados decide por uma votação significativa declarar a autorização para a instauração de processo de impedimento contra a senhora presidente, muitos me procuraram para que desse, pelo menos, uma palavra preliminar à nação brasileira, o que faço com modéstia, cautela e muita moderação, mas também em face da minha condição de vice e naturalmente substituto constitucional da senhora presidente”, afirma Temer no áudio.

Em outro trecho da gravação, Temer diz ser preciso todos os partidos políticos estejam dispostos a “colaborar” para tirar o país da crise. Na avaliação do vice-presidente, sem a “unidade nacional”, será “difícil”.

Ao defender “diálogo” entre as legendas, Temer pede ainda “compreensão”. “E eu não vou enganar ninguém. A ideia é que teremos sacrifícios pela frente. Sem sacrifícios, não conseguiremos avançar para retomar o crescimento e o desenvolvimento que pautaram a atividade do nosso país”, diz.

O vice afirma na gravação que dizem que se "outrem assumir, nós vamos acabar com o Bolsa Família, vamos acabar com o Pronatec, vamos acabar com o Fies. Isso é falso. É mentiroso e é fruto dessa política mais rasteira que tomou conta do país. Nesse particular, quero dizer que vamos manter esses programas e, se possível, revalorizá-los".

Processo no Senado
Tomando como base a aprovação do impeachment na Câmara, Temer afirma que o processo no Senado será “longo” e que suas palavras são “provisórias” porque é preciso aguardar a decisão dos senadores.

O vice-presidente aproveita para “prestar homenagem” ao Poder Legislativo por saber que a Câmara “debateu amplamente” o impeachment, assim como, afirmou, o Senado o fará.

Temer ressalta que não quer “avançar o sinal”, mas diz ser “evidente” que ele precisa estar preparado para enfrentar os “graves problemas que hoje afligem nosso país”.

“Os brasileiros sabem que há mais de oito ou dez meses tenho feito pronunciamentos referentes à pacificação do país, à unificação do país, porque é chocante – para não dizer tristíssimo – verificar brasileiros controvertendo entre si, disputando ideias e espaços. E quando parte para uma coisa quase física, isto não pode acontecer no nosso país”, afirmou.

Crise econômica
No áudio, o vice-presidente também fala sobre o atual cenário econômico do país. Ele declarou que é necessário retomar o crescimento – o que não pode, disse, ficar em “palavras vazias” – e afirmou ter “absoluta convicção” de que “a mudança pode gerar esperança”, atraindo investimentos nacionais e internacionais.

“Precisamos restabelecer a crença no Estado brasileiro, nas potencialidades do Estado brasileiro. Devo dizer aos que me ouvem que fiz muitas viagens internacionais no primeiro mandato [de Dilma] e verifiquei o quanto os outros países que têm muito dinheiro em suas mãos querem aplicar no Brasil. Ou seja, querem acreditar no Brasil”, disse o vice na gravação.

“O que aconteceu nos últimos tempos foi um descrédito no nosso país e o descrédito é o que leva à ausência do crescimento e faz retomar a inflação”, acrescentou.

Fonte: G1

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Crato (CE): Vigilância Sanitária recebe alunos do Senac

Na manhã da última sexta-feira, 8, a Vigilância Sanitária do município do Crato recebeu a visita da turma 2016.1 do curso de cabeleireiro do Senac. Na ocasião, segundo a coordenadora da Vigilância no Crato, Arlene Sampaio, os alunos pediram para conhecer as ações do setor nos salões de beleza e como ocorrem as fiscalizações nesses ambientes.

Arlene informou também que os alunos questionaram sobre a biossegurança, e tiraram dúvidas sobre o processo de liberação de alvará sanitário.

Assessoria de Imprensa/PMC

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Você nunca deve fazer isto antes do sexo, mas sim depois

É bastante comum que, antes do sexo, alguma ida ao banheiro seja programada. Além de cuidados básicos de higiene, muita gente aproveita o banheiro para fazer xixi e, só então, partir para a boa e velha festinha embaixo dos edredons – ou em cima, ou dos lados, tanto faz.

O problema é que, pelo visto, fazer xixi antes do sexo não é uma boa ideia, e o conselho foi dado por uma pessoa que entende do assunto, o urologista Dr. David Kaufman, de Nova York.

Para Kaufman, em declaração publicada no Metro, fazer xixi antes do ato sexual é uma atitude que aumenta a nossa chance de adquirir uma infecção urinária. Portanto, deixar o xixi para o período pós-sexo parecer ser a melhor escolha, já que o jato de urina ajuda a eliminar algumas bactérias indesejadas, que podem ter sido empurradas para a uretra durante o sexo.

Deixe o xixi para mais tarde
Quando essa bactéria permanece na uretra e não é retirada de lá, possivelmente ela vai viajar até a bexiga, onde provocará aquela chata e dolorida infecção urinária. Aliás, caso você não saiba, a maioria dos casos de infecções urinárias tem relação com a atividade sexual.

Fisiologicamente falando, bactérias são criaturas minúsculas, mas extremamente chatas, afinal elas são formadas por estruturas que parecem uma espécie de velcro, fazendo com que simplesmente fiquem grudadas a alguns ambientes do nosso corpo.

O fato é que, em se tratando de bactérias que provocam infecções na bexiga, a ideia é que elas não cheguem até o órgão e fiquem lá esperando que o xixi seja produzido para só então serem “lavadas” – até lá, já é tempo suficiente para que você fique doente. A dica é: se não deu para segurar o xixi antes do sexo, beleza, mas, depois do orgasmo, tome uns copos de água enquanto estiver dando aquela relaxada básica.

Fonte: Mega Curioso

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Querem criminalizar o PT, tirar a Dilma e evitar que eu seja candidato, diz Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a atual crise política como sendo um processo de "criminalização" do PT que visa tirar a presidente Dilma Rousseff do poder e o impedir de ser candidato à Presidência. As declarações foram dadas em entrevista ao jornalista norte-americano Glenn Greenwald publicada nesta segunda-feira (11) no site "The Intercept".

"Neste momento histórico, o que existe é a tentativa de criminalizar o PT, de tirar a Dilma e de tentar evitar qualquer possibilidade do Lula voltar a ser candidato a presidente neste país", afirmou o petista sem especificar a quem ele se referia. A resposta foi dada no contexto de críticas à imprensa brasileira, ao Congresso e à Operação Lava Jato.

Lula recebeu Greenwald na última sexta-feira em São Paulo. A entrevista foi dada um dia antes da divulgação da pesquisa Datafolha que apontou que Lula e a ex-senadora Marina Silva (Rede Sustentabilidade) lideram as pesquisas de intenções de voto para presidência da República.

"Eu perdi três eleições, três. Não encurtei o caminho, esperei 12 anos para chegar à Presidência da República… Portanto, qualquer pessoa que quiser chegar à presidência da República, ao invés de querer derrubar o presidente, é melhor concorrer a uma eleição como eu concorri três. Perdi e não fiquei zangado", acrescentou.

Ao longo da conversa, Lula fez elogios ao funcionamento das investigações da Operação Lava Jato, realizada pela Polícia Federal para apurar condutas ilícitas na gestão da Petrobras. Segundo ele, o PT está satisfeito com o andamento das investigações, justamente por ver as instituições "funcionarem corretamente".

"O governo e eu pessoalmente não temos que ficar zangados com o processo de investigação, porque o governo tem muita responsabilidade pelo o que está acontecendo. Ou seja, foi exatamente no governo do PT que nós criamos todas as condições para as instituições funcionarem corretamente", disse Lula, destacando a autonomia do Ministério Público, a criação do Portal da Transparência e o fortalecimento da Controladoria Geral da República, entre outras ações.

"Então o governo tem responsabilidade por tudo o que está acontecendo, em primeiro lugar. Em segundo lugar, eu acho importante que, pela primeira vez, rico esteja sendo preso. Porque aqui no Brasil prendia-se um pobre porque roubava pão, mas não prendia-se um rico que roubava 1 bilhão. Prendia-se um pobre porque roubava remédio, mas não prendia um cidadão rico que sonegava imposto de renda", disse.

Apesar dos elogios ao funcionamento das instituições, Lula criticou o que chamou de "pirotecnia" nas investigações. Mais tarde, a exemplo do que fez a Dilma em discursos na última semana, seu antecessor também criticou o chamado "vazamento seletivo" de delações nas investigações da Lava Jato.

"Se o PT comete erros, o PT tem que pagar como qualquer outro partido político tem que pagar ou como qualquer outra pessoa que não pertença a partido político, afinal de contas, a lei é para todos, é assim que a gente consolida a democracia no Brasil e em qualquer parte do mundo", disse.

"O que eu acho esquisito é o processo de vazamento seletivo das notícias normalmente contra o PT. Quando sai uma denúncia de um outro partido político, não passa de uma letra pequena nos jornais, cinco segundos na televisão. Quando é uma coisa contra o PT, é 20 minutos na televisão e é primeira página de todos os jornais, numa demonstração clara e visível de que há a tentativa, há dois anos, da criminalização contra o PT", acrescentou.

Quem é Greenwald
Greenwald, ex-colunista de "The Guardian", foi o primeiro a publicar as informações vazadas por Edward Snowden em 2013.

A divulgação do conteúdo expôs a espionagem feita pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, dentro e fora do país, incluindo líderes como Dilma e a chanceler alemã, Angela Merkel. Pela série de reportagens, Greenwald ganhou o Prêmio Pulitzer em 2014 na categoria Serviço Público.

Em março, o jornalista assinou um artigo no "The Intercept", no qual afirma que o Brasil vive "uma perigosa subversão da democracia". No texto, criticou a cobertura política do Brasil, feita com base em "fontes midiáticas homogeneizadas, antidemocráticas e mantidas por oligarquias no Brasil".

"Quando a mídia internacional fala sobre o Brasil, ela tem focado nos crescentes protestos de rua que pedem o impeachment de Rousseff. Essas fontes midiáticas tipicamente mostram os protestos de forma idealizada, com uma certa adoração: como movimentos de massa inspiradores que se levantam contra um regime corrupto", disse.

"Essa narrativa é, no mínimo, uma simplificação radical do que está acontecendo e, mais provavelmente, uma propaganda feita para minar um partido de esquerda há muito mal visto pelas elites políticas dos EUA. A caracterização dos protestos ignora o contexto histórico da política no Brasil e, mais importante, uma série de questões críticas: quem está por trás dos protestos, quão representativos eles são em relação à população brasileira e quais são seus verdadeiros interesses?", completou.

Assista a entrevista:


Leia a entrevista na íntegra AQUI

Fonte: UOL

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PREFEITURA MUNICIPAL DO CRATO :: NOTA DE ESCLARECIMENTO


Em divergência à informação do vereador Dárcio Luiz, de que a obra da quadra da Cachoeira dos Gonçalves, localizada no distrito de Dom Quintino, está abandonada pela Prefeitura do Crato, a mesma explica que a obra está paralisada pelo não repasse do recurso do Governo Federal. O parlamentar falou que o recurso está na conta do município desde o ano de 2014.

A obra citada é uma parceria do Ministério dos Esportes com a Prefeitura, no valor de R$ 358.999,92, com a contrapartida de R$ 66.499,92 do Executivo municipal. Desse valor, a Prefeitura já pagou R$ 31.990,81. De acordo com o Secretário da Cidade, José Muniz, no dia 28 de setembro de 2015, foi repassado o valor de R$ 146.250,00, e com mais a participação da Prefeitura, já foi gasto na obra R$ 172.702,43. Então, o Executivo vem pagando a contrapartida de acordo com a liberação do Ministério dos Esportes.

De acordo com relatório da Caixa Econômica Federal e do Ministério dos Esportes, foi liberado 50% do recurso total da obra. O secretário explica que a continuidade da obra só poderá ser realizada quando o Governo Federal liberar o restante do recurso. O Ministério dos Esportes só autorizou o início da obra em 2015.

Clique para ampliar

'Não vai ter golpe de novo, reage, meu povo', canta Beth Carvalho em samba

Em vídeo publicado na internet neste sábado (9), a cantora Beth Carvalho canta um samba intitulado "Não Vai Ter Golpe", em protesto contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Não vai ter golpe de novo. Reage, reage, meu povo" é o refrão da música, que segue com os versos: "Sem dividir o coração vamos honrar nossa raiz, democracia é o que a gente sempre quis."

No último dia 31, a sambista participou do "Encontro com Artistas e Intelectuais em Defesa da Democracia". O ato reuniu em Brasília personalidades contrárias à deposição de Dilma. Os atores Osmar Prado, Letícia Sabatella, Antônio Pitanga e Tássia Camargo, os diretores Anna Muylaert e Luiz Carlos Barreto e o escritor Raduan Nassar também estiveram no evento.

Na ocasião, Beth afirmou que seu "amor à liberdade"  e seu "compromisso com a democracia" a levaram ao encontro. "Neste momento, em que os avanços sociais conquistados estão seriamente ameaçados pela direita, a classe artística se levanta mais uma vez como vanguarda pela defesa da democracia e da legalidade", disse.

Segundo a cantora, Dilma Rousseff "só podia ser uma guerreira para aguentar tanta injustiça".

"Mais uma vez falo o que o povo tem dito nas ruas: 'Não vai ter golpe, vai ter luta'", concluiu.



Fonte: Folha.com

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Imposto de renda: 6 dicas para não cair na malha fina

O prazo para a entrega do Imposto de Renda encerra no dia 29 de abril. Enquanto há quem prefira confiar a tarefa a um contador, outros optam por preencher a declaração por conta própria.

Se este é o seu caso, vale ter atenção redobrada. Saiba que um pequeno erro na hora do preenchimento pode levar você a cair na malha fina. Está na dúvida? Confira algumas dicas que podem ajudar.

Como não cair na malha fina
Quem pretende preencher por conta própria a declaração do Imposto de Renda precisa ter atenção com os mínimos detalhes. Anualmente, a Receita Federal promove melhorias nos sistemas de cruzamento de dados, de forma que um pequeno erro pode fazer a diferença e determinar que você caia na malha fina.

Confira alguns dos equívocos mais comuns e aprenda como evitá-los:

Dependentes
É permitido incluir os dependentes e seus respectivos gastos na declaração. Quando eles possuem rendimentos próprios, porém, estes devem ser informados. Por exemplo, uma mãe que recebe aposentadoria.

Bens
É preciso declarar o seu patrimônio no Imposto de Renda todos os anos. Saiba que mesmo que você tenha um veículo há cinco anos, não é permitido atualizar o valor dele. Ou seja, o que vale é o preço pago na hora da aquisição.

Aluguel
Essa dica vale para locador e locatário. Ambos devem declarar os valores recebidos e pagos, respectivamente. Descumprir essa regra pode significar não apenas cair na malha fina, mas também a aplicação de multa para a irregularidade. Fique atento.

Rendimentos
Todos os rendimentos devem ser declarados – inclusive se você ficou um pequeno período em uma empresa ou se prestou serviços como autônomo. Como já dito, há um intenso cruzamento de dados, de forma que se alguém declarar que pagou valores a você e eles não constarem na declaração, são grandes as chances de cair na malha fina.

Gastos médicos
É permitido deduzir do valor do imposto gastos médicos. Nesse caso, vale ficar atento a quais deles entram nessa permissão – não é o caso de vacinas, por exemplo. Além disso, guardar comprovantes é fundamental, já que a Receita Federal pode pedi-los por até cinco anos após você declará-los.

Prazo de entrega
Fique atento e não deixe para preencher a declaração na última hora. Quem extrapola o prazo – definido para 29 de abril – está sujeito ao pagamento de multa, cujo valor varia de R$ 165,74 a 20% do valor do imposto a ser recolhido.

Quem deve declarar o Imposto de Renda?
Devem apresentar a declaração do imposto em 2016 aquelas pessoas que no ano passado tenham recebido rendimentos tributáveis cuja soma foi superior a R$ 28.123,91. A aplicação também é válida para rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados na fonte em montante superior a R$ 40 mil.

Há ainda algumas outras hipóteses, essas mais específicas. Caso você não tenha certeza, vale a pena entrar em contato com um profissional da área. Segundo a Receita Federal, até 31 de março mais de 6,5 milhões de declarações já tinham sido entregue.

A expectativa é que elas cheguem a aproximadamente 28,5 milhões até 29 de abril. Recentemente, o órgão divulgou também o calendário das restituições: esse ano serão sete lotes, que começarão a ser pagos a partir de 15 de junho.

Fonte: Doutíssima

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Crato (CE): Município participa do I Encontro Regional sobre TDAH

O Governo do Crato, através da Secretaria Municipal do Trabalho e Desenvolvimento Social (SMTDS), participou no dia 8 de abril, no Hotel Verdes Vales, do I Encontro Regional sobre TDAH - desmistificando, esclarecendo, abordando e trabalhando o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. O encontro foi realizado pelo Centro de Educação Lindaura Pinheiro (CELP).

O foi abordar o TDAH na perspectiva do reconhecimento e superação, e teve como público-alvo pais, educadores e médicos. Para a secretária da SMTDS, Elisangela Rodrigues, foi de grande valia o município do Crato receber o convite do CELP para participar de um evento de tamanha importância, uma vez que o pilar da assistência social é o fortalecimento dos vínculos familiares.

“Precisamos reconhecer o sujeito na sua integralidade, seja na atuação da prevenção ou na restituição da sua identidade. Os rótulos precisam ser desconstruídos”, ressaltou Elisangela. O evento contou com a presença da professora Lindaura Pinheiro, diretora do CELP, da Dra. Iane Kestelman, presidente da Associação Brasileira do TDAH e teve palestra magna da secretária, Elisangela Rodrigues, do Diretor da Proteção Social Básica do Crato, Eugênio Silva e da Coordenadora da Casa de Acolhimento, Edivania Gonçalves.

Assessoria de Imprensa/PMC

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Processo de impeachment caiu por terra, afirma Jaques Wagner

Ministro-chefe do gabinete da Presidência, Jaques Wagner (PT) afirmou em Salvador que as propostas vindas do Congresso de convocação de novas eleições gerais mostram que a proposta de impeachment começa a "cair por terra".

"Olho para a proposta como uma tentativa daqueles que querem uma repactuação nacional entenderem que efetivamente este processo [de impeachment] já caiu por terra. Ele não representa a legalidade, aprofunda a crise e fragiliza a democracia", disse.

Para Wagner, a iniciativa de convocar novas eleições é "menos agressiva" que o impeachment, mas defendeu que a iniciativa teria que partir da própria presidente. Ele ainda negou que o governo esteja cogitando essa possibilidade. "Nosso trabalho é ultrapassar esse processo [de impeachment].

Apesar da declaração, nesta quarta, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) anunciou à bancada de deputados do seu partido que irá apresentar parecer favorável ao pedido de impeachment de Dilma Rousseff.

O petista ainda comentou a decisão do PP de se manter no governo, anunciada nesta quarta. Segundo ele, isso mostrou que a estratégia de setores do PMDB de forçar uma debandada de outros partidos do governo foi frustrada.

"Foi uma decisão que a gente esperava e mostra que a tentativa que um segmento do PMDB do chamado desembarque [do governo saiu] frustrado, que achava que ia puxar o desembarque dos outros. Mostrou que foi uma iniciativa precipitada e equivocada", disse Wagner, que tem sido um dos principais articuladores políticos da presidente.

Segundo o ministro, o governo espera que partidos como PR e PSD sigam o mesmo caminho: "A tendência é que haja essa consistência de permanência no governo", disse.

Ainda de acordo com Wagner, os partidos que se mantiverem no governo devem ampliar sua participação na gestão. "Temos que repactuar com aqueles que estão acreditando no governo."

Fonte: Folha.com

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Veja as diferenças entre gripe H1N1, gripe comum e resfriado

O outono chegou, o inverno se aproxima e, junto com as alterações climáticas, vêm também o nariz entupido, a coriza e a sensação de dor no corpo. Mas em 2016, de modo atípico, o vírus da gripe H1N1 começou a se proliferar antes das temperaturas muito frias – e de modo intenso.

De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, divulgado em 4 de abril, já foram registradas 71 mortes. O número de casos também é expressivo. Só neste ano, são 444 notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), ocasionada pelo vírus influenza A.

Para se ter uma ideia, o número de casos já atingiu o triplo de todo o ano de 2015. Ou seja, vale a pena cuidar da saúde e aprender a identificar os sintomas que podem indicar que é hora de ter atenção.

Sintomas da gripe H1N1, gripe comum e resfriado
Diante do alto número de casos da gripe H1N1, é importante saber diferenciar a doença de um simples resfriado e da gripe comum. Apesar de muito semelhantes, elas possuem agentes causadores diferentes e apresentam algumas distinções nos sintomas. Saber identificá-los facilita o tratamento e evita complicações.

Resfriado
Causado principalmente pelos rinovírus e outros cinco grupos de vírus, o resfriado atinge as vias aéreas superiores do corpo: nariz, faringe e laringe. Por isso, as manifestações mais características são a coriza, a sensação de narinas congestionadas e incômodos leves no corpo. Na maioria dos casos não há febre. Se houver, é baixa.

Gripe comum
As gripes que atingem a maior parte população, geralmente no inverno, são causadas pelos vírus influenza. Eles são classificados em três tipos: A, B ou C. A gripe H1N1 é causada pelo tipo A e, por isso, qualquer outra manifestação está relacionada com os vírus das categorias B e C. Os sintomas, porém, são muito semelhantes.

Febre alta, dores musculares e de cabeça, tosse, espirro, dor nos olhos, congestão nasal, fadiga e calafrios são algumas das principais manifestações das gripes sazonais.

Gripe H1N1
O vírus influenza do tipo A, causador da gripe suína, recebe esse nome justamente porque pode atingir humanos e porcos. Os sintomas da infecção são muito semelhantes aos de qualquer outra gripe, mas podem se manifestar de uma forma mais intensa: a pessoa sente muitos calafrios, tem tosse seca e contínua, náuseas, diarreia e até rouquidão.

Diante desses indícios, é fundamental buscar ajuda médica. O vírus H1N1, em especial,  replica-se com facilidade nas regiões próximas aos pulmões, gerando risco de infecção, enquanto os vírus da gripe sazonal se concentram apenas na região do nariz até a traqueia. Pela proximidade com o órgão vital, a influenza A é mais perigosa.

Como prevenir a gripe H1N1
O primeiro cuidado relacionado à prevenção da gripe suína é tomar a vacina ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que protege contra os três tipos de influenza. De acordo com o calendário nacional, as vacinas começam a ser distribuídas no dia 30 de abril.

No estado de São Paulo, porém, a campanha de vacinação foi antecipada e já está em andamento. O estado de Santa Catarina foi outra exceção, devido ao número expressivo de novos casos da doença. Por lá, a campanha de vacinação terá início em 25 de abril.

Além da vacina, outros meios de evitar a contração do H1N1, de acordo com o Ministério da Saúde, são os seguintes: higienizar sempre as mãos com álcool gel, cobrir o nariz e a boca ao espirrar e tossir, evitar o compartilhamento de objetos pessoais e manter os ambientes ventilados.

Fonte: Doutíssima

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Crato (CE): ANVISA reconhece trabalho desenvolvido pela Vigilância Sanitária

O município do Crato recebeu do Diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Ivo Bucaresky, o reconhecimento na promoção da saúde e no desenvolvimento social e econômico do País, através do Programa Crato Turístico (PROCRATUR).

O diretor parabenizou a Prefeitura do Crato e a Vigilância Sanitária pelo trabalho desenvolvido na cidade, em prol de uma saúde melhor para os cidadãos cratenses.

Muito feliz em receber essa notícia, a Coordenadora da Vigilância Sanitária do Crato, Arlene Bezerra, ressaltou que a Vigilância Sanitária está passando por uma reformulação no Brasil, onde está sendo deixado de lado aquele conceito de que este setor trabalha para impossibilitar o serviço oferecido por alguns estabelecimentos. “Com isso, nós estamos no caminho correto, que é o caminho de contribuir com a saúde da população cratense”, frisou Arlene.

Assessoria de Imprensa/PMC

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Três em cada quatro brasileiros defendem cassação de Eduardo Cunha

Três em cada quatro brasileiros (77%) são favoráveis à cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), revela nova pesquisa Datafolha. Os contrários à cassação são apenas 11%.

Os índices são próximos aos observados na pesquisa anterior, feita em março. No último levantamento, eram, respectivamente, 80% os favoráveis e 8% os contrários.

O índice mais alto de apoio à cassação foi registrado em dezembro passado, quando alcançou 82%.

A taxa de apoio à cassação do peemedebista é maior entre os que têm renda familiar mensal de mais de cinco a dez salários mínimos (88%), entre os mais ricos (94%), entre os mais escolarizados (84%) e entre os homens (82%).

Quanto à possibilidade de Cunha renunciar, 73% declararam que ele deveria deixar o cargo, 15% que ele deveria permanecer na função e 12% não opinaram. As taxas permanecem estáveis em relação à pesquisa realizada no mês passado.

Depoimentos
Na semana passada, o juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em primeira instância, autorizou que o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados colha depoimentos, em Curitiba, de duas testemunhas arroladas no processo por quebra de decoro parlamentar contra Cunha.

Se aceito o pedido, as oitivas podem ocorrer nos próximos dias. O consultor Julio Camargo e o operador do PMDB João Augusto Rezende Henriques devem ser ouvidos por integrantes do conselho.

O conselho quer ainda ouvir o lobista Fernando Baiano e o doleiro Alberto Youssef, envolvidos no caso.

Um dos delatores da Lava Jato, Baiano afirmou que Cunha recebeu cerca de R$ 5 milhões em dinheiro, em seu escritório no Rio, além de crédito de R$ 300 mil em horas de voo em um jato particular.

Camargo também relatou à Justiça que Cunha pediu propina de US$ 5 milhões em um contrato de sonda da Petrobras.

Congresso
Em relação ao Congresso Nacional, quatro em cada dez brasileiros (41%) reprovam seu desempenho.

Este é o melhor resultado já registrado pelo Datafolha para os congressistas eleitos em 2014. A taxa é próxima à dos brasileiros que o avaliam como regular (43%).

Segundo a mesma pesquisa Datafolha, a maioria dos brasileiros (55%) acredita que a Operação Lava Jato irá investigar até o fim os políticos envolvidos em casos de corrupção. Porém, parte significativa da população (38%) avalia que a operação poderá parar sem chegar a nenhum resultado.

Já o trabalho do juiz Sergio Moro na Lava Jato é aprovado por 64% dos brasileiros, mesmo patamar verificado no último mês de março (65%).

Para 16%, o desempenho de Moro é regular (em março, 15%), e 13% desaprovam o desempenho do juiz (no levantamento de março, 11%). Há ainda 8% que não opinaram.

Fonte: Folha.com

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11 leis bizarras sobre sexo que existem em algumas partes do mundo

1 – Casar-se “impuro”
Tanto na Georgia quanto na Virgínia, nos EUA, fornicar antes do casamento é considerado algo ilegal.

2 – Pular a cerca
Traição é uma atitude quase sempre vista com maus olhos, mas em Massachusetts trair é considerado ilegal e pode fazer com que uma pessoa passe até três anos na cadeia.

3 – Usar linguagem de baixo calão
Falar de sexo de maneira mais apimentada é considerado indecente em Michigan – isso, é claro, se quem ouvir for uma mulher. Se for um homem, tudo bem.

4 – Fazer sexo oral e/ou anal
Os EUA tinham muitas outras leis que buscavam dizer o que se podia e o que não se podia fazer entre quatro paredes. A tal legislação antissodomita foi banida há muito tempo, mas há alguns vestígios dela por aí – só para você ter ideia, em 12 estados norte-americanos (Alabama, Flórida, Idaho, Kansas, Louisiana, Michigan, Mississippi, Carolina do Norte, Oklahoma, Carolina do Sul, Texas e Utah) tanto o sexo oral quanto o anal são considerados atos “abomináveis e crimes contra a natureza”.

5 – Fazer sexo com as janelas abertas
Em Wisconsin, a lei é clara: nada de sacanagem sem antes fechar bem as cortinas!

6 – Nada de fazer sexo em uma motocicleta estacionada
Os equilibristas de plantão devem evitar esse tipo de estripulia em Londres.

7 – Nada de nudez
Na China, as mulheres não podem ficar nuas em quartos de hotéis – apenas nos banheiros.

8 – Sem filmes de sacanagem no Nepal e em Bangladesh
Na verdade, as pessoas de lá não podem nem ao menos ver filmes que simulem o ato sexual. Se o longa mostrar alguma região da parte púbica, está igualmente proibido.

9 – Sexo com a mãe e a filha dela?
Na Bolívia, isso é proibido por lei.

10 – Pesadelo colombiano
Em Cali, na Colômbia, as mães são chamadas para assistir à primeira noite de sexo de suas filhas, logo após o casamento.

11 – Sobre as consultas ginecológicas em Bahrain, no Oriente Médio
Lá, os médicos só podem examinar as partes íntimas de suas pacientes com a ajuda de um espelho. Nada de toque!

Fonte: Mega Curioso

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Professor senegalês briga na Justiça para dar aulas no Brasil

Aos 40 anos e há 18 no Brasil, o engenheiro senegalês Mammour Sop Ndiaye dá aulas no Cefet (centro tecnológico ligado ao Ministério da Educação) e enfrenta disputa judicial para se manter na função. Negro, muçulmano, deficiente físico e "progressista", como se define, diz que conheceu no Brasil o racismo e a generosidade. Especialista em energia solar, diz que sua vida será dedicada a levar energia para a savana.

"Quando eu passei no vestibular no Senegal, tinha nota para estudar em qualquer lugar do mundo. Escolhi o Brasil por um motivo simples: o Senegal, a África, têm uma situação econômica parecida com o Brasil. Somos países em desenvolvimento. Dependemos do mundo externo para ter as nossas tecnologias.

Vim em 1998. Fiz graduação, mestrado e doutorado em engenharia mecânica na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Fui professor colaborador na UFRJ. Depois, batalhei para entrar no Cefet [Centro Federal de Educação Tecnológica, do Ministério da Educação]. É uma escola que tem um tipo de estrutura que pode existir na África. A ideia é aprender essa organização para levar ao Senegal.

Eu não falava nenhuma palavra de português. Meus amigos falavam "você vai se sentir em casa" porque a comunidade negra no Brasil é a segunda maior do mundo. Só perde da Nigéria.

Quando entrei na faculdade, começou a realidade. Era o único negro da turma. Quase não tem professor negro.

Mas a primeira coisa com que me deparei foi a generosidade brasileira. No primeiro dia, até para comprar pão tinha dificuldade. No segundo, o lojista que me atendeu estava com o dicionário. Abriu o livro para se comunicar comigo. Nunca vou esquecer.

No alojamento da UFRJ, onde morava, sofri racismo de um aluno. Mas outros colegas fizeram carta de repúdio, que dizia que "as agressões físicas, verbais e gestuais" não passariam impunes.

Ao mesmo tempo, meus colegas me aceitaram, tinham paciência comigo, me explicavam palavras que não entendia, me levavam para sair. O Brasil foi generoso.

Cefet era uma das poucas instituições que não permitiam a participação de estrangeiros nos seus concursos, o que é uma afronta à Constituição. Entrei na Justiça para ter o direito de concorrer. Ganhei uma liminar, fiz o concurso e entrei em primeiro lugar. Fui empossado.

Depois disso, passou a aceitar estrangeiros. Meu caso ainda está sendo julgado. Se perder, serei afastado. Posso recorrer, mas estou fora.

Meu advogado sugeriu que eu poderia pedir a nacionalidade brasileira. Tenho duas filhas brasileiras. Eu sou africano, do Senegal. Não quero ter nacionalidade para me esconder atrás de um emprego.

Lá no Senegal estou empregando 150 pessoas. Aqui no Brasil, minha esposa emprega dezenas, tem 16 lojistas brasileiros trabalhando e ganhando dinheiro com a forma africana de administrar.

Desconheço algum negro brasileiro que não tenha sofrido racismo. O que o negro vive no Brasil, na África chamaríamos de apartheid. Mas lá tínhamos consciência do problema e resolvemos.

Temos de ter habilidade para defender aquilo que é nosso sem entrar no conflito, como muitos movimentos estão sugerindo. Sem ódio.

Resolver esse problema começa por conhecer a nossa história. O negro brasileiro não conhece a dele. Para isso tem que voltar à África porque é de lá que nós somos.

Dou graças a Deus por essa lei brasileira que incluiu história africana nas escolas.

A forma que o brasileiro mostra a história da África é superficial, é a visão dos europeus. Nossa história é a nossa maneira de viver, é como encaramos o outro, é tentar descobrir por que entramos em guerra entre nós.

A África é um continente com 52 países. Antes de dizer que eu sou senegalês, gosto de dizer que eu sou africano do Senegal. Por que a África é o único continente em que um país não consegue se desenvolver sem o outro. Porque aquelas fronteiras foram arbitrárias. Alguém traçou sem os africanos, fora da África.

Eu e minha mulher, Sokhna, abrimos uma empresa, África Arte, depois de estudar a legislação do Brasil. Tem muito preconceito em relação ao africano, aos produtos africanos. É inegável.

Trabalho aqui, mas o meu foco é o desenvolvimento da minha comunidade. Tenho no Senegal uma ONG, que trabalha com artesanato e é fornecedora da gente. A condição para participar é colocar o filho na escola. A gente traz, coloca para vender na Tok & Stok e parte do dinheiro volta para lá, num projeto-piloto de usar energia solar para irrigação na savana africana.

Decidi estudar energia solar tanto para geração de energia elétrica como para dar acesso a energia para comunidades isoladas. Vou dedicar a minha vida para levar tecnologia para a África.

Hoje você vê muitos africanos morrendo ao tentar atravessar o oceano Atlântico. Porque tem outro africano servindo de coiote para mandar essa gente para fora. Como na escravidão.

Como você vai explicar que o negro brasileiro representa 55% da população e só há uma única negra no governo, curiosamente, a ministra da raça [Nilma Lino Gomes, ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos]? Eu sou o que eu sou hoje porque tive referências: Thomas Sankara [presidente da Burkina Faso], Kwamé Nkrumah [pan-africanista de Gana], Cheik Ant Diop [historiador do Senegal], além de Mandela. Hoje um negro no Brasil vai escolher que referência?

Enquanto os outros legislam por nós, nada vai mudar. Por que não criar um partido dos negros brasileiros? Serei o primeiro a assinar."

Fonte: Folha.com

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José Sócrates, ex-premiê de Portugal: “O que acontece no Brasil é um golpe político da direita”

José Sócrates governou Portugal de 2005 a 2011. Inicialmente, foi o único primeiro-ministro socialista a obter maioria absoluta em eleições, mas a partir de 2009 governou em minoria, até aceitar a intervenção da troika composta por Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional e ser substituído por uma coalizão de centro-direita, dos partidos PSD e CDS. Mudou-se para Paris e, em novembro de 2014, foi detido ao desembarcar em Lisboa. Passou nove meses preso, mais algum tempo em prisão domiciliar, e agora espera que o Ministério Público apresente alguma acusação formal contra ele. A investigação, iniciada há três anos e meio, é sobre supostos crimes de corrupção, fraude fiscal e lavagem de dinheiro

Pergunta. Como está o processo?
Resposta. A pergunta já diz tudo. Deveríamos estar a discutir sobre fatos e provas, infelizmente se discute quanto tempo mais precisam para investigar. Depois de 16 meses da minha detenção, [não há] nem fatos, nem provas, nem acusação. Quem deveria responder é o procurador que tem descumprido todos os prazos legais. Agora a Procuradoria-Geral anuncia que o novo prazo para apresentar a acusação ou encerrar o caso termina em 15 de setembro, mas adverte que se for preciso o ampliará.

P. O senhor passou nove meses na prisão sem acusação?
R. Sem acusação e sem acesso ao sumário. Não há um caso similar em nenhum país europeu, em nenhuma democracia ocidental, de alguém que passe nove meses encarcerado sem acusação. Detêm um ex-primeiro-ministro, imputam-lhe delitos ignominiosos, e um ano e meio depois não são capazes nem sequer de apresentar a acusação. Os mesmos encarregados de fazer justiça saltaram todas as regras do direito processual. Só um ano depois da detenção meus advogados tiveram acesso ao sumário, graças a uma reclamação ao Tribunal Tutelar.

P. Parece que será acusado de fraude fiscal, lavagem de dinheiro e corrupção.
R. Sim, está na moda. A acusação de corrupção se transformou no instrumento jurídico para a destruição política; antes, para eliminar um político acusavam-no de atentar contra a segurança do Estado. O golpe de força moderno é a falsa acusação de corrupção. Não são necessários fatos nem provas, basta acusar para que tenha o efeito de um assassinato político.

P. E teve efeito?
R. O objetivo era impedir minha candidatura à presidência do país e que o Partido Socialista não ganhasse as eleições. Conseguiram os dois.

P. Durante seus meses na prisão, esperava um maior apoio do PS?
R. Nunca me senti verdadeiramente só; conseguiram intimidar a direção do PS, mas não os seus militantes. De certa forma, estou contente de que a direção do PS ficasse afastada, porque há batalhas que é preciso ganhar sós, e esta é uma delas.

P. Embora o sumário seja secreto, sabemos bastante pelos vazamentos à imprensa marrom: conversas telefônicas, viagens do seu motorista, conexões na Suíça, Angola, Brasil…
R. Sim, em outro fato insólito, o investigador-chefe do caso apresentou uma denúncia pelos vazamentos e observou que só podiam partir do procurador ou do juiz de instrução. Parece que o Ministério Público não tem consciência de que, com estes procedimentos, se está transformando em uma máquina sinistra que promove a culpabilidade pública através da imprensa marrom, em lugar de velar pela presunção de inocência; provoca a condenação popular antes de qualquer julgamento. O procurador não precisa apresentar provas, disso se encarrega a imprensa sensacionalista.

P. Seu caso coincide no tempo com o de Lula no Brasil. Inclusive foram recordados os encontros entre vocês [coincidiram sete anos no poder]
R. Até o comparecimento de Lula na apresentação de meu livro agora parece delituoso. Mas é curioso o paralelismo; como em meu caso, houve detenção abusiva e querem julgamentos populares sem possibilidade de defesa; o que ocorre no Brasil é uma tentativa de destituição sem delito, sem fundamento constitucional. O impeachment de Dilma Rouseff é uma vingança política da direita, que não aceita a derrota nas urnas. Não basta fazer acusações, é preciso fazer julgamento; condenar alguém sem direito a defesa acontece no Brasil e em Portugal, condenar sem julgar; destituição sem delito e sem fundamento. É um golpe político da direita, porque agora não mobilizam os militares; é impedir a candidatura de Lula à presidência de 2018. É utilizar a Justiça para condicionar eleições.

P. Lá também vazaram à imprensa conversas telefônicas entre Lula e Dilma, mas o juiz reconheceu que foi ele.
R. E? O juiz cometeu um delito; pedir perdão não o exime da culpa. A legitimidade de um juiz se baseia na imparcialidade, com esse gesto a perdeu. Já não o vejo como um juiz, mas como um ativista político.

P. Na sua ausência, sem um candidato socialista forte, o peculiar Marcelo Rebelo da Sousa arrasou nas presidenciais de Portugal. Qual sua opinião?
R. Nunca me agradou seu interesse em querer contentar a todos. O presidente Marcelo sempre foi um personagem em busca de seu papel político. E o descobriu finalmente, o papel dos afetos, eixo de todo um novo programa político. Por outro lado, vejo o alvoroço diário de sua presidência como uma necessidade de querer sublimar a frustração por ter sido afastado da política durante 20 anos.

P. O senhor deixou o Governo de Portugal em 2011 quando chegou a troika para aplicar o programa de resgate financeiro do país com o remédio da austeridade. Como estão Portugal e a Europa cinco anos depois?
R. Os anos de aplicação da política de austeridade, entre 2010-2015, foram terríveis porque deixaram um rastro de pobreza e aumentaram as desigualdades sociais. Agora estamos a adotar, na Europa, a mesma política que os Estados Unidos aplicaram em 2008, a expansão monetária, mas naquela altura, a direita do norte europeu dizia que queríamos “dinheiro fácil”.

P. E quem decide se é hora do dinheiro fácil ou não?
R. Esse é o problema, não sabemos; as pessoas que tomam as decisões político-financeiras não têm de prestar contas a um parlamento; estão à parte do debate político; são tecnocratas que dão tudo aos apartos burocráticos que representam porque não são nada fora deles. É o Governo de ninguém: ninguém o exerce, ninguém é responsável e ninguém pode ser responsabilizado. Há um déficit democrático em todas as decisões econômicas europeias. A liderança política foi substituída por uma máquina burocrática que não responde a ninguém. É um problema sério da Europa.

P. Estamos vivendo a desconstrução europeia?
R. Para quem viu no projeto europeu o ideal político de sua geração são tempos de grande desilusão. A impressão que se tem é a de um projeto que, em vez de avançar, retrocede. A chegada de refugiados ergue fronteiras; a luta contra o terror consegue fazer com que, na França, o presidente queira retirar a cidadania de seus cidadãos; na Dinamarca acreditam-se no direito de confiscar os bens dos refugiados que o direito internacional obriga a acolher. O projeto europeu fundamentado nos direitos humanos parece desmoronar com a primeira crise.

Fonte: El País

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Crato (CE): Debate enfoca 80 anos do Caldeirão

Após 80 anos do fim de uma das mais emblemáticas experiências de comunidade rural no Brasil, pesquisadores e poder público voltam a debater a temática do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto em seminário, a ser realizado nos dias 12 e 13 de abril. Um projeto para o futuro será pensando de forma integrada, com a perspectiva de iniciar os trabalhos de definição e estruturação de uma proposta de atuação na área.

A pequena propriedade adquirida pelo beato José Lourenço, líder da localidade, em Crato, se tornou um oásis no meio do sertão esturricado. Para lá acorreram milhares de homens e mulheres em busca de melhores condições de sobrevivência, no começo dos anos de 1930. O local será formalizado, durante o evento, como geossítio, e passará a integrar o território do projeto Geopark Araripe. O evento será realizado no Salão de Atos da Universidade Regional do Cariri (Urca), em Crato.

Destruição
Historiadores relatam que a comunidade chegou a contar com cerca de 3 mil pessoas. Há controvérsias, mas os remanescentes falam do bombardeio que destruiu a vila e dizimou moradores, no ano de 1936. Grande parte das vítimas do Caldeirão foi enterrada em uma vala comum e até hoje não se tem notícia do local exato. Há suspeitas que tenha sido na Mata dos Cavalos, na Serra do Cruzeiro, ou no próprio Caldeirão.

Fazer o caminho da Santa Cruz é uma forma de reavivar na memória uma das experiências exitosas em coletividade, que terminou em tragédia, com a morte de crianças, adultos e idosos. Trabalhadores rurais, homens e mulheres simples e que tinham com líder o beato José Lourenço, um discípulo do Padre Cícero. Era uma ameaça ao sistema. Um foco comunista num rincão distante do sertão nordestino. As milícias do Exército Brasileiro e Polícia Militar do Estado agiram, juntamente com o Ministério da Guerra de Getúlio Vargas. Oficialmente cerca de 400 pessoas foram assassinadas. Extraoficialmente, mais de mil, com ataques aéreos. Há quem diga que este fato não ocorreu.

Discussão
São muitas perguntas a serem esclarecidas e por isso se torna importante fomentar esse debate, diz a secretária de Cultura do Crato, Dane de Jade. Ela afirma que o trabalho das instituições será uma tentativa de criar uma proposta única para o Caldeirão.

O pensamento é iniciar a estruturação dessa ideia a partir do seminário. Na palestra de abertura, será feita uma abordagem ao patrimônio material e imaterial, dentro do conceito da Unesco, pelo pesquisador português Artur Sá e o cientista social Domingos Sávio, da Urca, que vai falar sobre "Visões de Mundo na Luta Libertária do Caldeirão", como experiência de vida e um projeto que deu certo na década de 1930.

O seminário está sendo realizado por meio da Secretaria de Cultura e Urca, mas a pretensão, segundo Dane, é fazer com que as outras instituições estejam reunidas para realizar um projeto conjunto.

A história do Caldeirão, mesmo após oito décadas, continua sendo debatida, mas a secretária afirma que isso acontece diante de poucos elementos expostos ao longo desses anos, dos fatos ocorridos no local.

"Ainda não se sabe a fundo como é que essa memória do Caldeirão resiste e o que de fato aconteceu. Há as dicotomias entre os próprios pesquisadores, remanescentes, amantes da história, e pessoas que estavam envolvidas na época, como o brigadeiro José Sampaio Macedo, que disse não ter bombardeado o local", avalia Dane. Conforme ela, esse momento será uma provocação, para o aprofundamento da pesquisa, como também de construir algo de fato para o Caldeirão, buscando uma forma de organizar essa memória no tempo e no espaço.

Legado
Para o pesquisador e doutor em sociologia da Urca, professor Domingos Sávio, é necessário nesse momento a construção de um projeto, pela relevância histórica e o legado simbólico de valores sociais libertários que o ambiente do Caldeirão inspira. Ele defende a gestão da área pelo poder público e a universidade de forma urgente, para proteção dos registros arqueológicos do sítio, como ambiente educativo, histórico e antropológico, além da promoção do desenvolvimento local sustentável.

Esse momento se torna especial, conforme Sávio, já que, no Brasil, a história e a memória social não têm sido adequadamente valorizadas. Há pouca pesquisa sobre a memória social. "É o fundamento de qualquer cultura, suas visões de mundo e estilo de vida. É na substância da memória que se dá a passagem intergeracional de elementos simbólicos, materiais e imateriais, que fundamentam os valores grupais e a coesão social. A memória do Caldeirão é rica em referências culturais de um povo, mas apresenta também valores humanos universais, como a igualdade e a liberdade", afirma. O pesquisador classifica o Caldeirão como um dos mais belos casos da trajetória dos trabalhadores do campo na busca ou luta por uma vida digna e autônoma no Brasil e no mundo.

Durante o seminário, a secretária de Cultura do Crato, Dane de Jade, afirma que as diversas propostas já foram debatidas para o local, serão amplamente discutidas. Uma oportunidade de interação entre instituições de interesse do processo que, durante anos, vêm fornecendo elementos para que estudos sejam realizados no âmbito da reforma agrária, de resistência de uma população que chamou a atenção dos poderes constituídos da época e depois foi destruída.

Participação
O cineasta Rosemberg Cariry participará de uma mesa de debates, no dia 13, com o tema O Caldeirão da Santa Cruz do Deserto - memórias de ontem e hoje para a construção do amanhã, com o historiador Régis Lopes e Maria Loreto, filha de remanescente, com mediação da professora da Urca Fátima Pinho. Também será enfocada a "Gestão Patrimonial, no Desafio de Gerenciar Processos Históricos e Sociais Relevantes para Memória das Lutas Populares", em que participam Luiz Paulo, do Parque Estadual de Canudos, na Bahia, Dane de Jade, além da participação de representante do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Caldeirão, um projeto para o futuro: políticas públicas participativas e gestão patrimonial, terá nos debates Paulo Campos, o reitor da Urca, Patrício Melo e padre Vileci Vidal.

O filme Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, será exibido para o púbico, com a participação do cineasta Rosemberg Cariry. Enquanto isso, será debatida a gestão patrimonial do Caldeirão, com instituições como o Ministério da Cultura, Secretarias de Cultura do Estado e do Município do Crato. O evento ainda contará com oficina, no dia 14, mediada por Alexandre Gomes e Secretaria de Cultura do Crato, sobre "Memória Social, Gestão Museológica e Administração Pública: o papel e atuação da sociedade civil".

Mais informações
Secretaria de Cultura do Crato
Centro Cultural do Araripe,S/N
Telefone: (88)3523-2365

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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2018: Lula e Marina no topo; tucanos no fundo do poço

O ex-presidente Lula (PT) e a ex-senadora Marina Silva (Rede) lideram a corrida eleitoral para presidente da República em 2018.

Entre as opções do PSDB (o senador Aécio Neves, o governador Geraldo Alckmin e o também senador José Serra), todas têm demonstrado tendência de queda nas intenções de voto.

Segundo nova pesquisa Datafolha, em três dos quatro cenários eleitorais pesquisados, Lula e Marina estão empatados dentro da margem de erro. Em apenas um, o ex-presidente lidera.

Na comparação com a pesquisa anterior, de março, a intenção de voto em Lula cresceu em três cenários, voltando ao patamar observado em fevereiro, enquanto Marina se manteve estável em todas as simulações.

No cenário de uma disputa entre Lula, Marina e Aécio Neves, por exemplo, o petista tem 21%, a ex-senadora, 19%, e o tucano, 17%.

Entre meados de dezembro e agora, Aécio perdeu dez pontos percentuais em suas intenções de voto, enquanto Lula e Marina se mantiveram no mesmo patamar. Já Geraldo Alckmin, em um cenário alternativo, encolheu cinco pontos no mesmo período.

Na simulação com Lula, Marina e Aécio, o Datafolha também tem incluído o nome do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que aparece com 8% das intenções de voto. O percentual é o dobro do que o deputado registrava em dezembro do ano passado.

No cenário em que o senador José Serra aparece como o candidato do PSDB, Marina e Lula aparecem empatados com 22%, o dobro do tucano, que caiu 4 pontos percentuais desde fevereiro —quando registrava 15% de intenção de voto.

Em todos os cenários testados para 2018, o vice-presidente Michel Temer, que assumiria em caso de impeachment de Dilma Rousseff, aparece com apenas 1% ou 2%.

Em relação a um eventual governo Temer no caso de Dilma ser afastada, a pesquisa Datafolha mostra que apenas 16% acreditam que ele faria uma gestão ótima ou boa, mesmo índice do levantamento realizado em março.

Rejeição eleitoral
O Datafolha também mediu a rejeição eleitoral dos candidatos. Assim como nos últimos levantamentos, o ex-presidente Lula é o mais rejeitado. Não votariam de jeito nenhum nele 53%.

Na comparação com os levantamentos anteriores, a taxa de rejeição recuou em relação à de março (era 57%); porém, segue acima da fevereiro (49%).

Na sequência vêm Aécio e Temer, com taxas de rejeição em crescimento.

Não votariam no tucano 33% (eram 23% em fevereiro e 32% em março) e no atual vice-presidente, 27% (eram 21%, em fevereiro, e 23%, em março). A rejeição de Marina é de 20% (em março e em fevereiro, era de 15%).

Manifestações
Dois terços dos brasileiros (66%) são a favor das manifestações pró-impeachment da presidente Dilma, enquanto há uma divisão em relação aos movimentos contra o afastamento: 45% são favoráveis a eles, e 47%, contrários.

O Datafolha também quis saber dos brasileiros se eles já tiveram alguma discussão, com amigos ou parentes, por causa do atual momento político.

Três em cada quatro (74%) disseram que não. As discussões são mais comuns entre os que têm entre 16 a 34 anos (32%) e os mais instruídos (42%). Para 95%, elas não levaram a rompimento de relações.

Fonte: Folha.com

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Juazeiro do Norte (CE): Saneamento é o 6º pior do Brasil

Cidades do Cariri são apontadas com os pires índices de saneamento do Estado. A situação mais preocupante é a deste município, que se encontra no 6º lugar no País nos indicadores negativos.

Por conta disso, técnicos, pesquisadores, Ministério Público Estadual e Igreja Católica, estão realizando trabalho de conscientização. Na última semana, aconteceram encontros comunitários "Casa comum, mais saneamentos e menos mosquito: nossa responsabilidade".

Além de levar informações sobre a realidade regional, está sendo enfocada a necessidade de avanços na área, expondo a necessidade de maior responsabilidade do poder público e da própria sociedade. Após essa etapa, há a perspectiva de uma atuação de responsabilização civil, com fiscalização mais efetiva.

Pesquisa
Para se ter uma ideia, municípios como Juazeiro do Norte, com maior área urbana da Região Metropolitana do Cariri (RMC), está com um dos piores índices de rede interligada, mesmo com 37% de sistema interligado da rede coletora, segundo a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), chega uma média de 50% dessas ligações efetuadas nas residências.

Bairros que se expandiram nos últimos dez anos, como o São José, estão sem saneamento. A cidade de Barbalha tem a maior rede de esgotamento interligada da região, mas um número mínimo de casas inseridas no sistema. A gerência regional da Cagece está em 22 municípios do Cariri.

Na pesquisa, realizada pelo Instituto Trata Brasil, em parceria técnica com a consultoria GO Associados, constatou, a partir de dados repassados de 2014 pela companhia, com levantamento do órgão, que Juazeiro do Norte foi inserido entre os seis piores índices de saneamento do Brasil. Essa realidade vem preocupando órgãos como o Ministério Público Estadual e foi lançada a Carta Cariri, em 2103, em parceria com órgãos como Instituto Federal do Ceará (IFCE), Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará (Arce), Cagece, o Instituto Trata Brasil e Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh).

Avanço
Nos últimos três anos o gerente da Unidade de Negócios Bacia do Salgado (UNBSA), Galba Batista, afirma que houve uma melhora com a adesão de mais 2 mil moradores da cidade de Juazeiro do Norte ao sistema de interligação de esgotos.

Na cidade, apenas os bairros João Cabral, Romeirão, Centro, Pirajá, Pio XII, Vila Fátima e Salesianos estão com rede interligada. Atualmente o Município conta com uma cobertura de esgotamento sanitário de 60%, mas cerca de 21 mil ligações prediais foram feitas por onde passa a rede, faltando cerca de 16,5 mil.

Segundo ele, o município conta com praticamente a média nacional de interligação à rede coletora, que possui uma média de 40%. Mas a população não tem aderido como deveria, e o gerente coloca essa realidade como um dado muito preocupante. Inclusive colocando os mananciais subterrâneos, que abastecem a maior parte da cidade, em risco de contaminação e possível desuso. Para se ter uma ideia, o abastecimento por meio de poços profundos ou fontes nas três cidades principais da região, Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, chega a 90%.

A meta é avançar no processo, principalmente por conta da redistribuição das águas da Transposição do Rio São Francisco na Região, afastando o risco de poluentes às águas do "Velho Chico". Investimentos estão previstos já para algumas cidades, como Milagres, com R$ 25 milhões, e Mauriti, R$ 17 milhões. Galba Batista afirma que a previsão é que esse projeto estivesse em pleno andamento em outras cidades, como Juazeiro do Norte e Barbalha, neste ano, por conta da chegada das águas do projeto de transposição até o fim do ano, em Jati.

Levantamentos
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizado em 2010, dão conta de que 302.423 pessoas convivem com esgoto a céu aberto na RMC, que inclui nove cidades da região. Em Caririaçu, Juazeiro do Norte, Barbalha e Missão Velha os índices são mais preocupantes, superiores a 70%. Mas, 30% dessa população tem disponível a rede coletora de esgoto ou pluvial.

O padre Vileci Vidal afirma que o saneamento está em desvantagem nas gestões públicas e diz que há uma necessidade de cobrar mais dos poderes para que esses serviços avancem. Ele destaca o trabalho da Cáritas, por meio da Campanha da Fraternidade deste ano.

A promotora de justiça Jacqueline Faustino, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Proteção à Ecologia, Meio Ambiente, Urbanismo, Paisagismo e Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Caomace), participou de uma série de palestras, nessa semana, nas cidades de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Milagres.

De acordo com a promotora, o trabalho do MP é focado na área de saneamento, e vem sendo realizado há algum tempo. A ideia, neste momento, é mostrar a responsabilidade do gestor público, mas também da população. Dependendo do município, essa discussão foi focada no saneamento básico. Os que já têm uma rede coletora de esgotos, num percentual considerável, e, mesmo assim, a população, ainda não vem utilizando esse recurso, ela firma que procurou direcionar a discussão na necessidade de que as pessoas utilizem essa rede.

Mais informações
Cagece 
Rua José Andrade de Lavor, 2615
Bairro Santa Teresa
Juazeiro do Norte

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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