Por que o navegador Google Chrome usa tanta memória RAM?

Costumava ser o caso que só usuários mais "exigentes" precisavam de bastante memória no computador. De uns anos para cá, porém, a simples navegação na web se tornou uma das maiores vilãs no consumo de RAM e, na liderança dessa tendência, está o navegador Google Chrome, que chega a ser "vítima" de piadas na web (como esta). Por que isso acontece?

Na verdade, uma boa parte disso tem a ver com a segurança. O Chrome possui uma tecnologia de isolamento (chamada de "sandbox") bastante agressiva. É por isso que o Chrome, além de consumir bastante memória, aparece listado várias vezes no "Gerenciador de Tarefas" (o programa do Windows aberto com a combinação CTRL-SHIFT-ESC e que lista os programas em execução no computador).

O isolamento usa muita memória. Além de exigir que algumas tarefas e dados sejam duplicados, porque o isolamento não deixa os processos se comunicarem entre si, ainda é preciso um processo adicional para controlar tudo isso - saber qual tarefa está em qual processo, gerar a interface do navegador, etc, para que o internauta não tenha a impressão de que o programa está "fragmentado". (Você pode acessar isso dentro do Chrome com a combinação SHIFT-ESC).

E para que serve o isolamento?

- Impedir que um problema causado por um site faça o navegador inteiro travar. Assim, você não perde todas as suas abas abertas quando um único site causar problemas no navegador.

- Impedir que um site que consiga explorar uma falha no navegador cause danos maiores ao computador, como instalar um vírus.

- Impedir que sites usem truques para convencer o navegador a interagir de maneira indevida com outros sites. A ideia é dificultar que um site malicioso consiga roubar seu acesso ao Facebook, por exemplo, simplesmente porque o Facebook está aberto em outra aba.

O Chrome não é o único a adotar o isolamento. Os principais navegadores do mercado (Safari, Chrome, Firefox, Edge e Internet Explorer) adotam um ou outro tipo de isolamento; no mínimo, os plug-ins (como o Flash) são isolados das páginas. O Chrome, porém, é o mais agressivo, e isso se reflete em consumo de memória acima da média, mesmo quando comparado a outros navegadores desenvolvidos com a mesma base tecnológica, como Opera, Safari e Vivaldi.

Como o Chrome e o Firefox são projetos de código aberto, esses são os navegadores cujas tecnologias são mais bem conhecidas. E o Chrome tem projetos para tecnologias de isolamento ainda mais agressivas cujo principal entrave é justamente o impacto no desempenho.

Suporte a conteúdo
Sites também muito mais complexos nos últimos anos, com a adoção da linguagem HTML5 e uso de extensas bibliotecas de "scripts".

Isso poupa o trabalho de quem faz sites, pois os desenvolvedores web podem pegar códigos que simplificam as tarefas mas o navegador é obrigado a carregar toda essa complexidade repetidamente. A facilidade de desenvolvimento logo se transforma em uma bola de neve, com as facilidades servindo de plataforma para a criação de sites mais interativos e complicados. Tudo isso se traduz em mais trabalho para o navegador - e mais trabalho significa mais processamento e memória.

O isolamento entre os sites, feito em nome da segurança, agrava o problema, já que o navegador não pode tentar fazer nenhum tipo de otimização.

O próprio suporte a novos conteúdos deixou os navegadores mais complexos, como vídeos protegidos por direito autoral.

Custo-benefício
O uso de recursos pelos navegadores acaba tendo um impacto muito indesejado: a redução do tempo de vida da bateria em computadores móveis (veja mais). O uso de RAM é um reflexo de um projeto que, no geral, consome mais recursos.

Mas o consumo de memória pode, às vezes, ser bom. Os botões "Voltar" e "Avançar", por exemplo, funcionam em alta velocidade no Chrome. Isso acontece porque o navegador salva as páginas visitadas anteriormente na memória (e. O consumo acaba sendo maior, mas o uso do navegador fica acelerado. Se o "recurso de pré-chamada" estiver habilitado (e ele está ativado por padrão), o navegador vai usar memória para guardar páginas que você nem abriu, mas que ele acha que você vai abrir no futuro - tudo para deixar a navegação mais rápida.

Para que serve a RAM livre?
Muitas pessoas associam o alto consumo de RAM a um computador lento. Isso nem sempre procede. A RAM livre é inútil. O consumo de memória só vai deixar o computador lento caso ocorra o fenômeno conhecido como "paginação", em que o sistema operacional joga parte do conteúdo que devia estar na RAM em um arquivo do disco. Quando o conteúdo tiver de ser lido, ele será lido do disco, que é muito mais lento que a memória RAM. Isso é o que causará lentidão.

Porém, essa lentidão nem sempre se realiza na prática. Se você está com alto consumo de RAM e decide iniciar um novo programa que também usa muita RAM, como um jogo, o sistema vai abrir espaço na memória para o novo aplicativo. No caso de um jogo em tela cheia, você não vai mais interagir com outros programas enquanto joga, então a parte de RAM que foi jogada para o disco não vai deixar o game mais lento... desde que você não use um "ALT-TAB" para sair do jogo para outro programa.

Não é novidade que a segurança tem um impacto no desempenho do computador -- antivírus são muito bem conhecidos pelo uso de processamento. O Google Chrome é o navegador recomendado desta coluna por seus avançados recursos de segurança. Porém, se você precisa de mais vida útil da bateria do seu notebook, ou vai querer rodar um navegador junto do seu game para consultar alguma referência, talvez seja interessante considerar as alternativas.

Por: Altieres Rohr

Fonte: Blog Segurança Digital/G1

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“DECON Viajante” realiza mais de 200 atendimentos na Região do Cariri

O Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (DECON) do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) promoveu, entre os dias 04 e 08 de julho, ações do projeto “DECON Viajante” na Região do Cariri. Ao todo, foram realizados 223 atendimentos a consumidores dos municípios de Juazeiro do Norte (139 atendimentos), Crato (77) e Jardim (7). Em Juazeiro do Norte houve ainda consulta aos serviços do SPC e Serasa efetuados pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e foram realizadas 28 pesquisas.

Além disso, 30 estabelecimentos comerciais que desobedeciam ao Código de Defesa do Consumidor (CDC) e à legislação que determina o regular exercício da sua respectiva atividade comercial foram autuados pela equipe de fiscais do DECON: sete em Jardim, 20 em Juazeiro do Norte e três no Crato. Entre eles, farmácias, academias, postos de combustíveis, bancos, lojas de eletroeletrônicos, óticas, hotéis, estacionamentos e supermercados. As principais irregularidades constatadas nas fiscalizações foram: não apresentação de Certificado de Conformidade do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE), de exemplar do CDC, de Registro Sanitário; e Alvará de Funcionamento e Registro Sanitário vencidos. Em alguns bancos foi registrado tempo de espera superior ao permitido e, em algumas farmácias, a ausência de farmacêutico.

Com van adaptada, o projeto “DECON Viajante” esteve no município de Jardim no dia 04 de julho, de Juazeiro do Norte nos dias 05 e 06 e do Crato nos dias 07 e 08 de julho. A iniciativa leva o atendimento especializado do DECON a municípios onde não há órgão de defesa do consumidor e promove, ainda, fiscalizações a diversos estabelecimentos para verificar o cumprimento das legislações exigidas para o exercício das respectivas atividades.

Desde o lançamento, no dia 06 de maio, o “DECON Viajante” já esteve em nove cidades cearenses. Além de Jardim, Juazeiro do Norte e Crato, já foi até Pacajus, Barbalha, Mauriti, Brejo Santo, Redenção e Pacatuba. Ao todo, 174 consumidores foram atendidos nestes Municípios, atingindo um total de 397 atendimentos realizados.

O próximo destino do “DECON Viajante” será a Região Norte do Estado: nos dias 09, 10, 11 e 12 de agosto o projeto estará, respectivamente, nos municípios de Forquilha, Massapê, Meruoca e Santana do Acaraú.

Assessoria de Comunicação/MPCE

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Déjà vu: a ciência por trás do maior mistério da sua cabeça

Você está tranqüilo, andando por aí. Lá no canto, um homem entrega balões a uma menininha. Uma cena sem nada de mais. Aí, de repente, BOOM: você olha e sabe que já viu aquilo antes. A expressão da menina, a posição das bexigas, o gesto do sujeito... Tudo parece “no lugar certo”. Tudo se repete igualzinho aconteceu antes. Mas você sabe que nunca viu aquilo na vida, ou seja, está tendo um déjà vu (“já visto”), em francês.

A sensação é mágica: você consegue prever cada “frame” da cena, como se estivesse dentro de um filme a que já assistiu. Está ciente de tudo o que vai acontecer. Presente e futuro se transformam numa coisa só.

Então... C’est fini. Acabou o déjà vu. A familiaridade com a cena vai para o ralo em segundos. Tudo fica tão frugal e imprevisível quanto antes. E tudo o que sobra é a lembrança de uma experiência quase mística. Mas que não tem nada de única: estudos nos EUA e na Europa indicam que até dois terços das pessoas tiveram déjà vu pelo menos uma vez na vida.

Mesmo com essa onipresença toda, ele é um tema difícil para a ciência. Por uma razão simples: se você fosse um cientista, iria pegar alguém na rua, levar para o laboratório e esperar o sujeito ter um déjà vu para ver o que acontece? Eles também não.

Mas existe um atalho para elucidar esse mistério: os campeões de déjà vu. Morton Leeds, um estudante americano dos anos 40, foi um deles. O rapaz tinha a extraordinária média de um déjà vu a cada 2,5 dias. E passou um ano registrando as ocorrências num diário, com precisão científica. Por exemplo, às 12h25 de 31 de janeiro de 1942 ele escreveu: “Foi extremamente intenso. Um dos mais completos que já tive. Parei em frente a uma loja, e a coisa cresceu e cresceu. Enquanto isso, a sensação de que eu poderia prever a cena seguinte ficava maior. Foi tão forte que tive náuseas”.

Com essa base de dados, Morton concluiu que a maior parte dos déjà vus acontecia em momentos de estresse. Já era alguma coisa. “Os resultados das nossas pesquisas atuais, com pacientes que respondem questionários sobre seus déja vus, mostram exatamente isso – embora não saibamos a razão. Eles também deixam claro que os mais jovens e viajados são os mais propensos a senti-los”, diz o psiquiatra Chris Moulin, da Universidade de Leeds, na Inglaterra.

Moulin é um dos poucos especialistas que se dedicam ao assunto. Para buscar respostas, garimpou em clínicas psiquiátricas atrás de gente com déjà vus ainda mais freqüentes que os de Morton Leeds. E o que ele encontrou foi aterrador.

Moulin conheceu pacientes que vivem num déjà vu eterno, num mundo surreal, onde tudo parece já ter acontecido. Felipe Massa ganhou a corrida? “Eu sabia, vi isso antes.” Lula renunciou para gravar um cd de pagode? “Óbvio. Eu sempre soube disso.”

Não é exagero. Um dos pacientes de Moulin, apresentado a ele em 2000, achava que já sabia tudo o que aparecia nos jornais ou na TV. Outro parou de jogar tênis porque “sabia qual seria o resultado de cada jogada”.

Mas não, eles não vêem o futuro. Tomografias no cérebro desses pacientes mostram que sua massa cinzenta atrofiou no lobo temporal (logo atrás das orelhas), justamente a parte que governa a formação de memórias.

A tese é que essas mentes acessam as lembranças na mesma fração de segundo em que elas são gravadas. E isso causa uma ilusão perene: o presente fica parecendo uma memória. É como se você vivesse o tempo todo no seu passado.

Moulin e outros pesquisadores, então, imaginam que a chave para os déjà vus normais esteja aí. Se nos casos crônicos a falta de timing do lobo temporal é permanente, nos mais moderados ela só acontece de vez em quando. Às vezes uma única vez na vida.

Mas essa não é a única explicação para o déjà vu. Outra corrente, por exemplo, defende que o fenômeno pode não estar ligado a um defeito no “cabeçote de gravação” da memória. O segredo estaria nos porões mais escuros do cérebro, onde ficam as memórias do que você não viu. Isso mesmo.

Para comprovar essa tese, dois pesquisadores americanos tentaram algo ambicioso: recriar déjà vus em laboratório. Ao experimento.

Em 2004, psicólogos da Universidade Metodista de Dallas e da Universidade Duke, nos EUA, colocaram seus alunos para ver fotos dos dois campi. A tarefa era encontrar pequenas cruzes que eles sobrepuseram às imagens. Eles esperavam que os alunos se concentrassem na busca pelas cruzes, sem prestar atenção nas imagens. Uma semana depois, chamaram os alunos de volta e mostraram as mesmas imagens. Agora eles tinham de dizer quais daqueles lugares já tinham visitado. Bingo: alunos da Duke que nunca tinham ido à Metodista disseram já ter estado em cenários de lá, e vice-versa. Conclusão: enquanto procuravam as cruzes, eles guardavam as imagens dos lugares desconhecidos no inconsciente sem se dar conta. Os estudantes não tinham mais de um segundo para ver cada imagem, mas foi o suficiente para que elas desencadeassem “mínis déjà vus”.

Por essa linha, ter um déjà vu significa acessar memórias nunca antes registradas pela consciência. Imagine: colocaram um extintor de incêndio perto da porta de entrada do seu prédio. Só que você viu o objeto apenas com o canto dos olhos, sem realmente notar a existência dele. Aí, no dia em que você olhar conscientemente para o extintor, pode ter uma forte impressão de já tê-lo visto antes. O ponto é que o seu inconsiente já viu mesmo. E vem o déjà vu.

As teorias não páram por aí. E a mais recente delas pode ter matado de vez a charada. Será?

Cenários fantasmas
A história começa com um geneticista americano, Susumu Tonegawa, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Ele estudava um traço bem conhecido da mente: aquilo de um fragmento qualquer de memória trazer cenários completos do passado. Sabe quando você sente algum cheiro que lembra a infância, como o da comida da sua avó, e sua cabeça praticamente viaja no tempo? Então.

Tonegawa descobriu que essa sensação nascia numa área específica do cérebro. E imaginou que com os déjà vus seria a mesma coisa, que eles tivessem uma morada no cérebro – no caso, um lugar minúsculo dentro do lobo temporal chamado giro dentado.

Para testar a hipótese, ele usou engenharia genética e criou um ratinho de laboratório com essa parte do cérebro desregulada. Depois pegou o bicho e colocou-o numa caixa com um rato normal. E começou a dar choquinhos nos pés da dupla. A cada descarga eles ficavam paralisados. Então colocou os dois numa outra caixa, parecida com a primeira, mas sem os choques. Como Tonegawa esperava, os roedores estavam condicionados: paralisaram logo que entraram na caixa, como se a tortura tivesse começado de novo.

O rato normal, no entanto, percebeu rapidinho que não estava acontecendo nada. E relaxou. Só que o transgênico não: continuou paralisado, como se os choques estivessem acontecendo. O rato confundia memória com realidade. Para Tonegawa, isso revelava a mecânica secreta dos déjà vus. Ele concluiu que o giro dentado capenga fez o animal perder a capacidade de diferenciar uma caixa da outra e entrar numa espécie de déjà vu eterno. Para você entender isso melhor, vamos para um exemplo palpável. Imagine que você está num aeroporto. Os guichês, os painéis, as escadas rolantes... Tudo é parecido com o que tem em qualquer aeroporto. Aí, se o seu giro dentado der um tilt por um segundo, você fica que nem o rato: perde a capacidade de discernir aquele aeroporto dos outros. Sente que já esteve lá. Tem um déjà vu.

Isso também ajuda a explicar por que eles acontecem mais entre pessoas jovens e viajadas, como disse Moulin. Primeiro, porque os mais novos têm uma vida menos rotineira. Costumam variar de cenário, o que os deixa mais propensos a viver déjà vus – é mais fácil ter um ao acordar num quarto desconhecido, por exemplo, do que no seu, onde você realmente está acostumado com tudo. E o fato de viajar bastante só turbina a coisa.

Quando a experiência de Tonegawa veio a público, em 2007, foi tratada por alguns como a explicação definitiva para o mistério. Mas a maior parte dos pesquisadores acha que ainda é cedo para uma conclusão dessas. Eles imaginam que o déjà vu pode ser como dor de estômago: ter várias causas – as que você viu aqui mais outras tantas ainda a descobrir.

No fim das contas, a explicação mais bacana continua sendo a da Trinity, de Matrix – o filme que mostra o planeta dominado por máquinas que mantêm os humanos presos numa realidade virtual (a Matrix). Numa das cenas, o herói Neo olha para um gato preto, sente que já viu o bichano antes e diz:

– Uau, Trinity. Tive um déjà vu....

E ela acaba com o mistério:

– Um déjà vu é uma falha da Matrix, Neo. Acontece quando estão consertando alguma coisa...

Fonte: Superinteressante

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PT decide não apoiar na Câmara candidatos pró-impeachment de Dilma

O PT decidiu na noite desta segunda-feira (11) não apoiar na eleição para a sucessão da Câmara nenhum partido ou candidato que tenha votado a favor do impeachment de Dilma Rousseff.

A decisão está descrita em uma resolução aprovada após uma tarde de longos debates na sede do partido em Brasília. A reunião da bancada petista da Câmara contou com a presença também do presidente da sigla, Rui Falcão.

Segundo o líder do partido na Casa, Afonso Florence (BA), o documento destaca a necessidade de a Câmara se reorganizar, com a retomada da credibilidade da presidência. "O Cunha usou o cargo para se blinda e atacar o governo". "Falamos também do funcionamento das comissões, que têm de ser respeitadas, uma vez que o Cunha levou tudo para o plenário, e do respeito às minorias".

Esses, afirmou o líder, são os parâmetros que o PT vai buscar no candidato a ser apoiado pelo partido. Ainda não há acordo sobre um nome. Também não bateram o martelo se o partido irá fazer uma orientação de bancada ou fechar questão em torno de um nome.

"O PT nunca cogitou apoiar um partido ou candidato golpista. Foi uma construção coletiva da bancada, um encaminhamento na média das posições apresentadas."

Segundo José Guimarães (CE), entre os nomes que podem ter apoio do partido, caso a candidatura seja de fato confirmada, é do ex-ministro da Saúde Marcelo Castro.

O apoio do PT a Rodrigo Maia (DEM-RJ) vinha sendo ventilado nos bastidores após reunião da bancada semana passada com o ex-presidente Lula. Apesar de não contar com grande simpatia da bancada, a ideia era viabilizar um nome com chances reais de derrotar Rogério Rosso (PSD-DF), colocado como favorito na disputa, ligado ao ex-presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O movimento, contudo, provocou revolta entre boa parte dos deputados, que disseram não aceitar votar em um deputado que trabalhou pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Fonte: Folha.com

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Recomendação do MP e determinação judicial são descumpridas no 1º dia da Expocrato

O primeiro dia da Expocrato foi marcado não somente pela grande quantidade de pessoas que passaram pelo Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante na noite de ontem, mas também pelo descumprimento da recomendação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) que orientava a proibição da presença de flanelinhas no entorno do parque de eventos durante os oito dias de festa e o não cumprimento da ordem judicial, a qual proibia a entrada e permanência de crianças, com idade inferior a dez anos completos, mesmo que acompanhada dos pais ou responsáveis.

A determinação do juiz José Flávio Bezerra Morais, da Vara da Infância e Juventude da Comarca do Crato, prevê ainda que crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos só podem entrar e permanecer na festa, desde que acompanhado pelos representantes legais. A medida, no entanto, foi descumprida no primeiro dia de festa. De acordo com o vice-diretor do Juizado da Infância e da Juventude do Crato, José Nilton Bernardo, 12 adolescentes foram flagrados em situação de irregularidade.

Conforme explica, “elas deveriam estar acompanhadas de representantes legais, além de portarem documento oficial de identificação com foto”. Os adolescentes foram retirados da festa e levadas ao posto do Conselho Tutelar. A multa para cada criança irregular varia entre dois a 20 salários mínimos. “O valor quem determina é o juiz”, completou Nilton. Para fiscalização, estão atuando cerca de 30 agentes de proteção das cidades de Crato e Barbalha.

Flanelinhas
Apesar de o MP ter recomendado a proibição da presença de flanelinhas no entorno do parque, a prática foi exercida livremente na abertura da feira. De acordo com o assessor de comunicação do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran) de Crato, Edilson Marques, o órgão não possui autoridade para coibir a prática. “O que podemos fazer é evitar a demarcação da via pública, mas para impedir que eles fiquem nas ruas, teríamos que ter algum amparo legal, o que não há”.

Ainda segundo ele, caso algum flanelinha seja flagrado cobrando preços exorbitantes ao motorista ou ameaçando-o, a Polícia Militar ou a Guarda Municipal podem prender e encaminhar à Delegacia. “O que podemos fazer é ficar atentos ao crime de extorsão. Caso seja detectado, aí sim, o flanelinha pode ser detido”. Durante as noites do evento, 12 agentes de trânsito estão designados para fiscalizar o trânsito no entorno do parque.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Como a Suécia consegue reciclar 99% do lixo que produz?

Na Suécia, os lixões estão cada vez menores e 99% dos 461 kg de lixo produzidos anualmente por cada habitante do país é reciclado. O cenário é resultado de diversas políticas envolvendo a conscientização da população e também a responsabilização das empresas pelo custo de reciclagem das embalagens em que comercializam seus produtos.

O programa de gestão de lixo sueco tem como base, nessa ordem, a redução, o reuso, a reciclagem, as alternativas à reciclagem e, por último, o depósito do lixo nos famosos lixões. Por serem responsáveis pelas embalagens que produzem, as empresas tendem a colaborar com a iniciativa de redução. No segundo nível, o lixo orgânico geralmente é usado em compostagens, enquanto que materiais como plástico e alumínio muitas vezes são reciclados.


A grande sacada dos suecos para elevar o número da reciclagem aos 99%, contudo, foi a criação das usinas Waste to Energy, ou WTE, (De lixo a energia, em português). Basicamente, essas plantas usam a tecnologia da incineração em um ambiente controlado para gerar energia a partir do vapor produzido – 3 toneladas de lixo contém tanta energia quanto uma tonelada de petróleo. Não se pode afirmar, contudo, que se trata de uma solução mágica e que não afeta o meio ambiente.

Ora, em vez de queimar o lixo à céu aberto ou de forma despreocupada, essas usinas realizam uma combustão controlada e ainda aproveitam para gerar energia elétrica. Para mover as 32 usinas WTE do país, a Suécia chega a comprar resíduos de países vizinhos. Porém, queimar o lixo lança resíduos no ar e, embora filtros se proponham a amenizar o impacto desses poluentes na atmosfera, é impossível garantir que isso aconteça em níveis completamente seguros. As discussões do impacto ambiental causados pelas WTEs continuam, mas a Suécia tem seus méritos por, ao menos, tentar controlar o lixo produzido no país de forma que o lixão seja a última opção de destino para os resíduos.


Fonte: Hypeness

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Viagens ao outro lado da vida: o que acontece conosco quando a vida chega ao fim?

Durante cerca de uma hora em 1991, a cantora e compositora americana Pam Reynolds esteve morta em uma mesa cirúrgica. Não tome a frase anterior como força de expressão. Seu corpo tinha temperatura abaixo dos 10 °C, seus pulmões não funcionavam, o coração não batia mais. Os equipamentos não registravam atividade cerebral e a circulação de sangue foi reduzida a zero. Todos esses indicadores trágicos eram, na verdade, propositais e monitorados de perto pela equipe médica. Faziam parte de um esforço desesperado para operar um grande aneurisma (dilatação anormal de uma veia) na base do cérebro, impossível de acessar em circunstâncias normais. Ironicamente, para salvar a vida de Pam, era preciso matá-la, drenando todo o sangue de seu cérebro, para depois trazê-la de volta à vida, torcendo que não restassem sequelas do processo. Na verdade, o procedimento nem teria ocorrido se ela estivesse viva, já que seu aneurisma provavelmente explodiria, e Pam morreria. Assim foi feito: durante a cirurgia, ela esteve tão morta quanto a medicina consegue determinar. E a operação foi um sucesso.

Mas, ao despertar, Pam contou que contemplou o próprio corpo, os médicos e a sala de cirurgia durante o procedimento. Sentia os sentidos mais aguçados, vendo tudo com clareza e escutando as conversas de médicos e enfermeiras - mesmo que, na mesa cirúrgica, seus olhos estivessem cobertos com fita adesiva e os ouvidos tampados com protetores auriculares. Pam diz ter sido conduzida por uma força invisível até um grande ponto de luz, onde foi recebida afetuosamente por familiares já mortos, entre eles seu tio. Se você pensa que a cantora apavorou-se com a ideia de estar morta, se engana: a experiência foi tão agradável que Pam não queria mais ir embora. Para que ela voltasse a viver - e nós pudéssemos contar essa história - foi preciso que seu tio apelasse, "empurrando" o espírito dela de volta ao corpo. A sensação, segundo Pam, foi a de mergulhar em água gelada. Foi uma experiências de quase morte (EQMs, no jargão científico), como tantas outras, mas a história de Pam teve algo a mais: é uma raríssima situação em que tudo estava sendo monitorado desde o início. A morte clínica de Pam é aceita por todos os integrantes do corpo médico e está amplamente comprovada pelos dados coletados na cirurgia. Os relatos do que ela diz ter ouvido são compatíveis com o que foi dito durante a operação, e instrumentos utilizados para abrir o crânio de Pam - alguns haviam sido recém-criados (e portanto ela não teria como ter visto antes) - foram descritos com exatidão.

Não é possível, claro, comprovar a visita de Pam Reynolds ao reino dos mortos e o seu encontro com o tio falecido. Mas, se a consciência da cantora esteve mesmo ativa enquanto seu corpo estava morto, fica uma possibilidade intrigante: a de que existe vida após a morte.

A ciência dos espíritos
No século 19, o geólogo suíco Albert Heim promoveu um dos primeiros esforços da era científica para sistematizar relatos de quase morte. Ele, que também era montanhista, viveu pessoalmente uma EQM, em 1871, ao sofrer um acidente durante uma escalada. Ao lembrar-se do acontecido, relatou uma grande expansão de sentidos durante a queda, como se ouvisse e enxergasse muito melhor, além da sensação de que o tempo passava devagar e surgia uma "profunda aceitação" da morte iminente. A curiosidade o levou a coletar mais de 30 relatos semelhantes de colegas montanhistas, publicados no estudo Notes on Death from Falls ("Notas sobre morte decorrente de quedas"). Todos coincidiam com a experiência de Heim, e alguns traziam novos elementos - como a recordação súbita de experiências de vida e o som de uma música desconhecida e agradável tocando no vazio. Nenhum mencionou ter sentido dor ou medo em momento algum.

O trabalho de Heim marcou uma mudança fundamental: as EQMs entravam no radar da comunidade científica. Nos anos 2000, o cardiologista holandês Pim van Lommel conduziu outro levantamento semelhante, envolvendo 344 sobreviventes de paradas cardíacas em seu país. O estudo revelou que 18% dos pacientes relataram algum nível de consciência enquanto eram ressuscitados, e cerca de 9% mencionaram EQMs - incluindo consciência de ter morrido, observação do próprio corpo de um ponto externo, visão de túneis ou luzes e encontros com pessoas falecidas. Mas até que ponto uma pessoa que relata uma experiência dessas está "morta" de verdade? Talvez ela apenas pareça morta, mas esteja com o cérebro vivo o suficiente para ter ilusões. É uma pergunta difícil de responder e que fica ainda mais complicada na medida em que o conceito de morte muda juntamente com os avanços da ciência.

Em 1846, a Academia de Ciências de Paris criou um critério para definir a morte, sugerindo a ausência de respiração e de batimentos cardíacos. Era comum dar uma pessoa como morta no máximo 15 minutos depois da parada cardiorrespiratória. A partir dos anos 1950, com o surgimento dos respiradores artificiais, o que prolongou a vida de pacientes e tornou o antigo critério obsoleto, convencionou-se que o fim da vida acontece com a morte cerebral. Quando o sangue para de circular no cérebro, os neurônios começam a morrer - e a partir de determinado ponto é impossível o corpo controlar as funções vitais ou mesmo funcionar.

Um conceito que casos como o de Pam Reynolds colocam em xeque. Morrer em definitivo está cada vez mais difícil.

Mortes controladas
Atuando como responsável pela unidade de tratamento intensivo do hospital da Universidade de Stony Brook, nos EUA, Sam Parnia tem contato diário com a morte. O médico já ouviu muitos pacientes contarem supostas experiências do outro lado - e, como professor assistente da mesma universidade, passou a desenvolver teorias cada vez mais desafiadoras a respeito. Para o pesquisador, é preciso considerar a possibilidade de que a mente seja até certo ponto independente do cérebro. Dizendo de outro modo, o cérebro seria um intermediário, uma espécie de computador que processa um sistema operacional externo (a consciência, ou a "alma", como ele chama sem constrangimento), e não a origem da consciência em si. No livro Apagar a Morte, Parnia menciona o caso de um paciente, chamado apenas de Senhor A, que sofreu uma parada cardíaca no momento em que receberia uma injeção para tentar estabilizar seu coração. Ele estava com a visão encoberta por uma cortina de forma que não podia enxergar os enfermeiros. Mesmo assim foi capaz de descrevê-los com exatidão após passar pelo que descreveu como uma viagem fora do próprio corpo. Da mesma forma, relatou ter ouvido duas vezes o choque dos desfibriladores, exatamente o número de tentativas feitas até que voltasse à consciência - o que ele em princípio não deveria ter ouvido, já que seu cérebro estava sem circulação sanguínea havia alguns minutos. O relato de Senhor A batia com todos os registros médicos de seu procedimento. Intrigado por relatos como esse, Parnia vem desenvolvendo pesquisas desde 1997, quando atuava no Hospital Geral de Southampton, na Inglaterra. Para determinar se a consciência pode mesmo existir quando o cérebro está completamente desligado, Parnia criou o projeto AWARE (sigla em inglês para "consciência durante ressuscitação"), que documenta experiências de "pós-morte", como ele prefere, em hospitais dos EUA e da Europa. Um dos principais experimentos do AWARE foi fixar placas em salas cirúrgicas de 25 hospitais, posicionadas de modo que estejam bem visíveis para alguém flutuando perto do teto, mas escondidas de quem está de pé ou deitado.

Ou seja: se alguém voltar de uma morte clínica e for capaz de contar o que está escrito em um dos cartazes, a comunidade científica terá uma revelação daquelas. Isso significará que haverá uma prova de que a consciência pode enxergar coisas mesmo após a morte do corpo. Mas os resultados preliminares, apresentados em um encontro da Associação Americana do Coração em novembro de 2013, não são nada conclusivos. Dos 152 sobreviventes entrevistados, 37% relataram lembranças do período crítico, mas só dois deles chegaram a ver alguma coisa que remeta a EQMs e apenas um descreveu eventos verificáveis, como instrumentos cirúrgicos. E essa pessoa não falou nada sobre os cartazes. Na prática, a maior contribuição de Parnia para o debate tem sido o prolongamento do período de ressuscitação. Pacientes do hospital da Universidade de Stony Brook têm 33% de chance de resistir a paradas cardíacas - a média nos Estados Unidos é de apenas 16%. Para alcançar esses números, o médico adota medidas como resfriar o corpo de pacientes e manter alta a oxigenação no sangue enquanto o coração está parado - tudo com o objetivo de atrasar ao máximo a apoptose, ou o "suicídio" das células cerebrais quando privadas de oxigênio. Foram processos semelhantes que permitiram, por exemplo, que o jogador de futebol Fabrice Muamba fosse ressuscitado mais de uma hora depois de sofrer uma parada cardíaca em pleno gramado, em uma partida da Copa da Inglaterra de 2012. Em outro livro, O que Acontece Quando Morremos, Sam Parnia cita um caso ainda mais impressionante: uma japonesa que esteve morta por mais de três horas e, graças a procedimentos de ressuscitação, resfriamento do corpo e oxigenação artificial do cérebro, voltou à vida sem apresentar sequelas.

Se a mente segue existindo depois do cérebro desligar, continua sendo uma questão de fé. Mas um estudo de agosto de 2013 da Universidade de Michigan coloca mais lenha no debate. Pesquisadores monitoraram o cérebro de ratos que experimentavam morte induzida. Eles descobriram que, nos primeiros 30 segundos após a parada cardíaca, todos os roedores apresentaram um aumento dramático da atividade cerebral. Se essa explosão de atividade acontece de forma análoga em seres humanos, ela talvez explique as visões e sensações das pessoas que relatam EQMs - que seriam reações do cérebro ainda vivo nos instantes anteriores à morte. Uma espécie de mecanismo de autopreservação: com consciência ampliada da situação, o corpo poderia lançar uma última cartada para se defender e se manter vivo.

EQMs já foram registradas em todos os lugares do mundo, mas isso não quer dizer que todo mundo as vivencie do mesmo jeito. Há pessoas que passam por experiências assustadoras na fronteira da morte. Em vez da paz e da tranquilidade sentidas pela maioria, essas vítimas relatam sensações de medo e ameaça, incluindo encontros assustadores com criaturas demoníacas. Alguns ouvem vozes gritando frases debochadas ou ofensivas e há quem diz ter sido arrastado até um poço de escuridão, entre outras coisas desagradáveis. Alguns levantamentos colocam essas visões do inferno como quase 20% do total de EQMs - outras estimativas, bem mais cautelosas, acreditam que experiências negativas não passam de 1%.

Parte dos relatos discrepantes está ligada às diferenças culturais. É comum cristãos enxergarem anjos ou o próprio Jesus Cristo em suas espiadas no além. O indiano Vasudev Pandey, que chegou a ser dado como morto em 1975 devido à febre tifoide, garante ter sido recebido do outro lado por Yamaraja, deus da morte em algumas crenças hinduístas. Ao perceber que Vasudev não era o morto certo, o próprio Yamaraja tratou de mandá-lo de volta à vida. O neuropsicólogo Gary Groth-Marnat, professor do Pacifica Graduate Institute, dos EUA, relata várias dessas particularidades: na Melanésia, por exemplo, os que visitam o outro lado deparam-se com feiticeiros, enquanto índios americanos mencionaram encontros com animais mitológicos, como a águia da guerra. Mesmo com essas diferenças culturais, é claro que muita coisa nas experiências de quase morte é recorrente. Além da sensação de sair do corpo e conversar com gente que já morreu, muita gente nos mais diferentes cantos do mundo experimenta o que é chamado de revisão de vida: uma memória ampla, cronológica e quase imediata de tudo que vivenciaram no mundo dos vivos. É a vida passando diante dos nossos olhos - e muitas descrições parecem mesmo com um filme em 3D, no qual é possível ver tudo de forma panorâmica e com grande riqueza de detalhes.

Tem gente que se sentiu quase onisciente durante as recordações, percebendo as sensações de todos os participantes dos eventos de sua própria vida e entendendo claramente o efeito emocional dos acontecimentos sobre eles. Uma sensação terrível ou encantadora, dependendo do que a pessoa causou com suas ações. Por outro lado, tudo isso é condizente com o aumento de atividade cerebral nos últimos instantes de vida, o que já foi detectado em laboratório. Ou seja: a ciência tem uma boa resposta para as Experiências de Quase Morte.

Por outro lado, a própria consciência segue sendo um mistério. A ciência não tem respostas sólidas sobre como emerge a nocão do "eu". Todas as pessoas vivas hoje, por exemplo, estavam "mortas"no início do século 20, já que ainda não tinham nascido. Você estava morto. E certamente não se lembra de como é estar morto. Por outro lado, a ideia de que a existência está confinada a 80, 90 anos de vida dentro de um Universo que já tem 13 bilhões de anos - e que vai continuar por aí pelos próximos trilhões - é aterradora. Será que é só isso mesmo. Quem (re)viver virá.

Fonte: Superinteressante

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Juazeiro do Norte (CE): Égua avaliada em R$550 mil morre em acidente de carro

A égua Cristal Roxa, montada pelo vaqueiro sergipano Celso Junior (filho de Celso Vitório, pentacampeão brasileiro), morreu após uma colisão com uma caminhonete, por volta da meia-noite de sábado (9), na Avenida Plácido Aderaldo Castelo, em Juazeiro do Norte. Avaliada em cerca de R$550 mil, a égua,que participava da Vaquejada de Juazeiro, faleceu na hora. Uma outra égua teria ficado gravemente ferida.

Segundo um dos competidores da Vaquejada, o criador Antonio Junior, a aposta é que carros que estacionam irregularmente no estacionamento dos vaqueiros, onde estão montados os currais dos animais, teriam avariado o cercamento. "Três animais se soltaram e uma égua morreu. Para o mundo do quarto de milha é uma perda muito grande. Ela era uma égua avaliada em cerca de R$550 mil e que estava cotada para leilão. Um acidente desse atrapalha o evento, que é importante para a região por trazer movimento e gerar emprego", lamenta.

Depois do acidente, duas equipes - as de Celso Junior e de seus pai Celso Vitório - desistiram de terminar a competição. "É um baque grande, tanto afetivo quanto financeiro. Eles investiram para estar aqui e acontece uma coisa dessa", reforçou o vaqueiro.

De acordo com um dos organizadores do evento, Samuel Pessoa, os animais teriam fugido do cercamento sem que nenhum carro tenha sido responsável pela quebra do curral. "Eles estavam com o caminhão no centro do estacionamento, pela localização isso seria impossível", defendeu ele, que garante que as duas equipes compreenderam que não houve culpa da organização na fatalidade.

"O que soubemos é que os donos do animal entraram em acordo com o condutor do carro, que teve perca total", disse Rafael. Ele garante que esta edição da Vaquejada de Juazeiro bateu recorde de inscrições. Os organizadores informam que o público do evento é de cerca de 30 mil pessoas por dia.

Fonte: Diário do Nordeste

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Casos de aids diminuem no mundo — mas avançam no Brasil

O número de pessoas infectadas pelo vírus da aids volta a subir no Brasil. Dados publicados nesta terça-feira pela UNAids – programa da Organização das Nações Unidas (ONU) para combater a doença – revelam que, se cerca de 43.000 novos casos eram registrados no Brasil em 2010, a taxa subiu para 44.000 em 2015.

Em termos globais, a agência aponta que o número de novas infecções pelo mundo caiu apenas de forma modesta, de 2,2 milhões em 2010 para 2,1 milhões em 2015. O Brasil e a América Latina, porém, caminharam em uma direção oposta. No total, a população vivendo com aids no Brasil passou de 700.000 para 830.000 entre 2010 e 2015, com 15.000 mortes por ano. “O Brasil sozinho conta com mais de 40% das novas infecções de aids na América Latina”, alertou a Unaids.

“Estamos soando o alarme. O poder da prevenção não está sendo realizado. Se houver um aumento de novos casos de infecção agora, a epidemia será impossível de ser controlada. O mundo precisa tomar medidas urgentes e imediatas”, disse Michel Sidibé, diretor-executivo da UNAids. Hoje, são 36,7 milhões de pessoas vivendo com a doença pelo mundo e 1,1 milhão de mortes.

A organização destaca importantes avanços na região no que se refere à contaminação de crianças, com uma queda de 50% em apenas cinco anos. Mas, entre adultos, a UNAids alerta para um aumento de 2%  no número de casos entre 2010 e 2015, atingindo um total de 91.000 novas infecções por ano.

Na América Central, as taxas de aumento foram de quase 20% em países como Belize, Nicarágua e Guatemala. No México, a alta foi de 8%, contra 5% na Colômbia e 4% no Brasil. Por outro lado, houve queda no número de novos casos em pelo menos dez países latino-americanos, incluindo Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

Combate à doença
A entidade também alerta que os avanços pelo mundo feitos nos primeiros dez anos do século 21 para combater a doença perderam força. No Brasil, o montante investido em prevenção diminuiu. Segundo os dados, das 830.000 pessoas vivendo com a doença, apenas 55% recebem a terapia. Além disso, quase metade dos homens que tem relações sexuais com outros homens nunca tinha sido testado.

A preocupação dos especialistas da ONU não é apenas com o Brasil. Segundo a entidade, depois de “quedas significativas” da doença no mundo, os avanços se estagnaram. Desde 1997, o número de novas infecções pelo mundo caiu em 40% entre os adultos e em 70% entre crianças. Mas, ainda assim, desde 2010 1,9 milhão de pessoas foram afetadas a cada ano. “A prevenção precisa ser fortalecida”, ressalta a entidade.

Fim da aids até 2030
A ONU espera acabar com a aids até 2030. Mas os últimos dados mostram tendências contrárias. No Leste Europeu, o número de novos casos aumentou em 57% entre 2010 e 2015. No Caribe, depois de anos de queda, a expansão é de 9% a cada ano desde 2010. No Oriente Médio, o aumento foi de 4%, a mesma taxa do continente africano.

Na avaliação da entidade, os governos precisam focar seus esforços em determinadas populações mais vulneráveis. Homens que mantêm relações com outros homens têm 24 vezes mais chance de ser contaminados do que a média da população, a mesma taxa que usuários de drogas injetáveis. Já prostitutas têm dez vezes mais chances e prisioneiros, cinco vezes mais. No total, esses grupos representam um terço das novas contaminações no mundo.

Apesar dos avanços, apenas 57% das pessoas infectadas sabem que são portadoras do vírus e somente 46% dos doentes têm acesso a tratamento, cerca de 17 milhões de pessoas.

O avanço da doença ocorre no mesmo momento em que as doações internacionais sofreram quedas importantes. Em 2013, elas foram de US$ 9,7 bilhões. Mas caíram para US$ 8,1 bilhões em 2015. No ano passado, US$ 19,2 bilhões eram necessários para lidar com a doença.

Fonte: Veja (Com Estadão Conteúdo)

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Relator rejeita pedido de Cunha para zerar processo de cassação

Uma das suas últimas tentativas de evitar a perda do mandato, o aditamento feito por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ao recurso em que pedia a anulação de seu processo de cassação foi rejeitado pelo relator do caso.

Considerado aliado de Cunha, Ronaldo Fonseca (Pros-DF) apresentou na noite desta sexta-feira (8) à Comissão de Constituição e Justiça parecer argumentando que o aditamento feito por Cunha carece de fundamentação legal e, portanto, não deve nem ser analisado pela comissão.

"Não é competência da CCJ e minha sustar andamento desse processo na CCJ e também não tenho competência para exigir que o Conselho retorne esse julgamento."

Segundo aponta em sua complementação de voto, que será anexada ao relatório a ser analisado na comissão, Fonseca destaca que, conforme o Código de Ética, o Conselho de Ética julga o deputado e não o "presidente", por isso haveria uma "fragilidade" no argumento de Cunha.

Ao renunciar ao mandato de presidente da Câmara nesta quinta (7), Cunha entregou à CCJ, que analisa o seu recurso, aditamento em que pede que seu caso retorne ao Conselho de Ética já que há um fato novo –ele era julgado como presidente da Câmara e, agora, é apenas um deputado.

Aliados do peemedebista contavam com parecer favorável de Fonseca para que o presidente da comissão, Osmar Serraglio, também peemedebista, desse um despacho autorizando o regresso do processo.

A análise pela CCJ é o último passo da tramitação antes da votação em plenário.Na semana que vem a comissão pode analisar o mérito do recurso de Cunha, que tem parecer favorável de Fonseca para que seja refeita a votação do Conselho de Ética. A tendência hoje, porém, é a de que a comissão rejeite esse parecer.

Com isso, o caso fica pronto para o plenário, ainda sem data definida. Cunha perde o mandato caso votem nesse sentido pelo menos 257 de seus 512 colegas.

Fonte: Folha.com

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Crato (CE): Com público estimado em 35 mil pessoas, 65ª Expocrato é aberta

Foi aberta ontem, neste município do Cariri cearense, a Exposição Centro-Nordestina de Animais e Produtos Derivados (ExpoCrato) 2016, com público estimado em 35 mil pessoas. A abertura oficial da feira que é a quinta maior do segmento no País, contou com as presenças do governador do Estado, Camilo Santana (PT); do secretário de Desenvolvimento Agrário (SDA), Francisco José Teixeira; de deputados federais e estaduais e outras lideranças políticas da região.

A feira, que neste ano tem como um dos grandes atrativos a cultura popular, foi criada em 1944 e está em sua 65º edição ininterrupta. Para este ano, são esperadas 400 mil pessoas até o encerramento, em 17 de julho.

Crescimento
Em seu discurso, Camilo destacou o seu crescimento anual, mesmo diante a escassez de chuvas e ressaltou que a "Exposição, além de ser um momento importante para economia, possibilitando incontáveis negócios, também atua no lado social, de confraternizando as pessoas".

O presidente grupo gestor do Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante, Luiz Gonzaga de Melo, compartilha da mesma expectativa do governador e afirma esperar uma movimentação financeira, durante os oito dias de evento, superior a R$ 50 mi envolvendo todos os segmentos.

"Somente no agronegócio, acreditamos que as vendas fiquem em torno dos R$ 10 mi", completou Gonzaga. Ao todo, serão expostos mais de 10 mil animais, quatro mil deles entre bovinos, equinos, caprinos e ovinos. Ao destacar a importância da exposição para o Ceará, Camilo confidenciou que "o parque passará, ainda neste ano, por uma grande reforma estruturante para que possa ser utilizado durante o ano inteiro e não só durante a exposição".

Diversidade
Nos corredores do Parque, a cultura popular e a gastronomia local se destacam. São dezenas de estandes erguidos, comercializando as mais diversificadas coisas, desde peças de vestuário, bijuterias, artigos de couro e produtos característicos do sertão. Um dos pontos mais visitados é o tradicional engenho de cana-de-açúcar, presente na feira há 16 anos. Os proprietários estimam que serão moídas 145 toneladas de cana, cinco toneladas a mais que na edição anterior.

Apesar do otimismo nos negócios, o vendedor de artigos de alumínio, Ferreira Gonçalves Mota, que há seis anos expõe os produtos fabricados por ele e os quatro filhos, se mostra reticente quanto à movimentação financeira deste ano. Segundo conta, o setor dele tem sido muito afetado pela crise financeira.

"Quem vende comida ou trabalha com os show não sente, para isso todo mundo tem dinheiro, mas, no meu caso, eu estou em dúvida. Espero, pelo menos, manter o que eu vendi no ano passado", torce, sem revelar o montante.

Mudanças
Para fiscalizar o cumprimento da determinação do juiz José Flávio Bezerra Morais, da Vara da Infância e Juventude da Comarca do Crato, que proibiu a entrada e permanência de crianças, com idade inferior a dez anos completos, mesmo acompanhada dos pais ou responsáveis, 31 agentes de proteção das cidades de Crato e Barbalha irão trabalhar em todos os dias. A punição, caso a medida seja descumprida, pode chegar a multa de até 20 salários mínimos.

Mais informações
Parque de Exposições Pedro Felício Cavalcante
Praça Coronel Filemon Teles
Centro - Crato
Telefone: (88) 3523-2120

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Miséria

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Lula cancela visita ao Cariri; entrega do Título de Doutor Honoris Causa é adiada

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou sua passagem pelo Cariri, que aconteceria na próxima semana. O Instituto Lula explicou que o cancelamento deve-se “a necessidade de acompanhar as negociações e votação que ocorrerão terça-feira, dia 12.07 me Brasília, na Câmara Federal”.

Lula receberia, na terça-feira, dia 12, o Título de Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade Regional do Cariri (URCA) irá conceder. O título foi aprovado pelo Conselho Universitário (CONSUNI) da Instituição, no ano de 2002, e proposto antes mesmo de Lula se tornar presidente da República.

A solenidade aconteceria no Centro de Convenções do Cariri, em Crato. De acordo com a assessoria de comunicação da Universidade, “a entrega do referido título está postergada para data ainda não agendada pela URCA”.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Eduardo Cunha não cairá sozinho, diz jornal

Em sua edição que chegou às bancas na tarde desta sexta-feira (8), o jornal Le Monde noticia e tenta analisar o impacto da decisão do deputado Eduardo Cunha de renunciar à presidência da Câmara dos Deputados no Brasil. "A demissão do homem que derrubou Rousseff", diz o título.

A correspondente do vespertino no Brasil, Claire Gatinois, começa o texto dizendo que ninguém sabe se as lágrimas de Cunha eram sinceras, mas que sua tristeza ganhou ares simbólicos. Segundo a jornalista, elas representam a desordem de parte do mundo político brasileiro, encurralado em sua ganância e sua maldade.

A correspondente lembra que Cunha, que é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, já estava encurralado, mesmo se tentou apresentar sua renúncia como um gesto de grandeza.

Mas ela lembra que essa renúncia pode ser interpretada como uma demissão tática, já que, com isso, Cunha deixa a presidência da Câmara, mas tenta salvar seu mandato e seu status privilegiado diante da Justiça.

Lava Jato
Além de suas contas na Suíça, ressalta a reportagem do Le Monde, a investigação da Lava Jato está cada vez mais próxima de Eduardo Cunha. Além de sua mulher, Cláudia Cruz, estar sendo acusada de ter se beneficiado de dinheiro desviado.

No entanto, analisa Le Monde, em Brasília ninguém ousa esperar a queda do deputado, pois ele teria acumulado uma série de informações sobre seus colegas parlamentares. "Se ele cair, não cairá sozinho", conclui a reportagem do Le Monde.

Fonte: RFI

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Senadora Kátia Abreu deverá ser expulsa do PMDB após apoiar Dilma

Fiel escudeira da presidente afastada Dilma Rousseff, a senadora Kátia Abreu (PMDB-GO) está a um passo de ser expulsa de seu partido. Ela é alvo de processo na Comissão de Ética do PMDB desde abril deste ano por ter permanecido no ministério de Dilma Rousseff após o PMDB romper com o então governo da petista, hoje afastada. A conclusão do caso deve sair nos próximos dias com seu desligamento da legenda.

O sentimento na cúpula do PMDB é que ela está batendo demais no governo do presidente interino Michel Temer para defender Dilma. No final de junho, Kátia substituiu José Pimentel (PT-CE) na comissão especial do Senado que analisa o processo de impeachment. A troca foi feita pelo PT para que a aguerrida amiga de Dilma Rousseff fizesse sua defesa no colegiado.

Em sua primeira aparição na comissão, Kátia Abreu repetiu os argumentos da defesa da presidente afastada de que não há operação de crédito nas pedaladas fiscais e não economizou nas críticas a Temer, responsável por sua filiação ao PMDB.

Os ataques a Temer desagradaram profundamente a cúpula peemedebista, que deu o sinal verde para que fosse acelerado o processo de expulsão de Kátia Abreu. No mesmo período em que o processo de Kátia foi protocolado, outros peemedebistas também foram alvo, como os ex-ministros Marcelo Castro, Celso Pansera e Mauro Lopes. O caso deles, no entanto, deve ficar adormecido por enquanto.

— Os outros processados voltaram a se enquadrar no partido, então os processos deles vão andar a passos de tartaruga. O da Kátia vai voar porque as atitudes dela não condizem com a de um filiado ao PMDB — afirmou ao GLOBO um cacique do partido.

A representação contra Kátia foi encaminhada em abril deste ano pelo presidente nacional do PMDB, Romero Jucá, à Comissão de Ética do partido, por "desobediência às decisões do Diretório e da Convenção Nacional do PMDB". O pedido de expulsão partiu do diretório da Bahia.

No despacho à comissão, Jucá pediu "o processamento das representações com a maior rapidez possível para a satisfação da base partidária e dos representados". Isto ocorreu uma semana após o PMDB anunciar, por aclamação, o desembarque do governo Dilma. Na ocasião, ficou decidido que membros do partido não estariam autorizados a exercer cargos no governo federal.

Kátia Abreu, que foi ministra da Agricultura de Dilma, depôs à comissão do impeachment como testemunha de defesa. Em audiência esta semana, a ex-ministra fez uma defesa enfática da petista e acusou o governo Temer de fraudar um déficit fiscal alto para usar R$ 50 bilhões para “garantir o impeachment”.

— Gostaria muito de ver, na boca de algumas pessoas por aqui, sobre a fraude dos R$ 170 bilhões, para guardar R$ 50 bilhões para garantir o impeachment. Estamos vendo uma fraude de R$ 170 bilhões, que todos os economistas no Brasil já comentam que R$ 50 bilhões foram para garantir a aprovação do impeachment —, afirmou Kátia, na ocasião.

Fonte: O Globo

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Juazeiro do Norte (CE): Audiência debate problemas de infraestrutura do aeroporto

O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) debateram hoje, neste município, os problemas de infraestrutura do Aeroporto Regional do Cariri. O equipamento que atende moradores de mais de 100 municípios de três estados do Nordeste – Ceará, Pernambuco e Paraíba -, pode ter restrições operacionais, com a redução no número de voos, em razão de limitações do nível de resistência da pista, que é inadequado para receber modelos maiores e mais modernos de aeronaves e que passarão a ser utilizados pelas companhias aéreas.

Estudo elaborado pela Associação de Engenheiros do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (AEITA) e apresentado durante a audiência demonstra que o aumento no PCN – índice que mede a resistência da pista – permitiria aumentar o número de passageiros transportados em cada aeronave, viabilizaria o transporte de cargas e tornaria possível a criação de novas rotas de ligação com Juazeiro do Norte.

De acordo com o estudo da AEITA, o aeroporto da cidade cearense é o segundo mais movimentado entre os terminais regionais do Nordeste. Num comparação com dez terminais regionais e de grande porte, incluindo os de Fortaleza, Recife, Guarulhos, Campina Grande e Pampulha, por exemplo, o de Juazeiro do Norte aparece em segundo lugar em produtividade por terminal de passageiros. Entre os meses de janeiro e maio de 2016, foram transportados 113 passageiros por metro quadrado do terminal, enquanto que Fortaleza, Recife e Congonhas registraram a média de 67, 54 e 123 respectivamente.

A concretização de possíveis restrições operacionais preocupa empresários, instituições de ensino e gestores públicos da região e que chegaram a formar um movimento para defender obras de adequação e ampliação da infraestrutura do aeroporto. Vice-presidente da Sindicato dos Lojista (Sindilojas), João Almeida de Carvalho, presente à audiência, cobrou das autoridades responsáveis pelo terminal e pela gestão do setor aéreo brasileiro que adotem com agilidade medidas para sanar os problemas que afetam o aeroporto.

Representantes da Secretaria de Aviação Civil (SAC) e Infraero demonstraram estar cientes da situação e relataram medidas que já estão sendo tomadas. De acordo com Juliano Moura de Oliveira, da SAC, recentemente foi encerrado o estudo de viabilidade técnica para reforma do Aeroporto de Juazeiro do Norte, dentro do programa federal de modernização de aeroportos. A secretaria aguarda a análise pela Infraero, para que seja acionado o Banco do Brasil para que contrate uma empresa projetista para elaboração do projeto de ampliação, cuja previsão contratual é de 90 dias.

Tércio Ivan de Barros, superintendente de Desenvolvimento Aeroportuário da Infraero, informou que durante a semana realizou reunião com o prefeito de Juazeiro do Norte, Raimundo Macêdo, com o membro da AEITA, José Roberto Celestino e com a Infraero, em que ficou acertada a liberação da pista de taxiamento de aeronaves do aeroporto que encontra-se paralisada, bem como a aprovação da ampliação do PCN da pista de 36 para 42. Barros disse que vão buscar no futuro a ampliação para o PCN 46.

O superintendente disse ainda que as providências de ampliação aprovadas demandarão tempo e que não serão concluídas até o fim do ano. Também cobrou da administração municipal medidas para garantir que construções irregulares não afetem a segurança de voos que chegam ou partem da cidade.

A audiência pública foi conduzida pelo procurador da República Celso Leal e pela promotora de Justiça Alessandra Magda Ribeiro. O Ministério Público, lembrou Alessandra, atua na defesa dos Direitos dos Cidadãos, incluindo entre eles o direito ao transporte, que está sendo ameaçado com a falta de infraestrutura do aeroporto.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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MP diz que pedalada no BNDES não é crime

A Procuradoria da República no Distrito Federal entendeu que os atrasos em repasses do Tesouro Nacional para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), uma das "pedaladas" do governo Dilma Rousseff, não foram empréstimos ilegais. A conclusão consta de despacho do procurador Ivan Marx, no qual ele arquiva procedimento aberto para apurar se houve crime de integrantes da equipe econômica nessas operações específicas.

O procurador ainda vai se manifestar sobre outras manobras atribuídas à gestão da petista, inclusive os atrasos na transferência de recursos do Plano Safra para o Banco do Brasil - um dos fundamentos formais do processo do impeachment. Ele adianta que, nesse caso, sua posição deve ser a mesma. "Foi muito similar (a prática) e, possivelmente, eu vá dizer que não existe (crime)."

Os argumentos do parecer coincidem com os apresentados pela defesa da presidente afastada na Comissão do Impeachment e devem reforçar o discurso dos que apoiam a permanência dela no cargo. Recentemente, peritos nomeados pelo Senado concluíram também que Dilma não teve participação direta ao autorizar as pedaladas, embora tenha assinado decretos de suplementação orçamentária supostamente ilegais.

À reportagem, Ivan Marx lamentou que o Ministério Público Federal (MPF) não tenha sido ouvido no processo de impeachment. "Quem tem atribuição de dizer se determinada prática é crime ou improbidade é o MPF. É o único ator que não foi chamado a depor na comissão."

As pedaladas foram atrasos no repasse de recursos para bancos públicos bancarem obrigações do governo com programas sociais e empréstimos subsidiados. Com isso, os saldos das contas desses programas ficaram negativos nas instituições, que tiveram que cobrir os gastos com o dinheiro depositado pelos correntistas. Para o Tribunal de Contas da União (TCU), esses atrasos configuraram empréstimos ilegais entre os bancos e seu controlador, a União, porque não foram autorizados pelo Legislativo.

Ao retardar os pagamentos, o governo também indicava que suas despesas naqueles períodos eram menores, produzindo um resultado fiscal artificial.

O BNDES é o gestor do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que empresta dinheiro a grandes empresas a juros mais baixos que os de mercado. A diferença entre as taxas é coberta pelo Tesouro, que não fazia os repasses conforme pactuado.

Para Ivan Marx, não houve crime nesse caso porque a manobra do governo não se enquadra precisamente no conceito de operação de crédito previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. "O conceito legal não pode ser ampliado em respeito ao princípio da legalidade estrita. Além disso, o direito penal é indene de dúvidas de que resulta vedada a analogia prejudicial ao réu", alegou.

O procurador argumenta que houve "um simples inadimplemento contratual, quando o pagamento não ocorre na data devida". "Entender de modo diverso transformaria qualquer relação obrigacional da União em operação de crédito, dependente de autorização legal, de modo que o sistema resultaria engessado. E essa, obviamente, não era a intenção da Lei de Responsabilidade Fiscal", argumenta.

Ivan Marx sustenta que, embora as pedaladas do BNDES não sejam crime, elas serviram ao propósito do governo de maquiar o resultado fiscal, o que configura improbidade administrativa, um tipo de delito civil. As autoridades responsáveis devem, portanto, responder a ação a respeito.

Nos próximos dias, Ivan Marx decidirá se arquiva ou apresenta denúncia criminal contra integrantes da equipe econômica de Dilma sobre as pedaladas do Plano Safra; dívidas no pagamento de tarifas e taxas à Caixa Econômica Federal; e procedimento indevido do Ministério das Cidades ao registrar em restos a pagar dívidas referentes ao Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV). Nesses três casos, o TCU viu ilegalidades.

Fonte: UOL (Com Estadão Conteúdo)

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Expocrato 2016 começa neste domingo

Tem início hoje (10), uma das cinco maiores feiras agropecuárias do Nordeste e a maior do Estado. Na 65ª edição interrupta da Exposição Centro-Nordestina de Animais e Produtos Derivados (Expocrato), os organizadores esperam ultrapassar o montante de R$ 50 milhões negociados em todos os segmentos.

Segundo o presidente grupo gestor do parque, Luiz Gonzaga de Melo, somente o agronegócio deve movimentar mais de R$ 10 milhões, números considerados bastante expressivos diante da retração na economia brasileira.

Para ele, a crise econômica e o quinto ano consecutivo de estiagem não impactarão negativamente nos negócios, "já que a feira está consolidada e é vista pela maioria dos expositores como uma alternativa para alavancar os negócios". Gonzaga mostrou-se surpreso, ainda, com o que ele chamou de "período pré-feira", ao destacar a procura de expositores e empresários. "Sabíamos que a seca e a crise financeira eram dois fatores que não podiam ser desprezados, mas, no período de pré-feira, fomos surpreendidos com a intensa procura. Para se ter uma ideia, uma semana antes da abertura oficial, 90% dos estandes já estavam vendidos", comemorou.

Animais
A quantidade de animais expostos neste ano também surpreende. Ao todo, serão cerca de 10 mil, dentre os quais, cinco mil serão caprinos, ovinos e equinos. "Nosso objetivo era manter o número do ano passado, mas iremos ultrapassar. Para suprir a alta demanda, construímos 30 novas baias fixas para o seguimento de equinos e 70 novas baias fixas para ovinos e caprinos, ao todo, serão 240 entre baias fixas e móveis", explicou.

Entretanto, demonstrando cautela, Gonzaga reconhece que "o elevado número de animais expostos não significa efetivamente que eles serão todos comercializados, mas já um indicativo do quão forte é a Expocrato". Para esta edição, quatro leilões de equinos e bovinos de raça e exposição pan-americana de cães estão confirmados. "Geralmente são realizados três leilões. Mas, neste ano teremos um a mais", acrescentou.

Além da crescente no número de animais expostos, considerado o princípio da feira iniciada ainda na década de 40, a estimativa de público também é positiva. São esperadas no Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante, durante os oito dias de evento, cerca de 400 mil pessoas. "A comissão organizadora trabalha com um número aproximado em 50 mil pessoas por dia", completou Gonzaga. No ano passado, cerca de 350 mil pessoas passaram pelo evento.

Para atender à grande demanda de público, a estrutura do Parque de Exposição têm passado por melhorias desde a edição do ano passado. Atendendo orientações do Ministério Público, o local recebeu a construção de um espaço para funcionários, melhorias na rede elétrica, reparos na estrutura física e nas baias e currais onde ficarão os animais a serem expostos.

Gonzaga destaca a obra de revitalização do canal que corta o parque, apesar de não ter ficado 100% concluso. "Era um grande anseio da organização. O canal trazia desconforto, tanto pela estética quanto pelo cheiro. Infelizmente, as obras não foram concluídas em sua totalidade, mas as melhorias são notáveis", finalizou.

Economia aquecida
Os benefícios da Expocrato vão além dos limites do Parque Pedro Felício Cavalcante. A rede hoteleira do município está com 70% de suas reservas feitas para o período. Em alguns hotéis da serra, o número é ainda mais expressivo. Segundo a gerente do Hotel Encosta da Serra, Hianny Ângelo, as vagas foram esgotadas há um mês: "Dispomos de 151 leitos e todos eles foram reservados com bastante antecedência. Essa é, sem dúvida, a melhor época do ano".

Já os comerciantes cratenses estimam um incremento de 10 a 20% nas vendas, em comparação aos meses anteriores. Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Crato, Zé Lobo, o número é positivo, mas poderia ser melhor "não fosse a atual instabilidade do País": "Essa é a maior e mais extensa festa do ano na região e acontece em mês de férias, quando a cidade naturalmente já conta com turistas. No entanto, mesmo com os hotéis, restaurantes e comércio aquecidos, a expectativa está abaixo de anos anteriores".

Ainda de acordo com as informações do dirigente, "lojistas da área da moda, englobando vestuário, calçados e acessórios, além da área de serviços, serão os mais beneficiados".

Já na cidade de Juazeiro do Norte, a CDL estima que o comércio receba injeção de cerca de 3% nas vendas.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Lula viaja ao Nordeste em busca de apoio popular contra impeachment

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja nesta segunda-feira para a região Nordeste em busca de apoio popular contra o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. As cidades escolhidas são as que Lula tem bastante popularidade: Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, Carpina e Caruaru, em Pernambuco. O retorno a São Paulo está agendado para quarta-feira a noite.

Na segunda-feira, segundo nota divulgada pelo Instituto Lula, o ex-presidente estará em Juazeiro para o evento Bahia mais forte: Ações do governo da Bahia para o desenvolvimento rural, que começa às 14h30. Em seguida, ele viaja para Petrolina, onde participará do Ato da Frente Brasil Popular “Semiárido contra o golpe — Nenhum direito a menos”.

No dia seguinte, terça-feira, Lula vai a Carpina na Plenária do 2° Conselho Deliberativo da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado Pernambuco (FETAPE). Segundo Instituto Lula, o “evento contará com mais de 600 lideranças dos movimento sindical e de movimentos políticos”.

Já para quarta-feira está prevista a presença de Lula no Ato da Frente Brasil Popular em Caruaru, na Praça Marco Zero. Na sequência ele visita o Assentamento Normandia, do MST. Ainda no início da noite de quarta-feira Lula vai para o Ato da Frente Brasil Popular no Recife, na Praça de São Pedro.

Fonte: O Globo

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