MPCE celebra TAC com Prefeitura do Crato para realização de melhorias no Estádio “Mirandão”

Após atestar em laudos técnicos a existência de diversas irregularidades no estádio municipal Governador Virgílio Távora, também conhecido como “Mirandão”, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por intermédio do Núcleo do Desporto e Defesa do Torcedor (Nudtor), celebrou na última quarta-feira (11) Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o município do Crato que prevê diversas melhorias para o bem-estar e segurança dos jogadores, torcedores, imprensa e público em geral.

O termo foi resultado de um encontro realizado na segunda-feira (08) pelo coordenador do Nudtor, promotor de Justiça Francisco Xavier Barbosa, com a Prefeitura Municipal do Crato, representada pelo procurador-geral do município, George Érico de Alencar, pelo secretário de Esportes, Júlio Guilherme Brito, e pela coordenadora da vigilância sanitária, Arlene Débora Andrade.

A Prefeitura se comprometeu a não agendar jogos em horários que demandem iluminação artificial devido à inexistência de motogerador, equipamento que garantiria o funcionamento em casos de interrupção ou baixa no abastecimento de energia. O ente público municipal se comprometeu também a, no prazo de 120 dias, reparar infiltrações e corrosões na área destinada à imprensa, adquirir e instalar portas ou portões com barras antipânico; a adequar ou realocar posto médico de urgência no estádio; e a instalação de chuveiros e lavatório nos vestiários dos jogadores.

Outros compromissos firmados foram a disponibilização de bebedouros em material lavável para o público em geral e, enquanto a área das arquibancadas inferiores não forem liberadas, que a quantidade de ingressos vendidos não ultrapasse a capacidade máxima de público da arena, que é de 5.300 pessoas sentadas. O não cumprimento das obrigações sujeitará o município ao pagamento de multa de R$ 50.000,00 por infração cometida, a ser recolhida ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos do Estado do Ceará (FDID).

Assessoria de Imprensa/MPCE

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Delação da Odebrecht mira 35 senadores, 13 governadores e dezenas de prefeitos

Um dos principais envolvidos no esquema de corrupção investigado na operação Lava Jato, o empresário Marcelo Odebrecht se reuniu pela primeira vez pessoalmente com integrantes da força-tarefa para tentar viabilizar um acordo de delação

Durante depoimento de dez horas em Curitiba, na quinta-feira, ele revelou a quatro procuradores a intenção de explicar, em detalhes, como fez pagamentos ilícitos a políticos de diversos partidos nos últimos anos, de acordo com o jornal O Globo.

O acordo de colaboração está em negociação desde maio. Os investigadores afirmaram que a proposta apresentada é “satisfatória”, mas ainda depende de documentação e detalhamento dos fatos. A expectativa é de de que 51 executivos e gerentes da empreiteira contribuam com as investigações.

A Odebrecht promete apresentar provas que envolvem, além de integrantes do governo federal, 35 senadores, 13 governadores e dezenas de prefeitos. O objetivo é detalhar os pagamentos feitos pelo Setor de Operações Estruturadas, conhecido como “diretoria da propina”. A área foi criada pela empresa para repassar valores a políticos.

Um dos pontos de embate para fechar o acordo gira em torno da origem dos repasses a políticos. A empreiteira afirma que a maior parte dos pagamentos foi feita como caixa dois de campanha, sem vinculação direta com obras ou contratos com governo. Os procuradores cobram informações sobre a origem da propina.

Fonte: Brasil Post

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Eleições 2016: Rommel Feijó não poderá ser candidato a prefeitura de Barbalha

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, nessa terça-feira (9) o agravo de instrumento promovido pela defesa do ex-deputado Rommel Feijó e manteve a condenação que lhe foi imposta pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Com isso, Rommel continua inelegível.

A decisão foi da ministra relatora Regina Helena Costa. Rommel, em 2014 já havia sido condenado pela Justiça Federal do Ceará a 7 a anos e 6 meses por envolvimento na “Máfia dos Sanguessugas”, por desvio de recursos públicos do Ministério da Saúde. Ele também perdeu os direitos políticos por cinco anos por ato de improbidade administrativa.

Nesta quarta-feira foi divulgado nas redes sociais que Rommel teria sido absolvido. A decisão será publicada nesta sexta-feira.

Fonte: Ceará Agora

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Milagre? Vídeo mostra estátua de Jesus Cristo abrindo os olhos em igreja

Imagens gravadas no interior da Capela de Saltillo, em Coahuila de Zaragoza, no México, têm causado comoção entre internautas de todo o mundo. O vídeo, feito durante um culto em junho, mas só divulgado recentemente, mostra uma estátua de Jesus Cristo abrindo os olhos. Após perceber o movimento dos olhos da imagem, a pessoa que está filmando parece recuar, assustada.

Após ser publicado em um site de fenômenos paranormais, o vídeo viralizou e tem muita gente achando que o que aconteceu foi um milagre. Por outro lado, há quem diga que as imagens foram editadas para criar o “efeito”.

Será?
Ivan Escamilla, que estuda fenômenos paranormais, acredita que o vídeo é verdadeiro e afirma que ele mesmo analisou as imagens para ter certeza. Ainda segundo Escamilla, mais 20 especialistas no assunto têm assistido à gravação com todo o cuidado, para garantir que não estão diante de uma fraude.

Os responsáveis pela capela onde o vídeo foi feito se recusam a assistir ao material e a comentar o assunto. Aí, como sempre, crer ou não fica a critério de cada pessoa. Você acredita que o vídeo mostra um milagre ou acha que as imagens foram editadas?


Fonte: Mega Curioso

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Temer rasga a Constituição e estuda fazer reforma da Previdência sem consultar Congresso

O presidente interino, Michel Temer, estuda uma saída alternativa para o caso de o Congresso demorar a aprovar a reforma da Previdência. O governo pode alterar, por meio de um despacho normativo federal, a interpretação das regras da aposentadoria para trabalhadores da iniciativa privada (via INSS). A alteração não precisaria passar pela Câmara nem pelo Senado Federal e seria feita com base no texto constitucional.

Professor de direito e exímio constitucionalista, Temer tem sustentado para assessores que a Constituição é clara ao estabelecer que os anos de contribuição e a idade mínima são ambas condições necessárias e não excludentes para se aposentar pelo INSS. “A Constituição não diz que a aposentadoria pode ser obtida com apenas uma dessas condições cumpridas”, afirma a interlocutores dentro do Palácio do Planalto.

Eis o que diz o parágrafo 7º do artigo 201 da Carta Magna:

§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições:
I – trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher;
II – sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.

O presidente explica como seria possível fazer a reforma da Previdência a jato: “Bastaria um despacho normativo do governo federal, explicando como passaria a ser interpretada a Constituição. É claro que esse despacho seria alvo de impugnação no STF, que daria a palavra final. Mas as chances de sucesso são grandes, pois a Constituição é muito clara”.

Michel Temer não enxerga como ideal essa saída para reformar a Previdência. Sobretudo porque trataria apenas de aposentadorias via INSS, deixando de fora o sistema dos servidores públicos. Essa nova interpretação da Constituição seria um último recurso no caso de as mudanças empacarem no Congresso.

O tamanho do rombo
A última estimativa do Ministério do Planejamento é de que o INSS, sistema previdenciário público que atende trabalhadores do setor privado, apresente déficit de R$ 147 bilhões em 2016. No ano que vem, a cifra esperada é de R$ 183 bilhões.

O governo também projeta um rombo de R$ 69 bilhões no regime de previdência dos servidores públicos federais neste ano. Para 2017, o saldo negativo projetado é de R$ 75 bilhões.

Com o envelhecimento da população, a equipe econômica de Michel Temer calcula que o déficit somente desse último sistema chegará a R$ 348 bilhões em 2060 caso as regras atuais sejam mantidas.

Casa Civil
Técnicos do ministério afirmam que a disposição no Planalto continua sendo a de trabalhar na construção de um projeto a ser encaminhado ao Congresso. Mesmo com a disposição do presidente interino de usar a alternativa do despacho normativo, o governo entende que são necessárias mais mudanças. O próprio Michel Temer também tem essa avaliação.

O governo tende a tentar propor medidas escalonadas para facilitar a aprovação dos projetos no Congresso. A ideia principal continua a ser a de criar regras unificadas para os diferentes tipos de trabalhadores, como servidores públicos e os que se aposentam pelo INSS.

Mercado e imagem do Governo
Incomoda um pouco a Michel Temer uma interpretação que vai se formando a respeito da incapacidade de sua administração aprovar medidas duras na área fiscal. Sucessivos aumentos de salários para funcionários públicos sinalizaram para o mercado financeiro e agentes econômicos uma certa frouxidão nos controles de gastos federais.

Temer não se cansa de dizer que ainda está numa fase de transição e que não poderia avançar além do que as condições políticas atuais permitem. Cita sempre que os aumentos de salários do funcionalismo estavam acertas há muito tempo, desde o governo de Dilma Rousseff. Se simplesmente tivesse rejeitado as propostas, hoje estaria enfrentando uma Esplanada dos Ministérios conflagrada, cheia de carros de som protestando contra o Planalto e servidores em greve.

Por essa razão o presidente se esforça para dizer que tem uma caixa de ferramentas à disposição, quando for o momento, para fazer as reformas estruturais que tem prometido. O caso da Previdência, visto com emblemático, é o que encabeça a lista. A todos que perguntam sobre a capacidade de obter apoio do Congresso, Temer responde com a hipótese, “em último caso'', de fazer alterações no sistema por meio de um “despacho normativo''.

A reação das centrais sindicais
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) ataca a saída alternativa defendida por Michel Temer. “Se fizer isso, vai ter violenta oposição”, diz Sérgio Nobre, secretário-geral da organização. A central, que tem ligações históricas com o PT, mantém a posição de defender a fórmula 85/95 com progressividade. Nesta regra, é preciso que o tempo de contribuição e a idade, somados, atinjam 85 anos para as mulheres e 95 para os homens. As regras foram sancionadas pela presidente afastada Dilma Rousseff.

No entender da CUT, a alternativa defendida por Temer seria uma manobra. “Não pode mexer na Previdência desse jeito. É uma irresponsabilidade”, afirma Nobre.

João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, é a favor da manutenção das regras atuais, mas afirma que é preciso debater a alternativa apresentada pelo presidente interino. “Nós defendemos a ideia de manter o que está negociado, o progressivo. O presidente Temer abre uma nova proposta que será avaliada”, afirmou ao Blog.

O secretário-geral não descartou a adoção da íntegra do texto da Constituição para os próximos anos. Juruna classifica a ideia, se adotada no futuro, como “interessante”.

Fonte: Blog do Fernando Rodrigues/UOL

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Mãe e filho se apaixonam e lutam na Justiça para manter relacionamento

Apaixonados, Monicas Mares, de 36 anos, e seu filho Caleb Peterson, de 19, estão gerando revolta no Novo México, nos Estados Unidos. Isso porque o casal luta na Justiça para conseguir manter o relacionamento.

De acordo com as informações do Daily Mail, Monica deu à luz aos 16 anos e colocou seu filho para adoção. Muitos anos depois, no entanto, eles acabaram se reencontrando e foi amor à primeira vista.

"Nós demos as mãos e acabamos nos beijando. E o beijo levou a outras coisas", disse a mulher em entrevista ao tabloide britânico. "Parece que eu conheci alguém novo em minha vida e sinto que estou apaixonada por ele", acrescentou. Ela afirma, contudo, que nada teria acontecido se Caleb não tivesse sido adotado.

E o afeto entre eles é tão grande que o ex-marido de Monica, e pai de dois de seus nove filhos, Dayton Chavez, aprova o namoro. "Eu os apoio. Gostaria que o governo parasse de se meter na vida deles e deixasse eles viverem suas vidas normalmente", comentou.

Mãe e filho alegam que sofrem de uma condição rara chamada atração sexual genética, e que por isso a relação deveria ser considerada legal.

Acusados de incesto, Monica e Caleb podem ser condenados a um ano e meio de prisão e multados em US$ 5 mil (cerca de R$ 15,7 mil).

Fonte: Rede TV!

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Juazeiro do Norte (CE): Clínica de Fisioterapia inicia atendimento ao público nesta segunda-feira (15)

Será aberta ao público na próxima segunda-feira, 15, a Clínica de Fisioterapia da Estácio FMJ, em Juazeiro do Norte. Com previsão de atendimento de até 700 pacientes a cada mês, o trabalho contará com a supervisão de docentes da instituição. Diversos serviços serão prestados à população, incluindo o tratamento de reabilitação cardíaca, pioneiro no interior do estado.

Com diversos equipamentos, como esteiras, bicicleta científica para avaliação cinética dos pacientes, piscina térmica para atendimento na área de hidroterapia, jardim sensorial para trabalhar a sensibilização dos pacientes que perderam os movimentos dos membros inferiores, o novo local implanta o espaço para atender a uma demanda significativa na região do Cariri.

Segundo o coordenador do Curso de Fisioterapia, Rodrigo Luiz Mousinho Gomes, a média de atendimentos poderá ser ampliada, de acordo com as adaptações que poderão ser feitas no espaço da clínica. Ele ainda destacou que o projeto leva em consideração um trabalho dinâmico, em que diversos pacientes poderão ser atendidos ao mesmo tempo, no local.

Neste espaço, também serão oferecidos atendimentos nas áreas de neurologia, pediatria, ginecologia, obstetrícia, dermatologia, traumatologia e ortopedia, distúrbios funcionais do assoalho pélvico, além de reabilitação pulmonar.

Os atendimentos, que serão realizados por professores especialistas nas respectivas áreas, deverão ser agendados durante a semana, pelo telefone (88) 3572. 7817 (R- 7854).

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Rio 2016: MPF decide que proibir “Fora Temer” nas Olimpíadas é inconstitucional

Uma decisão liminar da Justiça Federal no Rio de Janeiro determinou, nesta segunda-feira (8), que a União, o Estado do Rio de Janeiro e o Comitê Rio 2016 deixem "de reprimir manifestações pacíficas de cunho político em locais oficiais durante a realização dos Jogos Olímpicos de 2016".

A decisão é do juiz federal substituto João Augusto Carneiro de Araújo, do Tribunal Regional Federal. Cabe recurso contra a decisão, que ainda terá o mérito (julgamento definitivo nesta instância) avaliado.

O magistrado tomou a decisão provisória ao analisar ação proposta pelo Ministério Público Federal (MPF). Na sentença, ele fixou multa de "R$ 10 mil por cada ato que viole a presente decisão".

"Defiro o pedido de concessão da tutela de urgência para o fim de determinar aos réus que se abstenham, imediatamente, de reprimir manifestações pacíficas de cunho político nos locais oficiais, de retirar do recinto as pessoas que estejam se manifestando pacificamente nestes espaços, seja por cartazes, camisetas ou outro meio lícito permitido durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos RIO2016, sob pena de multa pessoal ao seu responsável no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) por cada ato que viole a presente decisão, sem prejuízo das demais sanções previstas legalmente", afirma o magistrado no despacho.

Torcedor retirado do Sambódromo
No último sábado (6), um vídeo compartilhado no Facebook mostrava um espectador da prova de tiro com arco sendo retirado do Sambódromo por homens da Força Nacional. O homem exibia cartaz de protesto contra o presidente em exercício Michel Temer.

Em outro vídeo, torcedores foram abordados no Mineirão por agentes de segurança.

Na ocasião, as seleções femininas da França e Estados Unidos jogavam.

Os torcedores foram retirados por, supostamente, estarem usando camisetas com as letras que formavam a expressão "Fora Temer".

No vídeo, um policial explica que os torcedores estavam violando o artigo o artigo 28 da Lei da Olimpíada, que restringe bandeiras e cartazes. Em seguida, o torcedor troca de camiseta por uma do Atlético Mineiro.

A lista de proibições e restrições nos locais de competições olímpicas deixa expresso ser proibido o uso de qualquer item que possa ser utilizado para realização de protestos na instalação, incluindo cartazes.

Avalição anterior do STF
Tal proibição de cunho político em estádios já foi considerada legal, em 2014, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), quando a corte analisou um recurso sobre a Lei da Copa.

Na ocasião, o PSDB contestou o dispositivo da lei que restringia o uso de bandeiras e cartazes nas arenas esportivas.O dispositivo da lei de 2014, assinada por Dilma Rousseff, proibia usar bandeiras "para outros fins que não o da manifestação festiva e amigável".

Mas, em seguida, o texto dizia que era "ressalvado o direito constitucional ao livre exercício de manifestação e à plena liberdade de expressão em defesa da dignidade da pessoa humana".

Fonte: G1

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Crato registra 3 casos de estupro em 4 dias; ato na Câmara cobra por segurança

Após sucessivos casos de estupro investigados nos últimos pela Polícia Civil deste município, a 400 quilômetros de Fortaleza, entidades de movimentos sociais e grupos de defesa à mulher promoveram um debate, na manhã desta terça-feira (9), na Câmara de Vereadores da cidade no intuito de cobrar “providências sobre os casos e segurança, sobretudo às mulheres”, conforme a secretária Conselho Municipal dos Direitos da Mulher Cratense (CMDMC), Verônica Isidório.

De acordo com Delegacia de Defesa da Mulher, foram três casos registrados nos últimos quatro dias. Para Verônica, no entanto, além dos casos denunciados “outras mulheres sofreram tentativas nas últimas semanas”o que trouxe, segundo ela, “temor à população”. A feminista adverte que o maior objetivo dos movimentos sociais é “mobilizar o poder público para que ele tome para si a responsabilidade de garantir segurança para todos”.

Para o conselho, “tais casos não são aleatórios, nem exceção. Não se trata simplesmente de maníacos que estão pontualmente atacando as mulheres. Trata-se de uma cultura patriarcal altamente naturalizada na sociedade de que o corpo da mulher não pertence a ela própria. Se houvesse segurança e justiça quem deveria ter cuidado e temer seriam os estupradores, não nós, mulheres”.

Apesar do sentimento de medo, Verônica afirma que diante dos últimos acontecimentos, os grupos devem se organizar e lutar por uma sociedade menos machista e mais segura. “Não nos calaremos, não nos trancaremos em casa. Estamos nas ruas para exigir segurança dos órgãos policiais, para exigir das câmaras legislativas e da administração política políticas públicas de prevenção à violência de gênero. Por isso, chamamos toda a sociedade a dizer basta aos estupros e à cultura do estupro”.

Para o delegado Diogo Galindo, responsável pelas investigações dos dois estupros cometidos no último sábado, dia 06, “os casos não possuem ligação entre si e não há razão para pânico”. Segundo explica, “muitas pessoas têm espalhado boatos nas redes sociais, afirmando que um homem em um carro preto está praticando esses crimes, o que não é verdade. Apenas um caso a vítima relatou um veículo preto, nos outros, não há essa referência”.

A escrivã, Nívea Freitas, acrescentou que um dos suspeitos já foi preso e os outros dois estão sendo procurados. Quanto a possíveis tentativas de estupro divulgadas nas redes sociais, ela ressalta que “estão divulgando informações falsas”. “Uma mulher recentemente se assustou ao ver um carro parado próxima a ela no centro do Crato, correu e quebrou o tornozelo. Muitas pessoas já afirmaram ter sido uma tentativa de estupro, quando na verdade não foi”, concluiu.

No próximo sábado, dia 13, a Frente das Mulheres dos Movimentos do Cariri, o Conselho Municipal de Defesa dos Diretos da Mulher Cratense e Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec) realizarão um ato público, as 8 horas, em frente à prefeitura do Crato perindo segurança e cobrando “políticas públicas que combatam a cultura do estupro”, finalizou Verônica.

Fonte: Diário do Nordeste

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Como reduzir o LDL – o famoso colesterol ruim?

Saiba que mudar a alimentação para reduzir a taxa de LDL não é algo tão difícil assim!

Para começar, é bom lembrar que o LDL (mau colesterol) está diretamente relacionado com o risco de doença cardiovascular, enquanto a HDL (bom colesterol) reduz o referido risco. Então fique atento! Altos níveis de LDL podem estreitar as artérias (aterosclerose) e aumentar o risco de doença cardíaca.

É importante adotar um programa de exercícios físicos, manter o peso ideal, não fumar e cortar ao máximo o consumo de gordura da dieta. É a grande dica para reduzir os níveis de colesterol: diminuir o consumo de gordura saturada.  Ela é a grande vilã da história.

Vamos às dicas:

Escolha alimentos ricos em fibras
O arroz e as massas integrais contêm mais fibras do que os tipos brancos. As fibras solúveis, encontradas em leguminosas, aveia, frutos oleaginosos e maçãs, também são aliadas. A escolha de alimentos ricos em fibras ajuda a reduzir o nível de colesterol do sangue.

Coma grande quantidade de frutas e hortaliças
Elas são excelentes fontes de betacaroteno e vitamina C, que ajudam a evitar a oxidação de LDL e sua deposição nas artérias do coração.

Reduza ao máximo o consumo de alimentos ricos em gordura saturada
Evite carnes gordurosas como a de porco e invista no salmão, rico em ômega 3.

O consumo de gordura trans deve ser o mínimo possível
No Brasil, todos os alimentos embalados trazem no rótulo a quantidade de gorduras trans, facilitando uma escolha mais saldável. Por isso, leia sempre os rótulos!

No lanchinho da tarde, em vez de comer um biscoito rico em gordura trans, experimente uma maçã! Rica em fibras solúveis e contém altas doses de flavonoides e antioxidantes que ajudam a reduzir o colesterol.

Mas… e o ovo? Embora ovos como alguns frutos do mar, como camarões, sejam bastante ricos em colesterol, são pobres em gordura saturada. A Fundação Britânica do coração afirma que é possível ingeri-los como parte de uma dieta equilibrada e pobre em gorduras.

E você, está de olho no seu colesterol?

Por: Lara Berruezo

Fonte: Seleções

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8 dicas para encontrar passagens aéreas mais baratas na internet

Já há alguns anos, muitos passageiros trocaram as agências de turismo por sites de compra de passagens.

Mas quem nunca passou pela experiência de, dias, horas ou mesmo minutos após ter comprado uma passagem, encontrar outra com valor menor?

Para reduzir essa possibilidade ao máximo nas pesquisas de suas próximas férias, listamos algumas dicas.

1. Use os sites que comparam preços
Se você tem flexibilidade de datas para viajar, visite sites como kayak, farecompare, momondo e skyscanner para comparar os valores das passagem.

Vale a pena entrar em vários sites, já que as companhias têm acordos diferentes com cada um deles. Alguns dos sites, por exemplo, incluem tarifas de companhias de baixo custo.

Além disso, você pode filtrar os resultados mais convenientes para sua viagem.

Um ferramente interessante do farecompare e do skyscanner é ativar alertas de tarifas para quando os preços caírem de uma trecho em que você tem interesse.

Já no momondo, a ferramenta "previsão de voo" é útil para te dar detalhes de uma rota específica. Por exemplo: fazendo uma busca de voos de Londres para o México, essa opção mostra em que dias da semana é mais barato viajar ou até em que semanas do ano as tarifas são mais baixas.

Agora, se você tiver um espírito mais aventureiro e topar viajar para onde houver uma oferta, em sites como o skyscanner pode-se colocar como destino "qualquer lugar" e encontrar voos a todos os países.

Uma vez que você encontrar a tarifa mais em conta, não custa checar o valor disponível no site da companhia aérea também.

Mas corra porque algumas companhias, como Lufthansa e o grupo AirFrance-KLM, estão adotando estratégias para combater esses sites, como uma cobrança extra nos bilhetes emitidos fora de seus sites oficiais ou de sistemas operados por agentes de turismo.

A Lufthansa anunciou que vai cobrar 16 euros. A ideia é atrair mais clientes para os sites das companhias aéreas, evitando esses sites intermediários.

2. Cheque quando é mais barato viajar
Provavelmente você já tenha percebido, mas nunca é demais repetir: viajar durante a semana é mais barato.

A sexta-feira e o domingo são os dias mais escolhidos pelas pessoas que viajam a negócios e também para turistas que querem aproveitar o fim de semana. Assim, é mais provável encontrar uma boa oferta na terça ou na quarta-feira.

A ferramenta "previsão de voo", mencionada no item interior, também pode ajudar a identificar o dia mais barato da semana em uma rota específica.

3. Ver quando é mais barato comprar a passagem
Segundo um comunicado da Airlines Reporting Corporation, publicado em novembro de 2014, o melhor dia para se comprar uma passagem aérea é a terça-feira. A data também é sugerida por vários blogueiros e especialistas em viagens.

As explicações para isso variam, mas, em geral, esse é o momento em que as companhias aéreas lançam suas ofertas de passagens restantes, para tentar obter a ocupação máximo em seus voos.

Monitorar durante vários dias, em horários distintos, ajuda bastante a assumir um risco calculado na hora da compra.

4. Vale a pena esperar uma oferta de último minuto?
Há alguns anos, existia esse mito. Mas atualmente a posição geral da indústria é a de que não vale a pena.

Vários estudos mostram que o ideal é comprar com uma antecedência de cerca de 60 dias para voos internacionais.

Apenas no caso de alguns pacotes de viagens é que pode valer a pena checar ofertas às vésperas da viagem, já que pode haver cancelamentos ou lugares vagos em voos charter.

5. Limpe os cookies de seu computador e troque de navegador
Ainda que a BBC não tenha conseguido verificar essa informação de maneira independentes, há relatos de que algumas companhias aéreas usem informações providas por cookies para monitorar sua navegação e aumentar os preços de um voo se souber que você está interessado.

Isso explicaria porque, algumas vezes, quando você volta meia hora depois para comprar uma passagem, encontra um valor mais alto.

Por outro lado, a jornalista Erica Ho, que trabalhava para a revista Time em Hong Kong, comprovou que os preços das mesmas rotas variavam de maneira exorbitante dependendo do país em que se acessava o site da companhia aérea.

Há muitas estratégias para testar isso: uma opção é apagar as cookies antes de pagar a passagem ou utilizar outro navegador para fazer a mesma busca.

Uma outra dica sugerida por Erica é, no site de compras, trocar a sua localização e o idioma. Se estiver no Brasil, escolha um país diferente e não selecione o português.

6. Busque por rotas alternativas
Se não encontrar a oferta que procura e se o destino for distante, uma ideia é usar sua criatividade para buscar voos partindo ou chegando a outros aeroportos ou com escalas.

Por exemplo, se seu destino for São Paulo, voar para Viracopos (no município de Campinas) pode ser mais barato do que para o aeroporto de Guarulhos.

7. Se inscreva em programas de milhagem
Se você viaja bastante, pode aproveitar as ofertas de programas de fidelidade. Algumas companhias aéreas também oferecem cartões de crédito próprio, com os quais se ganha mais milhas com seu uso.

8. Assine as newsletters das companhias aéreas
Receber ofertas por e-mail pode ser um pouco irritante, mas te permite ficar sabendo em primeira mão quando uma companhia lança uma promoção.

Outra boa ideia pode ser seguir as contas de Twitter das empresas que fazem as rotas que mais te interessam.

Fonte: BBC Brasil

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:: CARTA AOS CRATENSES :: Por: Luis Carlos Saraiva

Finalizadas as convenções, o PSL ficou inserido numa coligação com chances reais de garantir a eleição de vereadores e, nesse contexto, gostaria de explicar sobre as circunstâncias que me levaram a abrir mão de minha candidatura à reeleição. Não é fácil delinear um quadro de candidatos a vereadores num partido já com dois ocupantes de cargos no Poder Legislativo. Além disso, houve muita demora na definição dos nomes que disputarão a Prefeitura de Crato, deixando o PSL no compasso de espera aguardando a fim de escolher o mais interessante para o município.

No caso da disputa para vereador, o quociente eleitoral deste ano deve ficar na razão de 3.200 votos. Sozinho, dificilmente o PSL atingiria esse patamar se não conseguisse uma coligação proporcional. No âmbito majoritário, optamos pelo nome do deputado estadual e candidato do PP, José Ailton Brasil, referendando a própria escolha do nosso governador e conterrâneo, Camilo Santana. Não votei nele, mas entendo que o PSL jamais poderia fechar os olhos para o muito que o Estado vem fazendo por nossa cidade

Assim, fomos buscar um partido dentre os que estão na base de apoio ao futuro prefeito de Crato, José Ailton Brasil, e não foi difícil notar a indiferença das agremiações contatadas em virtude do meu nome e do colega vereador, Luciano Saraiva. No meu caso particular, pesquisa recém-realizada em Crato apontou uma preferência o que me encheu de orgulho. O próprio governador e outras lideranças políticas tentaram costurar um entendimento, mas foi em vão.

Na véspera da nossa convenção, sai de casa para deixar os filhos na escola no que ia refletindo sobre àquela pressão carinhosa dos amigos enquanto brincava com os filhos os quais são minhas preciosidades maiores. Daí, optei por um caminho justo e consensual ao invés de impor coligações inserindo meu nome e contrariando tantos e tão bons amigos. Lembrei do que tinha ouvido um dia: “Tú te tornas eternamente responsável pelo que cativas” quando decidi abdicar da possibilidade de levar adiante o projeto de reeleição.

Confesso ter me sentido mais leve e plenamente convicto quanto a decisão que tomei. Foram muitos os telefones, abraços, mensagens confortantes e elogios pela minha conduta os quais aproveito para agradecer. Não escondo o orgulho de ter representando o povo de Crato na Câmara Municipal e nem mesmo da preciosidade da minha família e dos muitos amigos que conquistei ao longo de minha vida. Saibam todos que continuaremos juntos, pois meu futuro político a Deus pertence.

LUIS CARLOS DUARTE SOBREIRA SARAIVA

As 37 maiores mentiras da política brasileira

A política brasileira sempre foi pródiga em meias verdades, passadas de perna, falsas promessas. E também em trapaças, fraudes, falácias – algo que nós, eleitores, aprendemos a resumir simplesmente como mentiras. Em ano de eleições, GQ relembra as maiores lorotas proferidas por nossos políticos desde a fundação da República. 

Aqui, elas não seguem uma ordem, da mais grave para a de menor gravidade. Há mentiras para todo gosto: a dissimulação do aliado para enganar o companheiro de partido; a promessa que não passou do discurso; o político que, na tentativa de se defender, “nega veementemente” o envolvimento em falcatruas – para, tempos depois, reaparecer com a surpresa: ele tinha toda culpa no cartório. São hábitos que fazem parte do jogo e que sempre existirão na zona cinzenta da política. Mas nunca é demais lembrar de como fomos enganados e, em um ano como este, até aprender algo com isso. Nem que seja a não nos iludirmos tanto com eles.

1- “O PIB passou para 1,5%”, Dilma Rousseff (2013)
Na ânsia de revelar números melhores para a economia brasileira, a presidente Dilma Rousseff (PT) acabou desmentida pelo próprio IBGE. O erro aconteceu em dezembro, quando Dilma falava sobre a revisão do Produto Interno Bruto de 2012 ao jornal espanhol El País. Com a tal revisão, o crescimento teria pulado de 0,9% para 1,5%. O alvoroço foi grande quando, uma semana depois, o IBGE mostrou o número correto: o PIB pulara só para 1%, frustrando as expectativas. Analistas do mercado estranharam a falha de comunicação de um número tão importante – e críticos do governo viram aí uma tentativa de “inflar” otimismo. Dilma cobrou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pela saia justa.

2- “O governador usa o helicóptero para cumprir os compromissos”, Sérgio Cabral (2013)
Até o cachorro Juquinha embarcou na polêmica dos helicópteros de Sérgio Cabral (PMDB). Em julho passado, o governador do Rio foi acusado de abusar do transporte aéreo oficial, tanto na agenda pública (sua casa fica a apenas dez quilômetros do Palácio da Guanabara) como na privada (voos semanais à casa de veraneio com família, cachorro, amigos dos filhos e babás). A um custo mensal de R$ 320 mil. Como a resposta oficial sobre os “compromissos” não colou, Cabral desculpou-se. Assinou um código de ética para, enfim, deixar o helicóptero restrito a “atividades do serviço público”. Em dezembro, voltou a usar a aeronave com a família nos fins de semana.

3- “Vou cumprir o mandato até o final”, José Serra (2005)
Romper um compromisso assinado custou caro a José Serra (PSDB). Em 2004, durante uma sabatina do jornal Folha de S. Paulo, o então candidato à prefeitura de São Paulo se comprometeu a não abandonar o mandato. Chegou a assinar um documento. Eleito, ficou só 454 dias no cargo, do qual abriu mão para disputar, com sucesso, o governo do estado. Mas a promessa não cumprida o assombraria oito anos depois. Outra vez candidato à prefeitura, Serra não foi perdoado pelos adversários, que viram na falsa promessa um flanco aberto para aumentar sua rejeição entre o eleitor indeciso. O tucano acusou o golpe. Precisou explicar o episódio em plena propaganda eleitoral.

4- “Silvio Santos não vai ser político”, Silvio Santos (1988)
O dono e apresentador do SBT passou de raspão na política. Primeiro, ao vivo, afirmou que não sairia candidato nem indicaria nenhum político a nenhum cargo. Um ano depois, em gravação no mesmo SBT, mudou o discurso: estava pronto para defender o povo brasileiro se fosse alçado à presidência em 1989. Ao fundo, um jingle bombardeava o número 26. A empreitada desandou com a mesma velocidade com que apareceu. Havia irregularidades no partido que o abrigava, o pequenino Partido Municipalista Brasileiro. A candidatura foi impugnada na véspera da eleição. Silvio nunca mais saiu do show biz.

5- “Só quero uma choupana e um cigarro de palha”, Itamar Franco (1991)
Queria uma aposentadoria bucólica e recebeu a atribulada administração de um país imerso em crise política e inflação de 1.000%. Tamanha distância entre as coisas mostra como é fácil ver a esperteza de Itamar, então vice-presidente de um Collor cada vez mais próximo do impeachment. Sem Collor, fez um governo tranquilo de 1992 a 1994, marcado pelo bem-sucedido Plano Real e pela paciência nas articulações, da esquerda à direita. Baiano de nascença, mas mineiro de trato, sabia manobrar. “Eu, astuto? Sou até meio bobo.” De bobo não tinha nada – nem de morador de choupana. Ainda governaria Minas Gerais e seria senador até 2011, ano de sua morte.

6- “É bom o PSDB ter José Serra para qualquer candidatura”, Aécio Neves (2013)
Separados, porém juntos. Foi assim que Aécio Neves e José Serra travaram uma saga pelo direito de enfrentar o PT. Com dissimulação calculada de ambos os lados, elogiavam-se em público e articulavam nos bastidores. A briga começou na preparação para as eleições de 2010. Aécio queria prévias. Serra, não – e ele venceu, saiu candidato e perdeu a eleição. No ano passado, com o jogo a favor do hoje senador mineiro, Serra manteve a esperança. Ouviu, diplomaticamente, que seria ótimo tê-lo disponível para “qualquer candidatura”. Faltou combinar: qualquer uma menos a presidencial. Aécio à frente, ainda houve uma tentativa de chapa puro-sangue. Serra rejeitou a ideia de ser vice. Esperneou até ceder, em dezembro. Pelo Facebook, finalmente deu o aval à candidatura do adversário. Os dois voltaram aos elogios e ao ideal comum de derrotar Dilma em outubro. Juntos, porém separados.

7- “Não houve mensalão”, Lula (2012)
Na política, negar o todo é sempre uma saída para não se reconhecer as partes. Assim, a fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), publicada pelo The New York Times em 2012, entrou em contradição com suas declarações anteriores. Em 2005, quando vieram à tona as suspeitas sobre um esquema de compra de votos de parlamentares e caixa dois de campanha, Lula se mostrou sensibilizado. “Eu me sinto traído por práticas inaceitáveis. O PT errou. O governo, no que errou, tem de pedir desculpas.” Negou que o Congresso estivesse sujeito à compra, mas admitiu que o partido praticara financiamento irregular de campanha. “O que o PT fez é feito no Brasil sistematicamente.” Lentamente, a mea-culpa de Lula transformou-se em negativas sobre todo o caso. Em 2012, no julgamento do mensalão, irregularidades foram comprovadas. Lula disse que só se pronunciará após o “julgamento total”.

8- “Renuncio quando Genoino também deixar a CCJ”, Marco Feliciano (2013)
O deputado federal Marco Feliciano (PSC) prometeu a renúncia em abril do ano passado, durante uma avalanche de protestos contra sua presença à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM). Criticado por frases polêmicas sobre homossexualidade e aborto, o pastor disse que deixaria o cargo tão logo os petistas José Genoino e João Paulo Cunha, condenados no processo do mensalão, também deixassem a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da mesma casa. Com Genoino e Cunha fora da CCJ, Feliciano desfez a promessa. Ficou no cargo até dezembro. “Apostaram que eu renunciaria, o que não fiz. Estou bem avaliado.”

9- “Vou sair incólume”, Celso Pitta (1999)
Ele não foi um bom prefeito, tampouco saiu incólume. Alçado à prefeitura de São Paulo por Paulo Maluf (PP), Celso Pitta foi alvo de uma série de denúncias de corrupção. Escândalos como o dos precatórios, esquemas de achaque a donos de imóveis, desvios na área da saúde, nomeação de funcionários fantasmas, irregularidades com empresas de lixo, dentre outros. Foi afastado da prefeitura por 18 dias e retomou o mandato numa manobra judicial. Pitta deixou o cargo com desaprovação recorde de 78% e como réu em 13 processos. Morreu de câncer em 2009.

10- “A viagem não foi para lazer ou turismo”, Henrique Alves (2013)
Ah, se os aviões da FAB falassem. Diriam que o político brasileiro vive sobre uma tênue linha entre turismo e trabalho. Em junho de 2013, o deputado Henrique Alves (PMDB) viajou ao Rio de Janeiro para uma reunião, não oficial, com o prefeito Eduardo Paes. Motivo menos nobre para acompanhá-lo na aeronave pública tinham seus parentes e amigos: sete pessoas viajaram com Alves para assistir a um jogo do Brasil na Copa das Confederações. Acusado de desvio ético, o deputado e presidente da Câmara admitiu o erro e devolveu R$ 7 mil aos cofres públicos, valor das passagens.

11- “O Delúbio deixou claro que não houve caixa dois”, José Dirceu (2005)
O mensalão ainda era novidade quando o petista José Dirceu subiu ao Conselho de Ética da Câmara para se defender. Ex-ministro, alvo de acusações ainda nebulosas, fora questionado sobre o financiamento da campanha presidencial de 2002. Negou o tal caixa dois e atribuiu a certeza da lisura ao colega Delúbio Soares, ex-tesoureiro da legenda. A tese não resistiu. Tanto Dirceu quanto Delúbio admitiram, depois, que houve uso de caixa dois (sob o eufemismo de “recursos não contabilizados”) em campanhas do partido e de aliados. Começava a briga do mensalão, com a discussão sobre se a irregularidade era só crime eleitoral, ou esquema corrupto de compra, com os tais “recursos”, de apoio político ao governo Lula. No fim do julgamento, o Supremo Tribunal Federal escolheu a segunda opção. José Dirceu foi considerado chefe do esquema e condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa. Atualmente, cumpre pena de sete anos e 11 meses. Delúbio, acusado pelos mesmos crimes, cumpre pena de seis anos e oito meses. Ambos no regime semiaberto.

12- “Não sou mentiroso”, Demóstenes Torres (2012)
O ex-senador Demóstenes Torres construiu uma das menos edificantes trajetórias recentes da política brasileira. Foi de paladino da ética a aprendiz de contraventor em alguns meses. Uma investigação da Polícia Federal revelou que Demóstenes usava sua influência para favorecer o bicheiro e amigo íntimo Carlinhos Cachoeira – recebendo por isso. O Ministério Público estima ganhos ilegais em torno de R$ 1 milhão, entre dinheiro, bebidas, viagens e eletrodomésticos. Ameaçado, Demóstenes negou a relação com Cachoeira. Diante das provas tentou relativizar a culpa. “Não sou mentiroso”, disse no plenário. Finalmente, admitiu a mentira. Deixou o DEM antes de ser expulso e teve o mandato cassado pelo Senado.

13- “Ganhei 200 vezes na loteria”, João Alves (1993)
Poucos foram tão longe no quesito cara de pau. Então deputado pelo PPR, o baiano João Alves ficou conhecido como líder de quadrilha no escândalo dos anões do orçamento. No esquema, emendas parlamentares eram aprovadas para desviar recursos da União a empreiteiras e entidades sociais falsas. O rombo: R$ 800 milhões. A maior ousadia de Alves, no entanto, foi declarar todo o dinheiro à Receita Federal – e justificá-lo como prêmio de sucessivas apostas na loteria. Renunciou ao mandato em 1994 para evitar a cassação. Morreu em 2004 aos 85 anos.

14- “Sou agricultor. É dinheiro da venda de verduras”, José Adalberto Vieira da Silva (2005)
De tão curiosa, a história inspirou até marchinha de Carnaval. José Adalberto Vieira da Silva, assessor do PT, fora preso no Aeroporto de Congonhas com uma bagagem delicada: R$ 200 mil em uma mala e US$ 100 mil dentro da cueca. Indagado sobre a quantia, disse que era pagamento pelas verduras vendidas em um armazém de São Paulo. A história chamou a atenção porque Silva era assessor do irmão de José Genoino, então presidente do PT. Para o Ministério Público, era tudo propina. Depois do escândalo, Silva perdeu o cargo, foi expulso do partido e mudou a explicação. Declarou o dinheiro como fruto de uma doação, sem esclarecer a origem. “E não estava na cueca, mas no cós da calça.”

15- “No Brasil não há lugar para ditaduras”, Costa e Silva (1964)
Uma das mais traumáticas mentiras da história política do país. Foi pronunciada antes da posse do general Costa e Silva, em um discurso que ainda incluía a garantia do “reestabelecimento da plenitude democrática” assim que o país estivesse longe das ameaças esquerdistas. Assim o povo recebeu o golpe que derrubara João Goulart. Expectativas sobre a redemocratização deixariam de existir quatro anos depois. Costa e Silva, representante da linha dura das Forças Armadas, assinaria o Ato Institucional número 5, suspendendo uma série de direitos constitucionais. Era o começo da fase mais violenta da ditadura.

16- “Eu não tenho conta na Suíça”, Paulo Maluf (2001)
Um clássico do nosso folclore político. Acusado pelo desvio de milhões da prefeitura de São Paulo, o ex-prefeito Paulo Maluf (PP) mentiu e foi desmentido. A própria Justiça da Suíça enviou ao Brasil documentos comprovando a posse de 12 contas milionárias em seu nome e de sua família. Durante os anos 2000, pressionado por jornalistas, Maluf mostrava-se confuso. Dizia-se que começava com “não tenho conta na Suíça”, passava por “não tenho um conto na Suíça” e terminava com “não conto o que tenho na Suíça”. Um processo em fase final corre com ordem de ressarcimento à prefeitura. Maluf segue na lista de procurados pela Interpol – e na Câmara, como deputado federal.

17- “Estarei com Dilma em 2014”, Eduardo Campos (2012)
Como um batedor de pênalti a secar um lado do gol e cobrar para o outro, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), passou de governista fiel a pré-candidato da oposição. A “secada” foi forte. “Não há dúvida, não”, disse em dezembro de 2012, negando qualquer candidatura e reforçando o apoio à reeleição da presidente Dilma. Campos afastava assim o interesse do PSDB em seu nome e abria espaço para outras combinações. Atraiu Marina Silva para sua chapa e acabou sendo apontado como futuro candidato pela aliada. Fez como dizia Magalhães Pinto, político mineiro: “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”. E Campos ainda fechou com chave de ouro: “Estou pronto e animado para ganhar em 2014”.

18- “A prioridade do meu governo é a reforma tributária”, Fernando Henrique Cardoso (1994)
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) talvez detenha um recorde de promessas no quesito reforma tributária. Desejada e prometida dos anos 90 até hoje, a reorganização do sistema de impostos é um dos maiores nós da política nacional: um cipoal difícil de consertar pela quantidade de interesses envolvidos, de setores da economia a estados inteiros. Em 1993, FHC, como ministro da Fazenda, disse que a revisão dos tributos era item primordial. Em 1994, como candidato, taxou a reforma como prioridade. No mesmo 1994, já eleito, reforçou a promessa. Em 1995, mandou proposta tímida ao Congresso, que não foi para votação. A história se repetiu em 1998, 1999 e 2001. Reforma tributária, desde sempre, só amanhã.

19- “Era para comprar panetones”, José Roberto Arruda (2009)
O então governador do Distrito Federal encheu-se de espírito natalino para se defender de acusações de corrupção. Investigado pela Polícia Federal, Arruda foi flagrado, em vídeo da época de campanha, recebendo R$ 50 mil. O dinheiro, segundo a investigação, era de empresários interessados em futuros contratos. O propinoduto alimentava o caixa de campanha e pagava mesada a parlamentares, num escândalo conhecido como “mensalão do DEM”. Ou “Bolsa Panetone”, na piada popular. Arruda perdeu o cargo e chegou a ser preso. O processo criminal espera julgamento.

20- “República no Brasil é coisa impossível”, Marechal Deodoro (1889)
Além de “impossível”, seria também “uma verdadeira desgraça”. Assim o Marechal Deodoro da Fonseca, primeiro presidente do Brasil, descreveu o regime republicano em cartas trocadas com um sobrinho às vésperas do golpe que derrubaria o Império, em 15 de novembro de 1889. A correspondência levou os historiadores a uma conclusão paradoxal: o fundador da República não era republicano. Deodoro da Fonseca teria aderido ao golpe por ressentimentos pessoais – e, na condição de político, boa dose de oportunismo. Convertido, fez possível a República que, até então, era “impossível” sem ele. História do Brasil 1 x 0 ficção.

21- “Eu não sei o que é ato secreto. Aqui ninguém sabe”, José Sarney (2009)
Quem realmente desconhecia a caixa-preta do Senado era o povo brasileiro. Entre 1995 e 2009, uma estrutura clandestina permitiu que mais de 600 medidas administrativas fossem tomadas ali sem nenhum conhecimento público. Eram os “atos secretos”, série de nomeações e benefícios conhecidos apenas pelos agraciados com seu pedido. No caso, senadores que puderam empregar parentes, distribuir salários de R$ 15 mil a garçons e conceder vantagens odontológicas a aliados. Entre os beneficiados estava o próprio presidente da casa, José Sarney (PMDB), acusado de nepotismo. Sarney negou. Sob ameaça de quebra de decoro, voltou atrás: admitiu que sabia de tudo, anulou os atos e saiu ileso.

22- “Nunca desviei um centavo da Assembleia”, Natan Donadon (2013)
De nada adiantou discursar no plenário da Câmara para se defender. Natan Donadon entrou para a história como o primeiro deputado em exercício, desde a Constituição de 1988, a ter prisão declarada pelo Supremo Tribunal Federal. Havia sido condenado em 2010 a cumprir 14 anos de cadeia pelos crimes de peculato e formação de quadrilha. Aguardou o julgamento dos recursos em liberdade até o ano passado. Donadon participou de um esquema que simulava contratos de publicidade com a Assembleia Legislativa de Rondônia. Desviou mais que centavos: R$ 8,4 milhões.

23- “O painel eletrônico do Senado é inviolável”, Antônio Carlos Magalhães (2000)
Nada como uma pequena trapaça para descobrir os segredos dos inimigos. Grande personagem da política brasileira, Antônio Carlos Magalhães, o baiano ACM, caiu em desgraça nos idos de 2000 por comandar uma fraude no equipamento do Senado. A casa decidia, em voto secreto, a cassação do senador Luiz Estevão. ACM encomendou a lista dos votos a seu aliado José Arruda, que fez a ponte com os funcionários responsáveis. Buscava munição contra os adversários. Painel violado, ACM negou tudo, mas foi descoberto. Ele e Arruda renunciaram para escapar da punição. Em 2002, Magalhães foi eleito senador outra vez. Um ano depois, a denúncia foi arquivada. Faleceu em 2007.

24- “Vou acabar com os marajás”, Fernando Collor (1990)
Foi no governo de Collor em Alagoas que o apelido “caçador de marajás” alçou voo nacional. Marajás eram os funcionários públicos com altos salários conquistados à base de fraudes. Sem realizar nenhuma obra, mas em alta pelo discurso de paladino, Collor venceu a eleição de 1989, o primeiro pleito democrático para presidente desde 1960. Em setembro de 1992, diante de uma CPI que listava as inúmeras irregularidades de seu curto governo, sofreu impeachment. Para a voz das ruas, Collor, ele próprio, havia se tornado o maior dos marajás do país. Entrara como guardião da moralidade e saíra derrubado e com direitos políticos cassados.

25- “Estive em Roma e trouxe água benta”
O mineiro José Maria Alkmin, conhecido por assumir a vice-presidência do país entre 1964 e 1967, também tinha seu lado folclórico. Quando era deputado federal, durante o governo de Getúlio Vargas, passou por uma saia justa na alfândega. Voltava de Roma com uma caixa de uísque – em tempos difíceis para trazer bebida importada ao país. Escapou da situação com uma dose de invenção, cinismo e bom humor: “Estive em Roma e trouxe água benta pelo papa”. O oficial ficou sem graça. “Mas, deputado, é uísque...”, disse ao abrir a caixa. No que Alkmin respondeu, sem constrangimento: “Pois já começou a operar milagres”.

26- “O governo não tem razões para ir ao FMI”, Delfim Netto (1980)
Algumas previsões são pródigas em revelar o contrário do que previam. Ministro da Fazenda durante o “milagre econômico” dos anos 70, o economista Delfim Netto tocava a pasta do Planejamento em 1980. Imaginava mais crescimento e um Brasil livre de credores para a década. Aconteceu exatamente o contrário. Com uma nova crise do petróleo, elevação das taxas de juros internacionais e o fim da capacidade brasileira de equilibrar pagamentos, veio a ressaca. Ninguém mais queria emprestar dinheiro ao país, que entraria em sua maior crise econômica. Em 1982, a única saída foi correr ao FMI.

27- “Não tenho plano B. Meu partido é a Rede ou a Rede”, Marina Silva (2013)
Não existe política sem plano B. Daí a surpresa de ouvir a ex-senadora Marina Silva jurar fidelidade com tanta veemência a seu projeto político, a Rede Sustentabilidade. Líder do movimento, Marina almejava candidatura própria. Queria disputar a presidência pela Rede. Resultado: o TSE negou o registro do partido por falta de assinaturas necessárias. Eis que o “plano B”, descartado em setembro passado, renasceu. Sem opção para disputar o Planalto, Marina se filiou ao PSB duas semanas depois, deixando seus apoiadores originais enfurecidos. A carta já estava na manga. Marina quer voltar a pedir o registro da Rede ao TSE em 2014. O ano promete.

28- “É impossível baixar a tarifa de ônibus”, Fernando Haddad (2013)
Batismo de fogo para o prefeito de São Paulo, as manifestações de junho enterraram qualquer explicação a favor do aumento das passagens de ônibus. Haddad (PT) até tentou mostrar aos manifestantes que uma tarifa de R$ 3 era inviável para seu orçamento. Munido de números, segurou o aumento de R$ 3,20 o quanto pôde. Até os protestos explodirem e provarem, como disse Lula, que “não existe problema sem solução”. Haddad juntou-se ao governador Geraldo Alckmin e anunciou o “impossível”: as passagens voltariam a R$ 3. O “preço” do recuo, obviamente, seria repassado a outras áreas de investimento.

29- “Não há acordo financeiro entre PTB e PT”, Roberto Jefferson (2004)
A contradição que revelou o escândalo do mensalão começou em setembro daquele ano. Roberto Jefferson, deputado e presidente do PTB, primeiro negou cabalmente que seu partido havia recebido dinheiro do PT. Um ano depois, mudou o discurso. Disse que havia recebido, ele próprio, R$ 4 milhões em espécie para distribuir entre seus correligionários. O dinheiro era vivo e o emissário, um tal de Marcos Valério. O objetivo do dinheiro, não declarado à Receita Federal, era garantir que o PTB apoiasse o PT nas eleições de 2004. Começava o escândalo do mensalão. Jefferson confessou a mentira e admitiu o envolvimento no esquema. Terminou cassado e condenado a sete anos de prisão.

30- “Não pretendo ser governador de Minas”, Tancredo Neves (1983)
O mineiro Tancredo sabia dar passos largos com discrição. Um episódio simbólico aconteceu às vésperas da eleição para governador de Minas, logo após a filiação do político ao PMDB. Depois de uma entrevista, Tancredo espichou o olho em direção às anotações de um jornalista. “Não pretendo ser governador de Minas”, lera no papel. Mandou o repórter corrigir: “Não pretendo ser candidato a governador de Minas”. Com mineirice exemplar, Tancredo garantia em silêncio sua vaga no Palácio da Liberdade.

31- “Olá, meu querido povo de Mombaça”, Antônio Paes de Andrade (1989)
A pequena cidade de Mombaça, no Ceará, já foi capital do Brasil. Difícil de acreditar? A história começou em fevereiro de 1989, quando o presidente da Câmara dos Deputados, Paes de Andrade, assumiu interinamente a Presidência da República por oito dias. Ele substituía o presidente Sarney, que viajara ao Japão. Pois o “presidente” Paes de Andrade resolveu fazer o impensável. Reuniu comitiva de 63 pessoas e viajou a Mombaça, sua cidade natal de 40 mil habitantes, para uma série de festejos. A legislação permite que o Congresso decida, com sanção presidencial, a mudança temporária da capital. Foi o que ele fez. Fundava-se a “República de Mombaça”, fugaz capital do país, uma mentira amparada na megalomania de um político – e na lei.

32- “Vamos fazer do Maranhão um Tigre do Nordeste”, Roseana Sarney (1994)
A referência aos Tigres Asiáticos está no rol das mais descabidas promessas de campanha. Roseana era candidata ao governo do Maranhão na ocasião da propaganda televisiva que explicava, entre outras coisas, como superar o crescimento industrial da Coreia do Sul com “mais recursos naturais e melhor infraestrutura”. Roseana repetia o script do pai, José Sarney. Eleito para o governo do estado em 1965, ele também prometeu o fim da fome, da corrupção e do atraso. Hoje, o Maranhão ostenta o segundo pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país e vive uma escalada de violência. O número está próximo ao da Síria, país em guerra civil.

33- “Como uísque? Eu disse leite, Murilo. Lei-te”, Jânio Quadros (1960)
A arte da esquiva, se não termina em indignação, pode criar ótimas piadas. Em 1960, Jânio Quadros visitava o Recife em campanha para presidente. Hospedado na casa do ex-deputado Murilo Costa Rego, preparava-se para uma coletiva de imprensa logo pela manhã. Diante de um banquete de queijos, bolos e frutas, Jânio fez troça: “Só estou vendo leite. Não sou bezerro. Quero um puro, Murilo”. Eis que, no momento em que era servido pelo garçom com uma garrafa de Old Parr, uma caravana de prefeitos entrou na sala. O repórter Sebastião Nery flagrou a cena. “Como uísque? Eu disse leite, Murilo.” Jânio bebeu tudo num só gole.

34- “O povo de Goiás vai ter orgulho de mim”, Carlinhos Cachoeira (2012)
Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, não só desapontou Goiás como envergonhou o país inteiro, aqui e no exterior, com participação em inúmeros escândalos de corrupção. No jornal The New York Times, o empresário-bicheiro virou “Charlie Waterfall”. Menos engraçado que o apelido é seu currículo de negociatas: líder de um esquema de jogo ilegal em Goiás, financiador de campanhas via propinas e dono de uma vasta rede de influência – para benefício próprio – entre policiais, juízes, jornalistas e parlamentares, incluída aí sua notória amizade com o ex-senador Demóstenes Torres. Condenado a 40 anos de cadeia, chegou a ficar nove meses preso. Recorre em liberdade.

35- “É apenas um forte resfriado”, Comunicado da junta militar (1969)
Eis um diagnóstico otimista para governantes à beira da morte. Em dezembro de 1969, o presidente Costa e Silva, adoecido, viajava de emergência ao Rio de Janeiro. No avião, seu rosto foi coberto com um lençol. Para encobrir a gravidade do problema, os militares disseram se tratar de uma gripe – por três dias. Costa e Silva havia sofrido um derrame cerebral fatal. A ideia era ganhar tempo para realizar a transição. O governo de Costa e Silva entraria na história malogrado pela assinatura do AI-5, o mais duro dos decretos que limitaram a liberdade democrática no Brasil.

36- “O candidato vale quanto pesa”, Rinoceronte Cacareco (1959)
Poucas vezes um candidato de mentira fez tanto sucesso – a ponto de ser eleito. Cacareco era, na verdade, uma fêmea rinoceronte de 900 quilos do Zoológico de São Paulo. A pegadinha foi criada pelo jornalista Itaborahy Martins, do jornal O Estado de S. Paulo, para criticar o nível dos candidatos da eleição municipal. Pegou. Como não havia voto eletrônico nem cédulas oficiais, as gráficas contratadas entraram na brincadeira e incluíram o nome do rinoceronte na lista. Cacareco teve cerca de 100 mil votos, superou todos os concorrentes e “elegeu-se” vereador em São Paulo.

37- “O Rodoanel não vai ter pedágio”, Geraldo Alckmin (2002)
Assim garantiu o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em uma sabatina da Folha de S. Paulo em 2002. Ímã de votos para o PSDB, o Rodoanel Mário Covas foi anunciado nas eleições daquele ano como projeto ambicioso – e gratuito – para resolver o trânsito da Grande São Paulo. Questão de “coerência”, disse Alckmin. Em 2008, a promessa caiu: a rodovia entrou no sistema pedagiado e não parou de ganhar cancelas de cobrança. Foi a solução diante da falta de dinheiro público para a obra. E a frase de Alckmin perambula até hoje pelo YouTube, sempre a serviço de seus adversários.

Fonte: GQ Brasil

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Rio 2016: Torcedor é retirado à força de arena por protesto contra Temer

Um torcedor que acompanhava as finais do tiro com arco foi retirado à força por agentes da Força Nacional da arquibancada do Sambódromo, onde aconteciam as competições. Os policiais o levaram para a área destinada aos espectadores alegando que ele havia gritado “Fora Temer”. O UOL Esporte falou o torcedor retirado e com sua família. Eles negam que ele foi o autor do grito de protesto contra o presidente interino.

O torcedor e sua família preferiram não se identificar ao conversarem com o UOL. A reportagem entrou em contato com eles, por telefone, horas depois do incidente na arena olímpica. Um vídeo que circula na internet mostra o momento em que a Força Nacional aborda o torcedor.

Ele foi ao Sambódromo acompanhado pela esposa e dois filhos. Chegou a levar um cartaz contra o presidente interino Michel Temer e exibi-lo da arquibancada. O Comitê Organizador dos Jogos Rio-2016 proíbe que torcedores levem cartazes ou faixas de cunho político ou religioso para arenas olímpicas. Sabendo disso, um agente da Força Nacional abordou o torcedor e pediu para que guardasse o cartaz.

“Ele guardou o cartaz na mochila e continuamos ali assistindo à competição”, complementou a mulher do torcedor envolvido no incidente. “Atendemos ao pedido do agente da Força Nacional.”


Alguns minutos depois, entretanto, um outro torcedor gritou "Fora Temer" na arquibancada –o torcedor retirado ratifica que não gritou. O protesto fez com que quatro membros da Força Nacional voltassem a abordá-lo.

Os agentes queriam que o torcedor fosse acompanhado para fora da arquibancada. O torcedor negou, dizendo que não tinha sido o autor do grito. Outros presentes no Sambódromo avisaram os agentes da Força Nacional. Mesmo assim, os policiais então levantaram o torcedor à força e o retiraram da área de espectadores.

“Meus filhos estavam ali”, disse a esposa. “Todo mundo disse que não tinha sido ele. Não precisavam disso.”

Ainda sem saber o que fazer após a ação, a esposa e os filhos decidiram ficar na arquibancada. O torcedor foi levado para atrás do espaço e teve que entregar o cartaz que havia levado e guardado na mochila.

Agentes da Força Nacional chegaram a iniciar sua condução para fora da arena. Um funcionário do Comitê Rio-2016 avisou aos policiais que ele não poderia ser retirado. Os agentes, então, o liberaram.

Cerca de 20 minutos após a confusão --tempo suficiente para fazê-lo perder a disputa pelo bronze no tiro com arco--, o torcedor voltou ao seu lugar e pôde acompanhar a busca pelo ouro. “No final, deu tudo certo. Mas a abordagem foi completamente desproporcional”, disse a esposa.

A Sesge (Secretaria Extraordinária de Segurança de Grandes Eventos), que coordena o trabalho da Força Nacional na Olimpíada, foi procurada para comentar a abordagem ao torcedor, mas ainda não se pronunciou.

Fonte: UOL

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Novos casos de AIDS preocupam o Cariri

No primeiro semestre deste ano, a quantidade de pessoas diagnosticadas com o vírus HIV na região diminuiu 24,1% em relação ao mesmo período de 2015 (foram 47 casos contra 62 confirmações). Apesar da boa notícia, o número de novas ocorrências positivas feitas por semana ainda preocupa o Cariri. De acordo com dados do Serviço de Assistência Especializado (SAE) de Juazeiro do Norte, entre quatro a seis novos casos surgem semanalmente, constatados em exames laboratoriais. O SAE, além de Juazeiro do Norte, presta assistência aos municípios de Missão Velha, Caririaçu, Granjeiro, Barbalha e Jardim.

Alerta
O coordenador do Serviço, Ronildo Alves de Oliveira, ressalta, entretanto, que o número de pessoas infectadas pode ser ainda maior. "Não podemos nos limitar apenas aos pacientes atendidos aqui. Muitas pessoas fazem o exame, são diagnosticadas mas nem mesmo iniciam o tratamento, ou seja, não entram para essa estatística, sem contar com aquelas que, inúmeras razões, nem fazem o teste", explica Ronildo Alves de Oliveira.

Em Crato, cidade com menos da metade da população juazeirense, o número também preocupa. Segundo dados do Centro de Infectologia do município, de dois a três casos são registrados por semana. Atualmente, somente no SAE de Juazeiro, 926 soros positivos estão em tratamento. Para atender a alta demanda, 12 profissionais, entre médicos, enfermeiros, psicólogo, farmacêutico e assistentes sociais, compõe a equipe.

Conscientização
Diferente do que ocorre no Estado, quando a maior ocorrência da doença se dá na faixa etária adulta de 30 a 39 anos, em Juazeiro, explica Ronildo, os jovens com idade entre 16 e 24 anos estão entre as principais vítimas na região. Dentro deste universo, destacam-se, ainda segundo ele, as mulheres. "Esses adolescentes passaram a banalizar a doença. Acham que pegar o HIV é algo normal, já que possui tratamento, e deixaram de se prevenir. Falta maior conscientização", analisa.

ANDRÉ COSTA 
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Rio 2016: Temer reduz seu discurso na abertura da Olimpíada a 10 segundos e é vaiado

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foram oficialmente abertos por uma cerimônia de quatro horas e um discurso de menos de dez segundos. Michel Temer, presidente interino do Brasil, cumpriu com sua obrigação e anunciou o início da Olimpíada, mas mas o fez com uma única frase: "Depois desta maravilhosa festa, declaro inaugurados os Jogos Olímpicos de Rio, que se celebram na trigésimo primeira olimpíada da era moderna"- cujo final mal se escutou por causa das vaias. O conservador Temer ostenta a presidência enquanto se decide o futuro político da presidenta eleita, Dilma Rousseff, afastada do poder por um processo de impeachment que ainda terá seu capítulo final neste mês. Enquanto isso, ele e seu Governo arrastam uma aprovação de 14%.

As poucas palavras do presidente interino puseram fim a semanas de grande especulação no Brasil sobre como e quando Temer enfrentaria uma arena como o Maracanã. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a organização planejava subir o volume da música ou lançar mão de algum efeito sonoro para abafar o som das vaias. À tarde,  o Rio de Janeiro já havia registrado protestos contra o Governo. Chegada a noite, as redes sociais debatiam se Temer se atreveria a falar. Que ele passasse a cerimônia não na primeira fila, mas num assento algo apartado e por trás do presidente do COI, Thomas Bach, dificilmente ao alcance das câmeras, não ajudou a acalmar os rumores. Também não  ajudou que ele resolvesse pular uma parte do roteiro previsto no guia da cerimônia distribuído aos jornalistas para aparecer só ao final de tudo.

A festa não teria como ser cômoda para Temer. Dilma Rousseff declinou o convite - e se manifestou amargamente no Twitter nesta sexta. O mentor dela, o também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também não foi, assim como outros ex-mandatários. Temer estrelou uma das cerimônias com menos chefes de Estado da história recente: só 45 presidentes ou chefes de Estado dos aíses participantes dos Jogos foram (menos da metade de Londres 2012). Também não foram vários mandatários sul-americanos, aliados históricos do Partido dos Trabalhadores de Dilma Rousseff, por medo a legitimar com sua presença o Governo interino. Se a estratégia de redução de danos diminuiu a duração da vaia, o ecos da rejeição se fizeram sentir em outros campos. Nos bastidores, uma das estrelas da festa, Caetano Veloso, se fez ver nas redes sociais com um cartaz "Fora, Temer".

Fonte: El País

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