Opinião: Temer aplica um golpe no ensino médio brasileiro

Um dos efeitos mais nefastos do atual momento político do país é que uma ruptura institucional capaz de derrubar alguém da Presidência da República gera incentivos para mais rupturas institucionais. Isso ajuda a explicar a gigantesca cara de pau do Ministério da Educação (MEC) em instituir uma reforma do Ensino Médio por meio de uma Medida Provisória e não por uma longa discussão que deveria congregar Congresso Nacional e a sociedade.

É um desrespeito e uma violência aos milhões de profissionais que atuam em educação, aos militantes que participam dos inúmeros fóruns e instâncias de educação no país, aos alunos que ocupam escolas em busca de uma voz. Em resumo: a todos que não têm medo do debate – ao contrário do governo.

Ninguém nega que debater essa etapa de ensino é urgente. O desempenho é sofrível, o currículo é desinteressante e a evasão, monstruosa – 1,7 milhão de jovens entre 15 e 17 anos estão fora da escola. Faz todo o sentido intensificar discussões e buscar costurar acordos e consensos entre atores para avançar. E isso é algo difícil de fazer no campo da educação. Há muita gente e muitos interesses envolvidos: de alunos a pais, de professores a diretores, de administradores públicos a políticos, passando por gestores públicos e proprietários de instituições privadas.

Mas:

1) É possível (os quatro anos de conferências e de tramitação no Congresso que desembocaram no Plano Nacional de Educação são o melhor e mais recente exemplo) e
2) É necessário (quando se deseja viver numa democracia, claro).

Não parece ser a opção de um governo que pretende silenciar o debate vomitando seus “cumpra-se” baixando uma medida. O recado do novo MEC é claro: deixe o assunto para os “especialistas”. Para saber se você se encaixa nessa categoria, um teste rápido: seu nome é Mendonça Filho, Maria Helena Guimarães de Castro ou Rossieli Soares da Silva? Você é amiguinho deles? Em caso de duplo “não”, sinto muito: você não tem nada a dizer sobre Educação. A parte que te cabe, portanto, é usufruir das iluminadas estratégias concebidas pelos educadores de gabinete.

O que se apresentou deixa margem a muitas dúvidas. Combinaram com os russos como gastar mais no Ensino Médio se a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 vai limitar o crescimento nos gastos correntes, ceifando novos investimentos em educação por 20 anos?

Ou como atrair professores para uma carreira que paga R$ 2.135 por 40 horas – sendo que uma minoria consegue ter a carga completa?

Quanto ao ensino noturno, fazer o que com quem precisa estudar e trabalhar?

No campeonato de acochambrações, tem espaço para tudo. Há coisas explícitas, como a dispensa de formação pedagógica para pessoas de “notório saber”. Ah, pra que licenciatura, né? Além de desmoralizar a formação docente, a proposta joga no lixo um punhado de leis cuja confecção consumiu energia e milhares de horas de discussão de muita gente, da LDB de 1996 às recém-aprovadas Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação do magistério.

Essa última proposta já ressuscitava a complementação pedagógica, exigindo ao menos 1.000 horas de licenciatura para diplomados que quisessem lecionar. Agora, nem isso.

Entre as bizarrices implícitas está a implantação do tempo integral a fórceps. Temer disse, genericamente, que não vai reduzir o investimento em educação, o que é uma platitude. Ensino em tempo integral é algo que, para ser feito direito, exige mais profissionais e muuuito mais dinheiro. Eles dizem que a introdução será progressiva e que o governo federal vai dar uma ajuda financeira para que isso seja possível, mas apenas nos primeiros anos. E depois? Os Estados vendem um rim para pagar a conta?

Ah, tem um outro jeito também: entuchar mais alunos. Apesar de isso ter dado muito errado no passado, hoje se defende que mais estudantes por turma não diminui as notas nas avaliações externas – preocupação única dos tecnocratas. Pergunte aos professores os efeitos de longo prazo de dar aula para 35, 40, 45 alunos. Vai ser mais fácil encontrar boa parte deles em consultórios psiquiátricos ou em casa, de licença-saúde por burnout – ou, em português claro, após fritar.

Mas o que realmente gostei na solenidade de lançamento foram as interessantíssimas propostas da MP para algumas questões essenciais:

– Recuperação do status da carreira docente e melhoria da atratividade via elevação salarial: cri cri cri cri… [som de grilos no escuro].
– Capacitação de professores com base nas necessidades reais de sala de aula: fiiiiuuuuuuu [som de bolas de feno rolando em ruas vazias, como nos filmes sobre o Velho Oeste].
– Definição de modelo de ensino que se pretende: ERRO 404 – Página não encontrada.
– Finalidade da educação no Ensino Médio: tu tu tu tu [linha ocupada, desculpe tente mais tarde].
– Concepção do aluno que se quer formar: O que o lápis escreveu a borracha apagou.
– E do país que se pretende com os futuros cidadãos: ……… [desculpe, o som não se propaga no vácuo].

Se numa democracia o jogo é jogado, num regime de exceção quem manda muda as regras até ganhar a partida. Vale lembrar que a Medida Provisória é um ato do presidente da República, que passa a valer imediatamente como lei. O Congresso Nacional só é chamado a aprová-la ou reprová-la depois. A justificativa é a urgência e a relevância do tema.

Ninguém nega a relevância do tema. Mas a urgência parece mais uma saída impositiva, que teme o diálogo, do que democrática, que é nele baseado.

A verdade é que, a cada dia, o Brasil se transforma mais e mais num país de pequenos e grandes donos da bola.

Por: Leonardo Sakamoto

Fonte: Blog do Sakamoto/UOL

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“Temer não gosta de nordestino”, afirma líder do PT em ato com Lula

Da mesma forma que o ex-presidente Lula tem feito nos compromissos eleitorais no Nordeste, o líder do PT no Senado, o pernambucano Humberto Costa, aproveitou o ato com o aliado no Recife, na noite desta quinta-feira (22), para defender o partido e criticar o presidente Michel Temer (PMDB). “Temer não gosta de nordestino”, afirmou de cima de um trio elétrico na Praça da Independência, na área central da cidade. “Essa direita jamais vai dar ao Nordeste o direito de melhorar de vida”, acrescentou.

Após ressaltar que obras como a Transposição do São Francisco e a Refinaria Abreu e Lima começaram no governo de Lula, Humberto Costa questionou aos militantes petistas: “Vocês sabem o que Temer fez por nós?”. O senador afirmou que empreendimentos como a construção do Arco Metropolitano, para melhorar a logística entre o polo industrial da Mata Sul e o Porto de Suape, não estão no Programa de Parcerias de Investimento (PPI) lançado pela gestão peemedebista há pouco mais de uma semana. “Dilma já tinha feito o compromisso de fazer todas as obras”, frisou.

Ao criticar a prisão do ex-ministro Guido Mantega, Humberto Costa ainda acusou os oposicionistas de tentar “desmoralizar” o PT e de promover uma “perseguição”. O petista lembrou que o ex-titular da pasta da Fazenda teve os sigilos bancário, fiscal e telefônico quebrados, além de ter prestado depoimento à Lava Jato e de ter tido objetos recolhidos em ação de busca e apreensão. “Por que mandam prender um homem que estava com a sua vida devassada? Fizeram isso por conta da campanha eleitoral, para desmoralizar o PT”, disse o senador.

Críticas aos adversários locais
Além de reclamar dos nomes de oposição à legenda em âmbito nacional, Humberto Costa reclamou dos adversários locais. Em ato para reforçar a campanha de João Paulo, ex-prefeito e candidato novamente ao Executivo no Recife, classificou o prefeito Geraldo Julio (PSB), principal oponente do petista, como “mal agradecido”. O senador afirmou que o socialista não reconhece que obras como a Via Mangue e o Hospital da Mulher foram realizados com recursos federais.

Além disso, acusou o prefeito de usar a máquina pública nas eleições. “Aqui não tem comissionado, não tem terceirizado, não tem gente ganhando R$ 30 para lutar pela candidatura de João Paulo”, disparou.

Fonte: Blog de Jamildo/NE10

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Alegando erro, MEC afirma que artes, educação física, filosofia e sociologia seguem obrigatórias no Ensino Médio

Ao anunciar, nesta quinta-feira, as mudanças no Ensino Médio, o Ministério da Educação divulgou um texto apontando que algumas velhas conhecidas dos estudantes deixariam de ser tema obrigatório ao final da educação básica. Aulas de artes, educação física, filosofia e sociologia, pelo que constava no texto da medida provisória (MP) divulgado durante a tarde, não seriam mais parte compulsória do currículo do Ensino Médio, cabendo às escolas, redes de ensino e alunos definir quais delas fariam parte dos estudos.

O texto, porém, estava equivocado. Na versão encaminhada para publicação no Diário Oficial — que deve vir a público na sexta para então ir à apreciação do Congresso Nacional —, o texto final aponta que não está decretado o fim de nenhuma disciplina, e as 13 que atualmente constam como obrigatórias para o Ensino Médio permanecerão obrigatórias.

A confusão deu a entender que a reformulação do Ensino Médio contrariaria a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que define o ensino de artes e educação física como obrigatório em toda a educação básica, e aponta que filosofia e sociologia devem ser ministradas a todos os alunos do Ensino Médio.

— Eu assumo a responsabilidade, houve um erro que infelizmente levou a essa confusão. Não se está acabando com nada — afirmou o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Rossieli Soares, em entrevista a ZH.

Diante da repercussão, o MEC divulgou uma nota durante a noite esclarecendo que não haveria cortes em nenhuma disciplina. O secretário dá como certo que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) vai prever as mesmas disciplinas que hoje integram a grade do Ensino Médio, portanto não haveria preocupação quanto à não obrigatoriedade de algumas delas.

— Temos que fazer algumas opções, não tem jeito: é preciso diminuir algumas coisas para ter outras. Mas todos os alunos terão essas disciplinas que hoje já têm. A diferença é que eles poderão se aprofundar mais naquelas em que têm mais interesse — garantiu Soares.

Base nacional definirá currículo
Com as mudanças, o currículo poderá ser flexibilizado de acordo com os interesses do próprio aluno e das especificidades de cada rede de ensino no Brasil. Metade da carga horária, porém, será de conteúdo obrigatório, definido pela Base Nacional, que ainda não foi concluída.

A outra metade do currículo poderá ser definida pelas escolas e escolhida pelos alunos de acordo com seus interesses. Os estudantes poderão escolher focar sua trajetória escolar em qualquer uma das cinco ênfases (linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional) definidas pelo MEC, mas não deixarão de ter que frequentar as demais aulas.

Fonte: Zero Hora

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5 mitos sobre o cérebro que devem ser esquecidos

Você provavelmente ouviu esses cinco mitos várias e várias vezes ao longo da vida e acreditou neles em todas elas. Não mais: a Galileu te explica o motivo de muitas das concepções que você já ouviu sobre o cérebro estão erradas. Descubra:

1 - Usamos somente 10% do nosso cérebro
Apesar de vários filmes aproveitarem essa desculpa para transformar seus personagens em espécies de super-humanos, ela é, de fato, mentira. Em 2008, durante uma entrevista concedida ao Scientific American, o neurologista Barry Gordon, da Escola de Medicina Johns Hopkins, nos Estados Unidos, revelou que nós usamos o cérebro inteiro quase o tempo todo. Temos apenas uma variação de acordo com a tarefa sendo realizada. Em um momento de descanso, por exemplo, usamos uma porcentagem menor, mas de resto, usamos o  cérebro inteiro – e nenhum de nós se tornou um super-herói por conta disso.

2 - As pessoas aprendem de formas diferentes
Sabe aquela história que fulano aprende melhor com recursos visuais e que cicrano só consegue memorizar a matéria se estiver anotando? Balela. O que acontece é que as pessoas aprendem quando a forma de ensino tem a ver com o conteúdo. Em um estudo realizado na Universidade de Maastricht, na Holanda, os pesquisadores perceberam que as preferências dos alunos têm muito pouco a ver com o aprendizado deles. O que acontece, de acordo com os acadêmicos, é que as pessoas aprendem melhor um conteúdo quando o método é coerente: aprender geometria vendo as formas e gramática escrevendo palavras, por exemplo. “Os estudantes precisam corrigir e aprender a lidar com suas fraquezas em vez de evitá-las”, afirma o estudo.

3 - As pessoas usam o hemisfério cerebral direito ou o esquerdo
Se alguém te disser que é mais racional, regido pelo lado esquerdo do cérebro, ou mais inovador, regido pelo lado direito do cérebro, não acredite. Em um estudo realizado nos Estados Unidos, pesquisadores examinaram os cérebros de mais de mil pessoas e não conseguiram encontrar nenhuma evidência de que os participantes tinham algum tipo de rede mais forte que favorecesse um lado em comparação com o outro.

4 - Bebidas alcoólicas vão acabar com o seu cérebro
Não é bem assim que funciona. Em moderação, bebidas alcoólicas podem, inclusive, ajudar seu cérebro. Segundo uma publicação da Sociedade de Neurociência estadunidense, tomar até dois copos de vinho por dia pode proteger o cérebro de um adulto, reduzindo as chances de ele ou ela sofrer um derrame. Para que os neurônios morram, são necessários muitos e muitos anos de abuso alcoólico.

5 - Aplicativos que ajudam a treinar o cérebro te deixam mais inteligentes
Com a ampla oferta de jogos e aplicativos que afirmam tornar os usuários mais inteligentes e alertas, o Centro de Longevidade de Stanford convidou diversos psicólogos e neurocientistas para verificar a plausibilidade dessas afirmações. Apesar de esses treinos realmente estimularem as habilidades cognitivas do cérebro, o impacto delas é muito pequeno em relação à forma que são anunciadas na comercialização desses jogos e apps.

Fonte: Galileu

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Governo Temer exclui artes e educação física do ensino médio e prevê 7 h de aula/dia

O ensino médio, maior gargalo da educação, com desempenho estagnado e altas taxas de evasão e reprovação, ganhou um plano federal focado em especialização, com a flexibilização de disciplinas e o incentivo à expansão do ensino em tempo integral.

Hoje, todos os alunos do ensino médio devem cursar 13 disciplinas em três anos. Com a mudança prevista, parte da grade (ao menos 1 dos 3 anos da etapa) será comum a todos.

Para o restante, haverá a opção de aprofundamento em cinco áreas: linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e formação profissionalizante. Ao aluno caberá a escolha da linha na qual deseja se aprofundar. Mas a oferta dessas habilitações dependerá das redes e das escolas. Ao menos duas áreas devem ser oferecidas.

O texto, enviado ao Congresso pelo governo Michel Temer (PMDB) por meio de medida provisória, acaba com a obrigatoriedade de aulas de artes e educação física nessa etapa de ensino –essas duas disciplinas serão exigidas só no infantil e no fundamental.

A atual exigência de espanhol foi retirada, e sociologia e filosofia, hoje obrigatórias, também estão fora do texto.

O governo, porém, diz que essas disciplinas (exceto espanhol) devem fazer parte da base nacional curricular, ainda em discussão e cujos conteúdos serão obrigatórios.

A decisão de excluir a educação física da lista de disciplinas obrigatórias aos adolescentes ocorre um mês depois da Olimpíada do Rio.

O ensino de língua portuguesa e matemática, porém, será obrigatório nos três anos do ensino médio. Todas as propostas valem para o ensino público e privado do país.

A MP com a proposta de novo modelo de ensino médio deverá ser votada em até 120 dias e poderá ser modificada por deputados e senadores.

 O texto, em linhas gerais, modifica pontos da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), de 1996. As mudanças terão implementação gradual nas redes de ensino dos Estados, a quem caberá definir a transição ao novo modelo.

A expectativa do governo, no entanto, é ter turmas já com a nova proposta a partir de 2018, mas muito disso depende da vontade política e do caixa dos governadores.

O país tem 1,7 milhão de adolescentes de 15 a 17 anos fora da escola –16% da população nessa faixa etária, que seria a ideal ao ensino médio.

Meta repetida
O principal eixo da proposta é o incentivo à especialização e ao ensino integral.

Segundo o texto, a carga horária mínima de 800 horas anuais para a etapa deve ser ampliada progressivamente para 1.400 horas. Isso representa sete horas de aulas por dia, o que já caracteriza a educação em tempo integral.

O texto afirma ainda que essa ampliação deve seguir as metas do Plano Nacional de Educação, que prevê, até 2024, ao menos 25% dos alunos de cada etapa de ensino em tempo integral –o país registra hoje 6% das matrículas nessa modalidade no médio.

E, para expandir a oferta, o projeto prevê aporte financeiro federal, de forma temporária, às redes estaduais que criarem vagas em tempo integral. No entanto, esse valor –calculado por aluno– só será pago nos primeiros quatro anos e "respeitada a disponibilidade orçamentária".

O governo promete investir de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão em dois anos no projeto. Já a meta é atender 500 mil jovens nessas escolas de tempo integral até 2018.

Para o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), o plano é necessário diante da "falência" do ensino médio.

A etapa ainda poderá ser organizada em módulos e adotar sistema de créditos ou disciplinas com "terminalidade" específica –em que a repetência ou aprovação em cada curso independe dos demais.

O texto também autoriza a contratação de professores sem concurso e sem formação específica na disciplina, desde que haja "notório saber".

Para Eduardo Deschamps, do Consed (que representa os secretários estaduais de Educação), a maior oferta de ensino profissional "cria um enorme incentivo aos jovens que não seguem diretamente para a universidade".

Fonte: Folha.com

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9 comportamentos estranhos que a ciência explica

Todo mundo é esquisito, nem adianta negar. Podemos até seguir um certo “padrão de normalidade”, mas todo mundo faz umas coisas muito estranhas de vez em quando.

O motivo para isso é muito simples: nós somos humanos, e humanos são bizarros. Quer um exemplo? A gente tem crise de riso em momentos super inapropriados.

A gente tem vontade de morder e apertar coisas fofas. A gente tem uma fascinação por psicopatas (tanto que séries tipo Dexter e filmes como Hannibal bombam). Mas todos esses comportamentos que nós mesmos achamos estranhos são cientificamente explicados. Saiba por que você é tão bizarro na SUPERLISTA de hoje!

Não trocar o rolo de papel higiênico que acabou
Eu sei que você já usou o último pedaço de papel e não trocou o rolo – mesmo sabendo que isso tomaria, no máximo, 30 segundos do seu precioso tempo.

A razão disso é que trocar o rolo de papel higiênico não traz nenhuma recompensa imediata, segundo os pesquisadores Richard Ryan e Edward Deci, da Universidade de Rochester, em Nova Iorque.

De acordo com sua pesquisa, para as pessoas ficarem motivadas a fazer alguma coisa, a tarefa precisa satisfazer três necessidades psicológicas: competência, autonomia e correlação.

A tarefa deve ser desafiadora o bastante para nós nos acharmos muito competentes quando conseguirmos terminar, deve dar uma sensação de que temos controle sobre a situação e que estamos melhorando nossa relação com as pessoas ao nosso redor.

Tirando esse último quesito – e mesmo assim, depende do quão chatas exigentes são as pessoas que moram com você -, trocar o rolo de papel higiênico não é exatamente nada disso… Mas tente lutar contra essa tendência e troque mesmo assim para ser uma pessoa legal, ok?

Vontade de morder coisas fofas
Se bebês entendessem tudo que os adultos falam, provavelmente se isolariam em um lugar seguro para ficar longe das ameaças de “vou MORDER essa coisa fofa”, ou “vou apertar tanto que vou deixar hematomas nessa fofura”.

Vale o mesmo para filhotes de qualquer outra espécie. A ciência tem duas hipóteses para essa reação bizarra.

A primeira delas é que as redes de sensação de prazer estão se cruzando no nosso cérebro.

Quando vemos uma coisa fofa, o cérebro solta uma descarga de dopamina similar a quando comemos uma coisa muito deliciosa. Por isso, quando vemos um bebê, nossa cabeça dá um minicuirto e ficamos com vontade de mordê-lo.

A outra hipótese tem a ver com os nossos antepassados pré-históricos. Brincar de morder é um hábito comum entre mamíferos (quem já teve filhotes de cães e gatos sabe bem).

Então, essa brincadeira é uma forma de estreitar os laços sociais. Isso pode explicar a nossa vontade doida de morder coisas com as quais temos laços afetivos.

Rir em situações inapropriadas
Uma vez, quando eu era adolescente, minha mãe me deu uma bronca federal porque a visita estava chegando, e meu quarto ainda estava uma zona.

Ela gritava, esbravejava, perguntava se eu achava que era justo ela ter passado a manhã na cozinha e eu nem pra arrumar meu quarto.

E eu… Ri. Não consegui me controlar, gargalhei muito! Minha mãe ficou furiosa, achou que era deboche.

Na verdade, segundo a ciência, eu estava sob um estresse emocional enorme, e meu corpo usou a risada para aliviar um pouco da tensão. Já quando a gente não consegue segurar a risada quando vê o tombo alheio, provavelmente são nossos instintos agindo de novo.

Essa é uma forma de informar à nossa tribo que, apesar de a pessoa estar envergonhada, ela não se machucou muito e que está tudo bem.

Fascínio por psicopatas
Se nós não adorássemos os psicopatas, os filmes do Hannibal Lecter, Psicose e a interminável série de Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado não teriam sido metade do sucesso que foram.

Algumas teorias explicam essa quedinha pela mente criminosa: a primeira delas defende que, sabendo mais sobre psicopatas, nós saímos da nossa própria consciência e entramos na mente de alguém que só pensa estritamente em si mesmo.

Já o psicólogo forense J. Reid Meloy afirma que, na sociedade, o psicopata é um tipo de predador. Saber de sua existência nos conecta com os nossos instintos de caça e caçador.

Uma última teoria, do psiquiatra Ron Schouten, afirma que nossa queda por psicopatas é similar à nossa atração por filmes de terror ou por montanhas russas: às vezes, só gostamos de tomar uns sustos, que soltam uma super descarga de neurotransmissores, o que dá uma sensação de prazer.

Fingir que sabe alguma coisa
O assunto na mesa de boteco (de físicos) é o entrelaçamento de partículas.

Você não saca nada sobre isso, mas fica lá, fazendo cara de entendido e fingindo que só não fala alguma coisa para não fazer a galera perder a graça.

Segundo o pesquisador David Dunning, da Cornell University, a maioria das pessoas não sabe o que sabe e começa a produzir conhecimento falso.

Quando alguém nos pergunta se a gente sabe alguma coisa, nosso cérebro imediatamente começa a inferir, concluir e até inventar explicações e teorias sobre a coisa.

Chorar
Apesar de comum, o choro é um comportamento bem estranho. Pense bem: ele pode acontecer porque você está muito triste, muito feliz, muito preocupado, com muita raiva, muito estressado, muito emocionado…

Ou seja, por qualquer coisa. Uma das teorias mais bem aceitas que explicam o choro humano é do psicólogo Ad Vingerhoets, que argumenta que chorar é um sinal social bem primitivo.

Na natureza, muitos animais emitem algum som que alerta os outros que ele está em perigo e precisa de ajuda. Já os humanos desenvolveram esse jeito silencioso de comunicar aos outros do grupo que algo está errado.

Nos tempos das cavernas, seria uma forma de dar o recado sem alertar os predadores com o som.

Fofoca
Pode parecer inacreditável, mas a fofoca tem uma função social. Segundo pesquisadores, a culpa é do nosso desejo de criar laços com as pessoas que estão imediatamente ao nosso redor, e esse desejo é forte a ponto de superar os nossos valores e a nossa moral.

Além de nos dar assunto para conversar com os outros, a fofoca cria um sentimento de confiança, já que toda fofoca é “segredo, hein, não conta pra ninguém!”

Para o antropólogo Robin Dunbar, a fofoca é co-responsável pelo desenvolvimento do noas cérebro ao longo dos milênios.

Ele defende que a língua só se desenvolveu por causa da nossa vontade de fofocar, e a maledicência também nos permite ensinar aos outros a forma certa de se relacionar com o grupo.

Mas calma lá, hein. Isso não é motivo para você ficar falando mal dos outros por aí. A ciência explica a fofoca, mas o fofoqueiro não fica mais legal por isso.

Gostar de filmes tristes
Segundo o pesquisador Robert A. Emmons, da Universidade da Califórnia, só o fato de sermos gratos já faz a nossa vida melhorar. Com os filmes tristes é mais ou menos a mesma coisa.

Ver tragédias na TV ou no cinema faz com que a pessoa reavalie a sua própria vida e conte o que há de bom nela.

Mas o raciocínio não vale para aqueles que pensam coisas tipo “nossinhora, ainda bem que eu não tô na pele desse cara”. Essas pessoas têm pensamentos egoístas e estão mais focadas em si do que nos outros.

Assim, elas não experimentam nadica de nada de felicidade depois de assistir ao filme. Além disso, o dr. Paul Zak afirma que ouvir ou ver histórias de outras pessoas nos faz sentir empatia, e nosso cérebro libera ocitocina – o chamado “hormônio do amor”.

Ficar desconfortável no silêncio
Ficar em silêncio com um estranho é horrível. Está aí uns 80% de por que muitos primeiros encontros afundam à la Titanic: ou um dos dois fala demais (e acaba falando mais do que o necessário), ou rolam aqueles silêncios bizarros e você acha que nunca vai conseguir ter intimidade com aquela pessoa.

Essa dificuldade de lidar com o silêncio também remonta às nossas origens primitivas de pertencer a um grupo.

Quando a outra pessoa fica em silêncio, nós achamos que ela não está gostando da conversa e, portanto, que não somos aceitos. Já quando o diálogo flui que nem um pingue-pongue, avaliamos que está tudo bem. Mas isso também é cultural.

No Japão, uma pausa na conversa, principalmente quando a pessoa está refletindo sobre algo, é um sinal de respeito.

Os aborígenes australianos e os nativos de vários países da Ásia também fazem longas pausas silenciosas em suas conversas – e está tudo bem.

Fonte: Exame.com

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Michel Temer diz que impeachment aconteceu porque Dilma rejeitou 'Ponte para o Futuro'

Michel Temet deixou escapar um “segredo” em discurso para empresários e investidores nos EUA: o impeachment de Dilma Rousseff ocorreu para implementar um plano de governo radicalmente diferente do que foi votado nas urnas em 2014, quando o PT ganhou a presidência pela quarta vez, e não por irregularidades praticadas pela ex-presidente.

Na sede da Sociedade Americana/Conselho das Américas (AS/COA), em Nova York, nesta quarta-feira, dia 21, Temer disse que ele e seu partido começaram a articular o afastamento de Rousseff em consequência direta da não aceitação do programa neoliberal do PMDB pela ex-presidente.

Veja o vídeo aqui:


“E há muitíssimos meses atrás, eu ainda vice-presidente, lançamos um documento chamado ‘Uma Ponte Para o Futuro’, porque nós verificávamos que seria impossível o governo continuar naquele rumo. E até sugerimos ao governo que adotasse as teses que nós apontávamos naquele documento chamado ‘Ponte para o futuro’. E, como isso não deu certo, não houve adoção, instaurou-se um processo que culminou agora com a minha efetivação como presidência da república.”

O “Ponte para o futuro” prescreve a desvinculação dos recursos da saúde e da educação, desindexação dos benefícios e do salário mínimo, mudança de idade para a aposentadoria, parcerias com o setor privado e abertura comercial. Essas ideias estavam claramente refletidas na fala de Temer na AS/COA, que visava dar seguimento à incansável empreitada de privatizações e facilitação da entrada do capital estrangeiro no país, listando as vantagens e garantias que seu governo planeja implementar para assegurar o lucro dos membros da plateia, que o ouviam (não tão atentamente) enquanto desfrutavam de suas refeições.

Marcadas pelos já conhecidos eufemismos neoliberais para o que poderia simplesmente chamar de venda do patrimônio nacional, as garantias listadas pelo presidente incluíram a “universalização do mercado brasileiro”, o “restabelecimento da confiança”, uma tal “estabilidade política extraordinária”, parcerias entre os setores público e privado e o avanço de reformas “fundamentais” nas áreas trabalhista, previdenciária e de gastos do governo. “Venho aqui convidá-los a participar dessa nova fase de crescimento do país,” concluiu em tom de leilão.

Os dois grupos são compostos por representantes de corporações multinacionais e membros do estabelecimento de política exterior dos EUA em América Latina. Foram fundados pelo industrialista americano David Rockefeller e têm John Negroponte como presidente emérito – um político neoconservador fundamental para a guerra suja da CIA em Honduras e para a invasão do Iraque em 2003. Em seu site, o Conselho das Américas se define como uma “organização internacional cujos membros compartilham um compromisso comum com o desenvolvimento econômico e social, mercados abertos, estado democrático de direito e democracia por todo o hemisfério ocidental”.

Essa é apenas mais uma singela confirmação de que o impeachment de Dilma não se deu por conta das supostas “pedaladas fiscais”, como quis fazer crer a facção que agora ocupa o executivo federal. Não foi pela família brasileira, não foi por Deus, não foi contra a corrupção. Foi contra o trabalhador e em favor do empresariado. Foi por impunidade, lucro e poder.

Fonte: The Intercept

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Estudante comove a internet com declaração do pai semianalfabeto


A declaração de amor de um pai à filha comoveu a internet nesta semana. O “eu te amo” foi seguido por um pedido de desculpas por ele não saber escrever. Ao compartilhar a mensagem, a estudante da Universidade Federal do Rio de Janeiro Micarla Lins, de 21 anos, lembrou que saber ler e escrever é um privilégio num país com tantas desigualdades sociais.

“Vi o compartilhamento de uma mensagem de uma pessoa dizendo que saber ler não é inteligência, é privilégio. Acabei me lembrando de algumas situações de preconceito vividas por meu pai e resolvi publicar uma mensagem que ele me mandou pedindo desculpas por não saber escrever. Não esperava que fosse ter tanta repercussão”, contou Micarla.

A jovem publicou a mensagem no Facebook na noite de terça-feira (20). Rapidamente o post recebeu cerca de 300 curtidas, segundo ela.

“No início meu pai disse que ficou triste e envergonhado, porque as pessoas saberiam que ele não sabe escrever. Combinei com ele que iríamos dormir e, pela manhã, eu iria checar os comentários e, dependendo do conteúdo, eu iria apagar o post. Quando acordei, já havia mais de 60 mil curtidas e 600 comentários”, contou.

Pouco mais de 24 horas depois, a postagem já tinha mais de 200 mil curtidas e 32 mil compartilhamentos.

“Acho que meu celular nunca tocou tanto. Eu estou emocionada. Fiquei bastante feliz com as mensagens que recebi. Meu pai está muito emocionado por saber que existem muitas outras pessoas na mesma condição que ele”, destacou Micarla.

Segundo a estudante, diversas pessoas compartilharam com ela histórias semelhantes.

“A que mais me comoveu foi o um relato de uma menina que tinha uma avó que não sabia ler e escrever. Infelizmente ela cometeu suicídio e não deixou nenhuma carta exatamente por não saber escrever. A menina disse que chorou bastante ao ler meu relato e lembrar dessa avó”, contou.

Para Micarla, a manifestação das pessoas que compartilharam seu post tem sido a sua maior recompensa. “A vida é uma grande troca. A partir do momento que eu resolvi compartilhar [a mensagem do pai], eu recebi de volta muito carinho”, disse.

Trajetória
A família de Micarla é de Recife. O pai perdeu a mãe muito cedo, vítima de um câncer, e precisou abrir mão dos estudos para trabalhar e ajudar no sustento da família. Aos 16 anos, se casou com Mônica, com quem teve três filhas. Micarla, a caçula, foi a única que conseguiu ingressar na faculdade.

“Quando eu nasci, meu pai resolveu vir para o Rio de Janeiro, como muitos nordestinos. O que acho muito interessante, é que ele numa época ele ajudou na construção da Estácio de Sá e ele trazia muitos livros de direito pra mim. Anos depois eu acabei passando no vestibular para direito. Cursei dois anos, mas acabei decidindo mudar para serviço social”, contou.

Segundo Micarla, a declaração do pai foi dada em retribuição a um agradecimento que ela enviou a ele por mensagem no Facebook. Antes de a jovem passar no vestibular, a família se mudou para São Paulo, uma vez que o pai descobriu uma doença cardíaca grave e foi buscar no estado vizinho melhor condição de tratamento. Ela voltou ao Rio sozinha para cursar o ensino superior.

“Eu estava com muito medo, porque meus pais não têm condições financeiras de me sustentar. Mas eu estava muito orgulhosa e mandei uma mensagem dizendo isso a ele. Eu achava que ele só iria ler e não responder. Foi quando ele me mandou aquela mensagem. Eu tomei o maior tapa na cara da minha vida e ao mesmo tempo o maior empurrão”, afirmou.

No texto que compartilhou no Facebook, Micarla cobrou das pessoas pararem de debochar de quem não sabe ler ou escrever e se prontificarem a ensiná-los. "[...] já tá na hora de vocês aceitarem que nem todo mundo tem as mesmas oportunidades", afirmou ela em sua postagem.

“Meu pai não teve a mesma oportunidade que eu. Graças a um homem que não sabe ler e escrever eu estou na melhor universidade pública do país”, ressaltou.

Micarla afirma ter o sonho de transformar a vida das pessoas. Foi por esse motivo que optou por cursar serviço social. “Ser assistente social é, acima de tudo, assegurar direitos. Eu vejo muito no meu dia a dia, e na convivência com assistentes sociais, que a maioria das pessoas não tem consciência nem da metade dos direitos que ela tem”, declarou.

Apesar de satisfeita pela escolha do curso, ela espera ainda retornar ao direito e concluir as duas graduações. “Eu não faço as duas ao mesmo tempo por falta de dinheiro”, disse.

Fonte: G1 RJ

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Eleições 2016: Raimundão para e vai decidir se renuncia a candidatura

O prefeito Raimundo Macedo (Raimundão – PMDB) pode desistir de concorrer à reeleição em Juazeiro do Norte. A confirmação aconteceu no início da noite desta quarta-feira (21), em reunião com a cúpula da campanha em sua casa.

Um áudio gravado de Valdo Figueiredo, candidato pelo PEN a vice-prefeito na chapa de Raimundão, revela a situação da candidatura do atual prefeito.

“A campanha vai parar por até três dias para refletir sobre os ataques que vem sofrendo dos outros candidatos.  A coligação ainda está mantida. Os militantes continuam contratados e após os três dias doutor Raimundo vai reunir todo mundo para decidir o que fazer”, disse Valdo.

O áudio viralizou nas redes sociais e a produção do site Miséria teve acesso ao conteúdo. Mas informações de bastidores afirmam que a situação do próprio Valdo com a justiça eleitoral pode ter motivado Raimundão tomar essa postura. Comenta-se também o resultado nas pesquisas tenha também feito o prefeito a abortar a candidatura.

João Boaventura Neto

Fonte: Miséria

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Espécie de pterossauro de 110 milhões de anos é descoberta na Chapada do Araripe

Pesquisadores do Museu Nacional vinculado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) descobriram uma nova espécie de pterossauro, que recebeu o nome de Aymberedactylus cearensis. A novidade foi publicada no periódico PLOS, após análise do fóssil de uma mandíbula do animal, coletado quase intacto na Chapada do Araripe (CE).

Os pterossauros foram répteis voadores que viveram no mesmo período que os dinossauros --eles têm ancestrais em comum e são parentes próximos, mas de linhagens evolutivas diferentes.

A mandíbula está quase completa, mas perdeu parte da crista, característica do pterossauros.

"Todos possuíam uma crista, como uma crista de galinha, mas era óssea e ficava ligada a mandíbula", explica o especialista.

Os pesquisadores ainda debatem sobre a real função do osso --não há um consenso, mas uma das hipóteses é que ele era usado para o cortejo entre machos e fêmeas.

Entre os pterossauros existia o grupo dos tapejaríneos, ao qual o Aymberedactylus cearensis pertencia. Inclusive, segundo Pêgas, os primeiros tapajaríneos foram descobertos no Brasil, que é um território relativamente rico em descobertas de pterossauros.

"Em nosso país já foram encontrados mais de 30 psterossauros, e a maioria no Ceará. Entre essas descobertas estão os primeiros tapejaríneos. E, para se ter uma ideia, das dez espécies da subfamília registradas pelo mundo, cinco foram encontradas aqui", conta.

Outros animais da subfamília também já foram encontrados em países como China, Espanha e Marrocos.

Além da crista, os animais tinham em comum a ausência dos dentes, que provavelmente perderam durante a evolução, como aconteceu com as aves.

"O bacana da descoberta do Aymberedactylus cearensis é que notamos que a espécie é primitiva e ainda não conta com uma anatomia especializada que espécies mais recentes tinham. Com isso conseguimos estudar a morfologia única do grupo e descobrir quais mudanças e adaptações aconteceram", diz Pêgas.

Uma mudança marcante foi encontrada, claramente, na mandíbula. Os pterossauros da subfamília tapejaríneos que viveram depois da espécie recentemente encontrada tinham a mandíbula curva e curta, formato que sugere uma alimentação rica em frutas. Já a Aymberedactylus cearensis, mais primitiva, contava com uma mandíbula com curva suave e mais cumprida, ainda não especializada e "adaptada" para um animal frugívoro.

O estudo, que também teve a participação de Alexander Kellner, do Museus Nacional, e Maria Eduarda Leal, da Universidade Federal do Ceará, não conta com uma reconstrução da nova espécie descoberta em vida, uma vez que não foi possível certificar como era o crânio do animal. Porém, já se conhece a estrutura de alguns outros tapejaríneos, como o Tupandactylus, também encontrado no Ceará e o animal com a maior crista craniada conhecida.

Fonte: UOL

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Eleições 2016: Em Barbalha, Lula fala em dar ʻtrocoʼ ao prefeito Zé Leite

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deslizou no discurso e disse que queria dar a resposta ao atual prefeito da cidade de Barbalha, Zé Leite (PT). A fala ocorreu nesta quarta-feira (21) quando Lula participava do comício de Fernando Santana (PT), que concorreu na cidade.

Lula finalizou o trecho do discurso falando que apoiar seu candidato é a melhor maneira de dar a resposta ao prefeito e ao grupo de Rommel Feijó (PSDB), que também disputa a eleição em 2016. Ao finalizar a fala, o ex-presidente destacou a carência de médico, fazendo referência à greve da saúde no município, que já é a maior do Brasil.

Ainda durante sua fala, o ex-presidente afirmou que está sendo perseguido e caluniado pela grande mídia nacional e que os problemas que ele gerou ao Brasil, foi dar oportunidade aos pobres de comer e estudar. Por isso, segundo ele, que os partidos que se opõem ao PT derrubaram a presidente Dilma Rousseff (PT), numa ação que ele classificou como ‘golpe parlamentar’.

Lula recebeu presentes, conversou com populares em cima do palco e no fim do comício foi para o meio do povo. Ele prometeu ainda que voltará a cidade de Barbalha no primeiro mês de governo para comemorar, caso seu candidato seja eleito. Em meio as suas palavras, o ex-presidente não descarta a possibilidade de disputar as eleições presidenciais em 2018.

Outros compromissos
O ex-presidente foi recepcionado na área destinada à Ciopaer, no Aeroporto Orlando Bezerra em caravana seguiu até Barbalha, de onde seguiu para o Crato e após isso foi para a cidade de Iguatu onde finaliza a agenda politica no interior do Estado.

Adriano Duarte

Fonte: Miséria

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Ao criticar demagogia, intolerância e nacionalismo na ONU, Temer ataca sua própria base

Nacionalismo, demagogia e intolerância eram justamente os principais componentes do tom das manifestações que defenderam o impeachment de Dilma Rousseff e acabaram desencadeando o processo que levou o ex-vice-presidente Michel Temer à posição de titular. No entanto, em seu primeiro discurso na ONU, Temer criticou, sem ironia, as atitudes de que se beneficiou.

Quem lê o discurso, que inclui exaltação aos programas de transferência de renda e críticas à paralisia política, sem saber seu autor pode até achar que as palavras são da ex-presidente petista, com quem rompeu. Ou de qualquer outro autor que estivesse bem distante das medidas que seu governo vem sinalizando desde quando ainda era interino e do perfil do atual congresso brasileiro.

Temer também elogiou a atuação do governo de Cuba na reaproximação dos Estados Unidos. Infelizmente, porém, o cumprimento não foi recebido pelo representante cubano, porque ele estava entre os que se retiraram do recinto no momento em que o governante brasileiro foi anunciado.


Leia matéria completa AQUI

Fonte: The Intercept

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Lula participa de campanhas em Barbalha e Crato e declara seu apoio a Fernando Santana e Zé Ailton Brasil

No intuito de fortalecer campanha de candidatos do Cariri e Centro-Sul do Estado, o ex-presidente do País, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), esteve participando de atos de campanhas nas cidades de Crato e Barbalha. Ele chegou ao Juazeiro do Norte por volta das 10 horas, em voo fretado, na base Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer). Ainda no local ele foi recepcionado por uma multidão e conclamou a militância a não se ‘acovardar’ diante dos ataques que, segundo ele, o Partido dos Trabalhadores (PT) vem sofrendo. Uma multidão nas ruas de Barbalha e Crato atendeu ao chamado diante de um sol escaldante, e por várias vezes chegou a gritar ‘Fora Temer’, interrompendo o discurso do petista.

Em Barbalha, Lula fez um discurso de quase 30 minutos, mesmo com problema na garganta. O governador Camilo Santana saiu em defesa de Lula ao afirmar que a maior obra do ex-presidente foi dar mais condições aos pobres e citou obras como a do Canal da Transposição do Rio São Francisco e o Bolsa Família. Ele lembrou da última visita de Lula a Barbalha, há 16 anos.

Em Crato, Lula teve dificuldade de sair no veículo em que estava, por conta da multidão que cercava o carro, onde vinha com o governador Camilo Santana e a primeira-dama do Estado, Onélia Leite. Ele disse que, após lutar pela democracia, jamais imaginou que o país fosse ter um presidente não eleito pelo povo brasileiro. “Estamos vivendo um momento difícil. Achei que isso era coisa do passado. A gente não teve um golpe militar, mas um golpe parlamentar”, afirmou.

O ex-presidente não fez referências em nenhum momento ao juiz Sérgio Moro, que está à frente das investigações da Operação Lava Jato e que, nesta segunda-feira, o colocou na condição de réu de um processo, no qual vem sendo investigado há cerca de dois anos, juntamente com a sua esposa, Marisa Letícia.

Em relação à saída de Dilma Rousseff, Lula disse se referiu ao processo de impeachment, como uma forma não de cassar o mandato da presidente, mas o voto dos cidadãos que votaram nela. Ele se referiu aos eleitores da cidade do Crato e Barbalha, locais em que a ex-presidente teve maioria expressiva nas últimas eleições. “Eles mostraram que o voto de vocês não vale nada. O que vale é o voto de deputado”, disse.

Lula ainda ressaltou sua tristeza, por antes, segundo ele, poder afirmar ao mundo que viveu um momento histórico no Brasil, tanto nos Estados Unidos, Alemanha ou na China, de que o brasileiro podia tomar café, almoçar e jantar todo dia. “Dizia que pobre deixava de ser um problema e passava a ser uma solução, porque a gente começou a tratá-lo com respeito”, frisa.

Ele lamentou por o projeto da transposição ainda não estar pronto para atender à população do Nordeste e ao povo cearense, mas disse que quer estar vivo para vir ao Estado novamente, para vir inaugurar não apenas o Canal do Rio São Francisco, mas o Cinturão das Águas. “Estou ofendido e magoado, porque nunca imaginei que aos 71 anos de idade, um homem que aprendeu com uma sertaneja de Garanhuns –PE, e que não tem nenhum valor mais importante para o ser humano, do que andar de cabeça erguida. Estou ofendido porque um grupo de meninos do Ministério Público Federal está investigando a minha vida, desde que deixei a presidência da República”, ressaltou.

O ex-presidente disse que já ‘futucaram’ a vida dele e de sua mulher, além dos filhos e depois de dois anos não encontraram provas. “Eles têm que saber que não tenho o estudo que eles têm, mas tenho a vergonha na cara que muita gente não tem. Se tem uma coisa que tenho orgulho, é de olhar na cara de uma mulher, na cara de um homem ou de uma criança, e dizer para vocês: no dia que acharem um Real na minha vida que não seja meu eu não valho mais a confiança de vocês”, disse Lula. Ele ainda ressaltou que se o cidadão tem convicção de alguma coisa, que guarde para ele. “Se está dizendo alguma coisa que prove. Se não provar, que peça desculpas.  Não é vergonha pedir desculpas, mas parece que eles não sabem”, destacou. Ainda acrescentou estar com a consciência tranquila.

Lula voltou a criticar a imprensa, e disse que o problema não era a Dilma Rousseff, mas que ela era um degrau para que ele fosse retirado do poder. “Eu fiz muito mal nesse país. Garanti que fossem criados 22 milhões de empregos, as pessoas guardassem um jegue e fossem andar motocicletas, mais de um milhão e quatrocentas mil cisternas no Nordeste, para diminuir o sofrimento do povo, além de pobre no Ceará e no Brasil pudessem viajar para visitar parentes em São Paulo, de avião, além do alimento básico”, completa.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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O que a Internet esconde de você

Para cada site que você pode visitar, existem pelo menos 400 outros que não consegue acessar. Eles existem, estão lá, mas são invisíveis. Estão presos num buraco negro digital maior do que a própria internet. A cada vez que você interage com um amigo nas redes sociais, vários outros são ignorados e têm as mensagens enterradas num enorme cemitério online. E, quando você faz uma pesquisa no Google, não recebe os resultados de fato - e sim uma versão maquiada, previamente modificada de acordo com critérios secretos. Sim, tudo isso é verdade - e não é nenhuma grande conspiração. Acontece todos os dias sem que você perceba. Pegue seu chapéu de Indiana Jones e vamos explorar a web perdida.

Primeira parada: Facebook. Quando você acessa a sua conta, a primeira tela que aparece é a do chamado Feed de notícias - aquela lista com os últimos comentários e links postados pelos seus amigos. Essa página é editada pelo Facebook, e só inclui as mensagens das pessoas com as quais você mais interage. Você pode anular essa edição - basta clicar no link "Mais recentes" e o Facebook mostrará, em ordem cronológica, todas as mensagens de todos os seus contatos. O problema é que isso lotará o seu feed de lixo, com grande quantidade de atualizações irrelevantes (o que interessa se aquele seu ex-colega que você não vê há anos trocou de namorada ou está saindo de férias?). Conclusão: a edição de conteúdo feita pelos robôs do Facebook é boa para você. Exceto quando não é.

O escritor americano Eli Pariser apoia o partido Democrata, de Barack Obama, mas também tem amigos que votam no partido Republicano. De um dia para o outro, Pariser notou que os republicanos sumiram do seu Facebook. Ele estranhou e foi fuçar na configuração do site, achando que tivesse feito algo errado. Que nada: os robôs é que tinham decidido que ele não precisava ter amigos de direita. O Facebook tomou uma decisão político-ideológica e a impôs ao usuário. "A personalização da internet reforça os estereótipos e as crenças que a pessoa já tem", explica Viktor Mayer-Schoenberger, pesquisador de internet da Universidade de Oxford.

Em outros casos, os robôs do Facebook podem causar conflitos familiares. Foi o que aconteceu com o analista de sistemas Rodolfo Marques. Seu irmão, Diogo, é músico e postou um clipe no Facebook. Mas Rodolfo nem ficou sabendo - só porque, como ele não costumava falar com Diogo pela internet, os robôs deduziram que não se tratava de uma pessoa importante. "Achei que ele não tinha gostado do vídeo", conta Diogo.

O Google também manipula o que você vê na internet: cada pessoa pode receber um resultado diferente para a mesma pesquisa. O buscador usa critérios como o histórico das páginas que a pessoa visitou, o lugar onde ela está e até o navegador que utiliza. Ao todo, o Google aplica mais de 100 variáveis (elas são mantidas em segredo para que outros buscadores não as copiem) para personalizar os resultados.

E isso tem consequências profundas. Numa experiência feita pela Universidade de Londres, os cientistas criaram 3 personagens fictícios, que foram batizados de Immanuel Kant, Friedrich Nietzsche e Michel Foucault - 3 dos maiores filósofos de todos os tempos. Cada personagem usava o Google para fazer pesquisas sobre os próprios livros. A intenção era induzir o site a traçar um perfil psicológico de cada um deles. Deu certo. Depois de alguns dias, o Google começou a gerar resultados completamente diferentes para as mesmas buscas. E isso acontece com todo mundo, todos os dias. A SUPER refez a experiência e obteve resultados parecidos (veja no infográfico).

"Os usuários podem desabilitar a personalização", defende-se Kumiko Hidaka, gerente global do Facebook. O Google também permite isso (veja em abr.io/1IMA como fazer). Mas o que os sites de busca escondem do usuário é só uma parte do problema. Outro, talvez ainda maior, é o que nem eles mesmos conseguem ver.

No fundo da web
Quando você faz uma busca no Google, ele não sai percorrendo a internet inteira à procura da informação que você quer. Seria muito demorado. O Google consulta seu Índex, um acervo com cópias de 46 bilhões de páginas da internet.

É uma enormidade. Mas é muito menos do que realmente existe por aí. Nada do que é postado no Facebook, que tem 750 milhões de usuários e é a maior rede social de todos os tempos, aparece nos resultados do Google. Estima-se que o Google e os demais buscadores só consigam acessar 0,2% de toda a informação realmente contida na rede. Todas as demais páginas, que ninguém sabe exatamente quantas são e onde estão, formam a chamada deep web - a web profunda. Esses sites ocultos ficam escondidos por vários motivos. Se uma página exigir assinatura e for protegida com senha (como sites de jornais e revistas), os robôs rastreadores do Google não conseguem entrar nela, e não a copiam para o Índex. O Facebook bloqueia a entrada dos robôs do Google, pois não quer que seu conteúdo apareça no buscador (o que poderia roubar audiência do Facebook). Também há bases de dados online que não estão em HTML - linguagem que o Google entende.

Se o Google conseguir desbravar a web profunda, a vida vai ficar muito diferente. Não haverá mais sites especializados em busca de hotéis, imóveis, passagens aéreas etc. Você não precisará entrar na página da Receita para saber se liberaram a restituição de imposto - bastará digitar seu CPF no Google - nem acessar o site do plano de saúde para procurar um médico. Tudo isso, e todo o resto, estará no próprio Google.

Ele já tem uma equipe de pesquisadores tentando explorar essa internet perdida. O time é liderado por Alon Halevy, cientista da computação da Universidade de Washington. "Nós desenvolvemos softwares que conseguem encontrar as informações de maneira mais inteligente", diz Halevy. Como? Uma das principais táticas dos robôs do Google é o chute.

Sim, chute. Quando encontra um banco de dados que não entende, o robô começa a procurar vários termos: "apartamento", "conversível" e "lycra", por exemplo. Se a palavra "apartamento" estiver presente, é porque aquele site contém informações sobre imóveis. Se "conversível" funcionar, é porque se trata de uma tabela com preços de carros. E por aí vai. Sabendo do que se trata, o Google consegue adicionar as informações a seu Índex - e colocá-las ao alcance de todo mundo.

O problema é que as informações estão espalhadas pela web de maneira caótica, e achá-las é como descobrir uma agulha num palheiro. "Precisamos de um rastreador mais eficiente", explica a brasileira Juliana Freire, professora da Universidade de Utah. Ela é a criadora do DeepPeep, um projeto que pretende tornar acessíveis todos os bancos de dados da internet.

Com tanta informação perdida ou oculta, a internet ainda está longe de alcançar todo o seu potencial. Ela pode, precisa e vai ficar muito melhor. Enquanto não fica, crie o hábito de ir além dos seus sites preferidos e reserve um tempinho para explorar os cantos da internet que você não conhece. Se Nietzsche, Foucault e Kant estivessem vivos, eles certamente fariam isso.

Fonte: Superinteressante

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Tentativa de anistia para políticos flagrados com caixa dois expõe níveis de corrupção dos líderes do Congresso

Em uma atitude que chocou até os observadores de política mais experientes das tramas que assolam a corrompida Brasília, no fim da noite de ontem, os líderes da Câmara dos Deputados tentaram inserir de forma sorrateira na agenda de votação uma lei que oferece anistia a eles mesmos por violações das leis de financiamento de campanhas eleitorais. Isso se deu enquanto o presidente recém-empossado, Michel Temer, encontra-se fora do país, discursando na ONU (onde surpreendentemente elogiou o impeachment como um “modelo” de combate à corrupção, mesmo estando cercado de seus ministros envolvidos em casos de corrupção), e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, assume interinamente a Presidência da República devido à ausência de Temer. Embora a trama tenha sido barrada pela oposição veemente liderada principalmente por dois partidos relativamente pequenos (PSOL e Rede) e apoiada por alguns membros de outros partidos, a tentativa, por si só, representa bem a nova facção que tomou o poder após o impeachment da presidente eleita.

A anistia retroativa que tentaram passar diz respeito ao conhecido “caixa dois”: os fundos não divulgados recebidos por candidatos, usados em suas campanhas sem declará-los oficialmente como gastos ou doações. Usada há tempos por políticos para obter doações de grandes corporações e oligarcas sem qualquer detecção ou responsabilização legal,  a prática obscura teve mais detalhes revelados nas amplas investigações de corrupção da Lava Jato.

Por esse motivo, os políticos em questão querem imunizar-se de forma retroativa de suas consequências: muitos dos mais poderosos membros do congresso brasileiro — incluindo aqueles que usaram o argumento da corrupção enquanto lideravam os esforços em favor do impeachment de Dilma — encontram-se envolvidos e, portanto, ameaçados por terem violado tais leis. Agora, tentam passar uma nova lei que impediria sua própria punição, destacando exatamente aquilo que os contrários ao impeachment alertavam (e admitido pelo aliado próximo de Temer, Romero Jucá, em gravação secreta) ser o verdadeiro objetivo por trás da remoção de Dilma: permitir que políticos verdadeiramente corruptos usem o poder recém-adquirido de forma anti-democrática para se protegerem de investigações e acusações.

O aspecto mais importante dos eventos recentes é a lista de quem se encontra ameaçado por estar envolvido nessa forma específica de corrupção eleitoral. Ela inclui o próprio presidente em exercício, Michel Temer, acusado de receber milhões de reais na forma de doações; seu Ministro das Relações Exteriores, José Serra, que é acusado de ter recebido R$ 23 milhões da empreiteira Odebrecht; o líder do governo Temer no Senado, Senador Aloysio Nunes, acusado por dois delatores de ter recebido doações ilegais; o Senador Aécio Neves, candidato à presidência derrotado por Dilma em 2014, que supostamente recebeu R$ 1 milhão em doações ilegais de campanha; e o atual Presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, também do partido de Temer, considerado o maior beneficiário, por ter recebido R$ 32 milhões.

O beneficiário mais importante de todos nessa lista é o novo Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que agora é investigado formalmente pelo Procurador Geral da República, após ter sido gravado pedindo ao presidente da empreiteira OAS, que se encontra preso no momento, R$ 250 mil nunca declarados em seus formulários de campanha. Após a revelação da gravação. Rodrigo Maia alega que as doações recebidas não eram para sua campanha, mas para a de seu pai, que há poucas semanas perdeu seu cargo de vereador devido à corrupção.

Todos os políticos envolvidos nesta violação votaram em favor do impeachment de Dilma. O impedimento da presidente aumentou drasticamente o poder nas mãos desse grupo que forma a coalizão de centro-direita e que, embora não tenha vencido eleições presidenciais, assumiu o governo após a saída de Dilma. Todos fizeram discursos presunçosos sobre a necessidade de combater a corrupção na política como justificativa para o apoio ao impeachment. E, agora, com o poder obtido através do impeachment, se articulam para se protegerem das investigações de corrupção e consequências das violações (é importante observar que membros importantes do PT também se encontram envolvidos em investigações de caixa dois, e, portanto, o partido também pareceu apoiar a lei de anistia, embora alguns membros em particular tenham se juntado à oposição).

Talvez o aspecto mais impressionante disso tudo seja que os envolvidos sabem perfeitamente que a aprovação de tal anistia seria uma medida obscena e corrupta. Alguns jornalistas tentaram — sem sucesso — descobrir quem teria sido responsável por inserir essa pauta na agenda de votação no congresso. Isso tudo aconteceu quando o terceiro na linha de sucessão da Presidência da Câmara, Beto Mansur, encontrava-se no comando da casa (já que Temer encontra-se fora do país, Maia exerce a função de presidente e o vice-presidente da casa não estava presente), para que o desconhecido deputado parecesse responsável pela medida. Mas, conforme contou o jornalista do UOL, Josias de Souza, Mansur, primeiro responsabilizou Rodrigo Maia, depois literalmente se recusou a dizer quem era o responsável pela inserção da pauta no calendário de votação, alegando de forma surpreendente que “não sabia” e — usando o verbo no passado de forma quase cômica — que diria apenas que o “projeto foi colocado na pauta”.

As motivações aqui observadas são tão descaradas que chega a ser impressionante. Como contou Josias de Souza, “além de invisível, o projeto é órfão. Não há vestígio dos pais da manobra.  Eles parecem ter vergonha de si mesmos. E não lhes faltam motivos.” O líder do PSOL, Ivan Valente se posicionou da seguinte forma ao tentar bloquear a medida: “É inaceitável, intolerável, um escândalo, um escárnio, uma falcatrua, uma bandalheira. Logo agora que a OAS e a Odebrecht estão prontas a delatar a gente vai livrar dezenas de deputados e empreiteiros?”

Mas essa é a verdadeira face da inenarrável corrupção da facção que tomou o poder em Brasília de forma anti-democrática, ironicamente, em nome da luta contra a corrupção. Não é preciso nem dizer que o movimento contra a corrupção que liderou os protestos pela saída de Dilma encontra-se desaparecido e em silêncio, como é de costume quando a corrupção é de centro-direita, porque sempre foram motivados por ideologia e pela subversão da democracia na busca pelo impeachment, e não pela luta contra a corrupção. E uma coisa é certa: essa tentativa de blindar a corrupção e dar mais poder aos corruptos sofreu uma derrota apenas temporária. Essa facção — que deve seu poder à negação da democracia, em vez do exercício dela — mostrou não ter vergonha alguma na cara. Convencida de seu próprio direito e capacidade de agir sem maiores consequências, não há dúvida de que tentarão cobrir-se de anistias novamente quando não estiverem sendo observados.

Fonte: The Intercept

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Oito alimentos que não são o que parecem e podem prejudicar a saúde e a dieta

Você sabia que alguns alimentos são modificados pela indústria alimentícia para baratear o seu custo? Porém, muitas vezes o consumidor desconhece quais são essas alterações. Por exemplo: Você sabia que a cereja em caldas pode ser chuchu? E que o delicioso chocolate pode ser outro doce?

Listamos oito alimentos que não são exatamente o que parecem, explicamos se há problemas no consumo da versão "impostora" e, para que você não troque gato por lebre, explicamos como descobrir quais os ingredientes que realmente compõe estas comidas.

Cereja por chuchu
Fique atento quando for consumir cerejas em calda, algumas vezes o alimento pode ser bolinhas de chuchu embebidas em groselha ao invés da fruta. "Isto é feito para baratear os custos, em média a cereja pode custar cerca de R$ 45,00 e o chuchu R$ 2,00 o quilo", conta a nutricionista Rita Novais, especializada em nutrição clínica e Vigilância Sanitária de Alimentos.

A cereja é mais saudável por ser rica em antocianinas, que possuem ação antioxidante, e em fibras, que contribuem para melhorar o trânsito intestinal. "A substituição pelo chuchu não é interessante para a saúde devido à quantidade de açúcar e corantes que leva em sua preparação", explica a nutricionista clínica Keli Coutinho.

Para não se confundir na hora da compra é importante checar a embalagem, pois vender um produto informando que é outra coisa é ilegal e pode dar até um ano de detenção e multa de 3 milhões de reais.

Caso não seja possível ver o rótulo, note o aspecto do alimento. "Observe se a suposta cereja tem caroço, se for do tipo sem caroço, cheque se as bolinhas têm a concavidade em que ficava a semente", orienta Novais.

Além da cereja natural, outros substitutos saudáveis para o alimento são as frutas vermelhas no geral. Isto porque, assim como a cereja, elas contam com propriedades antioxidantes e são ricas em selênio, que faz parte da estrutura de mais de 20 diferentes proteínas que têm como algumas funções proteção contra o estresse oxidativo e regulação de ação de hormônio tireoidianos. Estes alimentos também possuem vitaminas C, que melhora a imunidade e previne doenças cardiovasculares, e E, que tem ação antioxidante e assim combatem os radicais livres.

Pipoca na manteiga por pipoca no óleo de soja
Algumas pipocas, inclusive as oferecidas no cinema, embora tenham cheirinho de manteiga, são feitas com óleo de soja com aromatizante artificial. Porém, a boa notícia é que esta troca é positiva. "A pipoca feita com óleo de soja tem 55 calorias em uma xícara, enquanto a estourada com manteiga conta com 100 calorias na mesma quantidade. O óleo ainda é livre de colesterol e de gorduras trans e possui as gorduras saudáveis, monoinsaturadas e poli-insaturadas, e vitamina E", conta Novais.

Uma opção saudável é preparar a pipoca na panela com apenas um fio de óleo vegetal, preferencialmente de linhaça ou de canola, e pouco sal. "O alimento é rico em fibras e substâncias antioxidantes que podem prevenir até alguns tipos de câncer", conta Coutinho. Evite a pipoca de micro-ondas que é rica em gorduras trans, cujo consumo excessivo aumenta os níveis do colesterol ruim, LDL, e diminui o bom, HDL.

Suco por néctar ou refresco
O suco que você consome pode ser néctar ou refresco. A diferença é que o néctar conta com no mínimo 30% de polpa ou suco de fruta, enquanto o refresco possui entre 0,02% a 30% de polpa ou suco de fruta. Para ser considerado suco, a bebida deve ter ao menos metade da sua composição de frutas.

As versões do suco em pó, que normalmente são os refrescos, ou em caixinha, que costumam ser o néctar, devem ser evitadas. "Geralmente, além de não conter suco de fruta suficiente para ser considerado tal, estas bebidas ainda são ricas em açúcar, corantes, conservantes e em sódio", observa Coutinho. Este último pode causar o aumento da pressão arterial quando consumido em excesso.

Estas bebidas especificam nas embalagens se são néctar, refresco ou suco. A melhor opção para o consumo é o suco natural, pois a utilização integral da fruta proporciona vitaminas, minerais e fibras. "Caso o natural não esteja disponível, opte pela polpa, que nada mais é do que a polpa da fruta embalada e congelada. Os sucos concentrados também podem ser consumidos de vez em quando, existem marcas que possuem quantidades de aditivos bem menores do que outras", diz Novais.

Chocolate por bombom
Para que o alimento seja considerado chocolate ao leite ele precisa ter pelo menos 25% de cacau. "Quando o alimento não atinge esta porcentagem ele é considerado um bombom", explica a nutricionista Antônia Maria de Aquino, gerente de produtos especiais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Portanto, fique atento ao rótulo do produto.

O cacau proporciona uma série de benefícios para a saúde. "Este nutriente protege o coração, reduz os níveis de pressão arterial, previne diabetes, melhora o humor e as defesas do organismo", conta Coutinho. Para conseguir todos esses benefícios é importante ingerir o chocolate amargo com pelo menos 70% de cacau.

Os alimentos com baixas concentrações do cacau não conseguem proporcionar os benefícios mencionados. "Além disso, tratam-se de doces ricos em gorduras e açúcar não oferecendo nenhum ponto positivo para a saúde", nota Novais.

Pão e biscoito integral pelas versões comuns
Ainda não há uma regulamentação sobre a quantidade mínima de farinha integral que precisa ser adicionada em pães e bolachas para que eles sejam considerados integrais. "Assim, o que existe hoje é que os alimentos podem ser denominados integral com uma porcentagem mínima de farinha integral ou fibra de trigo. No momento em que formos rever esta resolução vamos avaliar essa questão e estabelecer uma porcentagem mínima", conta a nutricionista Antônia Maria de Aquino, gerente de produtos especiais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

É importante ressaltar que pães, massas, bolos e bolachas não podem ser elaborados somente com a farinha integral, pois a preparação fica dura. Por isso, misturar as farinhas é o usual, o problema é quando o alimento passa a ser composto com grandes quantidades da versão refinada.

As farinhas integrais contêm nutrientes como a vitamina E e vitaminas do complexo B, que ajudam o nosso corpo na captação de energia nas células, principalmente ao auxiliar no metabolismo do oxigênio e da glicose, as principais fontes de combustível celular. Elas também contam com minerais como o selênio, zinco, nutriente necessário para a ação de várias enzimas, ferro, que atua no transporte de oxigênio no organismo e previne problemas como anemia, dor de cabeça e cansaço, magnésio, que atua no sistema nervoso combatendo o estresse, e fósforo, que age no metabolismo auxiliando na ativação das vitaminas do complexo B.

Por todos esses benefícios, as melhores opções para a saúde são sempre os pães e bolachas elaborados com altas concentrações de farinha integral ao invés da versão comum.

Iogurte grego por iogurte com espessantes
O iogurte grego original passa por diversos processos de filtração que resultam em um produto com maior quantidade de proteína e pouca gordura. No entanto, algumas versões industrializadas podem adicionar espessantes para deixar o alimento mais cremoso. "O problema são as opções que além dos espessantes, tem muito açúcar, creme de leite e leite integral, estes dois últimos tornam o produto rico em gorduras saturadas, que são prejudiciais à saúde", conta a nutricionista clínica Keli Coutinho. Porém, o consumo de alimentos lácteos é importante para a saúde, pois eles são boas fontes de cálcio, nutriente necessário para a manutenção de ossos e dentes. "Sugiro incluir na dieta o iogurte e a coalhada desnatados acrescidos de frutas picadas, granolas ou muesli", diz Coutinho.

Kani kama com siri por kani kama com peixe
Neste caso, trata-se de um fato que boa parte dos consumidores desconhecem. O Kani kama não é feito com a carne do siri. Na realidade, o alimento é elaborado com carne de peixe processada na qual é adicionado um aromatizante e um corante que imitam o sabor e a cor do siri.

Esta preparação pode não ser interessante para a saúde. "O produto contém vários aditivos, entre eles corante cochinilha, açúcar e/ou adoçante, sal, polifosfato de sódio e glutamato monossódico, que segundo a Food and Drug Administration, dos Estados Unidos, quando ingerido em altas doses pode causar problemas como: fraqueza, perda de sensibilidade, formigamento, sonolência, pressão facial ou sensação de sufocamento, dor no peito ou dificuldade respiratória, cefaleia, náusea e palpitação cardíaca", alerta Coutinho.

Portanto, quando estiver em um restaurante japonês invista nos sashimis de peixes como o salmão e o atum, ambos ricos em ômega 3, que contribui para a diminuição dos níveis de colesterol ruim, LDL, previne problemas cardíacos e derrame e melhora o aporte de nutrientes e oxigênio para o cérebro.

Fonte: Minha Vida

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