Conheça o homem contratado para fazer sexo com adolescentes

Em algumas regiões remotas no sul do Malauí, no leste da África, é comum que os pais de meninas paguem por sexo com um homem chamado "hiena" quando chegam à puberdade. A prática não é vista pelos mais velhos como estupro, mas como uma espécie de ritual de "purificação". No entanto, pode ter o efeito contrário: transmitir doenças.

O repórter da BBC Ed Butler conversou com um desses homens. Confira.

ATUALIZAÇÃO: Após a publicação desta reportagem, o presidente do Malauí determinou a prisão do "hiena".

Encontro com Eric Aniva no pátio empoeirado de seu casebre de três quartos no distrito de Nsanje, no sul do Malauí. Cabras e galinhas passeiam pelo chão de terra batida. Vestindo uma camisa verde encardida, ele vem na minha direção mancando – diz ser um problema de nascença – e me cumprimenta com entusiasmo. Parece gostar da ideia de ter virado o centro das atenções.

Aniva é um dos mais conhecidos "hienas" da região. É assim que são chamados homens contratados por famílias em diversas localidades no interior do Malauí para garantir a chamada "purificação" sexual. Se um homem morre, por exemplo, sua mulher deve manter relações sexuais com um "hiena" como Aniva antes de enterrá-lo. Se uma mulher sofre um aborto, a "purificação sexual" também é necessária.

O mais chocante é que aqui em Nsanje, depois de sua primeira menstrução, as meninas são obrigadas a manter relações sexuais durante três dias com Aniva para marcar a passagem da infância à vida adulta.

Caso se oponham, acredita-se que uma doença ou alguma tragédia fatal possa atingir as suas famílias ou até o vilarejo todo.

"Muitas das pessoas com quem me fiz sexo são meninas em idade escolar", revela Aniva à BBC.

"Algumas meninas têm 12 ou 13 anos, mas eu prefiro as mais velhas. Todas essas meninas sentem prazer comigo. Elas ficam orgulhosas e dizem a outras pessoas que sou homem com H, sei como dar prazer a uma mulher".

Apesar disso, muitas meninas com quem conversei no vilarejo demonstram aversão ao ritual.

"Não podia fazer nada. Tive de me submeter para o bem dos meus pais", diz uma das meninas, Maria. "Se me recusasse, a minha família poderia ser vítima de doenças – e até morrer – então fiquei apavorada".

A jovem conta que todas as suas amigas têm de fazer sexo com um 'hiena'.

Aniva aparenta cerca de 40 anos (ele desconversa quando o assunto é a sua idade) e tem atualmente duas mulheres, que sabem qual é a sua profissão. Ele conta ter tido relações sexuais com 104 meninas e mulheres - mas parece ter perdido a conta, já que citou exatamente o mesmo número em uma entrevista para um jornal local há dois anos.

Aniva diz ter cinco filhos legítimos, mas não sabe quantas mulheres ou meninas talvez já tenha engravidado. Ele conta que é um dos dez hienas na comunidade, e que todo vilarejo do distrito de Nsanje tem um. Os homens recebem de US$ 4 a U$ 7 (R$ 17,20 a R$ 23,10) pelo "serviço".

'Hiena' com HIV
A uma hora de carro dali, no fim de uma estrada de terra, sou apresentado a Fagisi, Chrissie e Phelia, mulheres na faixa de seus 50 anos e guardiãs das tradições de iniciação do vilarejo.

São elas que organizam os rituais anualmente e ensinam as meninas sobre as responsabilidades que cabem às esposas, além de como satisfazer um homem sexualmente.

A "purificação sexual" com o hiena é o último estágio desse processo, organizado voluntariamente pelos próprios pais de menina. Segundo Fagisi, Chrissie e Phelia, a iniciação é necessária "para evitar que os pais e o resto da comunidade sejam vítimas de infecções".

Eu digo a elas os rituais é que trazem um risco muito maior de transmissão de doenças.

A tradição diz que não se pode usar proteção durante a relação sexual com um hiena, mas as meninas acreditam que – como o hiena é escolhido por suas boas maneiras – estaria imune ao vírus HIV, que transmite a Aids.

Obviamente, o HIV ameaça essas comunidades. Segundo a ONU, um em cada dez malauianos é infectado pelo vírus. Eric Aniva me surpreende ao admitir que é um deles. Ainda mais surpreendente é que não revela isso aos pais que o contratam para as suas filhas.

À medida que a conversa avança, Aniva percebe a minha reação negativa e muda o discurso. Em vez de se vangloriar, diz que hoje faz menos "purificações".

"Ainda faço alguns rituais aqui e ali", afirma, e acrescenta: "Estou me aposentando".

Todos os envolvidos sabem que os rituais são condenados pela maior parte da comunidade do Malauí - não apenas pela igreja, mas ONGs e até pelo governo, que lançou uma campanha contra as chamadas "práticas culturais nocivas".

"Não vamos condenar essas pessoas", diz May Shaba, médico e secretário permanente do Ministério de Gênero e de Bem-Estar. "Mas vamos tentando informá-los de que precisam mudar esses rituais".

Pessoas com melhor nível de escolaridade pensariam duas vezes antes de contratar um hiena. Já as mulheres mais velhas com quem falei permanecem relutantes à mudança.

"Não há nada de errado com a nossa cultura", diz Chrissie. "Se você olhar a sociedade hoje, percebe que as meninas não são responsáveis, quer dizer, temos de ensinar boas maneiras para elas, para que não saiam do bom caminho, sejam boas esposas para seus maridos e nada aconteça às suas famílias."

Segundo Claude Boucher, padre católico francês que viveu no Malauí por 50 anos e agora é um proeminente antropólogo, os rituais já duram séculos. Segundo Boucher, são consequência de uma crença antiga de que crianças só atingem a maturidade depois de uma relação sexual com alguém mais velho.

No passado, como as meninas não atingiam a puberdade antes de 15 ou 16 anos, a primeira relação sexual costumava ser com o potencial futuro marido. Hoje, o ritual é realizado por um profissional ─ o hiena ─ e, para os adeptos, não há qualquer constrangimento nisso.

Boucher destaca que as tentativas de mudar a sexualização das crianças enfrentam forte resistência no sul do país, apesar de mais de o cristianismo e os seus conceitos de castidade terem chegado no país há mais de um século, além da epidemia de Aids que já dura 30 anos.

Na maioria do país ─ e particularmente nas áreas próximas às cidades de Blantyre e Lilongwe ─ a "purificação sexual" é uma coisa rara.

No distrito central de Dedza, no Malauí, os hienas são usados apenas para fazer a "purificação" de viúvas ou mulheres inférteis.

Mesmo assim, Theresa Kachindamoto ─ uma das poucas líderes mulheres no Malauí ─ transformou a luta contra o ritual em sua principal prioridade.

Ela tenta convencer outras lideranças regionais a reforçar a sua luta. Em alguns distritos, como Mangochi, no leste do país, tenta-se adaptar os costumes de modo a substituir o sexo por uma unção mais benéfica para a menina.

Em Nsanje, entretanto, poucos lutam por mudança. Como o Malauí é um dos países mais pobres do mundo, com índices alarmantes de fome nas zonas rurais, modificar estas tradições antigas está longe das prioridades do governo.

Em um vilarejo remoto, encontrei uma das duas esposas de Aniva, Fanny, junto com sua filha bebê. Fanny era viúva antes de ser "purificada" por Aniva com sexo. Eles se casaram logo depois.

O relacionamento entre os dois, no entanto, parece tenso. Sentada ao lado do "hiena", ela admite timidamente que odeia o trabalho dele, mas admite que a atividade sustenta a família. Pergunto se ela espera que sua filha, de dois anos de idade, passe pela mesma iniciação daqui a 10 anos.

"Não quero que isso aconteça", diz. "Quero que essa tradição acabe. Somos forçadas a ter relações sexuais com 'hienas'. Não se trata de uma escolha voluntária e acho isso muito triste para todas as mulheres."

"Você achou horrível quando passou por isso?", pergunto.

"Odiei na época e odeio até hoje", diz Fanny.

Quando pergunto a Aniva se ele quer que a própria filha atravesse um ritual de purificação sexual, ele me surpreende de novo.

"A minha filha, não. Não posso permitir que isso aconteça. Agora, estou lutando pelo fim dessa prática".

"Você continua trabalhando, mas está lutando contra a tradição?", digo, surpreso.

"Não, como eu disse, estou parando", responde Aniva.

"Sério?", replico.

"Sim, de verdade. Eu parei."

Fonte: BBC Brasil

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MPCE requer o afastamento cautelar do prefeito de Milagres por improbidade administrativa

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da Promotoria de Justiça de Milagres, propôs uma Ação Civil Pública (ACP) contra Hellosman Sampaio de Lacerda, atual prefeito daquela cidade, por ato de improbidade administrativa. O representante do MPCE requereu à Justiça uma medida cautelar de afastamento do gestor municipal a fim de evitar o insistente descumprimento dos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) em despesas com pessoal.

Segundo consta na ACP, as contas da Prefeitura do exercício de 2012 foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), com 12 itens considerados negativos, e pela Câmara de Vereadores de Milagres. O total das despesas com pessoal no primeiro semestre de 2012, em Milagres, foi de cerca de oito milhões de reais e, nos seis meses seguintes passou para mais de 10 milhões, uma evolução de R$ 1.956.856,75 que ultrapassa o limite legal com um gasto indevido de quase dois milhões de reais, aponta o promotor de Justiça Saul Cardoso.

“Chega-se à conclusão de que Hellosman Sampaio descumpriu os ditames da Lei de Responsabilidade Fiscal no sentido de promover o equilíbrio orçamentário, apenas com o objetivo de obter indevida vantagem no pleito eleitoral”, argumenta o titular da Promotoria de Justiça de Milagres. E complementa: “Os recursos públicos, geralmente escassos, deve de ser geridos de forma responsável, planejada e transparente, com observância da estrita adequação às necessidades públicas. A LRF constitui num verdadeiro código de conduta a ser observado pelo administrador na gerência da coisa pública, com o fim de prever instrumentos de planejamento, controle e transparência e possibilitar a utilização racional das receitas em benefício das necessidades coletivas”.

Não obstante o histórico de contas desaprovadas, ainda segundo o promotor, o prefeito anunciou, neste mês de novembro, a contratação de mais funcionários temporários. “Situações como essa retratam a gravidade e a persistência da ilegalidade no trato das finanças públicas, constituindo, por si só, em repugnante imoralidade que indelevelmente acaba por impregnar a continuidade de atuação do agente ímprobo. Diante desse quadro, a permanência do demandado na função de Prefeito Municipal representa, por si próprio, uma afronta à ordem pública”, defende Saul Cardoso.

O promotor de Justiça salienta que, caso a liminar seja concedida, o agente público ficará afastado de suas funções até que se realize o equilíbrio fiscal nos limites traçados pela LRF, como medida de proteção do Estado, da sociedade e dos princípios constitucionais, com destaque para o princípio da moralidade administrativa, mas permanecerá com o cargo e recebendo remuneração até deliberação posterior. Caso condenado, o réu poderá sofrer a perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por cinco anos, pagamento de multa civil e proibição de contratar com o Poder Público.

Assessoria de Comunicação/MPCE

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Amadureceu: ator do meme 'Por que você não amadurece?' virou gente grande

Você já deve ter visto o meme "Por que você não amadurece?" rolando na sua timeline, não é mesmo?

Esse meme explodiu nas redes sociais brasileiras na última segunda-feira (7) e foi feita com uma cena do personagem Aaron Bailey na série "Full House", que no Brasil ficou conhecida como "Três é Demais", exibida entre 1987 e 1995.

Você talvez se lembre dele de filmes como "Cemitério Maldito". Ele também fez "Um Tira no Jardim de Infância" ao lado de Arnold Schwarzenegger. E esteve com Bruce Willis em "Código Para o Inferno".

O ator hoje está com 30 anos e, contrariando o meme, amadureceu! Miko Hughes continua atuando, mas agora em papéis de menor destaque. 

Ele já está sabendo do sucesso que está fazendo aqui no Brasil. Em sua última postagem no Instagram, Hughes agradeceu por ter virado meme por aqui e compartilhou uma imagem da página que reúne as melhores montagens.

Fonte: Mega Curioso

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Bolsonaro diz no Conselho de Ética que coronel Ustra é 'herói brasileiro'

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) afirmou nesta terça-feira (8) em sessão do Conselho de Ética da Câmara que o coronel reformado Carlos Brilhante Ustra é um "herói brasileiro". Ustra, que morreu aos 83 anos em 2015, reconhecido na primeira instância da Justiça como torturador no período da ditadura militar (1964-1985).

O Conselho de Ética analisa processo disciplinar que apura se o deputado do PSC quebrou o decoro parlamentar ao homenagear Ustra em pronunciamento durante a primeira fase de votação do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

"Pela família e inocência das crianças que o PT nunca respeitou, contra o comunismo, o Foro de São Paulo e em memória do coronel Brilhante Ustra, o meu voto é sim", proclamou Bolsonaro na ocasião.

O PV, autor da representação contra Bolsonaro argumenta que a fala do parlamentar configura uma "verdadeira apologia ao crime de tortura".

"Conheci e fui amigo do Ustra. Sou amigo da esposa dele, sou uma testemunha viva de toda essa história do que queriam fazer com nosso país, o que o PT fez com as doutrinações nas escolas. Sou exemplo vivo da história brasileira. O coronel recebeu a mais alta comenda do Exército, é um herói brasileiro. Se não concordam, paciência", disse Bolsonaro em discurso na sessão do conselho.

Parecer do relator e votação
A votação do parecer do relator não foi concluída e deverá ser realizada nesta quarta-feira (9). Odorico Monteiro (PROS-CE), relator da representação, pediu a continuidade do processo de Bolsonaro.

Para Monteiro, é necessário aprimorar a reflexão sobre os limites do artigo da Constituição que assegura a deputados e senadores o direito de expressar qualquer tipo de opinião ou fala.

"Estamos discutindo a questão da dignidade humana, da tortura. A admissibilidade é para que a gente possa no debate do mérito aprimorar o uso do artigo 53", concluiu o parlamentar cearense.

Caso os membros do conselho votem a favor do relatório de Monteiro, o processo disciplinar segue tramitando. Contudo, se os deputados optarem pela rejeição da peça, um novo relator será designado pelo presidente do colegiado.

O deputado Marcos Rogério (DEM-GO) se adiantou e apresentou voto em separado pelo arquivamento da representação.

Rogério argumentou que protegeu o exercício "pleno" da função parlamentar e seguiu a prerrogativa da Constituição em que os deputados são invioláveis civil e penalmente quanto suas opiniões.

"O deputado não pode ser responsabilizado por suas palavras e votos no livre exercício da prática política. As declarações têm ligação com o exercício do mandato", disse o deputado do DEM.

Os colegas de partido Laerte Bessa (PR-DF) e Capitão Augusto (PR-SP) concordaram com Rogério e declararam que acompanharão o voto do parlamentar.

Capitão Augusto afirmou ainda que Ustra foi condenado somente em primeira instância, e que, portanto, o princípio da presunção de inocência deveria ser aplicado no caso do coronel. 

"Tivemos o parecer brilhante de Marcos Rogério. Ustra foi julgado em primeira instância, não houve trânsito em julgado, permanece para ele a presunção de inocência. Antecipo o voto em separado, concordando com Marcos Rogério", reiterou.

Jean Wyllys
O Conselho de Ética ouviu testemunhas sobre a representação contra o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) por ele ter cuspido em Bolsonaro também no dia da votação da admissibilidade do processo de impeachment de Dilma, em 17 de abril deste ano.

Bolsonaro disse que há gravações que comprovam que o ato de Wyllys foi "premeditado". O parlamentar argumentou que o deputado do PSOL afirmou que cuspiria nele "quantas vezes fosse preciso".

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) saiu em defesa de Wyllys alegando que a ação não foi premeditada e que considera uma "perda de tempo" para o Conselho de Ética investigar esta ação. O processo de Wyllys segue na fase de depoimento das testemunhas.

Fonte: G1

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MPCE requer suspensão de pagamento de honorários que descontarão mais de R$ 27 milhões do FUNDEF de três municípios do Cariri

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), através das Promotorias de Justiça de Barbalha, Brejo Santo e Juazeiro do Norte, ajuizou Ações Civis Públicas com pedidos de tutela de urgência requerendo a suspensão dos pagamentos de honorários contratuais em favor dos escritórios Ferraz & Oliveira Advogados Associados, Queiroz Cavalcanti Advocacia, Henrique Carvalho Advogados e Lima, Marinho, Pontes e Vasconcellos Advogados, contratados para atuar em ações referentes à complementação do então Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF). Juntos, os valores chegam a R$ 27.753.181,29, a serem retirados da verba que iria para a educação.

De acordo com os Promotores de Justiça Klecyus Weyne de Oliveira Costa e Francisco das Chagas da Silva, titulares da 1ª e da 3ª Promotorias de Justiça da Comarca de Barbalha, Muriel Vasconcelos Damasceno, titular da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Brejo Santo, e José Silderlandio do Nascimento, respondendo pela 2ª Promotoria de Justiça Auxiliar de Juazeiro do Norte, os três Municípios contrataram, entre os anos de 2006 e 2007, sem licitação e sem procedimento prévio de inexigibilidade, o escritório Ferraz & Oliveira Advogados Associados, com sede em Recife (PE). O escritório citado contratou os três outros: Queiroz Cavalcanti Advocacia, também de Recife, Henrique Carvalho Advogados e Lima, Marinho, Pontes e Vasconcellos Advogados, estes últimos com sede em Maceió (AL).


A ação ajuizada pelos escritórios foi julgada procedente e a União condenada a pagar aos três municípios a diferença do FUNDEF: R$ 30.690.144,26 para Barbalha; R$ 17.349.864,33 para Brejo Santo; e R$ 121.377.065,64 a Juazeiro do Norte. Desse valor total, R$ 27.753.181,29 foram reservados aos advogados, através de precatórios, para pagamento de honorários contratuais. Além desse valor destacado, os escritórios vão receber ainda R$ 1.694.170,74 referentes aos honorários sucumbenciais custeados pela União.

Nas Ações Civis Públicas, o MPCE aponta uma série de irregularidades. Apesar dos contratos mencionarem que as contratações decorriam de procedimento licitatório na forma de inexigibilidade, foi constatado que, na verdade, tratou-se de contratação direta, configurando verdadeira contratação particular, já que ocorreu sem licitação, bem como sem previsão das cláusulas obrigatórias típicas de contratos públicos. A celebração dos contratos ocorreu, assim, ilegal e clandestinamente e dessa forma, os órgãos de fiscalização não tiveram conhecimento da existência dos contratos.

Para os representantes do MPCE, diante das irregularidades apontadas, o pagamento dos honorários contratuais causaria considerável perda nos investimentos em educação do município, razão pela qual requereram, em sede de liminar, a suspensão do pagamento destinado aos advogados e, no mérito, como pedido principal, a declaração da nulidade do contrato celebrado.

Assessoria de Comunicação/MPCE

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James Morrison - Broken Strings ft. Nelly Furtado



Recursos do Cinturão das Águas são ampliados em 163%

Os recursos para as obras do Cinturão das Águas do Ceará (CAC) que vai distribuir a Transposição do Rio São Francisco em várias regiões do Ceará foram ampliados em 163%, nos últimos cinco meses. Entre junho e outubro, o Ministério da Integração Nacional (MI) transferiu R$ 115,7 mi para o governo do Estado, assegurando a continuidade da obra, atrasada em seus cinco lotes.

Reunião
Ontem à noite, o governador Camilo Santana esteve reunido com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, para solicitar liberação de verba das obras de infraestrutura e cobrar ações da União para retomada das obras de Transposição das Águas do Rio São Francisco, cujo Eixo Norte que vai transferir recurso hídrico para o Ceará está paralisado desde junho.

O MI informou que o maior volume de desembolso para o CAC ocorreu entre setembro e outubro deste ano, com recursos de R$ 85,7 mi. O empreendimento vai permitir que a água do Projeto de Integração do Rio São Francisco chegue a várias regiões do Estado, inicialmente, ao Açude Castanhão, por meio do Rio Salgado que desemboca no Rio Jaguaribe, no município de Icó, assegurando, dessa forma, o abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza.

Entre janeiro e maio, deste ano, foram liberados R$ 44 milhões, segundo o MI. Os recursos fazem parte do conjunto de medidas para atenuar os efeitos da seca e estiagem em Estados do Nordeste que sofrem com a irregularidade das chuvas há cinco anos. O Trecho 1 do CAC será interligado ao projeto por meio das barragens Jati e Porcos, localizadas entre Brejo Santo e Jati (CE). Quando concluída a etapa mais de um milhão de pessoas serão beneficiadas.

Em outubro foram pagos R$ 103,7 mi, sendo R$ 43,2 mi para o CAC; R$ 28 mi para o Canal do Sertão Alagoano; R$ 25 mi para a Adutora do Agreste; e R$ 7,4 mi para a Vertente Litorânea.

Recentemente, o governador do Ceará, Camilo Santana, afirmou que, se ocorrer um colapso hídrico na RMF, a partir de fevereiro de 2017 e em outras regiões do Estado, a culpa será do governo federal por causa do atraso nas obras de Transposição das Águas do São Francisco.

Andamento
No último sábado (5), o Diário do Nordeste mostrou a situação das obras que objetivam salvar o Estado de um colapso hídrico, com o título 'Obras de transposição soam como promessas distantes'. O trecho principal e mais adiantado do CAC, no momento, é o lote I, com 49% já executados. Ele se concentra na área que receberá as águas da transposição, a partir do município de Jati, no Riacho dos Porcos. O lote II, na zona rural de Missão Velha, tem 23% dos serviços concluídos, porém há mais de um ano está parado. O lote III está com 19%, o lote IV, com apenas 4,26% e o quinto lote (que corresponde aos túneis), com 51% dos serviços executados.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Camilo Santana se reúne com Temer para discutir retomada das obras da transposição

O governador Camilo Santana se reuniu na noite desta terça-feira (08), no Palácio do Planalto, em Brasília, com o presidente Michel Temer. Na pauta, a retomada das obras da Transposição do São Francisco e outras ações em infraestrutura hídrica.

"Conversamos sobre a necessidade de buscarmos alternativas mais rápidas para o retorno das obras da Transposição, que nos dará segurança e garantia de que, caso não chova no Ceará, o estado não entre em colapso", citou o governador Camilo Santana, que estava acompanhado dos ministros Hélder Barbalho (Integração Nacional) e Henrique Meirelles (Fazenda), do deputado federal Danilo Forte e dos senadores Tasso Jereissati e Eunício Oliveira.

Durante o encontro, ficou definido que uma nova reunião será realizada nesta quarta-feira (09) à noite, em Brasília, entre o governador Camilo Santana, o Ministério da Integração Nacional e o Tribunal de Contas da União (TCU) para que seja construída uma alternativa para a retomada das obras, que estão paralisadas no trecho entre Pernambuco e Jati, no Cariri cearense.

"Estamos no quinto ano consecutivo de seca e já investimos, apenas em Fortaleza e Região Metropolitana, mais de R$ 70 milhões em ações de infraestrutura hídrica para evitar o desabastecimento. Temos feito um esforço muito grande com recursos do estado. Mas precisamos que essa obra da transposição seja retomada imediatamente", disse o governador Camilo Santana.

Fonte: Diário do Nordeste (Com informações da Casa Civil)

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Donald Trump é eleito o 45º presidente dos EUA

Bilionário, famoso e polêmico ainda eram adjetivos insuficientes para o empresário Donald Trump, 70, que agora também tem no currículo o título de presidente dos Estados Unidos. Dono de um império imobiliário, cassinos e campos de golfe, o magnata vai se apoderar, em 20 de janeiro de 2017, da cadeira mais importante de seu país.

Embora as pesquisas de intenção de voto indicassem o contrário, Trump venceu a candidata democrata, a ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama Hillary Clinton, conquistando ao menos 276 dos 538 votos do Colégio Eleitoral em contagem parcial dos votos pela Associated Press às 5h35 (horário de Brasília) desta quarta-feira (9).

Hillary obteve 218 votos nessa contagem e, apesar de aparecer com pequena vantagem nas pesquisas de intenção de voto, perdeu Estados importantes, como a Flórida, Ohio e a Carolina do Norte.

Trump assumirá o cargo hoje ocupado por Barack Obama ao lado de seu vice, o governador do Estado de Indiana, Mike Pence. Em seu discurso de vitória, Trump se comprometeu a "renovar o sonho americano" e fez um apelo para a união do país. "Serei o presidente de todos os americanos e isso é muito importante para mim".

"Para aqueles que optaram por não me apoiar, estou estendendo a mão para a sua orientação e ajuda para que possamos trabalhar juntos para unificar nosso grande país", disse Trump, em um apelo também pela união de seus críticos, principalmente dentro do Partido Republicano.

O mercado financeiro reagiu negativamente ainda durante a apuração. Na Ásia, as bolsas registraram forte queda. O peso mexicano alcançou o nível mais baixo dos últimos 20 anos.

Fonte: UOL

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Conheça o Mayaro, vírus transmitido pelo Aedes aegypti que pode se espalhar

Os microrganismos também lutam pela sobrevivência de suas respectivas espécies. Procuram se adaptar das maneiras mais incríveis possíveis para não desaparecer. É o que está acontecendo atualmente com um vírus chamado Mayaro. Não é um vírus novo. Foi identificado pela primeira vez em 1954 e existe em regiões silvestres aos redores da região Amazônica.

Nas últimas semanas, pesquisadores da Flórida o identificaram no Haiti, em um menino de 8 anos, com febre e dores abdominais. Concluiu-se, portanto, que este vírus pode estar se espalhando pelo continente.

O grande problema é que este vírus possivelmente tenha se adaptado. Antes era transmitido apenas por mosquitos vetores silvestres e agora aparentemente pode ser transmitido por mosquitos vetores urbanos que já estão espalhados pelo mundo: Aedes aegypti principalmente, e o Aedes albopictus. Se isso se confirmar, há muitas razões para nos preocuparmos, uma vez que o Aedes está fortemente presente em todo o território nacional. Este vírus provoca  uma doença semelhante à chikungunya. Chama-se Febre do Mayaro.

Quais os sintomas da Febre do Mayaro?
Os sintomas são muito parecidos com os da dengue e/ou chikungunya. Começa com uma febre inespecífica e cansaço, sem outros sinais aparentes. Logo após podem surgir manchas vermelhas pelo corpo, acompanhadas de dor de cabeça e dores  nas articulações. Os olhos podem também ficar doendo e em alguns casos reporta-se intolerância à luz. São sintomas muito parecidos e por isso a febre do Mayaro pode ser facilmente confundida com dengue ou com chikungunya. No entanto, no Mayaro as dores e o inchaço das articulações podem ser mais limitantes e durar meses para passar.

Como saber se é dengue, zika, Mayaro ou chikungunya?
Pelo quadro clínico pode ser difícil diferenciar. Só os exames laboratoriais específicos é que podem apontar o diagnóstico correto. No menino de 8 anos do Haiti suspeitou-se inicialmente de dengue ou chikungunya. Mas os testes vieram negativos e o de Mayaro confirmou ser positivo.

Há vacina ou tratamento específico para a febre do Mayaro?
Não. Até o momento não há nem vacina nem tratamento específico. O tratamento é dirigido ao alívio dos sintomas. A evolução em geral é bastante favorável.

Já foram confirmados casos de febre do Mayaro no Brasil?
Sim. Entre dezembro de 2014 e junho de 2015 foram confirmados 197 casos  de febre do Mayaro nas regiões Norte e Centro-Oeste, com destaque para os estados de Goiás, Pará e Tocantins. Todas estas pessoas moravam ou estiveram em área rural, silvestre ou de mata por atividades de trabalho ou lazer. O Estado de Goiás registrou 66 casos até fevereiro de 2016 e o Datasus não possui mais dados atualizados deste ano. Importante salientar que no Brasil a transmissão desta doença limitou-se a regiões de mata. Não há relatos, até o momento, de transmissão urbana.

Qual é a melhor forma de se proteger da febre do Mayaro?
Claro que as medidas que todos conhecemos para evitar a proliferação dos mosquitos são fundamentais e importantíssimas. Mas em um país continental e tropical, com chuvas e calor, essa tarefa é praticamente impossível. Por isso evitar as picadas são uma forma eficiente para garantir proteção. Isso pode ser feito com telas nas janelas, mosquiteiros nas camas,  principalmente nos berços do bebês pequenos e repelentes de mosquitos transmissores. Vale reforçar  que os repelentes indicados pela Organização Mundial de Saúde são a Icaridina, o DEET e o IR 3535.

Para lembrar: o Aedes vive só 45 dias, voa no máximo em um raio de 300 metros de onde nasceu e, para transmitir uma doença, tem que picar primeiro uma pessoa contaminada para depois picar uma susceptível. Parece impossível “pegar” uma destas doenças, em se tratando de um mosquito de 0,5cm de comprimento e aparentemente “frágil”. Mas a realidade está aí para provar o contrário. Podemos mata-lo com a palma de nossas mãos. Mas ele certamente também nos pode matar com uma picada imperceptível. Por isso, protejam-se!

Fonte: G1

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Temer critica ocupações e sugere que alunos nem sabem o que é uma PEC

O presidente Michel Temer criticou nesta terça-feira (8) o movimento de ocupações de escolas públicas contra a reforma do ensino médio, que prevê a flexibilização dessa etapa.

Em discurso a uma plateia de empresários e executivos, o peemedebista afirmou que as pessoas precisam aprender a respeitar as instituições e que, ao ocupar prédios públicos, utilizam o argumento físico em vez do intelectual ou verbal. Com a ocupação em escolas e universidades, o Inep adiou o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 271 mil candidatos para os dias 3 e 4 de dezembro.

"Nós precisamos aprender no país a respeitar as instituições, e o que menos se faz hoje é respeitar as instituições. Isso cria problemas e o direito existe exatamente para regular as relações sociais. Hoje, ao invés do argumento intelectual e verbal, usa-se o argumento físico. Vai e ocupa não sei o quê e bota pneu velho em estrada para impedir trânsito", disse.

O peemedebista ainda ironizou o desconhecimento sobre a proposta que estabelece o congelamento de despesas do governo por 20 anos. "[Pergunto] você sabe o que é uma PEC [Proposta de Emenda Constitucional]? É uma Proposta de Ensino Comercial. As pessoas não leem o texto. Não estou dizendo os que ocupam ou não ocupam, estou dizendo em geral. As pessoas debatem sem discutir ou ler o texto", disse.

Segundo o peemedebista, a reformulação no ensino médio é discutida há bastante tempo e não tem como objetivo prejudicar os alunos de ensino público. Para ele, não é possível que um estudante, por exemplo, não saiba falar corretamente o português ou regras básicas da matemática. "O que a medida provisória do governo federal faz é agilizar o debate relativo ao ensino médio no país", disse.

O presidente participou nesta terça-feira (8) do seminário Infraestrutura e Desenvolvimento do Brasil, promovido pelo jornal "Valor Econômico" e pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Em conversas reservadas, o presidente tem demonstrado preocupação com o clima de animosidade no país, sobretudo contra o governo federal. Nas palavras de um assessor presidencial, os protestos vinham perdendo força desde o desfecho do processo de impeachment, mas voltaram a ganhar fôlego com o movimento de ocupação de escolas e universidades.

No mês passado, o presidente ironizou também uma manifestação realizada em frente ao Palácio do Planalto contra a flexibilização de direitos trabalhistas. Em discurso a uma plateia de empresários e comerciantes, o peemedebista afirmou que aqueles que protestavam com vuvuzelas "aplaudem este grande momento do governo federal" e sugeriu que fossem oferecidos empregos aos manifestantes que estivessem desempregados.

Fonte: Folha.com

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Camilo culpa governo Temer por possível colapso hídrico

O governador Camilo Santana (PT) responsabilizou o governo federal pela demora das obras de transposição do Rio São Francisco, uma das principais esperanças do Ceará para o combate do colapso hídrico. As declarações foram dadas durante entrevista coletiva no Palácio da Abolição, na tarde de ontem.

“A obra que vai nos dar segurança e garantir (o abastecimento) caso não chova aqui no Ceará. De onde é que a gente vai trazer água?”, questionou. O chefe do executivo estadual teme colapso hídrico que afetaria 4 milhões de pessoas na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

“O responsável será o Governo Federal que não está escutando o governador e seus representantes, não está escutando a urgência dessa obra ser concluída”, disse Camilo.

Segundo ele, o governo do Estado já gastou R$ 70 milhões em ações para evitar desabastecimento na RMF. “O esforço que o Ceará tem feito sem receber um centavo do governo federal (...). Só adutora para usar água do Maranguapinho foram quase R$ 2 milhões. Estou fazendo 42 poços para evitar que a gente use a água do Castanhão”, citou. ‘’Já pedi audiência com o presidente Michel Temer novamente, já oficializei esse momento crítico do Ceará”, frisa.

A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) informou que, de 2012 para cá, a estiagem deste ano é a segunda pior. Em algumas regiões não choveu nem metade do esperado. O cenário faz de 2016 um dos dez anos mais secos da história.

Críticas a Eunício
Mais cedo, em entrevista à rádio O POVO/CBN, o governador foi questionado sobre ações do senador Eunício Oliveira (PMDB), que concorreu ao Governo com ele em 2014, de combate a seca, e ironizou: “É importante a iniciativa dele, mas ele devia estar preocupado com a seca desde o início, e não fazer isso como algo dentro da política”.

Eunício rebateu: “A seca está castigando nosso Estado, metade dos açudes está no volume morto, mas o atual governador parece não enxergar isso e prefere terceirizar responsabilidades ao invés de buscar soluções. Não vou fazer debate político com o sofrimento das pessoas. O trabalho insistente de apoio e combate aos efeitos da seca sempre foi pauta prioritária durante todo o nosso mandato”.

Ele acrescenta que somente neste segundo semestre, teriam sido triplicados os repasses mensais federais para obras feitas em convênio e realizadas pelos Estados da região Nordeste. Os valores passaram, segundo o senador, de R$ 6 milhões para R$ 10 milhões por mês por Estado.

O POVO procurou o Ministro da Integração Nacional, na noite desta segunda, mas as ligações não foram atendidas.

Fonte: O Povo

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Gastos com cartão corporativo em quatro meses superam o 1º semestre

Os gastos do governo federal com cartão corporativo aumentaram nos últimos quatro meses. Desde que Michel Temer assumiu a Presidência, o poder Executivo gastou mais de R$ 29 milhões com os cartões.

Os valores gastos entre julho e 4 de novembro ultrapassam o total gasto em todo o primeiro semestre de 2016. As despesas nos últimos quatros meses somam mais de R$ 24 milhões, contra R$ 22 milhões nos seis primeiros meses do ano. O Ministério da Transparência só divulgou agora os dados de julho até os primeiros quatro dias de novembro.

A publicação no Portal da Transparência vem uma semana depois de a CBN revelar que as despesas com o cartão corporativo no governo Temer estavam sem atualização desde julho. Os dados já levam em conta os gastos de novembro porque algumas despesas são feitas no mês anterior, mas cobradas no mês seguinte.

Nos primeiros quatro dias de novembro, já foram gastos mais de R$ 3,7 milhões. E mesmo com o discurso de contenção de gastos, o governo continua gerando despesas com o cartão. Em média, são gastos entre R$ 4 mi e R$ 5 mi por mês - o mesmo que foi gasto mensalmente no ano passado.

Para o economista Paulo Brasil, se o governo propõe uma PEC que limita os gastos públicos, também precisa cortar na própria carne. Para mostrar ao país que está preocupado com as contas públicas, ele sugere que o governo zere as despesas com cartão corporativo.

'Quando se faz propostas como essas, de contenção de gastos, é importante que quem propõe faça o dever de casa. Na minha opinião, o ideal é que esse custo seja zerado. Isso mostraria a importância e a seriedade com que o governo está tratando o assunto.'

O órgão do governo federal que mais gastou com os cartões corporativos é a Presidência da República - com R$ 12 milhões, cerca de 40% do total gasto. Em seguida, aparece o Ministério da Justiça - onde as despesas somaram R$ 11 milhões.

A discriminação do que foi adquirido com os valores estão sob sigilo. Desde o início do governo Temer, 48% de todas as despesas com o cartão corporativo não podem ser acessadas porque estão classificadas como sigilosas. Isso sem contar os saques que são feitos sem a publicidade das compras.

Fonte: CBN

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Mostra Sesc Cariri 2016 terá abertura com show de Martinho da Vila e encerramento com Alceu Valença

Um dos principais eventos de cultura do país chega, este ano, a sua 18ª edição. A Mostra Sesc Cariri de Culturas será realizada interruptamente entre os dias 18 a 22 de novembro, em 28 cidades da região. O show de abertura será com cantor carioca Martinho da Vila e terá, no dia do encerramento, o músico Alceu Valença.

De acordo com o Sesc, a Mostra “visa contribuir para a construção e difusão da identidade regional, brasileira e universal, revelando, divulgando e apoiando artistas, formando plateias, articulando saberes, proporcionando diversão e reflexão intercaladamente, consolidando a interação e o compartilhamento de conhecimentos que perdurem, influenciem e transformem o conceito das comunidades, das cidades, do Estado do Ceará e da sociedade brasileira como um todo”.

“A 18ª Mostra Sesc Cariri de Culturas busca a valorização das relações humanas e a preservação da memória e vitalidade das nossas manifestações artísticas e culturais. O povo caririense é convidado a ocupar a rua e vivenciar essa troca de saberes com outras culturas das mais diversas regiões do Brasil”, enfatiza a diretora regional do Sesc Ceará, Regina Pinho.

Pluralidade
Ao longo do evento, 71 grupos realizam apresentações de literatura, música e tradição, além de artes visuais, audiovisual e artes cênicas. Destes, 29 são do Ceará, o que reforça a valorização dos talentos locais e a promoção do intercâmbio cultural.

A intenção é articular, mais uma vez, dezenas de grupos de todo o país, imprimindo a pluralidade de formatos e estéticas que já lhe são peculiares, e propondo um olhar misto entre a tradição e as modernidades, possibilitando assim a multiplicidade de fazeres nas áreas de audiovisual, artes visuais, literatura, artes cênicas, música, culturas populares, sempre primando também pelas dimensões educativas das artes, suas especificidades e contextos.

Confira a programação completa clicando aqui.



Oliver Stone no Brasil: "O que fizeram com Dilma é a definição de um golpe"

Em visita a São Paulo, para promover o lançamento de "Snowden - Herói ou Traidor", o cineasta Oliver Stone comentou o processo de impeachment que levou ao afastamento da presidente Dilma Rousseff. "É, verdadeiramente, a definição de um golpe de Estado. E os Estados Unidos apoiaram. Eles reconheceram o novo governo imediatamente", disse ele, em entrevista exclusiva ao UOL.

O filme, que estreia nesta quinta-feira (10) nos cinemas brasileiros, conta a história de Edward Snowden (Joseph Gordon-Levitt), o servidor da NSA (Agência de Segurança Nacional) dos EUA que decidiu, em 2013, deixar o serviço e revelar a extensão do programa de vigilância do governo aos jornalistas Glenn Greenwald (Zachary Quinto) e Ewen MacAskill (Tom Wilkinson), além da cineasta Laura Poitras (Melissa Leo).

Os vazamentos mostraram que a NSA não estava apenas rastreando terroristas, mas vigiando líderes mundiais, como a então presidente Dilma, e grandes corporações, como a Petrobras.

Na entrevista ao UOL, concedida em um hotel em São Paulo na última segunda-feira (7), Stone fala sobre as dificuldades para realizar o filme, sem apoio de nenhuma grande empresa norte-americana, bem como sobre a importância do trabalho de Snowden.

O diretor de filmes como "Wall Street" (1987), "JFK - A Pergunta que Não Quer Calar" (1991) e "Platoon" (1986) é conhecido pelo seu engajamento político. Admirador de líderes políticos de esquerda na América Latina, como Fidel Castro, Chávez e Lula, Stone retratou as mudanças ocorridas nestes países nos filmes "South of the Border" (2009) e "Mi Amigo Hugo" (2014).

Fonte: UOL

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8 truques usados para fazer o consumidor gastar mais sem perceber

Artimanha é o que não falta para aumentar a lucratividade de produtos vendidos em feiras, farmácias, açougues e supermercados. Para descobrir os truques mais engenhosos do mercado, a ME consultou órgãos de regulamentação e fiscalização de produtos e designers de embalagens, que contaram como fabricantes e comerciantes criam armadilhas sutis para faturar mais dinheiro – seja vendendo menos pelo mesmo preço, seja embutindo ingredientes que turbinam o preço dos produtos sem oferecer vantagens ao consumidor final. Veja abaixo os casos mais comuns de esquemas para enrolar o consumidor.

1) EMBALAGEM-SURPRESA

Prejuízo – R$ 1,40 em uma lata de leite em pó

No caso de vasilhames rígidos e opacos que embalam produtos em pó, não dá para apalpar e sentir a quantidade de produto envasado. Por isso, a regulamentação indica que embalagens desse tipo podem ter no máximo 10% de espaço vazio – 25% no caso de achocolatados. Já houve casos de embalagens com 30% de vento

2) RECHEIO DE VENTO

Prejuízo – Engana os olhos, mas não dói no bolso

Embalagens de salgadinhos e batatas chips – do tipo flow pack – enchem os olhos porque são cheias de vento. Como a obrigação do fabricante é entregar o produto com o peso indicado, sem restrições em relação ao tamanho da embalagem, alguns pacotes carregam até 40% do volume inflado

3) PICANHA PIRATA

Prejuízo – R$ 8 numa peça de 2 kg

Se alguém lhe oferecer uma peça de picanha muito grande para o churrasco, pode desconfiar. É quase impossível que esse corte tão apreciado pela maciez pese mais de 1,1 kg. Quando isso acontece, tem coxão duro na jogada – a diferença de preço entre os cortes é de cerca de 5 reais por quilo

4) ÁGUA POR QUILO

Prejuízo – R$ 1 numa peça de 1 kg de frango

Mergulhar os frangos na água antes de congelá-los deixa o produto mais pesado na balança e no bolso do consumidor. Peixes e camarões também podem vir com mais gelo do que devem. A lei permite que até 6% do peso das peças seja de água, mas fiscais já encontraram mercadorias com quase o dobro disso

5) OLHO NO ROLO

Prejuízo – R$ 3,20 levando 60% do comprimento indicado na embalagem de oito unidades

O Inmetro – órgão do governo que regulamenta e padroniza o tamanho de vários produtos – definiu que os rolos de papel higiênico devem medir, pelo menos, 20 m de comprimento e 10 cm de largura. Como fiscalizar isso em casa é muito chato, os fabricantes deitam e rolam. O Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) já deu falta de 12 m em rolos de 30 m

6) LEVE MENOS, PAGUE MAIS

Prejuízo – R$ 1,30 e sete bombons a menos

Produtos oferecidos em menor quantidade sem mudar a embalagem são armadilhas comuns. Nesses casos, é obrigatório anunciar a mudança no pacote durante três meses. Houve casos em que fabricantes de bombons passaram a vender 400 g na mesma embalagem que continha 500 g – uma diferença aproximada de sete bombons

7) LUCRO LÍQUIDO

Prejuízo – R$ 1,70 por 300 g de azeitona com salmoura

Salmoura e caldas não podem ser pesadas junto com os produtos que conservam. Por isso, ao comprar azeitonas ou cerejas a granel, exija que o produto seja pesado na sua frente – retirado com uma concha furada. A diferença entre 300 g de azeitona drenada e o mesmo peso do produto com salmoura é de 45 unidades – 85 contra 40

8) BELEZA RARA

Prejuízo – R$ 110 por um creme que não funciona

Produtos de beleza enganam ao conter ingredientes em quantidades muito baixas para fazer efeito. A vitamina C, por exemplo, precisa aparecer em concentração de 5 a 10% para combater o envelhecimento – já houve casos de produtos com concentração 2 500 vezes menor do que o mínimo aceitável

Consultoria: Procon, Inmetro e Instituto de Pesos e Medidas (IPEM)

Fonte: Mundo Estranho

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Passagens de ônibus intermunicipais aumentam 13,62% na RMC

Desde a última semana, quem utiliza o transporte público intermunicipal na Região Metropolitana do Cariri (RMC) está tendo que desembolsar quase 14% a mais em relação ao preço das passagens praticados anteriormente. O aumento tarifário foi aprovado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará (Arce) e o Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE).

O preço das passagens entre os municípios de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha passou de R$ 1,90 para R$ 2,20, representando 13,62% de aumento. Já de Juazeiro do Norte à Missão Velha, o valor salta para R$ 4,20. A elevação dos preços, no entanto, não pegou ninguém de surpresa. Tão logo a empresa Auto Viação Metropolitana , a ViaMetro, ganhou a licitação para operar na região, ela anunciou que reajustaria as passagens nos próximos meses.

Os reajustes tarifários dos transportes coletivos acontecem anualmente. No Cariri, o último aumento foi em 3 de agosto do ano passado. À época, o preço da passagem foi reajustado em 8,24%. Segundo os órgãos reguladores, o reajuste é proporcional ao processo inflacionário.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Herança maldita: Zé Leite deixará rombo milionário na Prefeitura de Barbalha, segundo Argemiro Sampaio

Empréstimos deixados para a próxima gestão e uma obra desnecessária podem comprometer a administração do prefeito eleito de Barbalha, Argemiro Sampaio Neto (PSDB). A denúncia é do próprio Argemiro, que acusa o atual prefeito Zé Leite (PT) de deixar débitos relacionados a asfaltamentos e calçamentos para serem quitados na gestão que começa em 1º de janeiro de 2017.

São mais de R$ 4 milhões empregados nas obras, com cronograma de pagamentos dentro da nova gestão. Argemiro reclama, ainda, da construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), finalizada desde 2015, mas que não foi aberta por falta de recursos para o custeio.

Neste caso, se o TCU solicitar a abertura da Unidade, o Município pode desembolsar cerca de R$ 1 milhão por mês. O prefeito eleito assegura que vai fazer o possível para equacionar os problemas, mas vai deixar os órgãos de fiscalização cientes da situação.

Fonte: Ceará News 7

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Dilma publica nota e diz que Brasil "vive estado de exceção"

A ex-presidente Dilma Rousseff denunciou através de uma nota publicada em seu site e nas redes sociais que o país vive um "estado de exceção" e condenou uma ação policial realizada ontem em uma escola do Movimento Sem Terra (MST).

No texto, Dilma disse que é "assustador que o retrocesso que vem ocorrendo no Brasil, iniciado com o golpe", como classifica o julgamento político que causou sua cassação por supostas irregularidades.

Ela se referia a uma operação que a Polícia Civil realizou nesta sexta-feira na Escola Nacional Florestan Fernandes, no município de Guararema, em São Paulo, onde policiais foram para cumprir mandado de prisão por crimes como furto e dano qualificado, roubo, invasão de propriedade e incêndio criminoso.

"A invasão da Escola Nacional Florestan Fernandes, ligada ao MST, é um precedente grave. Não há porque admitir ações policiais repressivas que resultem em tiros e ameaças letais, ainda mais em uma escola", escreveu.

Para a ex-presidente, é inaceitável criminalizar o MST e não se pode "conviver com cenas em que policiais submetem estudantes a algemas e ao cárcere. Isso é inadmissível em uma democracia".

No comunicado, Dilma pediu que os brasileiros combatessem a "adoção de claras medidas de exceção".

"É uma ameaça à democracia que envergonha o país aos olhos do mundo", finalizou.

Fonte: Terra

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iPhone 7 no Brasil é R$ 1.400 mais caro que nos EUA

O iPhone 7 no Brasil começará a ser vendido no Brasil a partir da sexta-feira (11) por preços bem altos (como sempre): de R$ 3.499 (modelo 7 com 32 GB) a R$ 4.899 (7 Plus com 256 GB). Nos EUA, o aparelho na configuração mais simples custa US$ 649, o que convertido para a cotação do dólar no dia do anúncio no Brasil, se torna R$ 2.096. O modelo brasileiro mais básico do iPhone 7 é, portanto, R$ 1.403 mais caro que nos EUA.

Apesar de o preço brasileiro do iPhone ter caído R$ 500 de 2015 para este ano, se convertemos o valor em reais para a cotação do dólar, ele chega a US$ 1.076. Para o iPhone 6S, essa mesma operação mostra que o aparelho custava US$ 1.043 na época --ou seja, houve um pequeno aumento se levarmos em conta apenas a cotação do dólar.

Procurada pelo UOL, a Apple não explica os motivos dessa diferença, mas alguns fatores são conhecidos há alguns anos: há o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) que pode chegar a 25%, o imposto de 60% sobre importações, e certamente há a margem de lucro da fabricante. A empresa cita apenas que a conta feita pelo UOL não considera contexto econômico, inflação e outros índices.

O UOL realizou um levantamento dos preços dos iPhones lançados desde 2009 para perceber melhor as discrepâncias das realidades do Brasil e dos EUA. Primeiro, nós pegamos os preços dos modelos quando lançados no Brasil e os convertemos para a cotação do dólar naquele dia, para saber por quanto ele ficaria na moeda norte-americana com o preço brasileiro.

Depois fizemos o inverso: obtivemos os preços dos iPhones quando lançados nos EUA e os convertemos para reais com a cotação da época. A diferença de datas de lançamento nos EUA e no Brasil é de no máximo três meses, e a cotação da moeda muda pouco nesse meio tempo.

Enquanto o preço nos EUA está praticamente congelado desde 2011, em US$ 649, no Brasil o preço na conversão direta real-dólar subiu no mesmo período de US$ 1.048 para US$ 1.076. O pico foi na época do iPhone 6, em 2014, com preço convertido de US$ 1.232.

No entanto, o dólar em 2014 valia R$ 2,5948, então o iPhone 7, com cotação mais alta em 2016 (R$ 3,2311), ficou até mais barato, custando US$ 1.082 na conversão direta.

Foram usados os preços das datas de lançamento e suas respectivas cotações, apenas para os modelos de iPhone com menor armazenamento interno no período. Neste ano, o iPhone mais barato foi o primeiro a começar com 32 GB, contra os 16 GB dos anos recentes.

Fonte: UOL

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Desmonte de prefeituras: TCM entrega mais seis relatórios ao MPCE

O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará (TCM-CE) apresentou, na manhã de ontem, a segunda remessa de relatórios produzidos a partir de fiscalizações realizadas em seis municípios.

Os documentos foram entregues pelo diretor geral do TCM, Juraci Muniz Júnior, à Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (Procap). De acordo com o TCM, 20 cidades já foram fiscalizadas e, até o fim da semana, mais três devem ser alvo da ação.

Os relatórios apresentam o resultado da fiscalização realizada em Quixadá, Paramoti, Limoeiro do Norte, Itapiúna, Redenção e Canindé.

Segundo a procuradora de justiça do MPCE e coordenadora da Procap, Vanja Fontenele, os relatórios apresentam problemas que, em sua avaliação, prejudicam o bom funcionamento de repartições públicas.

"Há contratações indevidas, paralisações de serviços essenciais, como transporte escolar e coleta de lixo, pagamento antecipado de alguns contratos e em alguns foram constatadas obras que não foram terminadas mas que já foram antecipadamente pagas", disse Vanja.

Durante os trabalhos de fiscalização, alguns casos chamaram a atenção da equipe de oito técnicos que desempenha o trabalho nos municípios. Em uma cidade, todos os secretários pediram demissão, o que chamou a atenção do órgão.

Dificuldades
Em alguns casos, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) teve que usar de medidas cautelares frente às resistências encontradas como meio de dificultar o trabalho. Em Canindé, por exemplo, Vanja Fontenele explicou que algumas repartições públicas tiveram que ser lacradas. "Nesses lugares havia documentos em que se suspeitava que tivesse sendo feito algum tipo de manobra. Para preservar a prova, a promotora de lá pediu que o local fosse lacrado", explicou a coordenadora do Procap.

Outros relatórios
Na próxima semana, serão entregues os relatórios relativos às cidades de Amontada, Caridade, Miraíma, Mulungu, Trairi e Uruburetama. Ontem, os dois órgãos iniciaram o trabalho em Crateús, Granja e Iguatu. Com mais três cidades vistoriadas, até o fim da semana, o MPCE calcula que já terá visitado mais de 60% das prefeituras denunciadas por suspeita de desmonte.

Segundo o órgão, foram protocoladas 49 denúncias em 37 municípios do Estado. A relação das cidades visitadas não é divulgada. Assim, os gestores não têm como fazer algo que possa inibir crimes por meio de documentos, o que atrapalharia o rendimento das apurações.

Inibir irregularidades
O presidente do TCM, Francisco Aguiar, explica que o trabalho busca inibir novas práticas e procurar meios de solucionar as práticas irregulares.

"Geralmente quando o Tribunal faz essas fiscalizações, ele já tem alguma postura, dado o acompanhamento que faz das ferramentas de fiscalização. É uma ação importante para evitar que haja novos problemas nesses municípios", justificou.

Em função de ter novas ferramentas para incentivar a participação da população em denúncias, Aguiar se limita a fazer uma avaliação do que vem sendo feito até hoje, mas acredita em um retorno positivo.

"Eu acredito que a gente ainda não possa fazer uma avaliação porque hoje está mais fácil de denunciar e acompanhar as gestões, mas isso não quer dizer que agora esteja havendo mais ou menos desmontes", salientou Francisco Aguiar.

Vanja completou dizendo que o trabalho é um esforço com o propósito de mudar a cultura da corrupção. "A insistência é de fazer com que essa prática seja mudada. Nós estamos atentos e estamos trabalhando para ajudar a mudar este cenário, deixando cada vez menos brechas para novos atos", explicou.

JOSÉ AVELINO NETO
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Professor de Harvard vê 'presunção de culpa' contra Lula na Lava Jato

A Operação Lava Jato viola a lei para criar "presunção de culpa" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou o antropólogo John Comaroff, 71, professor na Universidade Harvard.

Especialista em "lawfare", termo definido pelo uso da lei para fins políticos, o sul-africano vem sendo consultado pelos advogados de Lula, que adotaram esse conceito.

Ele defende a substituição do juiz Sergio Moro para dirimir questionamentos sobre sua isenção nas ações que pesam contra o petista.

"Ao vazar conversas privadas, mesmo que envolvam 20 pessoas, se Lula está entre elas, você sabe que é dele que a mídia falará. Isso é 'lawfare'. Você manipula a lei e cria uma presunção de culpa", sustentou Comaroff.

Em agosto, o STF (Supremo Tribunal Federal) considerou ilegal a parte das escutas de telefonemas do ex-presidente que havia sido feita após o período autorizado.

Moro, no entanto, já havia tornado pública a íntegra das conversas, que causaram polêmica pelo palavreado de Lula e, especialmente, pelo diálogo em que a então presidente Dilma Rousseff dá a entender que nomearia o antecessor ministro para garantir a ele foro privilegiado.

Comaroff também questionou o grampo no escritório dos advogados do petista, o que classificou como "muito ilegal no mundo todo".

"Não se pode fingir que não se esperava que essas medidas contra Lula não teriam impacto. Isso demonstra uma ânsia em acusá-lo", disse o professor. "Parece que Lula tem recebido um tratamento diferente nos aspectos legais na operação", criticou.

Comaroff foi procurado pelos advogados do ex-presidente na condição de especialista em "lawfare" –o professor disse que não prestará serviços à defesa.

"Eu estou tentando entender o caso. Meus colegas aqui em Harvard não conseguem compreender. Há fatos que perturbam a audiência internacional", afirmou Comaroff. "O país possui um sistema legal robusto. Não há necessidade de se violar a lei."

Diante dos questionamentos formais da defesa à conduta de Moro, o antropólogo disse que a saída do juiz do caso seria demonstração de isenção política da Lava Jato.

"Por que não? Certamente há muitos outros juízes capazes no Brasil. Em princípio, se você quer manter o sistema judicial o mais limpo possível, você não perde a oportunidade de evitar conflito de interesse ou atitudes impróprias", argumentou.

Os advogados do ex-presidente fizeram mais de uma reclamação à Justiça contra Moro e a força-tarefa pelo que consideram ser abusos como, entre outras condutas, impedi-los de acessar a íntegra da investigação contra Lula.

O ex-presidente é réu em três ações na Justiça sob suspeita de prática de corrupção e outros crimes.

Sua defesa também recorreu à Organização das Nações Unidas, que avaliará o caso.

Sem evidências
Segundo o especialista, especialistas e formadores de opinião fora do Brasil questionam a consistência das provas usadas pela força-tarefa da Lava Jato contra o ex-presidente.

"Quero ser cuidadoso, porque não se pode fazer julgamento legal sem todos os aspectos esclarecidos. Não faço ideia se Lula é culpado ou não e suspeito que ninguém o saberá antes de se apresentar um processo sustentado em provas", afirmou.

"Pelas evidências que temos visto, as várias formas de propina, o apartamento etc., é tudo muito, muito incerto. O ponto levantado pelo juiz Moro é tudo menos conclusivo pelo que foi relatado até aqui", disse.

Comaroff relacionou as denúncias contra Lula ao impeachment de Dilma, que também "causou uma grande discussão sobre sua legitimidade, não procedimental, mas política", relatou.

"Quem se beneficia dos ataques contra Lula também é objeto de reflexão, internacionalmente. Não estou julgando, mas há muito questionamento em torno especialmente do papel do Judiciário nesse caso, que parece muito ansioso por condená-lo", completou.

O sul-africano sugeriu que procuradores e juízes possam ser eventuais beneficiários da "espetacularização" da operação, como classifica a defesa de Lula.

"Em tese, 'lawfare' pode beneficiar procuradores que gostam de se apresentar como defensores heroicos da lei, ou juízes de olho em promoções no Judiciário", disse.

Fonte: Folha.com

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