Sistema de saúde para todos é 'sonho' e seus defensores são 'ideólogos, não técnicos', diz ministro da Saúde

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse em entrevista à BBC Brasil que pesquisadores que defendem um sistema universal de saúde - ou seja, que atenda todos os segmentos da população - "não são técnicos, nem especialistas, são ideólogos que tratam o assunto como se não existisse o limite orçamentário, como se fosse só o sonho".

A declaração foi dada após ser ele questionado sobre a opinião do professor da UFBA Jairnilson Paim (autor do livro O que é o SUS), para quem um sistema que atende menos pessoas tende a ser pior.

O ministro ressaltou que o governo está com saldo negativo nas contas - e que essa crise se deve a decisões do governo anterior.

"Falar que tem que pôr mais gente demandando, sendo que o recurso é limitado, é uma incoerência. (…) O SUS é tudo para todos, ou tudo que está disponível no SUS para todos?", questionou também.

No momento, sua pasta elabora uma proposta de "planos de saúde acessíveis", com cobertura de atendimento reduzida, para o público de menor renda. O objetivo é que essas pessoas façam consultas e tratamentos no sistema privado, desafogando o SUS (Sistema Único de Saúde).

Há um grupo de trabalho dentro do ministério - que inclui representantes da indústria de planos de saúde - elaborando um novo produto a ser disponibilizado pelas operadoras. Contrária à proposta, a Proteste, uma associação de defesa do consumidor, pediu para participar e está acompanhando a discussão.

Associações médicas também têm se oposto à ideia. Para os críticos, a medida vai contra a tendência dos últimos anos, de ampliar as exigências mínimas de tratamentos oferecidos pelos planos, com objetivo de melhorar o serviço.

Questionado também sobre críticas de alguns economistas à PEC do teto dos gastos públicos, que poderia potencialmente tirar recursos da saúde, o ministro voltou a minimizar a importância dos estudiosos.

A proposta de emenda constitucional, que deve ser aprovada pelo Congresso em dezembro, limita por vinte anos o crescimento das despesas do governo à inflação.

"Vou escrever um livro: 'Eu e os especialistas'. Como tem especialista para tudo, né? Pode escrever qualquer tese maluca que não se sustenta. Não dá para trabalhar nesse nível de conversa", disse.

"Não tem redução de recursos de saúde com a PEC. Isso não existe", afirmou também, ressaltando que o teto proposto é para o conjunto de gastos e outras despesas poderão ser reduzidas para que o orçamento de sua pasta seja aumentado.

Barros, eleito deputado federal pelo PP em 2014, teve como maior doador individual de sua campanha o empresário Elon Gomes de Almeida, presidente da Aliança, administradora de planos de saúde, com uma contribuição de R$ 100 mil.

À BBC Brasil, a assessoria do ministério ressaltou que essa doação representa somente 3,1% do total gasto pela campanha de Barros (R$ 3,1 milhões). O órgão disse também que "continuará trabalhando na melhoria da atuação dos planos de saúde, por meio da Agência Nacional de Saúde Suplementar, e que a atuação da gestão independe de relação partidária, jurídica ou pessoal".

Após a publicação dessa entrevista, o Ministério da Saúde enviou um nota dizendo que seu título está equivocado - a BBC Brasil considera que o título está fiel à fala de Barros e por isso o manteve. O Ministério disse também que "Barros rebateu a informação de que técnicos defendem que o sistema deveria ser totalmente público, contrariando a própria constituição, que prevê a saúde suplementar".

Leia a entrevista na íntegra aqui.

Fonte: BBC Brasil

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‘WhatsApp da terapia’ chega ao Brasil

Um aplicativo que funciona como um ‘WhatsApp da terapia’ acaba de ser lançado no Brasil. De acordo com informações da revista Exame, o Fala Freud foi criado pelos brasileiros Yonathan Yuri Faber e Renan Tupin e tem como objetivo a orientação psicológica.

Por 299 reais ao mês, o app conecta pessoas a psicólogos da seguinte maneira: após uma triagem inicial que avalia se o usuário está apto para participar da plataforma ou se ele requer atendimento psicológico presencial ou intensivo, o paciente pode se consultar com psicólogos ao longo do dia, solicitando orientações sobre situações enfrentadas.

O usuário pode contar ao profissional sobre o que está passando por meio de mensagens de texto, voz e vídeos. Em seguida, o psicólogo responde com as orientações adequadas. Com o objetivo de avaliar o progresso do paciente, o atendimento psicológico será documentado e reportado à empresa.

Segundo Faber, a maioria das pessoas cadastradas no aplicativo atualmente são mulheres. “Estou bem satisfeito com o andamento do app, a aprovação do Conselho abre muitas portas. O objetivo do Fala Freud é levar a terapia a todos. O valor é acessível, praticamente qualquer dono de smartphone pode pagar. Queremos entregar bem-estar às pessoas”, afirmou à EXAME.com.

No final de outubro o Fala Freud foi aprovado pelo Conselho Federal de Psicologia e funciona em conformidade com a Resolução CFP nº 11/2012. O aplicativo está disponível para sistemas Android e iOS e o pagamento é realizado via cartão de crédito. Para evitar problemas com vazamentos ou interceptação de dados, todas as mensagens trocadas entre paciente e psicólogo são criptografadas.

Fonte: Veja.com

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Goiaba ajuda a controlar o colesterol e o triglicerídeos

A goiaba é um fruto originário da América e é encontrada principalmente no Brasil, Antilhas e sudeste asiático. É um fruto carnudo, possui diversos tipos, variando nas cores de casca, verde, amarelada ou roxa, e polpa, branca, rosada ou dourada. Contém dezenas de pequenas sementes duras, que podem ser ingeridas e são ricas em ácido linoleico, ômega-6. Apesar da vasta diversidade de espécies, apenas as variedades de polpas brancas e vermelhas são comercializadas.

Ambas as variedades possuem uma quantidade grande de vitamina C, sendo referida como fonte deste micronutriente. Essa vitamina é muito importante principalmente por sua ação no sistema imunológico, produção de colágeno e atividade antioxidante poderosa, que previne contra o stress oxidativo (que danificam o DNA celular e podem favorecer a transformação de células normais em cancerosas) e envelhecimento precoce. Com o reforço do sistema imunológico, há maior proteção contra doenças comuns, como gripes, resfriados e viroses, em geral. Por possuir uma quantidade grande de vitamina C, a goiaba auxiliaria na absorção do ferro dos alimentos pelo organismo, pois a vitamina C favorece a conversão do ferro não-heme (alimentos vegetais) para o ferro heme, maior biodisponibilidade. Uma unidade de goiaba por dia ultrapassaria a recomendação diária de ingestão da vitamina C. Por isso, a recomendação para seu consumo seria de 1/2 unidade média por dia.

É uma fruta muito nutritiva, e as diferenças entre a variedade de polpa vermelha e a branca não param na cor. A goiaba de polpa branca possui uma quantidade bastante considerável de vitamina C. Já a variedade de polpa vermelha apresenta uma quantidade grande de licopeno, um nutriente antioxidante potente que vem sendo atribuído cada vez mais à prevenção de câncer e proteção contra doenças cardiovasculares por proteger a formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos.

Os principais nutrientes relatados são a vitamina C e o licopeno, referidos como os responsáveis pela ação antioxidante e de prevenção contra cânceres de próstata, mama, cólon, pele e câncer de pulmão, por exemplo. Além disso, a goiaba possui vitamina A e traços das vitaminas do complexo B, bem como potássio, magnésio, manganês, fósforo e ferro. Por sua quantidade importante de potássio, a goiaba auxiliaria no controle da pressão arterial e diminuiria o risco de derrame e ataque cardíaco, pois este micronutriente é essencial para o equilíbrio eletrolítico do organismo e saúde cardíaca.

A goiaba, como toda fruta, possui calorias. Aproximadamente 1 unidade pequena, 100g, de goiaba branca possui 52 calorias, enquanto a goiaba vermelha possui 54 calorias. Seria uma boa opção de fruta a ser inserida na alimentação! Porém, devido aos seus efeitos no trato gastrointestinal, não é recomendado o consumo em pacientes com problemas intestinais ou sensibilidade digestiva.

A goiaba é conhecida como um alimento constipante, ou seja, possui efeito de melhorar o quadro de diarreia. Isso se deve às fibras solúveis do fruto, que absorvem a água da luz intestinal e favorecem a formação do bolo fecal. As fibras solúveis fermentam no intestino devido à ação das bactérias, favorecendo a formação de gases que podem ocasionar desconforto e distensão abdominal, se não houver um equilíbrio entre as bactérias benéficas e patogênicas. Portanto, um fator muito importante que deve ser levado em consideração no consumo de alimentos ricos em fibras solúveis, como a goiaba, é o equilíbrio dessa microbiota intestinal. Para pacientes que possuem dificuldades de evacuação e apresentam constipação, o consumo desse fruto não é indicado.

Devido à quantidade de fibras solúveis, a goiaba também é referida no auxílio à diminuição de colesterol e triglicerídeos no sangue, assim como controle de glicose no sangue e controle da saciedade. Um cuidado especial com o aumento do consumo de fibras solúveis é o aumento proporcional da ingestão hídrica.

Para a finalidade de controle de diarreias causadas por microrganismos, o consumo do chá do broto da goiaba pode auxiliar. No entanto, o consumo tem indicação específica, e deve ser utilizado apenas nas quantidades prescritas, de maneira segura. A atividade é mais forte na variedade de polpa vermelha e mais fraca se utilizada somente folhas adultas ou casca da fruta. Este chá também é utilizado para inflamações na boca ou garganta, sob forma de bochecho ou gargarejo, respectivamente.

As folhas de goiaba são benéficas à saúde, pois são ricas em quercetina, além de triterpenos que contribuem para atividade antisséptica e antiespasmódica, sendo utilizada na medicina alternativa para tratamento de diarreia e cicatrização de lesões, por exemplo.

Assim como outras frutas, a goiaba deve ser comida, preferencialmente, em sua forma in natura. Na culinária, por não ser um alimento ácido, a goiaba vem sendo utilizada na confecção de molhos salgados e agridoces. Também é utilizada em diferentes preparações, como doces (goiabada), geleias, compotas, sorvetes e sucos.

Um grande problema no consumo da goiaba está na utilização de agrotóxicos no cultivo da fruta, que está na lista dos vegetais mais pulverizados com os produtos. Portanto, a melhor opção seria a forma orgânica.

Consultoria: Patricia Carvalho de Jesus, nutricionista

Fonte: Minha Vida 

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País enfrenta 'crise penitenciária': sobram celas, faltam condenados

Enquanto a maioria dos países do mundo enfrenta problemas de superlotação no sistema carcerário, a Holanda vive a situação oposta: gente de menos para trancafiar. Nos últimos anos, 19 prisões foram fechadas e mais deverão ser desativadas em 2017, obedecendo a um decréscimo agudo da população carcerária. Mas há quem veja nisso um problema.

O cheiro de cebolas fritas deixa a cozinha e se espalha pelo pavilhão. Detentos estão preparando o jantar. Um deles, usando uma longa faca, corta legumes.

"Tive seis anos de treino, então só posso melhorar", brinca ele.

O prisioneiro fala alto, porque a faca está presa a uma longa corrente presa à bancada em que trabalha.

"Eles não podem carregar a faca por aí", explica Jan Roelof van der Spoel, vice-diretor da prisão de segurança máxima de Norgerhaven, no norte da Holanda, que tem capacidade para 243 detentos.

"Mas os detentos podem pegar emprestadas pequenas facas de cozinha. Para isso, precisam deixar conosco sua identificação para que possamos saber quem está com o que".

Alguns dos homens em Norgerhaven cumprem sentenças por crimes violentos, então pode parecer algo perigoso deixá-los andar com facas pela prisão. Mas as aulas de culinária fazem parte das iniciativas de reabilitação dos detentos.

"Aqui na Holanda, nós olhamos para o indivíduo. Se alguém tem um problema com drogas, tratamos o vício. Se é agressivo, providenciamos gestão da raiva. Se tem dívidas, oferecemos consultoria de finanças. Tentamos remover o que realmente causou seu crime. É claro que o detento ou a detenta precisam querer mudar, mas nosso método tem sido bastante eficaz", explica Van der Spoel.

O diretor acrescenta que alguns reincidentes normalmente recebem sentenças de dois anos e programas personalizados de reabilitação. Menos de 10% voltam à prisão. Em países como Reino Unido e EUA, por exemplo, cerca de 50% dos detentos cumprindo pequenas penas voltam a ser presos nos primeiros dois anos após a libertação (no Brasil, diversos estudos estimam que a taxa geral de reincidência é de 70%).

Norgerhaven fica na cidade de Veenhuizen, onde também está situada outra prisão de segurança máxima - Esserheem. Ambas contam com bastante espaço. O pátio é do tamanho de quatro campos de futebol e têm carvalhos, mesas de piquenique e redes vôlei.

Van der Spoel conta que o ar fresco reduz o estresse tanto para detentos quanto guardas. Detentos podem andar "a vontade por áreas comuns como biblioteca, departamento médico e cantina, e essa autonomia os ajuda na readaptação à vida em liberdade.

Não poderia ser uma situação mais diferente de 10 anos atrás, quando a Holanda tinha uma das maiores populações carcerárias da Europa. Hoje, a proporção é de 57 pessoas por cada 100 mil habitantes, comparada a 148 por 100 mil no Reino Unido e 193 no Brasil.

Mas os programas de reabilitação não são a única razão para o declínio de 43% no número de pessoas atrás das grades na Holanda - que era de 14.468 em 2005 e caiu para 8.245 em 2015.

O ano de 2005, por sinal, foi o auge da população carcerária e especialistas acreditam que o salto se deu ao aumento na segurança do principal aeroporto de Amsterdã e a consequente explosão na prisão de "mulas" carregando cocaína. Mas, como explica Pauline Schuyt, professora de direito criminal, a polícia mudou suas prioridades.

"Eles mudaram o foco das drogas para concentrar esforços no combate ao tráfico humano e ao terrorismo", explica.

Juízes holandeses também vêm aplicando cada vez mais penas alternativas à prisão, como trabalhos comunitários, multas e monitoramento eletrônico.

A diretora do serviço penitenciário da Holanda, Angeline van Dijk, diz que o encarceramento tem se tornado algo mais aplicado para casos de criminosos de alta periculosidade ou para detentos em situação vulnerável, que podem se beneficiar dos programas disponíveis.

"Às vezes é melhor que pessoas fiquem em seus empregos e suas famílias, e que cumpram a pena de outra forma", explica Van Dijk.

"Como temos penas mais curtas e uma taxa de criminalidade em queda, isso está levando a celas vazias".

Oficialmente, crimes caíram 25% na Holanda desde 2008, mas há quem alegue que isso é resultado de maiores problemas em registrar queixas - um efeito colateral do fechamento de delegacias, como parte de pacotes de cortes de gastos públicos.

Ex-diretora de prisão e hoje porta-voz para assuntos de Justiça do partido de oposição Apelo Democrático Cristão, Madeleine Van Toorenburg diz que a escassez de prisioneiros está ligada a uma espécie de impunidade.

"A polícia está sobrecarregada e não consegue lidar com seu trabalho. A resposta do governo é fechar prisões", critica.

E agentes penitenciários tampouco se dizem satisfeitos com o que chamam de instabilidade profissional. Frans Carbo, líder sindical, diz que agentes estão frustrados e que a presente situação desestimula a renovação da força de trabalho.

"Os jovens não querem trabalhar no sistema penitenciário porque não há mais futuro na profissão. Você nunca sabe quando sua prisão será fechada".

As prisões desativadas são normalmente convertidas em centros de triagem para refugiados e oferecem uma oportunidade de trabalho para guardas que perderam o emprego. Mas uma unidade nas imediações de Amsterdã foi convertida em um hotel de luxo.

Outra solução encontrada pelo governo para lidar com celas ociosas foi alugar espaço para prisioneiros de países com problemas de lotação, como a vizinha Bélgica e a Noruega.

Norgerhaven, por exemplo, recebe prisioneiros noruegueses, a mesma nacionalidade do novo diretor da unidade Karl Hillesland. Mas os guardas são todos holandeses. O curioso é que o sistema penal norueguês é mais liberal que o holandês. Prisioneiros podem dar entrevistas e assistir aos DVDs que quiserem, porque o princípio básico é do da normalização - a vida na prisão deve ser o máximo possível parecida com a do mundo lá fora para ajudar a reintegração.

"Fazemos as coisas de maneiras diferentes. Aqui (na Holanda), tomamos ações disciplinares assim que um prisioneiro quebra as regras, ao passo que os noruegueses primeiro abrem inquérito e depois tomam providências. Esse estilo confundiu os guardas no começo", diz Van der Spoel.

"Mas, no geral, compartilhamos os mesmos valores básicos sobre como administrar uma prisão", diz Hillesland.

O diretor diz que alguns prisioneiros do sistema norueguês foram transferidos unilateralmente para a Holanda, mas que a maioria se voluntariou porque artigos como tabaco, por exemplo, são mais baratos na Holanda.

Mas a transferência criou problemas para parentes, que precisam custear do próprio bolso visitas à prisão - o que pode custar mais de R$ 2 mil em passagem aérea e acomodação. Por isso, Norgerhaven hoje contra com uma "sala de Skype". Mas a maioria dos prisioneiros "importados" é composta de estrangeiros que jã não viam suas famílias em pessoas quando estavam atrás das grades na Noruega.

O operário polonês Michael é um exemplo. Ele usa a internet para ver a esposa e os quatro filhos, algo que não tinha na Noruega - os parentes estão na Polônia.

"Minha mulher está ocupada com a tarefa de cuidar das crianças e o trabalho. Então optei por vir para esta prisão para que não apenas ouvisse a voz da minha família. É difícil (controlar a emoção) depois de falar com eles, mas é melhor que nada", explica Michael.

Veenhuizen também esconde um passado sombrio e bem menos progressista que o do atual sistema penitenciário: um reformatório que ficou conhecido como a "Sibéria Holandesa" e que foi usado para a internação forçada de mendigos, órfãos e outros marginalizados no século 19. E que funcionou até os anos 70.

De acordo com demógrafos, pelo menos um milhão dos 17 milhões de holandeses hoje vivos descende de alguém "exilado" em Veenhuizen.

Hoje, o prédio do reformatório abriga o Museu Penitenciário.

Fonte: Terra (Via BBC Brasil)

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Felicidade - Vídeo Motivacional




Vital Farias elogia Lava Jato e é vaiado aos gritos de “Fora Temer” em Fortaleza

O que deveria ser uma noite de festa, com um reencontro do público cearense com quatro grandes compositores nordestinos responsáveis por dois dos mais emblemáticos discos da música brasileira nos anos 80 – Xangai, Geraldo Azevedo, Elomar e Vital Farias, reunidos nos álbuns ao vivo “Cantoria”, então lançados pela Kuarup – acabou se tornando um constrangimento para grande parte do público que compareceu ao Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, na noite desse sábado (12).

A atmosfera entre os espectadores já estava um pouco destoante do clima festivo de um sábado à noite, desde que Elomar solicitou de forma enérgica, no palco, que não fossem feitas fotos ou imagens dele, ressaltando que, ao contrário dos três colegas de show, ele não as autorizava. Apontando um a um os espectadores que continuavam a filmar, o compositor chegou a ameaçar deixar o palco, caso as câmeras de celular continuassem ligadas.

Foi quando Vital Farias, destacando o direito de Elomar de não permitir filmagens, ressaltou ser um “cidadão brasileiro” e resolveu abordar a “situação política” do País, fazendo, em suas palavras, “uma homenagem à Lava Jato”. A reação de grande parte do público foi imediata: muitas vaias, gritos de “Fora Temer” e até pessoas deixando o salão onde acontecia o show. Vital tentou continuar a apresentação, cantando “Não me engana de novo”, mas teve de interromper a música, diante da indignação da plateia, que irrompeu em mais vaias, além de manifestações em defesa do ex-presidente Lula e expressões de surpresa quanto a este ser atacado por um nordestino.

Diante do visível constrangimento dos colegas de palco, Vital afirmou que as pessoas que vaiavam seriam “do PT”, o que só aumentou a reação do público contra o compositor paraibano. Enquanto Geraldo Azevedo preferiu permanecer em silêncio, diante da atmosfera pesada, coube a Xangai tentar acalmar os ânimos, defendendo o direito de Vital Farias se manifestar e dizendo também ter sua posição política, mas apontando que preferia deixá-la fora do palco, em respeito às pessoas que saíram de casa para assistir ao show – “muitas vezes, com sacrifício”.

O estrago, porém, já estava feito. Apesar da beleza eterna das canções de Xangai, Elomar, Geraldo Azevedo (que tentou dar prosseguimento ao espetáculo com “Dia branco” e “Caravana”) e do próprio Vital Farias – como os clássicos “Veja (Margarida)” e “Ai que saudade d´ocê” – e a despeito da emoção de rever os quatro grandes menestréis reunidos no palco, os protestos do público cearense divergindo da fala de Vital continuaram ao longo de todo o restante da apresentação.

O show terminou com o público entoando em massa o “Fora Temer” e recebendo inclusive o apoio de Geraldo Azevedo, de braço levantado acompanhando o grito da multidão. A maioria que ali estava expôs sua discordância quanto à tentativa de “homenagem” à Lava Jato.

Fonte: Blog do Eliomar/O Povo

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F-1: Massa encerra carreira no Brasil, sai aplaudido e pede desculpas

Felipe Massa rodou sua Williams e deixou o seu último GP do Brasil na volta 48. Sob muita chuva, o piloto não conseguiu segurar o seu carro, que escapou da pista e rodou. O brasileiro não teve condições de continuar na disputa.

"Eu não esperava. Difícil de dizer, de explicar. Peço desculpas, queria acabar a corrida. Mas tenho que agradecer à torcida pelo respeito. Eu estava tentando, mas vai ser um dia inesquecível para a minha vida. Eu penso em tudo, em agradecer esse momento, sem dúvida é um dia, um momento do final. Lógico, de uma carreira muito orgulhosa que conquistei. A última corrida no Brasil na F1. Espero correr em outra categoria no Brasil, é algo especial. Saio de cabeça erguida e com o coração apertado", disse Felipe Massa à Rede Globo.

O piloto da Williams saiu do carro em seguida e acenou bastante para a torcida com a bandeira do Brasil nas mãos e chorando bastante. Todo o caminho para o retorno para o box foi feito com a bandeira do Brasil. A torcida aplaudiu muito Massa, que encerra a carreira no Brasil. O próximo GP será o último de sua história como piloto.

"Acho que isso é emoção e agradecimento por tudo que eu passei. Meu objetivo é ficar na Fórmula 1", avisou o piloto. "Sou brasileiro, tenho orgulho de levantar essa bandeira lá em cima num momento não fácil como esse. O esporte mostra o que é o esporte. É um momento difícil, mas vou sempre torcer pelas pessoas, por quem está assistindo. É levantar a cabeça e pensar no dia de amanhã", adicionou.

Felipe Massa largou na 13ª colocação no grid de largada e ganhou uma posição quando Gosjean bateu e abandonou a prova. Mas logo os problemas começaram. Ainda nas primeiras voltas, o piloto foi para os boxes para trocar os pneus. Ele começou a prova com pneus de chuva extrema e optou por trocar pelos intermediários. Assim, acabou perdendo algumas posições.

Para piorar, Massa foi punido por desrespeitar a regra do safety car. Ele ultrapassou o Gutierrez um pouco antes da linha em que era permitido. Assim, levou pena de cinco segundos que cumpriu nos boxes. Abandonou na volta 48, quando estava no 14º lugar.

"Eu queria fazer o máximo para ter um bom resultado. Tentei o máximo. A sensação é ruim de estar lá atrás, mas eu ainda tive que pagar os cinco segundos. Arrisquei até o final. Não deu para terminar da maneira que gostaria, mas vontade não faltou", disse o piloto.

O fim de semana já havia começado difícil para Massa. Ele até fez um bom tempo nos treinos livres e alimentou a expectativa de conseguir um pódio. Mas no sábado não se classificou para o Q3 e conseguiu apenas o 13º tempo do grid, sua pior classificação em Interlagos.

Fonte: UOL

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Criado por arquiteto japonês, mapa mostra o mundo como realmente é


O mapa-múndi que os alunos usam na escola e consta no Atlas não corresponde exatamente à realidade. Esse mapa, conhecido como projeção de Mercator, mostra a Antártida e a Groenlândia, por exemplo, de forma distorcida e desproporcional.

Um artista e arquiteto japonês desenvolveu uma representação que busca mostrar com precisão as proporções reais entre os países e continentes. A criação foi inspirada no origami, arte milenar japonesa de dobradura de papel.

O mapa se chama AutaGraph e seu autor, Hajime Narukawa, ganhou com a sua criação um dos mais respeitados prêmios de design do Japão, o Good Design Award, concedido pelo Instituto de Promoção de Design Japonês.

Tradicional e problemático
A tradicional projeção de Mercator foi apresentada pela primeira vez pelo geógrafo e cartógrafo flamengo Gerardus Mercator, em 1569. Foi ele também que introduziu o termo "atlas" para descrever uma coleção de mapas.

O sistema desenvolvido pela projeção de Mercator respeita as formas dos continentes, mas não os tamanhos. Seus mapas ganharam popularidade e foram usados como cartas náuticas, uma vez que permitiam traçar rotas como linhas retas, diferentemente de outras projeções mais precisas.

As distâncias entre os meridianos e paralelos, no entanto, estão distorcidas. E os países e regiões próximas aos polos aparecem em um tamanho muito maior do que o real. A Groenlândia, por exemplo, aparece quase tão grande quanto a África, sendo que o continente africano tem uma área 14,4 vezes maior.

A técnica de origami
Como Hajime Narukawa criou seu mapa de origami? O arquiteto dividiu o globo terrestre em 96 triângulos, que logo foram transformados em tetraedros, poliedros com quatro faces. Poliedros são formas geométricas com faces planas e volumes definidos.

A partir desta técnica, Narukawa conseguiu exibir as informações da esfera terrestre em um retângulo, mantendo suas proporções.

Representação fiel
O mapa pode não ser o ideal para navegação e pode parecer estranho à primeira vista, com uma mudança de posição da Ásia e da América do Norte. Ele resolveu, no entanto, o difícil desafio de projetar um planeta esférico em um mapa plano.

"AuthaGraph representa fielmente os oceanos e os continentes, incluindo a Antártida, e fornece uma perspectiva precisa e moderna do nosso planeta", disse a organização que concedeu o prêmio a Narukawa.

Os organizadores do prêmio acrescentam, no entanto, que o mapa poderia ser mais detalhado, "aumentando o número de subdivisões", para refinar ainda mais a precisão.

Fonte: Folha.com (Com BBC Brasil)

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Governo Temer cancela 469 mil cadastros do Bolsa Família

Um pente-fino realizado a partir de um grande cruzamento de dados levou o governo federal a cancelar 469 mil cadastros do Bolsa Família por subdeclaração de renda. Por suspeita do mesmo motivo, outros 654 mil tiveram o benefício bloqueado.

O impacto econômico estimado, parte já para a folha de novembro, deve ficar em R$ 2,4 bilhões ao ano. Os dados foram apresentados nesta segunda-feira, 7, pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, com base em estudos realizados nos últimos quatro meses.

Segundo o Ministério, cerca de 1,4 milhão de famílias serão convocadas para averiguação cadastral e o benefício foi bloqueado para cerca de 13 mil famílias identificadas, em prestações de contas, como doadoras à campanha eleitoral deste ano. A pasta informou que a triagem, que considera seis bases de dados do governo federal, será feita mensalmente.

Bloqueios
"O objetivo é separar o joio do trigo. Quem realmente precisa, vai continuar recebendo o benefício. Não queremos que este programa seja contaminado pelo uso inadequado do dinheiro público, disse o ministro, Osmar Terra. Os municípios com maior número relativo de benefícios cancelados são Treviso (SC), Picada Café (RS) e Vargem Bonita (SC). As cidades que mais tiveram contratos bloqueados também são do Sul: Lacerdópolis (SC), Montauri (RS) e Poço das Antas (RS).

Fonte: Estadão Conteúdo

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Conselho de Ética livra Bolsonaro de processo por homenagem a Ustra

O Conselho de Ética da Câmara decidiu nesta quarta-feira (9) por 11 votos a 1 arquivar a representação que pedia a cassação do mandato de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) por ele ter defendido em plenário a memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos principais símbolos da repressão durante a ditadura militar.

Em abril, ao votar a favor do processo de impeachment de Dilma Rousseff, Bolsonaro elogiou a memória do coronel, morto em 2015.

O relatório do deputado Odorico Monteiro (PROS-CE) era favorável à continuidade do processo Bolsonaro, mas acabou sendo derrotado.

A tese que prevaleceu é a de que o deputado apenas expressou sua livre opinião política, amparado na inviolabilidade parlamentar, raciocínio reunido em relatório do deputado Marcos Rogério (DEM-RO).

"Sou capitão do Exército, conhecia e era amigo do coronel, sou amigo da viúva. [...] o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra recebeu a mais alta comenda do Exército, a Medalha do Pacificador, é um herói brasileiro", afirmou Bolsonaro ao Conselho, na véspera da votação desta quarta.

Ustra comandou o DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações) do 2º Exército (SP) entre 1970 e 1974, no auge do combate às organizações da esquerda armada.

Segundo o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, só na gestão de Ustra o DOI de São Paulo foi o responsável pela morte ou desaparecimento de ao menos 45 presos políticos.

Votaram a favor de Bolsonaro os deputados André Fufuca (PP-MA), Laerte Bessa (PR-DF), Marcos Rogério (DEM-RO), Nelson Meurer (PP-PR), Capitão Augusto (PR-SP), Covati Filho (PP-RS), Ricardo Izar (PP-SP), Vinicius Carvalho (PRB-SP), João Carlos Bacelar (PR-BA), Júlio Delgado (PSB-MG) e Sandro Alex (PSD-PR). Contra, apenas o relator, Odorico Monteiro (PROS-CE).

Em junho, o Conselho de Ética da Câmara instaurou processo por quebra de decoro parlamentar contra Bolsonaro. A representação do PV acusava o congressista de apologia ao crime de tortura ao homenagear o coronel Brilhante Ustra.

"Perderam em 64, perderam agora em 2016. Pela família, pela inocência das crianças em sala de aula, que o PT nunca teve, contra o comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de São Paulo, pela memória do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, pelo exército de Caxias, pelas Forças Armadas, pelo Brasil acima de tudo e por Deus acima de tudo, o meu voto é sim", afirmou na votação do impeachment.

Fonte: Folha.com

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Por que às vezes temos a sensação de cair quando estamos adormecendo?

Todos nós já devemos ter experimentado aqueles movimentos súbitos que o corpo faz quando estamos adormecendo. A sensação é comum e, se combinada com um sonho, pode dar a sensação que você se moveu ou caiu.

Quando ela parece parte de um sonho, isso é chamado de incorporação, e mostra a fantástica capacidade de improvisação de nossa mente, explica o neurocientista Tom Stafford, da Universidade de Sheffield, do Reino Unido.

A experiência, conhecida como espasmo hípnico, revela o conflito que se passa em nosso cérebro quando “desligamos” para dormir.

Durante o sono, nossos corpos estão paralisados e ficamos indiferentes aos eventos no exterior. O controle de nossos músculos, por sua vez, não é desligado tão facilmente assim.

Uma área do cérebro, conhecida como sistema de ativação reticular, controla funções básicas, como respirar, e nos diz para ficarmos alertas ou não. Outra, o núcleo ventrolateral preóptico, localizado perto do nervo ótico, decide se estamos ou não cansados.

À medida que caímos no sono, o sistema reticular abre mão do controle, que é assumido pelo núcleo ventrolateral preóptico.

O processo é como a diminuição da luz de um quarto com um interruptor do tipo dimmer, que controla a intensidade da iluminação.

Os pulsos de energia aparecem sob a forma de espasmos, por razões que ainda não compreendemos bem.

Mas, ao contrário dos movimentos rápidos dos olhos (REM), os espasmos não têm nada a ver com os sonhos. Eles são, na verdade, os últimos vestígios do dia que chega ao fim quando dormimos.

Um estranho e desagradável fenômeno, chamado de “síndrome da cabeça explosiva”, segue um padrão similar: as partes adormecidas e despertas de nossa mente lutam para tomar o controle umas das outras, o que resulta na sensação de ver luzes piscando ou de ouvir estampidos.

Em casos extremos, o fenômeno leva a casos de insônia e até mesmo a relatos de abdução por alienígenas.

Em geral, a sensação não é nada que deva preocupar.

“Há uma simetria entre os movimentos que fazemos quando vamos dormir. REMs são traços de sonhos que podem ser vistos no mundo dos despertos. Espasmos hípnicos são traços da vida acordada que se intrometem no mundo dos sonhos”, afirma Stafford.

Fonte: BBC Brasil

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Cheque de R$ 1 mi do PMDB para campanha em 2014 foi nominal a Temer

Um cheque de doação no valor de R$ 1 milhão do diretório nacional do PMDB nominal à campanha do então candidato a vice-presidente Michel Temer em 10 de julho de 2014 diverge, segundo a defesa da ex-presidente Dilma Rousseff, da versão do empreiteiro Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez.

O PMDB reafirmou, em nota, que "sempre arrecadou recursos seguindo os parâmetros legais em vigência no país". "Doações de empresas eram permitidas e perfeitamente de acordo com as normas da Justiça Eleitoral nas eleições citadas." O partido destacou que todas as suas contas eleitorais "em todos esses anos" foram aprovadas.

Em seu depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral, na ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, em setembro deste ano, Otávio Azevedo declarou que o valor foi doado ao diretório nacional do PT.

As doações de empresas para os diretórios dos partidos era uma prática comum até o Supremo Tribunal Federal vetar repasses de pessoas jurídicas nas eleições, nova regra que entrou em vigor neste ano. Os diretórios é que decidiam, então, os candidatos destinatários dos valores doados e registrados na Justiça Eleitoral.

Em seu relato ao TSE, Otávio Azevedo - um dos delatores da Operação Lava Jato - afirmou que a Andrade Gutierrez doou em março de 2014, R$ 1 milhão ao diretório nacional do PT que, posteriormente, teria repassado à campanha em 14 de julho.

Esse valor, segundo o empresário, teria sido pago como parte de um acerto de propina de 1% dos contratos da Andrade com o governo Dilma.

Como previa a legislação no período, os diretórios eram obrigados a identificar o responsável pelas doações que chegavam à sigla e depois eram encaminhados aos candidatos.

O cheque e os registros da prestação de contas, segundo a defesa de Dilma perante o TSE, mostrariam que o repasse de R$ 1 milhão feito naquele ano foi para o diretório nacional do PMDB. Posteriormente, o diretório encaminhou os valores para a campanha da chapa Dilma-Temer.


A defesa de Dilma Rousseff no processo acusou o delator de prestar falso depoimento à Justiça Eleitoral e pediu ao Ministério Público que apure o caso.

Ao ser indagado em setembro pelo ministro Herman Benjamin, relator da Ação Judicial Eleitoral no TSE, sobre as doações feitas pela Andrade Gutierrez aos vários candidatos e partidos, Otávio disse não haver uma distinção no caixa da empresa sobre os repasses feitos aos políticos.

Ele afirmou, contudo, que "certamente" o R$ 1 milhão doado ao PT em março daquele ano seria decorrente do acerto de propinas da Andrade com os ex-ministros petistas Antonio Palocci e Ricardo Berzoini.

Ele também reafirmou que parte dos recursos que eram doados ao PMDB vinham de um acerto de propinas da empreiteira com o partido referente às obras da usina de Belo Monte, citada pelos delatores da Andrade e que está sob investigação da Lava Jato.

Diante disso, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Herman Benjamin, relator do processo que pode levar à cassação da chapa vitoriosa de Dilma Rousseff e Michel Temer nas eleições de 2014, determinou uma acareação entre Edinho Silva, que atuou como tesoureiro da campanha da petista, e o executivo Otávio Azevedo.

A acareação foi marcada para quinta-feira, 17, às 18h, no TSE. A decisão do ministro acolhe pedido dos advogados que representam o PSDB, responsáveis pela ação contra a chapa Dilma/Temer.

A decisão de Herman foi tomada depois de a defesa de Dilma apresentar ao TSE uma série de documentos que apontam que Temer foi o beneficiário de uma doação de R$ 1 milhão da Andrade Gutierrez.

A defesa de Otávio não quis comentar o assunto.

Defesa
"O PMDB reafirma que sempre arrecadou recursos seguindo os parâmetros legais em vigência no país. Doações de empresas eram permitidas e perfeitamente de acordo com as normas da Justiça Eleitoral nas eleições citadas. Em todos esses anos, após fiscalização e análise acurada do Tribunal Superior Eleitoral, todas as contas do PMDB foram aprovadas não sendo encontrados nenhum indício de irregularidade".

Fonte: UOL (Com Estadão Conteúdo)

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Delta Goodrem - Born to Try




Justiça Federal nega pedido do MPF e mantém validade das redações do Enem

A validade das provas de Redação do Enem estão mantidas. A Justiça Federal decidiu, nesta quarta-feira (9), por indeferir o pedido do Ministério Público Federal para anular todas os textos escritos pelos candidatos que compareceram ao exame.

A decisão foi assinada pelo juiz Federal José Vidal Silva Neto, titular da 4ª Vara Federal. Na última segunda-feira, o procurador geral da República, Oscar Costa Filho, ingressou com pedido de anulação das provas, após a Polícia Federal (PF) no Ceará iniciar investigação sobre a possibilidade de vazamento do tema da Redação deste ano.

De acordo com o procurador, o vazamento da prova violaria o tratamento isonômico que deve ser assegurado aos candidatos. Na terça-feira (8), o juiz José Vidal Silva Neto concedeu um prazo de 24 horas para que o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Ensino e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) se manifestassem acerca da ação movida pelo Ministério Público, para que a decisão sobre a anulação fosse tomada.

Fonte: Diário do Nordeste

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As 7 propostas de Donald Trump que explicam a sua vitória

A vitória de Donald Trump – assim como o “brexit” no Reino Unido ou a vitória do “Não” no plebiscito sobre os acordos de paz na Colômbia – significa, primeiro, uma nova gigantesca derrota dos grandes meios de comunicação dominantes e dos institutos de pesquisas. Mas significa também que toda a arquitetura mundial, estabelecida no final da Segunda Guerra Mundial, se vê agora sob o risco de se despedaçar. As cartas da geopolítica serão embaralhadas de novo. Outra partida começa. Entramos numa nova era, que chama a atenção pela imprevisibilidade. Agora, tudo pode acontecer.

Como Trump conseguiu reverter uma tendência que o mostrava como perdedor e conseguiu se impor na reta final da campanha? Este personagem atípico, com propostas grotescas e ideias sensacionalistas, já havia despertado surpresas, revertendo prognósticos nas primárias do Partido Republicano, vencendo pesos pesados do setor, como Jeb Bush, Marco Rubio e Ted Cruz – que contavam, ademais, com todo o establishment do partido ao seu favor. Poucos acreditavam que ele sairia vitoriosos daquelas primárias, mas o resultado final foi uma contundente vitória do empresário, que reduziu seus adversários a cinzas.

É preciso entender que desde a crise financeira de 2008 – da que ainda não saímos – nada mais é igual em lugar nenhum. Os cidadãos estão profundamente desencantados. A própria democracia como modelo vem perdendo credibilidade. Os sistemas políticos têm sido sacudidos até as raízes. Na Europa, por exemplo, se multiplicam os terremotos eleitorais – o “brexit” foi só um deles. Os grandes partidos tradicionais estão em crise. Em todo o mundo, percebemos a ascensão de formações de extrema direita (na França, na Áustria e nos países nórdicos) ou de partidos antissistema e anticorrupção (na Itália e na Espanha). A paisagem política parece ter se transformado radicalmente.

Eis que esse fenômeno também chegou aos Estados Unidos, um país que já conheceu, em 2010, uma onda populista devastadora, encarnada naquele então pelo Tea Party. A surpreendente vitória do multimilionário Donald Trump prolonga essa tendência e constitui uma revolução eleitoral que nenhum analista previa. Embora se mantenha aparentemente a velha bicefalia entre democratas e republicanos, a vitória de um candidato tão heterodoxo como Trump constitui um verdadeiro sismo. Seu estilo direto, bonachão, com uma mensagem maniqueísta e reducionista, apelando aos instintos básicos dos setores populares da sociedade, um tom diferente do habitual dos políticos estadunidenses, confere a ele um caráter de autenticidade aos olhos dos mais decepcionados eleitores da direita. Para muitos cidadãos irritados com o “politicamente correto”, que acreditam que já não se pode dizer o que se pensa, sob pena de ser acusado de racista, a “palavra livre” de Trump sobre os latinos, os imigrantes e os muçulmanos é percebida como uma espécie de alívio.

Nesse sentido, o candidato republicano soube interpretar o que poderíamos chamar de “rebelião das bases”. Melhor que ninguém, ele percebeu a fratura cada vez mais ampla entre as elites políticas, econômicas, intelectuais e midiáticas, por uma parte, e a base do eleitorado conservador, por outra. Seu discurso violentamente anti Washington e anti Wall Street seduziu particularmente eleitores brancos, pouco cultos e empobrecidos pelos efeitos da globalização econômica.

Há de se precisar que a mensagem de Trump não é semelhante ao de um partido neofascista europeu. Não é um ultradireitista convencional. Ele mesmo se define como um “conservador com sentido comum” e sua posição, no leque da política estadunidense, se situaria mais exatamente à direita da direita. Empresário multimilionário e superestrela da telerrealidade, Trump não é um antissistema, e tampouco um revolucionário, obviamente. Não representam uma censura ao modelo político em si, mas sim aos políticos que o pilotam. Seu discurso é emocional e espontâneo. Apela aos instintos, às tripas, não ao cerebral, não à razão. Fala para essa parte da população estadunidense na qual se difunde o desânimo e a decepção. Ele fala para aquele sujeito que está cansado da velha política, da “casta” política, e promete injetar honestidade no sistema, renovar nomes, rostos e atitudes.

Os meios vem dando grande difusão a algumas de suas declarações e propostas mais odiosas e burlescas. Recordemos, por exemplo, sua afirmação de que todos os imigrantes ilegais mexicanos são “corruptos, delinquentes e estupradores”. O seu projeto de expulsar 11 milhões de imigrantes ilegais latinos, levando-os de ônibus até a fronteira com o México. Ou sua proposta, inspirada em Game of Thrones, de construir um muro fronteiriço de 3 mil quilômetros ao longo de vales, montanhas e desertos, para impedir a entrada de imigrantes latino-americanos, afirmando também que os 21 bilhões de dólares da obra seriam custeados pelo governo do México. Nessa mesma lógica, Trump também anunciou que proibiria a entrada de todos os imigrantes muçulmanos no país, e atacou com veemência os pais de um militar estadunidense de fé muçulmana, Humayun Khan, morto em combate no Iraque, em 2004.

Trump também afirmou que o matrimônio tradicional, formado por um homem e uma mulher, é “a base de uma sociedade livre”, e sua crítica à decisão do Tribunal Supremo, que considerou que o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo é um direito constitucional. Trump apoia as chamadas “leis de liberdade religiosa”, impulsadas pelos conservadores em vários Estados, para negar serviços públicos para as pessoas LGTB. Sem esquecer suas declarações sobre que a crise climática é uma fraude, um conceito “criado por e para os chineses, para fazer que el setor de manufaturas estadunidense perda competitividade”, disse ele.

Este catálogo de disparates horripilantes e detestáveis foi massivamente difundido pelos meios dominantes, não só nos Estados Unidos mas em todo o mundo. E a principal pergunta que muita gente faz é: como pode um personagem com tão lamentáveis ideias consiga uma audiência tão grande entre os eleitores estadunidenses, que obviamente não podem estar todos lobotomizados? Algo não se explica nesta equação.

Para responder a essa pergunta temos que salta a muralha informativa e analisar mais de perto o programa completo do candidato republicano e descobrir os sete pontos fundamentais que defende, silenciados pelos grandes meios de comunicação:

1) Os jornalistas não perdoam, em primeiro lugar, que se ataque de frente o poder midiático. Atacam Trump por estimular constantemente o público a vaiar os meios “mentirosos” em seus comícios. Trump costuma dizer que não está competindo com Hillary Clinton, “estou competindo contra os corruptos meios de comunicação”. Numa mensagem por twitter, já na reta final da campanha, ele escreveu que “se os repugnantes e corruptos meios me cobrissem de forma honesta, e não injetassem significados falsos nas minhas palavras, eu estaria vencendo a Hillary por 20%”.

Por considerar a cobertura midiática injusta e parcial, o candidato republicano não duvidou em retirar as credenciais de jornalistas que cobriam os seus atos de campanha, representantes de vários veículos importantes, como o The Washington Post, Huffington Post e BuzzFeed. Se atreveu a atacar até mesmo a poderosa Fox News, a grande cadeia da direita panfletária, apesar desta o apoiar e manifestar sua preferência por sua candidatura.

2) Outra razão pela qual os grandes meios atacaram Trump é porque ele critica a globalização econômica, convencido de que esta acabou com a classe média. Segundo ele, a economia globalizada está falhando cada vez mais em oferecer soluções às pessoas, e lembra que, nos últimos quinze anos, mais de 60 mil fábricas tiveram que fechar as portas nos Estados Unidos, e quase cinco milhões de empregos industriais bem pagados desapareceram.

3) Trump é um fervente defensor do protecionismo. Propõe aumentar as taxas, sobretudos aos produtos importados. “Vamos recuperar o controle do país, faremos com que os Estados Unidos volte a ser um grande país”, costuma afirmar, reforçando seu slogan de campanha.

Partidário do “brexit”, Donald Trump revelou que uma das suas principais medidas será a de tentar retirar os Estados Unidos do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA, por sua sigla em inglês). Também criticou fortemente o Acordo de Associação Transpacífico (TPP por sua sigla em inglês), e assegurou que também afastará o país desse projeto: “o TPP seria um golpe mortal para a indústria manufatureira dos Estados Unidos”.

Em regiões como o “cinturão da ferrugem” do nordeste, onde mais se viu fábricas manufatureiras fechando e deixando altos níveis de desemprego e pobreza, esta promessa de Trump surte efeito.

4) O mesmo efeito ocorre a respeito de sua postura contrária aos ajustes neoliberais em matéria de seguridade social. Muitos eleitores republicanos com mais de 65 anos, vítimas da crise econômica de 2008, carecem dos benefícios como a aposentadoria e o seguro público de saúde criado pelo presidente Barack Obama, e que outros líderes republicanos queriam revogar. Trump prometeu não tocar nestes avanços sociais, e ainda garantiu que diminuirá o preço dos medicamentos, que ajudará a resolver os problemas dos “sem teto”, reformar a fiscalização aos pequenos contribuintes e suprimir o imposto federal que afeta 73 milhões de lares modestos.

5) Contra a arrogância de Wall Street, Trump propõe aumentar significativamente os impostos dos corretores da bolsa, que ganham fortunas. Ele apoia o restabelecimento da Lei Glass-Steagall (aprovada em 1933, em plena depressão econômica da época), que separou a banca tradicional da banca de investimentos, com o objetivo de evitar que a primeira pudesse fazer investimentos de alto risco. Obviamente, todo o setor financeiro se opõe absolutamente a esta medida.

6) Em termos de política internacional, Trump fala em estabelecer uma aliança com a Rússia para combater com eficácia a organização Estado Islâmico (ISIS, por sua sigla em inglês), mesmo que, para isso, Washington tenha que reconhecer a anexação da Crimeia por parte dos russos.

7) Trump estima que, devido à sua enorme dívida soberana, os Estados Unidos já não dispõe dos recursos necessários para conduzir uma politica exterior intervencionista indiscriminada. Já não pode impor a paz a qualquer preço. Destoando do discurso dos caciques do seu partido, o empresário diz que sua postura é uma consequência lógica do final da Guerra Fria, e que é preciso mudar a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte, principal coalizão militar do Ocidente): “não haverá mais garantias de uma proteção automática dos Estados Unidos para os países da OTAN”.

Todas estas propostas não suavizam sua figura, nem absolvem o inaceitável e odioso, às vezes nauseabundo, das suas declarações e dos preconceitos que propagou durante a campanha. Porém, explicam melhor a razão do seu triunfo.

Em 1980, a inesperada vitória de Ronald Reagan para o mesmo cargo de presidente dos Estados Unidos levou o planeta a entrar num ciclo de duas décadas de neoliberalismo e de globalização financeira. A vitória de Donald Trump pode nos fazer entrar num novo ciclo geopolítico, que tem no “autoritarismo identitário” sua perigosa característica ideológica principal – que vemos surgir em todo o mundo, sendo a França, com a possível vitória de Marine Le Pen, o próximo possível exemplo dessa ascensão.

Um mundo velho está se derrubando, e o que parece vir depois disso é assustador.

Por: Ignacio Ramonet (Tradução: Victor Farinelli)

Fonte: Carta Maior

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Juazeiro do Norte (CE): Universitário e ex-policial é preso após agredir estudante dentro da UFCA

O princípio de um ato contra a PECC 55, realizado por acadêmicos na Universidade Federal do Cariri (UFCA), terminou em agressão na noite de hoje, dia 09. Uma universitária do curso de Jornalismo foi agredida com um chute no rosto por outro estudante, identificado como Marcos Alan, ex-policial militar e acadêmico do 2º semestre do curso de Filosofia da UFCA.

De acordo com os discentes, eles se organizavam para realizar um sarau, no Campus de Juazeiro do Norte, quando Marcos se aproximou e, após uma breve discussão, desferiu o golpe contra a estudante Bárbara Kauany de Castro Cunha. Antes, porém, ainda segundo os acadêmicos, ele teria agredido verbalmente o estudante do curso de Filosofia, Enrique Bruno Lima Martins.

“Estávamos todos reunidos para organizar o primeiro ato da ocupação, quando ele já chegou nos ofendendo e dizendo que se alguém o desacatasse, ele iria dar voz de prisão. A moça sentou no chão e disse que ele poderia prendê-la e nada mais”, contou o estudante.

Um dos universitários flagrou, em vídeo, toda a ação. As imagens mostram que após Marcos acertar um chute no rosto da jovem, dois seguranças terceirizados da Universidade o contêm e o retiram do local. Inconformados com a agressão, o grupo de estudantes corre em direção ao agressor, no entanto, são igualmente contidos. A Polícia Militar foi acionada e conduziu Marcos ao prédio da Polícia Federal, em Juazeiro, sob gritos de “machista”.



Em nota, o Centro Acadêmico Xico Sá repudiou todo e qualquer tipo de agressão, bem como casos de homofobia e machismo e ressaltou que “o caso aconteceu no período normal de aula e que a ocupação ainda não começou”. O vídeo foi postado nas redes sociais e rapidamente foi compartilhado, gerando “revolta e indignação” de muitos internautas.

Também por meio de nota, a UFCA repudiou “qualquer ato de homofobia e/o quaisquer violências contra gêneros e orientações sexuais dentro e fora dos campi desta Universidade”. Afirmou que a Universidade “tomará imediatamente medidas cabíveis para que o estudante agressor responda por seus atos”, e acrescentou que “a UFCA dará todo o apoio necessário aos estudantes agredidos”.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Comissão do Senado aprova legalização de jogos de azar

Sem fazer alarde, a Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional do Senado aprovou nesta quarta-feira projeto que legaliza a exploração comercial de jogos de azar em todo o território nacional. O texto inclui modalidades como jogo do bicho, bingos, apostas eletrônicas, jogos praticados em cassino, sweepstake (aposta em cavalos), entre outros.

O projeto foi apresentado em 2014 pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) — investigado na Operação Lava-Jato – e o relatório aprovado na comissão é do senador Fernando Bezerra (PSB-PE), também alvo das investigações.

No governo, havia uma preocupação em apoiar o texto antes da aprovação do impeachment, o que poderia afetar negativamente a imagem do presidente Michel Temer. Em meados deste ano, auxiliares de Temer pediram ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que adiasse a votação do projeto para depois do processo. Alguns assessores de Temer propõem que a legalização dos jogos seja vinculada a uma “causa nobre”, como o direcionamento de parte da receita arrecadada para Saúde, Previdência ou Segurança Pública — o que ajudaria a mitigar o impacto negativo da aprovação da proposta.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já defendeu “estruturas maiores”, notadamente os cassinos, como forma de elevar a receita com jogos. As demais formas de jogo de azar, para Maia, devem ser vistas com maior cuidado.

O texto aprovado, que ainda deve passar pelo plenário do Senado e depois ser enviado à Câmara, diz que a exploração de jogos de azar constitui serviço público cuja delegação compete exclusivamente à União. Pelo texto, a União delegará a exploração do jogo de azar e competirá aos órgãos federais responsáveis, a serem designados pelo Ministério da Fazenda, a supervisão, a regulação e a fiscalização das atividades, cabendo à Caixa Econômica Federal o papel de agente operador. A concessão da exploração de jogos de azar será sempre precedida de licitação

Segundo o relatório, a concessão terá prazo de vigência de até vinte e cinco anos, dependendo da modalidade de jogos de azar, mediante pagamento do valor homologado como contrapartida à União em razão da outorga. A concessão poderá ser prorrogada, uma única vez, por igual período.

O texto diz que o valor devido como contrapartida em razão da outorga será destinado, integralmente, ao financiamento da Saúde. As multas por descumprimento da lei podem ser aplicadas cumulativamente com outras penalidades e serão fixadas em valores de até 100% do faturamento bruto, por infração. O projeto estabelece ainda taxas de fiscalização que variam de acordo com o valor dos prêmios. Vão de R$ 51 mil para prêmios de até R$ 10 milhões mensais e chegam a R$ 4,1 milhões para premiações mensais a partir de R$ 400 milhões.

Fonte: O Globo

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Com Trump eleito, qual seria o risco de que uma guerra nuclear aconteça?

Sem dúvida nenhuma, a notícia que mais provocou ondas de choque pelo mundo ultimamente é a de que Donald Trump foi eleito Presidente dos Estados (Des)Unidos da América. Aliás, tem muita gente sentindo verdadeiro pânico a respeito do que o futuro reserva com o magnata no controle do país mais poderoso do planeta — e as especulações estão circulando loucamente pela internet.

Dentre tantos temas que geram preocupação está a possibilidade de que o mundo se veja envolto em um conflito global — e um interessante artigo sobre esse tema, publicado pelo portal The Atlantic em julho deste ano, voltou a causar certo alarme. Nele, Uri Friedman conversa com Richard Shirreff, um general britânico que ocupou o posto na OTAN de Vice-Comandante Supremo Aliado na Europa, e o militar arrisca previsões pra lá de perturbadoras.

Futuro incerto
O artigo em questão é intitulado What if Russia invaded the Baltics — and Donald Trump was President? (ou “E se a Rússia invadisse os países bálticos — e Donald Trump fosse Presidente?”, em tradução livre) e, nele, Shirreff relata alguns de seus maiores temores.

O militar fala, por exemplo, de como os russos reagiram — felizes — quando o então candidato Trump questionou a importância da OTAN para Washington e foi superambíguo sobre sua opinião com relação à intervenção militar que resultou na anexação da Crimeia à Rússia, em 2014.

De acordo com Shirreff, a OTAN depende completamente da liderança norte-americana e do desejo do país de oferecer apoio incondicional aos seus aliados. Isso significa que, se o Presidente dos EUA não estiver disposto a ajudar a organização, essa atitude poderia enfraquecer a aliança e inclusive levar a um distanciamento entre as defesas europeias e estadunidenses.

O problema é que, segundo insinua Shirreff, essa possibilidade pode levar os russos a ficarem, digamos... mais “saidinhos” — o que não é nada bom. Considerando a tensão que vem crescendo na região do Báltico atualmente, imagine que o Governo Russo decida invadir algum dos países da região, como a Letônia, por exemplo.

Essa ação poderia desestabilizar a região do Báltico inteira, além de ameaçar a aliança dos Estados que fazem parte da OTAN e de elevar o risco de que uma guerra nuclear ecloda. De acordo com o militar, caso essa invasão ocorra — algo que está longe de ser impossível —, é óbvio que a organização interferiria na situação, e a Rússia poderia decidir lançar um míssil nuclear contra um dos países membros.

Ficção ou realidade?
Na verdade, Shirreff escreveu um livro de ficção sobre o assunto — intitulado “2017 War With Russia” —, mas, no artigo do The Atlantic, ele admitiu que esse cenário seria totalmente plausível. Afinal, Putin já invadiu a Georgia, a Crimeia e a Ucrânia, então, quem garante que ele não vá fazer o mesmo com outro território? Conforme alertou o militar, devemos julgar o presidente russo por suas ações, e não pelo seu discurso.

E, se a Rússia invadisse mais algum país, a OTAN não teria outro remédio além de sair ao socorro da nação atacada — e os russos, pressionados, poderiam reagir usando suas armas nucleares. Então, caso isso ocorra, uma guerra poderia escalar surpreendentemente depressa, e sem os EUA para oferecer seu apoio, as coisas poderiam ficar bem feias para todos.

Fonte: Mega Curioso

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Governo do Estado não garante reajuste dos servidores em 2017

Pelo segundo ano seguido, o Governo do Estado não garante reajuste do salário dos servidores públicos para 2017. Em reunião na Assembleia Legislativa na manhã de ontem, o titular da Secretaria de Planejamento e Gestão do Ceará (Seplag), Hugo Figueiredo, disse que a prioridade será o pagamento em dia. O aumento do subsídio, segundo ele, será avaliado “no momento adequado”.

“Temos um crescimento de 10% previsto na folha de pessoal, que contempla servidores de universidades, mais policiais que serão chamados, professores. Naturalmente, há uma possibilidade de avaliar o reajuste no momento adequado”, explicou o secretário.

O debate sobre o Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2017 aconteceu na manhã de ontem, no segundo expediente da sessão da AL-CE, quando os parlamentares questionaram o secretário sobre pontos da matéria. Na ocasião, servidores protestavam nas galerias da Casa, enquanto deputados da base do governador Camilo Santana (PT) elogiavam o “equilíbrio” nas contas estaduais.

Respondendo a perguntas do deputado estadual Renato Roseno (Psol), Figueiredo afirmou que há uma expectativa de crescimento e que o reajuste pode acontecer, mas não pode ser garantido. “Nosso compromisso é não cair na vala comum de atraso de pagamento, temos que garantir esse compromisso de pagar a folha em dia”.

Roseno criticou a possibilidade de não haver reajuste. “Não se pode pedir dignidade a pessoas que já estão recebendo salários muito aquém da responsabilidade que têm”, argumentou. Em entrevista, ele disse ser “a questão mais preocupante” da matéria, junto com a possibilidade de aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55 no Senado, que limita os gastos e “pode haver redução das transferências”.

Em contrapartida, o líder do Governo na AL-CE, Evandro Leitão (PDT), afirmou que “vivemos numa retração econômica e temos que agir com tranquilidade e prudência”. Segundo ele, “não adianta ficar prometendo uma coisa que você não pode cumprir, principalmente ao servidor público”.

O deputado argumenta que o reajuste seria o “ideal”, mas que o momento de retração “faz com que o Estado tome algumas decisões difíceis”. Ele pondera, no entanto, que o aumento pode acontecer se houver uma melhora da economia do Estado em 2017. “É mais importante que possamos superar essa crise o quanto antes”.

Na reunião, o secretário também pôde destacar boas expectativas do Governo para o próximo ano. De acordo com ele, espera-se um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) cearense em 1,5%, índice acima do nacional.

Enviado para a Casa no mês passado, o Projeto da lei Orçamentária Anual de 2017 deve ser votada até o dia 20 de dezembro. Os deputados estaduais, porém, só têm até o dia 14 deste mês para propor emendas à matéria, que prevê as prioridades e os gastos do Governo.

Fonte: O Povo

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