Governo do Estado anuncia 10 medidas para economizar R$ 850 mi

Sob a justificativa de que a crise econômica no Brasil pode perdurar pelo menos até o primeiro quadrimestre de 2017 e com ela as quedas na arrecadação, o Governo do Ceará apresentou ontem, no Palácio da Abolição, um conjunto de dez medidas com a meta de acrescentar aos cofres públicos R$ 850 milhões por ano, considerada suficientes para compensar perdas de receita e manter investimentos demandados pela sociedade.

Os dez itens do chamado Plano de Sustentabilidade para o Desenvolvimento do Estado do Ceará incluem, dentre outros, aumento da contribuição previdenciária de servidores de 11% para 14%; alta da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente em itens básicos de 17% para 18%; e a instituição de um teto para gastos públicos a partir de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC).

Essas três medidas, a exemplo da maioria, serão enviadas hoje à Assembleia Legislativa. A intenção do governo é que elas sejam aprovadas antes do recesso parlamentar, que ocorre a partir do dia 22 deste mês.

Outros itens não precisam passar pelo crivo do Legislativo e serão implementados pelo governo imediatamente, como a redução de 10% das despesas de custeio (água, energia e combustível, por exemplo) do Estado e a criação de um grupo instituído por representantes da sociedade civil organizada para manter o diálogo com o poder público estadual a respeito do crescimento sustentável do Ceará.

Imposto
A alta do ICMS diz respeito à alíquota geral (modal), de itens básicos do dia a dia. Mauro Filho diz que são vários itens, como camisa, papel e clipe (para prender folhas).

"Todos os estados o Nordeste já aumentaram esse 1%. Os três mais importantes (que estão de fora do aumento) são o combustível, energia e comunicação", argumenta Mauro Filho. Se aprovado na Assembleia, o aumento da alíquota passa a valer a partir de abril de 2017 e renderá uma receita extra de R$ 130 milhões por ano.

Teto de gastos
Enquanto tramita no Senado a polêmica PEC 55, chegará ao Legislativo cearense hoje a chamada PEC para o "Crescimento Sustentável", que se assemelha à outra proposta por também impor limites a gastos públicos. A proposta do Executivo estadual, entretanto, tem claras distinções em relação à do governo federal, de acordo com Mauro Filho.

"Enquanto a União trata da limitação das despesas primárias, aqui no Estado nós estamos propondo uma PEC para as despesas primárias correntes. Traduzindo isso: investimento é uma despesa primária, mas é despesa de capital. A limitação da PEC do 'Crescimento Sustentável' é para despesas primárias correntes. Investimento está fora desse limite", frisa o secretário da Fazenda.

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Despesas
Segundo a Proposta de Ementa Constitucional do Executivo estadual, as despesas primárias correntes do Estado, ou seja, os gastos para custear os serviços públicos, do exercício de 2017 terão acréscimo de 7% sobre as pagas em 2016. Para os demais anos, a variação será limitada ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ou a 75% da receita corrente líquida.

A PEC do "Crescimento Sustentável" tem prazo de validade de 10 anos, com revisão no sexto ano de vigência. A proposta também assegura que a Saúde deve receber no mínimo 12% e Educação, 25% das receitas provenientes de impostos, de acordo com as regras constitucionais atuais.

Outras ações
As medidas do Plano de Sustentabilidade para o Desenvolvimento do Estado do Ceará também incluem a ausência de anistia ou remissão de tributos devidos ao Estado por 10 anos. Na prática, os Programas de Recuperação Fiscal (Refis) serão extintos por esse período.

Também está prevista no plano do governo a criação de um fundo com recursos oriundo de multas cobradas pela Procuradoria do Estado que serão destinas ao combate à corrupção.

Justificativa
De acordo com o titular da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará (Sefaz), Mauro Filho, as medidas do Plano de Sustentabilidade para o Desenvolvimento do Estado, as medidas irão compensar as perdas de arrecadação, que ocorre principalmente por conta das de quedas de repasses federais, provenientes do Fundo de Participação do Estados (FPE). "De janeiro a novembro deste ano, o Estado do Ceará recebeu R$ 466 milhões a menos (em comparação a igual período de 2015, via FPE), folha de pagamentos subindo. Além disso, o Estado do Ceará é o único que continua contratando", argumenta o secretário.

MURILO VIANA
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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Novos escândalos de Temer comprovam que o impeachment visava proteção de corruptos

Um dos principais argumentos usados pelos contrários ao impeachment da Presidente Dilma Rousseff era que ele daria poderes imediatos aos políticos de Brasília verdadeiramente corruptos — a principal força por trás do impeachment — que, então, usariam esse poder para interromper as investigações de corrupção e se proteger das consequências de seus crimes. Nesse sentido, o impeachment de Dilma não foi realizado para punir corruptos, mas para protegê-los. Nas duas últimas semanas, vimos dois novos escândalos de corrupção que confirmaram esse ponto de vista muito além do que seus defensores imaginavam ser possível.

Em pouco tempo de mandato, Temer já perdeu cinco ministros por escândalos, mas as mais novas controvérsias são as mais graves até o momento. Um dos escândalos envolve esforços do Congresso — liderado pelos mesmos partidos que articularam o impeachment de Dilma, e com o apoio de alguns do partido de Dilma — em aprovar uma lei que lhes daria anistia completa para seus crimes de financiamento de campanha.

No final de setembro, chegou ao Congresso um projeto de lei, como se tivesse surgido do nada, que impediria a punição de qualquer membro do Congresso pelo uso de verbas de caixa dois nas campanhas eleitorais, em que políticos recebem contribuições de oligarcas e grandes corporações por baixo dos panos.

Muitos dos políticos mais poderosos do país — incluindo o Ministro das Relações Exteriores, a maioria dos membros da Câmara dos Deputados e o próprio Presidente Temer – estão envolvidos nesse esquema e, por isso, correm o risco de serem processados. A tática do caixa dois tem sido uma ferramenta fundamental no pagamento de propinas a políticos. O problema se tornou ainda mais urgente porque Marcelo Odebrecht, presidente da Odebrecht, está prestes a finalizar um acordo de delação premiada e deve citar inúmeras figuras políticas de importância como recebedores de milhões de dólares em doações não declaradas.

Já foi relatado que o Ministro das Relações Exteriores de Temer, José Serra, recebeu R$ 23 milhões em verbas ilegais da Odebrecht, dos quais grande parte foram depositados em uma conta de um banco suíço. (Tais verbas são referentes à sua campanha presidencial de 2010, ano em que Dilma saiu vitoriosa, demonstrando que aqueles que foram derrotados nas urnas democraticamente e estão envolvidos em graves escândalos de corrupção são justamente os mesmos que chegaram ao poder com o impeachment de Dilma.)

Quando a lei da anistia surgiu em setembro, tudo foi realizado de forma que ninguém percebesse ou descobrisse quem era seu autor. À época, o  The Intercept Brasil a descreveu como uma manobra que “chocou até mesmo os analistas políticos mais calejados e acostumados com os complôs de Brasília. A articulação fracassou quando PSOL e Rede alertaram para o esquema e combateram os esforços no Congresso que visavam aprovar a anistia (Para fins de transparência: David Miranda, meu marido, foi eleito vereador da Cidade do Rio de Janeiro pelo PSOL). Assim concluímos nosso artigo de setembro: “Convencidos de seu próprio direito e capacidade de agir sem maiores consequências, não há dúvida de que tentarão cobrir-se de anistias novamente, quando não estiverem sendo observados.”

A hora chegou, exceto por já estarem fazendo isso às claras. Como praticamente todos os partidos têm figuras de importantes implicadas nesse esquema ilegal de financiamento de campanha,a maioria dos partidos se uniu abertamente em favor dessa anistia, fundamentando-se na teoria de que, agindo em conjunto, não serão culpabilizados e ninguém em particular poderá ser punido politicamente (ainda que grande parte dos partidos principais defenda a anistia, quase metade da bancada do PT se opõe a ela, assim como os dois partidos, PSOL e Rede, que se opuseram inicialmente).

Contudo, foi o grupo majoritário do Congresso quem liderou a batalha do impeachment e é agora leal a Temer e, com um número alto de membros correndo risco de serem acusados de usar caixa dois, pode praticamente garantir a aprovação da anistia. O próprio Temer se comprometeu a não vetá-la e seu partido, PMDB, apoia majoritariamente a proposta. A votação estava marcada para a semana passada, no entanto, com o escalar da pressão pública, foi adiada para a próxima terça-feira.

O juiz responsável, Sérgio Moro, avisou essa semana que a lei da anistia pode causar graves obstruções às suas investigações, o que, obviamente, é a principal finalidade da proposta. O juiz alertou que, de forma geral, passar medidas de anistia beneficiando os próprios políticos que as propuseram é exatamente o tipo de situação que destruiu a credibilidade das instituições políticas do Brasil.

Portanto, as pessoas responsáveis pelo impeachment da presidente democraticamente eleita, em nome da punição da corrupção e do cumprimento da lei, são as mesmas que agora recorrem ao poder obtido indevidamente para se esquivarem da responsabilização por seus próprios crimes políticos. Desde o princípio, essa foi a fraude central do impeachment de Dilma, e não há palavras para descrever o quão óbvio e claro esse propósito agora se revela. Mesmo o colunista estrela de O Globo – o jornal que mais se movimentou em favor do impeachment – admite agora que o argumento principal do grupo anti-impeachment foi comprovado.

É mais do que óbvio que esse era o verdadeiro objetivo por trás do impeachment desde o início. Em maio, um dos aliados mais próximos de Temer, Romero Jucá, foi forçado a se demitir do cargo de ministro após serem reveladas gravações nas quais admitia, preto no branco, que o impeachment de Dilma era necessário para interromper as investigações de corrupção, frisando que apenas com Dilma fora de cena seria possível que a mídia, os tribunais, os militares e a sociedade formassem um “pacto nacional” para deixar em paz os políticos corruptos de Brasília.

Contudo, apesar da renúncia forçada de Jucá em maio, ele acaba de ser nomeado líder do governo Temer no Senado porque, obviamente, o seu esquema de corrupção é compartilhado por Temer e pela facção que governa o país. Somente agora, os grandes veículos do país se veem obrigados a admitir o que era evidente desde o início: ao pedirem o impeachment, compactuaram no fortalecimento dos políticos mais corruptos do Brasil, garantindo assim que as investigações de corrupção fossem travadas.

Mas um esacândalo completamente novo ameaça diretamente o próprio Temer. Na semana passada, o Ministro da Cultura de Temer, Marcelo Calero, demitiu-se de forma extravagante, alegando pressão excessiva exercida por um dos aliados mais próximos de Temer, o Ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima, no sentido de forçar Calero a facilitar a realização de um projeto de construção de um prédio no qual Geddel tem interesse pessoal. Especificamente, Geddel pressionou Calero a garantir a aprovação da construção de um arranha-céus de luxo numa área histórica protegida de frente para o mar, edifício onde Geddel comprara um apartamento.

Temer começou por defender Geddel, insistindo veementemente que o mesmo não seria exonerado. O indicado de Temer na Comissão de Ética do Congresso bloqueou uma votação para investigar se Geddel teria violado regras de ética. Temer tentou por todos os meios menorizar a controvérsia com o intuito de proteger seu mais próximo aliado.

Mas isso não é mais possível. Ontem, Calero, o ministro que se tornou delator, prestou uma declaração sob juramento à Polícia Federal, alegando que não somente foi pressionado por Geddel para assegurar a aprovação do referido projeto de construção, como o próprio Temer também o abordou em duas ocasiões com o mesmo propósito. Em consequência, a primeira página de todos os principais jornais anunciava hoje de manhã em letras garrafais que o próprio Temer está implicado nesse escândalo e que, por isso, os partidos da oposição já instituíram procedimentos de impeachment contra o presidente.

(Geddel demitiu-se hoje pela manhã , enquanto este artigo estava sendo escrito: o sexta ministro de Temer perdido por conta de escândalos.) Mas agora precisamos perguntar: o que Geddel fez que Temer não tenha feito?

Tudo isso acontece no momento em que as principais figuras do partido de Temer, o centrista PMDB, não somente se veem envolvidas em escândalos políticos, mas estão sendo presos. Eduardo Cunha, o Presidente da Câmara dos Deputados que presidiu e foi a força motriz do impeachment de Dilma, está agora na prisão, aguardando julgamento por lavagem de dinheiro e suborno, após ter sido revelado que escondia milhões em contas bancárias suíças, enquanto o Ex-governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, foi preso na semana passada sob acusações de controlar um esquema de corrupção de grande escala.

Essa sempre foi uma das mais gritantes ironias do impeachment de Dilma: o partido mais empoderado pelo impeachment, o PMDB de Temer (anteriormente em aliança formada com o PT), não somente destruiu sozinho o Rio de Janeiro mediante inaptidão e corrupção, como também reúne os líderes políticos mais descaradamente criminosos do continente.

Fonte: The Intercept

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Renan Calheiros é denunciado ao STF na Lava Jato por lavagem e corrupção

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nesta segunda-feira (12) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) na Operação Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele pede a perda dos mandatos dos dois parlamentares em caso de condenação.

Os dois são acusados pelo Ministério Público de terem cometido lavagem de dinheiro e corrupção passiva na contratação da empresa Serveng Civilsan pela Petrobras.

O diretor da Serveng Civilsan Paulo Twiaschor também foi denunciado por Janot por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Os dois parlamentares do PMDB negam terem cometido irregularidades. Já a fornecedora da Petrobras disse que recebeu com "indignação" a denúncia contra um de seus executivos 

Para que Renan e Aníbal Gomes virem réus, os ministros do Supremo precisam aceitar a denúncia e abrir uma ação penal. Antes, contudo, o tribunal deve notificá-los para que apresentem defesa prévia.

No posto de presidente do Senado, Renan teria a prerrogativa de ser julgado pelo plenário do STF, que reúne os 11 ministros da Corte. No entanto, já que o mandato do peemedebista no comando da casa legislativa se encerra em fevereiro, a denúncia deverá ser analisada pela Segunda Turma do Supremo, que é composta por cinco magistrados.

Na denúncia, Renan e Aníbal são acusados de terem recebido R$ 800 mil em propina e lavagem de dinheiro após doações oficiais da Serveng.

Segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa – um dos delatores da Lava Jato –, os dois peemedebistas receberam propina para viabilizar o negócio.

Janot afirmou na denúncia que, em troca do suborno, os parlamentares ofereceram apoio para manter Paulo Roberto Costa no comando da diretoria de Refino e Abastecimento da Petrobras. A acusação foi confirmada por outros delatores da Lava Jato, como Alberto Youssef, Fernando Soares – o Fernando Baiano – e o senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS).

O procurador-geral destacou ainda que, em contrapartida, o ex-dirigente da Petrobras agiu para que a Serveng Civilsan mantivesse contratos com a estatal.

O chefe do MP ressaltou ao Supremo que tem provas das irregularidades, como o registro de entradas dos suspeitos na Petrobras e os dados de quebra de sigilos bancários que, segundo ele, confirmam as informações prestadas pelos delatores.

Doações dissimuladas
A Procuradoria Geral da República relatou na denúncia que o diretor da Serveng que foi denunciado fez duas doações oficiais ao diretório nacional do PMDB em troca da retaguarda política do senador e do deputado do PMDB.

Conforme as investigações, uma das contribuições, de R$ 500 mil, foi repassada ao partido em 18 de agosto de 2010. A segunda doação, informaram os procuradores da República, foi de R$ 300 mil e ocorreu em 24 de setembro de 2010.

Posteriormente, afirma o MP, o dinheiro foi repassado do diretório nacional para o comitê financeiro do partido em Alagoas e de lá para Renan em operações financeiras fracionadas. A manobra foi classificada pela Procuradoria como uma "estratégia de lavagem de dinheiro".

Janot pediu ao STF que Renan e Aníbal sejam afastados dos cargos eletivos e, além disso, paguem multa de R$ 1,6 milhão aos cofres públicos por conta dos crimes que teriam cometido ao receber propina em contrapartida ao contrato da Petrobras com a Serveng Civilsan.

Da indenização cobrada pelo Ministério Público, R$ 800 mil se referem a reparação por danos materiais e outros R$ 800 mil ao valor que teria sido desviado da estatal do petróleo.

Outras investigações
Renan Calheiros se tornou réu no início do mês acusado de peculato (desvio de dinheiro público), mas em uma investigação que não tem relação com o esquema de corrupção que atuava na Petrobras.

Neste processo, a PGR afirma que Renan fraudou movimentação financeira para justificar ter dinheiro para pagar a pensão de uma filha que teve em uma relação extraconjugal com a jornalista Mônica Velloso.

A denúncia desta segunda-feira foi apresentada em um dos oito inquéritos nos quais o senador peemedebista é alvo na Suprema Corte.

Além dos oito inquéritos em que é investigado na Lava Jato, Renan ainda responde a outros três inquéritos no STF, sendo um da Operação Zelotes – que apura um esquema de compra de sentenças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf)–, um sobre fraudes na construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e outro sobre movimentação financeira suspeita.

O que disseram os denunciados
Em nota, a assessoria de Renan afirmou que o senador "jamais autorizou ou consentiu" que Aníbal Gomes "ou qualquer outra pessoa falasse em seu nome em qualquer circunstância" (leia a íntegra do comunicado ao final desta reportagem).

"O senador reitera que suas contas eleitorais já foram aprovadas e está tranquilo para esclarecer esse e outros pontos da investigação", destaca trecho da nota.

Aníbal Gomes disse ao G1 que ainda não havia tomado conhecimento da denúncia da PGR, mas negou envolvimento em qualquer irregularidade.

O parlamentar cearense afirmou que acompanhou representantes da Serveng em uma reunião com Paulo Roberto Costa. O encontro, segundo Gomes, teve como objetivo apresentar o projeto de um porto com investimento privado e questionar se a Petrobras tinha interesse em alugar um ponto do empreendimento.

“A Petrobras não se interessou, nada foi feito. E mesmo que tivesse acontecido, não envolvia dinheiro público”, disse.

Por meio de nota, a Serveng Civilsan informou à TV Globo que recebeu com "surpresa e indignação" a notícia de que um de seus funcionários foi também denunciado pela PGR.

"Ao longo de toda a investigação a empresa esteve à disposição das autoridades tendo inclusive prestado detalhado depoimento. A alegação de que a Serveng Civilsan fez doações eleitorais com o fim de 'participar de licitações mais vultosas na Petrobras' não faz qualquer sentido e sua inveracidade será provada na primeira oportunidade que nossa defesa tiver para se manifestar nos autos, diz trecho do comunicado divulgado pela empresa.

Leia a íntegra da nota divulgada por Renan Calheiros:

Nota Pública

O senador Renan Calheiros jamais autorizou ou consentiu que o deputado Aníbal Gomes ou qualquer outra pessoa falasse em seu nome em qualquer circunstância.

O senador reitera que suas contas eleitorais já foram aprovadas e está tranquilo para esclarecer esse e outros pontos da investigação.

Assessoria de Imprensa
Presidência do Senado

Leia a íntegra da nota divulgada pela Serveng Civilsan:

Apesar de não ter tido ainda acesso ao conteúdo da denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República, a Serveng Civilsan recebe com surpresa e indignação as notícias dando conta que um de seus funcionários foi também denunciado.

Ao longo de toda a investigação a empresa esteve à disposição das autoridades tendo inclusive prestado detalhado depoimento.

A alegação de que a Serveng Civilsan fez doações eleitorais com o fim de “participar de licitações mais vultosas na Petrobras” não faz qualquer sentido e sua inveracidade será provada na primeira oportunidade que nossa defesa tiver para se manifestar nos autos.

Fonte: G1

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Exército diz que só 'malucos' apoiam intervenção militar no caos político

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, diz que há "chance zero" de setores das Forças Armadas, principalmente da ativa, mas também da reserva, se encantarem com a volta dos militares ao poder. Admite, porém, que há "tresloucados" ou "malucos" civis que, vira e mexe, batem à sua porta cobrando intervenção no caos político.

"Esses tresloucados, esses malucos vêm procurar a gente aqui e perguntam: 'Até quando as Forças Armadas vão deixar o país afundando? Cadê a responsabilidade das Forças Armadas?'" E o que ele responde? "Eu respondo com o artigo 142 da Constituição. Está tudo ali. Ponto".

Pelo artigo 142, "as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem."

O que o general chama hoje de "tresloucados" corresponde a uma versão atualizada das "vivandeiras alvoroçadas" que, segundo o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, primeiro presidente do regime militar, batiam às portas dos quartéis provocando "extravagâncias do Poder militar", ou praticamente exigindo o golpe de 1964, que seria temporário e acabou submetendo o país a 21 anos de ditadura.

"Nós aprendemos a lição. Estamos escaldados", diz agora o comandante do Exército.

Reunião com Temer
Ele relata que se reuniu com o presidente Michel Temer e com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e avisou que a tropa vive dentro da tranquilidade e que a reserva, sempre mais arisca, mais audaciosa, "até o momento está bem, sob controle". De fato, a crise política, econômica e ética atinge proporções raramente vistas, mas os militares da ativa estão mudos e os da reserva têm sido discretos, cautelosos.

"Eu avisei (ao presidente e ao ministro) que é preciso cuidado, porque essas coisas são como uma panela de pressão. Às vezes, basta um tresloucado desses tomar uma atitude insana para desencadear uma reação em cadeia", relatou o general Villas Bôas, lembrando que há temas mais prosaicos do que a crise, mas com igual potencial de esquentar a panela, como os soldos e a Previdência dos militares.

Na sua opinião, Temer "talvez por ser professor de Direito Constitucional, demonstra um respeito às instituições de Estado que os governos anteriores não tinham. A ex-presidente Dilma (Rousseff), por exemplo, tinha apreço pelo trabalho das pessoas da instituição, mas é diferente".

Em entrevista ao Estado, na sua primeira manifestação pública sobre a crise política do país, o comandante do Exército admitiu que teme, sim, "a instabilidade". Indagado sobre o que ele considerava "instabilidade" neste momento, respondeu: "Quando falo de instabilidade, estou pensando no efeito na segurança pública, que é o que, pela Constituição, pode nos envolver diretamente".

Aliás, já envolve, porque "o índice de criminalidade é absurdo" e vários Estados estão em situação econômica gravíssima, como Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Minas Gerais. Uma das consequências diretas é a violência.

Ao falar sobre a tensão entre o Judiciário e o Legislativo, depois que o ministro Marco Aurélio Mello afastou o senador Renan Calheiros da presidência do Senado por uma liminar e Renan não acatou a ordem judicial, o comandante do Exército admitiu: "Me preocupam as crises entre Poderes, claro, mas eles flutuam, vão se ajustando".

O general disse que se surpreendeu ao ver, pela televisão, que um grupo de pessoas havia invadido o plenário da Câmara pedindo a volta dos militares. "Eu olhei bem as gravações, mas não conheço nenhuma daquelas pessoas", disse, contando que telefonou para o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) para se informar melhor e ouviu dele: "Eu não tenho nada a ver com isso".

Bolsonaro
Bolsonaro, um capitão da reserva do Exército que migrou para a vida política e elegeu-se deputado federal, é uma espécie de ponta de lança da direita no Congresso e não apenas capitaneia a defesa de projetos caros às Forças Armadas, como tenta verbalizar suas dúvidas, angústias e posições e se coloca como potencial candidato à Presidência em 2018.

"No que me diz respeito, o Bolsonaro tem um perfil parlamentar identificado com a defesa das Forças Armadas", diz o general, tomando cuidado com as palavras e tentando demonstrar uma certa distância diplomática do deputado.

É viável uma candidatura dele a presidente da República em 2018, como muitos imaginam? A resposta do general não é direta, mas diz muito: "Bolsonaro, a exemplo do (Donald) Trump, fala e se comporta contra essa exacerbação sem sentido do tal politicamente correto". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: UOL (Com Estadão Conteúdo)

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Os benefícios dos alimentos antiinflamatórios para a saúde

Produtos ricos em substâncias como o ácido graxo ômega 3, a alicina, a antocianina e a vitamina C são classificados como alimentos antiinflamatórios por terem a capacidade de aumentar a secreção de alguns hormônios que inibem e/ou bloqueiam a ação inflamatória para reparar uma lesão.

“O processo inflamatório serve como barreira do organismo para microrganismos nocivos não penetrarem nas mucosas e feridas e comprometerem a saúde. Os alimentos têm papel importante nesse processo, pois ajudam a fortalecer o sistema imunológico e o equilíbrio de todas as funções básicas do organismo”, afirma Roseli Rossi, nutricionista especialista em Nutrição Clínica, ao acrescentar que, atualmente, muitos estudos estão em desenvolvimento no mundo para explicar a atividade antiinflamatória de alguns compostos existentes nos alimentos.

Saiba quais são os alimentos antiinflamatórios
Os pesquisadores relatam que a quantidade de agentes fitoquímicos – vitaminas, minerais e antioxidantes –, de ácidos graxos essenciais, de complexos bioativos e a carga glicêmica dos alimentos são os fatores que conferem maior ou menor capacidade antiinflamatória a eles. Baseada nesses critérios, a nutricionista norte-americana Monica Reinagel, autora do livro The Inflammation Free – Diet Plan, conseguiu atribuir em suas pesquisas um Fator Inflamatório (IF) a uma série de alimentos, que exercem impacto positivo ou negativo sobre o organismo quando entra na circulação.

Na tabela de Reinagel, por exemplo, o alho macerado está no topo dos classificados como antiinflamatórios, já que possui substâncias bioativas com potencial de modular o processo inflamatório. O salmão está em segundo lugar, seguido do atum e da cebola. Os peixes, em especial de águas frias, são ótimas fontes de ácidos graxos ômega-3, que são convertidos em substâncias semelhantes aos hormônios que reduzem inflamações, assim como o azeite de oliva extravirgem e a semente de linhaça. “O ômega 3 é um ácido graxo monoinsaturado que colabora com a redução do LDL-colesterol e o aumento do HDL. Com o colesterol em dia, esses nutrientes antiinflamatórios acabam tendo função cardioprotetora também”, informa Roseli Rossi.

A nutricionista explica ainda que os nutrientes presentes no chá verde favorecem a menor absorção de gordura e a redução do LDL-colesterol, o que diminui o risco para doenças cardiovasculares. Também estão na lista de nutrientes antiinflamatórios a vitamina C, presente nas frutas cítricas e nos brócolis; a antocianina existente nas frutas vermelhas como romã, melancia, cereja, morango e goiaba; o licopeno do tomate e a quercetina da maçã, entre outras verduras e frutas que possuem fitosubstâncias com propriedade antiinflamatória.

Os benefícios dos alimentos probióticos
Considerados alimentos funcionais pelas autoridades de saúde do mundo inteiro, os alimentos probióticos – a exemplo do leite fermentado Yakult com Lactobacilos casei Shirota – contêm bactérias que oferecem diversos benefícios à saúde, com destaque para a ação antiinflamatória do intestino. Esses microrganismos colonizam e participam da proteção do aparelho digestório, diminuindo a concentração e a ação de bactérias patogênicas. “Junto com as fibras, os alimentos probióticos favorecem a melhor digestão e a eliminação de substâncias tóxicas do organismo, e aumentam expressivamente o valor nutritivo e terapêutico dos alimentos, fato que ajuda a fortalecer a imunidade”, destaca Maria Del Rosário, médica nutróloga e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia – Regional Santa Catarina (Abran-SC).

Alimentos que estimulam a inflamação
Assim como a Ciência busca explicar a ação antiinflamatória de alguns nutrientes, os pesquisadores também alertam para a inflamação anormal, de ordem patológica e crônica, como a obesidade, o diabetes e outras doenças, que podem ser favorecidas pelo consumo de substâncias inflamatórias presentes em alguns alimentos. Batata assada, batata frita, bolos, biscoitos, trigo branco e farinha integral são alguns exemplos de alimentos com alto índice glicêmico e que estimulam a inflamação anormal. “Ainda há muito o que estudar e comprovar a respeito. O que se sabe é que, no mundo atual, há um grande desequilíbrio no consumo de substâncias biologicamente ativas e compostos inflamatórios, como os produtos industrializados, ricos em gordura trans que causam diversos transtornos alimentares”, alerta Maria Del Rosário.

Por isso, uma dieta balanceada é fundamental para o bom funcionamento do organismo de forma geral. Quer mais dicas de alimentação saudável? Não deixe de acompanhar as dicas da nutricionista aqui no Doutíssima.

Fonte: Doutíssima

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Governo Temer termina com ele ainda no cargo

O governo Temer começou a terminar neste domingo, 11 de dezembro de 2016, quando o presidente da República esboçou sua reação à delação coletiva da Odebrecht. De saída, concluiu que nada justifica a demissão de auxiliares como Eliseu Padilha e Moreira Franco. Não se deu conta de que nada, neste caso, é uma palavra que ultrapassa tudo. De resto, Temer estimulou aliados a questionarem o vazamento de delação ainda não homologada pela Justiça. Ficou entendido que, incapaz de curar a doença, opera para esconder a radiografia.

Temer está diante de uma adversidade que lhe sonega o único papel que desempenhou nos seis meses de sua gestão. Não pode mais culpar a herança de Dilma Rousseff por tudo. O apodrecimento do PMDB é culpa dos políticos que o controlam. Temer preside a legenda há 15 anos. Não demite padilhas e moreiras porque eles não fizeram nada que não estivesse combinado. Não se afasta de renans e jucás porque todos os gatunos ficaram pardos depois que o PMDB virou apenas mais uma organização partidária com fins lucrativos.

Em política, não adianta brigar com o inevitável. Diante de um pé d’água, a primeira coisa a fazer é encontrar um guardachuva. A segunda, é abrir o guardachuva. A terceira, é tentar se molhar o mínimo possível. Alcançado por um temporal, Temer está ensopado. Começou a se molhar quando ainda era vice-presidente. Convidou Marcelo Odebrecht para jantar no Jaburu. Antes que fosse servida a sobremesa, mordeu o comensal em R$ 10 milhões. Ao liberar a grana para os destinatários combinados, o príncipe das empreiteiras transformou o guardachuva de Temer numa armação sem pano.

Na fase de montagem do seu ministério, Temer reuniu os amigos em São Paulo para definir o posto que cada um ocuparia no seu governo provisório. Nesse encontro, firmou-se um entendimento prévio: auxiliares pilhados em escândalos  deveriam tomar a iniciativa de se afastar dos respectivos cargos. Participaram da conversa, além de Temer: Romero Jucá, Geddel Vieira Lima. Eliseu Padilha e Moreira Franco. Jucá e Geddel já deixaram a Esplanada. Padilha e Moreira também já caíram, só que Temer finge que não percebeu.

O governo de Micher Temer, tal como o presidente imagina existir, já acabou. Ainda que permaneça no Planalto até 2018, Temer será um presidente coxo. Constrangido e rejeitado, promote reformas e crescimento econômico arrastando as correntes da Odebrecht como um zumbi.

Fonte: Blog do Josias de Souza/UOL

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Entenda como foi o conchavo nos Três Poderes para salvar Renan Calheiros

O Supremo Tribunal Federal foi desrespeitado quando o Senado não cumpriu a decisão judicial de afastar Renan Calheiros. Embora gravíssimo, o fato precedeu uma das maiores articulações combinadas da história política recente na capital da República.

A análise foi originalmente publicada no Poder360.

A operação para salvar o presidente do Senado, na realidade, foi uma demonstração de força do atual presidente da República. A maioria do STF comprou a narrativa de que a queda de Renan produziria um caos legislativo. Em seguida, viria a derrocada na economia. Por fim, uma eventual queda de Michel Temer. Tudo considerado, o que o Supremo fez foi emitir 2 sinais:

1) não quer derrubar o atual governo e

2) o caminho possível é com quem já comanda o Planalto.

Os articuladores
A cúpula inteira do Senado trabalhou para construir uma maioria pró-Renan no STF. Até petistas participaram. O Planalto se engajou o quanto pôde. Os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes foram loquazes nas conversas de bastidores. Gilmar atuou de maneira remota: está em Estocolmo em viagem oficial.

O ministro Celso de Mello teve papel fundamental na manobra: o decano aceitou ontem à noite antecipar seu voto na sessão desta 4ª feira. A estratégia foi publicada pelo Poder360.

A adesão de Celso de Mello foi comemorada como vitória antecipada. Havia ministros indecisos. Ricardo Lewandowski, sempre cioso de sua imagem pública, temia “ficar com o grupo derrotado”. Celso de Mello matou no peito e abriu o julgamento dizendo que discordava da decisão de Marco Aurélio. O resto é história.

Cármem Lucia foi com a maioria
Na 2ª feira, quando Marco Aurélio havia decidido afastar Renan Calheiros (leia aqui a decisão) a presidente do STF, Cármen Lúcia, embarcou na onda. Na 3ª feira pela manhã, estava propensa a manter a decisão do colega e contra Renan. Na 4ª feira,  foi a última a votar e quando o placar já estava definido, preferiu aderir à ala majoritária.

Fonte: Blog do Fernando Rodrigues/UOL (Via Poder360)

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Lula lidera em todos os cenários de 1º turno para Presidência em 2018

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cresceu nas simulações de primeiro turno na comparação com o levantamento anterior do instituto de pesquisa, realizado em julho, mas perderia a eleição para Marina em um eventual segundo turno por uma diferença de nove pontos.

A ex-senadora Marina Silva (Rede) é a líder nos cenários de segundo turno da eleição presidencial de 2018 segundo pesquisa de intenção de voto do Datafolha.

Já nos cenários de segundo turno contra adversários do PSDB, Lula oscilou positivamente e teria pequena vantagem numérica em disputas contra o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), o chanceler José Serra (PSDB) ou o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Nas três situações, o quadro é de empate técnico, pois a pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Na pesquisa, realizada nos dias 7 e 8 de dezembro com 2.828 pessoas com 16 anos ou mais, nenhum dos três tucanos obteve elevação nas intenções de voto, tanto em cenários de primeiro como de segundo turno.

Em duas simulações de primeiro turno, nas quais os candidatos do PSDB seriam Alckmin ou Serra, Marina obteria com folga o segundo posto.

No cenário em que o candidato tucano é Aécio, Marina tem 15% das intenções de voto contra 11% do congressista mineiro, situação que configura empate técnico.

Em uma quarta simulação, na qual também estaria na disputa o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, Marina empata numericamente com o magistrado no segundo posto, com 11%.

Quando à intenção de voto em um segundo turno contra os tucanos, a dianteira de Marina é de pelos menos vinte pontos percentuais. Essa é a margem contra Serra (47% contra 27%).

O desempenho da ex-senadora, que nunca disputou um segundo turno presidencial, teve poucas oscilações em relação ao último levantamento de julho.

Desde aquele mês, a ex-senadora não foi citada em novas revelações sobre a Lava Jato ou outras apurações.

Marina foi mencionada no noticiário sobre a investigação de corrupção na Petrobras em junho. O nome dela pareceu em informação revelada pelo jornal "O Globo" e confirmada pela Folha sobre as negociações para fechamento de acordo de delação do ex-presidente da empreiteira OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro.

Pinheiro afirmou que representantes de Marina pediram a ele contribuição para o caixa dois da campanha presidencial em 2010 porque ela não queria aparecer associada a empreiteiras.

A ex-senadora nega recebimento de recursos ilícitos.

Ela também tem se mantido pouco presente no debate político do país, sendo criticada por aliados.

Rejeição
A pesquisa também aponta que o presidente Michel Temer passou a ocupar o primeiro lugar no ranking de rejeição para o primeiro turno das próximas eleições.

O percentual de entrevistados que não votaria em Temer em nenhum cenário saltou de 29%, em julho, para 45%.

O presidente está em situação de empate técnico com Lula, cuja taxa de rejeição é de 44%, segundo o Datafolha.

O terceiro posto na pesquisa sobre rejeição é ocupado por Aécio, que oscilou um ponto para cima e está com índice de 30%.

Fonte: Folha.com

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63% dos brasileiros querem que Temer renuncie, diz Datafolha

A maioria da população brasileira (63%) é favorável à renúncia do presidente Michel Temer (PMDB) ainda neste ano para que haja eleição direta, apontou a pesquisa do Datafolha.

Segundo o levantamento, 27% dos entrevistados se disseram contra a saída do peemedebista para esse fim, 6% se declararam indiferentes e 3% não souberam responder.

Para que a população vá às urnas e escolha um novo presidente para o mandato-tampão, seria necessário que Temer deixasse o cargo até 31 de dezembro.

Segundo o artigo 81 da Constituição Federal, um novo pleito direto deve ser convocado em 90 dias se os cargos de presidente e vice-presidente ficarem sem titulares.

Do contrário, a eleição é indireta. "Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita 30 dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional", determina o texto constitucional.

No questionário, o Datafolha expôs resumidamente esse cenário.

"Uma situação em que poderia haver eleição antecipada para a Presidência no Brasil seria em caso de renúncia de Michel Temer até o final deste ano. Você é a favor ou contra Michel Temer renunciar até o final do ano para a convocação de uma nova eleição direta para a Presidência da República?", perguntou o instituto.

A pesquisa, realizada entre 7 e 8 de dezembro, com 2.828 pessoas de 16 anos ou mais, tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Chapa
A parcela da população que queria uma nova eleição direta em julho é a mesma que a atual.

Naquela ocasião, o processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) estava em curso. Para que houvesse nova eleição direta, era necessário que tanto ela quanto Temer deixassem os respectivos cargos.

No questionário anterior, o Datafolha perguntou se o entrevistado era "a favor ou contra Michel Temer e Dilma Rousseff renunciarem para a convocação de novas eleições para a Presidência da República ainda neste ano".

Das pessoas ouvidas pelo instituto à época, 62% defenderam a renúncia de ambos a fim de que se realizasse novo pleito direto; 30% foram contra; 4% não sabiam e 4% se declararam indiferentes.

No Tribunal Superior Eleitoral, tramita uma ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer da eleição de 2014, o que pode provocar a saída do peemedebista do cargo.

O caso, porém, não terá uma definição neste ano. Se o tribunal cassar o peemedebista, haverá uma eleição indireta no Congresso.

Fonte: Folha.com

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“Justiça”, “Boca Mole”, “Caju”, “Índio”, “Caranguejo”. Veja quem é quem na lista de codinomes da Odebrecht

Em delação premiada à Operação Lava Jato, executivos da empreiteira Odebrecht afirmam ter feito pagamentos a diversos parlamentares e autoridades em geral para que cuidassem dos interesses da empresa no poder público. Para identificar deputados, senadores e demais autoridades, a empresa usava apelidos curiosos como: “Justiça”, “Boca Mole”, “Caju”, “Índio”, “Caranguejo”. As informações foram divulgadas pelo site Buzzfeed Brasil em matéria dos repórteres Severino Motta e Alexandre Aragão.

De acordo com o material a que o site teve acesso fruto da delação premiada do ex-vice-presidente de relações institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho, os seguintes nomes eram usados para disfarçar, em um primeiro momento, as figuras públicas.

Veja a lista:

Caju – Romero Jucá (PMDB-RR). Ex-ministro do Planejamento de Michel Temer e considerado por Cláudio Melo Filho responsável pela arrecadação de dinheiro no âmbito do PMDB no Senado e posterior distribuição para campanhas eleitorais – oficialmente ou por meio de caixa dois. Em nota, o Jucá afirmou que desconhece a delação do ex-vice-presidente da Odebrecht e nega que recebesse recursos para o PMDB.

Justiça – Renan Calheiros (PMDB-AL). Presidente do Senado Federal é apontado pelo delator como um dos principais articuladores dos interesses da empreiteira na Casa. Ainda segundo informações do Buzzfeed, quem falava em nome de Renan era Romero Jucá.

Em nota, a assessoria da presidência do Senado disse que Renan Calheiros nunca autorizou ou credenciou qualquer pessoa a usar seu nome. Disse ainda que ele jamais recebeu vantagens de quem quer que seja.

Destacou ainda que todas as contas eleitorais e pessoais do senador são regulares e com recursos de origem conhecida.

Índio – Eunício de Oliveira (PMDB-CE). Senador também era representado por Romero Jucá, que, segundo o delator, recebeu R$ 22 milhões em nome de Eunício e Renan Calheiros. O pagamento era para que os senadores garantissem a aprovação de projetos e medidas provisórias de tal forma que os interesse da Odebrecht fossem preservados nas matérias.

Eunício de Oliveira, por sua vez, afirmou que “nunca autorizou o uso de seu nome por terceiros e jamais recebeu recursos para a aprovação de projetos ou apresentação de emendas legislativas”. Disse ainda que, “a contribuição da Odebrecht, como as demais, fora recebidas e contabilizadas de acordo com a Lei. E as contas aprovadas pela Justiça eleitoral”.

Babel – Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). Exonerado da Secretaria de Governo de Michel Temer há duas semanas após envolver o governo em uma crise. Ele teria recebido R$ 1,5 milhão do esquema. O delator, baiano como o ex-ministro, apresentou como prova de seu relacionamento com Geddel mais de 100 ligações registradas em seu celular.

Bitelo – Lúcio Viera Lima (PMDB-BA). Irmão de Geddel e deputado federal também é citado na delação. Segundo o ex-diretor da Odebrecht, Lúcio, para não atrapalhar a aprovação de uma medida provisória de interessa da Odebrecht, recebeu entre R$ 1 milhão a R$ 1,5 milhão. Segundo o deputado, “todas as doações foram declaradas”.

Primo – Eliseu Padilha (PMDB-RS). Ministro da Casa Civil centralizava arrecadações para Temer, então candidato à reeleição à vice-presidente nas eleições de 2014. De acordo com o delator, Padilha atua como verdadeiro “preposto de Michel Temer e deixa claro que muitas vezes fala em seu nome”. O ministro Eliseu Padilha lembrou que não foi candidato a cargos eleitorais em 2014 e afirmou que jamais discutiu arrecadação com quem quer que seja.

Angorá – Moreira Franco (PMDB-RJ). Secretário especial de governo também seria responsável por arrecadar verba para Temer, porém, valores menores do que Eliseu Padilha. Moreira Franco disse que a delação é mentirosa e que jamais falou sobre política ou sobre doações para o PMDB com Cláudio Melo Filho. O ministro Eliseu Padilha lembrou que não foi candidato a cargos eleitorais em 2014 e afirmou que jamais discutiu arrecadação com quem quer que seja.

Caranguejo – Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que, segundo o delator, recebeu R$ 7 milhões para auxiliar nas pautas de interesse da empreiteira na Câmara dos Deputados.

Polo – Jacques Wagner (PT-BA). Ex-ministro de Dilma e ex-governador da Bahia, Jacques recebeu ainda um relógio Hublot modelo Oscar Niemeyer que custa cerca de R$ 80 mil. Segundo o delator, o político foi beneficiado com diversos pagamentos. Somente em 2010 o delator diz que lhe foram destinados cerca de R$ 9,5 milhões.

Ferrari – Delcídio do Amaral (ex-PT-MS). Senador cassado recebeu, após a aprovação de um projeto no Senado sobre alíquotas de ICMS, recebeu R$ 500 mil.

Botafogo – Rodrigo Maia (DEM-RJ). Atual presidente da Câmara dos Deputados foi citado por Melo Filho como o destinatário de R$ 100 mil enviados pela Odebrecht.

Las Vegas – Anderson Dornelles. Fiel assessor de Dilma Rousseff aparece na delação de Melo Filho como destinatário de mesada de R$ 50 mil da empreiteira.

Campari – Gim Argello (PTB-DF). Segundo Melo Filho, ex-senador atualmente preso pela Lava Jato recebeu R$ 1,5 milhão em espécie.

Cerrado, Pequi ou Helicóptero – Ciro Nogueira (PP-PI). Senador recebeu R$ 1,6 milhão da empreiteira, segundo Melo Filho.

Pino ou Gripado – José Agripino Maia (DEM-RN). Senador aparece como sendo beneficiário de R$ 1 milhão que lhe teriam sido destinados pela Odebrecht após pedidos de Aécio Neves. Em nota, Agripino afirmou que desconhece a delação. Aécio Neves ainda não se pronunciou.

Todo Feio – Inaldo Leitão. Ex-deputado teria recebido R$ 100 mil.

Corredor – Duarte Nogueira (PSDB-SP). Prefeito eleito de Ribeirão preto é citado como beneficiário de R$ 350 mil no sistema que a Odebrecht usava para controlar pagamentos não contabilizados.

Gremista – Marco Maia (PT-RS). Deputado aparece em um episódio narrado por Cláudio Melo Filho a investigadores em sua proposta de delação premiada. De acordo com o Buzzfeed, o delator diz que conheceu Maia numa viagem a Nova York em 2011. Os dois se reencontraram algumas vezes até que, em 2014, o deputado lhe pediu ajuda para a campanha. Segundo Melo Filho, dois pagamentos foram feitos ao deputado, somando R$ 1,35 milhão. Maia ainda não se pronunciou sobre as acusações.

Tuca – Arthur Maia (PPS-BA). Deputado aparece como beneficiário de R$ 600 mil. Em sua defesa, diz que doação foi “conforme a legislação”. De acordo com Maia, os valores recebidos à época foram “depositados em conta corrente de campanha, aberta com CNPJ específico para minha candidatura à Deputado Federal”.

Misericórdia – Antônio Brito (PSD-BA). Deputado federal teria recebido R$ 100 mil.

Decrépito – Paes Landim (PTB-PI). Deputado também figura na lista e teria recebido R$ 100 mil em 2010.

Boca Mole – Heráclito Fortes (PSB-PI). Deputado federal recebeu, segundo o delator, R$ 200 mil em 2010.

Kimono – Arthur Virgílio (PSDB-AM). Prefeito reeleito de Manaus teria recebido em 2010, R$ 300 mil da Odebrecht.

Missa – José Carlos Aleluia (DEM-BA). Recebeu, segundo Melo Filho, R$ 300 mil da Odebrecht. O deputado, porém, nega recebimento irregular de qualquer valor e diz que qualquer pessoa pode acessar sua prestação de conta na internet.

Feia – Lídice da Mata (PSB-BA). Senadora consta na planilha como beneficiária de R$ 200 mil. Em nota, a senadora afirmou que não tem, “nem nunca teve” qualquer tipo de negócio com a Odebrecht ou com qualquer outra empresa. “Todas as doações de campanha que recebi foram dentro da legalidade conforme pode ser comprovado na prestação de contas disponível no site do TSE e do TRE-BA”, afirma Lídice da Mata.

Velhinho – Francisco Dornelles (PP). Ex-deputado e atual vice-governador do Rio de Janeiro, aos 81 anos, teria recebido R$ 200 mil.

Como é praxe, o Congresso em Foco espera a manifestação dos demais mencionados na delação de Cláudio Melo Filho para a publicação no site, a qualquer tempo.

Fonte: Congresso em Foco

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Como a Dinamarca acabou com a corrupção

Em termos de corrupção, os últimos anos foram cheios de acontecimentos no Brasil. Após a revelação do escândalo da Petrobras, em 2015, o país caiu mais que qualquer outro no Índice de Percepção de Corrupção. O Brasil perdeu cinco pontos no índice de 100, e perdeu sete posições, ficando em 76º lugar.

O índice é publicado pela ONG Transparência Internacional e se baseia em dados de 11 instituições, incluindo avaliações tanto de empresários quanto de cientistas. A pontuação varia de 0 (muito corrupto) a 100 (muito limpo).

Um mal antigo
Corrupção sempre ocorre quando se abusa da própria posição em favor de benefícios privados. Este mal já existe desde o começo da humanidade. Embora hoje em dia haja mais leis, a sociedade esteja mais bem informada e disponha de melhores possibilidades técnicas de controle, a corrupção não diminuiu.

Ao comparar os dados de 2005 com os de 2015, percebe-se que quase nada mudou na pontuação. Em 2005, a média foi de 41,3 pontos; em 2015, foi de 42,6 pontos. Dois terços dos 168 países listados em 2015 atingiram 50 pontos ou menos: ou seja, a maioria tem um problema sério de corrupção.

Embora os dados do índice mostrem uma estagnação, o pesquisador Gert Tinggaard Svendsen acha que o mundo está piorando em termos de corrupção. "Ela está crescendo e isso é muito perigoso. As elites no poder enriquecem cada vez mais, enquanto o resto da sociedade paga o preço", afirma o dinamarquês, que já escreveu vários livros sobre o assunto.

Svendsen, que é professor de Políticas Públicas na Universidade de Aarhus, na Dinamarca, está convencido de que a corrupção, pouco a pouco, destrói uma sociedade. Segundo o pesquisador, ela aumenta o abismo entre ricos e pobres, e as pessoas acabam não confiando mais nas autoridades, nem umas nas outras.

A corrupção funciona como um círculo vicioso: Quem vive numa sociedade muito corrupta, também é forçado a cometer atos corruptos para não ficar para trás. As únicas pessoas que teriam o poder de combater a corrupção – por exemplo, com punições severas e controles – são as que mais se beneficiam dela. Por isso, geralmente não têm um grande interesse em diminuí-la.

O bom exemplo da Dinamarca
Segundo o índice da Transparência Internacional, a Dinamarca, a terra natal de Svendsen, é o menos corrupto entre todos os países do mundo. O pesquisador tem uma explicação para isso: "Tivemos muita sorte: já no século 17, o nosso rei, Federico 3º, começou a combater a corrupção no país que, até então, era muito grande. A Dinamarca estava em guerra com a Suécia nessa época, e, para poder receber mais impostos e não perder a guerra, Federico se viu forçado a tomar uma iniciativa". O rei tirou cargos e privilégios da nobreza e introduziu punições severas para corrupção e desvio de dinheiro.

Graças a esta constelação histórica, a Dinamarca, hoje em dia, tem poucos problemas com corrupção, assim como vários outros países nórdicos. O termo "Getting to Denmark" ("Alcançando a Dinamarca"), criado pelo cientista americano Francis Fukuyama, até já virou sinônimo de diminuição de corrupção.

Entre os perdedores no índice de 2015, estão principalmente países africanos, asiáticos e sul-americanos. Somália (8 pontos), Coreia do Norte (8 pontos) e Afeganistão (11 pontos) ocupam os últimos lugares na lista de 168 nações. Segundo a Transparência Internacional, o que países com muita corrupção geralmente têm em comum é falta de fiscalização, instituições públicas fracas e a falta de uma imprensa independente. Além disso, conflitos e guerras favorecem muito a corrupção. Entre os dez países mais corruptos, cinco se encontram ao mesmo tempo entre os dez menos pacíficos, segundo a ONG.

Embora a média global de pontos não tenha mudado quase nada na última década, há mais países que melhoraram sua pontuação em 2015 do que os que pioraram. E 2015 também foi um ano de muitos protestos contra a corrupção: isso mostra que as pessoas estão de olho e podem pressionar os responsáveis. Mas a medida mais eficaz, na opinião de Svendsen, seria criar, em cada país, unidades independentes do governo e dos demais órgãos: "As pessoas deveriam poder recorrer sem medo a um lugar que investigue casos suspeitos. E denunciantes, os assim chamados "whistleblowers", deveriam ser recompensados em vez de punidos".

Fonte: DW

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Temer: "Renuncio, mas antes f*** o Brasil", revela a ministro

Em meio a acusações de ser o 'chefe da propina' nas delações da Odebrecht, o presidente Michel Temer fez uma revelação assustadora e em tom de vingança a um de seus ministros (que pediu para não ter o nome revelado): "Renuncio, mas não sem antes f**** o Brasil. A PEC do Teto e a reforma da Previdência será aprovada com ou sem o consentimento dos brasileiros."

Delação
O nome do presidente Michel Temer aparece 43 vezes no documento do acordo de delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, é mencionado 45 vezes e Moreira Franco, secretário de Parceria e Investimentos do governo Temer, 34.

O ex-ministro Geddel Vieira Lima, que pediu demissão recentemente, surge em 67 trechos.

O líder do governo no Congresso, (PMDB-RR), apontado como o "homem de frente" das negociações da empreiteira no Congresso, tem 105 menções no relato do que o ex-executivo vai dizer em depoimento às autoridades da Lava Jato.

De acordo com Melo Filho, o presidente Temer atua de forma "indireta" na arrecadação financeira do PMDB, mas teve papel "relevante" em 2014, quando, segundo ele, pediu R$ 10 milhões a Marcelo Odebrecht para a campanha eleitoral durante jantar no Palácio do Jaburu, em maio de 2014.

Fonte: Painel Político

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Lady Antebellum - Just A Kiss




Gordura pode ser combustível de metástase do câncer, diz estudo

Cientistas espanhóis fizeram duas descobertas que podem revolucionar o tratamento contra o câncer. Eles encontraram a proteína responsável pela metástase, que é o processo de proliferação de um tumor no corpo. Outro grande achado é o possível combustível que desencadeia essa ação: a gordura.

A proteína CD36 foi encontrada pelos cientistas primeiramente em células cancerígenas de um câncer de boca. Ela ainda foi identificada em outros tumores, como melanoma (pele) e câncer de mama, bexiga e pulmão.

A descoberta foi feita por um grupo de cientistas do Instituto para Pesquisa Biomédicas, em Barcelona. Nas pesquisas, cientistas adicionaram a proteína CD36 a células tumorais que não produziam metástase. O resulto disso foi a proliferação do câncer para outras regiões do corpo. Isso serviu como prova de que a proteína é essencial no processo de metástase.

O próximo passo foi entender como a CD36 propagava os tumores, já que células normais se autodestroem quando deixam a região em que vivem. Como estão em busca de uma nova área do corpo, as células cancerígenas estão em uma batalha frequente contra o organismo. Por isso, consomem gordura, material essencial para a produção de energia.

É nessa parte do processo que entra o trabalho da proteína CD36. Ela ajuda as células cancerígenas a pegar a gordura do ambiente. Com tanta energia acumulada, elas então conseguem ultrapassar as barreiras criadas pelo corpo e atacar vários órgãos.

“Embora não tenhamos ainda testado isso em todos os tipos de tumores, podemos afirmar que CD36 é um marcador geral de células metastáticas, o primeiro que eu sei que é específico para metástase”, disse Salvador Aznar Benitah, um dos autores do estudo, em entrevista para o site Science Daily.

Dos anticorpos às dietas alimentares
Os pesquisadores tentaram encontrar uma maneira de interromper o transporte da gordura. Para isso, analisaram os anticorpos da CD36 e encontraram dois capazes de reconhecer e bloquear a proteína.

Em testes feitos em ratos de laboratório, os cientistas notaram que eles foram capazes de inibir a metástase por completo em 20% dos casos. No restante, a quantidade de tumores e os seus tamanhos foram reduzidos em 80%. Os anticorpos, porém, não afetaram o desenvolvimento de tumores primários.

Uma ótima notícia é que esse tratamento não apresentou efeitos colaterais — que são bastante pesados em quimioterapia e radioterapia. Por isso, é grande a possibilidade de testes humanos serem feitos.

Os cientistas também descobriram que pode haver outra maneira de interromper a metástase. Na pesquisa com ratos, eles notaram que os animais que receberam células tumorais e continuaram com uma dieta normal apresentaram metástase em 30% dos casos. Já 80% dos ratos que foram alimentados com uma dieta 15% mais rica em gorduras tiveram mais tumores e de maior tamanho nos linfonodos e pulmões.

De acordo com os cientistas, a gordura mais perigosa é o ácido palmítico. Principal componente do óleo de palma, ele foi capaz de aumentar a frequência de metástase de 50% a 100% em ratos com células tumorais.

“Mais estudos são necessários para desvendar essa intrigante relação, sobretudo porque os países industrializados estão registrando um aumento alarmante no consumo de gorduras saturadas e de açúcar”, adverte Benitah no estudo. “Gordura é necessária para o funcionamento do corpo, mas a ingestão descontrolada pode ter um efeito sobre a saúde.”

A equipe espanhola já solicitou a patente dos resultados. Agora, os cientistas querem realizar um estudo clínico com mil pessoas que têm câncer. O objetivo é encontrar os lipídios no sangue desses pacientes e analisá-los para entender se eles têm alguma ligação com a metástase.

Ernst Lengyel, oncologista da Universidade de Chicago, nos EUA, disse à revista Nature que ainda é muito cedo para dizer que é preciso evitar alimentos gordurosos. Segundo ele, pessoas com câncer geralmente precisam de uma dieta de alta energia e, por isso, afirmar que a gordura deve ser retirada de sua alimentação poderia ser perigoso.

Fonte: Exame.com

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Reprovação do governo Temer dispara e vai para 51%, segundo o Datafolha

A popularidade do presidente Michel Temer (PMDB) despencou desde julho, acompanhada da queda na confiança na economia a níveis pré-impeachment, revela nova pesquisa Datafolha.

De acordo com o levantamento, 51% dos brasileiros consideram a gestão do peemedebista ruim ou péssima, ante 31%, em julho.

O levantamento foi realizado entre 7 e 8 de dezembro, antes de virem à tona novos detalhes de delação da Odebrecht com menções a Temer.

Aqueles que veem o governo do presidente como regular reduziram-se a 34%. No levantamento anterior, durante a interinidade do peemedebista, eram 42%.

No período, a percepção da população sobre a economia se deteriorou. Para 66%, a inflação vai aumentar; 19% apostam que ficará como está e 11% preveem queda. O crescimento do desemprego é aguardado por 67%. Outros 16% disseram que diminuirá e 14% acham que fica estável.

Quanto ao poder de compra, 59% opinaram que vai diminuir, 20%, que não se alterará e 15%, que aumentará.

Nos últimos meses, a situação econômica do país piorou na avaliação de 65% da população e se manteve como estava para 25%; 9% disseram que houve melhora.

Sobre a situação pessoal do entrevistado, a percepção de piora recente corresponde a 50% dos brasileiros. Para 38%, ficou como estava e 10% disseram que melhorou.

No futuro próximo, 41% acham que a economia se deteriorará, 27%, que não se alterará e 28% apostam em melhora. Do ponto de vista pessoal, 27% aguardam pioras na própria situação econômica, 37%, melhoras e 32% apostam em estabilidade.

O Índice Datafolha de Confiança caiu de 98 pontos, em julho, para 87 –mesmo patamar registrado em fevereiro.

Turbulências
O pessimismo na economia e a má avaliação de Temer ocorrem em meio a uma sucessão de crises. O peemedebista assumiu com a promessa de compor um ministério de "notáveis", em que a recuperação da economia seria prioritária à gestão.

Desde então, seis ministros caíram –quatro deles por envolvimento em escândalos decorrentes da Lava Jato.

A recessão econômica se agravou e está próxima de ser a pior da história. São dez trimestres consecutivos de encolhimento da atividade. O desemprego afeta 12 milhões de pessoas (11,8%).

A demora do governo em levar adiante reformas estruturais frustrou o mercado e inibiu redução da taxa básica de juros mais enérgica.

Nesse cenário, o otimismo inicial com a queda de Dilma Rousseff (PT) se reverteu.

Para 40% da população, a gestão Temer é pior do que a anterior. Para 34%, é igual e 21% a consideram melhor.

Em abril, um mês antes de ser afastada no início do processo, a petista registrou reprovação de 63%.


O índice de ótimo/bom de Temer caiu de 14% em julho aos atuais 10%. Não souberam avaliar o governo 5% dos entrevistados.

Segundo o Datafolha, a população considera o presidente falso (65%), muito inteligente (63%) e defensor dos mais ricos (75%). Metade dos brasileiros veem Temer como autoritário e 58%, desonesto.

De zero a dez, a nota média dada ao desempenho do governo Michel Temer é 3,6.

O Datafolha ouviu 2.828 pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: Folha.com

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Forte calor gera oportunidade de renda na Região do Cariri

Nos últimos 80 dias, choveu apenas uma vez neste Município, conforme a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Essa última precipitação, de 11mm, veio após um longo período de estiagem e não foi suficiente para amenizar a forte onda de calor. Os termômetros ultrapassam, em alguns dias, a casa dos 40ºC.

O intenso calor, entretanto, foi visto, por alguns, como oportunidade. Em tempos de retração na economia e alta taxa de desemprego, em cada semáforo da cidade onde há maior fluxo de veículos dois ou três ambulantes comercializam água mineral, sorvete, picolé e água de coco. "Foi uma forma de ganhar dinheiro, já que estou desempregado há dois anos", diz Orlando Eduardo de Oliveira, um dos primeiros a iniciar a atividade.

O vendedor conta que, inicialmente, alternou entre os semáforos da Avenida Padre Cícero, próximo a dois atacados, e a Avenida Castelo Branco, ao lado do shopping. A estratégia de venda, no entanto, sofreu alteração ao longo dos dias. "Vi que era melhor escolher um local e ficar fixo. Percebi que, ao passar dos dias, os clientes iam se lembrando do meu rosto e eu tinha mais chance de vender ganhando a confiança deles", explica.

Renda
Apesar de não revelar quanto fatura por dia, Orlando, como é conhecido, afirma que "está dando para pagar as contas". A menos de 100m, outros dois ambulantes também viram o "bico" se transformar na principal fonte de renda. "Aqui o fluxo é grande, além de ser em frente ao shopping, é perto da parada de ônibus de Crato para Barbalha", afirma Luzinete Maria. De um lado da rua, ela vende água e, do outro, o esposo, água de coco.

A renda dos dois, asseguram, dá para manter em dias a prestação da motocicleta, comprada há dois anos, além de "pagar outras continhas". Apesar do sucesso nas vendas, o casal confidencia outros planos para 2017. "É duro trabalhar o dia todo no sol, desgasta e não temos nenhuma segurança, já que não há carteira assinada", reconhece Maria. "Torço para que as coisas no Brasil melhorem e a gente consiga um emprego", finaliza. Orlando compartilha a opinião e diz que pretende abrir seu negócio.

"Desde que comecei a vender água, há dois anos, perdi 13Kg. É um trabalho exaustivo. A gente tem que correr e não pode nem pensar em ir pra casa na hora do almoço, pois é nesse horário que mais vendemos", conta.

A taxa de desemprego no Brasil, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), subiu para 11,8% no trimestre encerrado em agosto. Segundo a pesquisa, mais de 12 milhões estão desocupadas no País. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), este ano encerrará com previsão pior que a traçada no início de 2016 e o Brasil deve fechar 2016 com 11,2% de desempregados.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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