Perca até 8 kg com o regime mais saudável do planeta


Quem já fez regime sabe que não tem sensação melhor do que entrar nas roupas. Mas, apesar de a perda peso melhorar a autoestima e a vaidade, ela não deve ser o único estímulo para começar uma dieta. Ter alguns quilos a mais do que o indicado gera uma série de doenças que podem ser fatais, como é o caso da hipertensão. Foi pensando nisso que um grupo de cientistas desenvolveu a dieta Dash, sigla em inglês que quer dizer “Programa de Dieta para Combater a Hipertensão”. Segundo o cardiologista Roger Pereira de Oliveira, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, ela ajuda a controlar a pressão de forma natural, sem o uso de medicações. Apesar de nada novo, este regime continua a ser eleito por especialistas norte-americanos como o mais saudável de todo o planeta. "É o quinto ano consecutivo em que isso acontece”, diz o médico. Para a nutricionista Patrícia Ramos, coordenadora do Hospital Bandeirantes, em São Paulo, o sucesso do plano alimentar “vem da troca de alimentos gordurosos e pouco nutritivos por opções mais leves e naturais”. Isso se reverte em benefícios a pacientes hipertensos (o que não elimina, é claro, a importância do acompanhamento médico e do uso de remédios quando necessário). Entenda o método e como ele pode ajudá-la a emagrecer até 8 kg num mês!

A Dash tim-tim por tim-tim
O segredo: a pressão arterial fica sob controle graças a um plano alimentar com baixo teor de gordura, açúcar e sódio, além do aumento do consumo de frutas, legumes e verduras. Leite e iogurte desnatados, queijos magros, grãos integrais e peixes são fundamentais para a eficácia do regime.

Benefícios: o emagrecimento é uma das consequências das substituições inteligentes que esta dieta propõe. Quanto menos gordura e açúcar e mais frutas, verduras e legumes, melhor o resultado na balança. A Dash também afasta o diabetes, o cálculo renal e até previne o câncer.

Como funciona: os alimentos-base desta dieta são ricos em potássio, cálcio e magnésio, elementos que regulam a contração dos vasos sanguíneos e do coração. Esse fator é importante para manter a pressão arterial sob controle e consequentemente reduzir o risco de ataque cardíaco.

Mudança de hábito
Alimentos enlatados, sopas e molhos prontos, embutidos, conservas. Tudo isso deve ser evitado pelo alto teor de sódio. Prefira os alimentos in natura.

Veja modelos de cardápios para secar 2 kg na semana

Dia 1

Café da manhã: 2 fatias de pão de forma integral + 1 fatia de queijo branco + 1 xíc. (chá) de leite desnatado com café + 1 banana

Lanche da manhã: 1 iogurte desnatado

Almoço: salada de alface, beterraba, pepino e rabanete + 4 col. (sopa) de peito de frango desfiado com cenoura e tomate + 2 col. (sopa) de batata assada + 2 col. (sopa) de couve-flor no vapor + 1 maçã assada com canela

Lanche da tarde: 1 iogurte natural desnatado + 3 biscoitos integrais

Jantar: salada de tomate, brócolis e cebola + 1 filé de salmão grelhado + 3 col. de macarrão integral com alho e azeite + 1 picolé de frutas light

Ceia: 1 xíc. (chá) de chá de erva-doce com adoçante

Dia 2

Café da manhã: 4 torradas integrais + 1 col. (chá) de margarina light + 1 copo de leite desnatado + 1 fatia de melão

Lanche da manhã: 1 xíc. (chá) de chá de erva-doce + 2 nozes

Almoço: salada de alface, tomate e salsão + 1 col. (chá) de azeite + 1 coxa de frango sem pele + 3 col. (sopa) de mandioquinha refogada  + 3 col. (de sopa) de creme de espinafre + 1 banana grelhada

Lanche da tarde: ½ mamão papaia + 2 col. (sopa) de granola

Jantar: salada de folhas verdes com tomate e cenoura + 2 col. (sopa) de arroz integral + 1 filé de frango grelhado + ½ xíc. (chá) de brócolis  no alho + 1 kiwi

Ceia: 1 copo de suco de maracujá com adoçante

Dia 3

Café da manhã: 3 biscoitos de água e sal  + 3 col. (chá) de geleia diet + 1 xícara (chá) de leite desnatado + 1 pera

Lanche da manhã: 1 fatia média de abacaxi

Almoço: salada de agrião, cenoura e pepino + 3 col. (sopa) de arroz integral + ½ concha de feijão + 2 col. (sopa) de picadinho de carne magra + 3 col. (sopa) de couve refogada + 1 fatia de melancia

Lanche da tarde: 1 iogurte desnatado +  ½ xíc. (chá) de cereal integral sem açúcar +  2 castanhas de caju sem sal

Jantar: salada de folhas verdes com vegetais grelhados (cenoura, berinjela e abobrinha) + 1 col. (sopa) de molho de iogurte + 1 omelete com legumes + 1 fatia de melão

Ceia: 1 xíc. (chá) de leite desnatado com café

Fonte: Viva Mais!

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Confira 7 vantagens de usar cartões de crédito

O cartão de crédito, por mais difícil que possa parecer para você, é importante. Normalmente, ouvimos que eles são os vilões da história, porém, com um bom planejamento e delimitando os seus gastos, os cartões de crédito podem ser uma boa ajuda — e até ajudam a economizar algum dinheiro. São várias as opções no mercado. 

Exatamente por isso, o TecMundo resolveu fazer uma compilação de sete vantagens — que também funcionam como dicas — para você entender os motivos de ter um cartão de crédito sempre pronto na carteira.

1. Conveniência
Nos dias de hoje, é muito mais fácil — e seguro! — andar por aí com um cartão de crédito na carteira do que com dinheiro. Afinal, imagine que você precisa adquirir um bem um pouco mais caro ou se depara com algum imprevisto. Em vez de sair em busca de um caixa eletrônico ou ter que ir ao banco para solicitar a liberação de um saque mais considerável, nada melhor do que ter essa facilidade por perto.

2. Segurança
Conforme mencionamos no item anterior, a segurança é uma enorme vantagem dos cartões de crédito. Além de evitar que você ande por aí com grandes somas de dinheiro, eles oferecem uma série de opções, como seguro contra fraude, perda e roubo, por exemplo, que custam pouco e podem evitar muitas dores de cabeça.

3. Poder de compra
Nem sempre você tem o dinheiro à mão quando aparece aquela oportunidade de comprar alguma coisa que você quer muito. O cartão de crédito é um excelente aliado para essas horas, já que ele permite que você adquira aquilo que deseja — ou precisa muito — e tenha um tempinho extra para se organizar e pagar pelo item depois.

Aliás, os cartões de crédito geralmente dão aos clientes um período de alívio de até 40 dias, mais ou menos, antes que os juros comecem a ser cobrados.

4. Você pode “ganhar” enquanto gasta
Uma variedade de programas de pontos e milhagens, seguros de viagens, parcerias com lojas e fornecedores de serviços e uma série de outros incentivos beneficiam os clientes em suas contas com seus cartões de crédito, o que significa que, basicamente, quem sabe tirar proveito dessas vantagens todas, pode “ganhar” dinheiro enquanto usa o cartão.

5. No caderninho
Ou melhor, no aplicativo! Utilizar cartões de crédito permite que você acompanhe — em alguns casos — em tempo real os seus gastos. Fica mais fácil para você entender os juros, os impostos pagos e planejar as suas contas. Caso você tenha parcelado alguma compra, também poderá saber com mais facilidade o dia que o valor é debitado da conta e também planejar os próximos parcelamentos de maneira mais saudável.

6. Economizar
Você pode até pensar: "Mas o cartão de crédito não serve para economizar!". Bem, saiba que você está enganado. Caso consiga se organizar, é possível realizar algumas ações como o empréstimo de dinheiro para pagar uma hipoteca, curso/faculdade ou até um automóvel. Dependendo do seu histórico, a economia ao pedir um empréstimo, se comparado com os juros de um pagamento parcelado, pode salvar uns bons reais de seu bolso.

7. Imprevistos
Os imprevistos e gastos emergenciais, normalmente, chegam. Por isso, é sempre bom ter uma grana guardada em algum lugar. Se você não tem, o cartão de crédito é uma salvação. São vários os casos em que o parcelamento pode ajudar, desde o pagamento de oficinas veiculares até custos médicos com problemas repentinos.

Fonte: TecMundo

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Crato (CE): Zé Aílton Brasil, André Barreto e vereadores são diplomados

Nesta sexta-feira (16) em solenidade realizada no auditório do Fórum Hermes Parahyba, o prefeito eleito Zé Aílton Brasil (PP) e o vice André Barreto (PDT) foram diplomados pela Justiça Eleitoral. Além de prefeito e vice, também foram diplomados os 19 vereadores eleitos no último dia 2 de outubro. 

O diretor do fórum juiz eleitoral em exercício na 27ª zona, Ângelo Bianco Vettorazzi abriu a solenidade. O magistrado lembrou que cada uma que ali estava para receber seu diploma fez por onde merecer. O prefeito eleito Zé Aílton Brasil, por sua vez, disse que o momento de euforia e de festa já passou e agora é cuidar do Crato.

Zé Aílton agradeceu de forma emocionada o apoio dos filhos e da esposa. "Sou muito grato também aos mais de 37 mil votos que recebi. Vou fazer por onde todos se orgulhem", acrescentou.

Confira fotos do evento:


Prestigiaram a solenidade, Fernando Santana, secretário-adjunto do Gabinete do Governador, representando o governador Camilo Santana; o secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), Josbertini Clementino; o prefeito eleito de Juazeiro do Norte, Arnon Bezerra; e o deputado estadual Agenor Neto (PMDB), além de empresários e lojistas cratenses.

A Câmara Municipal do Crato estará assim composta no quadriênio 2017-2020:
  • Nando Bezerra (PTB) - 1.917 votos
  • Thiago Esmeraldo (PP) - 1899 votos
  • Tico (PSC) - 1.541 votos
  • Pedro Alagoano (PSD) - 1.413 votos
  • Adil (PSC) - 1.323 votos
  • Amadeu de Freitas (PT) - 1.256 votos
  • Lunga (PSD) - 1.106 votos
  • Guri (PV) - 1.104 votos
  • Dr. Renan (PEN) - 1.101 votos
  • Jales Veloso (PSB) 1.099 votos
  • Antônio (PPL) - 1.026 votos
  • Florisval Coriolano (PRTB) - 999 votos
  • Fernando Brasil (PPP) - 977 votos
  • Ticiana (PSDB) - 973 votos
  • Bebeto (PTN) - 950 votos
  • Dr. Maurício (PDT) - 903 votos
  • Pedro Lobo (PT) - 831 votos
  • Professor Gilson (PMN) - 762 votos
  • Vicência (PMN) - 663 votos

SAMUEL PINHEIRO
REPORTAGEM E FOTOS

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STJ decide que desacato a autoridade não é mais crime

A Quinta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu nesta quinta-feira (15) que desacato a autoridade não pode ser considerado crime porque contraria leis internacionais de direitos humanos.

Os ministros votaram com o relator do caso, Ribeiro Dantas. Ele escreveu em seu parecer que "não há dúvida de que a criminalização do desacato está na contramão do humanismo porque ressalta a preponderância do Estado --personificado em seus agentes-- sobre o indivíduo".

"A existência de tal normativo em nosso ordenamento jurídico é anacrônica, pois traduz desigualdade entre funcionários e particulares, o que é inaceitável no Estado Democrático de Direito preconizado pela Constituição Federal de 88 e pela Convenção Americana de Direitos Humanos", acrescentou.

Segundo o artigo 331 do Código Penal, é crime "desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela". A pena prevista é seis meses a dois anos de detenção ou multa.

Origem da decisão
A decisão tomada hoje pelos ministros do STJ teve origem em um recurso especial da Defensoria Pública contra a condenação de um homem pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo a mais de cinco anos de prisão por roubar uma garrafa de conhaque, desacatar policiais militares e resistir à prisão. Os ministros da Quarta Turma do STJ anularam a condenação por desacato.

Em seu relatório, o ministro Dantas afirmou que "a Comissão Interamericana de Direitos Humanos já se manifestou no sentido de que as leis de desacato se prestam ao abuso, como meio para silenciar ideias e opiniões consideradas incômodas pelo establishment, bem assim proporcionam maior nível de proteção aos agentes do Estado do que aos particulares, em contravenção aos princípios democrático e igualitário".

Por fim, o relator observou que a descriminalização da conduta não significa que qualquer pessoa tenha liberdade para agredir verbalmente agentes públicos.

"O afastamento da tipificação criminal do desacato não impede a responsabilidade ulterior, civil ou até mesmo de outra figura típica penal (calúnia, injúria, difamação etc.), pela ocorrência de abuso na expressão verbal ou gestual ofensiva, utilizada perante o funcionário público".

Fonte: UOL

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5 fatos para entender Aleppo. Como a guerra civil na Síria acabou com uma cidade que já foi próspera e matou milhares de civis

Os ataques à cidade de Aleppo, na Síria, reacenderam a atenção internacional para uma guerra civil que já dura mais de 4 anos. São milhares de pessoas feridas, sem acesso a alimento ou atendimento médico e presas em um cerco que impede a entrada de ajuda humanitária e a divulgação de informações precisas. Para ajudar a entender como tamanha tragédia tomou forma, resumimos o ataque a Aleppo em 5 fatos.

1. Por 4 anos, Aleppo foi uma cidade dividida
Você pode pensar em Aleppo como um microcosmo de toda a guerra civil da Síria. Quando os protestos contra o governo do presidente Bashar Al-Assad explodiram em 2011 e foram moldando os grupos dissidentes que formam a oposição governamental no conflito, Aleppo não ficou de fora.

A cidade era o maior centro urbano da Síria. Além de um hub comercial, Aleppo também tinha arquitetura medieval de uma enorme riqueza histórica e foi eleita Capital Islâmica da Cultura em 2006. Com a guerra, no entanto, sua vocação para Patrimônio da Humanidade chegou ao fim. Aleppo, desde o começo, foi considerada peça-chave no conflito entre rebeldes e tropas do governo – e foi fortemente atacada.

Desde 2012, os dois lados tentavam tomar a cidade, mas não tinham força suficiente. Aleppo passou os últimos anos dividida como Berlim da Guerra Fria, só que sem o muro: o lado oeste sob o controle do governo e o leste tomado por diferentes grupos rebeldes de oposição.

A situação ficou basicamente em ponto-morto até o meio de 2016. Em julho, as forças de Assad, apoiadas por bombardeios aéreos da Rússia, conseguiram estabelecer um cerco na cidade. As tropas do governo tomaram controle da principal estrada da cidade, impedindo a movimentação e limitando os suprimentos das 250 mil pessoas que viviam no lado leste, tomado pelos rebeldes.

Mas os quatro anos de impasse já haviam destruído a próspera Aleppo: quem tinha condições escapou da cidade, deixando-a sem profissionais essenciais à comunidade, como médicos. As regiões históricas foram abandonadas e se transformando em ruínas. Com o cerco e os bombardeios indiscriminados, civis morreram e nenhum dos hospitais continuou funcionando normalmente.

2. Houve um cessar-fogo – que durou só uma semana
Em setembro, a Rússia, que apoia o regime de Assad, e os EUA, que estão do lado da oposição, sentaram para definir um trégua em Aleppo. Só que esqueceram de combinar com os sírios. Enquanto o governo sírio depende diretamente do poder de fogo e do suporte russo, a interferência dos EUA tem sido mais distante. Os americanos também tentaram capitanear um lado que não tem um único interesse. São diversos os grupos anti-Assad. Temos, por exemplo, as tropas do povo curdo, oprimido na Síria. Ou os rebeldes moderados, que têm um relacionamento mais próximo com os EUA. Mas a maior parte é mesmo de grupos islâmicos extremistas, de maioria sunita, apoiados por aliados da Al-Qaeda – ou seja, gente que não quer saber do Tio Sam.

O objetivo do cessar-fogo era permitir o atendimento de feridos e a remoção de civis pela ONU.

Mas não durou nem 10 dias.

No fim de setembro, os bombardeios já tinham sido retomados, com os EUA acusando a Rússia – e a Rússia acusando os rebeldes. A ONU suspendeu as atividades e Aleppo voltou à rotina de Inferno na Terra, chegando a um ápice de 200 ataques aéreos em um só fim de semana.

A partir da trégua destruída, o governo sírio foi para a ofensiva com força total. Invadiu a parte leste e tomou conta de cada vez mais bairros, até dominar mais de 90% da cidade. Os rebeldes, suas famílias e parte da população que morava na parte dissidente da cidade (quase 250 mil pessoas) tiveram que se apertar nas últimas ruínas que restaram.


3. O que sabemos vem das redes sociais (e não é muito)
A ofensiva em Aleppo Leste culminou em 12 de dezembro, quando algumas das forças rebeldes começaram a falar de novo em tréguas – e o desespero de Aleppo chegou ao mundo. Segundo o governo de Assad, os civis não são alvos. Eles teriam liberdade para sair da cidade, mas estariam sendo ameaçados a ficar pelos rebeldes. Os opositores negam.

Segundo a ONU, alguns civis estão sendo executados sumariamente pelas tropas governamentais. Jornalistas internacionais não têm acesso à área para trazer informações – o que se sabe vem dos depoimentos de sírios que estão presos em Aleppo e publicam a tragédia nas redes sociais.

Bana Alabed é uma menina de 7 anos que começou, em outubro, a publicar atualizações sobre a vida em Aleppo no Twitter. Sua mãe, Fatemah, ajudaria Bana a se comunicar em inglês. Em dezembro, seus tweets ficaram mais desesperados e as duas já deram adeus aos seguidores diversas vezes. Uma amiga de Bana teria sido morta em um dos desabamentos, seu pai estaria ferido e suas mensagens transmitem muito medo.

O Twitter recebeu uma onda de vídeos e posts de pessoas em Aleppo dando seu último adeus, em meio às bombas e a acusações de que as tropas de Assad estavam invadindo casas e executando civis.

Outra fonte de informações é o perfil dos White Helmets, um grupo de voluntários sírios que segue atuando no apoio aos feridos e vítimas da tragédia de Aleppo. Segundo eles, as ruas estão cheias de cadáveres e escombros de prédios.


4. EUA, Rússia, Turquia, Irã: todo mundo tem interesse na Síria
Em 15 de dezembro, as forças de Assad e os rebeldes conseguiram travar um acordo para evacuar civis. Os grupos de apoio humanitário foram, com ambulâncias e carros, limpando o caminho de um corredor de mais de 21 km para levar feridos e famílias até cidades vizinhas.

Quase mil pessoas foram resgatadas, segundo a BBC, em grupos de 15 ônibus de cada vez.

Mas o cessar fogo permanece muito frágil: um membro dos White Helmets foi atingido por um sniper enquanto ajudava a isolar o corredor em um dos veículos. Ninguém sabe de que lado veio o tiro.

Enquanto a situação de Aleppo parece se estabilizar, as tensões internacionais que influenciaram a tragédia da cidade permanecem fortes como sempre. Em 13 de dezembro, em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, embaixadores americanos e russos bateram boca. Samantha Power, dos EUA, comparou Aleppo aos genocídios de Ruanda e da Bósnia. Do outro lado, o russo Vitaly Churkin lembrou Powers que os EUA têm um histórico militar peculiar e que ela falava “como se fosse Madre Teresa [de Calcutá]”.

E não são só Rússia e EUA as influências externas na Guerra da Síria. O Irã investe pesado nas tropas de Assad, assim como o grupo extremista Hezbollah, do Líbano. Do lado dos rebeldes, além dos americanos está a Turquia, que tem pontos de divisa com a Síria exatamente na parte leste de Aleppo. Coordenar todas esses interesses, na situação interna já instável da Síria será um desafio geopolítico sem previsão de terminar.

5. Finalmente uma boa notícia? Aleppo está sendo evacuada
O primeiro divisor de águas para Aleppo vai ser a remoção dos civis e de alguns rebeldes que decidirem aceitar a perda da cidade e evacuar a região com suas famílias. A estimativa russa é que 4 mil pessoas deixem o centro, desde que nada atrapalhe o cessar-fogo atual.

Com o avanço das tropas de Assad, o governo terá retomado o controle das quatro maiores cidades da Síria. Mas os rebeldes ainda têm grande penetração nas cidades pequenas, o que indica que o conflito civil ainda está longe de acabar.

Em meio a tudo isso, surge ainda outra ameça fantasma. O Estado Islâmico é um dos grandes interessados nos conflitos da Síria. Desde 2012, o ISIS tem se fortalecido aproveitando o vácuo deixado pelo governo e pelos rebeldes – e já seguiu o rastro de destruição de Aleppo. Aproveitando a distração de todos os lados, os extremistas já fortaleceram sua posição em outra região da Síria, em uma área de deserto chamada Palmyra, por exemplo. O drama da Síria não parece terminar tão cedo.

Atualização em 16/12/2016

A evacuação de Aleppo foi interrompida no dia seguinte, com a Rússia dizendo que quase 10 mil pessoas foram removidas do leste da cidade. A Turquia e a ONU duvidam desses números, afirmando que ainda há dezenas de milhares de pessoas que desejam sair e seguem presas no centro. A comunicação via internet e telefone foi interrompida em Aleppo, impedindo informações mais precisas.

Segundo a mídia governamental da Síria, os rebeldes tentaram contrabandear armas para fora da cidade, motivando a interrupção por parte do exército russo. A OMS, que tem voluntários na área ajudando na evacuação, diz que sua equipe teve que se retirar de Aleppo sem receber explicações.

Fonte: Superinteressante

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Jô Soares se despede hoje de talk show e faz mistério sobre futuro na TV

Ziraldo é o amuleto de Jô Soares. O cartunista, que todo ano participa do "Programa do Jô", será o último entrevistado do talk show, que se despede da Globo nesta sexta (16), após 16 anos no ar.

É bom prestar atenção no que Ziraldo dirá, pois a sorte que ele traz é uma premonição ao contrário na vida do apresentador, de quem é amigo há quase 60 anos ("somos homoafetivos sem sexo e longe um do outro", ressalta o pai do Menino Maluquinho).

Quando, em 1988, Jô trocou o sucesso na Globo com o humorístico "Viva o Gordo" pela aventura de fazer um programa de entrevistas no ainda meio verde SBT, Ziraldo vaticinou: não daria certo.

Aconteceu justo o oposto, e o "Jô Soares Onze e Meia" inaugurou no país uma era de programas diários de entrevistas, com humor e sarcasmo, exibidos no fim de noite.

À época, publicou-se que o humorista recebia o maior salário da TV brasileira. Quem intermediou a negociação foi Carlos Alberto de Nóbrega, então diretor artístico do SBT e ex-parceiro de Jô nos roteiros de "Família Trapo", sucesso na Record nos anos 1960.

Nóbrega diz não se recordar de valores, mas conta que Silvio Santos estendeu a Jô um "contrato em branco".

No SBT, o humorista pôde enfim estrear em um talk show. Ele acalentava um projeto parecido com o do americano "Tonight Show" de Johnny Carson, ou com o programa de entrevistas de Silveira Sampaio, pioneiro no Brasil, em que Jô foi produtor.

O "Onze e Meia" ficou dez anos no ar. Até que, em 2000, Jô Soares retornou à Globo para uma atração nos mesmos moldes.

Outra de Ziraldo: quando Jô se lançou no romance com "O Xangô de Baker Street" (1995), apostou no fracasso. Pois o livro se tornou best-seller, e seu autor, além de publicar outros títulos, neste ano se tornou membro da Academia Paulista de Letras.

"Essa história foi ele quem inventou, rá, rá, rá! Como é engraçado, eu deixo para lá", resume Ziraldo. "Agora vou revelar toda a verdade: ele inventou isso para dar sorte!"

Futuro
O futuro de Jô Soares, na televisão e na Globo, estava indefinido até a conclusão desta edição. Ou guardado a sete chaves –até quinta (15), a produção não sabia seu futuro depois desta sexta. Questionada, a Globo não informou o destino da equipe.

Jô ainda não quer se pronunciar sobre o que fará nem sobre o encerramento desse ciclo. O mais provável é que acerte com algum canal pago.

Em 2017, seu horário na Globo será ocupado por um novo talk show, com Pedro Bial. A atração ainda está sendo formatada com o roteirista João Anzanello Carrascoza e o diretor Ingo Ostrovsky.

Uma reunião ocorrerá nesta sexta (16), no Rio, para discutir o projeto –que deverá ser gravado em São Paulo. Bial não respondeu às tentativas de contato da Folha.

A Globo teria oferecido a Jô um quadro no "Jornal da Globo", mas o apresentador não topou. Ele já chegou a comentar que gostaria de continuar com o "Meninas do Jô" –às quartas, ele recebe jornalistas especializadas em política e economia para debater o noticiário da semana.

Em fevereiro, quando a Globo confirmou que esta seria a última temporada do programa, ele disse à Folha que "não era um mau desfecho" após 28 anos no ar.

Para Marília Gabriela, que já comandava um programa de entrevistas antes de Jô, o comunicador irá fazer uma falta "danada", mesmo que a concorrência tenha profissionais competentes.

"Não é que não tenhamos bons comunicadores, mas a cultura do Jô é difícil de igualar", afirma. "Ele influenciou uma geração que faz talk show à sua imagem e semelhança."

Para Gabi, ao contrário de jornalistas que comandam programas de entrevistas, Jô encara qualquer barra mantendo o "nível lá em cima".

"Se você é jornalista e seu entrevistado for ruim, você vai sofrer muito. Se você for um bom humorista, o programa está salvo", fala. "Jô tem recursos que um jornalista não tem. Ele faz um show."

Nesta temporada, o "Programa do Jô" manteve média de 6 pontos no Ibope da Grande SP (cada ponto equivale a 197,8 mil espectadores), a mesma alcançada em 2015.

No ar e nas gravações, Jô demonstra vigor para continuar. Reforça a voz para dizer que está em sua última temporada –"na Globo".

Nesta noite, com a caneca cheia de Guaraná Zero à mesa, agradecerá a entrevistados célebres (já entrevistou prêmios Nobel, Pulitzer e todos os presidentes desde a redemocratização, menos Temer) e os desconhecidos que ficaram famosos em seu programa.

Jô quis evitar o tom de despedida em um programa especial –desejará boa noite e dirá seu "beijo do Gordo" como em uma noite qualquer.

NA TV
Programa do Jô

QUANDO 
à 0h30 (horário de Brasília), na Globo

Fonte: Folha.com

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Reprovação a governo Temer cresce e vai a 46%, revela pesquisa CNI/Ibope

Pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostra que o percentual de brasileiros que consideram o governo do presidente Michel Temer (PMDB) ruim ou péssimo é de 46%. Na última pesquisa, divulgada em outubro, 39% dos brasileiros avaliaram o governo do presidente como ruim ou péssimo, percentual igual ao apontado na pesquisa de julho.

Ainda de acordo com o levantamento, 13% dos brasileiros consideram o governo Temer como ótimo ou bom, ante 14% em outubro. Em julho, esse percentual foi de 13%.

O percentual de brasileiros que considera o governo regular é de 35%, contra 34% em outubro, e o percentual dos que não sabem ou não responderam ficou em 6% (era 12% em outubro).

Esta foi a segunda pesquisa Ibope sobre a aprovação do governo realizada após Temer ser efetivado no cargo, com a conclusão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na primeira pesquisa, em julho, Temer ocupava o cargo de forma interina --o impeachment só foi concluído em 31 de agosto.

A pesquisa foi realizada entre 1º e 4 de dezembro e ouviu com 2.002 pessoas em 143 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

A pesquisa foi realizada antes de vir a público a delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, que citou ter acertado o repasse de R$ 10 milhões ao PMDB durante uma reunião com Temer e o então presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente.

Confiança
De acordo com a pesquisa, 72% dizem não confiar no presidente Michel Temer (ante 68% em outubro); outros 23% dizem confiar (ante 26%) e 5% não sabem ou não responderam (ante 6%).

Maneira de governar
O Ibope diz que 26% dos brasileiros aprovam a maneira de governar de Temer, ante 28% em outubro. O percentual dos que desaprovam é de 34%, contra 55% na pesquisa anterior.

Comparação com Dilma
A pesquisa também ouviu os brasileiros sobre a comparação entre os governos de Temer e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Para 42% da população, o governo Temer está sendo igual ao de Dilma (38% pensavam o mesmo em outubro); para 34%, é pior (ante 31% em outubro); para 21%, é melhor do que o de Dilma (ante 24% na pesquisa anterior) e 3% não sabem ou não responderam (ante 7%).

Os pesquisadores também questionaram a expectativa dos brasileiros sobre o governo Temer. Para 43%, ele será ruim ou péssimo; para 18%, será ótimo ou bom e para 32% será regular.

Fonte: UOL

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Juízes sugerem a Gilmar Mendes que renuncie à toga e vire "comentarista"

Irritados com as sucessivas críticas de Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal) - inclusive a colegas da Corte - juízes federais divulgaram nota nesta quinta-feira (15) em que atribuem ao ministro 'reiterada violação às leis da magistratura e os deveres éticos impostos a todos os juízes do país'. Para os magistrados, Gilmar Mendes 'se vale da imprensa para tecer juízos depreciativos sobre decisões tomadas no âmbito da Operação Lava Jato e mesmo sobre decisões de colegas seus, também ministros do Supremo'.

A nota é subscrita pela Associação dos Juízes Federais de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Ajufesp), que sugere. "Nada impede que o ministro Gilmar Mendes, preferindo a função de comentarista à de magistrado, renuncie à toga e vá exercer livremente sua liberdade de expressão, como cidadão, em qualquer dos veículos da imprensa, comentando, aí já sem as restrições que o cargo de juiz necessariamente lhe impõe, o acerto ou desacerto de toda e qualquer decisão judicial."

Nas últimas semanas, o ministro desfechou duros ataques inclusive sobre colegas seus no Supremo, como Marco Aurélio e Luiz Fux, o primeiro porque decretou liminarmente a queda do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o outro porque mandou voltar para a Câmara o projeto 10 Medidas contra a Corrupção.

A Associação dos Juízes Federais de São Paulo e Mato Grosso do Sul observa que o Estatuto da Magistratura - Lei Complementar 35/1979, aplicável a todos os magistrados do Brasil -, 'proíbe que os juízes manifestem, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças, de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no exercício do magistério' -artigo 36, inciso III.

Além disso, assinala a entidade, a Lei Complementar 35/1979 exige que todos os magistrados mantenham 'conduta irrepreensível na vida pública e particular' - artigo 35, inciso VIII.

"Também assim o Código de Ética da Magistratura Nacional, instituído pelo Conselho Nacional de Justiça em agosto de 2008, quando o órgão e o Supremo eram presididos pelo ministro Gilmar Mendes."

"Nesse contexto, causa espécie a sem-cerimônia com que o próprio ministro Gilmar Mendes, magistrado do Supremo Tribunal Federal, vem reiteradamente violando as leis da magistratura e os deveres éticos impostos a todos os juízes do país", diz a nota.

"Enquanto permanecer magistrado da mais alta Corte do País, a sociedade brasileira espera que ele (Gilmar Mendes) se comporte como tal, dando o exemplo de irrestrito cumprimento das leis do país e dos deveres ético-disciplinares impostos a todos os juízes", finaliza o texto dos juízes federais.

Fonte: UOL (Com Estadão Conteúdo)

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Congresso aprova Orçamento de 2017 com mínimo de R$ 945,80

Em uma votação-relâmpago, o plenário do Congresso Nacional aprovou no início da noite desta quinta-feira o Orçamento Geral da União para 2017, que fixa os gastos federais em 3,5 trilhões de reais e estabelece o salário mínimo de 945,80 reais para o próximo ano. Com a aprovação, o texto segue agora para sanção presidencial.

A votação do Orçamento foi possível após um acordo entre o governo e partidos da oposição. Pelo acordo, antes de aprovar a proposta orçamentária, os congressistas analisaram e votaram nove vetos presidenciais que trancavam a pauta.

Pelo acordo, seis foram mantidos. e três  derrubados. O primeiro dos que caiu restabelece a previsão de adicional de insalubridade para agentes comunitários de saúde; o segundo, trata da repactuação de dívidas do (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o terceiro, da criação do Programa de Fomento às Atividades Produtivas de Pequeno Porte Urbanas. Após a análise dos vetos, o plenário do Congresso aprovou em bloco 33 projetos de lei com abertura de crédito suplementar para diversos órgãos públicos e dois projetos de resolução.

Esse é o primeiro orçamento elaborado pelo Congresso com a regra do teto de gastos públicos, prevista em Emenda Constitucional promulgada na manhã desta quinta-feira. O Orçamento estima em 1,3% o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas em um país) e em 4,8% a inflação. A taxa Selic prevista é 12,11%, enquanto o câmbio médio foi projetado para 3,43 reais por dólar.

A proposta determina ainda que as despesas com juros e amortização da dívida pública consumirão 1,7 trilhão de reais. Segundo o texto,  306,9 bilhões de reais serão destinados ao pagamento de pessoal na esfera federal, 90 bilhões de reais vão para investimentos das estatais e 58,3 bilhões de reais para investimentos com recursos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Essa última dotação subiu 19 bilhões de reais em relação à proposta original. O aumento decorreu de emendas de deputados e senadores às despesas de 2017.

Fonte: Veja.com (Com Agência Brasil)

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Anvisa aprova novo medicamento contra obesidade

A Anvisa aprovou o registro de um novo medicamento contra a obesidade. O Belviq (cloridrato de lorcasserina hemihidratado), é indicado para pacientes com índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30 ou para pessoas com sobrepeso (IMC maior ou igual a 27), na presença de pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso, como hipertensão, dislipidemia, doença cardiovascular, diabetes tipo 2 ou apneia do sono.

Esse é o segundo remédio com essa indicação a ser aprovado pela Anvisa esse ano, totalizando quatro medicamentos disponíveis  – cloridrato de lorcasserina hemihidratado, orlistat, sibutramina e liraglutida – no país para o controle da obesidade. Ainda de acordo com a agência, o tratamento deve ser associado a uma dieta de redução calórica e ao aumento de atividade física.

Mecanismo de ação
Segundo Maria Edna de Melo, diretora da Associação Brasileira de Estudo da Obesidade (Abeso), em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o mecanismo de ação do Belviq é diferentes dos demais.

“Ela [lorcasserina] ativa um receptor específico de serotonina que fica no hipotálamo, que é o centro principal de controle de balanço energético. E lá aumenta a produção de melanocortina, [hormônio] que traz uma redução da fome. É o único medicamento que vai agir exatamente nesse receptor.”, explicou Maria Edna.

Ainda segundo a especialista, o novo tratamento aparenta ter menos efeitos colaterais. Os principais são dor de cabeça, boca seca, e constipação intestinal.

“É um medicamento que tende a ser bem mais tolerado. Mas como nunca usamos, a prática vai nos dizer muito mais. Com o tempo, vamos avaliar. Vemos como mais uma opção, porque nem todos os pacientes respondem bem a todos os tratamentos.”, afirmou a diretora.

Além do Brasil, o Belviq já foi aprovado nos Estados Unidos. Produzido pela farmacêutica suíça Arena Pharmaceuticals, no país a detentora do registro é a ele Eisai Laboratórios Ltda., localizada em São Paulo.

A obesidade é uma das doenças crônicas com maior prevalência mundial, é considerada uma desordem com múltiplas causas, e está associada a várias doenças, sendo importante fator de risco para o desenvolvimento de diabetes.

Fonte: Veja.com

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Lula processa procurador da Lava Jato e pede R$ 1 milhão por danos morais

Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deram entrada nesta quinta-feira (15) em uma ação na Justiça com pedido de indenização por danos morais contra o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba.

A ação pede o pagamento de R$ 1 milhão por Dallagnol e acusa o procurador de ter promovido "ataques à honra, imagem e reputação" de Lula, durante entrevista coletiva à imprensa realizada em setembro na qual foram apresentados por Dallagnol os argumentos de denúncia da Lava Jato contra o ex-presidente.

O episódio ficou marcado pelo uso de uma apresentação em Power Point pelo procurador, em que diversas setas apontavam para o nome de Lula, no centro do diagrama.

"Nenhum cidadão pode receber o tratamento que foi dispensado a Lula pelo procurador da República Dallagnol, muito menos antes que haja um julgamento justo e imparcial. O processo penal não autoriza que autoridades exponham a imagem, a honra e a reputação das pessoas acusadas, muito menos em rede nacional e com termos e adjetivações manifestamente ofensivas", diz trecho de nota divulgada hoje por Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins, defensores de Lula.

Em setembro, ao oferecer denúncia contra Lula, Dallagnol afirmou que o ex-presidente seria o "comandante máximo do esquema investigado na Operação Lava Jato". Na ocasião foi convocada uma entrevista coletiva de imprensa, transmitida ao vivo por emissoras de TV.

A denúncia acusa Lula de ter comandado o esquema de corrupção na Petrobras e atuado, com a empreiteira OAS, no desvio de ao menos R$ 87,6 milhões da estatal.

O ex-presidente teria sido beneficiado pela OAS, segundo a denúncia, por meio da reserva de um apartamento tríplex no Guarujá (SP), avaliado em R$ 2,4 milhões, além de R$ 1,2 milhão em reformas e eletrodomésticos comprados para o apartamento pela empreiteira.

A defesa de Lula afirma que o imóvel jamais foi de propriedade do ex-presidente, que recursou oferta da OAS para comprar a unidade.

Segundo a assessoria de imprensa da Procuradoria da República no Paraná, o procurador não vai se manifestar enquanto não for comunicado oficialmente sobre o processo.

A reação dos advogados de Lula vem no dia em que mais uma denúncia foi oferecida pela Lava Jato contra o petista, desta vez por corrupção e lavagem de dinheiro contra o ex-presidente é a quarta ligada à Operação Lava Jato. Caso o juiz responsável pelo caso aceite a denúncia, Lula se tornará novamente réu. O petista já é réu em três ações, e, agora, denunciado em mais duas, o que leva ao total de cinco casos contra ele na Justiça.

Leia abaixo a íntegra da nota da defesa de Lula:

"Na data de hoje (15/12), protocolamos ação de reparação por danos morais em favor do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o procurador da República Deltan Martinazzo Dallagnol. A ação pede a condenação do citado procurador da República ao pagamento de reparação por danos morais, no valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), em virtude da realização de coletiva de imprensa em 14/09/2016 transmitida em rede nacional, durante a qual, sob o pretexto de informar sobre a apresentação de uma denúncia criminal contra Lula, promoveu injustificáveis ataques à honra, imagem e reputação de nosso cliente, com abuso de autoridade.

Independentemente do desfecho da ação penal gerada pela citada denúncia — que somente poderá ser o reconhecimento da inocência de Lula, como emerge com nitidez dos 23 depoimentos já colhidos de testemunhas selecionadas pelo próprio Ministério Público Federal —, a pretensão indenizatória mostra-se desde logo cabível.

Nenhum cidadão pode receber o tratamento que foi dispensado a Lula pelo procurador da República Dallagnol, muito menos antes que haja um julgamento justo e imparcial. O processo penal não autoriza que autoridades exponham a imagem, a honra e a reputação das pessoas acusadas, muito menos em rede nacional e com termos e adjetivações manifestamente ofensivas.

A mesma coletiva já é objeto de pedido de providências perante o Conselho Nacional do Ministério Público, ainda pendente de análise. O fato também foi levado ao conhecimento do Comitê de Direitos Humanos da ONU em atualização feita no mês passado.

O documento está disponível em www.averdadedelula.com.br"

Fonte: UOL

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Temer é citado pela segunda vez em delação da Odebrecht

Um dos principais executivos da construtora Odebrecht, o empresário Márcio Faria da Silva disse à Procuradoria-Geral da República que operacionalizou o repasse de recursos a pedido do presidente Michel Temer e do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A liberação do dinheiro, segundo contou, estava vinculada à execução de contratos da empreiteira com a Petrobras. A informação consta no acordo de delação premiada assinado pelo executivo. Em 2010, Michel Temer recebeu, em seu escritório político em São Paulo, Márcio Faria da Silva para uma conversa, da qual também participaram Eduardo Cunha e o lobista João Augusto Henriques, coletor de propinas para o PMDB dentro da Petrobras.

O Palácio do Planalto confirmou o encontro, mas informou que foi Cunha quem pediu a conversa a Temer, dizendo que o executivo gostaria de conhecê-lo.  A assessoria do presidente acrescentou que na reunião, que teria durado cerca de 20 minutos, não se tratou de questões financeiras, mas só de formalidades. Nada além disso. “Se, depois da conversa de apresentação do empresário com Temer, Eduardo Cunha realizou qualquer acerto ou negociou valores para campanha, a responsabilidade é do próprio Eduardo Cunha”, afirmou a assessoria de Temer.

Márcio Faria da Silva é um dos 77 delatores da Odebrecht. Entrou na empresa em 1978 e escalou de forma meteórica o seu organograma, tornando-se um dos principais executivos da construtora. No comando da Odebrecht Engenharia Industrial, participou de grandes obras da Petrobras, como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e as refinarias de Abreu e Lima, Araucária e São José dos Campos. Um de seus principais contatos na estatal era Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento.

Representante de interesses suprapartidários, inclusive do PMDB, Costa disse à força-tarefa da Lava Jato que negociou o repasse de propinas com Márcio Faria da Silva. Operador do petrolão, o doleiro Alberto Youssef ratificou essa versão, o que levou o Ministério Público a processar o executivo por improbidade administrativa. Para o MP, ele teve papel decisivo na costura do cartel de empreiteiras que fraudou contratos e desviou bilhões de reais da Petrobras.

Márcio Faria da Silva é o segundo executivo da Odebrecht a implicar Temer no esquema de corrupção investigado pela Lava Jato. Ex-diretor de Relações Institucionais da empresa, Cláudio Melo Filho contou que num jantar em maio de 2014, no Palácio do Jaburu, o então vice-presidente Michel Temer, acompanhado do então deputado Eliseu Padilha, pediu uma ajuda financeira a Marcelo Odebrecht. Ficou combinado o repasse de 10 milhões de reais, dos quais 6 milhões de reais foram reservados para Paulo Skaf, então candidato do PMDB ao governo de São Paulo, e 4 milhões de reais para Eliseu Padilha, hoje chefe da Casa Civil.

VEJA revelou o caso em agosto passado. Ao assinar seu acordo de delação premiada, Melo Filho detalhou um pouco mais o rateio do butim. Ele declarou que parte dos 4 milhões de reais foi entregue em espécie no escritório de advocacia de Eliseu Padilha em Porto Alegre. Outra parte, também não especificada, foi entregue em dinheiro vivo no escritório de advocacia de José Yunes, o amigo de Temer que se demitiu ontem do cargo de assessor especial do presidente. Melo Filho diz ter ouvido do próprio Padilha que 1 milhão de reais foi entregue a Cunha. O ex-deputado, portanto, teria se beneficiado dos valores pedidos por Michel Temer a Marcelo Odebrecht.

Preso pela Operação Lava Jato, Cunha era operador financeiro do PMDB. Foi ele quem conseguiu da própria Odebrecht doações generosas a políticos ligados a Michel Temer — entre eles, o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves, investigado no petrolão, e Gabriel Chalita, candidato peemedebista à prefeitura de São Paulo em 2012. É esse um dos motivos que justificam a apreensão do governo com a eventual delação premiada do ex-deputado, preso pela Operação Lava Jato.

Fonte: Veja.com

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Açúcar é apontado como vilão pelo seu colesterol alto, não a gordura

Artigos e revisões que contestam o argumento de que a gordura é o grande vilão das doenças coronárias têm ganhado força. Em vez dela, a culpa seria do açúcar. No mês passado, a revista JAMA Internal Medicine publicou um estudo que sugere que a indústria do açúcar pagou o equivalente a US$ 48 mil para uma pesquisa relacionar doença do coração à gordura saturada e tirar o foco do risco causado pelo açúcar.

Outro famoso é o Estudo dos Sete Países, publicado pelo médico americano Ancel Keys em 1970, uma das pedras fundamentais para se afirmar que as doenças cardíacas são causadas pela gordura, também vem sendo questionado.

Na pesquisa, Keys ignorou países que consomem muita gordura, mas pouco açúcar, como a França, e tem taxas baixas de doenças coronárias. Além disso, o artigo diz que "a taxa de doenças coronárias é correlata à média de calorias derivadas da sacarose (o açúcar comum) na dieta explicada pela interrelação da sacarose com a gordura saturada". Ou seja, Keys não fez um teste controle para separar o resultado da gordura e do açúcar, apenas considerou os dois juntos.

Um dos maiores acusadores do açúcar, o endocrinopedriatra e pesquisador Robert Lustig, da Universidade da Califórnia, defende que ele causa diretamente doenças cardiovasculares, gordura no fígado, diabetes tipo 2 e cárie.

Ele publicou neste ano na revista Obesity, da Sociedade Americana de Obesidade, o resultado da troca do açúcar por carboidratos na dieta de crianças obesas nos Estados Unidos por nove dias, sem alterar a quantidade ingerida. Observou então uma redução de 10 pontos do colesterol LDL, implicado em doenças do coração, além de reduzir os triglicérides (gordura armazenada no corpo) em 33 pontos e a pressão arterial em 5 pontos. Mesmo sem alteração significativa do peso, o metabolismo melhorou consideravelmente. Para Lustig, a obesidade não é a causa, mas um dos sintomas dos problemas causados no corpo pelo açúcar.

Lustig argumenta que as orientações para reduzir o consumo de gordura saturada que vigoraram por 50 anos provocaram um aumento no açúcar adicionado à grande parte dos produtos industrializados: pães, ketchup, e principalmente refrigerantes e sucos. As orientações também fizeram médicos recomendarem a troca de manteiga por margarina e banha por óleos vegetais, entre outros. E o colesterol ruim não diminuiu.

Neste ano, um grupo multidisciplinar nos EUA avaliou dados que haviam sido deixados de fora de um dos estudos mais completos e que dava suporte à hipótese de que a dieta rica em gorduras saturadas aumenta o risco de doenças coronárias, chamado Experimento Coronário de Minnesota (1968-73). "Quando você analisa a sequência histórica da hipótese da dieta-coração dos anos 1950 até agora, parece claro que a publicação incompleta de estudos importantes gerou um viés na pesquisa e na política de nutrição", diz Daisy Zamora, pesquisadora da Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Norte que participou da pesquisa.

Veneno para o fígado e coração
Lustig descreve o açúcar como "veneno" por ser metabolizado da mesma forma que o álcool e produzir colesterol nesse processo. A digestão do açúcar leva à formação de uma substância chamada acetilcoenzima A, que forma o triglicérides e acaba se transformando em uma lipoproteína chamada VLDL, que, quando quebrada no fígado, produz colesterol LDL pequeno e denso. Há consenso de que este LDL alto está associado a doenças do coração, já que ele forma placas nas artérias.

Já quando a gente come gordura, eleva o nível de colesterol LDL grande e leve, que é mais inofensivo. "Na corrente sanguínea, você mede os dois juntos, pois é muito difícil distinguir um LDL do outro", diz Lustig. "O que você faz é olhar o nível de triglicérides em associação ao LDL, pois os triglicérides dizem de qual deles se trata". Os triglicérides estão associados ao colesterol baixo e denso alto, que significa risco ao coração.

O médico cita uma pesquisa que mostrou que o mesmo número de calorias de glicose e frutose (as duas juntas formam a sacarose) se transformam em coisas diferentes. No caso da glicose, quase nada virou gordura. Mas, das calorias de frutose, 30% se transformam em gordura. Parte dessa gordura não consegue sair do fígado e causa esteatose hepática não alcoólica, ou gordura no fígado.

Essas reações ocorrem independentemente de o açúcar ter passado por menos processos químicos, ou seja, aumenta com ingestão de açúcar refinado, cristal, demerara, mascavo e até mel. A diferença entre os açúcares é, por quanto mais processos de refinamento passar o açúcar, menos minerais ele vai conter, explica Gabriela Rebello, nutricionista clínica do hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória (ES). Entre os adoçantes, ainda não há estudos que comprovam a relação, mas ambos recomendam cuidado. A única fonte de frutose recomendada por Lustig é a das frutas, pois elas vêm com fibras e em quantidade que somos capazes de metabolizar.

A gordura como vilã
No entanto, existem os defensores da hipótese de que é a gordura saturada, presente em laticínios e carne vermelha, que aumenta o LDL. Marcelo Bertolami, diretor da divisão científica do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia cita estudos como o de Ancel Keys, alvo da controvérsia atual, outro da década de 1970 chamado Nihonsan, que estudou homens japoneses no Japão, Havaí e na Califórnia, e concluiu que o ambiente e os níveis de colesterol prevalecem sobre a genética como fator de risco para doenças cardíacas.

Ele concorda que o consumo de açúcar está relacionado ao colesterol pequeno e denso. Porém, discorda que haja uma relação causal direta por ser difícil mensurar e separar os dois tipos de LDL. "Quanto mais triglicérides você têm, você tem uma tendência a ter mais LDL pequeno e denso, mas não concordo que o açúcar causa diretamente doença cardíaca", afirma.

Todos entrevistados concordam que a gordura trans é péssima para o organismo, pois não é metabolizada. "A gordura trans é pior do que o açúcar. O açúcar pode pelo menos ser oxidado e usado para energia. Nós não temos enzima para metabolizar a gordura trans, o corpo não tem outra escolha senão armazenar no fígado, o que causa doença hepática", diz Lustig. No Brasil, a gordura trans é permitida em porções muito pequenas, como em bolachas industrializadas.

Até hoje, o alerta sobre o risco de consumir gordura saturada existe na orientação do governo americano apesar de a Associação Americana do Coração, a OMS (Organização Mundial da Saúde) e outras autoridades também terem começado a alertar sobre a adição de açúcar ser uma das possíveis causas de risco de doença cardiovascular. O Ministério da Saúde do Brasil recomenda uma dieta mais próxima do natural possível, ou seja, evitar o consumo de alimentos industrializados.

A OMS recomenda que o consumo de açúcar não ultrapasse 10% das calorias consumidas por dia, o que equivale a, aproximadamente, 50 gramas/dia. O brasileiro consome em média 16,3% de açúcar do total de calorias. A nutricionista lembra que um pão francês já tem 25g de açúcar.

Açúcar também está relacionado com câncer e demência
Lustig afirma ainda que o açúcar é responsável pelo aparecimento de demência. Apesar de as pesquisas ainda não terem sido testadas em seres humanos, um estudo publicado em 2015 na revista Biochim Biophys Acta mostrou que a ingestão de frutose (açúcar 33% mais doce que a sacarose) por camundongos reduziu a plasticidade sináptica do hipocampo, afetando o aprendizado e a memória. A maioria das sequelas foi revertida três meses após corte do açúcar da dieta.

Outra pesquisa associa o açúcar ao câncer. Publicada no jornal Cancer Research, o estudo mostra que a dieta rica em açúcar aumenta o risco de câncer de mama e metástase nos pulmões. Lorenzo Cohen, da Universidade do Texas, apontou que substâncias no sangue associadas a esses tipos de câncer são elevadas com o consumo de açúcar em camundongos.

Fonte: UOL

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Crato, Juazeiro e Barbalha recebem conjunto de semáforos em rotatória

Os motoristas que trafegam na rotatória que liga as rodovias entre Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha devem ficar atentos ao novo semáforo de dois tempos a partir da meia-noite de sexta-feira (16). Conforme o Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran), a iniciativa visa para garantir a segurança dos pedestres e motoristas que circulam diariamente no local.

O conjunto de equipamentos será instalado na ligação da rotatória com a CE 292, no sentido Juazeiro ao Crato e Barbalha e no sentido Crato a Juazeiro e Barbalha. O equipamento também disciplinará a fluidez do tráfego. A sinalização horizontal e vertical já foi implantada pelo Detran.

A circulação na rotatória será por meio de duas faixas. A faixa interna é para ser acessada obrigatoriamente para o motorista que trafega pela CE 292, Rodovia Padre Cícero, sentido Crato a Juazeiro para ter seguir em direção ao centro de Juazeiro; e a faixa externa é para ser acessada pelo motorista que seguir em direção a Barbalha.

No próximo ano, o Detran construirá passarela na rotatória, para dar mais segurança à travessia de pedestres. Outros trechos da CE 292 e CE 060, na Região do Crajubar, também terão passarelas.

Fonte: Diário do Nordeste

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Deixe de comprar comida orgânica imediatamente se quiser salvar o planeta

Não poucos rótulos de produtos orgânicos (aqueles cujos produtores garantem não ter sido tratados com nenhum tipo de pesticida que não seja natural, que foram cultivados respeitando os ciclos próprios da natureza e não foram modificados geneticamente) prometem não apenas um sabor autêntico, mas que ao escolhê-los você contribuirá para preservar a natureza. Na Espanha, 36% das pessoas que consomem produtos orgânicos o fazem movidos por motivos ambientais, segundo uma pesquisa de 2014 do Ministério da Agricultura. Se você é dos que acreditam que ao comprar estes alimentos contribui para salvar o planeta, poderia estar incorrendo em um erro: um artigo recente publicado na New Scientist afirma que é um tipo de agricultura menos eficiente, com a qual não se reduzem as emissões de CO2 e que, além disso seus produtos não são necessariamente mais saudáveis.

“Está na moda aderir ao orgânico pelo atrativo da palavra, mas ninguém tem ideia de como é produzido”, sentencia o engenheiro agrônomo Marco Antonio Oltra, professor associado de Fisiologia Vegetal na Universidade de Alicante. Para este especialista, uma produção totalmente orgânica não abasteceria toda a população: “Somos 7 bilhões de pessoas diante de 1% de produção orgânica. Mudar para uma agricultura orgânica faria com que metade da população mundial deixasse de comer. Só se cultiva assim em regiões onde faltam meios para a agricultura técnica, como na Índia ou em alguns países africanos. Mas não são levados pelo respeito ao meio ambiente, embora o consumidor ignore isto. Muitos consumidores associam o orgânico ao bom”, opina o especialista.

Embora você não perceba, a agricultura orgânica demanda a utilização de mais terras por causa de seu baixo rendimento em relação à convencional, o que leva à degradação de ecossistemas como as florestas nas zonas tropicais. Uma pesquisa publicada na Nature em 2012, baseada em uma meta-análise (um procedimento estatístico avançado) de todos os dados publicados, concluía que a produção orgânica produz entre 5% e 34% menos que a convencional. “Para satisfazer as necessidades da crescente população [em 2050 terá aumentado em 1 bilhão de habitantes, segundo a FAO], haverá a necessidade de mais superfície para o cultivo, e isso significa que, se forem respeitadas as normas da agricultura orgânica, seria preciso desmatar florestas. No entanto, com a agricultura convencional, tecnologicamente muito avançada, seria possível cultivar em regiões de estepe e até em desertos”, afirma Emilio Montesinos, microbiologista, catedrático em Patologia Vegetal e diretor do Instituto de Tecnologia Agroalimentar – CIDSAV da Universidade de Girona.

Maior rastro ecológico
Quando se fala dos gases do efeito estufa, certamente que a primeira coisa que vem à mente é a imagem de uma metrópole superpovoada ou a das fumegantes chaminés de uma indústria. Mas a produção agrícola joga também seu papel nessas emissões nocivas para o planeta. “Na verdade, a orgânica implica, em média, uma maior emissão de dióxido de carbono do que a convencional. É preciso levar em conta os trabalhos do campo, a mão de obra, a menor eficiência dos produtos fitossanitários para o controle de pragas e doenças ou da fertilização”, explica Montesinos.

“Em um programa de produção orgânica de maçãs, por exemplo, o controle de uma doença muito frequente denominada sarna-da-maçã requer aplicações semanais ou mais frequentes, durante três meses, de produtos pouco eficazes como o bicarbonato de potássio, o enxofre e o caulim. No final desses cuidados, isto pode significar mais de doze tratamentos.” Segundo o microbiologista, uma horta familiar, onde os trabalhos são feitos manualmente, não deixaria um rastro de CO2 maior, “mas em uma exploração de um hectare a presença do maquinário agrícola é mais frequente e, portanto, aumentam as emissões. Na agricultura convencional seriam usados fungicidas de sínteses muito mais eficazes e menos tratamentos, entre dois e cinco”.

Outro aspecto importante se refere ao custo energético dos produtos fitossanitários. O especialista exemplifica: “Em alguns cultivos orgânicos se requer menos energia, mas às vezes se utilizam compostos derivados, autorizados, de cobre, com um tremendo impacto ambiental. Embora sejam considerados naturais, não procedem em primeiro plano de extrações diretas de mineração, mas da reciclagem de cabos elétricos, entre outros. Essa reciclagem tem um considerável consumo energético e emissão de CO2.”

Com o objetivo de reduzir as emissões de gases do efeito estufa, a tecnologia agrícola mais promissora até o momento corresponde à modificação genética, já que os cultivos modificados (OGM, na sigla em inglês) se destinam a capturar energia solar e, assim, reduzir o uso de fertilizantes. Na verdade, um estudo de 2014 fixava em 36,9% a diminuição do uso de pesticidas graças à modificação genética. “Tanto os cultivos transgênicos como os convencionais realizam a fotossíntese e fixam CO2 mediante a captura de energia solar. Os plantios comerciais atuais ainda não incorporam uma menor necessidade de fertilizantes porque, embora existam variedades OGM melhoradas, não estão no mercado. No futuro estas plantas poderão reduzir as emissões de CO2, e até mesmo ser usadas como escoadouro”, afirma Montesinos.

Rotulagem e consciência
A agricultura orgânica é vinculada constantemente à recuperação dos sabores de antes, o que o consumidor relaciona com um alimento mais saudável, diz Oltra: “É uma ideia errada: se um tomate comprado em uma grande superfície não tem gosto de tomate não é pelo tipo de agricultura de que provém, mas porque, ante uma demanda de produtos visualmente perfeitos (escolhemos o tomate por sua cor e não pelo seu sabor), os produtores convencionais priorizam o atrativo do alimento, sacrificando seu sabor”.

Para o bioquímico e divulgador José Miguel Mulet, autor de Los productos naturales, vaya timo (Laetoli) e Comer Sin Miedo (Destino), “o rótulo orgânico só diz que os que se utilizou é natural, mas não que seja melhor nem pior. Tampouco informa se foi aplicada alguma das numerosas exceções que o regulamento prevê. Só faz referência ao fato de ter sido produzido de acordo com as normas, mas nada sobre o impacto ecológico, como o rastro de carbono [o CO2 é emitido em todas as fases de criação de um produto]”, afirma.

Apesar de o certificado do rastro de carbono não ser obrigatório, há países europeus em que é comum que os produtos orgânicos tenham esse dado assinalado em seu rótulo. Para Oltra, este indicador não ajuda a se ter uma ideia real sobre se estamos diante de um produto nocivo para a natureza ou não. “A certificação é muito importante, mas só quando o usuário final pode entendê-la. Há outros conceitos, como o rastro hídrico (quantificar a água que se utilizou), que são mais compreensíveis. Mas, sobretudo, é necessário fazer uma comparação: quando se lê que um produto utilizou 18 litros para um quilo e outro, 32, fica mais claro. Com o rótulo, seria premiada a eficácia de um consumo verde, e não só no uso da água, também em fertilizantes e tratamentos fitossanitários”, observa.

Tudo vale a pena pela saúde?
Outro motivo pelo qual as pessoas escolhem produtos orgânicos é porque se preocupam com a saúde. Mulet considera que comer orgânicos não é mais saudável: “A qualidade nutricional é semelhante tanto no convencional como no orgânico, outra questão é a segurança alimentar, onde fica claro que os maiores alertas se deram no orgânico, a começar pela crise de 2011, que causou 47 vítimas”.

“Quando não há problema de pragas e de nutrição nas plantas, a agricultura orgânica não demanda ações importantes para seu controle, como o uso de pesticidas autorizados. No entanto, na prática, as pragas, doenças e ervas daninhas comprometem em perdas ao redor de 33% da produção potencial na agricultura convencional. É de se supor que na orgânica sejam ainda maiores por causa da menor eficácia dos sistemas de controle. Isto se traduz em que seus produtos apresentem maior deterioração e não se conservem tão bem como os convencionais, o que ocasiona deteriorações fúngicas. Alguns desses fungos produzem micotoxinas, hoje um dos problemas toxicológicos alimentares mais preocupantes”, conclui Emilio Montesinos.

Fonte: El País

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Crato (CE): Suspeito de matar a própria filha em São Paulo é preso

A polícia Militar prendeu na tarde desta terça-feira (13) no Crato, no interior do Ceará, um foragido da Justiça de São Paulo suspeito de matar a própria filha. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Ceará, José Orlando Santos, 46 anos, usava como esconderijo uma residência localizada na Rua Edilson Sucupira, no Bairro Sossego.

Ainda de acordo com a secretaria, José Orlando possuía um mandado de prisão preventiva por homicídio em aberto, expedido por juízes da cidade de Mogi das Cruzes, no estado paulista, pela morte de Patrícia Florêncio dos Santos – sua filha.

O crime ocorreu em maio de 2011, quando a vítima foi estrangulada com um fio. Ele havia se escondido na cidade do Crato por ser a cidade natal, segundo a investigação dos policiais. De acordo com levantamentos da PM, ele retornou à cidade em 2012 e, desde então, permaneceu foragido no local.

O foragido foi capturado durante buscas realizadas por policiais militares, após sua ex-companheira o denunciar por ameaça, por não aceitar o fim do relacionamento. Em depoimento, a mulher também revelou à Polícia que o homem respondia pelo homicídio da filha em São Paulo e que o crime teria sido motivado por ciúmes.

Então, os policiais o capturaram e cumpriram o mandado de prisão preventiva que existia em aberto contra ele. Após ser conduzido à Delegacia Regional da cidade, José Orlando foi transferido para a cadeia pública da cidade e está à disposição da Justiça.

Fonte: G1 CE

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