104 novas espécies vegetais são detectadas no CE

A Serra das Almas é uma das áreas florestais protegidas
por Unidade de Conservação no Ceará 
O terceiro inventário florestal publicado pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB) revela que foram encontradas 104 novas ocorrências de espécies vegetais no Ceará. Cerca de 57% do Estado equivale a 8,5 milhões de hectares e é coberto por tipologias consideradas florestais. A Caatinga, bioma típico do Semiárido brasileiro, que significa mata branca, predomina em 88% dessas áreas.

No Ceará há também áreas de Cerrado e florestas (do tipo ombrófila, estacional e pioneira). Para mapear a qualidade e condição dessas florestas, o Inventário Florestal Nacional (IFN) no Ceará coletou dados em 457 pontos distribuídos sistematicamente sobre todo o território, por um período de quase um ano.

O IFN foi realizado no Ceará pelo SFB em parceria com a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). O Estado é o terceiro a ter os resultados divulgados. Além do Ceará, o órgão já disponibilizou catálogo digital do inventário de Santa Catarina e do Distrito Federal, no sítio eletrônico do órgão.

Trabalho minucioso
Durante quase um ano foi realizado um trabalho minucioso. Em cada área foram medidas as árvores, colhidas amostras do solo, coletadas mais de duas mil amostras botânicas (folhas, flores e frutos) para identificação das espécies, além de outros dados. Também foram realizadas entrevistas com 1.034 moradores rurais que vivem no entorno das áreas pesquisadas para conhecer a percepção da comunidade sobre os recursos florestais e seu uso. Com mais de 148 mil quilômetros quadrados e 184 municípios, o Ceará possui quase 8,5 milhões de habitantes e está localizado na sub-região do Sertão Nordestino, uma área caracterizada pelo clima Semiárido. Possui 12 unidades de conservação federais, 27 estaduais e 13 municipais.

O estudo identificou 776 espécies vegetais, entre elas, 346 espécies de árvores. O marmeleiro foi a árvore mais encontrada na região. Já a carnaúba foi a mais abundante em áreas fora de florestas. Cerca de metade das árvores analisadas foram consideradas sadias. A outra metade, no entanto, apresentava algum tipo de comprometimento: 14% das árvores encontravam-se mortas e 35% apresentaram algum nível de deterioração.

Novas ocorrências
Os pesquisadores encontraram 104 novas espécies vegetais no Ceará. Destas ocorrências, 54 eram espécies arbóreas, sendo quatro originárias do Cerrado, oito da Mata Atlântica e três amazônicas. O cedro e a garapa, que estão na lista oficial do Ministério do Meio Ambiente (MMA) de espécies ameaçadas de extinção, foram encontradas em áreas inventariadas.

Nos questionários aplicados junto à população, três em cada quatro pessoas entrevistadas afirmaram utilizar a floresta de alguma maneira. Desses, 84% fazem uso doméstico da madeira e 16% uso comercial. Postes, estacas e lenha são os principais usos da madeira, segundo os entrevistados. Já as cascas, os frutos e o mel são os produtos não madeireiros mais utilizados. Um grupo de 76% dos entrevistados afirmou fazer uso desses recursos, mas a maior parte deles faz uso não comercial.

Em 81% dos locais amostrados foram observadas evidências de antropismo. A principal delas é a presença ou vestígios de animais domésticos de grande porte, como gado, em 67% das áreas analisadas pelo IFN. Sinais de incêndios foram o segundo fator mais registrado, em 42% dos locais.

Importância
O diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Raimundo Deusdará Filho, destacou a importância da coleta de dados feita diretamente em campo, em larga escala e de forma sistemática. "As informações contidas no inventário representam uma oportunidade rara de conhecimento a respeito dos estoques e da biodiversidade dos recursos florestais", frisou. "É um trabalho aprofundado importante para as comunidades rurais, além de ser um valioso instrumento de suporte e orientação para os governos e a sociedade no desenvolvimento e implementação de políticas de manejo e conservação das florestas", acrescentou.

Para o titular da Secretaria de Meio Ambiente do Ceará (Sema), Artur bruno, o inventário subsidiará a criação legal de novas unidades de conservação no Ceará. "Essa é uma das ferramentas para integrar o crescimento econômico com o fomento à moderna indústria, de modo a libertar o povo cearense do determinismo da seca e da endêmica pobreza nordestina", frisou.

"O Ceará tem contraditórias paisagens em que se misturam o verde luxuriante das serras, o cristalino verde-esmeralda de seus mares e a dramática beleza cênica da caatinga do sertão nordestino", completou. Artur Bruno explicitou que, a partir dos dados apresentados no inventário florestal, ações inovadoras serão definidas. "O Ceará foi um dos primeiros Estados no Brasil e o segundo do Nordeste a iniciar esse trabalho", destacou. "É uma importante ferramenta norteadora de novas políticas públicas de desenvolvimento, uso e conservação da flora".

Desertificação
O engenheiro agrônomo, Paulo Maciel, mestre em Desenvolvimento Regional Sustentável e diretor presidente do Instituto Rio Jaguaribe, observa que o Ceará tem 35% de área em processo de desertificação. "Repetidamente o bioma a Caatinga vem sendo degradado com a abertura de áreas para pastejo. A prática agrícola tradicional é pouco degradadora", frisou.

Maciel observa que a modernização que chegou ao campo ao invés de melhorar, piorou o quadro de degradação ambiental. "O homem desmata com motosserra, usa máquinas, veneno, fogo e impede o crescimento de rebrotas. É preciso mudar o sistema de criação de gado, da exploração pecuária, que deveria adotar o modelo intensivo e outras técnicas adequadas", disse.

Valorizar o cultivo de mudas nativas e implantar políticas públicas de incentivo à mudança cultural por parte dos produtores rurais é o que defende o ambientalista. "É preciso incentivar e apoiar o manejo adequado, correto da Caatinga", disse Paulo.

A percepção das comunidades rurais com as espécies nativas ocorrem com mais evidência na Chapada do Cariri e na Serra da Ibiapaba, na sua avaliação. "A população tradicional tem essa maior identificação, mas quem vem de fora desconhece", frisou. O ambientalista mostra que espécies nativas como aroeira, cumaru, imburana, angelim, pau branco, pau d'arco, jenipapo e cedro praticamente não existem mais. "De Baturité a Fortaleza era uma extensa mancha de Mata Atlântica e no Cariri e na Ibiapaba havia muitos exemplares do cerrado devido ao solo e microclima, nas áreas úmidas", explicou.

HONÓRIO BARBOSA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Pente-fino em benefícios do INSS recomeça no dia 16 deste mês

O presidente Michel Temer publicou nova medida provisória para garantir a realização do pente-fino no auxílio-doença e nas aposentadorias por invalidez. O texto foi divulgado em edição extra do "Diário Oficial" desta sexta (6).

As revisões, realizadas pelo INSS, terão início no próximo dia 16, de acordo com o governo federal. A expectativa é de uma economia de R$ 6 bilhões com o pente-fino.

A revisão chegou a ser iniciada em 2016, mas foi interrompida após a MP divulgada em julho perder a validade por não ter sido votada pelo Congresso. Sem o texto em vigor, o INSS não podia pagar bônus aos peritos médicos para que realizassem as revisões dos benefícios.

Depois da MP, o governo chegou a enviar um projeto de lei com a previsão do pente-fino no fim de 2016, mas o texto também não chegou a ser apreciado pelo Legislativo.

Antes da interrupção, foram feitas apenas 23 mil das 534 mil revisões em auxílio-doença que o governo planejava. O índice de reversão foi de 75%, o que equivale a uma economia anual de R$ 220 milhões, segundo o INSS.

O pente-fino em 1,1 milhão de aposentadorias por invalidez também não chegou a ser realizado.

A nova medida provisória estabelece que o aposentado por invalidez e os segurados que recebem auxílio-doença podem ser convocados a qualquer momento para uma nova avaliação. Estão isentos da revisão os aposentados por invalidez que tenham mais de 60 anos.

O texto prevê o pagamento de R$ 60 ao médico perito por perícia realizada de forma extraordinária.

A MP também estabelece que, na concessão do auxílio-doença pelo INSS ou pela Justiça, é necessário fixar o prazo estimado para a duração do benefício. Se isso não ocorrer, o benefício será encerrado após 120 dias, de acordo com a medida provisória.

Fonte: Folhapress

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Crato (CE): Governo Municipal produz mudas para promover arborização e qualidade de vida para a população

A Prefeitura do Crato, por meio da Secretaria de Controle Urbano, Meio-Ambiente e Serviços Públicos, está com um campo de Produção de Mudas de espécies nativas e exóticas, para arborização, frutíferas e medicinais no intuito de disponibilizar à população cratense no ano de 2017.

De acordo com o Secretário, Francisco de Brito Lima Junior, a estimativa de produção é de aproximadamente 100 mil mudas. O viveiro de mudas está localizado na Praça Joaquim Fernandes Teles, próximo ao Colégio Estadual Wilson Gonçalves.

Conforme o secretário, as árvores, no meio urbano, trazem inúmeras particularidades positivas e proporcionam melhoria da estética, servem de sombreamento, amortecem o som, diminuindo a poluição sonora, protegem e direcionam o vento, diminuem o impacto da água de chuva e seu escorrimento superficial, diminuem a temperatura, absorvendo os raios solares, melhoram a qualidade do ar, preservam a fauna silvestre e proporcionam bem-estar.

Assessoria de Imprensa/PMC

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Caixa define calendário para saque de FGTS inativo

Os trabalhadores com saldo nas contas inativas do FGTS que fazem aniversário em janeiro já devem começar a sacar os recursos em fevereiro. O cronograma de pagamento será fechado pela Caixa Econômica Federal nas próximas semanas, mas a orientação do governo é que todos os cotistas recebam o dinheiro no prazo máximo de um ano, para que a medida surta efeito na economia.

Dessa forma, quem nasceu em fevereiro receberá em março, e assim sucessivamente. Os meses também poderão ser agrupados para encurtar o prazo, disse um técnico envolvido nas discussões.

A Caixa estuda creditar diretamente os valores para os trabalhadores que têm conta no banco. A ideia é acionar também os correspondentes bancários, como as lotéricas, para ajudar no pagamento, no caso de saldos de menor valor.

Também se cogita a possibilidade de os trabalhadores serem informados por telefone (SMS) ou e-mail sobre o valor a que terão direito e a data do saque ou crédito na conta corrente. Para isso, a Caixa está fazendo um amplo trabalho no banco de dados, a fim de atualizar endereços, usando vários cadastros, como Bolsa Família, CPF e seguro-desemprego, além de consultar as informações de quem tem conta ativa no FGTS, mais atualizadas.

Salário mínimo
Segundo uma fonte, o primeiro passo é melhorar a qualidade do cadastro das contas inativas. Em muitos casos, não consta número de telefone, e o endereço está desatualizado.

A Caixa chegou a cogitar como critério para a liberação dos recursos os saldos das contas inativas, de modo a beneficiar primeiro os trabalhadores com menores valores — o que corresponde à maioria, pois mais de 80% têm até um salário mínimo, hoje em R$ 937. Essa ideia, no entanto, poderia causar uma corrida à Caixa, pois muitos cotistas não sabem quanto têm a receber.

Pesa a favor do corte pela data de nascimento o fato de a Caixa ter experiência com a liberação do abono (PIS), que vai de julho a junho do ano seguinte, período no qual são atendidas 20 milhões de pessoas. Segundo um técnico, nesse caso, o fluxo de trabalhadores no banco é estável ao longo do ano, à exceção de fevereiro, que tem menos dias.

A Caixa informa que há 18,6 milhões de contas inativas no FGTS, no total de R$ 41 bilhões. Como muitos cotistas têm mais de uma conta, o governo estima que dez milhões de pessoas serão beneficiadas.

A previsão é que sejam sacados R$ 30 bilhões, pois há contas com valores tão baixos que não compensam a ida à agência.

Serão beneficiados com o saque das contas inativas do FGTS todos os trabalhadores que pediram demissão ou foram demitidos por justa causa até 31 de dezembro de 2015. A medida não contempla casos de cotistas que permanecem no mesmo emprego, mas têm conta inativa porque a empresa mudou de CNPJ.

Quem usou os recursos do FGTS para aplicar na Vale ou na Petrobras e depois ficou com a conta inativa poderá resgatar a aplicação e receber o dinheiro. Neste caso, os trabalhadores devem procurar os bancos onde fizeram o investimento. Quem não quiser sacar poderá deixar a quantia rendendo numa conta-investimento.

Os extratos de contas podem ser consultados no aplicativo do FGTS (disponível para Android, iOS, e Windows Phone), no site da Caixa (www.caixa.gov.br) e utilizando o Cartão do Cidadão em postos de autoatendimento ou agências do banco.

Hoje, o trabalhador pode sacar o dinheiro da conta inativa na sua data de aniversário, desde que ele esteja desempregado há pelo menos três anos.

Fonte: Época Negócios

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12 filmes perturbadores de terror psicológico que você não pode deixar de assistir

O Labirinto do Fauno, 2006
Quem é fã de filmes de terror sabe que, na maior parte das vezes, a sugestão do mal é muito mais eficiente do que um simples susto ou a figura de um assassino invencível atacando por aí. Quando o medo está implícito, as chances de ele ficar com você depois de ver o filme são muito maiores.

Selecionamos abaixo 12 longas que, com certeza, causarão essa impressão em você. Assista com a cabeça aberta e as portas trancadas.

1) Segredos de Sangue (Stoker, 2013)
Dirigido pelo coreano Park Chan-Wook, o mesmo de Oldboy, Segredos de Sangue narra a história de India Stoker (Mia Wasikowska), uma adolescente que se recupera da morte do pai e tem que lidar com a chegada do seu tio Charlie (Matthew Goode), de quem nunca tinha ouvido falar. Ele agora passa a morar com India e a mãe, uma mulher agressiva e distante da filha.

O filme tem um roteiro muito original, cheio de entrelinhas, que desafia o espectador a cada cena e ainda conta com um desfecho bem surpreendente. Um dos melhores do gênero, mesmo que pouco conhecido.

2) Persona (1966)
Um clássico cinematográfico, Persona acompanha a simplória enfermeira Alma (Bibi Andersson), que fica incumbida de cuidar de Elisabet (Liv Ullmann), uma atriz de sucesso que aparentemente está em perfeita condição física, mas se recusa a falar qualquer coisa.

Ambas estão isoladas em uma casa de campo e, conforme as duas passam mais e mais tempo juntas, Alma vai revelando segredos para a paciente, que permanece apática. Aos poucos, Alma percebe que seu ser começa a submergir no de Elisabet e as duas vão se tornando uma só pessoa. Filosofia, psicologia e cinematografia também se unem com maestria em Persona, que te deixa reflexivo durante um bom tempo.

3) A Pele que Habito (La Piel Que Habito, 2011)
O perturbador filme de Pedro Almodóvar oferece o que o diretor tem de melhor – roteiro inovador, doentio e genial. A esposa do Dr. Robert Ledgard (Antonio Banderas) se suicidou ao olhar-se no espelho após um grave acidente de carro que queimou quase por completo sua pele. A filha do casal, Norma, fica com sequelas psicológicas irreversíveis depois do acontecido.

O médico também se abala muito com a situação e se concentra em criar a “pele perfeita” contra diversos tipos de agressões, misturando pele humana e suína. Um terror sem sustos ou gritos, A Pele que Habito é bem bizarro e consegue despertar a espécie mais primitiva de medo no espectador.

4) Cisne Negro (Black Swan, 2010)
Nina (Natalie Portman) é uma grande bailarina de uma das melhores companhias de balé de Nova York e está prestes a alcançar o papel de protagonista de Lago dos Cisnes. É aí que chega uma garota nova que é aparentemente mais adequada ao papel de Rainha dos Cisnes. Como se não bastasse a pressão profissional que Nina coloca em si mesma, sua mãe também é totalmente obsessiva com a vida da filha e faz o possível para controlá-la.

O filme é complexo e esconde muita informação subliminar. Apenas assistindo diversas vezes (ou pesquisando na internet) é possível realmente entendê-lo. Aronofsky dificilmente joga uma informação sem qualquer explicação de por que ela esta lá. Embora a trama pareça simples (apesar de certamente perturbadora), Cisne Negro já é fascinante superficialmente e fica ainda mais genial quando se procura entender os personagens e suas relações mais profundas.

5) Janela Secreta (Secret Window, 2004)
Quando o escritor Mort Rainey (Johnny Depp) flagra sua esposa o traindo com outro homem, o protagonista se muda para uma casa do lago afastada para relaxar e tentar escrever longe de toda a situação. Em meio a um bloqueio criativo, um desconhecido chamado John Shooter (John Turturro) bate na porta do escritor acusando-o de plágio por um conto antigo.

Talvez, hoje em dia o filme tenha um desfecho previsível pra quem está acostumado com filmes do gênero. Porém, em 2004, foi bem surpreendente. Mesmo sem grandes surpresas, a construção e o desenrolar da trama prendem a atenção e são uma boa introdução para quem não viu muita coisa parecida.

6) Precisamos Falar Sobre Kevin (We Need To Talk About Kevin, 2011)
Eva (Tilda Swinton) sempre teve muitas dificuldades em criar seu filho Kevin (Ezra Miller / Jasper Newell). Desde criança, Kevin era muito hostil com a mãe e realizava atos delinquentes para prejudicá-la. Eva mora sozinha, é sempre maltratada pelas pessoas nas ruas e vive com receio dos estranhos.

De forma não linear, vamos descobrindo as razões pelas quais ela sofre esses ataques e como tudo se originou. Incômodo, com poucos diálogos e muitos silêncios desesperadores, Precisamos Falar Sobre Kevin é um filme agressivo, sem necessariamente mostrar cenas violentas. Um ótimo quebra-cabeças sobre a psique humana.

7) O Duplo (The Double, 2013)
Baseado na obra de mesmo nome do escritor russo Fiódor Dostoiévski, o filme é adaptado pelo singular diretor Richard Ayoade, de Submarine, que consegue deixar a atmosfera agonizante, mas acrescenta uma dose de bom humor única.

A vida de Simon (Jesse Eisenberg), muito tímido e solitário, muda quando um novo empregado chega à firma em que ele trabalha. O novo rapaz é James (também interpretado por Eisenberg). Completamente oposto a Simon, James é um jovem assertivo e carismático. Ambos são fisicamente idênticos, porém ninguém parece concordar com o fato, exceto o próprio Simon.

Uma obra existencialista, longe de ser chata ou pretensiosa. Richard Ayoade conseguiu muito bem adaptar um clássico da literatura para um filme que é pesado, mas que tem ótimos alívios cômicos (os quais não interferem negativamente na narrativa).

8) Ilha do Medo (Shutter Island, 2010)
Quem perdeu o hype em 2010 não sabe o quão hipnotizante é o filme de Martin Scorsese. Nos anos 50, Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) e seu parceiro Chuck (Mark Ruffalo) são convocados para investigar um desaparecimento em Shutter Island, uma ilha prisional para pacientes psiquiátricos. Os médicos do hospital são resistentes em ajudar os agentes solucionarem o caso, o que deixa o investigador muito suspeito em relação às verdadeiras intenções dos médicos com seus pacientes.

Um filme difícil, que provoca o espectador e tem muitas reviravoltas, Ilha do Medo é referência quando o assunto é thriller.

9) Following (1998)
O primeiro longa-metragem do britânico Christopher Nolan, de A Origem e Interestelar, já apresenta muitas características que o marcariam. Bill (Jeremy Theobald), um jovem escritor, vaga pelas ruas de Londres seguindo estranhos à procura de inspiração para suas histórias. Quando Cobb (Alex Haw), um ladrão e golpista, percebe que está sendo seguido por Bill, ele o confronta e o convence a participar de seus roubos. Um filme fragmentado, Following foi gravado originalmente em 16 mm e teve um orçamento baixíssimo. Mesmo assim, é uma grande obra.

10) Garota Exemplar (Gone Girl, 2014)
Dificilmente alguém ainda não ouviu falar de Garota Exemplar, filme adaptado do livro da escritora Gillian Flynn pelo diretor David Fincher, de Clube da Luta. Nick Dunne (Ben Affleck) volta para casa no seu aniversário de casamento e se surpreende com o sumiço de sua mulher, Amy (Rosamund Pike). O protagonista avisa a polícia do desaparecimento, porém suas atitudes estranhas e algumas mentiras fazem de Nick o principal suspeito da polícia. Garota Exemplar não foi um best-seller por acaso: a trama é, sem dúvidas, envolvente e perturbadora. E rendeu um excelente filme.

11)  (El Laberinto del Fauno, 2006)
Pouco depois do fim oficial da Guerra Civil espanhola, Ofelia (Ivana Baquero) se muda para Navarra com sua mãe, Carmen (Ariadna Gil). O padrasto de Ofelia é um oficial fascista que luta contra alguns rebeldes da região, onde ainda há resquícios da Guerra. A garota é praticamente a única criança nas redondezas e, por isso, muito solitária. Ofelia se distrai do mundo horrível ao seu redor com histórias fantásticas e passeios pelo jardim de sua casa, onde descobre um labirinto e um mundo mágico.

Porém esse mundo fantástico acaba acarretando consequências na realidade da família toda. Mesmo com todo o elemento fantasioso e lúdico, o filme ainda é muito desconcertante e intenso. Guillermo Del Toro conseguiu criar uma atmosfera em que o infantil encontra diretamente o cruel.

12) O Homem Duplicado (Enemy, 2014)
Uma adaptação do livro de mesmo nome de José Saramago, O Homem Duplicado acompanha o protagonista Adam (Jake Gyllenhaal), um professor que leva uma vida maçante e solitária, mesmo tendo um relacionamento com uma garota, Mary.

Adam descobre, assistindo a um filme erótico, que ele tem um sósia que é ator, Anthony. Ele fica obcecado por Anthony – que, apesar de fisicamente idêntico, inclusive nas cicatrizes, é seu oposto em termos de personalidade. As coisas se complicam quando os rapazes acabam envolvendo seus relacionamentos amorosos na confusão.

Um filme extremamente complicado de entender por si só e cheio de teorias tentando explicar seu desfecho, O Homem Duplicado exige paciência para ser apreciado.

Fonte: Mundo Estranho

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Senador quer acabar com os feriados prolongados

O ano de 2017 terá 13 feriados nacionais e pontos facultativos. O período de dias de descanso para os trabalhadores pode ser ainda maior, com os feriados estaduais, municipais e, principalmente, com os chamados ‘enforcamentos’. 

No entanto, para evitar os feriadões e minimizar os prejuízos que os dias parados provocam no setor produtivo, o senador Dário Berger (PMDB-SC) quer antecipá-los para as segundas-feiras. De acordo com o PLS (Projeto de Lei do Senado)  389/2016, de sua autoria, sempre que um feriado cair entre terça e sexta-feira será antecipado para a segunda-feira. 

A proposta não afeta os feriados de datas simbólicas como 1º de janeiro, 1º de maio, 7 de setembro e 12 de outubro, nem Natal, Carnaval, Corpus Christi e Sexta-feira Santa. A medida também não valerá para os feriados que caírem aos sábados e domingos.

Levantamento da empresa de consultoria global norte-americana Mercer mostra que o Brasil é o 7º colocado em números de feriados no mundo. O país tem, ao todo, 12 feriados nacionais. 

Ao justificar o projeto, Dário Berger afirmou que o excesso de feriados é nocivo para empresas, trabalhadores e para a arrecadação dos governos. Segundo o parlamentar, é quase uma tradição do povo brasileiro estender os feriados, e tal comportamento compromete o trabalho nos dias úteis seguintes. 

“A intenção de impedir o prolongamento desarrazoado dos dias não trabalhados e de manter “a roda da economia girando” é especialmente relevante em situações de grave crise econômica como a que ora enfrentamos”, disse. 

Atualmente, o projeto está na Comissão de Educação do Senado, sob relatoria do senador Hélio José (PMDB-GO).

Fonte: Painel Acadêmico

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Crato (CE): Prefeito Zé Ailton envia oficio a Caixa solicitando prazo final de entrega das casas do projeto MCMV

O prefeito do Crato Zé Ailton Brasil já notificou a Caixa Econômica Federal para acertar a data de conclusão da obra e entrega das chaves das casas do Projeto Minha Casa Minha Vida do Residencial Filemon Limaverde.

O Secretário Municipal da Cidade José Muniz protocolou o oficio com o pedido do prefeito e já avisou as famílias. “São 982 famílias esperando as chaves da sonhada casa própria faremos tudo que estiver ao nosso alcance para que essa realidade se faça presente o mais rápido possível” ressaltou o Secretário.

Assessoria de Imprensa/PMC

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Com 20 anos, cantora e compositora cratense desponta na música com letras autorais

O Cariri é uma região notoriamente rica em diversos aspectos. As belezas naturais com traçados singulares, a cultura pujante, a religião que atrai milhões de pessoas por ano e os talentos da terra, que despontam cada vez mais, como é o caso da jovem Bárbara Gomes de Moraes. Com apenas 20 anos, a cratense já possui longa trajetória na música, mas, afirma: “quero ir além”.

O desejo de crescer motivou a jovem a produzir um clipe autoral no ano passado. A música “Labirinto”, composta por ela mesmo, ganhou cenas genuinamente regionais, que casam com a letra da composição. “O movimento das cenas do trânsito caótico das cidades do Crajubar, evidencia quão frenético é o processo de procura por um amor perfeito. No entanto, labirinto aponta também para o desvencilhar de velhas amarras imposta à mulher que, norteada pelo amor, parte ao encontro da sua auto-afirmação”, explicou a cantora.

O clipe foi lançado no canal do Youtube há apenas três semanas e já apresenta grande aceitação do público. Com produção e direção de Geovane Brasil, o vídeo já foi visto mais de três mil vezes. “Eu mostrei ao Geovane e ele bolou uma idéia de como poderíamos descrever as cenas dessa música. Nós pensamos usar as imagens da nossa região pra valorizar o nosso lugar”, pontua, ao acrescentar que “o clipe marca com o lançamento do meu trabalho autoral aqui na região”.

Os próximos passos após o lançamento, segundo conta, é “realizar um show para lançamento do meu EP”.


Perfil
Discente do Curso de Licenciatura em Música, pela Universidade Federal do Cariri (UFCA), e integrante do quarteto feminino de Sax, “ElaSax”, além da Orquestra Sinfônica e Coral da instituição, Bárbara Gomes entrou no mundo da música logo aos 4 anos de idade. Aos 13, aprendeu a tocar violão e, a partir de então, começou a se apresentar em eventos particulares, festivais de músicas, e cantar em barzinho do eixo Crajubar.

A cantora possui parceria com renomados músicos da Região do Cariri, como Hugo Linard e Demétrius Cândido. Além disso, a jovem traz em seu trabalho, a Música Popular Brasileira como carro chefe, resultado da influencia de grandes nomes como Elis Regina, Renato Teixeira, Tim Maia, Gal Costa, entre outros.

Na música Regional, Luiz Gonzaga foi um dos grandes inspiradores. Suas apresentações trazem a MPB, regional, sertanejo e pop rock. Já na produção autoral destacam-se duas composições. No estilo regional, a musicista escreveu um xote “A voz de Luiz”, em homenagem ao músico Pernambucano, Luiz Gonzaga. Já no pop Rock, a composição “Labirinto”, que lhe um que lhe rendeu um clipe. A artista possui mais de doze composições autorais.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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10 motivos pelos quais o mundo sentirá saudades de Barack Obama

Faltam apenas duas semanas para Donald Trump ser empossado presidente dos Estados Unidos. Isso também quer dizer que o tempo restante para o atual ocupante do cargo, Barack Obama, é curto, e antes mesmo da despedida dele já tem gente sofrendo antecipadamente pela falta que ele fará. Os motivos são vários: à parte o fato histórico de que Obama foi o primeiro presidente negro da história de seu país, ele também foi uma espécie de popstar nos oito anos em que esteve no poder.

Difícil lembrar a última vez que isso aconteceu com um inquilino da Casa Branca. Talvez com Ronald Reagan, que antes de ser político foi ator de sucesso em Hollywood e sabia lidar com as câmeras. Ou com Bill Clinton, que apesar dos escândalos é até hoje um dos ex-Chefes do Executivo favoritos dos americanos.

Mas a verdade é que nunca houve um presidente como Obama, e como o momento também é dele listamos a seguir os 10 motivos pelos quais ele vai deixar saudades, não somente para boa parte dos americanos mas também para muita gente ao redor do mundo. Confira!

A oratória
O primeiro grande diferencial da chegada de Obama ao poder após o governo de George W. Bush, que nunca teve muito talento com as palavras, foi a capacidade de se expressar bem. Parte disso se deve ao escritor dos discursos dele, Cody Keenan, mas o próprio Obama deu show em várias ocasiões em que escolheu o improviso em vez do texto pronto. Em um de seus melhores momentos, ele chegou a entoar a canção “Amazing Grace”, uma espécie de hino não oficial dos Estados Unidos, no funeral do reverendo e senador Clementa Pinckney, assassinado em 2015 durante uma chacina em uma igreja de Charleston, no sudeste americano. A plateia foi ao delírio.

A defesa das mulheres
Obama foi o presidente americano que mais se posicionou favoravelmente aos direitos das mulheres até hoje. Mesmo em questões polêmicas, como o aborto, ele nunca se esquivou de expressar suas opiniões e, por conta disso, em várias ocasiões acabou ganhando mais inimigos do que apoiadores. Em agosto do ano passado, quando completou 55 anos, ele até publicou uma carta na qual se autoproclamou, com orgulho, como o primeiro ocupante da Casa Branca declaradamente feminista. “É isso que é o feminismo no século 21: a ideia de que quando todos somos iguais, somos também mais livres”, ele escreveu na carta.

O amor declarado por Michelle Obama
O governo de Obama também foi totalmente marcado pela presença da mulher dele, a primeira-dama Michelle Obama. A relação dos dois em público vai totalmente contra qualquer cartilha política: eles trocam carinhos, fazem piadas sobre si mesmos e proclamam sem o menor pudor o amor que sentem um pelo outro. O “estilo Hollywood” deles foi um dos pontos altos dos últimos oito anos em Washington. Os críticos do casal até dizem que tanta paixão nada mais é do que uma estratégia para que Michelle seja lançada como candidata à presidência no futuro (ela nega de pés juntos que isso seja verdade). Uma coisa é certa: os dois vão continuar sendo um dos casais que mais rendem notícias por um bom tempo.

A diplomacia nota 10
Poucos presidentes americanos se deram tão bem no universo político internacional. O exemplo maior disso é o estreitamento das relações entre os Estados Unidos e Cuba, fato que Obama considera como um dos maiores marcos de sua administração. Ele também jogou seu charme para políticos da América Latina que, em outras épocas, se declararam contra o “império ianque”. Aliás, quem não lembra da vez em que Obama se referiu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “o cara”, algo que até hoje é festejado pelos aliados do petista? Isso sem falar que Obama ganhou o prêmio Nobel da Paz em 2009 justamente por suas contribuições à diplomacia internacional.

O apoio à comunidade LGBT
Nesse ponto, Obama realmente fez história. Além de liderar os esforços pela legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo nos Estados Unidos, o que ocorreu em 2015, ele nomeou, em 2010, a física e engenheira Amanda Simpson como conselheira do Departamento de Comércio dos Estados Unidos. Foi a primeira vez que uma mulher assumidamente transgênera recebeu um cargo de confiança de um presidente americano. Mais recentemente, em novembro, Obama também homenageou Elle DeGeneres, uma das maiores vozes da comunidade LGBT dos Estados Unidos, com a Medalha da Liberdade, a mais alta condecoração civil do país.

O gabinete mais diverso da história
Pra ser justo, a comunidade LGBT não foi a única minoria que teve destaque no governo de Obama. O gabinete dele foi, de maneira geral, o mais diverso de todos os tempos. Mais da metade (53,5%) dos cargos de confiança da administração Obama foram para mulheres e membros de minorias. Para efeito de comparação, no governo de George W. Bush esses grupos conquistaram apenas 25,6% dos cargos de confiança. Ele também nomeou Loretta Lynch como procuradora-geral dos Estados Unidos, a primeira mulher negra na função, e indicou Sonia Sotomayor para a Suprema Corte, tornando ela a primeira hispânica a fazer parte da instituição.

As aparições na TV
Ao longo de oito anos de governo, Obama trabalhou muito, e os cabelos brancos dele estão aí para comprovar isso. Mas, entre um compromisso e outro, ele sempre arranjou tempo para visitar os principais talk-shows da TV americana, algo que outros presidentes americanos costumavam fazer. E como é pop, Obama nunca decepcionava o público em suas aparições: ele dançou no programa de Ellen DeGeneres, leu tuítes que falavam mal dele próprio no programa de Jimmy Kimmel, fez uma paródia musical com notícias do momento ao lado de Jimmy Fallon e até substituiu Stephen Colbert em um de seus monólogos depois que o comediante declarou que nenhum político seria capaz de fazer o trabalho dele. Não é pra qualquer um.

O talento com as crianças
Chefes de estado são homens sisudos cheios de problemas para resolver e que não têm tempo para brincadeiras. Certo? Não no caso de Obama, que recebeu várias crianças na Casa Branca ao longo de seu governo, como o youtuber Robert Novak, intérprete do personagem Kid President, e a filha de Ben Rhodes, seu assessor para assuntos de segurança, com quem brincou no Salão Oval. Um dos momentos de bastidores mais marcantes dele, no entanto, é de 2009, quando um garoto negro de 5 anos visitou a residência oficial e pediu para que Obama deixasse ele tocar seu cabelo, para ver se era parecido com o dele. Pedido feito e prontamente atendido, por sinal. O clique do momento é um dos poucos porta-retratos presentes na mesa de trabalho dele.

Ele também erra no figurino
Nem Obama consegue ser cool em todos os momentos. A prova disso é o pedido feito a ele em 2009, pelo jornal “The New York Times”, que sugeriu ao ocupante do cargo mais importante dos Estados Unidos a contratação urgente de um personal shopper. Tudo por conta das calças jeans pra lá de largas que ele costuma usar, e que se tornaram motivo de piada desde então. Ainda no clima gente como a gente, Obama também é fã confesso de “Game of Thrones”, e nesse caso ele só se diferencia dos milhões de espectadores da série ao redor do mundo porque costuma assistir as novas temporadas da atração antes de todo mundo. Resta saber se ele vai manter o privilégio quando deixar a presidência…

Ele acredita no potencial do Brasil
Em julho de 2015, na Casa Branca, durante uma visita de estado da ex-presidente Dilma Rousseff, Obama disse com todas as letras que via o Brasil como “uma potência global”, algo que não se ouve todo dia de um presidente americano. Mais recentemente, já em meio a crise político e econômica vivida pelo país, ele também declarou acreditar que as instituições democráticas brasileiras são fortes e que os problemas do momento serão resolvidos. Obama esteve no Brasil em 2011, quando passou por Brasília e pelo Rio de Janeiro. Na ocasião, ele defendeu um maior protagonismo do país no cenário mundial e lembrou da mãe, com quem assistiu “Orfeu Negro” em 1983. “Ela jamais imaginaria que minha primeira viagem ao Brasil seria como presidente dos Estados Unidos”, ele disse enquanto passeava pela Cidade de Deus. 

Fonte: Glamurama

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Crato (CE): Secretário de Saúde reafirma comprometimento com a população em reunião com equipes de PSFs

O vice-prefeito e secretário de Saúde do Crato, André Barreto, esteve reunido na manhã desta quinta-feira, 5, com os profissionais de saúde das unidades de Estratégia de Saúde da Família, PSFs do Crato. O encontro aconteceu na 20° Coordenadoria Regional de Saúde (CRES), onde médicos, dentistas, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários puderam expor ao secretário o atual panorama dos postos de saúde cratenses.

Na ocasião, o secretário pôde explanar quais serão os próximos passos com relação a resolução de problemas relacionados à composição das equipes e ao reabastecimento de materiais dos PSFs. Segundo André, o momento é de união. Com o início da gestão também se iniciam mudanças e melhorias na área da Saúde para toda a comunidade. Algumas das melhorias a serem implementadas incluem o atendimento noturno e nos finais de semana. Serão realizadas ainda nesta semana novas reuniões com os PSFs da zona rural e com a Comissão dos Agentes de Endemias.

Assessoria de Imprensa/PMC

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Telegram supera WhatsApp e passa a oferecer opção de apagar mensagens enviadas

Enviou uma mensagem e se arrependeu? Agora os usuários do Telegram não terão mais esse problema. A plataforma liberou um recurso que permite apagar as mensagens enviadas em até 48 horas.

Com a função, as mensagens apagadas desaparecem tanto do aparelho de quem enviou quanto do de quem recebeu. Por permitir apagar mensagem de até dois dias antes, o aplicativo não impede que o outro usuário visualize a mensagem antes de ela ser apagada, por isso, é preciso ficar atento à confirmação de leitura do aplicativo, caso o objetivo seja evitar que o outro leia o que você enviou.

Para apagar uma mensagem, basta pressionar até ela ser selecionada e tocar na tecla “backspace”. Uma janela de confirmação aparecerá, marque a opção “Apagar para [nome da pessoa]“ e toque em “OK”.

Rumores indicam que o WhatsApp também está avaliando oferecer o recurso para os seus usuários. No entanto, a empresa ainda não confirmou se isso realmente vai acontecer.

Fonte: Olhar Digital

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Empresa recolhe mais de 100 lotes de remédios (desses que você tem em casa)

A empresa farmacêutica Brainfarma, que faz parte do grupo Hypermarcas, anunciou que vai recolher voluntariamente 119 lotes de medicamentos por causa de um "equívoco operacional no processo de pesagem".

Entre os produtos que serão recolhidos estão Amoxicilina, Dipirona Sódica, Doril Enxaqueca, Epocler, Polaramine, Lisador, Biotônico Fontoura e Maracugina.

Segundo a empresa, não há indicações de que o uso desses remédios possa ter efeitos adversos à saúde, além dos previstos em bula. O total de produtos recolhidos representa 0,9% do volume produzido pela Brainfarma.

O anúncio do recolhimento foi publicado nesta terça-feira pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que, diante do comunicado de recolhimento a empresa, determinou a suspensão dos produtos. Para conferir os números dos lotes que serão recolhidos, visite a página da Anvisa.

Para consumidores que tiverem comprado medicamentos dos lotes afetados, a Brainfarma disponibiliza o serviço de atendimento ao consumidor (0800 77 17017). A empresa não recomenda o consumo dos produtos desses lotes.

Veja as marcas dos produtos que terão lotes recolhidos:

  • Acet Cipro+Etin
  • Amoxicilina
  • Ateneum
  • Atorvastatina
  • Atorvastatina
  • Beclonato
  • Biotonico Fontoura
  • Bisuisan
  • Celestamine
  • Clor De Ambroxol
  • Concepnor
  • Coristina Vit C
  • Diclo Dietilamonio
  • Dip Bet+Fos Bet
  • Dipirona Sodica
  • Doralgina
  • Doril Enxaqueca
  • Epocler
  • Escabin
  • Flavonid
  • Flomicin
  • Gastrol
  • Gestradiol
  • Histamin
  • Humectol-D
  • Lidogel
  • Lisador
  • Loratadina
  • Lydian
  • Mal Dexclorfeniram
  • Maracugina
  • Naproxeno
  • Neo Loratadin
  • Neo Moxilin
  • Neocoflan
  • Neolefrin
  • Neopiridin
  • Neosulida
  • Neotaren
  • Nistatina
  • Plantacil
  • Plesonax
  • Polaramine
  • Predsim Solucao
  • Quadrilon
  • Tamarine Geleia
  • Termopirona
  • Vitasay

Fonte: G1

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Crato (CE): Iniciada limpeza do Canal do Rio Grangeiro

As Secretarias de Infraestrutura e Controle Urbano, Meio-Ambiente e Serviços Públicos, do Município do Crato, iniciaram, nesta quinta-feira, 5, a limpeza do Canal do Rio Grangeiro.

Segundo o Secretário de Infraestrutura, Luiz Wellington Brandão, essa limpeza é necessária e preventiva, fazendo parte das ações contínuas da administração.

“A limpeza será feita regularmente pela Prefeitura e intensificada nos períodos que antecedem as chuvas”, explicou. Luiz Wellington ainda lembrou a importância do papel da população nesse trabalho preventivo, preservando e não jogando lixo no local.

Assessoria de Imprensa/PMC

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"A elite brasileira sabe que não dá para esperar e vai cavar o buraco de Temer também", diz Ciro Gomes

Uma aparente base sólida no Congresso Nacional contrasta com a baixa adesão popular. Por trás de mais uma possível contradição num país que definitivamente não é para amadores, existe a centelha para um novo processo de erosão no comando do Palácio do Planalto. Essa é a leitura que faz Ciro Gomes, um dos nomes cotados para lançar candidatura ao posto máximo dá República em 2018, sobre o cenário que se desenha para Michel Temer. Ele acredita que o atual presidente não terá condições de encerrar o mandato, e teme os efeitos da anarquia na política nacional.

Para o ex-ministro e ex-governador, o peemedebista é mero peão no xadrez dos bastidores do poder, que assumiu o comando do país encarregado de cumprir três principais missões em nome de uma elite que chama de "plutocracia": garantir a saúde dá relação dívida/PIB, remodelar a posição do Brasil no sistema político e econômico da multipolaridade internacional e adotar postura mais permissiva à participação estrangeira na exploração do petróleo nacional.

Em contraste com o que foi entendido por muitos como demonstração de força do governo na aprovação de medidas tidas como importantes para o ajuste fiscal proposto, Ciro Gomes enxerga vulnerabilidade. "Ele não tem forte apoio no Congresso. A elite brasileira, o baronato que manda no país é que baseou o impeachment é quem controla, de fora para dentro esses congressistas. Eles deram a Michel Temer tarefas para serem cumpridas. Para elas, há apoio no Congresso. Mas basta rivalizar com qualquer outro tipo de assunto [que se observar a fragilidade do governo]", argumenta.

Agora filiado ao PDT, após uma sucessão de trocas de partidos ao longo de sua trajetória política, Ciro Gomes acredita que o atual presidente não tem respondido da forma correta à primeira e principal missão que lhe teria sido conferida e isso deverá custar seu mandato. Tido como um dos poucos possíveis candidatos da esquerda no próximo pleito presidencial que se dedicam ao debate econômico, o ex-ministro defende a necessidade de se adotar medidas anticíclicas e uma política monetária frouxa para a recuperação da economia nacional e que somente a volta do crescimento provocará um alívio nas receitas e o reequilíbrio fiscal. Preocupado com o nível de endividamento das empresas e o estado de paralisia nacional, ele acusa o atual governo de contribuir para a manutenção do quadro depressivo.

Confira os destaques da entrevista concedida ao InfoMoney na tarde da última terça-feira (3):

InfoMoney: O senhor defende que não há rombo na Previdência. As estimativas de que o déficit do INSS vai superar os R$ 180 bilhões em 2017 estão erradas?

Ciro Gomes: Todas as vezes em que se reflete sobre um problema complexo no Brasil, os oportunistas a serviço dos interesses prevalecentes acabam reduzindo opiniões que deveriam ser complexas. A grande questão hoje é que, se você tem as receitas destinadas pela lei versus as despesas para a Previdência, não há déficit. Se somarmos CSLL, PIS, Cofins, as contribuições patronais do setor privado e público e as contribuições dos trabalhadores, contra as despesas do presente exercício, temos ainda um pequeno superávit. Qualquer pessoa que tenha um mínimo de decência e não esteja a serviço da manipulação de informações vê isso. Eles têm a audácia de falar em déficit, porque propõem uma DRU [Desvinculação de Receitas da União], que capta 30% de todas essas receitas e aloca para pagar os serviços da dívida, com a maior taxa de juros do mundo, no momento da pior depressão da história do Brasil.

Dito isso, a Previdência Social tem dois problemas. Um é estrutural, derivado de uma mudança da demografia. Tínhamos seis pessoas ocupadas para cada aposentado quando o sistema foi montado, com expectativa de vida de 60 anos. Hoje, temos 1,7 trabalhador ocupado por aposentado, para expectativa de vida superior a 73 anos. Para resolver estrategicamente a equação de poupança e formação bruta de capital do Brasil, precisamos avançar com prioridade em uma reforma, mas nunca na direção que estão propondo. E aí vem o segundo problema: o futuro ou potencial déficit da previdência brasileira se dá pelas maiores pensões, dos maiores rendimentos, que levam mais da metade das despesas. Juízes, políticos, procuradores precocemente aposentados e com pensões acima de qualquer padrão de controle do país. Isso é uma aberração. A maior punição a um juiz ladrão que vende uma sentença no Brasil é a aposentadoria compulsória com 100% de seus proventos.

IM - E o que fazer para resolver o problema?

CG - O superávit vai sumir em dois ou três anos. Temos que evoluir do regime de repartição [em que as contribuições dos trabalhadores em atividade pagam os benefícios dos aposentados] para o de capitalização [em que cada trabalhador poupa para sua aposentadoria], que é o que todos os países do mundo fazem. E fazer uma espécie de transição, que é o mais complexo mas há como fazer também, de maneira que, ao fim do processo, tenhamos uma previdência básica para 100% da população da transição, e a previdência complementar pública, porém sob controle de coletivos de trabalhadores e com regramentos de governança corporativa, com prêmios para um grupo de executivos recrutados por concurso e com coletivos de apuração dos riscos dos investimentos.

IM - Qual é sua avaliação sobre a fixação de uma idade mínima para aposentadoria?

CG - Sou a favor, desde que se compreenda as diferenças do país. Considero uma aberração estabelecer uma idade mínima igual para um trabalhador engravatado, como eu, e um professor, que, no modo como Temer vê as coisas, precisaria trabalhar ao menos 49 anos para ter aposentadoria integral. A expectativa de vida no semiárido do Nordeste, por exemplo, não chega a 62 anos. Um carvoeiro do interior do Pará também não. É preciso evoluir para um padrão que conheça o País. Há de se estabelecer uma idade mínima, mas não pode ser por um modo autoritário e elitista, ditado pelos setores privilegiados da sociedade.

IM - Há economistas que, assim como o senhor tem feito nessa discussão da reforma da Previdência, questionam os atuais termos do debate. Qual deveria ser a agenda econômica atual na sua avaliação, levando-se em consideração a força do governo e do mercado em conduzir as discussões?

CG - O setor financeiro está produzindo uma crise para si próprio, com a proporção dívida/PIB indo de 75% para 90% no ano que começou. É tão estúpido o modelo feito com [Henrique] Meirelles que agora estão produzindo o próximo ciclo de crise. É uma crise do setor bancário, cujas sementes estão dadas. Já são a maior inadimplência e o maior volume de reserva de crédito para recuperação duvidosa da história, e eles estão querendo compensar os prejuízos com a taxa de juros real, que simplesmente está fazendo despencar a receita pública. Nos estados, já é caricata a situação de Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e mais 14 estados por conta desse receituário absolutamente estúpido do ponto de vista técnico.

Temos que inverter essa ideia boba de ganhos de confiança, que vai se deteriorar todo dia muito mais. Confiança depende de números práticos, e o mais relevante deles é proporção dívida/PIB para o setor financeiro, mas para o setor produtivo é emprego, renda. Tudo isso está se deteriorando. O que tem que ser feito é o oposto do que essa gente está fazendo. Em todo momento de depressão econômica, até os mais conservadores sabem, é preciso que o governo aja de forma anticíclica para liberar uma dinâmica de retomada de desenvolvimento. E não é com farra fiscal, porque quem está produzindo desequilíbrio é a queda substantiva da receita. Basta ver que as despesas que estão aumentando são todas de iniciativa do senhor Michel Temer. A saber: reajuste das maiores corporações, a forma descuidada com que negociou a dívida dos estados e municípios.

Enquanto isso, há uma porção de iniciativas semiprontas que eles estão descontinuando. Desencomendaram 17 navios da recém-retomada indústria naval brasileira e desempregaram 50 mil pessoas; descontinuaram as obras da Transnordestina, que tinha 7 mil homens trabalhando; descontinuaram as obras do Rio São Francisco, enquanto o Nordeste brasileiro amarga seu quinto ano de seca. Tem áreas importantes colapsando o abastecimento de água humano. Essa é a realidade do governo.

IM - Qual seria a taxa de juros ideal para a retomada do crescimento, na sua avaliação como crítico à atual política monetária?

CG - Todos os grandes mercados do mundo estão com juros negativos neste momento. Qual é a razão de o Brasil ter os maiores juros reais do planeta? Teoricamente, defende-se juro alto para desconjurar inflação, que é o princípio mobilizante desses enganadores há duas ou três décadas no Brasil. Qual é a inflação de demanda que temos no país? Qual setor de produção brasileiro está com hiato de produto (demanda maior que oferta)? Estamos com a maior capacidade instalada ociosa da história moderna do Brasil.

Quando a taxa de juros foi estabelecida pela Dilma em 14,25%, a inflação estimada era de 11,5%. Portanto, se aceitássemos para argumentar -- o que é uma aberração, porque a inflação que se apresentou derivou-se de preços administrados pelo governo e das consequências da desvalorização do câmbio, ambos fenômenos sobre os quais os juros não têm efeito -- que 14,25% é uma taxa correta para enfrentar inflação anualizada a futuro de 11,5%, hoje a inflação projetada para 12 meses está inferior a 5%. Qual é a explicação para o atual patamar a não ser a boçalidade com que o Banco Central serve o setor financeiro?

IM - Mas seria possível reduzir essa taxa tão rapidamente?

CG - Evidentemente que está interditada a ideia, mas nada justifica que o Brasil não traga a taxa de juros tão rapidamente o quanto possível, para não quebrar expectativas e nem causar prejuízos mais graves a ninguém, e de forma profunda.

IM - O senhor mesmo tem o diagnóstico de que haveria um confronto entre as coalizões, sobretudo no mercado financeiro, no caso de uma queda abrupta na taxa. Como sair disso?

CG - Não estou falando em ser abrupto. Mas acho que o Banco Central tem que acabar com a história de reunir o Copom a 45 dias. Tem que se reunir, reduzir em um ponto [percentual a Selic] agora e anunciar um viés de baixa, que o mercado inteiro entenda. Os bancos mais sóbrios sabem que tenho razão. O Bradesco, por exemplo, sabe que a taxa de juros está causando prejuízo aos bancos. Em São Paulo, ninguém está pagando ninguém. Hoje, o Brasil está proibido de crescer também, porque o passivo das 300 maiores empresas estrangulou. No último trimestre, nenhuma das grandes empresas de capital aberto do Brasil gerou caixa para pagar o trimestre de dívida.

Os bancos privados estão todos saindo da praça e os créditos de recuperação duvidosa estão todos de novo se concentrando no Banco do Brasil e na Caixa Econômica. Enquanto isso, ninguém abre a boca. Só no calote da Oi, foram R$ 65 bilhões espetados no Banco do Brasil e na Caixa Econômica -- ouça-se: nas costas do povo brasileiro.

IM - Alguns especialistas chamam atenção para a situação de endividamento das empresas e seus efeitos sobre o sistema financeiro. Existe a percepção de um processo de deslavancagem em curso, que pode culminar em transferências de controle de companhias brasileiras a grupos estrangeiros. Qual é o seu entendimento sobre esse processo?

CG - É o passivo externo líquido explodindo. O desequilíbrio das contas externas brasileiras é outro fator que nos proíbe de crescer. Então, tem-se a depressão imposta, com o governo fazendo um processo restritivo, cíclico, as empresas com passivo estrangulado e o passivo externo líquido do país explodindo, inclusive com o governo fazendo desinvestimentos na Petrobras. É um crime, e o jornalismo brasileiro é cúmplice, por regra.

IM - O senhor se diz contrário às privatizações, ao passo que existem aqueles que veem nessa iniciativa a melhor saída, tendo em vista os recentes escândalos de corrupção revelados por operações como a Lava Jato...

CG - A Odebrecht é estatal?

IM - Não.

CG - Então está aí minha resposta.

IM - O senhor é um dos poucos candidatos que se define ideologicamente de esquerda e se dedica a um debate macroeconômico...

CG - O que eu advogo é uma grande aliança de centro-esquerda, que produza um projeto explícito, fora dos adjetivos desmoralizados gravemente pelo próprio PT, que malversou o conceito ‘esquerda’ e virou uma agremiação que cooptou setores organizados da sociedade para praticar uma agenda mista de alguma atenção ao consumismo popular, mas de absoluto conservadorismo nas estratégias de desenvolvimento do país. O que advogo é a coisa prática, que dê condição de novo da sociedade brasileira voltar a produzir e trabalhar.

IM - Quais são os riscos de sua candidatura não acabar vista como representante do eleitorado progressista e tampouco conquistar alguma adesão em um debate de maior controle da direita?

CG - No Brasil, infelizmente estamos olhando de forma rasa sobre problemas complexos. Não vou mudar minha posição, continuarei tentando pedagógica e pacientemente conscientizar o brasileiro sobre essas necessidades estratégicas do país.

IM - As esquerdas no mundo estão tendo um diagnóstico errado sobre o que representa a eleição de Donald Trump (e outros fenômenos globais), ao atribuí-la exclusivamente a um discurso reacionário e xenófobo? O pré-candidato Bernie Sanders, por exemplo, teve chances consideráveis de vencer o pleito e não poderia oferecer leitura mais antagônica.

CG - Acho que esse é um olhar superficial. Evidentemente, estamos com um debate em efervescência no mundo, com o colapso da Europa, a saída do Reino Unido [da União Europeia], vis-à-vis a tensão que a China está produzindo nas novas relações mundiais. Não sei o que Trump vai afirmar, mas ele foi eleito pela negação da perversão neoliberal e do rentismo prevalecendo sobre a produção. É o trabalhador branco, desempregado, do setor industrial americano a substância da base da eleição. Bernie Sanders sistematizou um pouco mais claramente esses valores, mas de forma dialeticamente difícil de ser engolida pelo grande sistema americano.

Mas o debate está fervendo na Europa, e todo mundo percebendo que a solução para o problema é recuperar os mecanismos de coordenação estratégica do governo e por interação com a iniciativa privada. Não é estatismo ao modo velho, muito menos esse liberalismo estúpido que produziu a maior agonia do capitalismo mundial com a crise de 2008, cujos escombros estamos vivendo ainda hoje.

IM - Muitos nomes favoráveis ao impeachment de Dilma Rousseff, pensando em uma retomada da economia, começaram a se ajustar a projeções mais negativas. O país ainda pode evoluir em 2017?

CG - Não vamos evoluir. É claro que você vai assistir o Banco Central correndo um pouco mais rapidamente na direção correta, mas ainda muito mais lentamente do que o necessário, de forma insuficiente para reverter expectativa. O ano de 2017 também já está comprometido.

Em uma palestra em um think tank em Washington, logo na iminência do impeachment, com todos muito animados, eu disse: “vocês estão completamente equivocados em querer colher maracujá em pé de laranja. Dessa coalizão de corruptos, incompetentes e entreguistas, não sai nada senão corrupção, incompetência e entreguismo”.

IM - O ajuste fiscal não seria uma saída?

CG - A única forma de o Brasil sair da profunda crise fiscal em que se encontra é aumentar a receita. Nessas circunstâncias, há duas condições -- o que não quer dizer que não se tenha que impor a eficiência da despesa. Uma delas é, de forma segregada, imediatamente aumentar alguns tributos, como Cide e CPMF. Mas estrategicamente só há um jeito de fazer a receita voltar a crescer: o país assumir a decisão de crescer.

Para isso, é preciso fazer grandes movimentos de conjuntura, como consolidar o passivo do setor privado, descendo a taxa de juros aceleradamente. Mas também proponho que se possibilite a consolidação de passivo com US$ 50 a 70 bilhões extraídos das reservas e alocados em um fundo soberano, que pode ser feito nos BRICS ou em um fundo soberano que o Brasil crie. Seria trocada dívida interna no juro brasileiro por uma dívida externa, com câmbio razoavelmente estabilizado, correndo a taxa de juros negativa no exterior. Você pagaria o hedge e ainda compensaria dramaticamente, também sendo um grande coadjuvante para a retomada do investimento privado e da queda da taxa de juros pela consolidação dos passivos de grandes empresas brasileiras, que tinham plano de investimento quando esses estúpidos começaram a destruir a economia.

IM - Nesse cenário de dificuldades na economia, o senhor vê Michel Temer encerrando o mandato em 2018?

CG - Não consigo ver. A elite brasileira sabe que não dá para esperar tanto tempo e vai cavar o buraco para ele também.

IM - Levando-se em consideração sua experiência parlamentar e como ministro e governador, qual é a avaliação que tem da atual situação de governabilidade de Temer? Um forte apoio congressual, mesmo em meio às fraturas na base, e a contradição com o elevado nível de reprovação popular.

CG - Ele não tem forte apoio no Congresso. A elite brasileira, a plutocracia, o baronato que manda no país e que baseou o impeachment é quem controla, de fora para dentro, esses congressistas. Eles deram a Michel Temer, que é uma pinguela ou um trambolho, tarefas para serem cumpridas. Para elas, há apoio no Congresso. Mas basta rivalizar com qualquer outro tipo de assunto [que se observa a fragilidade do governo]. Por exemplo: a reforma trabalhista não vai acontecer. Pergunte a opinião de Paulinho da Força (SD-SP), que estava junto com ele no impeachment, sobre esse assunto. Outro exemplo é a negociação dos governadores sobre a dívida. Pergunte ao filho do César Maia [Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados] a qual senhor ele serviu quando agiu lá. Então, vivemos de ilusões. Também é tarefa minha pedir ao jornalismo brasileiro que saia desse pacto de estupidez.

IM - O senhor compartilha do entendimento de que houve um golpe contra Dilma Rousseff e que ele não se restringe ao nível doméstico. Qual é o seu desenho da geopolítica do processo?

CG - Basicamente, o impeachment foi provocado ancestralmente pela descontinuação do governo Dilma, em função da distância entre a marketagem de campanha e a prática no início do segundo governo. Isso criou um ambiente que desconstruiu muito precocemente seu laço com o povo brasileiro. Ela fez uma opção de, ao não politizar os problemas estratégicos na campanha, enganar o povo e achar que teria tempo para corrigir. Essa é a causa remota.

A causa que se organizou – fissura, inclusive, pronta nessa contradição de Michel Temer -- tem três interesses bastante práticos:

1) Gerar excedentes fiscais, em ambiente de agonia fiscal, a qualquer preço para proteger a inflexão da proporção dívida/PIB, para o rentismo. Essa é a primeira grande razão e a tarefa de Temer, que tem que cumpri-la e não o está fazendo. O déficit primário vai se aproximar de R$ 200 bilhões, enquanto o nominal, R$ 450 bilhões.

2) O alinhamento internacional do Brasil completamente desmontado. [Apesar de] Contraditória e despolitizada, a presença do país em uma ordem internacional difusamente multipolar teve aproximações sensíveis com Rússia em uma hora de Crimeia, com a China, em uma hora em que a estratégia americana era o Tratado do Transpacífico (que Trump prometeu revogar). Em um momento estratégico como esse, os primeiros centrais princípios da política do império são não permitir uma ordem multipolar que não se renda ao monopólio do poder que ganhou na bala, na Segunda Guerra Mundial, e se sustenta na base do termo de troca (dólar) e na sofisticação tecnológica.

3) A entrega do petróleo. Observe a pressa com que [José] Serra apresentou um projeto para eliminar as restrições de acesso da Petrobras a reservas [do pré-sal], de eliminar o conteúdo nacional e a pressa como estão vendendo subfaturados vários dos investimentos da companhia. Na cara da imprensa brasileira, venderam o campo de Carcará por US$ 1,35 o barril de petróleo para uma estatal norueguesa e agora venderam, por US$ 2 bilhões coisa que custou recentemente US$ 9 bilhões, para a empresa francesa Total. Tudo com muita pressa.

As três grandes demandas Temer está tentando entregar. Não vai conseguir a mais grave, e, por isso, vai cair.

IM - Se o senhor se candidatar à Presidência em 2018, como pretende governar com um Congresso tão conservador, fragmentado e empoderado como o atual?

CG - Digo de novo: vou pensar mil vezes em me candidatar. Meu partido vai definir e cumprirei minha obrigação. Mas, se for, irei para fazer história.

O presidencialismo tem mil desvantagens e a mais grave delas é essa lógica de impasses, em que o presidente tem as responsabilidades pela saúde dos negócios de Estado e um Congresso, que não tem, no sentido jurídico do tema, responsabilidade nenhuma, pode diminuir ou aumentar despesas, sem pagar qualquer consequência, enquanto, no Parlamentarismo, isso não acontece.

Mas o presidencialismo também tem sua vantagem, que é a capacidade que o presidente da República tem tido, na tradição brasileira, de se escorar na opinião pública e fazer a construção de uma maioria de forma qualitativa. Fui ministro da Fazenda no governo Itamar Franco. Ele não tinha partido, não tinha maioria orgânica -- o que não é meu caso, que tenho experiência política e tenho um partido, onde as alianças políticas são perfeitamente praticáveis --, mas, ainda assim, conseguiu governar com força política imensa e, cada vez que precisou, apostou no povo, na mobilização da opinião pública, para que os grupos de pressão clandestinos não o esmagassem.

IM - Um entendimento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e uma lei recentemente aprovada pelo Congresso, à revelia do que determina a Constituição Federal, apontam para chances de eleições diretas em caso de queda do governo Michel Temer. O senhor se vê apto a se candidatar se o processo eleitoral se iniciasse amanhã?

CG - Meu partido que vai resolver isso e cumprirei minha responsabilidade. Mas, se for, farei o que deve ser feito pelo País, para voltar para casa com a consciência tranquila. Tenho muita esperança e confiança de que é possível resolver o problema do país, não que seja simples ou fácil, mas é perfeitamente praticável fazer o Brasil retomar seu destino, que não é essa mediocridade corrupta que tomou conta.

Mas estou muito incomodado com esse estado de anarquia que as coisas têm acontecido. A Constituição diz que, se o presidente da República for cassado, o vice assume. Se o vice, por alguma razão, sair antes de dois anos de mandato, há eleições diretas. E, se ele sair depois de dois anos, a eleição é feita indireta pelo Congresso. Eu tenho nojo e pavor da ideia de que isso vá acontecer. Mais nojo e pavor tenho da ideia de se ficar manipulando a Constituição, desses juízes que fazem discursos políticos, porque isso é um estado de baderna e é muito pior do que qualquer outra coisa.

IM - A Operação Lava Jato é um tabu para a esquerda. Enquanto parte apoia, outra foge do debate, e uma terceira parcela critica abusos cometidos e os efeitos gerados para a economia do país e as empresas. Como promover um combate à corrupção sem provocar grandes fissuras na economia? O que o senhor proporia de diferente?

CG -  Temos que olhar as coisas complexas com olhares complexos. A Lava Jato é uma coisa essencialmente importante para o Brasil, porque parece dar fim ao histórico de impunidades do baronato da política e do mundo empresarial. Por isso, ela merece todo o apoio e estímulo.

Isto dito, temos também alguns problemas, como o excesso de aplausos e exibicionismos de juízes e procuradores. Isso não é bom, mesmo para a Lava Jato, porque à medida que você extrapola, o risco de suspeições está dado. Várias sentenças que alçaram a segunda instância da Justiça foram anuladas, é só se lembrar da Operação Satiagraha. É isso que está fadado a acontecer se não forçarmos a mão com essa garotada de Curitiba. Eles têm que se lembrar que Justiça é severidade, modéstia e não ficar se exibindo.

Outra coisa gravíssima é que quem comete crime é a pessoa física. No ordenamento jurídico brasileiro, pessoa jurídica não comete crime. Então, as punições têm que ser severas, mas destinadas exclusivamente à pessoa física, que praticou o ato ilícito. O mundo inteiro salva a cara das empresas. A Construção Civil é um dos raros setores em que temos algum protagonismo global, mas eles estão destruindo as empresas. Isso, no entanto, não é culpa dos juízes, mas dos políticos, que não têm coragem de fazer acordo de leniência e não deixam que os juízes cumpram suas tarefas de dar a pena que for necessária para as pessoas. Mas salvar as empresas para que elas atuem é um imperativo de ordem pública no Brasil.

Fonte: Infomoney

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Por incrível que pareça, foi descoberto um novo órgão humano

O mesentério é um velho conhecido dos estudantes de anatomia. Tão antigo, de fato, que foi descrito por ninguém menos que Leonardo da Vinci.

Acontece que, por toda a história, ele não era considerado um órgão contínuo, mas uma parte do peritôneo, a membrana que protege os órgãos internos. No caso do mesentério, trata-se da membrana que segura o intestino no lugar – uma parte do corpo tão desprezada que nem aparece nos diagramas clássicos do aparelho digestivo. Esses esquemas mostram o intestino como algo solto na sua barriga. Não. Há uma membrana ali atrás, que representamos aqui em amarelo: 


Mas então. Um novo estudo publicado no jornal The Lancet, revendo as informações coletadas nos últimos anos, afirma que o esquecido mesentério é, sim, um órgão completo. E que assim deve ser classificado, ensinado nas escolas de medicina, e considerado para o estudo de doenças.

O atraso nesse reconhecimento causou prejuízo. Pela desconsideração histórica, a gente não faz ainda a menor ideia de para que serve o mesentério, tirando isso de segurar o intestino no lugar.

“Estabelecemos agora a anatomia e a estrutura do órgão”, afirma J. Calvin Coffey, líder do estudo. “O próximo passo é saber sua função.” E isso seria um grande passo. Se a ciência entender o mesentério, saberá identificar quando comportamentos anormais do órgão. Ou seja: terá uma arma a mais para diagnosticar e tratar doenças.

Fonte: Superinteressante

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