7 mortes bizarras e a probabilidade de que aconteçam

Recentemente publicamos aqui uma matéria sobre estatísticas malucas relacionadas com a morte. Nela, revelamos alguns números surpreendentes, como o de quantas pessoas morrem todos os anos por ferimentos causados por quedas da cama, ataques de formiga ou devoradas por hipopótamos, por exemplo.

Pois encontramos em diversos sites mais dados interessantes — e macabros, como não? — relacionados com causas de morte bem incomuns e as respectivas probabilidades de que alguém se torne uma das vítimas. É possível que algumas das estatísticas não passem de lendas urbanas, mas não custa nada dar uma olhadinha e se prevenir, não é mesmo? Confira:

1 – Atingido por um coco
Probabilidade: 1 em 250 milhões

Esta aqui pode ser uma das lendas urbanas que mencionamos, mas, se você costuma ficar na sombra de coqueiros, é melhor começar a tomar mais cuidado ou usar um capacete. As supostas estatísticas apontam que cerca de 150 pessoas morrem todos os anos por terem seus “cocos” rachados. Existe até um cálculo sobre a velocidade que esses frutos podem alcançar quando caem das palmeiras: cerca de 80 quilômetros por hora!

2 – Em um acidente nuclear
Probabilidade: 1 em 10 milhões

Por sorte, esses acidentes são bem raros! Contudo, só para você ter uma ideia, o desastre de Chernobyl, ocorrido 1986, afetou a vida de milhões de pessoas. Até hoje se debate sobre o número total de vítimas — um levantamento da ONU previu que 4 mil indivíduos morreriam em decorrência da radiação, enquanto o Greenpeace estimou esse número em 93 mil —, mas a cifra divulgada oficialmente de pessoas que morreram no acidente é de 31 pessoas.

Por sorte — por assim dizer —, esta causa de morte depende muito do país no qual você mora ou escolhe como destino turístico. Contudo, só no ano de 2008 foram registrados 273 ataques terroristas significativos no mundo, resultando na morte de um total de 3.500 pessoas.

3 – Em um ataque terrorista
Probabilidade: 1 em 9,3 milhões

Por sorte — por assim dizer —, esta causa de morte depende muito do país no qual você mora ou escolhe como destino turístico. Contudo, só no ano de 2008 foram registrados 273 ataques terroristas significativos no mundo, resultando na morte de um total de 3.500 pessoas.

4 – Por ser canhoto
Probabilidade: 1 em 4,4 milhões

Apesar de os números acima não terem sido comprovados ainda — portanto, eles podem se tratar de mais uma lenda urbana —, nem por isso esta causa de morte deixa de ser menos surpreendente. Estima-se que aproximadamente 2 mil canhotos morrem todos os anos devido a acidentes com equipamentos criados para destros, e as serras elétricas aparecem como o item mais mortal da lista.

5 – Picado por uma cobra
Probabilidade: 1 em 3,5 milhões

Aproximadamente 400 das cerca de 3 mil espécies de cobras que existem no mundo são peçonhentas. Elas são responsáveis por um número estimado em 5 milhões de picadas todos os anos, e algo por volta de 125 mil pessoas morrem por causa delas. E, só para sanar a sua curiosidade, a Índia é o país com o maior número de vítimas anuais, que giram em torno de 10 a 12 mil pessoas.

6 – Atingido por um raio
Probabilidade: 1 em 1 milhão

Existem pesquisas que apontam que a probabilidade de morrer atingido por um raio pode ser um pouco diferente do que a mencionada acima, girando em torno de 1 em 750 mil. Contudo, se considerarmos que só nos EUA em média 50 pessoas morrem dessa forma por ano, enquanto 54 morrem por ataques de abelha e 65 devido a mordidas de mamíferos, talvez seja mais seguro tomar banhos de chuva do que fazer piqueniques em parques.

7 – Afogado na banheira
Probabilidade: 1 em 685 mil

Eis uma causa de morte cuja probabilidade de alguém ser vítima é um pouco mais alta. Segundo as estimativas, mais pessoas morrem afogadas em suas banheiras do que em piscinas públicas, e os idosos e crianças são os que mais “engordam” esses números.

Mais números
Desastre de avião: 1 em 11 milhões (ufa!);
Acidente de trabalho: 1 em 43,5 mil;
Acidente de trânsito: 1 em 8 mil;
Câncer: 1 em 7;
Problemas cardíacos: 1 em 6.

Fonte: Mega Curioso

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Janot pede inquérito contra Sarney, Renan e Romero Jucá

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu nesta segunda-feira, 6, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a abertura de inquérito contra o ex-presidente José Sarney, os senadores do PMDB Romero Jucá (RR) e Renan Calheiros (AL), e o ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado sob a acusação de embaraço às investigações na Operação Lava Jato.

O pedido se fundamenta no conteúdo do acordo de colaboração premiada na qual Machado detalha manobras de políticos para interferir nas investigações da Operação Lava Jato.

As informações foram divulgadas no site da Procuradoria-Geral da República.

No Termo de colaboração 10, o ex-diretor da Transpetro explicou o conteúdo de cerca de seis horas de conversas gravadas com os caciques peemedebistas, ‘que demonstram a motivação de estancar e impedir, o quanto antes, os avanços da Operação Lava Jato em relação a políticos, especialmente do PMDB, do PSDB e do próprio PT, por meio de acordo com o Supremo Tribunal Federal e da aprovação de mudanças legislativas’.

Segundo o procurador-geral, o objetivo dos congressistas era ‘construir uma ampla base de apoio político para conseguir, pelo menos, aprovar três medidas de alteração do ordenamento jurídico em favor da organização criminosa’ – 1) proibição de acordos de colaboração premiada com investigados ou réus presos; 2) a proibição de execução provisória da sentença penal condenatória mesmo após rejeição dos recursos defensivos ordinários, o que redunda em reverter pela via legislativa o julgado do STF que consolidou esse entendimento; 3) e a alteração do regramento dos acordos de leniência, permitindo celebração de acordos independente de reconhecimento de crimes.

Janot argumenta que há ‘elementos concretos de atuação concertada entre parlamentares, com uso institucional desviado, em descompasso com o interesse público e social, nitidamente para favorecimento dos mais diversos integrantes da organização criminosa”.

Segundo o procurador-geral, Renan, Sarney e Jucá teriam buscado ‘por via legislativa, atingir decisão da Suprema Corte sobre cumprimento das penas após a decisão de 2.ª instância e enfraquecer o instrumento da colaboração premiada, amplamente empregado na Operação Lava Jato’.

Outra forma de obstrução, segundo o pedido de inquérito, consistia na redução de poderes do Judiciário e do Ministério Público mediante a realização de nova constituinte.

Para Janot, ‘trata-se de atos estatais que visam a sabotar o próprio Estado, na sua vertente de repressão ao crime organizado’.

“É chocante, nesse sentido, ouvir o senador Romero Jucá admitir, a certa altura, que é crucial ‘cortar as asas’ da Justiça e do Ministério Público, aduzindo que a solução para isso seria a Assembleia Constituinte que ele e seu grupo político estão planejando para 2018”, afirma Janot.

Já no Judiciário, o grupo peemedebista buscaria cooptar ministros do STF para anistiar envolvidos na investigação ou para assegurar a manutenção da validade das proposições legislativas almejadas, de forma que a Suprema Corte não as declarasse, posteriormente, inconstitucionais.

“Não bastasse a trama para mudar a legislação, os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá e o ex-presidente José Sarney ainda revelam o plano de incluir o Supremo Tribunal Federal, reserva necessária de sobriedade institucional, na costura política de um grande acordo espúrio para evitar o avanço do complexo investigatório”, adverte o procurador.

Com a palavra, Renan Calheiros
“O senador Renan Calheiros esclarece que não fez nenhum ato para embaraçar ou dificultar qualquer investigação e que sempre foi colaborativo, tanto que o Supremo Tribunal Federal já manifestou contrariamente à pedido idêntico.”

Com a palavra, o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay)
O criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro Kakay, defensor dos senadores Romero Jucá e José Sarney, avalia que se houve crime este teria sido praticado pelo ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado, autor das gravações que dão sustentação ao pedido de inquérito do procurador-geral da República Rodrigo Janot, que atribui aos peemedebistas suposta obstrução à Operação Lava Jato.

“Eu acho que esse pedido é um pouco consequência, quase que natural, daquele pedido de prisão (dos peemedebistas) que foi feito (por Rodrigo Janot) e que foi um fiasco. Nas gravações realizadas por Sérgio Machado não tem nenhum sinal de qualquer tentativa de obstrução. Temos que fazer uma reflexão mais profunda sobre essa hipótese de tudo ser obstrução à Lava Jato.”

“Quando se discutia a Lei de Abuso da Autoridade os procuradores foram ao Congresso e alardearam que estava havendo obstrução da Lava Jato. Ora, o projeto é de 2009, a Lava Jato nem existia. Depois, quando se criticava a prisão (de condenados) em segunda instância também vieram os procuradores e alegaram que isso iria paralisar a Lava Jato. Quer dizer, a Lava Jato é importantíssima, seus resultados são fantásticos, mas o País existe também fora da Lava Jato.”

“Pegar senadores discutindo modificação legislativa, que é a função deles, e dizer que estão tramando contra a Lava Jato é o mesmo que três ou quatro advogados criticarem a operação e, por isso, serem acusados de obstruírem a Justiça. Se algum jornalista fizer um olhar mais crítico à Lava Jato vão dizer que ele quer obstruir a Lava Jato.”

“Vivemos um momento crítico. É coisa grave. Virou um país monotemático.”

“Não existe naquelas gravações (de Sérgio Machado) qualquer tentativa de obstrução à Lava Jato. Passa mais perto do crime a atitude de Sérgio Machado, de gravar ilegalmente (as conversas com Jucá, Sarney e Renan). Não vejo no conteúdo das gravações nenhuma tentativa de obstrução. Primeiro, tem que contextualizar as conversas. O Sérgio Machado puxava. dirigia as conversas, criticava, xingava o procurador-geral da República. Falava que tinha medo que baixassem o processo para a primeira instância (Sérgio Moro). Não vejo obstrução ao processo.”

“Eu tenho muita preocupação que tudo passe a ser tentativa de obstrução, de forma que não possamos mais criticar absolutamente nada.”

“Reconheço o valor da Lava Jato, mas não aceito essa alegação frequente de que tudo é uma forma de obstruí-la.”

Fonte: Estadão

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Após 63 semanas preso, ex-presidente da Câmara de Juazeiro do Norte é libertado

Após 436 dias preso, sendo deste total, a grande maioria encarcerado na Penitenciária Industrial e Regional do Cariri (Pirc) o ex-presidente da Câmara Municipal deste município, José Duarte Pereira Júnior, conhecido como Zé de Amélia, foi solto na tarde desta segunda-feira, 06.

Na semana passada, o juiz da 2ª Vara Criminal de Juazeiro do Norte, Péricles Vitor Galvão aceitou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do ex-vereador no Tribunal de Justiça do Estado. Péricles Galvão entendeu que o Zé de Amélia, acusado de envolvimento em vários crimes que, juntos, somam fraude de quase R$ 4 milhões, não oferece risco para o andamento do processo que, apesar de não existir ainda uma data para o julgamento, já está em fase final.

Zé de Amélia foi libertado da Pirc no final da tarde após receber uma tornozeleira eletrônica que vai monitorar seus passos. O réu não poderá sair do município sem prévia autorização da justiça.

Prisão
Zé de Amélia foi preso na noite do dia 28 de novembro de 2015, pela Polícia Federal, no Aeroporto Internacional de Fortaleza – Pinto Martins, no momento em que embarcavam a filha em um vôo. Ele foi detido junto com sua esposa, a ex-vereadora Mirantércia Rodrigues Castelo Branco Sampaio. O casal era considerado foragido desde 2014.

Eles ficaram presos na sede da Polícia na capital cearense e posteriormente foram encaminhados para Juazeiro no Norte. Zé de Amélia é suspeito de envolvimento em um desvio milionário de dinheiro dos cofres da Câmara Municipal, durante os anos em que presidiu a casa.

Pedido negado
Em 05 de janeiro do ano passado, o então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, no exercício do plantão da Corte, negou pedido de liminar solicitando a revogação da prisão preventiva do vereador . Segundo a decisão do ministro, proferida no Habeas Corpus, não estão presentes os requisitos para a concessão de liminar, que, em HC, se dá de modo excepcional.

Ao indeferir a liminar, o ministro Lewandowski citou trechos da decisão do STJ no sentido de que o decreto prisional se encontra devidamente fundamentado na periculosidade do denunciado, não somente em razão da gravidade do crime, mas principalmente em virtude do modus operandi da conduta. Para Lewandowski, “a concessão de medida liminar em habeas corpus exige a presença da plausibilidade jurídica do pedido e do risco da demora (…) tenho por ausentes tais requisitos”.

Entenda
O ex-vereador afastado de suas atividades em abril de 2014 teve prisão decretada em dezembro daquele mesmo ano, acusado de envolvimento em vários crimes que, juntos, somam fraude de quase R$ 4 milhões. Ao todo, Zé de Amelia Júnior, e sua esposa, Mirantércia Rodrigues, são suspeitos de participação em 10 casos de fraude na Câmara de Juazeiro do Norte. Dentre os crimes apurados, estão falsidade ideológica, peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Segundo a investigação criminal, o vereador é apontado como líder de uma organização criminosa que realizava empréstimos consignados fraudulentos, e, para alcançar esse objetivo, outras práticas ilícitas eram necessárias que causaram grande abalo à situação econômica do município. Ainda segundo o acórdão do STJ, consta também no decreto de prisão que Zé de Amélia estaria manipulando as testemunhas visando obstruir a investigação criminal.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Se você bebe para esquecer, está perdendo tempo: O álcool reforça as lembranças ruins

O famoso “beber para esquecer” pode ter se tornado página virada. Embora seja verdade que uma boa bebedeira pode levar a pessoa a não se lembrar de tudo o que fez no dia seguinte, as coisas ruins (exatamente as que queremos apagar da memória) podem se agarrar ao nosso cérebro de modo mais ferrenho do que se não bebêssemos.

É isso que revela um estudo publicado pela revista Translational Psychiatry, elaborado por pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, de Baltimore (EUA). Dividiram ratos de laboratório em dois grupos: um bebeu água durante duas horas, e ao outro foi dada grande quantidade de álcool no mesmo intervalo de tempo. Posteriormente, ambos grupos foram submetidos a um som determinado, seguido por uma descarga elétrica. No dia seguinte, os roedores escutaram o mesmo som, mas dessa vez sem que fosse seguido pelo choque. Os resultados mostraram que os ratos que haviam sido embriagados tinham mais medo (lembravam melhor da descarga) que aqueles que tinham bebido água.

A conclusão do trabalho é que o álcool perpetua a sensação de medo: a extinção dessa recordação exige receptores do neurotransmissor glutamato (substância relacionada à memória), e quando os compostos do álcool se unem a esses receptores, interferem nas sinapses (comunicação neuronal), levando a que os animais que beberam álcool “não se acostumem ao estímulo e não esqueçam a experiência prévia ruim”, explica o neurologista Pablo Irima, diretor da Sociedade Espanhola de Neurologia.

Tal neurotransmissor (envolvido na eliminação da recordação) não se dá bem com a bebida. “O glutamato produz rejeição ao álcool. Costuma-se usá-lo no hospital para que os pacientes parem de beber”, diz o psiquiatra e presidente da Sociedade Espanhola de Psiquiatria, Julio Bobes.

Distrai, mas não apaga os traumas
Que o álcool nos faz recordar as coisas mais facilmente é algo que tinha sido evidenciado por um estudo da Universidade do Texas (EUA) em 2011. De acordo com essa pesquisa, tomar uma dose ativa certas regiões do cérebro relacionadas exatamente ao aprendizado e à memória.

Mesmo assim, a ideia de que beber é uma boa forma de afastar as más recordações é tão difundida que até esse estudo afirma que a maioria das pessoas afetadas por diversos traumas (entre 60% e 80%) ingere álcool compulsivamente. “Muitos pacientes com estresse pós-traumático se embebedam com a finalidade de fugir da situação, esquecer ou dormir com mais facilidade”, acrescenta Irima. E os pesquisadores concluem: “Se os efeitos do álcool nas lembranças desagradáveis forem semelhantes nos humanos, nosso trabalho pode ajudar a entender melhor como funcionam essas memórias e como focar melhor as terapias em pessoas que apresentam estresse pós-traumático”.

Fonte: El País

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Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF

O presidente Michel Temer decidiu indicar o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para a vaga de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

Ele foi escolhido por Temer para o cargo que era ocupado por Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo no dia 19.

A expectativa é que o nome de Moraes seja anunciado ainda nesta segunda (6).

A indicação ganhou força no fim de semana, superando o favorito até então, o presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Ives Gandra Filho.

Nos bastidores, o ministro da Justiça recebeu respaldo de líderes partidários no Congresso e de ministros do próprio STF.

Depois que houver a oficialização de sua indicação, Moraes será sabatinado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e terá seu nome apreciado pelo plenário do Senado.

A expectativa é que ele não tenha dificuldades em ser aprovado.

Entre nomes que eram cotados para a vaga, ele é o mais próximo do presidente Michel Temer.

Como mostrou reportagem da Folha, o advogado, que é filiado ao PSDB, saiu na frente na disputa, ao receber o apoio do ministro do STF Marco Aurélio, que considera Moraes o "nome ideal", pela experiência e bagagem jurídica.

Anos atrás, Moraes criticou a indicação de candidatos ao STF por critérios políticos. Condenou o foro privilegiado, pois entende que os tribunais superiores não foram estruturados para produzir provas em ações penais.

Foi promotor de Justiça, secretário de Segurança Pública e secretário de Justiça no Estado de São Paulo. Como ministro, herdou um sistema penitenciário à beira da explosão. O governo Temer demonstrou que não sabe como enfrentar o caos carcerário no país.

Durante os protestos de rua em 2013, Moraes defendeu as passeatas, mas considerou abusivo impedir o livre acesso das pessoas a aeroportos, rodovias e hospitais.

Em setembro, em Ribeirão Preto (SP), sugeriu, em conversa com integrantes do Movimento Brasil Limpo, conhecer os próximos passos da Lava Jato: "Quinta teve uma [etapa], sexta teve outra, nesta semana vai ter mais. Podem ficar tranquilos", afirmou.

Em seguida, arrematou: "Quando vocês virem esta semana vão se lembrar de mim". Dias depois, a PF prenderia o ex-ministro Antonio Palocci (PT), acusado de receber propina da Odebrecht.

Foi advogado do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em processo sobre uso de documento falso. A ação penal foi arquivada em 2014 pelo Supremo, por insuficiência de prova.

Moraes foi membro do primeiro colegiado do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2005. Indicado pela Câmara Federal, seu nome foi vetado na primeira votação no Senado. Uma manobra política, atropelando o regimento, permitiu que ele obtivesse os votos necessários. A Casa era presidida por Renan Calheiros (PMDB-AL).

Foi o relator da resolução que proibiu o nepotismo no Judiciário. Deu parecer reconhecendo que o CNJ pode instaurar processos, independentemente das corregedorias dos tribunais. Contrariou as associações dos magistrados.

É bem-sucedido no mercado editorial, jovens estudantes e advogados experientes consultam seus manuais de direito constitucional. Um deles está na 32ª edição.

Fonte: Folha.com

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Mulheres deveriam trabalhar no máximo 34 horas semanais, diz estudo

Um estudo realizado pela Universidade Nacional Australiana e publicado na revista “Social Science & Medicine” afirma que o tempo limite de trabalho para desenvolver doenças como depressão e ansiedade é de 39 horas semanais e não 48 como se acreditava até agora. Além disso, a pesquisa aponta que, devido ao tempo gasto entre tarefas profissionais e domésticas – que ainda são vistas como ofício feminino -, as mulheres são ainda mais suscetíveis a estes problemas e deveriam trabalhar no máximo 34 horas por semana.

O documento demonstra que dois terços dos quase 8 mil australianos entrevistados ultrapassam as 40 horas de trabalho. Neste universo, foram analisadas as rotinas de 3828 homens e 4062 mulheres.

Um dos condutores do estudo, o doutor Huong Dinh afirma que as longas jornadas detonam a saúde física e mental, pois as pessoas se alimentam pior e não cuidam do bem-estar como deveriam. “Devido às demandas extras, é impossível que as mulheres cumpram o limite de horas”, diz.

Dados de 2016 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico apontam que as mulheres fazem 4,5 horas “extra” diárias em funções como cozinhar e limpar a casa, enquanto os homens gastam nem a metade disso nas mesmas tarefas.

Os pesquisadores ainda afirmam que para homens que não cumpram tarefas domésticas o limite sobe para 47 horas.

Fonte: UOL

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Negra, pobre e da rede pública fica em 1º em curso mais concorrido da Fuvest e desabafa: "A Casa Grande surta quando a senzala vira médica"

É com uma frase provocativa estampada em uma rede social que Bruna Sena, 17, primeira colocada em medicina da USP de Ribeirão Preto, carreira mais concorrida da Fuvest-2017, comemora e passa um recado de sua conquista: "A casa-grande surta quando a senzala vira médica".

Negra, pobre, tímida, estudante de escola pública, criada apenas pela mãe, que ganha R$ 1.400 como operadora de caixa de supermercado, Bruna será a primeira da família a interromper o ciclo de ausência de formação superior em suas gerações. Fez em grande estilo, passando em uma das melhores faculdades médicas do país.

A mãe, Dinália Sena, 50, que sustenta a casa desde que Bruna tinha nove meses e o pai deixou o lar, está entre a alegria e o pavor. Tem medo que a filha seja hostilizada. "Por favor, coloque no jornal que tenho medo dos racistas. Ela vai ser o 1% negro e pobre no meio dos brancos e ricos da faculdade."

Já a filha mostra-se tranquila. Acredita que será bem recebida e tem na ponta da língua a defesa de sua raça, de cotas sociais e da necessidade de mais oportunidades para os negros no Brasil. "Claro que a ascensão social do negro incomoda, assim como incomoda quando o filho da empregada melhora de vida, passa na Fuvest. Não posso dizer que já sofri racismo, até porque não tinha maturidade e conhecimento para reconhecer atitudes racistas", diz a caloura.

"Alguns se esquecem do passado, que foram anos de escravidão e sofrimento para os negros. Os programas de cota são paliativos, mas precisam existir. Não há como concorrer de igual para igual quando não se tem oportunidade de vida iguais."

George Orwell
Para enfrentar a concorrência de 75,58 candidatos do vaga, Bruna fez o básico: se preparou muito, ao longo de toda sua vida escolar. "Ela só tirava notas 9 ou 10. Uma vez, tirou um 7 e fui até a escola para saber o que tinha acontecido. Não dava para acreditar. Falei com o diretor e ele descobriu que tinham trocado a nota dela com um menino chamado Bruno", orgulha-se a mãe.

George Orwell, autor do clássico "A Revolução dos Bichos", fábula que conta a insurreição dos animais de uma granja contra seus donos, está entre os favoritos da garota, que também gosta de romance e comédia e é fã da série americana "Grey's Anatomy", um drama médico.

No último ano do ensino médio, que cursou pela manhã na escola estadual Santos Dumont, conseguiu uma bolsa de estudos em um cursinho popular tocado por estudantes da própria USP, para onde ia à noite. "Minha escola era boa, mas, infelizmente, tinha todas as dificuldades da educação pública, que não prepara o aluno para o vestibular. Falta conteúdo, preparo de alguns professores. Sem o cursinho, não iria conseguir."

Segundo Bruna, que mora em um conjunto habitacional na periferia de Ribeirão Preto, vários de seus colegas de escolas nem "nem sabem que a USP é pública e que existe vestibular para passar".

Com ajuda financeira de amigos e parentes, Bruna fazia kumon de matemática, mas o dinheiro não deu para seguir com o curso de inglês. "Tudo na nossa vida foi com muita luta, desde que ela nasceu, prematura de sete meses, e teve de ficar internada por 28 dias. Não tenho nenhum luxo, não faço minhas unhas, não arrumo meu cabelo. Tudo é para a educação dela", declara a mãe.

Ainda segundo Dinália, "alguns conhecidos ajudaram. Uma amiga minha sempre dava livros para ela. Uma vez, essa amiga colocou R$ 10 dentro de um livro para comprarmos comida e escreveu: 'Bruna, vence a vida, não deixe que ela te vença, estude'".

Futuro
A opção pela medicina aconteceu há cerca de um ano, por influência de professores do cursinho popular que frequentou o CPM, ligado à própria Faculdade de Medicina da USP-Ribeirão. "Claro que não sei ainda qual especialidade pretendo seguir, mas sei que quero atender pessoas de baixa renda, que precisam de ajuda, que precisam de alguém para dar a mão e de saúde de qualidade", declara.

Engajada na defesa de causas sociais como o feminismo, o movimento negro e a liberdade de gênero, a adolescente orgulha-se do cabelo crespo e de sua origem, mas é restrita nas palavras sobre o pai, que não paga pensão e não a vê há anos. "Minha mãe ralou muito para que eu tivesse esse resultado e preciso honrar isso. Sou grata também a minha escola, ao cursinho. Do meu pai, nunca entendi o desprezo, me incomoda um pouco, mas agora é hora de comemorar e ser feliz."

Fonte: Folha.com

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Juazeiro do Norte (CE): Novo limite de velocidade entra em vigor

A sinalização deste município, que indica o limite de velocidade com teto de 50km/h, já está em vigor. Agora cabe aos motoristas redobrarem a atenção nas vias municipais já que, se por acaso for gerada alguma notificação, as multas por excesso de velocidade não serão mais arquivadas.

Iniciada em primeiro de fevereiro, as notificações que forem geradas pelos motoristas que forem flagrados descumprindo o limite de velocidade de 50km/h, serão penalizados por terem descumprido o artigo 218 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), com multas que variam de R$ 130,16 a R$ 880,41.

Segundo relatórios recentes da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) “no Brasil, o trânsito tira mais de 40 mil vidas por ano, o que corresponde a uma taxa superior a 22 óbitos por grupo de 100 mil habitantes, acima da média das américas (15,9 por 100 mil habitantes), dos países de média e baixa renda (20,1 e 18,3 por 100 mil habitantes, respectivamente) e mais que o dobro dos países de alta renda (8,7 por 100 mil habitantes)”.

Com o intuito de reduzir o número de acidentes e atendendo ao pedido da OPAS/OMS, para manutenção do limites de velocidade em vias urbanas, iguais ou inferiores a 50 km/h, o Poder Público de Juazeiro do Norte, após uma série de estudos realizados pelo Departamento Municipal de Trânsito (DEMUTRAN), também acatou essa mudança e espera uma melhora no trânsito da nossa cidade.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Motoristas "versus" motociclistas: o que um deveria saber sobre o outro

A guerra entre a turma do guidão e a do volante está nas ruas, e como todas as guerras foi deflagrada por ignorância, falta de lucidez e muita, mas muita intolerância. Especialmente nas grandes cidades do Brasil, quem se vale da motocicleta como meio de locomoção enfrenta um aparente descaso dos que optam pelos veículos de quatro rodas.

Já quem prefere se mover de carro está farto da atitude de muitos motociclistas, que parecem não saber conduzir sem doses cavalares de agressividade e inconsequência. No fim, como em todas as guerras, muitos sofrem, todos perdem e ninguém tem razão.

Diz o CTB (Código de Trânsito Brasileiro) que o grande deve cuidar do menor, e este do menor ainda. Na prática não funciona sempre assim. 

Deveríamos saber que o bom senso é um ingrediente do qual não se pode abrir mão quando o assunto é convívio. Por opção ou obrigação escolhemos viver em sociedade, mas ela exige respeito às diferentes escolhas e individualidades. O pedestre deve respeitar para ser respeitado; o ciclista, saber das qualidades de seu veículo e também de suas limitações.

Porém, nas grandes metrópoles talvez a tarefa mais difícil seja fazer com que um motorista que jamais andou de motocicleta perceba quanto é crítica a condição de pilotagem delas. Duro também será dar ao motociclista que de carro só andou de carona a noção da dificuldade que é dirigir um carro.

Motociclistas e automobilistas são rivais mortais na cena urbana e, infelizmente, esta não é uma metáfora. As fatalidades fazem mais vítimas do lado mais fraco, mas que nem por isso têm maior ou menor razão. Nesta guerra todos temos culpa.

O que o motociclista precisa saber
Do lado de quem pilota motocicletas a primeira coisa é estar convencido que na "briga" coms os carros a parte fraca é ele, que não tem para-choque ou habitáculo para protegê-lo. O confronto, portanto, não vale a pena.

Pilotar cuidadosamente e 100% concentrado são regras básica. Já disse muitas vezes e vale a pena repetir: existem muitos motociclistas experientes e muitos motociclistas arrojados. Infelizmente poucos arrojados têm sorte de virarem experientes.

A consciência de que pilotar uma motocicleta é um exercício de delicado equilíbrio, que exige respeito à máquina e aos limites pessoais, é só uma metade da missa. A outra é lembrar que há mais fatores de risco: os outros, o piso, as intempéries etc.

Regra saudável para todo motociclista é o ver e ser visto. Está atrás de um carro? Busque ficar em um ponto onde você enxergue os olhos do motorista nos espelhos retrovisores. Se você os vê, poderá ser visto. Fugir dos pontos cegos é garantia de sobrevivência.

Ainda sob o tema "ser visto", bato na manjada tecla dos trajes claros, do cuidados maníacos que motociclistas devem ter com o sistema de iluminação de suas motos, com o estado e qualidade dos pneus e com a manutenção em geral.

Reiterando: somos a parte frágil e nenhum aspecto de segurança pode ser desmerecido. "Guerra" entre carro e moto, entre motorista e motociclista, representa perda para todos, mas certamente quem sai mais ferido é quem está ao guidão.

O que o motorista precisa saber
Já os que dirigem carros e jamais pensaram em montar numa moto deveriam ter consciência de que uma motocicleta com um ser humano agarrado a ela não se constitui automaticamente um "inimigo".

A buzinada incômoda, o espelho retrovisor deslocado ou quebrado ou o gesto obsceno feito por alguns poucos imbecis mal-educados não devem servir para a uma injusta generalização.

Nem todo motociclista é um selvagem, mas todos são muito frágeis. Assim, manter distância é uma regra de ouro: por mais que motos passem rente aos carros, a recíproca não pode ser verdadeira, sob pena gerar um grande problema.

Outro pecado comum cometido por automobilistas é a mudança de direção sem a devida sinalização e/ou de modo brusco: quem nunca andou de moto não faz ideia de como é crítica a situação de, imprevista e abruptamente, ter que desviar de uma massa de metal de mais de uma tonelada rumando para cima de você.

Fonte: Coluna O Motociclista/UOL

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Quem bebe café tem menos problemas cardíacos e vive mais, diz estudo

Quer evitar doenças do coração e aumentar sua longevidade? Continue bebendo aquele sagrado cafezinho. Um estudo publicado na revista Nature mostra que o consumo de café pode reverter a tendência de inflamações crônicas e doenças cardiovasculares que surgem com o avançar da idade.

Já era de conhecimento da medicina que mais de 90% das doenças não-transmissíveis do envelhecimento estão associadas à inflamação crônica. Diversos artigos científicos apontam que a inflamação crônica contribui para o aparecimento de diferentes tipos de câncer, mal de Alzheimer e outras demências, osteoartrite e até mesmo depressão, além de doenças cardiovasculares.

Muito já foi estudo sobre a contribuição da ingestão de cafeína para a longevidade. Agora, o time de pesquisadores liderados David Furman e Mark Davis, da faculdade de medicina de Stanford, revelaram uma provável associação entre as doenças decorrentes da inflamação, a longevidade e o café.

De acordo com o estudo, os ácidos nucleicos - moléculas que servem como tijolos dos nossos genes – sofrem degradação ao longo da velhice. Os "restos" desse metabolismo do gene circulando pelo sangue desencadeiam o processo inflamatório que leva a doenças cardiovasculares e outras doenças. Ao injetarem essas substâncias em ratos, os pesquisadores verificaram o surgimento de inflamações sistêmicas, aumento da pressão arterial e estragos nos rins, dentre outras consequências.

Curiosamente, os componentes da cafeína bloqueiam a ação dos ácidos nucleicos. A própria estrutura da cafeína é semelhante à estrutura deles. Assim, o consumo de cafeína reverteria a tendência natural do corpo a inflamações e desenvolvimento de doenças.

O estudo
Para avaliar a associação entre cafeína, inflamação e longevidade, os pesquisadores realizaram análises de amostras de sangue, dados de relatórios médicos e históricos familiares de mais de 100 participantes. Foram vários anos de estudo. Foi revelada, assim, a existência do mecanismo inflamatório associado com o envelhecimento humano em doenças crônicas.

Também foi possível notar que nem todas as pessoas mais velhas eram acometidas pelo processo inflamatório. Para quem não gosta do sabor amargo, chá preto e chocolate escuro contêm compostos semelhantes à cafeína, dizem os pesquisadores.

Fonte: UOL

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Lula: "Marisa morreu triste por conta da canalhice que fizeram com ela"

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu neste sábado (4), defender a sua imagem e a da ex-primeira-dama Marisa Letícia, em meio a acusações de corrupção levantadas pelas investigações da Operação Lava Jato. Na quadra do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), onde foi realizado o velório de Marisa, Lula se emocionou ao lembrar da história de sua mulher, com quem esteve por 43 anos, e afirmou que não tem medo de ser preso.

"Marisa morreu triste, por conta da canalhice e da maldade do que fizeram com ela", disse Lula. Sem citar a força-tarefa da Lava Jato ou o juiz Sergio Moro, responsável pela maior parte dos casos em que ele e Marisa são investigados, Lula disse que vai lutar para que "os facínoras tenham um dia a humildade de pedir desculpas".

Em dezembro, Marisa Letícia se tornou ré, ao lado de Lula, em uma investigação da Lava Jato. Como tem feito desde o início das acusações, Lula reafirmou sua inocência. "Se alguém neste país tem medo de ser preso, este que está enterrando sua mulher hoje não tem", afirmou o ex-presidente. "Tenho a consciência tranquila e não sou eu que tenho que provar que sou inocente. Eles que precisam provar que as mentiras que estão contando são verdadeiras"

Em sua última declaração, em meio às lágrimas, Lula falou diretamente com Marisa Letícia. "Companheira, descanse em paz. O seu Lulinha paz e amor vai continuar lutando muito para defender sua honra e sua imagem", afirmou. Na sequência, o local do velório foi tomado pela comoção e por gritos de "Olê, olê, olá, Lula, Lula" e "Marisa, Marisa".

Antes, Lula o simbolismo do Sindicato dos Metalúrgicos, local onde conheceu Marisa. "Aqui eu aprendi a falar, perdi o medo do microfone, aqui decidimos combater a ditadura, criamos o novo sindicalismo, pensamos em criar a CUT, criar o PT, e todas as greves que foram feitas", disse.

Lula lembrou o passado humilde de Marisa, que começou a trabalhar aos 11 anos como empregada doméstica, e agradeceu o apoio dela em sua trajetória. "A Marisa sustentou a barra para que eu me transformasse no que me transformei", disse Lula.

"Sou o resultado da consciência política dos trabalhadores brasileiros. Sou resultado das greves, mas também de uma menina que parecia frágil, mas que me deu a segurança que eu podia viajar pra apoiar candidatos, para apoiar greves, criar sindicatos, que ela seguraria a barra".

Lula relembrou as histórias de nascimento de seus três filhos e contou que não acompanhou nenhum dos partos por conta dos compromissos políticos. "Nunca estive presente, por causa do PT, da CUT, das greves", disse. "Às vezes sinto culpa, mas às vezes acho que é assim mesmo".

O ex-presidente disse que pensou em nomear Marisa como ministra, mas que sempre desistiu da ideia. Ainda assim, afirmou ele, "ela tinha muito mais importância que os ministros". "Ela sempre me dizia: Lula, não esqueça nunca de onde você veio e pra onde você vai voltar'", afirmou.

Marisa (1950-2017)
De humilde família de sitiantes, que migraram da Itália para o Brasil, Marisa Letícia nasceu em 7 de abril de 1950 em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Aos nove anos, começou a trabalhar como babá na casa de um sobrinho do pintor Cândido Portinari.

Quatro anos mais tarde, tornou-se operária de uma fábrica de chocolates. Casou-se pela primeira vez com o motorista Marcos Cláudio da Silva, com quem teve um filho. O garoto não chegou a conhecer o pai, assassinado enquanto dirigia o táxi da família. A jovem mãe perdeu o marido enquanto estava no quarto mês de gestação.

Marisa conheceu Lula em 1973, ao ir para o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo carimbar documentos da pensão que recebia. O ex-presidente costuma contar que, quando soube que a esbelta mulher de 23 anos era viúva, fez questão de deixar cair um documento que mostrava que ele também era viúvo. O episódio serviu de justificativa para iniciar a conversa, que não tardou a evoluir para um longevo relacionamento.

Os frutos da união de mais de 40 anos são os três filhos do casal: Fábio, Sandro e Luís Cláudio. O ex-presidente também adotou o primeiro filho de Marisa Letícia, Marcos Lula, que tinha apenas dois anos quando o então líder sindical a conheceu.

Inicialmente avessa à política, Marisa preocupava-se com a segurança de Lula quando eclodiram as greves do ABC Paulista. Em 1980, chegou a liderar uma passeata das mulheres em apoio aos sindicalistas presos no Departamento de Ordem Política e Social (Dops), que integrava o aparato repressivo da ditadura. Nesse mesmo ano, participou de um curso de Introdução à Política Brasileira, promovido pela Pastoral Operária de São Bernardo, e filou-se ao recém-criado Partido dos Trabalhadores.

Dedicada à família, Marisa teve uma atuação discreta nas primeiras disputas eleitorais de Lula. Em 2002, com os filhos já adultos, pôde se dedicar com mais afinco à campanha presidencial do marido. Em 1º de janeiro de 2003, tornou-se primeira-dama do Brasil.

Nos últimos meses, Marisa vinha sofrendo ao lado de Lula a pressão das investigações da Operação Lava Jato. Em dezembro, também ao lado do ex-presidente, foi convertida em ré pelo juiz federal Sergio Moro, sob a acusação de lavagem de dinheiro. De acordo com a denúncia, o casal adquiriu um imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente, em São Bernardo, com recursos da empreiteira Odebrecht. A acusação é negada com veemência pela defesa de Lula, que diz que imóvel é alugado.

"A pressão e a tensão fazem as pessoas chegarem ao ponto que a Marisa chegou. Mas isso não vai fazer eu ficar chorando pelos cantos. Vai ficar apenas batendo na minha cabeça, como mais uma razão para que a luta continue", desabafou Lula na segunda-feira 30, durante um encontro com representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens. Foi a primeira aparição pública do ex-presidente após a mulher sofrer o AVC.

Fonte: Carta Capital

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Polícia prende suspeitos de participarem dos ataques aos bancos em Missão Velha

O cerco policial e as intensas buscas pela quadrilha que explodiu duas agências bancárias na madrugada da última sexta-feira em Missão Velha, no Cariri, estão surtindo efeito. Dois suspeitos de participarem da ação violenta foram presos na tarde de ontem, por volta das 16 horas, na zona rural entre as cidades de Jardim e Missão Velha.

De acordo com o comandante do Comando de Policiamento do Interior (CPI), Coronel Francisco Souto, a prisão aconteceu após denúncias anônimas. “Ligaram informando que alguns homens suspeitos estavam na localidade de Morro de Areia, entre Brejo Santo e Jardim. Quando os policiais foram ao local, eles se embrenharam numa mata bastante fechada, com difícil visualização inclusive pelo helicóptero. Então mudei a estratégia e ordenei que quatro policiais a paisana fizessem rondas em duas motos”, detalha.

A ação surtiu efeito. Os policiais primeiro capturaram o vigilante Nadeilson Wisardi dos Santos (à esquerda) que foi apontado, pelo Tenente Coronel, Paulo Hermann, comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar (BPM), como responsável por bloquear os acessos à cidade, impedindo a chegada do reforço policial.

O suspeito mora em Pernambuco e é filho de um sargento da reserva daquele estado. Ele já tem várias passagens pela polícia, dentre os crimes, tráfico de drogas e assaltos. Com a prisão de “Preto”, como o suspeito é popularmente conhecido, os policiais chegaram ao paradeiro de Leonardo dos Santos Domingos (foto: short vermelho), que alegou ser inocente e justificou ter sido feito refém pelo bando. Porém, o Coronel Francisco Souto, afirmou que “os dois possuem ativa participação nos ataques”.

“Esses bandidos do crime organizado dificilmente confessam a participação nos crimes. Mas não há dúvida que os dois participaram, possuímos vários indícios”, acrescentou o comandante do CPI. Na casa de Leonardo, na zona rural de Missão Velha, os policiais encontraram um fuzil 5.56 com 186 munições; uma pistola .40, com 179 munições e dois carregadores; 10 cartuchos de 9mm; uma farda do exército e uma pequena quantia em dinheiro.

A dupla foi conduzida a Delegacia Regional de Polícia Civil de Juazeiro do Norte e, posteriormente, “por determinação do Secretário de Segurança do Estado, André Costa, será encaminhada para Fortaleza”, informou Cel. Souto. O Comandante do CPI ressaltou  ainda que as buscas pela quadrilha seguem de forma intensa. “O cerco está formado e já estamos em posse de várias informações que possam levar ao paradeiro desses bandidos, inclusive já temos os nomes de quase todos”, pontuou.

Apreensões
A caçada pelo bando, iniciada na madrugada da última sexta, logo após os ataques, já resultou na apreensão de “um arsenal”, conforme classificou Cel. Souto. Já foram apreendidos três fuzis, uma escopeta, quatro pistolas, três coletes a prova de bala, dinheiro, farda do exército, balaclavas e muita munição de vários calibres. “A quantidade de bala que já foi apreendida dava para fazer uma guerra”, destacou o Comandante, mostrando o poder de fogo que a quadrilha tinha nas mãos.

Dinheiro roubado
Após contabilidade realizada pela agência do Bradesco, foi constatado que a quadrilha não conseguiu roubar nada, ainda conforme Francisco Souto. Já a gerência do Banco do Brasil está fazendo um balanceamento do dinheiro subtraído, estima-se algo em torno de R$ 400 a 600 mil. A contabilidade deve ser finalizada até o fim da próxima semana. Nenhuma linha de investigação foi descartada, no entanto, acredita-se que a maioria dos integrantes da quadrilha seja do Pernambuco, estado escolhido para rota de fuga.

Assalto
Era por volta de 1h30 da sexta-feira (03) quando um grupo entre 15 e 20 integrantes invadiu a cidade de Missão Velha. O bando se dividiu em dois. Uma parte da quadrilha ficou responsável por fechar as entradas da cidade, colocando caminhões e pregos na pista. Esse mesmo grupo também cercou o destacamento policial. Paralelo a essa ação, os outros integrantes da quadrilha invadiram e explodiram as duas agências bancárias da cidade, que ficam bem próximas, no centro da cidade.

Na fuga, houve troca de tiros com policiais e com uma aeronave da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer). Apesar do apoio de outros destacamentos de cidades vizinhas, os assaltantes conseguiram fugir. Na fuga, eles abandonaram um carro 4X4 em uma estada carroçável. Dentro do veículo, os policiais encontraram armas de grosso calibre, bastante munição, coletes a prova de bala, e muito dinheiro. Havia também manchas de sangue nos bancos e nas armas, o que se faz supor que, durante a troca de tiros, os suspeitos ficaram feridos.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Ex-primeira-dama Dona Marisa morre aos 66 anos

A ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva morreu nesta sexta-feira (3) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A mulher do ex-presidente Lula tinha 66 anos. Dona Marisa estava internada desde o dia 24 de janeiro, depois de ter sofrido um acidente vascular cerebral hemorrágico provocado pelo rompimento de um aneurisma.

Seguindo o protocolo oficial para constatar a morte cerebral, os médicos submeteram dona Marisa a dois testes: o primeiro ocorreu às 12h05 e o segundo, às 18h05. O protocolo determina que o último exame seja conduzido por outro médico para comprovar a perda definitiva e irreversível das funções cerebrais.

O óbito foi constatado às 18h57, segundo boletim médico. Lula e sua família autorizaram a doação dos órgãos.

Logo após a divulgação do boletim, Lula postou em suas redes sociais informações sobre o velório. "A ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva faleceu nesta sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017, às 18:57. O velório será neste sábado (4), das 9h às 15h, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dona Marisa Letícia se conheceram. O Sindicato fica na Rua João Basso, 231, em São Bernardo do Campo. Em seguida haverá no Cemitério Jardim da Colina uma cerimônia de cremação reservada à família."

Também nas redes sociais, Lula lembrou com carinho da esposa. "A ex-primeira-dama costurou a primeira bandeira do PT, começou a trabalhar aos 9 anos e organizou resistência das mulheres durante as grandes greves do ABC."

Na quinta, um boletim médico divulgado pelo hospital informou que um doppler transcraniano identificou a ausência de fluxo cerebral. Em seguida, Lula publicou em seu pefil no Facebook uma mensagem agradecendo o carinho.

"A família Lula da Silva agradece todas as manifestações de carinho e solidariedade recebidas nesses últimos 10 dias pela recuperação da ex-primeira-dama Dona Marisa Letícia Lula da Silva. A família autorizou os procedimentos preparativos para a doação dos órgãos", diz o post. Depois, a página do Facebook do ex-presidente atualizou a foto de perfil e colocou uma imagem do casal sorrindo.

Quando foi internada, dona Marisa passou por um procedimento de emergência, que durou cerca de duas horas, para conter a hemorragia no cérebro. Os médicos fizeram uma arteriografia cerebral para localizar a lesão e depois introduziram um cateter até a região afetada para estancar o sangramento.

Na quarta-feira (25), Marisa Letícia teve de passar por outro procedimento cirúrgico. Desta vez, para a "passagem de um cateter ventricular para monitoração da pressão intracraniana", como informou o hospital. A decisão dos médicos ocorreu após "avaliação tomográfica de crânio para controle de sangramento cerebral”.

Na sexta-feira (27), dona Marisa passou por uma tomografia para verificar se tinha ocorrido melhora na infecção que havia se formado em seu cérebro. Ela foi acomodada em uma cama térmica para baixar a temperatura do corpo, que normalmente fica perto dos 35°C, para até 25°C. O objetivo era diminuir o metabolismo e, junto com ele, a atividade cerebral, para que o cérebro conseguisse absorver de forma mais rápida o excesso de sangue acumulado na caixa craniana.

Um exame realizado na segunda-feira (30) detectou a presença de trombose venosa profunda nas veias das pernas. Os médicos realizaram a passagem de um filtro de veia cava inferior para prevenir a ocorrência de embolia pulmonar.

Na terça (31), os médicos tiraram a sedação. Na quarta (1º), ela teve uma piora no seu quadro clínico no início da noite e voltou a ser sedada. A pressão intracraniana e a inflamação no cérebro tinham aumentado. O quadro clínico ficou irreversível, segundo os médicos.

Visitas
Depois da divulgação do boletim médico na quinta (2), amigos e políticos foram ao Sírio-Libanês prestar solidariedade à família de Lula.

O presidente Michel Temer visitou Lula com uma comitiva de ministros e senadores. Com Temer estavam José Sarney (PMDB), ex-presidente da República; José Serra (PSDB), ministro de Relações Exteriores; Eunício Oliveira (PMDB), novo presidente do Senado; Helder Barbalho (PMDB), ministro da Integração Nacional, e dos senadores Renan Calheiros (PMDB), Eduardo Braga (PMDB)-, Edison Lobão (PMDB) e Cassio Cunha Lima (PB).

Ao chegarem ao hospital, Temer e comitiva foram hostilizados por um grupo de manifestantes.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também visitou o petista. O encontro dos dois foi fotografado, e as imagens, postadas nas redes sociais de Lula. FHC entrou no hospital sem ser visto pela imprensa e não falou com os repórteres.

Nesta sexta, a ex-presidente Dilma Rousseff visitou Lula no hospital. Segundo a assessoria de imprensa do Instituto Lula, Dilma chegou ao hospital por volta das 11h30, e almoçou com o ex-presidente. Dilma entrou no hospital sem ser vista.

Lula recebeu Dilma na mesma sala onde encontrou FHC. Na quinta, depois que a família Lula da Silva havia autorizado o início dos procedimentos para doação de órgãos e um boletim médico informou que Dona Marisa ficou sem fluxo cerebral, Dilma já havia divulgado um comunicado nas redes sociais em apoio a Lula.

No texto, Dilma disse que Dona Marisa "foi o esteio da família", para que Lula pudesse se dedicar à carreira política, e afirmou: "estamos juntos, presidente Lula, agora e sempre".

Também visitaram Lula os senadores petistas Lindbergh Farias, Gleisi Hoffmann e Humberto Costa; os ex-ministros Gilberto Carvalho, Celso Amorim e Eleonora Menicucci, entre outros.

O vereador Eduardo Suplicy ressaltou o companheirismo de Dona Marisa durante o casamento de mais de 40 anos com Lula: "Foi uma companheira das horas mais alegres e difíceis para que Lula pudesse colaborar com o Brasil", disse o petista.

Militantes do Partido dos Trabalhadores e sindicalistas da CUT também prestaram homenagem à ex-primeira-dama na porta do hospital. Eles colocaram rosas e fizeram orações.

Biografia
Dona Marisa Letícia nasceu em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, em 7 de abril de 1950. Filha de imigrantes italianos de origem camponesa, tinha como sobrenome de solteira Rocco Casa e passou a infância no sítio da família – que veio a dar origem ao Bairro dos Casa na cidade.

Antes de se casar com Lula, Marisa Letícia já havia sido casada com um taxista com quem teve um filho, chamado Marcos, adotado pelo ex-presidente quando tinha 10 anos de idade. O primeiro marido de Marisa foi assassinado durante um assalto.

Viúva, ela conheceu Lula no Sindicato dos Metalúrgicos. Poucos meses depois, em 1974, os dois se casaram. O casal teve três filhos: Fábio, Sandro e Luís Cláudio.

Em 1980, ano em que Lula e outros líderes sindicais foram presos pelo regime militar, Marisa Letícia foi uma das principais organizadoras de um protesto para denunciar a prisão do marido. No mesmo ano, a ex-primeira-dama acompanhou de perto a criação do PT. Em entrevistas, ela se orgulhava de ter costurado a primeira bandeira do partido.

"A primeira bandeira do PT eu é que fiz. Tinha um tecido vermelho, italiano, um recorte, guardado há muito tempo. Costurei a estrela branca e ficou lindo. Minha casa era o centro. Foi assim que começou o PT", disse em 2002, segundo o acervo do jornal "O Globo".

Após a criação do PT, dedicou-se às campanhas de Lula à Presidência da República. Durante os comícios, era comum vê-la ao lado do marido ou atuando sozinha cumprindo compromissos para pedir voto ao petista.

Durante os dois mandatos de Lula como presidente, ficou famosa nacionalmente e era chamada de dona Marisa por Lula e pela imprensa. Foi criticada pela oposição por não ter se envolvido diretamente em projetos sociais, atribuições que, tradicionalmente, são realizadas pela primeira-dama.

Em 2004, foi centro de uma polêmica por ter determinado aos funcionários do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, que colocassem nos jardins novos canteiros de flores vermelhas em formato de estrela, símbolo do PT.

Fonte: G1

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6 sites para baixar livros gratuitamente e de forma legal

Quer ler mais sem "sentir dor no bolso"? Separamos sites incríveis que disponibilizam obras para download gratuito. Baixe e-books de forma legal, economize e viaje para lugares incríveis na frente do computador (ou do tablet, ou do reader):

1. Open Library - o site (que quer catalogar todos os livros do mundo) possui mais de um milhão de obras para download gratuito, em diversas línguas. Entre os livros em português, encontramos contos e romances de Monteiro Lobato, José de Alencar e Machado de Assis, por exemplo. Se você sabe ler em inglês, as opções são inúmeras.

2. Portal Domínio Público - lista obras em diversas línguas (incluindo 2 mil livros em português) que já estão em domínio público. É possível ler "A Divina Comédia", de Dante, por exemplo.

3. Projeto Gutemberg - mais de 100 mil livros em diversas línguas. Podem ser baixados em vários formatos.

4. eBooks Brasil - o site tem uma cara antiga e navegação pouco intuitiva, mas seu acervo funciona perfeitamente. Basta navegar pelo formato desejado de eBook pelos links logo abaixo da logomarca e buscar o que você deseja ler.

5. Obras raras da USP - o site reúne imagens de edições incríveis. O acervo ainda é pequeno (não mais que 30 livros) - mas só a chance de explorar essa edição impressionante de Dom Quixote vale a visita.

6. Wikisource - a "biblioteca" da Wikipedia reúne livros que estão sob domínio público ou sob a licença "Creative Commons".  Na versão lusófona, temos mais de 27 mil textos disponíveis, divididos em categorias como períodos literários, países de origem e anos em que foram escritos.

Fonte: Galileu

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Barbalha (CE): 40% dos garis têm nível superior completo. Um deles cursa mestrado

No edital do concurso público para ocupar o cargo de gari no município de Barbalha, a 500 quilômetros de Fortaleza, a escolaridade exigida é clara: “Ensino Fundamental Incompleto, tendo as quatro primeiras séries concluídas”. No entanto, o perfil da grande maioria dos novos profissionais, aprovados em concurso no ano passado, é bem superior do que a exigida.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Barbalha (Sindmub), Jaqueline Filgueira, pelo menos 40% dos profissionais de limpeza do município que estão ativos nas ruas da cidade possuem nível superior.

“Temos um total de 120 funcionários no município, mas somente 50 estão nas ruas. Desse total, cerca de 20 funcionários possuem nível superior completo e alguns outros estão fazendo graduação“, pontuou.

Apesar de a presidente do sindicato confirmar e detalhar a informação, a prefeitura do município de Barbalha relatou ao Tribuna do Ceará que um perfil sobre os trabalhadores ainda está sendo produzido. Por isso, o órgão ainda não sabe exatamente quantos possuem de fato nível superior completo ou em andamento.

Segundo um dos garis que não quis se identificar e que é formado em Pedagogia, a explicação sobre o perfil da grande maioria dos profissionais é simples: o desemprego e a estabilidade.

“Muitos profissionais se formam e não conseguem trabalhar na área por falta de oportunidade. Além disso, a oportunidade de ganhar um salário e não ter o medo de ser demitido a qualquer momento é o que faz a gente buscar essa profissão”, contou.

Fonte: Tribuna do Ceará

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Citado na Lava Jato, Moreira Franco vira ministro e ganha foro privilegiado

O presidente Michel Temer promoveu um dos homens-fortes de seu Governo nesta quinta-feira (3): Wellington Moreira Franco, atual secretário-executivo do Programa de Parceria de Investimentos, será o novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, que volta a ter status de ministério com área de influência ampliada. Com o novo cargo, Moreira Franco, citado dezenas de vezes em ao menos uma das agora oficiais delações dos executivos da empreiteira Odebrecht na Operação Lava Jato, passa a ter foro privilegiado: só pode ser eventualmente julgado pelo Supremo Tribunal Federal.

Além do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), onde é espécie de czar das privatizações e coordena projetos no valor de 25 bilhões de reais, Moreira Franco vai acumular a Secretaria de Comunicação e outras atividades administrativas do Planalto. É um forte sinal de apoio para um dos principais aliados de Michel Temer desde a década de 1990 no momento em que avançam no Supremo as colaborações da Odebrecht na Lava Jato. Nesta semana, a presidenta da corte, Cármen Lúcia, homologou as delações da empreiteira, que devem municiar a apresentação de novas denúncias da Procuradoria Geral da República contra políticos. Nesta quinta, a operação ganhou um novo relator no STF, o ministro Edson Fachin, em substituição a Teori Zavascki, morto no mês passado.

A sinalização do Planalto com a nomeação, ao menos por ora, é a de que tentará preservar seus escudeiros o quanto possa em meio ao vendaval político que se espera com a "delação do fim mundo". Sigilo judicial protege, por enquanto, as 77 colaborações da Odebrecht com a Lava Jato. Ninguém sabe até quando a situação perdurará e nada garante que, mesmo sob segredo, elas não acabem na imprensa. Foi o que aconteceu com a delação de Claudio Melo Filho, um ex-vice-presidente da megaempreiteira, vazada em dezembro. Apenas nela, Temer é citado 43 vezes, Moreira Franco tem outras 34 menções —seu codinome, segundo o delator, é "Angorá"— ambos negam ter cometido irregularidades. Eliseu Padilha, outro homem-forte de Temer e ministro da Casa Civil, também aparece. "Acredito que há uma interação orquestrada entre ele e Eliseu Padilha para captação de recursos para o seu grupo do PMDB", diz Melo Filho na pág. 28 da sua colaboração. “Eu lastimo que todos aqueles que pensavam que iam me ver pelas costas tenham se enganado”, disse um desafiante Padilha em entrevista ao Estado de S. Paulo no domingo. Ao menos três ministros de Temer - Romero Jucá (Planejamento), Henrique Alves (Turismo) e Fabiano Silveira (Transparência) -  já caíram em episódios relacionados à Lava Jato.

Outros anúncios
A promoção de Moreira Franco foi acompanhada de outros anúncios. Temer criou o Ministério dos Direitos Humanos, para o qual nomeou a atual secretária especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Justiça, a desembargadora Luislinda Valois —antes, a Secretaria Nacional de Direitos Humanos era coordenada por Flávia Piovesan. O Governo também oficializou o  deputado Antônio Imbassahy no comando da Secretaria de Governo, responsável pela articulação política. Imbassahy (PSDB-BA) ocupará o posto deixado vago por Geddel Vieira Lima no ano passado, que caiu sob acusação de pressionar integrantes do Governo para obter benefícios legais para um imóvel na Bahia.

Por fim, o Planalto também fez mudanças no Ministério da Justiça. A pasta também terá suas atribuições ampliadas e se chamará Ministério da Justiça e da Segurança Pública. O tucano Alexandre de Moraes, criticado pela condução na crise do sistema carcerário que se tornou mais aguda no mês passado, seguirá no comando do ministério.

Com as mudanças, o número de ministérios do gabinete passa de 26 a 28, em contradição com o discurso do Governo que assumiu o poder cortando pastas em nome de um programa de austeridade e equilíbrio das contas públicas.

Fonte: El País

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Temer é hostilizado ao visitar Lula em hospital sob gritos de 'assassino' e 'golpista'

O presidente Michel Temer chegou ao hospital Sírio-Libanês, na região central de São Paulo, para prestar condolências ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela perda da ex-primeira dama, Marisa Letícia Lula da Silva, que teve morte cerebral declarada nesta quinta-feira (02). Temer veio acompanhado de políticos do PMDB e do PSDB. A comitiva chegou ao hospital às 22h30 e foi embora antes das 23h10.

Junto com o presidente, foram ao local visitar Lula o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP), os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), Eduardo Braga (PMDB-AM), Edison Lobão (PMDB-MA) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). O presidente do Senado, Eunício de Oliveira (PMDB-CE) acompanhou o grupo. A comitiva também contou com os ministros Helder Barbalho (PMDB-PA), da Integração Nacional, José Serra (PSDB-SP), das Relações Exteriores, Henrique Meirelles, da economia, e Moreira Franco, que nesta quinta foi elevado ao cargo de ministro da Secretaria Geral da Presidência da República.

A comitiva chegou de van ao Sírio, escoltada por batedores, vindo diretamente do aeroporto, e foi recebida na porta pelo cardiologista Roberto Kalil Filho, médico que cuida do tratamento de Marisa. Diferentemente do que aconteceu com outros políticos que visitaram o ex-presidente Lula nesta quinta, a chegada de Temer foi precedida de uma série de preparativos no hospital, comandados pela segurança da presidência. Grades de proteção foram colocadas na entrada principal para a passagem do presidente e de sua comitiva.

Ainda assim, apesar não terem contato físico com os políticos, vários militantes que estão em vigília em frente ao hospital em apoio a Lula e Marisa lançaram gritos de "golpistas", "vagabundos" e "ladrões" ao presidente e ao grupo que o acompanhava. Nenhum deles respondeu. Também não falaram com a imprensa na entrada nem na saída.

Poucos minutos após a chegada da comitiva presidencial, quem também entrou no hospital foi o ex-ministro Patrus Ananias (PT-MG), bastante assediado pelos militantes, que gritavam "dá um abraço no Lula e tira aqueles bandidos de lá". Guilherme Boulos, líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), o ator Sergio Mamberti e o deputado e ex-presidente do Corinthians Andres Sanchez (PT-SP) chegaram quase ao mesmo tempo.

Mais cedo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso visitou Lula para levar suas condolências, em um dos encontros mais repercutidos de hoje.

Ex-presidentes contra rixas políticas
Logo após a saída da comitiva presidencial à noite, também deixaram o hospital os petistas Eduardo Suplicy (vereador/SP), Maria do Rosário (deputada/RS), Lindbergh Farias (senador/RJ) e Gleisi Hoffmann (senadora/PR).

Suplicy, que já havia estado no Sírio pela manhã, comentou o fato de quatro presidentes terem passado pelo hospital hoje e lembrou que a última vez em que vários mandatários brasileiros se encontraram foi no funeral do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, em 2013. Na época, Lula, Sarney, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor de Mello e a então presidente Dilma Rouseff viajaram ao país africano para acompanhar as cerimônias de despedida ao líder mundial.

O vereador ressaltou que, apesar de ser um momento triste, foi muito importante pelo diálogo e pela reunião de tantos políticos. O vereador comentou ainda que o teólogo Leonardo Boff, que também esteve no hospital, comandou uma oração na presença dos políticos.

"O Lula recordou conosco o dia todo diversos momentos de como ela [Marisa] havia sido uma esposa solidária e sempre presente nas horas difíceis e nas horas alegres", contou Suplicy.

"Nós também vimos hoje um momento ainda que de tanta tristeza, de encontro e de solidariedade. A visita dos presidentes Fernando Henrique Cardoso, José Sarney e do Michel Temer com seus ministros. O fato triste da morte de Marisa Letícia proporcionou hoje momentos de diálogos como há muito eu não presenciava. O Lula disse ao Temer e aos demais que estavam presentes na sala, no diálogo ali de pouco mais de 30 minutos, que eles muitas vezes tiveram diferenças grandes nesses últimos tempos, mas que ele queria agradecer de coração a visita", relatou o vereador.

Visitas de políticos
Ao longo desta quinta-feira, diversos políticos manifestaram seus pêsames por meio de mensagens em redes sociais e notas da assessoria de imprensa. Outros vários senadores, deputados, vereadores e ex-ministros compareceram ao hospital para prestar solidariedade a Lula, quase todos petistas, entre eles Aloísio Mercadante e Jorge Viana. Integrantes de outros partidos, como a senadora ex-petista Marta Suplicy (PMDB-SP) e a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), também apareceram.

Marisa Letícia teve a morte cerebral declarada na manhã desta quinta, depois de nove dias internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por conta de um AVC (acidente vascular cerebral) do tipo hemorrágico.

O velório da ex-primeira dama deve acontecer no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, na Grande SP. O horário ainda não foi confirmado.

Fonte: UOL

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