Artista cratense transforma ferro e sucata em obras de arte

Dono de uma mente inquieta e amante da natureza, o mecânico Luciano Andrade, encontrou no ofício o dom da transformação. O lixo do ferro velho, as sucatas simplesmente descartadas por muitos, para o artista é matéria prima. Luciano fez do pensamento de Antoine Lavoisier, uma verdade absoluta: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

Ele encontrou uma forma inteligente e criativa de ajudar o meio ambiente, deixar os lugares mais bonitos e ainda por cima, ganhar dinheiro. Apenas com ferro velho, solda elétrica, graxa e verniz, o artista produziu 15 peças que estarão em exposição no mall do Cariri Garden Shopping até o dia 18 deste mês.

A exposição tem como tema “Ferro: Moldando a Natureza”. O evento conta ainda com o apoio do Centro de Referência Casa da Pedra, do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Sebrae.

Reflexão
Mais do que impressionar com as obras de arte, a ideia da exposição é suscitar reflexões. O público será instigado a pensar sobre a importância da preservação do meio ambiente, a necessidade da reciclagem e um consumo mais consciente que leve à redução na geração de resíduos.

As peças inusitadas são feitas através de encaixe. Sua obra leva apenas solda, e muito jeito e criativa para cortar, dobrar como um enorme quebra-cabeças de ferro.

Natural da cidade do Crato, Luciano Andrade reside atualmente em Nova Olinda, também na região do Cariri, onde descobriu seu dom. Um sonho que aos poucos ganha forma e os olhos da sociedade, já que essa é a primeira vez que tem suas obras em uma exposição.

Entre as peças o latão ganha forma de cachorro, cavalo, aranha, jacaré, camaleão, coruja e até de um tiranossauro rex. As peças estão à venda e podem ser retiradas no último dia da exposição. A curadoria é de Ypsilon Félix.

Serviço:
Exposição Ferro: Moldando a Natureza
Local: Cariri Garden Shopping
Data: 06 a 18 de Fevereiro

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Insetos e tendões de porco estão entre os alimentos que você come sem saber

Quem tem alguma restrição alimentar, seja por questão de saúde, religião ou ideologia, enfrenta uma difícil tarefa: identificar os ingredientes e aditivos presentes nos alimentos industrializados pela simples leitura dos rótulos. Não é fácil. Em meio a termos técnicos e códigos estranhos, a maioria de nós não faz ideia do que está comendo.

Alguns dos itens utilizados pela indústria alimentícia, afirma a engenheira de alimentos Florencia Cladera, professora da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e doutora em engenharia química, causam estranheza devido a sua origem, quase sempre desconhecida dos consumidores. É o caso do corante carmim, presente em iogurtes, sobremesas, balas, bebidas e até na bolacha Passatempo.

“Trata-se de um corante natural, que confere cor vermelha ao alimento, e é extraído das fêmeas e dos ovos de cochonilha (Dactylopius coccus Costa). O inseto produz o ácido carmínico como uma forma de se defender de predadores”, explica a professora. A substância aparece nos rótulos como carmim, ácido carmínico, carmim de cochonilha ou como o número INS 120.

A descoberta, muitas vezes, assusta e acaba por levar à reeducação alimentar. “Algumas pessoas ficam bastante chocadas quando descobrem que comem um pó feito de uma espécie de pulgão”, afirma o médico nutrólogo Eric Slywitch, especializado em dietas vegetarianas.

Ingrediente, aditivo ou coadjuvante?
Segundo Florência, ao falar de produção e composição de alimentos, é importante diferenciar o que são ingredientes, aditivos e coadjuvantes de tecnologia.“Um ingrediente é qualquer substância empregada na fabricação de um alimento e que permanece no produto final, ainda que de forma modificada. Um aditivo é um ingrediente adicionado sem propósito de nutrir, para modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais. São os corantes, aromatizantes, adoçantes, espessantes etc.

Há ainda os coadjuvantes de tecnologia. “São substâncias utilizadas durante o processamento e que não permanecem no produto final, como solventes, fermentos e enzimas.” A professora explica que, na rotulagem, é obrigatório citar a lista de ingredientes colocando na ordem de maior para menor quantidade, o que inclui os aditivos, mas não os coadjuvantes. “Isto pode ser um problema para os veganos, que não consomem produtos de origem animal.”

Pele, cartilagens e tendões viram gelatina e salsichas
Colorida, com cheiro de fruta e textura agradável, a gelatina é uma espécie de “mestre dos disfarces” quando se trata de alimentação. “A matéria prima para a produção de gelatina é pele, ossos ou tendões de mamíferos, geralmente suínos ou bovinos”, afirma Florência.

De acordo com a professora, em seu processo de fabricação o material recebe um tratamento com ácido (geralmente vinagre) e água quente para solubilizar o colágeno. Depois, são removidos a gordura e os resíduos sólidos e é usada a solução passa por diversas etapas de concentração, esterilização, secagem e moagem. Ao final, são adicionados os corantes artificiais, açúcar e aromatizantes.

Há muitos produtos, afirma a especialista, que contêm a gelatina como aditivo, realizando o papel de espessante, gelificante ou estabilizante. “A gelatina está presente em diversos alimentos, como iogurtes, pudins, balas de goma, mousse. Mas não é mencionado se sua origem é suína ou bovina, o que pode ser um problema para pessoas de religiões que não consomem carne de porco”, diz.

A mesma matéria-prima (além de outros resíduos menos nobres, provenientes da indústria da carne) é utilizada na fabricação de salsichas. De acordo com o engenheiro químico Décio Livrari Júnior, consultor da SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira), é comum haver nos embutidos vestígios de órgãos diversos, como pulmões, rins, vísceras que ficam em contato direto com material fecal e até mesmo tumores dos animais. “Tudo é triturado, misturado e temperado para virar salsicha.”

No caso dos empanados de frango e dos hambúrgueres, explica Livrari, pode haver pintinhos inteiros triturados. “Isso não é uma regra, mas já houve muitas denúncias em formato de vídeo feitas por ex-funcionários desse tipo de indústria, já que nem sempre há fiscalização.”

Derivados de petróleo
Alguns aditivos alimentares, afirma Florência, podem ser derivados do petróleo, como é o caso de certos corantes artificiais, como a tartrazina (INS 102), encontrada em balas, gelatinas, sobremesas, biscoitos, refrescos em pó e refrigerantes, entre outros produtos.

“Corantes podem causar alergias, urticárias e até asma. Há estudos que indicam uma relação entre seu consumo e a hiperatividade em crianças”, explica.

Pus e enzimas do estômago
Florencia Cladera cita também os coalhos, coadjuvantes de tecnologia utilizados na produção de queijos, sendo removidos do produto final. Os coalhos são extraídos do estômago do bezerro e contêm enzimas utilizadas na etapa de coagulação. Geralmente, eles não aparecem na lista de ingredientes e, apesar de não fazerem mal à saúde, são motivo de revolta por parte de quem defende o bem-estar animal. Uma alternativa para eles são os coagulantes feitos a partir de fungos, já existentes no mercado.

Mesmo o leite de vaca, explica Livrari Junior, pode conter pus, já que os animais sofrem com mastite (inflamação das mamas) pela constante extração do produto. A pasteurização (processo que destrói alguns tipos de microorganismos patogênicos em produtos comestíveis) elimina as bactérias que possam estar presentes em virtude dessa contaminação. “Mesmo assim, o pus continua presente, ainda que pasteurizado”, diz.

Fonte: UOL

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Crato (CE): Falta de água atinge comunidades rurais

De acordo com a planilha da Coordenadoria de Defesa Civil (CEDEC) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará, atualizada até o último dia 16, o Crato não está entre os municípios que recebem o fornecimento de água tratada por caminhão do tipo pipa, denominada Operação Carro-Pipa (OCP). Por conta disso, o prefeito Zé Ailton (PP) se reuniu recentemente com as lideranças comunitárias, que cobraram soluções.

A CEDEC atende o contingente populacional com demanda reprimida de água potável, residente em áreas urbanas ou rurais de municípios em reconhecida situação de emergência decorrente de seca. No caso de Crato, em média, 1.287 cisternas são supridas por meio de cinco tanques. O secretário de Agricultura, Zilcélio Alves Ferreira, explica que o programa foi suspenso devido à defasagem na tabela de preços cobrada pelos pipeiros e pela falta de repasse de recurso do Governo Federal. Por conta disso, o prefeito se reuniu com os líderes comunitários, que apresentaram as necessidades.

O secretário afirmou que o carro-pipa oriundo do PAC foi disponibilizado para transportar água às comunidades. “É apenas um carro. Mas, embora seja pouco, vai-se suprindo as necessidades das famílias. Até porque elas estão comprando água por R$ 200 pelo caminhão. Isso tem onerado bastante e pesado nos orçamentos dos rurais. Então, o prefeito se prontificou em fazer uma análise e apresentar algumas alternativas às pessoas que aguardam o retorno do abastecimento feito pelos carros-pipa do Exército”.

Ao todo, 93 comunidades estão sem o abastecimento da OCP. Zilcélio explica que a suspensão não foi só no Crato, mas o pessoal do Exercito já esteve no Município para retomar as visitas e refazer a análise do manancial onde se captura a água. “Provavelmente, será escolhida outra forma de captar a água, já que o Açude Thomaz Osterne não tem mais condição de fornecer sua água. A esperança, por outro lado, é que as cisternas estejam parcialmente abastecidas com as recentes chuvas”.

Fonte: Jornal do Cariri

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MP vai apurar procurador que queria abrir champanhe pela morte de Marisa Letícia


A Corregedoria-Geral do Ministério Público de Minas Gerais anunciou na noite desta sexta-feira (3) que abriu uma investigação para averiguar a conduta do procurador de Justiça de Minas Gerais, Rômulo Paiva Filho, que fez uma postagem em redes sociais torcendo pela morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que faleceu hoje em São Paulo aos 66 anos.

O procurador publicou na internet uma foto de Marisa Letícia seguida da frase: "Morre logo, peste! Quero abrir logo o meu champagne". A mensagem foi apagada por volta de 18h, menos de uma hora antes da morte da ex-primeira-dama, às 18h57. A corregedoria informou que está apurando o caso e vai "tomar as medidas cabíveis" contra o procurador.

Paiva Filho está no Ministério Público de Minas Gerais desde 1989.

Essa não é a primeira vez que Rômulo Paiva Filho se envolve em polêmica com questões políticas na internet. Em agosto de 2016, ele publicou um texto insinuando que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) deveria ser queimada e morta durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.

"Quem vai acender a pira olímpica? Eu sugiro dar um banho de gasolina na Dilma, tacar fogo com a tocha e mandar ela correr em direção à pira. Que tal?", escreveu ele à época.

A reportagem do UOL não localizou o procurador para comentar a iniciativa da corregedoria de investigá-lo por causa da postagem sobre Marisa Letícia até a noite desta sexta-feira (3).

Vítima de um AVC
Marisa Letícia foi internada em estado grave no hospital Sírio-Libanês no dia 24 de janeiro, após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico. Ela chegou a apresentar uma ligeira melhora na terça-feira (31), e a sedação começou a ser reduzida. Como ela não reagiu bem, voltou a ser sedada, mas piorou na quarta-feira.

Na quinta-feira, um doppler transcraniano já havia mostrado que dona Marisa não tinha mais fluxo cerebral. A partir de então, a família Lula da Silva autorizou o início dos procedimentos para a doação de órgãos. A ex-primeira-dama teve a morte confirmada na noite desta sexta-feira (03), após a realização de exames protocolares.

Marisa acompanhou Lula desde o início de sua vida política, durante as greves de operários no ABC paulista no fim dos anos 1970 – ele tornou-se presidente do sindicato um ano depois do casamento deles, em 1975. Ela foi a responsável por costurar a primeira bandeira do Partido dos Trabalhadores.

Fonte: UOL

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Estas 7 dicas vão te ajudar a comprar passagens aéreas mais baratas

O dólar alto está fazendo muita gente rever os planos que tinha de viajar para o exterior. Mas algumas estratégias podem ajudar a achar preços interessantes na internet.

Há poucos dias, por exemplo, era possível encontrar passagens para Miami, Orlando e Washington, nos Estados Unidos, por menos de R$ 1.200 (ida e volta, sem taxas) em companhias aéreas nacionais e internacionais.

Encontrar preços assim depende de fatores como a antecedência da compra (que não deve ser tão grande), o dia da viagem (partir no meio da semana costuma ser mais barato) e, claro, o destino. Confira algumas dicas abaixo.

1. Antecedência
Comprar com antecedência não é apenas um conselho batido: é verdadeiro. Isso não quer dizer que você deve fazer a compra seis meses antes de viajar. "Os preços começam a cair cerca de três meses antes da data de embarque", afirma Talita Ribeiro, diretora de comunicação do site de busca de passagens Voopter.

Paulo Kakinoff, CEO da companhia aérea Gol, confirma: "Você encontra tarifas muito atraentes até 90 dias antes do voo. É quando os preços estão melhores".

2. Temporada
Janeiro, julho e dezembro são considerados meses de alta temporada, além dos feriados. Nos Estados Unidos e na Europa, agosto também é alta estação, por causa das férias de verão. Muita gente só consegue viajar nessas épocas, e é mais difícil encontrar promoções. Para quem tem a opção de tirar férias em outros períodos, a situação é diferente.

Uma pesquisa do comparador Voopter mostra que, no ano passado, os meses que mais tiveram promoções de passagens aéreas nacionais foram março, maio e setembro. Houve voos ida e volta por R$ 62. Já para os destinos internacionais, o melhor mês foi maio, com vários voos por menos de R$ 1.000.

3. Dia
O dia do embarque também pode fazer diferença no preço das passagens, pelo menos quando a viagem é nacional. Segundo o site Melhores Destinos, terças, quartas e quintas-feiras são campeãs de preços baixos para voos dentro do Brasil.

Para voos internacionais, segundo o site, depende muito de empresa para empresa. Depois de um tempo de pesquisa, porém, é possível descobrir o dia da semana em que determinada companhia costuma cobrar menos.

4. Destino
A flexibilidade é uma aliada do preço baixo não só quando se fala no mês e no dia da viagem, mas até no destino. Uma pesquisa do comparador Voopter mostra que, em 2015, Montevidéu, no Uruguai, foi o destino da América do Sul com a tarifa mais barata, a partir de R$ 281 (ida e volta, sem as taxas). A cidade se mostrou uma boa alternativa, por exemplo, a Buenos Aires, na Argentina.

A sugestão do Voopter é que quem quer viajar para a praia em 2016 fique atento às promoções para Aruba, Curaçao, Panamá e outros destinos do Caribe. Segundo o site, neste ano já foi possível encontrar passagens de ida e volta, sem taxas, a partir de R$ 735.

5. Nacional
Companhias aéreas nacionais costumam anunciar, a cada 15 dias, promoções que têm início nas sextas-feiras à noite e terminam na manhã das segundas. "Pelos últimos quatro anos, essa tem sido a regra. Começou com a Gol, e as outras empresas seguiram", diz Denis Carvalho, editor do Melhores Destinos.

Geralmente, as ofertas são para voos com destino a grandes capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba. Ainda assim, costumam valer a pena: há passagens de ida e volta por menos de R$ 200.

Na última sexta (22), por exemplo, a Gol anunciou a venda de passagens de volta por R$ 79,90 em voos diretos. A promoção, segundo a empresa, valia para todos os voos nacionais, mas a quantidade de assentos era limitada.

6. Sites
A busca por passagens aéreas pode ser feita por vários caminhos diferentes: diretamente no site das empresas, em sites que comparam preços, como Skyscanner, Voopter, Mundi, Kayak e Orbitz, e em agências de viagem virtuais, como Decolar, Submarino ou CVC Online. Cada modelo tem vantagens e desvantagens.

Pesquisar nos sites das companhias aéreas é interessante porque você terá a certeza de que a informação está atualizada; mas terá de fazer várias pesquisas para poder comparar o preço de uma empresa com o da outra. As agências online oferecem a possibilidade de você comparar preços de empresas diferentes, mas costumam cobrar tarifas pelo serviço, alerta Denis Carvalho, do Melhores Destinos.

Nos comparadores de preço, a variedade de informações é grande e o serviço, gratuito para o usuário. Mas, como não é possível fazer a compra diretamente nesses sites, pode acontecer de você clicar na oferta e, quando for direcionado para o site da empresa aérea, o preço, que pode ser alterado minuto a minuto, já ter mudado.

7. Alertas
Os sites que comparam preços de passagens permitem que você avalie uma grande quantidade de companhias aéreas e agências de viagem. Além disso, têm ferramentas que podem ajudar na busca.

No Voopter, é possível cadastrar a rota, o preço máximo e a época da viagem. O comparador avisa, por e-mail, assim que achar uma passagem com essas características. No Skyscanner, o usuário informa quando e para onde quer viajar e, sempre que o preço da passagem para aquele destino mudar (aumentar ou baixar), ele recebe um e-mail.

O Melhores Destinos não faz comparação de preços, mas publica notícias sobre promoções. Quem se cadastra pode receber essas promoções por e-mail ou por meio de alertas no aplicativo do celular.

Fonte: UOL

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Crato (CE): 500 alunos estão sem transporte escolar

O ano de 2017 já chegou ao segundo mês, no entanto, para mais de 17 mil alunos da rede pública de ensino deste município, na região do Cariri cearense, 2016 ainda não acabou. Isso porque, diante da greve de professores no ano passado, que durou quase dois meses, o ano letivo de 2017 para os alunos só deve começar em março. Apesar disso, o atraso na reposição das aulas não é o problema mais grave enfrentado pelos estudantes do Crato. Desde o ano passado, vários alunos estão sem transporte escolar.

Dos 35 veículos escolares do Município, dez estão inoperantes. De acordo com a Secretaria de Educação da cidade, os problemas vão desde a falta de pneus até problemas na parte hidráulica e elétrica. Sem a frota completa, quatro rotas - incluindo zona rural e urbana - estão afetadas e mais de 500 alunos estão sem transporte escolar.

A solução, segundo as famílias, é arcar com custos extras para manter os alunos na escola. "Por dia, estou gastando R$ 12 só de mototáxi. São R$ 6 para ir e outros R$ 6 para voltar. Valor que está pesando no orçamento", lamenta o aposentado Raimundo Luís Neto.

Segundo o secretário de Educação interino do Município, Luís Carlos Saraiva, o problema teve início na gestão anterior. Conforme Saraiva, já foram encaminhados processos licitatórios para "compra de pneus e de reparo e manutenção da frota. Em breve estaremos com esses problemas sanados".

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) entrou no caso e solicitou, junto à Prefeitura do Crato, uma audiência pública para colher dados sobre a licitação do transporte escolar. Essa audiência pública está prevista para este mês.

Merenda
Das 68 escolas da rede municipal, entre colégios de Educação Infantil e Ensino Fundamental, nem todas estão completamente abastecidas. Conforme a Secretaria de Educação, "todas as escolas têm um estoque razoável de merenda escolar", porém, reconheceu que "em algumas delas faltam itens, como frutas, verduras e frios". Saraiva informou que "encaminhou a demanda de todos os itens em falta" e garantiu que "há o propósito de não deixar faltar merenda escolar em nossa gestão".

Ele mais uma vez atribuiu o problema à gestão anterior. "A Secretaria está empenhada em solucionar os problemas ocorridos no ano passado. Acredito que, em até 45 dias, tudo seja normalizado, tanto no que se refere ao transporte, quanto à merenda escolar", afirmou.

Rotas
Atualmente há quatro rotas sem transporte e somente três rotas para escolas da rede municipal estão ativas: Escola Rosa Ferreira, Escola Antônio José Soares, Colégio Municipal, CEI Maria Pia e Escola Dom Vicente. Para as escolas da rede estadual, cujo transporte é feito pelo Município, falta transporte para: Colégio Estadual, Violeta Arraes, Teodorico Teles, Presidente Vargas, Liceu do Crato e Virgílio Távora.

Todas essas rotas serão regularizadas, segundo a Secretaria, com a aquisição dos pneus para os micro-ônibus e o conserto de três ônibus.

"Não negamos a existência dos problemas, mas estamos trabalhando forte para solucioná-los o mais breve possível", concluiu o secretário. Os ônibus apresentam falta de motor na porta, falta de pneu, motor de partida com defeito e ausência de bateria. Alguns deles apresentam, ainda, uma estrutura interna precária.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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7 mortes bizarras e a probabilidade de que aconteçam

Recentemente publicamos aqui uma matéria sobre estatísticas malucas relacionadas com a morte. Nela, revelamos alguns números surpreendentes, como o de quantas pessoas morrem todos os anos por ferimentos causados por quedas da cama, ataques de formiga ou devoradas por hipopótamos, por exemplo.

Pois encontramos em diversos sites mais dados interessantes — e macabros, como não? — relacionados com causas de morte bem incomuns e as respectivas probabilidades de que alguém se torne uma das vítimas. É possível que algumas das estatísticas não passem de lendas urbanas, mas não custa nada dar uma olhadinha e se prevenir, não é mesmo? Confira:

1 – Atingido por um coco
Probabilidade: 1 em 250 milhões

Esta aqui pode ser uma das lendas urbanas que mencionamos, mas, se você costuma ficar na sombra de coqueiros, é melhor começar a tomar mais cuidado ou usar um capacete. As supostas estatísticas apontam que cerca de 150 pessoas morrem todos os anos por terem seus “cocos” rachados. Existe até um cálculo sobre a velocidade que esses frutos podem alcançar quando caem das palmeiras: cerca de 80 quilômetros por hora!

2 – Em um acidente nuclear
Probabilidade: 1 em 10 milhões

Por sorte, esses acidentes são bem raros! Contudo, só para você ter uma ideia, o desastre de Chernobyl, ocorrido 1986, afetou a vida de milhões de pessoas. Até hoje se debate sobre o número total de vítimas — um levantamento da ONU previu que 4 mil indivíduos morreriam em decorrência da radiação, enquanto o Greenpeace estimou esse número em 93 mil —, mas a cifra divulgada oficialmente de pessoas que morreram no acidente é de 31 pessoas.

Por sorte — por assim dizer —, esta causa de morte depende muito do país no qual você mora ou escolhe como destino turístico. Contudo, só no ano de 2008 foram registrados 273 ataques terroristas significativos no mundo, resultando na morte de um total de 3.500 pessoas.

3 – Em um ataque terrorista
Probabilidade: 1 em 9,3 milhões

Por sorte — por assim dizer —, esta causa de morte depende muito do país no qual você mora ou escolhe como destino turístico. Contudo, só no ano de 2008 foram registrados 273 ataques terroristas significativos no mundo, resultando na morte de um total de 3.500 pessoas.

4 – Por ser canhoto
Probabilidade: 1 em 4,4 milhões

Apesar de os números acima não terem sido comprovados ainda — portanto, eles podem se tratar de mais uma lenda urbana —, nem por isso esta causa de morte deixa de ser menos surpreendente. Estima-se que aproximadamente 2 mil canhotos morrem todos os anos devido a acidentes com equipamentos criados para destros, e as serras elétricas aparecem como o item mais mortal da lista.

5 – Picado por uma cobra
Probabilidade: 1 em 3,5 milhões

Aproximadamente 400 das cerca de 3 mil espécies de cobras que existem no mundo são peçonhentas. Elas são responsáveis por um número estimado em 5 milhões de picadas todos os anos, e algo por volta de 125 mil pessoas morrem por causa delas. E, só para sanar a sua curiosidade, a Índia é o país com o maior número de vítimas anuais, que giram em torno de 10 a 12 mil pessoas.

6 – Atingido por um raio
Probabilidade: 1 em 1 milhão

Existem pesquisas que apontam que a probabilidade de morrer atingido por um raio pode ser um pouco diferente do que a mencionada acima, girando em torno de 1 em 750 mil. Contudo, se considerarmos que só nos EUA em média 50 pessoas morrem dessa forma por ano, enquanto 54 morrem por ataques de abelha e 65 devido a mordidas de mamíferos, talvez seja mais seguro tomar banhos de chuva do que fazer piqueniques em parques.

7 – Afogado na banheira
Probabilidade: 1 em 685 mil

Eis uma causa de morte cuja probabilidade de alguém ser vítima é um pouco mais alta. Segundo as estimativas, mais pessoas morrem afogadas em suas banheiras do que em piscinas públicas, e os idosos e crianças são os que mais “engordam” esses números.

Mais números
Desastre de avião: 1 em 11 milhões (ufa!);
Acidente de trabalho: 1 em 43,5 mil;
Acidente de trânsito: 1 em 8 mil;
Câncer: 1 em 7;
Problemas cardíacos: 1 em 6.

Fonte: Mega Curioso

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Janot pede inquérito contra Sarney, Renan e Romero Jucá

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu nesta segunda-feira, 6, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a abertura de inquérito contra o ex-presidente José Sarney, os senadores do PMDB Romero Jucá (RR) e Renan Calheiros (AL), e o ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado sob a acusação de embaraço às investigações na Operação Lava Jato.

O pedido se fundamenta no conteúdo do acordo de colaboração premiada na qual Machado detalha manobras de políticos para interferir nas investigações da Operação Lava Jato.

As informações foram divulgadas no site da Procuradoria-Geral da República.

No Termo de colaboração 10, o ex-diretor da Transpetro explicou o conteúdo de cerca de seis horas de conversas gravadas com os caciques peemedebistas, ‘que demonstram a motivação de estancar e impedir, o quanto antes, os avanços da Operação Lava Jato em relação a políticos, especialmente do PMDB, do PSDB e do próprio PT, por meio de acordo com o Supremo Tribunal Federal e da aprovação de mudanças legislativas’.

Segundo o procurador-geral, o objetivo dos congressistas era ‘construir uma ampla base de apoio político para conseguir, pelo menos, aprovar três medidas de alteração do ordenamento jurídico em favor da organização criminosa’ – 1) proibição de acordos de colaboração premiada com investigados ou réus presos; 2) a proibição de execução provisória da sentença penal condenatória mesmo após rejeição dos recursos defensivos ordinários, o que redunda em reverter pela via legislativa o julgado do STF que consolidou esse entendimento; 3) e a alteração do regramento dos acordos de leniência, permitindo celebração de acordos independente de reconhecimento de crimes.

Janot argumenta que há ‘elementos concretos de atuação concertada entre parlamentares, com uso institucional desviado, em descompasso com o interesse público e social, nitidamente para favorecimento dos mais diversos integrantes da organização criminosa”.

Segundo o procurador-geral, Renan, Sarney e Jucá teriam buscado ‘por via legislativa, atingir decisão da Suprema Corte sobre cumprimento das penas após a decisão de 2.ª instância e enfraquecer o instrumento da colaboração premiada, amplamente empregado na Operação Lava Jato’.

Outra forma de obstrução, segundo o pedido de inquérito, consistia na redução de poderes do Judiciário e do Ministério Público mediante a realização de nova constituinte.

Para Janot, ‘trata-se de atos estatais que visam a sabotar o próprio Estado, na sua vertente de repressão ao crime organizado’.

“É chocante, nesse sentido, ouvir o senador Romero Jucá admitir, a certa altura, que é crucial ‘cortar as asas’ da Justiça e do Ministério Público, aduzindo que a solução para isso seria a Assembleia Constituinte que ele e seu grupo político estão planejando para 2018”, afirma Janot.

Já no Judiciário, o grupo peemedebista buscaria cooptar ministros do STF para anistiar envolvidos na investigação ou para assegurar a manutenção da validade das proposições legislativas almejadas, de forma que a Suprema Corte não as declarasse, posteriormente, inconstitucionais.

“Não bastasse a trama para mudar a legislação, os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá e o ex-presidente José Sarney ainda revelam o plano de incluir o Supremo Tribunal Federal, reserva necessária de sobriedade institucional, na costura política de um grande acordo espúrio para evitar o avanço do complexo investigatório”, adverte o procurador.

Com a palavra, Renan Calheiros
“O senador Renan Calheiros esclarece que não fez nenhum ato para embaraçar ou dificultar qualquer investigação e que sempre foi colaborativo, tanto que o Supremo Tribunal Federal já manifestou contrariamente à pedido idêntico.”

Com a palavra, o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay)
O criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro Kakay, defensor dos senadores Romero Jucá e José Sarney, avalia que se houve crime este teria sido praticado pelo ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado, autor das gravações que dão sustentação ao pedido de inquérito do procurador-geral da República Rodrigo Janot, que atribui aos peemedebistas suposta obstrução à Operação Lava Jato.

“Eu acho que esse pedido é um pouco consequência, quase que natural, daquele pedido de prisão (dos peemedebistas) que foi feito (por Rodrigo Janot) e que foi um fiasco. Nas gravações realizadas por Sérgio Machado não tem nenhum sinal de qualquer tentativa de obstrução. Temos que fazer uma reflexão mais profunda sobre essa hipótese de tudo ser obstrução à Lava Jato.”

“Quando se discutia a Lei de Abuso da Autoridade os procuradores foram ao Congresso e alardearam que estava havendo obstrução da Lava Jato. Ora, o projeto é de 2009, a Lava Jato nem existia. Depois, quando se criticava a prisão (de condenados) em segunda instância também vieram os procuradores e alegaram que isso iria paralisar a Lava Jato. Quer dizer, a Lava Jato é importantíssima, seus resultados são fantásticos, mas o País existe também fora da Lava Jato.”

“Pegar senadores discutindo modificação legislativa, que é a função deles, e dizer que estão tramando contra a Lava Jato é o mesmo que três ou quatro advogados criticarem a operação e, por isso, serem acusados de obstruírem a Justiça. Se algum jornalista fizer um olhar mais crítico à Lava Jato vão dizer que ele quer obstruir a Lava Jato.”

“Vivemos um momento crítico. É coisa grave. Virou um país monotemático.”

“Não existe naquelas gravações (de Sérgio Machado) qualquer tentativa de obstrução à Lava Jato. Passa mais perto do crime a atitude de Sérgio Machado, de gravar ilegalmente (as conversas com Jucá, Sarney e Renan). Não vejo no conteúdo das gravações nenhuma tentativa de obstrução. Primeiro, tem que contextualizar as conversas. O Sérgio Machado puxava. dirigia as conversas, criticava, xingava o procurador-geral da República. Falava que tinha medo que baixassem o processo para a primeira instância (Sérgio Moro). Não vejo obstrução ao processo.”

“Eu tenho muita preocupação que tudo passe a ser tentativa de obstrução, de forma que não possamos mais criticar absolutamente nada.”

“Reconheço o valor da Lava Jato, mas não aceito essa alegação frequente de que tudo é uma forma de obstruí-la.”

Fonte: Estadão

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Após 63 semanas preso, ex-presidente da Câmara de Juazeiro do Norte é libertado

Após 436 dias preso, sendo deste total, a grande maioria encarcerado na Penitenciária Industrial e Regional do Cariri (Pirc) o ex-presidente da Câmara Municipal deste município, José Duarte Pereira Júnior, conhecido como Zé de Amélia, foi solto na tarde desta segunda-feira, 06.

Na semana passada, o juiz da 2ª Vara Criminal de Juazeiro do Norte, Péricles Vitor Galvão aceitou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do ex-vereador no Tribunal de Justiça do Estado. Péricles Galvão entendeu que o Zé de Amélia, acusado de envolvimento em vários crimes que, juntos, somam fraude de quase R$ 4 milhões, não oferece risco para o andamento do processo que, apesar de não existir ainda uma data para o julgamento, já está em fase final.

Zé de Amélia foi libertado da Pirc no final da tarde após receber uma tornozeleira eletrônica que vai monitorar seus passos. O réu não poderá sair do município sem prévia autorização da justiça.

Prisão
Zé de Amélia foi preso na noite do dia 28 de novembro de 2015, pela Polícia Federal, no Aeroporto Internacional de Fortaleza – Pinto Martins, no momento em que embarcavam a filha em um vôo. Ele foi detido junto com sua esposa, a ex-vereadora Mirantércia Rodrigues Castelo Branco Sampaio. O casal era considerado foragido desde 2014.

Eles ficaram presos na sede da Polícia na capital cearense e posteriormente foram encaminhados para Juazeiro no Norte. Zé de Amélia é suspeito de envolvimento em um desvio milionário de dinheiro dos cofres da Câmara Municipal, durante os anos em que presidiu a casa.

Pedido negado
Em 05 de janeiro do ano passado, o então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, no exercício do plantão da Corte, negou pedido de liminar solicitando a revogação da prisão preventiva do vereador . Segundo a decisão do ministro, proferida no Habeas Corpus, não estão presentes os requisitos para a concessão de liminar, que, em HC, se dá de modo excepcional.

Ao indeferir a liminar, o ministro Lewandowski citou trechos da decisão do STJ no sentido de que o decreto prisional se encontra devidamente fundamentado na periculosidade do denunciado, não somente em razão da gravidade do crime, mas principalmente em virtude do modus operandi da conduta. Para Lewandowski, “a concessão de medida liminar em habeas corpus exige a presença da plausibilidade jurídica do pedido e do risco da demora (…) tenho por ausentes tais requisitos”.

Entenda
O ex-vereador afastado de suas atividades em abril de 2014 teve prisão decretada em dezembro daquele mesmo ano, acusado de envolvimento em vários crimes que, juntos, somam fraude de quase R$ 4 milhões. Ao todo, Zé de Amelia Júnior, e sua esposa, Mirantércia Rodrigues, são suspeitos de participação em 10 casos de fraude na Câmara de Juazeiro do Norte. Dentre os crimes apurados, estão falsidade ideológica, peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Segundo a investigação criminal, o vereador é apontado como líder de uma organização criminosa que realizava empréstimos consignados fraudulentos, e, para alcançar esse objetivo, outras práticas ilícitas eram necessárias que causaram grande abalo à situação econômica do município. Ainda segundo o acórdão do STJ, consta também no decreto de prisão que Zé de Amélia estaria manipulando as testemunhas visando obstruir a investigação criminal.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Se você bebe para esquecer, está perdendo tempo: O álcool reforça as lembranças ruins

O famoso “beber para esquecer” pode ter se tornado página virada. Embora seja verdade que uma boa bebedeira pode levar a pessoa a não se lembrar de tudo o que fez no dia seguinte, as coisas ruins (exatamente as que queremos apagar da memória) podem se agarrar ao nosso cérebro de modo mais ferrenho do que se não bebêssemos.

É isso que revela um estudo publicado pela revista Translational Psychiatry, elaborado por pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, de Baltimore (EUA). Dividiram ratos de laboratório em dois grupos: um bebeu água durante duas horas, e ao outro foi dada grande quantidade de álcool no mesmo intervalo de tempo. Posteriormente, ambos grupos foram submetidos a um som determinado, seguido por uma descarga elétrica. No dia seguinte, os roedores escutaram o mesmo som, mas dessa vez sem que fosse seguido pelo choque. Os resultados mostraram que os ratos que haviam sido embriagados tinham mais medo (lembravam melhor da descarga) que aqueles que tinham bebido água.

A conclusão do trabalho é que o álcool perpetua a sensação de medo: a extinção dessa recordação exige receptores do neurotransmissor glutamato (substância relacionada à memória), e quando os compostos do álcool se unem a esses receptores, interferem nas sinapses (comunicação neuronal), levando a que os animais que beberam álcool “não se acostumem ao estímulo e não esqueçam a experiência prévia ruim”, explica o neurologista Pablo Irima, diretor da Sociedade Espanhola de Neurologia.

Tal neurotransmissor (envolvido na eliminação da recordação) não se dá bem com a bebida. “O glutamato produz rejeição ao álcool. Costuma-se usá-lo no hospital para que os pacientes parem de beber”, diz o psiquiatra e presidente da Sociedade Espanhola de Psiquiatria, Julio Bobes.

Distrai, mas não apaga os traumas
Que o álcool nos faz recordar as coisas mais facilmente é algo que tinha sido evidenciado por um estudo da Universidade do Texas (EUA) em 2011. De acordo com essa pesquisa, tomar uma dose ativa certas regiões do cérebro relacionadas exatamente ao aprendizado e à memória.

Mesmo assim, a ideia de que beber é uma boa forma de afastar as más recordações é tão difundida que até esse estudo afirma que a maioria das pessoas afetadas por diversos traumas (entre 60% e 80%) ingere álcool compulsivamente. “Muitos pacientes com estresse pós-traumático se embebedam com a finalidade de fugir da situação, esquecer ou dormir com mais facilidade”, acrescenta Irima. E os pesquisadores concluem: “Se os efeitos do álcool nas lembranças desagradáveis forem semelhantes nos humanos, nosso trabalho pode ajudar a entender melhor como funcionam essas memórias e como focar melhor as terapias em pessoas que apresentam estresse pós-traumático”.

Fonte: El País

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Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF

O presidente Michel Temer decidiu indicar o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para a vaga de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

Ele foi escolhido por Temer para o cargo que era ocupado por Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo no dia 19.

A expectativa é que o nome de Moraes seja anunciado ainda nesta segunda (6).

A indicação ganhou força no fim de semana, superando o favorito até então, o presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Ives Gandra Filho.

Nos bastidores, o ministro da Justiça recebeu respaldo de líderes partidários no Congresso e de ministros do próprio STF.

Depois que houver a oficialização de sua indicação, Moraes será sabatinado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e terá seu nome apreciado pelo plenário do Senado.

A expectativa é que ele não tenha dificuldades em ser aprovado.

Entre nomes que eram cotados para a vaga, ele é o mais próximo do presidente Michel Temer.

Como mostrou reportagem da Folha, o advogado, que é filiado ao PSDB, saiu na frente na disputa, ao receber o apoio do ministro do STF Marco Aurélio, que considera Moraes o "nome ideal", pela experiência e bagagem jurídica.

Anos atrás, Moraes criticou a indicação de candidatos ao STF por critérios políticos. Condenou o foro privilegiado, pois entende que os tribunais superiores não foram estruturados para produzir provas em ações penais.

Foi promotor de Justiça, secretário de Segurança Pública e secretário de Justiça no Estado de São Paulo. Como ministro, herdou um sistema penitenciário à beira da explosão. O governo Temer demonstrou que não sabe como enfrentar o caos carcerário no país.

Durante os protestos de rua em 2013, Moraes defendeu as passeatas, mas considerou abusivo impedir o livre acesso das pessoas a aeroportos, rodovias e hospitais.

Em setembro, em Ribeirão Preto (SP), sugeriu, em conversa com integrantes do Movimento Brasil Limpo, conhecer os próximos passos da Lava Jato: "Quinta teve uma [etapa], sexta teve outra, nesta semana vai ter mais. Podem ficar tranquilos", afirmou.

Em seguida, arrematou: "Quando vocês virem esta semana vão se lembrar de mim". Dias depois, a PF prenderia o ex-ministro Antonio Palocci (PT), acusado de receber propina da Odebrecht.

Foi advogado do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em processo sobre uso de documento falso. A ação penal foi arquivada em 2014 pelo Supremo, por insuficiência de prova.

Moraes foi membro do primeiro colegiado do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2005. Indicado pela Câmara Federal, seu nome foi vetado na primeira votação no Senado. Uma manobra política, atropelando o regimento, permitiu que ele obtivesse os votos necessários. A Casa era presidida por Renan Calheiros (PMDB-AL).

Foi o relator da resolução que proibiu o nepotismo no Judiciário. Deu parecer reconhecendo que o CNJ pode instaurar processos, independentemente das corregedorias dos tribunais. Contrariou as associações dos magistrados.

É bem-sucedido no mercado editorial, jovens estudantes e advogados experientes consultam seus manuais de direito constitucional. Um deles está na 32ª edição.

Fonte: Folha.com

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Mulheres deveriam trabalhar no máximo 34 horas semanais, diz estudo

Um estudo realizado pela Universidade Nacional Australiana e publicado na revista “Social Science & Medicine” afirma que o tempo limite de trabalho para desenvolver doenças como depressão e ansiedade é de 39 horas semanais e não 48 como se acreditava até agora. Além disso, a pesquisa aponta que, devido ao tempo gasto entre tarefas profissionais e domésticas – que ainda são vistas como ofício feminino -, as mulheres são ainda mais suscetíveis a estes problemas e deveriam trabalhar no máximo 34 horas por semana.

O documento demonstra que dois terços dos quase 8 mil australianos entrevistados ultrapassam as 40 horas de trabalho. Neste universo, foram analisadas as rotinas de 3828 homens e 4062 mulheres.

Um dos condutores do estudo, o doutor Huong Dinh afirma que as longas jornadas detonam a saúde física e mental, pois as pessoas se alimentam pior e não cuidam do bem-estar como deveriam. “Devido às demandas extras, é impossível que as mulheres cumpram o limite de horas”, diz.

Dados de 2016 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico apontam que as mulheres fazem 4,5 horas “extra” diárias em funções como cozinhar e limpar a casa, enquanto os homens gastam nem a metade disso nas mesmas tarefas.

Os pesquisadores ainda afirmam que para homens que não cumpram tarefas domésticas o limite sobe para 47 horas.

Fonte: UOL

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Negra, pobre e da rede pública fica em 1º em curso mais concorrido da Fuvest e desabafa: "A Casa Grande surta quando a senzala vira médica"

É com uma frase provocativa estampada em uma rede social que Bruna Sena, 17, primeira colocada em medicina da USP de Ribeirão Preto, carreira mais concorrida da Fuvest-2017, comemora e passa um recado de sua conquista: "A casa-grande surta quando a senzala vira médica".

Negra, pobre, tímida, estudante de escola pública, criada apenas pela mãe, que ganha R$ 1.400 como operadora de caixa de supermercado, Bruna será a primeira da família a interromper o ciclo de ausência de formação superior em suas gerações. Fez em grande estilo, passando em uma das melhores faculdades médicas do país.

A mãe, Dinália Sena, 50, que sustenta a casa desde que Bruna tinha nove meses e o pai deixou o lar, está entre a alegria e o pavor. Tem medo que a filha seja hostilizada. "Por favor, coloque no jornal que tenho medo dos racistas. Ela vai ser o 1% negro e pobre no meio dos brancos e ricos da faculdade."

Já a filha mostra-se tranquila. Acredita que será bem recebida e tem na ponta da língua a defesa de sua raça, de cotas sociais e da necessidade de mais oportunidades para os negros no Brasil. "Claro que a ascensão social do negro incomoda, assim como incomoda quando o filho da empregada melhora de vida, passa na Fuvest. Não posso dizer que já sofri racismo, até porque não tinha maturidade e conhecimento para reconhecer atitudes racistas", diz a caloura.

"Alguns se esquecem do passado, que foram anos de escravidão e sofrimento para os negros. Os programas de cota são paliativos, mas precisam existir. Não há como concorrer de igual para igual quando não se tem oportunidade de vida iguais."

George Orwell
Para enfrentar a concorrência de 75,58 candidatos do vaga, Bruna fez o básico: se preparou muito, ao longo de toda sua vida escolar. "Ela só tirava notas 9 ou 10. Uma vez, tirou um 7 e fui até a escola para saber o que tinha acontecido. Não dava para acreditar. Falei com o diretor e ele descobriu que tinham trocado a nota dela com um menino chamado Bruno", orgulha-se a mãe.

George Orwell, autor do clássico "A Revolução dos Bichos", fábula que conta a insurreição dos animais de uma granja contra seus donos, está entre os favoritos da garota, que também gosta de romance e comédia e é fã da série americana "Grey's Anatomy", um drama médico.

No último ano do ensino médio, que cursou pela manhã na escola estadual Santos Dumont, conseguiu uma bolsa de estudos em um cursinho popular tocado por estudantes da própria USP, para onde ia à noite. "Minha escola era boa, mas, infelizmente, tinha todas as dificuldades da educação pública, que não prepara o aluno para o vestibular. Falta conteúdo, preparo de alguns professores. Sem o cursinho, não iria conseguir."

Segundo Bruna, que mora em um conjunto habitacional na periferia de Ribeirão Preto, vários de seus colegas de escolas nem "nem sabem que a USP é pública e que existe vestibular para passar".

Com ajuda financeira de amigos e parentes, Bruna fazia kumon de matemática, mas o dinheiro não deu para seguir com o curso de inglês. "Tudo na nossa vida foi com muita luta, desde que ela nasceu, prematura de sete meses, e teve de ficar internada por 28 dias. Não tenho nenhum luxo, não faço minhas unhas, não arrumo meu cabelo. Tudo é para a educação dela", declara a mãe.

Ainda segundo Dinália, "alguns conhecidos ajudaram. Uma amiga minha sempre dava livros para ela. Uma vez, essa amiga colocou R$ 10 dentro de um livro para comprarmos comida e escreveu: 'Bruna, vence a vida, não deixe que ela te vença, estude'".

Futuro
A opção pela medicina aconteceu há cerca de um ano, por influência de professores do cursinho popular que frequentou o CPM, ligado à própria Faculdade de Medicina da USP-Ribeirão. "Claro que não sei ainda qual especialidade pretendo seguir, mas sei que quero atender pessoas de baixa renda, que precisam de ajuda, que precisam de alguém para dar a mão e de saúde de qualidade", declara.

Engajada na defesa de causas sociais como o feminismo, o movimento negro e a liberdade de gênero, a adolescente orgulha-se do cabelo crespo e de sua origem, mas é restrita nas palavras sobre o pai, que não paga pensão e não a vê há anos. "Minha mãe ralou muito para que eu tivesse esse resultado e preciso honrar isso. Sou grata também a minha escola, ao cursinho. Do meu pai, nunca entendi o desprezo, me incomoda um pouco, mas agora é hora de comemorar e ser feliz."

Fonte: Folha.com

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Juazeiro do Norte (CE): Novo limite de velocidade entra em vigor

A sinalização deste município, que indica o limite de velocidade com teto de 50km/h, já está em vigor. Agora cabe aos motoristas redobrarem a atenção nas vias municipais já que, se por acaso for gerada alguma notificação, as multas por excesso de velocidade não serão mais arquivadas.

Iniciada em primeiro de fevereiro, as notificações que forem geradas pelos motoristas que forem flagrados descumprindo o limite de velocidade de 50km/h, serão penalizados por terem descumprido o artigo 218 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), com multas que variam de R$ 130,16 a R$ 880,41.

Segundo relatórios recentes da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) “no Brasil, o trânsito tira mais de 40 mil vidas por ano, o que corresponde a uma taxa superior a 22 óbitos por grupo de 100 mil habitantes, acima da média das américas (15,9 por 100 mil habitantes), dos países de média e baixa renda (20,1 e 18,3 por 100 mil habitantes, respectivamente) e mais que o dobro dos países de alta renda (8,7 por 100 mil habitantes)”.

Com o intuito de reduzir o número de acidentes e atendendo ao pedido da OPAS/OMS, para manutenção do limites de velocidade em vias urbanas, iguais ou inferiores a 50 km/h, o Poder Público de Juazeiro do Norte, após uma série de estudos realizados pelo Departamento Municipal de Trânsito (DEMUTRAN), também acatou essa mudança e espera uma melhora no trânsito da nossa cidade.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Motoristas "versus" motociclistas: o que um deveria saber sobre o outro

A guerra entre a turma do guidão e a do volante está nas ruas, e como todas as guerras foi deflagrada por ignorância, falta de lucidez e muita, mas muita intolerância. Especialmente nas grandes cidades do Brasil, quem se vale da motocicleta como meio de locomoção enfrenta um aparente descaso dos que optam pelos veículos de quatro rodas.

Já quem prefere se mover de carro está farto da atitude de muitos motociclistas, que parecem não saber conduzir sem doses cavalares de agressividade e inconsequência. No fim, como em todas as guerras, muitos sofrem, todos perdem e ninguém tem razão.

Diz o CTB (Código de Trânsito Brasileiro) que o grande deve cuidar do menor, e este do menor ainda. Na prática não funciona sempre assim. 

Deveríamos saber que o bom senso é um ingrediente do qual não se pode abrir mão quando o assunto é convívio. Por opção ou obrigação escolhemos viver em sociedade, mas ela exige respeito às diferentes escolhas e individualidades. O pedestre deve respeitar para ser respeitado; o ciclista, saber das qualidades de seu veículo e também de suas limitações.

Porém, nas grandes metrópoles talvez a tarefa mais difícil seja fazer com que um motorista que jamais andou de motocicleta perceba quanto é crítica a condição de pilotagem delas. Duro também será dar ao motociclista que de carro só andou de carona a noção da dificuldade que é dirigir um carro.

Motociclistas e automobilistas são rivais mortais na cena urbana e, infelizmente, esta não é uma metáfora. As fatalidades fazem mais vítimas do lado mais fraco, mas que nem por isso têm maior ou menor razão. Nesta guerra todos temos culpa.

O que o motociclista precisa saber
Do lado de quem pilota motocicletas a primeira coisa é estar convencido que na "briga" coms os carros a parte fraca é ele, que não tem para-choque ou habitáculo para protegê-lo. O confronto, portanto, não vale a pena.

Pilotar cuidadosamente e 100% concentrado são regras básica. Já disse muitas vezes e vale a pena repetir: existem muitos motociclistas experientes e muitos motociclistas arrojados. Infelizmente poucos arrojados têm sorte de virarem experientes.

A consciência de que pilotar uma motocicleta é um exercício de delicado equilíbrio, que exige respeito à máquina e aos limites pessoais, é só uma metade da missa. A outra é lembrar que há mais fatores de risco: os outros, o piso, as intempéries etc.

Regra saudável para todo motociclista é o ver e ser visto. Está atrás de um carro? Busque ficar em um ponto onde você enxergue os olhos do motorista nos espelhos retrovisores. Se você os vê, poderá ser visto. Fugir dos pontos cegos é garantia de sobrevivência.

Ainda sob o tema "ser visto", bato na manjada tecla dos trajes claros, do cuidados maníacos que motociclistas devem ter com o sistema de iluminação de suas motos, com o estado e qualidade dos pneus e com a manutenção em geral.

Reiterando: somos a parte frágil e nenhum aspecto de segurança pode ser desmerecido. "Guerra" entre carro e moto, entre motorista e motociclista, representa perda para todos, mas certamente quem sai mais ferido é quem está ao guidão.

O que o motorista precisa saber
Já os que dirigem carros e jamais pensaram em montar numa moto deveriam ter consciência de que uma motocicleta com um ser humano agarrado a ela não se constitui automaticamente um "inimigo".

A buzinada incômoda, o espelho retrovisor deslocado ou quebrado ou o gesto obsceno feito por alguns poucos imbecis mal-educados não devem servir para a uma injusta generalização.

Nem todo motociclista é um selvagem, mas todos são muito frágeis. Assim, manter distância é uma regra de ouro: por mais que motos passem rente aos carros, a recíproca não pode ser verdadeira, sob pena gerar um grande problema.

Outro pecado comum cometido por automobilistas é a mudança de direção sem a devida sinalização e/ou de modo brusco: quem nunca andou de moto não faz ideia de como é crítica a situação de, imprevista e abruptamente, ter que desviar de uma massa de metal de mais de uma tonelada rumando para cima de você.

Fonte: Coluna O Motociclista/UOL

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Quem bebe café tem menos problemas cardíacos e vive mais, diz estudo

Quer evitar doenças do coração e aumentar sua longevidade? Continue bebendo aquele sagrado cafezinho. Um estudo publicado na revista Nature mostra que o consumo de café pode reverter a tendência de inflamações crônicas e doenças cardiovasculares que surgem com o avançar da idade.

Já era de conhecimento da medicina que mais de 90% das doenças não-transmissíveis do envelhecimento estão associadas à inflamação crônica. Diversos artigos científicos apontam que a inflamação crônica contribui para o aparecimento de diferentes tipos de câncer, mal de Alzheimer e outras demências, osteoartrite e até mesmo depressão, além de doenças cardiovasculares.

Muito já foi estudo sobre a contribuição da ingestão de cafeína para a longevidade. Agora, o time de pesquisadores liderados David Furman e Mark Davis, da faculdade de medicina de Stanford, revelaram uma provável associação entre as doenças decorrentes da inflamação, a longevidade e o café.

De acordo com o estudo, os ácidos nucleicos - moléculas que servem como tijolos dos nossos genes – sofrem degradação ao longo da velhice. Os "restos" desse metabolismo do gene circulando pelo sangue desencadeiam o processo inflamatório que leva a doenças cardiovasculares e outras doenças. Ao injetarem essas substâncias em ratos, os pesquisadores verificaram o surgimento de inflamações sistêmicas, aumento da pressão arterial e estragos nos rins, dentre outras consequências.

Curiosamente, os componentes da cafeína bloqueiam a ação dos ácidos nucleicos. A própria estrutura da cafeína é semelhante à estrutura deles. Assim, o consumo de cafeína reverteria a tendência natural do corpo a inflamações e desenvolvimento de doenças.

O estudo
Para avaliar a associação entre cafeína, inflamação e longevidade, os pesquisadores realizaram análises de amostras de sangue, dados de relatórios médicos e históricos familiares de mais de 100 participantes. Foram vários anos de estudo. Foi revelada, assim, a existência do mecanismo inflamatório associado com o envelhecimento humano em doenças crônicas.

Também foi possível notar que nem todas as pessoas mais velhas eram acometidas pelo processo inflamatório. Para quem não gosta do sabor amargo, chá preto e chocolate escuro contêm compostos semelhantes à cafeína, dizem os pesquisadores.

Fonte: UOL

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Lula: "Marisa morreu triste por conta da canalhice que fizeram com ela"

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu neste sábado (4), defender a sua imagem e a da ex-primeira-dama Marisa Letícia, em meio a acusações de corrupção levantadas pelas investigações da Operação Lava Jato. Na quadra do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), onde foi realizado o velório de Marisa, Lula se emocionou ao lembrar da história de sua mulher, com quem esteve por 43 anos, e afirmou que não tem medo de ser preso.

"Marisa morreu triste, por conta da canalhice e da maldade do que fizeram com ela", disse Lula. Sem citar a força-tarefa da Lava Jato ou o juiz Sergio Moro, responsável pela maior parte dos casos em que ele e Marisa são investigados, Lula disse que vai lutar para que "os facínoras tenham um dia a humildade de pedir desculpas".

Em dezembro, Marisa Letícia se tornou ré, ao lado de Lula, em uma investigação da Lava Jato. Como tem feito desde o início das acusações, Lula reafirmou sua inocência. "Se alguém neste país tem medo de ser preso, este que está enterrando sua mulher hoje não tem", afirmou o ex-presidente. "Tenho a consciência tranquila e não sou eu que tenho que provar que sou inocente. Eles que precisam provar que as mentiras que estão contando são verdadeiras"

Em sua última declaração, em meio às lágrimas, Lula falou diretamente com Marisa Letícia. "Companheira, descanse em paz. O seu Lulinha paz e amor vai continuar lutando muito para defender sua honra e sua imagem", afirmou. Na sequência, o local do velório foi tomado pela comoção e por gritos de "Olê, olê, olá, Lula, Lula" e "Marisa, Marisa".

Antes, Lula o simbolismo do Sindicato dos Metalúrgicos, local onde conheceu Marisa. "Aqui eu aprendi a falar, perdi o medo do microfone, aqui decidimos combater a ditadura, criamos o novo sindicalismo, pensamos em criar a CUT, criar o PT, e todas as greves que foram feitas", disse.

Lula lembrou o passado humilde de Marisa, que começou a trabalhar aos 11 anos como empregada doméstica, e agradeceu o apoio dela em sua trajetória. "A Marisa sustentou a barra para que eu me transformasse no que me transformei", disse Lula.

"Sou o resultado da consciência política dos trabalhadores brasileiros. Sou resultado das greves, mas também de uma menina que parecia frágil, mas que me deu a segurança que eu podia viajar pra apoiar candidatos, para apoiar greves, criar sindicatos, que ela seguraria a barra".

Lula relembrou as histórias de nascimento de seus três filhos e contou que não acompanhou nenhum dos partos por conta dos compromissos políticos. "Nunca estive presente, por causa do PT, da CUT, das greves", disse. "Às vezes sinto culpa, mas às vezes acho que é assim mesmo".

O ex-presidente disse que pensou em nomear Marisa como ministra, mas que sempre desistiu da ideia. Ainda assim, afirmou ele, "ela tinha muito mais importância que os ministros". "Ela sempre me dizia: Lula, não esqueça nunca de onde você veio e pra onde você vai voltar'", afirmou.

Marisa (1950-2017)
De humilde família de sitiantes, que migraram da Itália para o Brasil, Marisa Letícia nasceu em 7 de abril de 1950 em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Aos nove anos, começou a trabalhar como babá na casa de um sobrinho do pintor Cândido Portinari.

Quatro anos mais tarde, tornou-se operária de uma fábrica de chocolates. Casou-se pela primeira vez com o motorista Marcos Cláudio da Silva, com quem teve um filho. O garoto não chegou a conhecer o pai, assassinado enquanto dirigia o táxi da família. A jovem mãe perdeu o marido enquanto estava no quarto mês de gestação.

Marisa conheceu Lula em 1973, ao ir para o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo carimbar documentos da pensão que recebia. O ex-presidente costuma contar que, quando soube que a esbelta mulher de 23 anos era viúva, fez questão de deixar cair um documento que mostrava que ele também era viúvo. O episódio serviu de justificativa para iniciar a conversa, que não tardou a evoluir para um longevo relacionamento.

Os frutos da união de mais de 40 anos são os três filhos do casal: Fábio, Sandro e Luís Cláudio. O ex-presidente também adotou o primeiro filho de Marisa Letícia, Marcos Lula, que tinha apenas dois anos quando o então líder sindical a conheceu.

Inicialmente avessa à política, Marisa preocupava-se com a segurança de Lula quando eclodiram as greves do ABC Paulista. Em 1980, chegou a liderar uma passeata das mulheres em apoio aos sindicalistas presos no Departamento de Ordem Política e Social (Dops), que integrava o aparato repressivo da ditadura. Nesse mesmo ano, participou de um curso de Introdução à Política Brasileira, promovido pela Pastoral Operária de São Bernardo, e filou-se ao recém-criado Partido dos Trabalhadores.

Dedicada à família, Marisa teve uma atuação discreta nas primeiras disputas eleitorais de Lula. Em 2002, com os filhos já adultos, pôde se dedicar com mais afinco à campanha presidencial do marido. Em 1º de janeiro de 2003, tornou-se primeira-dama do Brasil.

Nos últimos meses, Marisa vinha sofrendo ao lado de Lula a pressão das investigações da Operação Lava Jato. Em dezembro, também ao lado do ex-presidente, foi convertida em ré pelo juiz federal Sergio Moro, sob a acusação de lavagem de dinheiro. De acordo com a denúncia, o casal adquiriu um imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente, em São Bernardo, com recursos da empreiteira Odebrecht. A acusação é negada com veemência pela defesa de Lula, que diz que imóvel é alugado.

"A pressão e a tensão fazem as pessoas chegarem ao ponto que a Marisa chegou. Mas isso não vai fazer eu ficar chorando pelos cantos. Vai ficar apenas batendo na minha cabeça, como mais uma razão para que a luta continue", desabafou Lula na segunda-feira 30, durante um encontro com representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens. Foi a primeira aparição pública do ex-presidente após a mulher sofrer o AVC.

Fonte: Carta Capital

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