Anvisa proíbe termômetros e aparelhos de pressão com mercúrio

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na terça-feira uma resolução que proíbe a fabricação, importação e comercialização de termômetros e medidores de pressão que utilizam mercúrio. A medida valerá a partir de 2019. De acordo com a agência, já existem no mercado outras opções de equipamentos com a mesma finalidade e que não utilizam a coluna de mercúrio.

Em junho do ano passado a Anvisa abriu uma consulta pública para discussão da proposta. O mercúrio é uma substância tóxica para os humanos e para o meio ambiente. Na natureza, ele pode se ligar a outros elementos químicos e formar o metilmercúrio, uma forma que pode ser ainda mais nociva.

De acordo com o Ministério da Saúde, o metilmercúrio é capaz de prejudicar os rins, fígado e sistema nervoso central. Isso pode causar a perda da coordenação motora, dificuldades na fala e na audição, perturbações sensoriais, fraqueza muscular e até mesmo levar à morte.

Convenção de Minamata
A proposta faz parte do acordo assinado em 2013 na Convenção de Minamata. Cerca de 140 países participantes, entre eles o Brasil, assumiram compromisso em reduzir emissões de mercúrio até 2020, a fim de evitar possíveis danos à saúde e ao meio ambiente. O tratado faz referência aos problemas de saúde, inclusive em crianças, relatados na cidade de Minamata, no Japão, por conta de descarte indevido de mercúrio por uma indústria da região.

No Estado de São Paulo, uma lei de 2014 já havia proibido o uso de aparelhos com mercúrio nos serviços de saúde. Agora, a agência prevê até janeiro de 2019 o prazo para a substituição desses equipamentos em todo o território nacional.

Aparelhos digitais
A Anvisa recomenda a troca desses produtos por aparelhos digitais, que têm a mesma precisão. Hoje, no Brasil, há apenas uma empresa que possui registro para venda de um aparelho de pressão com mercúrio e outras duas com registro de termômetro com mercúrio importado. Já em relação aos formatos digitais, existem 63 registros de termômetros e 42 de aparelhos para pressão, segundo informações da Folha de S.Paulo.

No entanto, o termômetro digital custa quase o dobro daquele feito com coluna de mercúrio segundo a Agência Brasil. Enquanto o primeiro custa aproximadamente 20 reais, o segundo é vendido por cerca de 10 reais. O aparelho digital, alimentado por bateria, tem a vida útil mais curta que a de um termômetro de mercúrio, que, se não sofrer quedas, pode durar, como dito pelo próprio vendedor, “a vida toda”.

Fonte: Veja.com

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Conheça a história por trás da icônica foto de Einstein mostrando a língua

A fotografia mais conhecida por popularizar Albert Einstein no mundo, aquela em que aparece mostrando a língua, completa hoje 66 anos que foi clicada.

A cena foi capturada pelo fotógrafo da United Press International (UPI), Arthur Sasse, depois de um evento na Universidade de Princenton, nos EUA, em comemoração ao aniversário de 72 anos do físico, em 1951.

Os relatos da época, registrados por pesquisadores, indicam que o fotógrafo e outros profissionais ao acompanharem as solenidades durante o dia pediram para que Einstein sorrisse para as câmeras diversas vezes, afim de que ficasse com um "rosto mais simpático" nas cenas das comemorações.

Cansado de sorrir durante todo o dia para os fotógrafos, ele disse: "Já basta! É suficiente!" Como a frase não encerrou o ímpeto dos profissionais que o acompanhavam, teve uma reação ainda mais intensa, que foi mostrar a língua. O gesto foi um "protesto" aos fotógrafos que estavam cobrindo o evento.

A foto do maior cientista da história com a língua de fora é tão conhecida no mundo quanto sua fórmula E=mc², a famosa equação que determina a relação da transformação da massa de um objeto em energia. O físico alemão também foi ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1921 e eleito pela Revista Time como a personalidade do século XX.

Einstein não conseguia entender como havia se tornado tão popular no mundo escrevendo livros de interesse tão restrito, difícil de serem compreendidos pela maioria das pessoas. A fotografia se tornou tão famosa porque contrapõe a genialidade do cientista com a ingenuidade da brincadeira de uma criança.

Cartão postal
O mais curioso é que Einstein, realmente, gostou da fotografia. Ele utilizou a imagem, recortando as demais pessoas que estavam na cena e deixando apenas o seu rosto, para a produção de cartões postais, que enviava aos seus amigos.

Na fotografia original estavam ainda o ex-diretor do Instituto de Estudos Avançados, dr. Frank Aydelotte e sua esposa, além de Einstein.

Fonte: Guia do Litoral/UOL

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Relatos históricos apontam que caixa dois já abastecia o golpe militar de 1964

"Cada um trazia duas maletas, uma em cada braço. No total, seis maletas. (...) Mandei abrir. Começou uma briga, mas olhei e vi que era só dólar, dólar, dólar. Todas elas cheias de dólares. Amarradinhos do banco, aqueles pacotes de depósito bancário. Um milhão e 200 mil dólares."

A frase acima foi dita pelo coronel reformado Elimá Pinheiro Moreira à Comissão de Verdade da Câmara Municipal de São Paulo em 18 de fevereiro de 2014. Segundo ele o dinheiro --uma quantia que ajustada para os valores de hoje estaria em torno de R$ 9,5 milhões-- fora levado em 30 de março de 1964 pelo então presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Raphael de Souza Noschese, para financiar o apoio do general Amaury Kruel, que havia sido chefe do gabinete militar e ministro da Guerra de João Goulart e comandava o 2º Exército, em São Paulo. Até então, Kruel, que jurava fidelidade ao governo de Jango, seu compadre, aderiu ao movimento que derrubou o governo democrático e instaurou o regime militar.

A "colaboração", feita com caixa dois de empresas coletado pelas federações de indústria, comércio e agricultura paulistas, corrobora o que Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro e hoje preso em Curitiba por envolvimento na Operação Lava Jato, e o empresário Emílio Odebrecht afirmaram: caixa dois em ações políticas sempre existiu.

O episódio de 1964 é o primeiro, no entanto, em que alguns participantes admitiram que houve o financiamento "por fora" --um dos termos usados para caixa dois.

A expressão na política é relativamente recente. Jargão contábil, o caixa dois --ou dinheiro não declarado oficialmente, ao contrário do "caixa um"-- começou a ser usado para designar os tais "recursos não contabilizados" na política partidária a partir dos anos 1980. É de 1982 a primeira menção à prática em jornais: na coluna econômica de Joelmir Beting na "Folha de S.Paulo".

"Ninguém doava dinheiro de lucro", afirmou o ex-governador paulista Paulo Egydio Martins à Comissão de Verdade da Câmara Municipal de São Paulo, dizendo que o valor provinha de caixa dois das empresas. Na época, Egydio Martins era diretor da Associação Comercial de São Paulo.

"Trabalhávamos junto com a federação das indústrias e a sociedade rural. O 2º Exército estava no chão, sem verba para compra e equipagem dos caminhões, sem pneus, carburadores, gasolina. Montei um grupo de coordenação e as fábricas desses produtos doaram para recolocar o 2º Exército em condições operacionais. A reequipagem do Exército ocorreu já no fim do processo conspiratório. Apesar de o general Amaury Kruel ser amigo e compadre do presidente. Tudo feito às escâncaras (de modo transparente)", afirmou Egydio Martins em 23 de novembro de 2013.

Elimá, morto há dois anos, morava numa casa no Paraíso, zona sul de São Paulo, quando falou sobre o tema, em 2014. Na época com 94 anos, fora aconselhado pela família a não contribuir para a comissão. O presidente do colegiado, o hoje secretário do Meio Ambiente da gestão João Doria (PSDB), Gilberto Natalini (PV), disse que Elimá o levou para o quarto e apontou para a parede: "Aquela é minha farda. Eu nunca tive coragem de vesti-la novamente. O meu Exército não é aquele que me traiu".

Rodovias para o caixa dois
A presença do caixa dois na política brasileira, no entanto, é anterior ao golpe. Autor do livro "Estranhas Catedrais - As Empreiteiras Brasil e a Ditadura Civil-Militar, 1964-1988", publicado pela Editora UFF, o professor de história da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) Pedro Henrique Pedreira Campos diz que a afirmação de Sergio Machado sobre 1946 ser o início de tudo tem fundamento. "É um marco importante porque é criado o Fundo Rodoviário Nacional, que é o criadouro natural das empreiteiras brasileiras."

O empreiteiro Marco Paulo Rabello, por meio da construtora que levava seu sobrenome, foi o grande nome dessa era, com as grandes obras de JK --o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, e uma boa parte da estrutura da nova capital federal, Brasília, inaugurada em 1960: o Palácio do Planalto, o Palácio do Alvorada, o Palácio do Jaburu, a Catedral Metropolitana e o Supremo Tribunal Federal. "A figura do JK é bem particular", diz Campos. "Foi um presidente que teve obras importantes, com o poder das empreiteiras muito expresso."

No livro "Minha Razão de Viver", o jornalista Samuel Wainer, dono do jornal "Última Hora" e morto em 1980, se lembra de uma passagem na Era JK. "Estava às voltas com dívidas junto ao Banco do Brasil. Um alto funcionário da instituição passou-me uma informação: havia um empresário estreitamente ligado ao presidente, empreiteiro de obras públicas, que costumava socorrer amigos comuns em apuros. Seu nome: Marcos Paulo Rabello. (...) Fui ao encontro do Rabello, que a princípio tentou negar qualquer ligação com Juscelino. Ao constatar a inutilidade da negativa, tornou-se bastante receptivo e sugeriu que eu lhe vendesse 45% da minha empresa. (...) Naquele momento, conheci uma figura indispensável à decifração dos segredos do poder no Brasil: o empreiteiro."

Empreiteiras passam a bancar campanhas eleitorais
Na ditadura, as grandes empreiteiras estrangeiras deixaram de colaborar com as obras públicas, que passam a um seleto clube de empreiteiras. Segundo a revista "O Empreiteiro", três grandes construtoras se revezaram no posto de maior do Brasil entre 1971 e 1984, período de execução das grandes obras de infraestrutura do Brasil: Camargo Correa (líder 12 vezes em 14 anos), Andrade Gutierrez e Mendes Júnior.

A Odebrecht figuraria na primeira posição após o restabelecimento da democracia, em 1985. Mesmo assim, deu um salto emblemático a partir de 1971, com a construção da Ponte Rio-Niterói: passaria de 19ª construtora do Brasil em 1971 para a terceira colocação apenas dois anos depois.

Com a Constituição de 1988 e a instituição do chamado "presidencialismo de coalização", em que só se governa com um amplo leque de alianças, os custos foram passados também para as alianças no Legislativo e nas campanhas eleitorais. "A consolidação desse processo [de caixa dois] se dá nos anos 1980", afirma o professor da FGV Eaesp (Fundação Getúlio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo) Marcos Fernandes Gonçalves da Silva.

"A novidade a partir dos anos 1990 é quanto os marqueteiros ganham. Era tudo modesto, e de repente os custos são todos inflacionados porque eles entram no esquema, em um conluio com empreiteiros e classe política", diz o professor. "Há um conluio criminoso e uma ótima maneira de esconder grana, porque o valor [do marqueteiro] é subjetivo."

A reportagem procurou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para comentar a respeito da prática de caixa dois e recebeu a seguinte resposta da assessoria: "Não existem condenações por caixa dois especificamente, pois não é uma tipologia de condenação na Justiça Eleitoral. Confira áudio de entrevista do ministro Gilmar Mendes acerca do tema". Mendes, na ocasião, afirmou que "corrupção pressupõe ato de ofício, então alguém pode fazer a doação [por caixa dois] sem ser corrupção".

Já a Fiesp disse, em nota, que "não comete ilegalidades e nem compactua com elas". "Sua atual gestão desconhece qualquer episódio de envolvimento da entidade em atos ilegais nos governos militares ou em qualquer período, presente ou passado. A Fiesp tem se pautado pela rigorosa defesa do Estado de Direito e trabalha pelo desenvolvimento de São Paulo e do Brasil. Se tiverem existido, eventos do passado que contrariem esses princípios devem ser submetidos às devidas apurações."

Também por meio de nota, o Comando Miliar do Sudeste, sucessor da 2ª Região do Exército em São Paulo disse "não ter conhecimento dos fatos narrados". "A Revolução Democrática de 31 de Março de 1964 ocorreu há mais de 50 anos, portanto já faz parte da História. As opiniões citadas representam posicionamentos pessoais, sendo de responsabilidade exclusiva de quem as emitiu. Cumpre destacar, ainda, que o Exército brasileiro não compactua com qualquer tipo de irregularidade, repudiando veementemente fatos desabonadores da ética e da moral que devem estar presentes na conduta de todos os seus integrantes. A força terrestre empenha-se, rigorosamente, para que eventuais desvios de conduta sejam corrigidos, dentro dos limites da lei."

Fonte: UOL

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Paga de pobretão mas ostenta nas redes sociais? Cuidado! A Receita tá de olho

A Receita Federal vai cruzar informações do Imposto de Renda de quem gosta de ostentar nas redes sociais. O ‘Big Brother’ da Receita pode levar muita gente para a malha fina.

Aquela selfie no carrão, lanchas, champanhe, muito glamour, os fiscais da Receita estão vendo. E quem tem vida de luxo nas redes sociais e de pobretão na declaração de Imposto de Renda pode ter problemas.

Os fiscais da Receita cruzam essas informações desde o ano passado e não contam quantos já foram pegos, exatamente porque não resistiram à ostentação.

O engenheiro Marco Túlio Granja, como muita gente, navega muito pelas redes.

“Sempre postando fotos e compartilhando os momentos”, diz.

O que ele não sabia é que a Receita está de olho no que os contribuintes andam postando.

“Não sabia disso, não sabia mesmo, caramba”, surpreende-se Marco.

Mas ele e a maquiadora Mayara Sampaio não estão nem aí.

“Não tenho o que temer também não, eu declaro tudo bonitinho, tudo certinho, como tem que fazer mesmo, diz Mayara.

Isso mesmo. Quem não deve, não teme. É como explica o produtor cultural Igor Rodrigues.

“Tem bastante gente que ostenta bastante e com certeza algumas coisas não são declaradas, e ficam ostentando aí”, diz Igor.

Esse é o foco da Receita em mais essa temporada de declaração do Imposto de Renda que começou na semana passada.

É em uma sala da Receita Federal mostrada na reportagem que as declarações que vão chegando são monitoradas. E em um ambiente de segurança máxima, supercomputadores analisam as informações enviadas pelos contribuintes.

No processamento das declarações do Imposto de Renda, esses computadores estão programados para cruzar todos os dados dos contribuintes e identificar eletronicamente qualquer caso suspeito de fraude.

A partir dos dados coletados pelo sistema, os auditores vão se deter sobre as declarações que levantaram suspeita e comparar os dados do contribuinte com o que ele posta nas redes sociais.

O coordenador geral de Fiscalização da Receita Federal, Flávio Vilela, afirma que isso tem sido de grande ajuda ao trabalho de identificar possíveis sonegadores. Ele mostra uma tela com um emaranhado de conexões que um contribuinte investigado pode ter. A partir de um dado, várias pessoas são investigadas. Assim, muita gente acaba caindo de uma vez só na malha fina.

“O auditor fiscal, na experiência dele, ele fiscalizando, ele identifica, ele vai trabalhando o contribuinte que não tem patrimônio, ele está lá, ele enxerga na rede social, ou dele ou dos filhos, geralmente pessoas relacionadas informando que tem um iate, que tem uma propriedade em tal lugar, um filho, ‘eu viajei para a casa do meu pai na praia, ou numa ilha’, ou em tal situação, você consegue localizar o patrimônio dessa pessoa e fazer esse vínculo”, explicou Flávio Vilela.

A Receita não dá detalhes, até para não atrapalhar as investigações, mas dois mil ‘contribuintes-ostentação’ já foram pegos porque se exibiram nas redes sociais, contrariando o que estava na declaração de Imposto de Renda.

E o contrário – acredite – já aconteceu também. Teve o caso de uma pessoa que apresentou uma declaração de milionário, com patrimônio, na empresa, de R$ 100 milhões. Mas na rede social estava fazendo um churrasquinho na laje, singelo demais. A Receita Federal descobriu que se tratava de um “laranja”.

Fonte: G1 

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Anvisa suspende remédio por cacos de vidro dentro da embalagem

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu um lote do medicamento Pantocal depois que usuários relataram presença de caco de vidro na versão 40 mg pó liofilizado para solução injetável.

Distribuição, comercialização e uso do lote 463128 (fases A e B), fabricado pela empresa Eurofarma Laboratórios S.A. estão suspensos por determinação da agência. Todo o estoque existente no mercado deverá ser recolhido.

O medicamento é indicado para alívio de sintomas por problemas estomacais, gastrites, tratamento de doença por refluxo gastroesofágico sem esofagite e prevenção de lesões agudas no revestimento do estômago, de acordo com informações da bula.

Fonte: Infomoney

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Pesquisa na Bacia Sedimentar do Araripe rende artigo em renomada revista internacional

Intitulado "Novos dados sobre a anatomia do caule e folha de duas coníferas do Cretáceo Inferior da Bacia do Araripe, Nordeste do Brasil, e suas implicações taxonômicas e paleoecológicas (https://goo.gl/odNjee), o artigo é resultado de pesquisa realizada por integrantes de instituições nacionais e estrangeira: além de Maria Edenilce (UFC), Delmira da Costa Silva (Universidade Estadual de Santa Cruz), Marcos A. F. Sales (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Artur A. Sá (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal), Antônio A. F. Saraiva (Universidade Regional do Cariri) e Maria Iracema Bezerra Loiola (UFC).

Maria Edenilce Peixoto Batista é orientada pela Profª Maria Iracema Bezerra Loiola e vinculada ao Laboratório de Sistemática e Ecologia Vegetal (Lasev) da UFC.

O artigo aborda características anatômicas de Pseudofrenelopsis e Brachyphyllum, duas coníferas fósseis datadas do Cretáceo Inferior e encontradas na Formação Crato da Bacia Sedimentar do Araripe, no Nordeste brasileiro. Pseudofrenelopsis inclui, até agora, P. capillata e espécies indeterminadas, enquanto Brachyphyllum é representado principalmente por B. obesum, o megafóssil vegetal mais comum presente nessa unidade estratigráfica. Juntamente com algumas implicações paleoecológicas, os dados sugerem a presença de mais de uma espécie de Pseudofrenelopsis na flora pretérita da Bacia do Araripe e, ainda, corroboram o posicionamento taxonômico de B. obesum dentro da família Araucariaceae, a qual inclui atualmente o pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia).

Os resultados apresentados no estudo advêm de pesquisa empreendida desde o mestrado de Maria Edenilce, bem como dos primeiros dados obtidos durante seu doutorado em andamento. Os próximos passos da pesquisa incluem a análise macro e microscópica de outros espécimes de plantas fósseis da bacia sedimentar em questão e a comparação destes com espécimes de coleções internacionais.

Segundo Maria Edenilce, ao fim de sua pesquisa de doutorado, espera-se que a flora que havia há mais de 100 milhões de anos na Bacia Sedimentar do Araripe esteja mais bem caracterizada em termos de diversidade florística e estratégias adaptativas às condições paleoecológicas da época.

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Justiça decide se abre ação penal contra Moro a pedido de Lula

A Justiça decide na próxima quinta-feira (9) se abre uma ação penal contra o juiz federal Sergio Moro por abuso de autoridade, em atendimento a uma queixa-crime apresentada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua família.

O processo –a cargo do TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região, em Porto Alegre (RS)– corre em segredo de Justiça. Os advogados do ex-presidente chegaram a pedir que o julgamento fosse aberto ao público.

No entanto, o tribunal decidiu mantê-lo em segredo sob o argumento de que essa foi uma orientação do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, morto em janeiro deste ano em um acidente aéreo.

Então relator do processo da Lava Jato, Teori recomendou que todas as ações que envolvessem o sigilo telefônico da família de Lula ocorressem em segredo de Justiça.

A quebra do sigilo de interceptações telefônicas de Lula e seus familiares é o alvo da queixa-crime proposta pelos advogados de Lula.

Vazamentos
A defesa do ex-presidente reclama da divulgação de conversas entre Lula e a então presidente, Dilma Rousseff (PT), alegando que o Supremo Tribunal Federal considerou ilegal a publicização dos diálogos.

O teor das conversas foi revelado logo após Lula ter sido anunciado para o ministério da Casa Civil. No telefonema, Dilma admite a possibilidade de enviar por um emissário o termo de posse a Lula, o que lhe garantiria foro privilegiado.

O vazamento da conversa provocou reação popular, o que acabou evitando a posse de Lula na Casa Civil.

Os advogados do petista criticam ainda o fato de o ex-presidente ter sido levado de forma coercitiva para depor, nas dependências do aeroporto de Congonhas, em março de 2016, quando houve operação de busca e apreensão em sua casa, na de familiares e no Instituto Lula.

O TRF é um dos recursos de Lula contra Moro por abuso de autoridade.

Em junho, Lula e a ex-primeira-dama Marisa Letícia protocolaram uma representação na Procuradoria-Geral da República, além de recorrerem ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Sem resposta, seus advogados de Lula apresentaram, em novembro de 2016, uma "queixa-crime subsidiaria".

Nesta quinta, as duas turmas criminais do TRF4 decidem se recebem a queixa-crime, dando prosseguimento à ação. Os advogados de Lula ainda podem recorrer caso o pedido seja rejeitado.

Fonte: Folha.com

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Facebook inicia testes com botão “não curtir”

O Facebook deve introduzir em breve um recurso esperado pela maioria dos usuários. Um botão de “dislike” (não curtir) está em fase de testes, informa o site de tecnologia TechCrunch. Porém, a ferramenta não será disponibilizada para os usuários usarem na linha do tempo do Facebook.

O novo botão está relacionado com as reações, um recurso criado no ano passado para que os usuários pudessem expressar sentimentos com o uso de emojis na linha do tempo – e não apenas curtir publicações.

Agora, essa mesma ferramenta será introduzida no Messenger. São sete reações em teste: seis delas são iguais as que podem ser usadas na linha do tempo do Facebook, como surpresa e tristeza. O outro emoji é o de “não curtir”. Ele aparece como o oposto da curtida comum, que também tem um emoji próprio.

O Facebook disse ao TechCrunch que o botão de “dislike” significa “não”. Segundo a empresa, o Messenger é usado para coordenar ideias e responder a perguntas. Por isso, os emojis de “curtir” e “não curtir” estão em testes como métodos de resposta rápida (sim ou não).

O recurso funciona da seguinte forma: quando um usuário envia uma mensagem para outro, o destinatário pode responder com um emoji ao passar o mouse sobre a mensagem recebida. Há também uma contagem de reações, o que pode ser bem útil para grupos que querem fazer enquetes privadas.

A nova ferramenta aparece apenas para algumas pessoas. Geralmente, o Facebook faz testes com pequenos grupos de usuários antes de disponibilizar seus recursos para todos.

Fonte: Exame.com

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Caetano defende candidatura de Ciro Gomes à Presidência

O cantor Caetano Veloso defendeu o nome de Ciro Gomes como candidato à sucessão de Michel Temer na Presidência da República. A declaração foi dada ao Blog do Moreno, do jornal O Globo, antes de o artista embarcar para Montevidéu, no Uruguai, onde começa uma série de shows nesta terça-feira (7).

Ao assumir a candidatura de Ciro, Caetano reconheceu que está na contramão de vários amigos intelectuais e artistas, como Chico Buarque, que defende a candidatura do ex-presidente Lula.

"É bom que as posições sejam definidas, pois isso só estimula, agita o debate", afirmou.

Caetano Veloso destacou ao blog que sua posição em defesa da candidatura de Ciro Gomes já havia sido manifestada em artigo que escreveu para a revista eletrônica “Fevereiro”.

Fonte: Diário do Nordeste

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Pastor evangélico convoca fiéis a matar homossexuais

Um pastor evangélico no Peru convocou fiéis para o extermínio de homossexuais, afirmando que eles "não são obra de Deus". O Ministério Público abriu uma investigação pelo crime de instigar homicídio.

A pregação do pastor Rodolfo González Cruz, cidadão cubano líder do Movimento Missionário Mundial no Peru, foi gravada na semana passada e divulgada pelo jornal La República.

Nela, o pastor pediu aos fiéis que participassem de uma marcha contra a política educativa do governo por considerar que com o ensino da "igualdade de gênero" se pretende disfarçar a promoção da homossexualidade.

"Os homossexuais devem morrer assim como os corruptos e os ateus, porque não são obra de Deus. Se encontrarem duas mulheres fazendo sexo, matem as duas, se encontrarem uma mulher fazendo sexo com um animal, matem ela e matem o animal (...) em nome de Jesus", convocou González.

Em sua conta do Facebook...
...o Movimento Missionário Mundial publicou nesta segunda-feira um comunicado onde o pastor assegura que "as frases que são escutadas na gravação de parte de minha pregação são no contexto dos mandamentos do Antigo Testamento, onde Deus mencionava as penas por imoralidade sexual (...). As boas novas para todo ser humano é que já não vivemos sob as leis do Antigo Testamento".

González disse que se "reafirma no respeito absoluto à vida de todo ser humano".

O MP informou na segunda-feira à imprensa que abriu uma investigação por suposta instigação maciça a cometer delito contra a vida, o corpo e a saúde das pessoas e por discriminação.

Fonte: NE10/UOL

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Corrupção e reforma da Previdência elevam rejeição a Temer a 89% nas redes sociais

Que o Brasil está rachado num movimento de polarização política não é novidade para ninguém. Desde 2014 as brigas reais e virtuais entre os que se julgam mais à direita e os que se definem mais à esquerda estão ao alcance de um clique. Mas, há um tema que aproxima simpatizantes dos dois polos, embora suas respectivas bolhas não interajam a respeito: a rejeição ao Governo do presidente Michel Temer. Um levantamento da empresa de inteligência digital Veto, feito com exclusividade para o EL PAÍS, mostra que durante todo o mês de fevereiro 89% das manifestações relacionadas a Temer no Facebook e Twitter foram negativas para ele, independentemente do perfil político do usuário. Segundo a análise da Veto, quando assumiu como interino em maio de 2016, a imagem do presidente era positiva para 30% dos usuários. Agora, somente 11% promovem mensagens de apoio a Temer nas redes sociais.

O porcentual de 89% de avaliações negativas é contundente, se comparado, por exemplo, aos números de menções depreciativas a Dilma Rousseff nos primeiros meses de 2016. A então poucos meses do processo de impeachment, a avaliação negativa da ainda presidenta alcançava em média 70% em menções a seu nome nas redes, segundo a Veto. “Nunca chegou a 89% numa média mensal como acontece com Temer agora”, afirma Raoni Scandiuzzi, responsável pelo estudo. “Houve dias em que a rejeição a Dilma batia 80% nos comentários nas redes, mas em outros, 60%”, compara.

O monitoramento levou em conta um universo de 30.000 pessoas usuárias do Facebook e Twitter. A Veto relacionou os comentários dos usuários sobre política e avaliou as páginas e perfis seguidos por eles. Por isso é possível observar para qual polo ideológico esses internautas pendem. Pela análise, quem se encontra mais à direita segue perfis como o de Sergio Moro, Aécio Neves, Jair Bolsonaro e sites anti-PT. Já os que se consideram mais à esquerda seguem o perfil de Lula, Dilma Rousseff, Jean Willys e Ciro Gomes.

A alta rejeição popular de Temer não é novidade. Vem sendo captada pelas pesquisas de opinião tradicionais – 51% consideram o Governo ruim ou péssimo e 10% avaliam a gestão do peemedebista como ótima ou boa, segundo a última pesquisa do Datafolha, realizada em dezembro. O estudo da Veto, entretanto, dá matizes deste descontentamento entre a opinião pública polarizada.

O mesmo levantamento revela que a definição de esquerda e direita assumida publicamente está mais em bolhas nos extremos de cada lado: 8% dos usuários monitorados se afirmam de esquerda, e questionam, por exemplo, a legitimidade do Governo fruto de um impeachment que eles definem como um golpe. Em outra ponta, 15% se apresentam como sendo de direita e não questionam a legitimidade de Temer no poder. Já 77% da amostra de usuários não têm um alinhamento ideológico claro, e tomam posições de acordo com um contexto específico – em 2016 a grande maioria apoiou a saída de Dilma, por exemplo. Este grupo também não questiona a condição de Temer presidente. Porém, 39% dos comentários captados nesse grupo avaliam mal o Planalto por percebê-lo como corrupto ou defensor de corruptos. “A ideia de que o Governo se esforça para impor obstáculos à Lava Jato é muito presente nessa argumentação”, diz o estudo.

Os projetos de seus aliados no Congresso para minar as dez medidas contra a corrupção ou leis que tentam reduzir o poder do Ministério Público são apenas alguns exemplos de passos da administração Temer que aumentaram a desconfiança da população. A indicação de Moreira Franco para ser ministro às vésperas das delações da Odebrecht – e assim garantir foro privilegiado – e as citações suspeitas sobre seus ministros em investigações da Lava Jato reforçam ainda mais essa percepção. Tudo em um momento em que se acendeu de vez o rastilho de pólvora das delações da Odebrecht, nas quais 78 executivos da empresa entregarão os nomes dos políticos que receberam propina ou pediram caixa 2 para seus partidos.

O fim da corrupção foi um dos pilares que sustentou o pedido do impeachment de Dilma Rousseff nas ruas e fora delas e por isso a frustração aparece nas redes sociais. “Havia uma expectativa de parcela significativa da sociedade, manifestada nas redes à época do impeachment, de que um governo chefiado por um grupo político diferente do PT poderia trazer mudanças que culminariam em melhores resultados econômicos e práticas executivas pautadas pela ética”, diz a conclusão do levantamento.

Não por acaso, os mesmos movimentos que se articularam para levar as manifestações pelo impeachment de Dilma no ano passado voltarão às ruas no próximo dia 26 em apoio à Lava Jato e pelo fim da corrupção. Embora estes grupos não atraiam a atenção da esquerda, aumentam o clima de rechaço para Temer. “Mesmo não havendo colaboração direta [entre os que se declaram de esquerda e direita], o Governo Temer pode sofrer com ataques simultâneos dos dois lados”, avalia Pablo Ortellado, que integra o Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas de Acesso à Informação da Universidade de São Paulo. “Isso só não está acontecendo porque a liderança política da direita (MBL, Vem Pra Rua etc.) resolveu ainda não romper com o governo. Mas isso pode mudar no futuro”, avalia Ortellado.

Rejeição à reforma da Previdência
Outro fator que vem elevando o grau de críticas a Temer nas redes é a proposta de reforma da Previdência que está em debate no Congresso atualmente. Dentro do bloco dos 77% dos usuários sem definição política aberta, 37% dos comentários repudiam a gestão do presidente por políticas específicas. “A reforma da Previdência, em especial, é profundamente rejeitada por esse grupo”, afirma Scandiuzzi. Ortellado também já detectou posts muito críticos à reforma em ambientes virtuais mais atrelados à direita. “Não sei se é uma tendência geral ou um fato pontual, mas ela está sendo muito mal recebida”, comenta o professor da USP, que fará um levantamento específico na próxima manifestação para conhecer a opinião dos manifestantes a respeito da Previdência. Ele reconhece que as mudanças previdenciárias estão sendo mais rejeitada quee a PEC do teto de Gastos aprovada no final do ano. “Talvez porque a PEC era abstrata e o impacto difuso é no futuro”, completa.

Bolhas
Os internautas com uma bandeira clara (8% à esquerda e 15% à direita) formam bunkers impenetráveis nas redes sociais, enquanto os outros 77% seguem ao sabor dos ventos de acordo com o contexto presente, observa Scandiuzzi. “Tanto a esquerda quanto a direta se fecham em bolhas e não conseguem furar o bloqueio”, diz. Para Ortellado, a polarização política cria barreiras morais de rejeição ao campo adversário que impedem a colaboração em pontos de convergência. Ele observa, entretanto, que não é só o descontentamento com as práticas do Governo Temer que une os dois campos. “Nos nossos levantamentos, aparecem também a defesa da saúde e educação públicas e o ambientalismo”, comenta.

Já os que não se assumem nem para um lado e nem para outro fazem parte de um grupo que quer falar de política e se interessa por política, mas não se sente representada por nenhum projeto que se apresenta atualmente. Para Scandiuzzi, é um quadro muito parecido ao que foi visto durante os protestos de 2013. “O discurso no fim, é o mesmo, sobre um Estado ausente e inoperante. A mesma queixa de 2013”, acredita. Depois daquele ano, o PT personificou esse Estado ineficiente, o que acabou gerando a pressão das ruas que ajudou a derrubar o Governo Dilma. Agora, Temer é a bola, ou a vidraça da vez. “Ele é o chefe do Executivo e o representante máximo dessa geleia geral que se instalou no Brasil”, conclui.

Fonte: El País

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FHC defende Aécio e acusa imprensa de prestar 'mau serviço ao país'

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso divulgou nota na tarde desta sexta-feira (3) na qual defende o senador Aécio Neves (PSDB-MG), diz que o mineiro não pediu recursos ilegais e acusa a imprensa, de ter sido "usada por quem não é criterioso", prestando, dessa forma, "um mau serviço ao país".

No texto, FHC diz que se criou uma "notícia alternativa" com a difusão da tese de que Aécio pediu recursos de caixa dois para a campanha eleitoral. "O senador não fez tal pedido", ressalta FHC. Mais adiante, porém, ele diz que "há uma diferença entre quem recebeu recursos de caixa dois" e quem "obteve recursos para enriquecimento pessoal, crime puro e simples de corrupção".

A nota de FHC fala sobre a divulgação de que, em depoimento ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), um dos executivos da Odebrecht afirmou que a empreiteira deu R$ 9 milhões em caixa dois ao PSDB. Segundo o delator, os recursos foram liberados após um pedido de Aécio.

"Lamento a estratégia usada por adversários do PSDB que difundem 'noticias alternativas' para confundir a opinião pública", diz FHC no início da nota. "A imprensa é instrumento fundamental da democracia. Usada por quem não é criterioso presta um mau serviço ao país."

Para o ex-presidente, o noticiário foi distorcido. "Ao invés de dar ênfase à afirmação feita por Marcelo Odebrecht, de que as doações à campanha presidencial de Aécio Neves, em 2014, foram feitas oficialmente, publicou-se a partir de outro depoimento que o senador teria pedido doações de caixa dois para aliados. O senador não fez tal pedido. O depoente não fez tal declaração em seu depoimento ao TSE", afirma Fernando Henrique.

O ex-presidente, aliado de Aécio e presidente de honra do PSDB diz que "é preciso serenidade e respeito à verdade nessa hora difícil que o país atravessa" e que "independentemente do noticiário de hoje tratar como iguais situações diferentes, não é o caminho para se conhecer a realidade e poder mudá-la".

"Visto de longe tem-se a impressão de que todos são iguais no universo da política e praticaram os mesmos atos.No importante debate travado pelo país distinções precisam ser feitas", ressalta FHC.

"Há uma diferença entre quem recebeu recursos de caixa dois para financiamento de atividades político-eleitorais, erro que precisa ser reconhecido, reparado ou punido, daquele que obteve recursos para enriquecimento pessoal, crime puro e simples de corrupção. Divulgações apressadas e equivocadas agridem a verdade, e confundem os dois atos, cuja natureza penal há de ser distinguida pelos tribunais", concluiu.

Leia abaixo a íntegra da nota do ex-presidente

"Lamento a estratégia usada por adversários do PSDB que difundem "noticias alternativas" para confundir a opinião pública.

A imprensa é instrumento fundamental da democracia. Usada por quem não é criterioso presta um mau serviço ao país.

Parte do noticiário de hoje sobre os depoimentos da Odebrecht serve de sinal de alerta. Ao invés de dar ênfase à afirmação feita por Marcelo Odebrecht, de que as doações à campanha presidencial de Aécio Neves, em 2014, foram feitas oficialmente, publicou-se a partir de outro depoimento que o senador teria pedido doações de caixa dois para aliados.

O senador não fez tal pedido. O depoente não fez tal declaração em seu depoimento ao TSE.

É preciso serenidade e respeito à verdade nessa hora difícil que o país atravessa.

Ademais, independentemente do noticiário de hoje tratar como iguais situações diferentes, não é o caminho para se conhecer a realidade e poder mudá-la.

Visto de longe tem-se a impressão de que todos são iguais no universo da política e praticaram os mesmos atos.

No importante debate travado pelo país distinções precisam ser feitas. Há uma diferença entre quem recebeu recursos de caixa dois para financiamento de atividades político-eleitorais, erro que precisa ser reconhecido, reparado ou punido, daquele que obteve recursos para enriquecimento pessoal, crime puro e simples de corrupção.

Divulgações apressadas e equivocadas agridem a verdade, e confundem os dois atos, cuja natureza penal há de ser distinguida pelos tribunais.

A palavra de um delator não é prova em si, apenas um indício que requer comprovação. É preciso que a Justiça continue a fazer seu trabalho, que o país possa crer na eficácia da lei e que continue funcionando.

A desmoralização de pessoas a partir de "verdades alternativas" é injusta e não serve ao país. Confunde tudo e todos.

É hora de continuar a dar apoio ao esforço moralizador das instituições de Estado e deixar que elas, criteriosamente, façam Justiça.

Fernando Henrique Cardoso"

Fonte: Folha.com

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Agências da Caixa no CE abrem no sábado (11) para tirar dúvidas sobre o FGTS

A Caixa Econômica Federal abrirá 39 agências no Ceará neste sábado (11) para tirar dúvidas dos trabalhadores sobre os saques das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Os saques do FGTS serão liberados na sexta-feira (10) e seguem até julho, dependendo da data de nascimento dos beneficiários.

Em Fortaleza, serão 20 agências abertas das 9h às 15h. Outras 19 funcionarão nos municípios de Aracati, Boa Viagem, Brejo Santo, Caucaia, Crato, Eusébio, Horizonte, Icó, Iguatu, Itaitinga, Juazeiro do Norte, Maracanaú, Maranguape, Mauriti, Morada Nova, Pacatuba, Pecém, Russas e Sobral.

Serão 1.891 agências abertas nos seguintes sábados: 11 de março, 13 de maio, 17 de junho e 15 de julho. A Caixa atenderá exclusivamente sobre dúvidas no saque de contas, regularização de cadastro dos trabalhadores e cadastramento de senha do Cartão Cidadão.

De acordo com levantamento realizado pela Caixa, cerca de 533.822 trabalhadores terão direito ao saque das contas inativas no estado. O saldo total disponível nas contas é de aproximadamente R$ 518  milhões.

Fonte: G1 CE

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Análise de DNA indica que frango do Subway não tem apenas frango

Uma análise afirma que o frango usado pela rede de restaurantes Subway está longe de ser apenas frango. O relatório, feito pela CBC Marketplace (programa de TV investigativo do Canadá), afirma que a ave dentro de sanduíches da cadeia de fast food contém menos de 50% do DNA do animal. Na realidade, segundo esse estudo, que é contestado pelo Subway, grande parte do DNA é de soja.

O estudo da CBC analisou seis tipos de sanduíches de cinco empresas diferentes: McDonald’s, Wendy’s, Tim Hortons, A&W e Subway. Os testes foram realizados pelo laboratório de DNA Forense da Universidade de Trent, no Canadá.

Na primeira rodada de análises de DNA foram testadas duas amostras de cinco dos produtos e uma amostra do frango do Subway. Depois, os pesquisadores isolaram três porções pequenas de cada uma dessas amostras para mais uma bateria de testes.

Matt Harnden, cientista do laboratório, disse à CBC que a maioria dos sanduíches tinham pontuações muito próximas de 100% de DNA de frango.

Contudo, no caso do Subway, os resultados foram tão inesperados que os pesquisadores decidiram fazer análises mais profundas. Eles pegaram cinco amostras do frango assado de um dos lanches e mais cinco porções de frango em tiras de outro sanduíche da marca.

O resultado final surpreendeu os cientistas. O frango assado tinha apenas 53,6% de DNA de frango e o frango em tiras tinha ainda menos de DNA do animal (42,8%). O restante do DNA do alimento, segundo Harnden, é basicamente soja.

Cada frango testado contém uma média de 16 ingredientes, entre eles cebola em pó e mel. Além disso, o frango dessas redes de fast food tinha cerca de 25% menos proteína do que é encontrado em seu equivalente caseiro.

Subway rebate
O Subway condenou a análise nessa quarta-feira, 1, e sugeriu que o frango usado nos testes da CBC foi diluído em altos níveis de soja.

“O teste incrivelmente falho feito pelo Marketplace é um enorme desserviço para nossos clientes”, disse Suzanne Greco, presidente do Subway, em um comunicado, aponta o Washington Post. “A alegação de que nosso frango é apenas 50% de frango é 100% errada.”

A rede de fast food também liberou os resultados de seu próprio estudo, que foi feito um dia antes da publicação da análise da CBC. Dois laboratórios independentes, Maxxam Analytics e Elisa Technologies, testaram os frangos usados nos sanduíches do Subway e avaliaram a quantidade de soja nas amostras. Segundo a análise, a proteína vegetal faz parte de menos de 1% da porção coletada.

“Esses resultados são consistentes com os baixos níveis de proteína de soja que adicionamos com as especiarias para ajudar a manter os produtos úmidos e saborosos”, afirmou o Subway.

A CBC respondeu à empresa ao publicar o relatório completo de seis páginas em seu site. “Os testes de DNA não mentem (especialmente quando realizados várias vezes), e qualquer pessoa com acesso a um laboratório de DNA poderia realizar esses testes”, escreveu Robert Hanner, biólogo da Universidade de Guelph, no Canadá, no site da CBC.

O programa ainda explicou em seu site que os testes de DNA não revelam a porcentagem exata de frango nas porções. Caso fosse possível separar a matéria vegetal da carne numa amostra com 50% de DNA da ave e 50% de DNA de soja, as duas metades não se equilibrariam numa balança.

Por isso, esses exames não são normalmente usados para indicar a massa percentual de algum alimento. Porém, especialistas entrevistados pela CBC dizem que o teste, mesmo não sendo exato, é um indicador da presença de ingredientes animais e vegetais nos alimentos.

Fonte: Exame.com

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Projeto quer mudar nome de Juazeiro do Norte para Juazeiro de Padre Cícero

Começou a tramitar nesta quinta-feira (2), na Assembleia Legislativa do Ceará, projeto de lei que propõe a realização de um plebiscito sobre mudança do nome do município de Juazeiro do Norte para Juazeiro do Padre Cícero.

De acordo com o  autor da proposta, deputado Dr. Santana (PT), a ideia é objeto de discussão há muitos anos. Esse debate começou na Câmara Municipal de Juazeiro, através do vereador João Batista de Menezes Barbosa”.

Conforme justifica o parlamentar, Padre Cícero Romão Batista foi fundador do município e também o primeiro prefeito. Juazeiro do Norte é considerado um dos três maiores centros religiosos do Brasil por conta da figura do pároco.

Após leitura no Plenário, o projeto segue para análise da Procuradoria da Assembleia Legislativa. Na sequência, para as comissões técnicas da Casa. Se aprovado, será encaminhado para votação no plenário.

Fonte: G1 CE

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Temer e PMDB ameaçam: “Se a reforma da Previdência não sair, tchau, Bolsa Família”

O PMDB, partido do presidente Michel Temer, usou seu perfil oficial na rede social Facebook para divulgar uma campanha na qual condiciona a continuação do Bolsa Família e outros programas sociais à aprovação da reforma da Previdência, projeto parlamentar prioritário do Governo. A imagem tem uma cidade em ruínas ao fundo com os dizeres “Se a reforma da Previdência não sair, tchau Bolsa Família, adeus Fies, sem novas estradas (sic) acabam os programas sociais”. O Governo defende a reforma da Previdência como condição primeira para equilibrar as contas públicas. Especialistas também afirmam que são necessárias mudanças para mitigar o rombo, mas há críticas de economistas também ao formato proposto, que sofre dura resistência de centrais sindicais.

O post que acompanha a foto diz ainda: “Um país sem o investimento mínimo necessário em saneamento básico; sem melhorias em estradas, portos e aeroportos e com cortes nos programas sociais fundamentais. Para evitar que este seja o cenário do Brasil no futuro, é necessário reformar a Previdência, que hoje está em crise e ameaça as melhorias que o país tanto precisa”.

A campanha em tom de ameaça destoa das promessas de Temer. Desde que assumiu a presidência após o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT), o presidente sempre afirmou que não iria acabar com os programas sociais. Os petistas chegaram a dizer que caso Rousseff fosse afastada o Bolsa Família seria eliminado – argumento que também foi utilizado contra o tucano Aécio Neves na campanha presidencial de 2014. Para enfrentar as acusações, o presidente reajustou o valor do benefício acima da inflação. "Portanto, reafirmo: vamos manter os programas sociais. O Bolsa Família, Pronatec, Fies, Minha Casa Minha Vida e muitos outros deram certo e terão sua gestão aprimorada. Não temos que destruir o que foi feito pelos outros governos. Pelo contrário, devemos prestigiar aquilo que deu certo", disse ainda como presidente interino em maio do ano passado.

Bolsa Família e crise
O Planalto quer levar o texto da reforma da Previdência para votação na Câmara dos Deputados ainda no primeiro semestre do ano. A principal crítica ao projeto em tramitação é que ele dificulta o acesso ao benefício  ao aumentar as exigências como o tempo de contribuição, além de reduzir os valores pagos aos aposentados e flexibilizar rendas destinadas a deficientes físicos, hoje vinculados ao valor do salário mínimo.

O déficit previdenciário do ano passado, de 149,7 bilhões de reais, atingiu o pior patamar em 22 anos. O valor do rombo é 74,5% maior em relação ao apresentado em 2015, que foi de 85,8 bilhões de reais, e representou 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB). O déficit responde por 97% do rombo total das contas públicas. Se a mudança já era defendida por economistas antes (a última alteração no sistema foi em 2003, sob Lula), ela se tornou ainda mais urgente do ponto de vista do Planalto porque é uma das principais promessas do Governo Temer junto ao empresariado e a agentes do mercado financeiro, que apoiam a gestão. É ainda uma condição para que as contas públicas não implodam no médio prazo após a aprovação da PEC dos gastos, aprovada em 2016, que congelou o gasto público ao menos pelos próximos dez anos.

A ameaça ao Bolsa Família e aos programas sociais incendeia ainda mais os críticos do Governo, que o acusam de fazer o ajuste fiscal penalizando desproporcionalmente os mais pobres e descartando, por ora, alternativas como mudanças tributárias, como a volta de taxação sobre lucro e dividendos recebidos por donos e acionistas de empresas, por exemplo. A nova ofensiva do PMDB tentar também tentar responder a essas críticas. O partido postou em seu perfil no Facebook uma foto de Temer com uma frase do presidente destacada: “Esse é um Governo que está do lado dos pobres”.

A campanha ocorre em um momento no qual o mercado se anima com alguns sinais de melhora na economia, mas a população ainda sofre com as altas taxas de desemprego – que hoje chega a 12,3 milhões de brasileiros. É neste contexto que um estudo do Banco Mundial aponta que o número de pessoas vivendo na pobreza no Brasil aumentará entre 2,5 milhões e 3,6 milhões até o fim deste ano e recomenda a expansão do Bolsa Família. Segundo o banco, o orçamento do programa, que representa 2,3% da despesa geral da União, deveria crescer acima da inflação para ampliar a cobertura e atender ao número crescente de pobres. No cenário mais otimista projetado pela instituição, o Governo teria que aumentar o orçamento do Bolsa Família para 30,4 bilhões _atualmente 29,7 bilhões de reais estão reservados.

A maior parte dos mais de 600 internautas que reagiram à postagem que condicionava a continuação dos programas sociais à aprovação da reforma da Previdência protestou. “Comecem cortando na própria carne: diminuam privilégios do Executivo, Legislativo e Judiciário, diminuam ministérios, diminuam custos com eventos e viagens inúteis”, comentou um deles.

A reportagem não conseguiu entrar em contato com a assessoria do PMDB para pedir informações sobre a campanha.

Fonte: El País

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Fossa com 800 bebês é achada em orfanato católico

Especialistas descobriram a existência de uma fossa comum em um antigo orfanato católico na Irlanda, onde estariam enterrados sem identificação 800 bebês e crianças. O caso gerou repercussão na Europa nesta sexta-feira (3).  

Testes de DNA apontaram que as crianças enterradas nas 20 câmaras da fossa tinham idade entre 35 semanas e 3 anos. A investigação foi feita por uma comissão, instituída pelo governo local para apurar a atuação de centros religiosos no auxílio a jovens grávidas, após uma denúncia da historiadora Catherine Corless, que descobrira a certidão de óbito de 800 crianças residentes na instituição, mas nunca os registros de enterro delas.

Localizado na cidade de Tuam, o orfanato "Bon Secours Mother and Baby Home" funcionou entre os anos de 1925 e 1961 como um lar para crianças e mães solteiras jovens.  

A comissão afirma que as mulheres e jovens que viveram nas casas católicas e conventos sofreram fome, miséria e tratamentos violentos, o que levou à morte de várias meninas e de seus bebês.

Muitas jovens trabalhavam gratuitamente em troca do auxílio das freiras na gravidez e no parto. Após os bebês nascerem, eles eram colocados em uma ala separada da de suas mães e entregues para adoção.

Lançado em 2013, o filme "Philomena" narra um episódio inspirado em fatos reais ocorridos na Irlanda em 1952, com uma mulher que engravidou na adolescência, foi mandada para o convento Roscrea e teve seu filho vendido pelas freiras católicas.

Em 2014, a mulher que inspirou o filme, a irlandensa Philomena Lee, reuniu-se com o papa Francisco, no Vaticano. Atualmente, ela está à frente do "Philomena Project", que tenta ajudar outras mães a encontrarem seus filhos e luta para que o governo irlandês promulgue uma lei que permita consultas a registros de crianças adotadas.

Fonte: UOL (Com ANSA)

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Ceará fecha 7,4 mil vagas de emprego em janeiro e tem 15º mês seguido de queda

O Ceará fechou 7.436 vagas de trabalho em janeiro deste ano, segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgadas nesta sexta-feira (3) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Em todo o Brasil, foram fechadas 40.864 vagas. Janeiro de 2017 foi o 15º mês seguido de baixa nos empregos no Ceará e o 20º seguido no país.

O setor de serviços foi o mais afetado no Ceará, com queda de 2.652 empregos. No comércio, foram 2.591 oportunidades fechadas. Também houve redução em indústria da transformação (-896) e construção civil (-788). Serviços industriais de utilidade pública foi a única área que teve alta, com saldo de 14 empregos no mês.

O resultado dos empregos formais no início deste ano ainda é reflexo da economia ainda fraca, que tem registrado aumento do desemprego e da taxa de inadimplência, apesar de alguns indicadores mostrarem o início lento de um processo de recuperação. Para tentar reaquecer a economia, o governo liberou saques das contas inativas do FGTS e o Banco Central tem baixado os juros.

Regiões
Segundo o Ministério do Trabalho, houve o registro de demissões em três das cinco regiões do país em janeiro deste ano.

No primeiro mês deste ano, a região Nordeste liderou as demissões, com o fechamento de 40.803 postos formais de trabalho, seguida pelas Regiões Sudeste (-30.388 vagas) e Norte (-6.835).

Ao mesmo tempo, a região Sul abriu 24.391 empregos em janeiro, e a Região Centro-Oeste criou 12.771 vagas formais.

Fonte: G1 CE

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Colbie Caillat - I Never Told You




Cadê o vendaval previsto em alerta para a sexta-feira no Ceará?

Passado o dia de chuva intensa em Fortaleza e em dezenas de municípios do Ceará, ficou a dúvida: que fim levou o vendaval previsto por órgãos nacionais de meteorologia para o Estado? A sexta-feira (3) teve uma das maiores médias de chuva do Ceará em 2017, 24,3 milímetros, com precipitações em 138 cidades, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme). Mas o vendaval esperado desanimou os cearenses.

Nas redes sociais, durante toda a sexta-feira, muita gente expôs a decepção por não ver a previsão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) se confirmar. Em contrapartida, nota da Funceme, divulgada na tarde de ontem, ponderou que não havia razões para o “pânico” criado pela expectativa de “tempestade de raios”, “chuvas intensas”, “vendavais” e “acumulado de chuva”.

“A Funceme lembra ainda que março é o mês de média pluviométrica mais elevada no Ceará. Dessa forma, é comum serem observados eventos de chuva intensa, com rajadas fortes de vento, raios e trovões. Neste ano de 2017, algumas regiões cearenses já receberam precipitações intensas como as previstas para esta sexta-feira.”, diz a nota.

Ainda que a previsão não tenha sido feita pela Funceme, o órgão ressaltou que a preocupação das equipes da Defesa Civil com a segurança da população é legítima. “O referido alerta passa corretamente uma preocupação para as equipes de Defesa Civil”, pontua.

Fonte: Tribuna do Ceará

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Um é acusado de tentativa de homicídio. O outro é réu na Lava Jato. Conheça os líderes nomeados por Temer

Na tentativa de evitar retaliações do chamado "centrão", o presidente Michel Temer decidiu nomear para a liderança do governo no Congresso Nacional o deputado federal André Moura (PSC-SE), ex-líder do governo na Câmara dos Deputados, nome próximo a Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e acusado de tentativa de homicídio.

A escolha faz parte de esforço do peemedebista para unificar a base aliada para a votação da reforma previdenciária, cuja expectativa do Palácio do Planalto é aprová-la na Câmara dos Deputados ainda no primeiro semestre deste ano.

Nas palavras de um assessor presidencial, o gesto tem como objetivo "curar as feridas" da eleição para o comando da Câmara dos Deputados, realizada em fevereiro. Integrantes de partidos do centrão que trabalharam por candidaturas rivais acusam o presidente de ter auxiliado a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Na época, diante do movimento do Palácio do Planalto, integrantes do centrão ameaçaram obstruir a proposta na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e vinham articulando mudanças no texto original enviado pelo governo federal.

Com a escolha, o atual líder do Congresso Nacional, Romero Jucá (PMDB-RR), será deslocado para a liderança do governo no Senado Federal, que ficou vaga com a indicação de Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) para o Ministério da Justiça. Jucá é citado várias vezes na Operação Lava Jato.

Segundo um auxiliar presidencial, com a tramitação da reforma previdenciária, o presidente sabe que nos próximos dois meses "a principal batalha do governo federal será travada na Câmara dos Deputados", o que tornou necessário prestigiar os deputados federais com um posto antes ocupado por senadores.

Na tentativa de aprovar a iniciativa, o presidente promoveu um jantar na noite de sexta-feira (3), no Palácio do Jaburu, com líderes da Câmara dos Deputados. No encontro, ele pediu que seja feita uma ofensiva para evitar mudanças substanciais no texto da medida.

O peemedebista não falou na possibilidade de retaliação em relação a cargos e emendas no caso de traições durante a tramitação da proposta.

Nos bastidores, contudo, ministros e assessores dizem que o governo federal poderá reavaliar a composição de forças diante de posições contrárias à orientação do Palácio do Planalto.

Fonte: Folha.com

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Soldadinho do Araripe pode ser extinto em 15 anos

"Se nenhuma intervenção urgente for feita, o Soldadinho-do-Araripe (Antilophia bokermanni) desaparece em 15 anos". A forte afirmação é do vice-presidente do Instituto Cultural do Cariri (ICC), Weber Girão, um dos responsáveis pela descoberta da ave, há 20 anos. O programa Soldadinho-do-Araripe, coordenado por ele, constatou, no último censo bienal (2015/2016), redução de 12,3% no número da espécie que é símbolo da região do Cariri cearense. Entre 2013/2014, foram contabilizadas 610 aves adultas, já no último censo o número caiu para 534. "Se essa taxa de redução se mantiver, o pássaro entra em extinção até 2022, ou seja, apenas 35 anos após sua descoberta", pontua.

O ornitólogo destaca o alto número de queimadas como o principal responsável pela redução da espécie e ressalta que, para evitar o desaparecimento do pássaro, ações coletivas devem ser adotadas de forma emergencial. Somente ano passado, foram 2.048 focos de calor detectados por satélites na Área de Proteção Ambiental (APA) da Chapada do Araripe. "Nos últimos dez anos, 2016 foi o que apresentou o maior número de queimadas na Chapada. Foi mais que o dobro da média registrada", disse.

Conforme explica, dois fatores ameaçam a espécie. "Os incêndios ocorrem no período de reprodução da ave. Ou seja, o pássaro adulto até consegue voar e fugir, mas o ninho fica lá e ocorre a dizimação da espécie. O segundo fator agravante é que em Crato, uma das três cidades onde vive o Soldadinho, o número de focos de incêndio foi ainda maior, cerca de três vezes acima da média", acrescenta Weber.

Além disso, o fogo também destrói a mata, causando diminuição do habitat natural do pássaro, restrito a apenas 28 quilômetros quadrados, numa área na encosta da Chapada do Araripe, que abrange as cidades de Crato, Missão Velha e Barbalha.

"Estamos no começo do ano. Até os meses de outubro e novembro, período que se intensificam as queimadas, há tempo suficiente para nos prepararmos. Também estamos articulando a criação de uma brigada municipal de combate a incêndio, em Crato. É necessário uma base em cada uma desses três municípios", ponderou Girão.

Segundo Fabiano de Cristo, coordenador de Educação Ambiental da Organização Não Governamental (ONG) Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis), a elevação dos focos está diretamente ligada às condições climáticas, falta de consciência da população e, sobretudo, "à redução no contingente de brigadistas". Conforme avalia, a instalação de uma brigada nos locais onde habita o Soldadinho serviria para além da preservação da ave. "Iria garantir a biodiversidade", pontua.

Outro fator relacionado pelos estudiosos é o "manejo da água feito de forma incorreta". Segundo Weber, a principal característica da ave é sua dependência de floresta tropical com córregos para sobreviver. "Muitas nascentes e fontes da Chapada estão sendo encanadas já no pé da serra, o que acaba deixando o pássaro com poucas alternativas para beber água. Isto ocorre também devido ao avanço imobiliário", diz. O ornitólogo explica que, se lograrem êxito em ordenar o uso da água de modo a levar em consideração as necessidades do Soldadinho, também estará assegurado o uso para todos aqueles que precisam da nascente. "Preservar a espécie afeta positiva e diretamente a sociedade", enfatiza. Ao todo, Weber e sua equipe atuam em cinco grandes eixos: restauração da mata, educação ambiental, pesquisa, monitoria e políticas públicas.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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