Para garantir aprovação da reforma da Previdência, governo libera R$ 1,8 bi a deputados

Depois do corte de R$ 5,4 bilhões nas despesas com emendas parlamentares obrigatórias no fim de março, o governo decidiu antecipar para abril e maio o desembolso de R$ 1,8 bilhão do volume que sobrou. A liberação ocorre num momento de intensa negociação para aprovação da reforma da Previdência na Câmara. O projeto enviado pelo governo está em discussão na comissão especial e a previsão é de que o relatório do deputado Arthur Maia (PPS-BA) seja divulgado dia 18.

A Portaria nº 163 do Ministério da Fazenda publicada nesta segunda-feira, 10, no Diário Oficial da União remanejou recursos para emendas impositivas individuais que estavam programados para serem liberados apenas em outubro, novembro e dezembro. Com isso, R$ 1 bilhão serão disponibilizados para projetos de parlamentares neste mês e R$ 800 milhões em maio.

Por meio de nota, o Tesouro Nacional confirmou que a antecipação de verbas ocorreu a pedido da Secretaria de Governo da Presidência da República. O titular da pasta, ministro Antonio Imbassahy, é o responsável pela articulação do Planalto com o Congresso Nacional.

O Tesouro respondeu ainda que o remanejamento não afeta o cumprimento da meta de resultado primário deste ano e "está em consonância com a programação financeira" do governo.

Para tentar cumprir a meta de déficit primário de R$ 139 bilhões neste ano, a equipe econômica contingenciou R$ 42,1 bilhões do Orçamento, incluindo R$ 5,4 bilhões em emendas parlamentares, o que desagradou parte da base do governo no Congresso.

A antecipação da liberação dos valores que não foram cortados pode ajudar o governo a reverter o placar desfavorável para a votação da Reforma da Previdência na Câmara. Maia deve apresentar seu parecer na Comissão Especial da matéria na próxima semana. São necessários 308 votos para a aprovação em cada um dos dois turnos de votação no Plenário, mas o Placar da Previdência - elaborado pelo Estado - mostra que o governo tem só 100 votos favoráveis, enquanto 273 deputados já se manifestaram contrários.

Placar da Previdência
A atualização do Placar da Previdência, levantamento realizado pelo Grupo Estado com deputados a respeito de reforma que tramita na Câmara, mostra que o número de parlamentares contrários à proposta é de 273, e os que são a favor, 100. Havia 35 indecisos; 62 não quiseram responder; 41 não foram encontrados, e um disse que deve se abster.

Fonte: Estadão Conteúdo

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Exames com resultado normal são 'desperdício' para o SUS, diz ministro da Saúde

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que "80% dos exames de imagem no SUS (Sistema Único de Saúde) têm resultado normal" e que isso representa "desperdícios que precisam ser controlados".

Barros participou na manhã deste sábado (8), em Cambridge (EUA). da Brazil Conference, evento sobre o Brasil organizado pela Universidade Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT). Em apresentação e posteriormente em entrevista à BBC Brasil, defendeu a necessidade de controlar a prescrição de exames.

"Temos que ter controle da demanda que os médicos fazem destes exames e passar a avaliar como utilizam sua capacidade de demandar do SUS. Se o médico solicita muitos exames que dão resultado normal, ele não está agindo de forma correta com o sistema", afirmou Barros à BBC.

Segundo o ministro, exames de imagem (como tomografias e ultrassonografias) que não identificam problemas ou doenças sugerem que os médicos não estariam fazendo diagnósticos clínicos de forma correta.

Questionado se os exames precisam revelar problemas para serem considerados necessários, Barros disse que não quer interferir na capacidade de tomada de decisões dos médicos.

"Mas os medicos não podem pedir exame como forma de transferir sua responsabilidade de emitir diagnósticos", afirmou.

"Os exames só devem ser usados quando há necessidade, não como rotina para diminuir a responsabilidade que o médico tem de fazer um diagnóstico a partir dos elementos clínicos."

'Tarefa impossível'
Durante sua fala na Brazil Conference, o ministro disse que os médicos da rede pública não estão atentos aos custos dos procedimentos que solicitam para seus pacientes.

"Temos muitos problemas em ajustar o médico como uma peça do sistema, e não como o centro do sistema. O médico tem uma visão que é fruto do compromisso que faz quando se forma, que é estar acima da questão pragmática, dos recursos."

Ele explicou a fala à BBC Brasil. "Ao médico, cabe solicitar os meios para salvar uma vida, e ao gestor cabe disponibilizar aqueles que são possiveis de serem disponibilizados."

"A integralidade não pode ser o 'tudo do SUS para todos'. Eu sou gestor do SUS. Enquanto for tudo para todos, infelizmente, será uma tarefa impossivel."

O ministro afirmou ainda que a ideia de integralidade (oferta irrestrita de exames e tratamentos) na rede pública atrapalha a universalidade (atendimento a todos os brasileiros) no SUS.

Desde que assumiu o cargo, em maio de 2016, Barros, que é deputado federal licenciado pelo PP do Paraná, vem defendendo o enxugamento de gastos do SUS, já que em algum momento o país não teria mais como bancar direitos que a Constituição garante, como acesso universal à saúde.

Nesse sentido, já se manifestou, por exemplo, a favor da criação de planos de saúde "populares", mais baratos por oferecerem menos serviços do que a cobertura mínima prevista pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), Seria, segundo ele, uma forma de desafogar o sistema público e contribuir com o financiamento do SUS.

"É a integralidade, que é o atendimento integral do cidadão, contra a universalidade. O atendimento integral retira recursos que têm que ser aplicados no atendimento a todos os demais", afirmou nos EUA.

'Publicidade e eficiência'
Em sua fala de abertura, Barros disse à plateia formada também por médicos, defensores públicos, advogados e gestores de serviços de saúde que sua pasta preza pelo investimento em publicidade.

"Publicidade e eficiência são as marcas da minha gestão", disse, sem informar valores.

Um dos principais projetos anunciados por Barros é a informatização do sistema público de saúde, proposta antiga mas nunca implantada no país.

"Investimos por ano US$ 230 bilhões em serviços públicos de saúde no Brasil", disse Barros à BBC Brasil.

"Espero que, quando completada a informatização, economizemos 20% desses recursos, porque o médico, tendo todo o histórico de saúde do paciente, terá mais clareza (nos diagnósticos)."

Fonte: BBC Brasil

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Reforma trabalhista trará mudança em 100 pontos da CLT

O relatório sobre a reforma trabalhista, do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), que deve ser apresentado amanhã (12) mexerá em 100 pontos da septuagenária Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). "É uma modernização da legislação trabalhista que estamos fazendo", afirmou o deputado federal.

O projeto dá força de lei aos acordos coletivos negociados entre empresas e trabalhadores em vários pontos. Entre eles, permite que sindicatos e empresas negociem jornadas de até 12 horas diárias, desde que respeitado o limite de até 48 horas por semana (contabilizando horas extras). O projeto propõe ainda que patrões e empregados negociem o trabalho remoto (fora do ambiente da empresa), remuneração por produtividade e registro de ponto.

O relator afirmou também que vai manter no relatório sobre a reforma trabalhista a regulamentação do trabalho intermitente - que permite jornadas inferiores a 44 horas semanais - e o fim da obrigatoriedade do pagamento do imposto sindical.

Marinho disse que o relatório também vai contemplar ao menos duas salvaguardas ao trabalho terceirizado que não constavam do projeto aprovado pela Câmara e sancionado pelo presidente Michel Temer.

Uma das proteções que serão colocadas é restringir que empresas demitam seus funcionários e os recontratem na sequência como terceirizados. A proibição valerá por 18 meses. "Isso afasta qualquer acusação de que a terceirização poderia servir para uma mera troca de modelos de contratação", diz Marinho.

A outra salvaguarda deve garantir aos terceirizados os mesmos serviços de alimentação, transporte, segurança e atendimento médico dos contratados diretamente.

Mulheres
Em seu parecer, Marinho pretende incluir uma série de mudanças na CLT relacionadas aos direitos das mulheres. Uma delas é permitir que grávidas e lactantes possam trabalhar em locais insalubres, desde que apresentem um atestado médico. Hoje, isso é proibido pela legislação trabalhista. "Se não fizermos isso, não vai ter mais mulher trabalhando nos hospitais", exemplificou o deputado.

Marinho também vai propor a exclusão do artigo da CLT que diz que mulheres não podem entrar com ações trabalhistas sem autorização do marido e o que proíbe mulheres acima de 50 anos de parcelar as férias.

Para a oposição, as mudanças que serão propostas por Rogério Marinho poderão prejudicar o trabalhador. "Mexer em 100 pontos da CLT é simplesmente propor a revogação da CLT. Isso é inaceitável em uma conjuntura como essa, em um momento de forte desemprego, quando o trabalhador está em fragilidade maior", criticou o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ).

Congresso
Precisam passar pelo Congresso algumas mudanças. Quanto ao acordo coletivo com força de lei, a regra poderá ser aplicada em 12 casos específicos. Um deles é o parcelamento do gozo das férias anuais em até três vezes, com pagamento proporcional, desde que um dos períodos corresponda a pelo menos duas semanas de trabalho.

A regra também vale para jornadas de trabalho diferentes de 8 horas por dia, desde que respeite limites de 12 horas em um dia, 44 horas por semana (ou 48 horas, com horas extras) e 220 horas mensais e para parcelar o pagamento da PLR; regulamentar as horas extras quando o empregado se desloca usando transporte da empresa; intervalo de almoço, respeitando mínimo de 30 minutos; ingresso no PSE e dispor da ultratividade.

Horas que excederem a jornada normal poderão ser convertidas em banco de horas com acréscimo de no mínimo 50%. Trabalho remoto, remuneração por produtividade, registro da jornada de trabalho e plano de cargos e salários também estão entre os casos nos quais a regra poderá ser aplicada.

Contrato temporário
A proposta estabelece um período de 120 dias, prorrogável uma vez por igual prazo. Se esse máximo for excedido, o contrato passa a ser por tempo indeterminado. Atualmente, são permitidos contratos por 90 dias.

O texto substitui a modalidade atual de até 25 horas semanais sem hora extra por outras duas opções. Uma delas é a de contrato de até 30 horas semanais, sem horas extras. Outra é fixar até 26 horas semanais, com até 6 horas extras, pagas com acréscimo de 50% sobre a hora normal. A medida ainda vai estabelecer férias de 30 dias para todos. Hoje, os contratos parciais dão só 18 dias.

Fonte: Diário do Nordeste

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Conheça alguns alimentos que não são tão saudáveis quanto parecem

Uma das maiores preocupações de quem quer levar uma vida saudável e/ou perder peso é, sem dúvidas, a alimentação. Nesse sentido, somos condicionados a acreditar que determinados produtos são mais saudáveis do que outros e por isso acabamos fazendo opções que nem sempre são as mais corretas.

Tudo bem que você sabe que tomar refrigerante não é uma boa ideia. Mesmo os de baixa ou zero caloria não são indicados. No caso desse tipo de bebida, o excesso de açúcar, de sódio e de adoçantes é extremamente prejudicial à saúde.

Aí você decide comprar um suco de caixinha, pois a bebida, aparentemente, é natural e mais saudável. Mentira. Sucos de caixinha têm grandes quantidades de açúcar, corantes e conservantes. Mesmo as versões light não são indicadas. O jeito mesmo é você deixar a preguiça de lado, ir à feira, comprar algumas frutas frescas e preparar seus sucos na hora. Se não for assim, não é natural.

Aliás, é bom que você consuma esses sucos em no máximo 60 minutos. Então não está permitido fazer dois litros de suco e tomar durante o dia ou a semana. Isso porque os nutrientes e as vitaminas da bebida já não estarão mais lá, esperando por você. A Vitamina C, por exemplo, tem fama de ir embora fácil, fácil. Então agora você sabe: nada de refrigerante nem de suco de caixinha.

Outro falso alimento saudável é a popular barrinha de cereal, que muita gente carrega no bolso e come como lanche da manhã ou da tarde. A barrinha tem cara de boa moça devido à baixa dose calórica e por ser uma boa fonte de fibras. Até aí, tudo bem. Você precisa ficar atento, porém, ao tipo de barra que compra. Basta dar uma conferida rápida no rótulo das embalagens e checar se o produto não tem muito açúcar, sódio e gorduras saturadas. É bom também que você escolha um produto sem muitos conservantes.

Com o inverno se aproximando e o friozinho dando as caras em diversos lugares do Brasil, a sopa de pacotinho, aquela em pó, parece ser uma boa pedida para quem quer ter uma janta mais leve, certo? Errado! Se você é hipertenso, é bom descartar esse tipo de alimento, que tem valores altos de sódio. Se não é, o ideal é consumir moderadamente.

E se, por acaso, você tem o costume de comprar bebidas indicadas para quem pratica esporte, tome cuidado! Elas contêm grandes quantidades de potássio e sódio e servem para quem pega pesado na academia, na corrida, na natação. Se você não é o mais esportista de todos, não precisa ingerir esse tipo de bebida, e, se está acima do peso, nada de matar a sede com esses produtos, hein! A não ser que você não se incomode por ganhar uns quilinhos extras...

E se o seu café da manhã é composto por pães multigrãos, cuidado com outra cilada! Muitas vezes esses produtos são fabricados com grãos refinados, que acabam não sendo mais ou menos saudáveis do que o pão normal. O negócio é ficar sempre de olho nas informações nutricionais dos produtos que você consome – elas não estariam ali se não fossem importantes!

E antes que você saia por aí dizendo que nada mais faz sentido, que é impossível ter uma vida saudável e que a solução é comprar um quilo de chocolate, calma! Ser saudável e manter o peso pode ser muito mais fácil do que você imagina!

O ideal é manter uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos integrais (de verdade), muita água e, claro, é importante comer a cada três horas e em pequenas quantidades – assim você não vai ter aquela fome monstruosa na hora do almoço ou do jantar. Se puder, não deixe de praticar alguma atividade física pelo menos três vezes por semana. E, se ainda está difícil, talvez esteja na hora de você procurar um nutricionista e pedir ajuda.

Fonte: Ponto Vida

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11% do território cearense está desertificado e perdeu a capacidade produtiva

Em até dois anos deve ser finalizado um estudo que vai mapear 90% do solo do Ceará. A análise vai subsidiar um novo planejamento agrícola que pode ser eficaz às ações de combate à desertificação no Estado, já que o problema é gerado principalmente pelas atividades humanas que degradam o solo.

A gerente de recursos ambientais da Funceme, Margareth Carvalho, alerta que 100% do território cearense é suscetível à desertificação. Ela destaca que o uso adequado do solo pode minimizar e, até mesmo, reverter o problema.

“Tem componente de ordem social, econômica e cultural que deve ser percebida em todo esse processo. Grande parte dessa população que está nessa região que produz são pessoas de baixo poder aquisitivo para investir em melhores práticas. A própria queimada que ainda se faz, infelizmente, é a alternativa que o pequeno agricultor tem para limpar essa terra que ele vai plantar”, diz.

11% do território cearense já perdeu totalmente a capacidade produtiva, o que representa 16 mil quilômetros quadrados. Ao afirmar que é complexo reverter as áreas desertificadas, a professora do Departamento de Geografia da UFC Marta Celina Linhares afirma que o Governo tem feito apenas ações pontuais desde que assinou a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, há 23 anos.

As áreas mais críticas no Estado estão concentradas no médio Jaguaribe, Sertão dos Inhamuns, Irauçuba e nas regiões circunvizinhas. Desde 2011, a Associação Caatinga desenvolve, no Ceará e no Piauí, ações de combate à desertificação junto a 3 mil e 300 famílias. Boa parte delas residem na região dos Sertões de Crateús.

O coordenador geral da associação, Rodrigo Castro, ressalta que as áreas precisam de uma grande intervenção nos locais em que o processo de desertificação é ainda mais acentuado as ações devem ser ainda mais estruturadas.

“Recuperar a estrutura e a fertilidade do solo como primeiro passo para recompor e ter alguma chance de recompor a recuperação do solo e que ele seja a base ou substrato para a recuperação da floresta da restauração que viria a seguir. É um processo de médio, longo prazo, complexo e que exige investimento e pesquisa”, explica.

12% do território nacional possui algum grau de desertificação, segundo relatório do Plano Nacional de Combate à Desertificação.

Fonte: Tribuna do Ceará

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Inscrição para o Enem 2017 sobe e começa no dia 8; veja o que muda

O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deste ano terá taxa de inscrição mais cara e provas aplicadas em dois finais de semana seguidos. Essas são as duas principais mudanças no exame que serão anunciadas pelo MEC nesta segunda-feira (10).

As provas serão realizadas em dois domingos, nos dias 5 e 12 de novembro. Já a taxa de inscrição será de R$ 82, um aumento de R$ 14, ou 20,5%. No ano passado, a inscrição custou R$ 68.

O período de inscrição vai das 10h do dia 8 de maio até as 23h59 do dia 19 de maio, pela internet. A taxa de inscrição poderá ser paga até o dia 24 de maio.

As regras de isenção da taxa de inscrição também mudaram para parte dos participantes de baixa renda. Este ano será preciso estar inscrito no Cadastro Único do governo federal, utilizado para o acesso a programas sociais como o Bolsa Família, a depender da faixa de renda declarada ao pedir a isenção.

Estudantes do 3º ano do ensino médio da rede pública continuam tendo direito à inscrição gratuita.

O resultado do Enem é utilizado como seleção para o ingresso em universidades públicas de todo o país.

Aplicação das provas
Este será o primeiro ano em que as provas serão identificadas por estudante, com o nome do inscrito no caderno de provas. Será mantida a divisão dos cadernos de provas por cores, cada cor de caderno com um gabarito diferente.

A identificação no caderno de prova é uma medida que tem o objetivo de dar maior segurança ao exame, dificultando vazamentos dos cadernos de prova, por exemplo, segundo afirma o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), entidade ligada ao MEC (Ministério da Educação) que organiza a aplicação do exame.

Outra mudança para este ano é a realização da prova de redação no mesmo dia das provas de Ciências Humanas e Linguagens. Será no primeiro domingo do exame, 5 de novembro. O tempo de prova no dia da redação permanece o mesmo: 5h30.

No segundo domingo de provas, os inscritos farão os testes de Matemática e Ciências da Natureza. As provas de cada área do conhecimento continuam tendo 45 questões.

A presidente do Inep, Maria Inês Fini, afirma que a opção por realizar as provas em dois domingos, e não no sábado e no domingo como era até o ano passado, é uma escolha para respeitar a opção religiosa daqueles que não podem realizar atividades durante o sábado.

Uma consulta pública realizada este ano pelo MEC também apontou a preferência pela realização das provas em dois domingos seguidos.

Valor da inscrição
O aumento no valor da taxa de inscrição é justificado pelo Inep como uma necessidade de recuperar parte da defasagem entre o valor da inscrição e o custo de realização da prova.

Atualmente, as inscrições cobrem cerca de 30% dos custos de realização do Enem, que no ano passado ficaram em torno de R$ 788 milhões.

Na edição de 2016, para que as inscrições cobrissem todos os custos, cada pessoa que realizou a prova deveria ter pago R$ 92. Mas a taxa de inscrição foi de R$ 68, e a maior parte dos candidatos (70%) foi isento do pagamento.

O aumento no valor da inscrição, segundo o Inep, foi calculado com a correção pela inflação do valor da taxa desde o último reajuste na inscrição, que em 2015 passou de R$ 35 para R$ 63.

Segundo o Inep, a tendência é que a partir dos próximos anos o valor da taxa seja corrigido apenas pela inflação.

Isenções
Continuam isentos concluintes do ensino médio de escolas públicas, ou seja, aqueles que estão cursando o 3º ano do ensino médio, e também quem tiver cursado todos os três anos do ensino médio em escolas da rede pública ou como bolsista integral de escolas particulares.

A isenção vale também para participantes de baixa renda com renda familiar por cada membro da família de até um salário mínimo e meio (R$ 1.405,50).

Também podem pedir isenção os participantes de baixa renda que atendem aos critérios de inscrição no Cadastro Único do governo federal, utilizado para o acesso a programas sociais, como o Bolsa Família.

Neste último caso, é considerado de baixa renda o participante de família que tiver uma renda familiar mensal de até três salários mínimos (R$ 2.811), ou de até meio salário mínimo (R$ 468,50) por cada membro da família.

Os inscritos nessas condições que pedirem isenção deverão estar inscritos no Cadastro Único, critério que passa a ser exigido nessa edição da prova.

Eles poderão informar o número do NIS (Número de Identificação Social), usado no cadastro do governo, no ato da inscrição.

O Inep acredita que a nova exigência deverá reduzir o número de pessoas que pedem a isenção sem estar na faixa de renda que possui direito à gratuidade. Mas, segundo o Inep, caso o participante não saiba ou não possua o NIS, ele continua podendo pedir a isenção, desde que consiga comprovar, posteriormente, estar nas categorias que têm direito à gratuidade.

O Inep pretende cruzar os dados dos isentos com o Cadastro Único e com informações da Receita Federal em busca de eventuais fraudes. Caso fique comprovado que o participante que conseguiu a isenção não teria direito ao benefício a participação dele no exame será anulada.

O participante que tiver isenção da inscrição neste ano e faltar às provas terá que justificar a ausência caso queira pedir novamente isenção da taxa para o Enem 2018. A justificativa precisa ser apresentada por meio de atestado médico, documento judicial, certidão pública ou boletim de ocorrência.

Segundo Maria Inês Fini, do Inep, no ano passado cerca de 1,3 milhão de inscritos não foram fazer a prova e 40% dos ausentes era de isentos da taxa de inscrição. "Temos que cuidar do dinheiro público", diz a presidente do instituto. O Enem 2016 teve 9,2 milhões de inscritos.

Certificação do ensino médio
Este também será o primeiro ano em que o Enem não servirá para a emissão de certificados de conclusão do ensino médio. Isso fez com que o Inep estimasse em cerca de um milhão a menos o número de inscritos para este ano.

Até o ano passado, o Enem poderia ser realizado com esse fim. Para isso, era preciso alcançar pelo menos 450 pontos em cada uma das áreas de conhecimento das provas e nota acima de 500 pontos na redação. Cerca de 11% dos inscritos conseguiam esse resultado anualmente e obtinham a certificação.

Para a presidente do Inep, o Enem não é a prova adequada para medir o nível de conhecimento sobre o currículo do ensino médio. "O Enem não é um exame próprio para isso", ela afirma.

Agora, a certificação de conclusão do ensino médio deverá ser feita pelas provas do Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos), também aplicadas anualmente.

Nota por escola
Este será o primeiro ano em que o Inep não divulgará os resultados do Enem por escola. A mudança vem da avaliação do Inep de que o exame não é a prova específica para avaliar o desempenho das unidades de ensino.

Com o fim da nota por escola no Enem, o instituto quer este ano universalizar a prova do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), que será aplicada a todas as escolas da rede pública e particular.

As instituições privadas, no entanto, podem optar por não fazer o Saeb mas, como consequência, ficariam de fora da pontuação do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), hoje um importante ranking para comparar as instituições de ensino.

Necessidades especiais
Este ano os participantes surdos ou deficientes auditivos poderão participar da aplicação experimental da prova com o auxílio de um vídeo contendo as questões traduzidas em Libras (Língua Brasileira de Sinais). Eles continuam podendo optar por requisitar um intérprete de Libras para auxiliar na realização da prova.

Outra novidade é que os participantes que precisam pedir o tempo extra de uma hora para a realização da prova poderão fazer a solicitação já no momento da inscrição. Antes, esse pedido era comunicado aos fiscais no momento da aplicação da prova.

Podem pedir o tempo extra participantes que se enquadram em determinadas condições de saúde, previstas nas regras do Enem, como deficiências visuais, auditivas e dislexia.

Fonte: UOL

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Artista do Crato recebe convite de Madonna para pintar mural na África e é destaque no Fantástico



O Fantástico foi no Crato, no Ceará, conhecer quem é o artista que está desenhando nas paredes da cidade: o Wanderson Petrova. Ele tem 24 anos e pinta desde pequenininho. Fã de Madonna, não demorou muito e as paixões da infância passaram a colorir outras paredes. Nas pinturas tem paisagens, pássaros, flores, borboletas e Madonnas! Veja no vídeo como a estrela da música conheceu a arte do brasileiro e fez um convite muito especial.

Fonte: G1

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Polícias Militar e Civil do CE ganham 305 viaturas com nova padronização

O Governo do Ceará investiu em nova frota de viaturas das polícias Civil e Militar. O POVO Online apurou que 305 viaturas já foram adquiridas e estão recebendo novo layout. Dessas, 65 são para a Polícia Civil e 240 para a Polícia Militar.

O Governador Camilo Santana e o secretário de Segurança, André Costa, presenciaram a adesivagem dos novos veículos. A SSPDS informa que os carros, de modelo Duster, devem ser entregues em breve.

"Segurança é algo que precisa estar 24 horas olhando, analisando, investindo", disse o governador na tarde desta sexta-feira, 7. "Este mês vamos entregar as novas viaturas, estamos só aguardanmdo adesivagem dos carros".

O POVO Online apurou que o Governo investiu R$ 22 milhões na nova frota.

Fonte: O Povo

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Crítica às reformas de Temer, CNBB pretende levar o tema a missas e comunidades

Reformas como a trabalhista e a previdenciária, nos moldes propostos pelo governo do presidente Michel Temer (PDMB), podem até atender aos apelos do mercado, mas deixam de fora interesses básicos do cidadão –justamente o maior afetado por elas, e o que menos ou nada foi chamado a participar dessa discussão.

A opinião é da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), entidade que, nas últimas semanas, se reuniu com representantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e de outras centrais sindicais no debate por uma agenda de mobilização contra as reformas. No último dia 23, a entidade divulgou uma nota em que criticou duramente a reforma previdenciária ao afirmar, por exemplo, que a proposta defendida pelo governo "escolhe o caminho da exclusão social".

"Por que não discutir abertamente com a sociedade temas como esses, mas sem se preocupar em sinalizar apenas para o mercado, e sim, preocupado com o cidadão? Não é possível, a partir de um gabinete, determinar o que um cidadão pode ou não", afirma o secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, 66.

Arcebispo auxiliar de Brasília e desde 2001 secretário-geral da entidade, Steiner falou ao UOL sobre como a representação máxima dos bispos, de um país ainda de maioria católica, pretende atuar em relação às medidas defendidas por Temer, seja em posicionamentos oficiais –além de nota do mês passado, o assunto deve entrar na pauta da Assembleia Geral anual da CNBB, no final deste mês --, seja em ações práticas nas comunidades eclesiásticas –como, por exemplo, a abordagem crítica das reformas em missas.

"Não é uma posição político-partidária, mas política, no sentido da polis, do cuidado de todas as pessoas. É importante que se debata e que se converse sobre isso. E faremos", afirmou.

Leia, a seguir, a entrevista concedida por telefone.

UOL – Como a CNBB avalia a reforma da previdência defendida pelo governo do presidente Michel Temer?

DOM LUCIANO STEINER – Temos várias observações que já expressamos aos deputados, por meio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e também ao presidente Michel Temer, mas falamos disso explicitamente em uma nota.

A primeira preocupação é a necessidade de um debate com a sociedade. Uma reforma dessas não pode ser algo que o Executivo envie à Câmara e, depois, ao Senado, para que, após, se decida --ainda mais quando se envolvem milhões de pessoas.

Outra preocupação é sobre quais os dados reais, qual a dinâmica da Previdência, seja a Previdência Social, seja também a que envolve os funcionários públicos. É preciso colocar a sociedade a par, porque, sabendo do que se trata, não se negará a buscar, também, soluções para os problemas.

E há outra preocupação de que um dos argumentos é de que essas reformas "precisam sinalizar ao mercado". Ora: é o mercado que importa ou o cidadão e a cidadã brasileira que são importantes?

E como fica essa reforma em relação aos povos indígenas? Como ela fica para o agricultor familiar? Os povos indígenas e todas as pessoas, o Estado tem obrigação de assistir na velhice. Simplesmente colocar homens e mulheres no mesmo patamar da aposentadoria é não levar em consideração a jornada dupla ou tripla por parte da mulher. Ela tem algumas responsabilidades maiores do que tem o homem.

Além disso, exigem determinado tempo de trabalho mesmo para determinadas profissões que são muito exigentes, como professor. Ou mesmo o agricultor. Nasci em uma família de agricultores –como esperar que alguém chegue aos 65 anos [mínimos, para se aposentar] de sol a sol, após uma vida marcada também por decepções com as colheitas? São várias as questões que precisariam ser aprofundadas. Mas a maior preocupação nossa é como o Estado deve cumprir sua responsabilidade com as pessoas idosas, mas também as que se aposentam e não têm determinada assistência. Também as pessoas que sofrem acidentes, ou as que nascem com dificuldades de locomoção ou intelectuais.

Por que não discutir abertamente com a sociedade temas como esses, mas sem se preocupar em sinalizar apenas para o mercado, e sim, preocupado com o cidadão? Não é possível, a partir de um gabinete, determinar o que um cidadão pode ou não.

UOL – O senhor sente que se tenta aprovar essas medidas sem que a sociedade seja ouvida?

STEINER – Essa não é só uma sensação, é algo real. Tanto que esta havendo manifestações em que as pessoas querem ser ouvidas, elas querem participar. Acho que todo mundo entende que haja uma necessidade de determinadas mudanças. Mas não pode ser algo elaborado por um pequeno grupo. E por que não discutir os altos salários, as altas aposentadorias? Por que não incluir todo mundo no debate? Creio que isso é muito importante, porque estamos falando do nosso futuro.

UOL – Na nota emitida mês passado, contrária às reformas, a CNBB afirmou que "O debate sobre a Previdência não pode ficar restrito a uma disputa ideológico-partidária, sujeito a influências de grupos dos mais diversos interesses." Um trecho como esse cita também bancadas como a da bala e a evangélica no Poder Legislativo?

STEINER – Não estamos falando dessas bancadas, especificamente. Estamos falando de pessoas que tenham interesse de facilitar o mercado em detrimento do cidadão. É uma questão ética. A Constituição Federal de 1988 colocou uma questão muito importante: criou uma espécie de solidariedade social com a Previdência. Sentimos que essa solidariedade social dentro dessa nova proposta está sendo rompida.

UOL – E qual o efeito mais imediato desse "rompimento"?

STEINER – Qual a contribuição que podem dar, por exemplo, para as pessoas que vivem de uma cultura de subsistência? Ainda não temos incluídas na Previdência todas as pessoas. Tivemos o acréscimo de 13 milhões de pessoas que estavam fora da Previdência Social, mas, com a Constituição, devagar, foram sendo incluídas. Com a nova reforma, temos a sensação de que elas serão completamente excluídas. Temos povos indígenas e outros pequenos que ainda não têm contato com a sociedade --e como serão inseridos? Como essas comunidades distantes, como os quilombolas, serão inseridas? Existe um corte muito claro da solidariedade social.

UOL –  "Mais que apoio político, é preciso apoio humanitário" às reformas, salientou esta semana o presidente da CUT, Vagner Freitas, depois de se reunir com a CNBB para falar sobre as reformas em curso. Na prática, o que isso vai significar?

STEINER – É preciso apoio humanitário no sentido de haver solidariedade social: o Estado deve cuidar dos mais frágeis e assistir as pessoas. Se em uma família nasce uma criança que tenha necessidades especiais, por exemplo, pode ser que, até determinado tempo, essa família dê conta dessa situação. Se não conseguir, o Estado terá que suprir, isso é uma questão de humanidade. Mas também é preciso fazer a diferenciação entre homem e mulher na questão de idade mínima, bem como às profissões que têm uma exigência maior, e não só pelo aspecto da insalubridade. Exigir de todos dentro de uma mesma regra demonstra falta de solidariedade social.

Isso está expresso também no fato de que não se pode pensar na Previdência apenas como contribuição do trabalhador e da cota patronal. O Estado, na coleta que faz de impostos, também tem uma obrigação. Isso eu também chamo de solidariedade social. Não se pode pensar simplesmente que a contribuição do trabalhador e a cota patronal serão suficientes para assistir tantas pessoas. É claro que não serão suficientes. É preciso criar então outros mecanismos que ajudem nessa solidariedade social.

UOL – De que maneira a CNBB considera que é preciso "movimentar a sociedade" em relação às reformas, como dirigentes da entidade colocaram, publicamente, nos últimos dias?

STEINER – Debatendo isso, o que já está acontecendo, hoje, por exemplo, pelo diálogo nas comunidades e nas audiências públicas em diversos municípios. Buscamos criar consciência e levar as pessoas a perceberem as dificuldades dessa reforma e propor, de outro lado, soluções. Não vemos, aliás, nenhum problema de que pessoas se manifestem sobre isso, publicamente, nas ruas. Aliás, são importantes as manifestações para que o Congresso e o Executivo percebam que a sociedade está atenta agora, e não apenas em relação às eleições de 2018.

UOL – O presidente da CNBB, Dom Sergio da Rocha, afirmou em entrevistas que o tema das reformas precisa ser debatido nas comunidades, mas deixou a forma como isso será feito a critério dos bispos diocesanos. O senhor vê com bons olhos um padre abordar criticamente a reforma em uma missa, por exemplo?

STEINER - Sugerimos aos bispos para lerem a nota da CNBB [sobre a reforma da previdência] nas missas. Não é uma posição político-partidária, mas política, no sentido da polis, do cuidado de todas as pessoas. É importante que se debata e que se converse sobre isso. E faremos. É importante lembrar, aliás, que a própria lei impõe restrições à atuação político-partidária dentro das igrejas. Mas abordar questões tão importantes sobre a questão do trabalho, da previdência, e outras, como aborto, têm a ver com política, só que no sentido do bem comum. Aqui não se está atacando o governo, mas se está atacando propostas – e dialogando sobre propostas. Acho que é bem diferente.

UOL – Há alguma conversa entre a Igreja Católica e outras religiões sobre essas reformas?

STEINER – Não temos nada estabelecido nesse sentido, nada oficial, ainda que haja, claro, um diálogo entre as religiões. Mesmo porque várias igrejas têm tomado essa iniciativa também e emitido notas, como fizemos.

UOL - Em que ponto se verificou a necessidade de a Igreja chamar para si essa articulação – lembrando que a CNBB tem se reunido, nos últimos dias, com entidades como a CUT e outras centrais sindicais?

STEINER – A CNBB é procurada para debater muitos temas, não se recusa a receber ninguém --inclusive quem tem posições contrárias. Nesses momentos de maior tensão muitas entidades e pessoas nos procuram. Claro que isso ajuda a refletir, e tudo o mais. Mas em se tratando de temas que envolvem os mais pobres e os mais fragilizados, temos nos manifestado e procurado dialogar com Executivo e Congresso. Sempre temos feito isso.

UOL – As reformas do governo Temer podem pautar de alguma forma a Assembleia Geral da CNBB [que acontece de 26 de abril a 5 de maio]? Como será a participação da entidade, este ano, nos eventos do 1º de Maio, que devem ter um contorno político forte por conta das reformas?

STEINER – A pauta e os temas das assembleias são sempre preparados com antecedência; as notas e manifestações são decididas no início. Mas sempre temos nos manifestado como CNBB para o 1º de Maio. Certamente acontecerá de novo este ano, da mesma forma que vai haver uma manifestação dos bispos na assembleia sobre as reformas.

UOL – Ao se referir à reforma, a CNBB tem se mostrado preocupada com aqueles que ficam expostos à vulnerabilidade social e chegou a defender que "nenhuma solução para equilibrar um possível déficit pode prescindir de valores éticos-sociais e solidários." Nesse contexto, como a entidade avalia o cenário atual de polarização política no país, e em que medida discursos como o do deputado Jair Bolsonaro, que se coloca pré-candidato à Presidência, mas que, em declarações recentes, fez ataques à figura da mulher e do negro, contribui ou não para isso?

STEINER – Creio que, em relação à reforma da Previdência e outras reformas, não existe muita polarização. E acho que a polarização está diminuindo cada vez mais. Existe uma tensão crescente, mas não na sociedade: é uma tensão no sentido de que essa reforma, do jeito que está, não deve passar.

Penso que sobre a polarização politica, existe hoje, de um modo geral, mais possibilidade de diálogo.

Sobre os discursos, internamente ainda não conversamos oficialmente sobre isso. Mas é claro que todas as declarações que levam ao descarte das pessoas ou ao preconceito nunca são convenientes a um debate político --isso prejudica a própria política, que é muito importante. Vemos crescer um preconceito contra a política, mas ela é necessária até como elemento que ajude na construção da harmonização social.

Fonte: UOL

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Crato (CE): Agricultor mantém uma casa de sementes crioulas

Uma casa, mais de 50 variedades de sementes crioulas. É com orgulho que o agricultor Juvenal Januário Matos, conhecido como Seu Juvenal, "com quase oito décadas de vida" como ele gosta de frisar, expõe seu estoque de sementes acondicionado em garrafas pet na sala de sua residência, no bairro Batateiras, neste município, na região do Cariri. Há quase 20 anos, ele e mais três agricultoras, dentre elas, sua esposa, Durçulina Gomes de Matos, 83, tiveram a ideia de criar um mecanismo em defesa dos longos períodos de estiagem que assolam o Ceará.

"O agricultor vive da terra, do plantio. Seja para vender ou para se alimentar. Nós precisamos das sementes e, quanto melhor sua qualidade, melhor será o alimento servido à mesa", inicia Seu Juvenal, homem sábio e que impressiona com o fino trato com as palavras e convicção com que as diz. "Antigamente, não se tinha o hábito de guardar sementes de forma coletiva. As pessoas não pensavam muito no futuro como um todo e também não achavam que podia vir uma seca tão grande, como a de agora. Mas, em 1986, minha esposa e eu começam a pensar nisso e três anos depois criamos a 'Casa das Sementes'", relembra.

Inicialmente, o objetivo dos agricultores era "garantir alimentação saudável e permanente", conforme destaca Edite Dias de Oliveira, 77. A execução do projeto aconteceu de forma democrática e organizada. "Criamos uma associação, que na época tinha 46 pessoas, e depois um estatuto com as normas da Casa com a aprovação de todos, assim como a escolha do nome. A Edite sugeriu 'Germinação Para Valer' e eu 'Senhor dos Exércitos', que acabou ganhando com 42 votos", lembra Seu Juvenal. O nome, segundo ele, é uma referência às batalhas diárias travadas pelo homem do campo em busca da sobrevivência.

O funcionamento é simples e se baseia no sistema de empréstimo e devolução. Coletivamente, os associados definem a quantidade de sementes que cada agricultor precisa, levando em consideração, por exemplo, a área total do plantio. A quantidade emprestada é devolvida com o dobro para a Casa de Sementes.

"Isso garante que o estoque esteja sempre mantido", frisa Juvenal Januário. Em períodos de seca, no entanto, a devolução pode ser feita em dois ou três anos. "Se o agricultor teve perca na colheita, a gente aceita receber, sem multa, a semente no ano seguinte", complementa o criador do modelo alternativo de administração coletiva das reservas de sementes.

Diversidade
Em 1998, quando criada, a Casa contava com mais de 70 variedades de sementes. Hoje, devido à seca e "a falta de compromisso e honestidade de alguns agricultores", esse número foi reduzido. "Chegamos a ter apenas 35 variedades; hoje são em torno de 50", todas orgânicas e nativas. Todas estocadas em garrafas pet devidamente nomeadas com a caligrafia dos próprios agricultores. Ao lado da descrição, o ano em que a semente foi armazenada.

São também a garantia da diversidade alimentar e contribuem ainda com a biodiversidade dentro dos sistemas de produção. Por outro lado, a não utilização de sementes híbridas e agrotóxicos faz com que o plantio demore um pouco até dar retorno. "Essa é outra questão importante da Casa. A gente se organiza para ter alimento saudável, mesmo que demore um pouco mais", justifica a agricultora Maria do Socorro da Silva, 64, que completa o quarteto pioneiro do projeto.

Outro beneficio apontado por eles é a não-dependência das sementes entregues pelo Governo, através do Programa Hora de Plantar, que este ano distribuiu mais de três toneladas de sementes para 150.639. As chamadas "sementes transgênicas", nome dado aos organismos geneticamente modificados causam aversão ao Seu Juvenal. "Não gosto nem de ouvir falar esse termo", diz ele. Em sua avaliação, "a natureza é a única que deve se encarrega de melhor a genética das sementes".

Estoque
50 variedades de sementes crioulas, todas orgânicas e nativas, estão estocadas em garrafas pet nomeadas com a caligrafia dos agricultores.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Por austeridade, Brasil vota contra resolução de direitos humanos na ONU

O Brasil votou contra uma resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU que renovava o mandato da ONU (Organização das Nações Unidas) para monitorar os impactos das políticas fiscais sobre os direitos humanos, argumentando que a medida é contrária às reformas econômicas do governo.

O voto foi uma mudança brusca de posicionamento, já que o Brasil não costuma votar contra resoluções no conselho, no máximo se abstém, e já havia apoiado essa mesma resolução quando ela foi apresentada em 2008, 2011 e 2014.

A resolução critica especificamente programas de austeridade fiscal como aqueles que estão sendo implementados no Brasil. "Programas de reforma estrutural e condicionalidades limitam gastos do governo, estabelecem tetos de gastos e não dão atenção adequada à oferta de serviços sociais, e apenas alguns poucos países conseguem atingir uma taxa de crescimento mais alta e sustentável com esses programas."

O Planalto já tinha se irritado com a ONU em dezembro, quando o relator Philip Alston afirmou que a PEC que limita gastos públicos nos próximos 20 anos "é inteiramente incompatível com as obrigações do país em direitos humanos".

"O efeito principal e inevitável da emenda, que visa a congelar o orçamento para mostrar austeridade fiscal, será prejudicar os pobres pelas próximas décadas", disse Alston, afirmando que a legislação irá resultar em gastos reduzidos em saúde, educação e previdência.

Ao explicar o voto contra a resolução, a representante do Brasil na ONU, Maria Nazareth Farani Azevedo, defendeu longamente as políticas de austeridade propostas pelo governo Temer e criticou as gestões petistas.

"A resolução é contrária aos principais elementos da política econômica atual no Brasil, particularmente nossos esforços para retomar equilíbrio fiscal e, dessa maneira, preservar as políticas sociais do país", disse ela. Segundo Azevedo, o texto aborda questões cruciais de forma "desequilibrada e parcial".

A embaixadora se queixou de que Cuba, que propôs a resolução, não havia incorporado sugestões do Brasil.

"Acreditamos que os Estados podem implementar reformas estruturais que sejam compatíveis com o objetivo de melhorar os serviços sociais, mas a resolução não reconhece isso."

Em sua resposta diante de representantes na ONU de diversos países, a embaixadora se lançou em uma vigorosa defesa das políticas do atual governo.

"Apesar da mais séria recessão econômica já registrada na história do país, o Brasil tem conseguido achar seu caminho para a recuperação. Nos 9 meses do governo Temer, medidas importantes foram aprovadas, outras reformas estão em discussão, todas com o objetivo de preservar as políticas sociais e proteger os direitos à educação, saúde, moradia", disse.

E criticou as gestões anteriores. "O aumento dos gastos públicos para os níveis registrados nos últimos anos não vai garantir progresso social no Brasil, ao contrário, ele não é sustentável e teria efeitos desastrosos para a economia, que poderiam ameaçar os avanços sociais que buscamos."

Apesar da oposição brasileira, a resolução foi aprovada com 31 votos a favor e 16 contra. O voto brasileiro significou também uma ruptura com as nações do "sul geopolítico", que votaram em bloco a favor da resolução.

O Brasil se alinhou a países como Estados Unidos e Reino Unido, cujo representante afirmou que o conselho de direitos humanos não é o lugar correto para se discutir dívida externa.

"Foi uma tentativa fracassada do Brasil de minar a capacidade da ONU de monitorar os efeitos de reformas econômicas e fiscais sobre os direitos humanos", disse Camila Asano, coordenadora de Política externa da Conectas.

A resolução determina que um relator da ONU irá avaliar os impactos das reformas econômicas sobre os direitos humanos e organizar consultas de especialistas. A embaixadora se opôs a essa avaliação, dizendo que ultrapassa o mandato do conselho de direitos humanos da ONU.

Itamaraty
Em nota, o Itamaraty afirmou que propôs modificações ao projeto de resolução proposto por Cuba, mas as sugestões não foram aceitas. Segundo pessoas que acompanharam a decisão, o governo brasileiro considerou que o parágrafo 2 da resolução questiona a política fiscal do governo brasileiro, portanto é inaceitável.

O trecho critica "programas de reforma estrutural" que estabelecem "tetos de gastos e não dão atenção adequada aos serviços sociais".

Esse mesmo parágrafo, ipsis litteris, estava na resolução de 2014 que foi aprovada pelo governo brasileiro.

"A resolução deixa de reconhecer que há uma variedade de políticas pelas quais os países podem implementar reformas estruturais, desde que levem em consideração a promoção e proteção dos direitos humanos, garantindo o suprimento de serviços sociais e a capacidade de manter padrão de crescimento sustentável", diz a nota do ministério.

"Ao invés disso, o texto da resolução vale-se de linguagem restritiva para caracterizar qualquer programa de reformas estruturais como limitador do gasto público e da atenção adequada à provisão de serviços sociais."

O Itamaraty ressaltou que estará aberto a eventuais visitas do relator da ONU, cujo trabalho de monitoração dos efeitos das políticas fiscais está previsto na resolução. O ministério afirmou que mantém o "apoio ao sistema internacional de direitos humanos" e está aberto a visitas ao país de todos os relatores especiais da comissão. 

Fonte: Folha.com

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Lula se diz "ansioso" para depor a Moro: "Não sei o limite deles em invadir minha vida"

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (7) que está "ansioso" pela audiência em que vai depor ao juiz da 13ª Vara Federal do Paraná, Sergio Moro, em Curitiba. O depoimento está marcado para o próximo dia 3 em processo da Operação Lava Jato.

"Estou ansioso para esse depoimento –vai ser a primeira oportunidade que terei de saber qual a acusação contra mim, que tipo de prova eles têm. Até agora, a única coisa que ouvi dizer é que não devo esperar provas: o que eles têm contra mim é convicção", disse, referindo-se, ainda que implicitamente, ao MPF (Ministério Público Federal). Em setembro do ano passado, ao apresentar denúncia contra Lula, o procurador Deltan Dallagnol, da força-tarefa da Lava Jato, afirmou: "Provas são pedaços da realidade, que geram convicção sobre um determinado fato ou hipótese. Todas essas informações e todas essas provas analisadas como num quebra-cabeça permitem formar seguramente, formar seguramente a figura de Lula no comando do esquema criminoso identificado na Lava Jato."

As declarações foram dadas em entrevista à rádio O Povo/CBN, de Fortaleza. Ainda sobre o depoimento a Moro, o ex-presidente lembrou que, por ordem do magistrado, já teve sigilos bancário e telefônico quebrados –um deles, de uma conversa com a então presidente Dilma Rousseff --, e disse que quer "ir lá, responder as perguntas do juiz, saber as provas que ele tem contra mim". "Prova significa documento, coisa escrita, conta bancária. Já quebraram meu sigilo, o sigilo da minha mulher, uma conversa minha com a Dilma... Não sei qual o limite deles em invadir a minha vida", concluiu.

Frente a frente com Moro
Indagado sobre o que pretende dizer ao juiz, porém, Lula desconversou. "Não pretendo dizer nada – mas ouvir que provas eles têm contra mim. Acho que o Moro tem um papel importante na história do país --a única coisa que eu condeno é usar a imprensa para condenar antes de ter as provas", criticou.

O depoimento está marcado para 3 de maio, às 14h, na Justiça Federal do Paraná. 

Lula será o último a depor de uma série de interrogatórios já feitos com acusados envolvidos no processo relativo à reforma de um tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, de um sítio em Atibaia, no interior de São Paulo. A primeira vez que Lula conversou diretamente com Moro foi em 30 de novembro do ano passado, quando testemunhou em defesa do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 

Fonte: UOL

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Correios vai demitir servidor concursado

O presidente dos Correios, Guilherme Campos, vai anunciar em breve a mais polêmica decisão da história da estatal, diante da séria crise pela qual passa: o programa de Dispensa Motivada – na qual terá de demitir servidores para a empresa sobreviver.

O PDI – Programa de Dispensa Involuntária, no qual 5,5 mil funcionários deixaram a empresa, não foi suficiente para parar a sangria. Na Dispensa Motivada, ainda não há um número, mas a direção já faz levantamento de quais setores serão atingidos.

A direção dos Correios prepara sua defesa jurídica baseada no artigo 173, Parágrafo 1, Inciso II da Constituição, que permite adotar em empresa pública o regime jurídico de empresas privadas. E há brecha legal também para a Dispensa Motivada no Artigo 165 da CLT, na qual a estatal poderá alegar o grave quadro financeiro e econômico.

O cenário ocorre no momento em que a Câmara Federal aprova a lei da terceirização para o mercado de trabalho – embora este tema não esteja em debate na estatal.

Crise
Um integrante do Palácio revela que, na última década, mais de R$ 6 bilhões foram retirados dos Correios para ‘pagar dividendos’ – ou seja, para até manter o superávit primário.

Os funcionários foram avisados também da suspensão das férias. “Isso terá impacto de R$ 1 bilhão (a menos na conta) em 12 meses”, diz à Coluna o presidente dos Correios.

O clima é de protesto e tensão na estatal. Sindicatos das categorias já ameaçam paralisação. Campos alerta que as decisões são inevitáveis para a empresa sobreviver.

Apontada como uma solução, a privatização está fora de questão. “A missão que o presidente Temer e o ministro Kassab (Comunicações) deram é a recuperação da empresa”, diz Campos.

Fonte: Último Segundo

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Parece, mas não é: este vídeo prova que todos temos a mente poluída

As imagens que você confere abaixo não mentem: todos nós temos um canto obscuro na nossa mente que é capaz de ver o que não existe.

De acordo com o Gizmodo, o “bubbling” (nome da técnica utilizada no vídeo) foi criado em 2010 por um jovem mórmon que, por não poder ver pornografia, arranjou uma maneira de editar imagens normais com “bolhas” e enganar seu cérebro com a sensação de que as pessoas realmente estavam nuas.

Foi só uma questão de tempo – e olha que demorou! – até que alguém resolvesse aplicar a técnica com pessoas e cenas em movimento. E é aí que a coisa toda fica muito mais caliente. Por mais que algumas cenas do "Bubble Porn" pareçam meio absurdas na vida real, a simples técnica é capaz de fazer com que imagens comuns pareçam ter sido tiradas de um filme pornô.

E pra ninguém dizer que eu não avisei, esse não é o melhor tipo de vídeo para se assistir no escritório ou perto da mãe, por exemplo. Então, se você não puder conferir agora, coloque o vídeo nos favoritos, deixe-o aberto em uma aba escondidinha do navegador, faça qualquer negócio! Só não deixe de ver e comprovar que sua mente é realmente tão poluída quanto a de todos nós.


Fonte: Mega Curioso (via Gizmodo)

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Relator da Previdência quer idade mínima de 65 para homem e mulher

O relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), pretende apresentar na próxima quarta-feira (12) o parecer com idade mínima de 65 anos para aposentadoria, sem diferenciar homens e mulheres.

"Em relação à idade mínima de 65 anos, antecipo que não pretendo mudar isso no meu relatório. Esse é o ponto mais importante da medida", disse.

O parlamentar também apresentará uma alternativa às regras de transição da proposta original e defende que sejam considerados tanto a idade quanto o tempo de contribuição.

O texto enviado pelo Executivo considera exclusivamente a idade: prevê um pedágio de 50% do tempo que falta para a aposentadoria de mulheres a partir de 45 anos e de homens a partir de 50 anos. Para quem estiver abaixo disso, segundo a proposta do presidente Michel Temer, as novas regras valem de forma integral.

"Nós estamos avançando para um critério novo, que não posso detalhar. O básico para uma nova fase de transição é conciliar dois fatores: idade mínima e tempo de contribuição", afirmou o relator.

Oliveira Maia disse que, até a próxima semana, quer se reunir com as bancadas de partidos da base aliada na Câmara dos Deputados para ouvir as sugestões dos parlamentares. Ele disse, ainda, que pretende se reunir com partidos da oposição que demonstrarem interesse em um encontro. Segundo ele, isso só aconteceu, por enquanto, com o PSOL.

Depois de reunião no Palácio do Planalto, Oliveira Maia foi questionado sobre as alterações ao texto e disse que elas dependem mais do Legislativo do que do Executivo.

"As alterações na proposta dependem menos do governo federal e mais das bancadas parlamentares que serão ouvidas", acrescentou.

Parlamentares da base aliada —inclusive do PMDB de Michel Temer— reclamam de diversos pontos da proposta enviada pelo governo. Entre os pedidos, estão a flexibilização das regras da aposentadoria rural e do BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos ou pessoas com deficiência de baixa renda.

Outro ponto que gera reclamação de deputados é a proibição do acúmulo de aposentadoria e pensão. Há sugestões para permitir o acúmulo, desde que ele não ultrapasse o teto do INSS.

Atrasos
Oliveira Maia evitou dar prazos para aprovação na comissão e disse que dependerá da presidência do colegiado, ocupada pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS).

Marun disse, na última sexta-feira (31), que a aprovação deverá ocorrer na segunda quinzena do mês de abril. "Eu não quero comemorar o Dia do Trabalhador sem isso estar aprovado".

O presidente da comissão chegou a dizer que queria comer ovos de Páscoa com a votação do texto concluída, mas mudou de perspectiva nos últimos dias: "Eu só não quero esperar o Papai Noel".

A Folha mostrou que as votações das reformas trabalhista e da Previdência, prioridades do governo no Congresso em 2017, vão levar mais tempo do que o Palácio do Planalto esperava e podem ficar para o segundo semestre.

Depois de passar pela comissão, a reforma da Previdência ainda tem de ser aprovada em dois turnos no plenário da Câmara e no do Senado. 

Fonte: Folha.com

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‘Superalimentos’ podem desregular tireoide, irritar intestino e até causar câncer

Eles são saudados como peça chave para a saúde, mas os chamados superalimentos podem fazer mais mal do que bem. Essa foi a tese defendida pela especialista em nutrição inglesa Petronella Ravenshea para a revista americana Vogue. Alimentos como goji berries, quinoa e couve podem causar uma série de problemas que vão do mau funcionamento da tireoide à artrite. No artigo publicado na edição deste mês da revista, ela sentencia:

- Meu único comentário sobre esses alimentos é que eles devem ser evitados.

A especialista explica, por exemplo, que a couve - um favorito entre celebridades como Gwyneth Paltrow - pode interferir na função da tireoide quando ingerida crua.

Além disso, Petronella destaca que comer muitos grãos como quinoa - independentemente do quão saudáveis elas são - pode causar sobrecarga de compostos potencialmente irritantes ao intestino. Isso está relacionado ao fato dessas substâncias não estarem tão livres do trigo como nós imaginamos.

Já os goji berries são ricos em um composto químico que aumenta o risco do surgimento da chamada “síndrome do intestino permeável”. O consumo também deve ser moderado, especialmente para quem tem artrite.

A moda dos superalimentos
Segundo informações do jornal britânico Daily Mail, pesquisadores constataram que, no ano passado, 61% das pessoas compraram alimentos ou bebidas porque tinham rótulos de superalimento.

A Associação Dietética Britânica também chegou a alertar que muitos desses produtos nos dá falsas expectativas sobre seus benefícios. Por exemplo: precisaríamos beber 13 doses de suco de goji berry para obter tantos antioxidantes quanto uma maçã vermelha.

Ravenshear acrescenta que as sementes de chia - outro favorito de celebridades - também pode causar problemas intestinais. Embora ricas em proteínas e ômega -3, elas incham até formarem uma massa gelatinosa no estômago. Ainda que possam ajudar a reduzir o apetite, esses alimentos também são ricos em fitatos, compostos antioxidantes que têm o potencial de inibir a absorção de certos minerais, aponta a nutricionista.

Ela explica que o apelo em torno dos superalimentos está relacionado ao desejo de que exista uma “bala mágica” que faça perder peso, promova desintoxicação e rejuvenescimento. Por isso procuramos produtos que preencham essas lacunas nutricionais.

- Muitos são os alimentos antigos que foram redescobertos, adicionando uma camada extra de intriga para suas histórias. O cacau, por exemplo, vem dos maias e astecas; e o amaranto e a quinoa eram usados pelos incas. Elas podem ser exóticos e cheios de promessas, mas não precisamos comer frutas pouco conhecidas de lugares distantes ou alimentos de civilizações antigas para ficarmos bem - observa Petronella.

O que devemos comer?
Diante de tantas dúvidas, em que superalimentos devemos acreditar? A nutricionista lembrou que, no final do ano passado, peritos do Instituto de Medicina Funcional da Inglaterra votaram nos seguintes alimentos como benéficos para a saúde: abacate, espinafre, algas, romã, blueberries, brócolis, salmão do Alasca, amêndoas, óleo de coco, azeite e chá verde.

No entanto, alguns especialistas têm uma posição ainda mais forte: a de que os produtos que dizem prevenir o câncer na verdade podem fazer o contrário: ajudar a casuar a doença. É o caso do cientista James Watson - que ajudou a descobrir a estrutura do DNA. Em entrevista ao jornal britânico “Daily Mail”, ele disse que a cura para muitos cânceres permanecerá impossível a menos que os cientistas repensem o papel dos antioxidantes, incluídos em pílulas de vitaminas e alimentos como amoras e brócolis.

Segundo ele, muito se acredita que os superalimentos melhoram a saúde e combatem o câncer por enxugar as moléculas de oxigênio chamados radicais livres. No entanto, Watson argumenta que esses radicais podem ser a chave para a prevenção da doença, e esgotá-los pode ser contraprodutivo.

Watson ainda explica que um grande número de estudos já definiram que os antioxidantes, incluindo vitaminas A, C e E, não apresentam nenhum eficácia óbvia na prevenção do câncer de estômago ou no prolongamento da vida.

- Em vez disso, eles parecem encurtar um pouco a vida de quem os toma. A vitamina E pode ser particularmente perigosa - disse ao jornal britânico Daily Mail.

Fonte: O Globo

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15 anos depois, os Tribalistas estão de volta

Você era fã das músicas Já Sei Namorar ou Velha Infância, que dominaram as rádios brasileiras no início da década passada? Então se prepare, pois temos boas notícias: os Tribalistas voltaram a se reunir para criar novas músicas.

Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, os integrantes do grupo, se encontraram em março, mas ainda não têm mais detalhes sobre prazos ou novos projetos. O único álbum do grupo foi lançado há quase 15 anos, em 2002, e ocupou as primeiras posições das paradas de sucesso no Brasil e em alguns países da Europa. 

Recentemente, alguns 'indícios' de que o grupo poderia estar voltando puderam ser vistos nas redes sociais, com Marisa Monte publicando um trecho da música Paradeiro, dos Tribalistas, em seu Instagram. Arnaldo Antunes usou as redes e aproveitou o dia 1º de abril para relembrar uma paródia do grupo feita no programa Casseta e Planeta, anos atrás. 

A informação foi confirmada pela assessoria de Marisa Monte. Confira abaixo:

"Os Tribalistas na verdade nunca se foram. Desde que lançaram o disco do trio, em 2002, Marisa, Arnaldo e Carlinhos já se reuniram diversas vezes e compuseram cerca de 30 canções que foram gravadas individualmente por eles mesmos ou por outros intérpretes. Em março, eles se reuniram novamente para trabalhar novas canções, mas sem planos nem prazos".

Atualizada 07/04, às 11:30

O E+ entrou em contato com a assessoria de imprensa cada um dos artistas envolvidos. A representante de Carlinhos Brown confirmou que eles têm se encontrado, mas disse que não há nada definido sobre o retorno do trio. A reportagem tentou entrar em contato com a assessoria de Arnaldo Antunes, mas não obteve resposta.

Fonte: Estadão

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