Salário de Aécio é insuficiente para bancar aluguel estimado de mansão onde ele mora

A mansão onde o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) mora com a mulher e os dois filhos pequenos no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, custa mensalmente mais do que o salário dele.

O R7 apurou que a propriedade tem 1.032 m² de terreno e 718,25 m² de área construída.

O valor de IPTU de 2017 do imóvel foi de R$ 4.911,46. Apesar de a base de cálculo do imposto considerar que a mansão vale R$ 1,63 milhão, corretores consultados pela reportagem garantem que casas desse padrão naquela localidade custam entre R$ 5 milhões e R$ 7 milhões, o que eleva o aluguel pago pelo senador a algo próximo a R$ 25 mil, no mínimo.

O salário líquido de Aécio no mês de abril foi de R$ 22.759,22, segundo dados disponíveis no site do Senado.

Foi em outubro de 2015 que o tucano decidiu levar a família toda de vez para Brasília — até então eles moravam no Rio de Janeiro, em um apartamento próprio. O senador saiu de um apartamento funcional e não requereu desde então auxílio-moradia.

Considerando o valor estimado da locação, em menos de dois anos o senador teria de ter desembolsado cerca de R$ 500 mil de aluguel, isso sem considerar outras despesas fixas da casa, como luz, água, empregados, etc.

Em nota (leia abaixo), a assessoria de imprensa de Aécio Neves admite a locação do imóvel, mas não confirma o valor pago mensalmente. “O senador é locatário do imóvel em Brasília, em que reside com sua família desde 2015 e é o responsável pelo pagamento do aluguel".

Aécio Neves mantém ainda dois imóveis, um no bairro de Anchieta, em Belo Horizonte, e outro em Ipanema, no Rio de Janeiro. O R7 não conseguiu apurar o valor pago de condomínio nos dois apartamentos do senador afastado, mas segundo estimativa de corretores de imóveis, o valor dos dois podem chegar a R$ 8 mil. 

Ainda na capital fluminense, consta como residência de Aécio Neves um apartamento na avenida Vieira Souto, um dos metros quadrados mais caros do País. Sobre esse imóvel, a assessoria de Aécio Neves afirma que ele “pertence à família do senador há mais de 50 anos e não é de propriedade dele.”

Declaração de bens
Em um vídeo em que se defende das acusações em que é alvo na Lava Jato, Aécio Neves disse: “Não fiz dinheiro na vida pública”. Seus bens, porém, quadruplicaram entre sua campanha de 2010, quando foi eleito senador, e 2014, quando perdeu a disputa à presidência para Dilma Rousseff.

O senador afastado declarou em 2010 exatos R$ 617.938,42. Em 2014 seu patrimônio saltou para R$ 2.503.521,81. A assessoria de Aécio Neves declarou que sobre “o acréscimo patrimonial do senador Aécio Neves, informamos que ele se deveu a questões privadas em nada relacionadas a suas atividades na área pública ou ao exercício de seus mandatos.”

Na declaração de Aécio Neves em 2014 o que mais chama atenção são 88 mil cotas da Rádio Arco Íris, filial da Jovem Pan, em Belo Horizonte. O valor atribuído é de R$ 700 mil. Em 2016, depois de uma investigação do MPF (Ministério Público Federal), o senador afastado transferiu sua parte na sociedade para sua irmã, Andrea Neves, por R$ 88 mil.

Na época, o MPF acredita que houve violação constitucional nesse caso e cita que “por cinco anos e nove meses, portanto, desde o início de seu mandato de Senador da República, Aécio Neves da Cunha foi sócio de pessoa jurídica que explora serviço de radiodifusão, em violação à disposição expressa da Constituição brasileira”. E acrescenta que “a RÁDIO ARCO ÍRIS LTDA. violou, durante quase 6 (seis) anos, dispositivo expresso da Constituição, deturpando o princípio democrático no tocante aos meios de comunicação em massa, e unindo ao poder político o controle de tais veículos de comunicação.”

A assessoria de Aécio Neves afirma que sua participação na rádio não foi um investimento do político. Se trata de uma “transferência por sua mãe de cotas da Rádio Arco-Íris, no final de 2010, no valor à época de R$ 700 mil”. A assessoria confirma também a venda de suas aquisições, mas não explica a diferença de valores.

Nas declarações de Aécio Neves em 2014 ainda consta 19.791 cotas na empresa Perfil Agropecuária e Florestal que somam R$ 666.660,00. A assessoria do senador afastado afirma que este valor é “parte da herança de seu pai”, falecido no final de 2010.

Operação Lava Jato
Aécio foi figura central da operação Patmos, deflagrada no último dia 18, em que o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), afastou o senador do mandato parlamentar. Desde então, ele não saiu da mansão onde mora no Lago Sul.

Uma gravação feita pelo dono da J&F — holding que controla entre outras empresas a gigante de carne JBS — mostra Aécio negociando o recebimento de R$ 2 milhões com Joesley Batista. O dinheiro foi entregue ao primo dele, Frederico Pacheco, preso na operação.

A irmã do senador, Andrea Neves, que teria pedido inicialmente os R$ 2 milhões para o empresário, também está presa.

O tucano nega que o valor fizesse parte de qualquer troca de favores e diz que se tratava de um empréstimo, uma relação privada, para pagar advogados de defesa que cuidam dos processos dele na Lava Jato.

Andrea Neves, segundo as investigações, tentou vender um apartamento da família, a Joesley Batista. Avaliado em R$ 11 milhões, o imóvel, que pertence à mãe do senador afastado, foi oferecido ao empresário por R$ 40 milhões.

“O criminoso [Joesley Batista] queria era criar uma falsa situação que transformasse uma operação entre privados, que não envolveu dinheiro público, que não envolveu qualquer contrapartida, em um ato de aparência ilegal”, justificou Aécio no vídeo.

Outro lado
A reportagem do R7 questionou a assessoria do senador afastado ainda com as seguinte perguntas:

— É possível que saibamos o detalhamento de bens atual de Aécio Neves para compreendermos esses valores?

— O senador tem outra fonte de renda pessoal para custear despesas pessoais? Vocês gostaria de explicar esse ponto?

Até o fechamento desta reportagem, a assessoria de Aécio Neves não se pronunciou sobre nenhum dos temas.

Em nota, a assessoria de imprensa do senador afastado informa que "Aécio Neves é o responsável pelo pagamento do aluguel da moradia de sua família, assim como de seus demais gastos pessoais. Além da remuneração como senador, ele possui outras fontes de renda devidamente declaradas à receita federal e compatíveis com exercício de seu mandato. Entre essas,  a locação de imóvel de sua propriedade."

Sobre o apartamento que Andrea Neves tentou vender a Joesley, a assessoria do senador acrescenta o seguinte posicionamento: 

"O apartamento cuja venda foi proposta ao empresário Joesley Batista pela irmã do senador Aécio Neves é de propriedade da família há mais de 30 anos e foi avaliado por corretores autorizados.

O imóvel - uma cobertura duplex de 1.200 metros, localizado no bairro de São Conrado, no Rio de Janeiro -  e pertence à mãe do senador. O documento de avaliação do imóvel por corretores foi entregue ao ministro Edson Fachin, do STF, atestando a veracidade da intenção de venda por parte da família.

Joesley Batista aproveitou a oportunidade para forjar uma situação criminosa que o livrasse de responder na Justiça pelos crimes que ele cometeu".

Fonte: R7

Curta nossa página no Facebook

Enem 2017 tem o menor número de inscritos confirmados desde 2013

A edição 2017 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá o menor número de inscrições confirmadas desde 2013. Neste ano, o governo diz que ao menos 6,1 milhões de candidatos já estão aptos a realizarem as provas. Mas esse número pode subir, já que entre os 1,4 milhão que não confirmaram suas inscrições há pessoas que têm direito a recurso para tentar a isenção da taxa.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mudou neste ano os critérios de isenção. O órgão incluiu no sistema um cruzamento de dados entre a declaração de carência e os dados do governo federal sobre famílias carentes. Por isso, subiu o total de pedidos de isenção recusados no Enem.

Após a reclamação dos candidatos, o Inep fez um acordo com o Ministério Público Federal para dar um prazo para que esses inscritos possam recorrer e comprovar seu direito à isenção.

Além dos problemas com a isenção, o total de inscritos caiu porque o Enem não poderá mais ser usado como diploma de conclusão do ensino médio. Agora, essa função ficará com o o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).

No ano passado, 8.627.194 pessoas confirmaram a inscrição após o prazo de pagamento da taxa. No Enem 2015, esse número foi de 7.746.057 pessoas. O recorde histórico de inscrições confirmadas aconteceu no Enem 2014: foram 8.721.946 inscrições confirmadas após o prazo.

Direito à isenção
Antes, a isenção era automática para alunos concluintes do ensino médio. E havia ainda a possibilidade de autodeclaração de carência. Agora, isso mudou. A isenção é válida para pessoas que se encaixem em três categorias (clique aqui para saber mais).

Segundo Eunice Santos, diretora de gestão e planejamento do Inep, o órgão percebeu que muitos candidatos justificaram seus pedidos de isenção de forma " aleatória" (entre a Lei 12.799/2013 ou Decreto 6.135/2007) e os dados informados não "bateram" com o cadastro do Ministério do Desenvolvimento Social.

De acordo com o Inep, só podem recorrer os candidatos que pediram a isenção, não conseguiram a isenção, mas não efetuaram o pagamento da taxa de R$ 82. Ainda segundo o governo federal, o Inep não vai avaliar todas as 1,4 milhão de inscrições que não foram confirmadas: só serão avaliados os casos dos candidatos que enviarem os documentos exigidos para o e-mail isencaoenem@inep.gov.br.

Travestis e transexuais
Os travestis, transexuais ou demais candidatos e candidatas que desejam receber tratamento pelo seu nome social, e não civil, durante o exame, devem fazer a solicitação específica para isso. O prazo para isso termina às 23h59 do próximo domingo (4). A solicitação deve ser feita pelo site http://enem.inep.gov.br/participante.

Fonte: G1

Curta nossa página no Facebook

Aécio cobra lealdade de senador, que rebate: 'Não faço nada de errado, só trafico droga'

Os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Zezé Perrella (PMDB-MG) foram gravados em uma conversa telefônica da Polícia Federal (PF). Em trecho divulgado pelo jornal Hoje em Dia, Aécio cobra fidelidade de Perrella, em meio às investigações da Operação Lava Jato.

O tucano criticou uma "declaração escrota" de Perrella, ex-dirigente do clube mineiro Cruzeiro, que se gabou de não estar na lista do procurador geral da república Rodrigo Janot, em entrevista à rádio Itatiaia, lamentando o "mar de lama" no Brasil.

A conversa foi gravada no dia 13 de abril, dois dias depois da divulgação das delações da Odebrecht e a abertura de inquérito contra oito ministros, 39 deputados federais e 24 senadores pelo ministro do STF, Edson Fachin, incluindo Aécio Neves.



"Você acha que nós agimos como esses caras aí? Estão misturando financiamento de campanha com essa roubalheira que fizeram no Brasil. E você tá fora [da lista de Fachin] ótimo. Acho maravilhoso", disse Aécio, delatado por receber dinheiro de caixa dois da empreiteira. "Nossa campanha foi a mesma, Zezé", complementou o tucano.

Perrella citou o caso do helicóptero flagrado com quase meia tonelada de cocaína, por volta do terceiro minuto da gravação. "Porque na verdade eu sou muito agredido pelo que aconteceu com aquele helicóptero até hoje. [...] Eu não faço nada de errado, só trafico droga", tentando usar a repercussão do caso da aeronave do filho de Perrella, apreendido pela Polícia Federal, como justificativa para a declaração à rádio.

Em diversos momentos da gravação os senadores trocam declarações de amizade e lealdade. "Não fica chateado não porque você sabe que te adoro", disse o ex-dirigente esportivo a Aécio, que respondeu, "Por isso que fiquei chateado, porque te adoro também".

A assessoria de Perrella divulgou uma nota dizendo que o comentário sobre tráfico de droga foi uma ironia. "Seu incômodo, explícito no áudio, é justamente pela forma criminosa e caluniosa que abordam este assunto e que ele luta, ainda, contra seus detratores", defendeu a equipe do senador.

Fonte: BOL (Com informações do jornal Hoje em Dia)

Curta nossa página no Facebook


John Legend - We Just Don't Care



Geopark Araripe participa de simpósio sulamericano

Entre os dias 23 e 26 de maio, aconteceu na cidade de Arequipa, Peru, o IV Simpósio Sulamericano y el Caribe de Geoparks.O evento contou com as participações dos já nomeados Geoparks Mundiais da Unesco: Araripe (Brasil, o primeiro das américas), Grutas del Palácio (Uruguai), Mixteca Alta e Comarca Mineira (ambos do México).

Diversos integrantes da rede mundial da Unesco contribuíram com falas importantes que serviram como workshop para afinar as propostas de vários projetos proponentes à Geoparks, como o Rio Coco (Nicarágua), San Martin de Los Andes (Argentina), Toro Toro (Bolívia), Volcánico Del Ruiz (Colômbia), Imbabura, Volcán Tungurahua e Napo Sumaco (Equador), Litoral del BioBio (Chile), Huallay, Pasco e Colca y Volcanes de Andagua (Peru) e também um Geoparque em Cuba.

O Geopark Araripe esteve representado pelo Reitor da Universidade Regional do Cariri, professor José Patrício Pereira Melo, que contou um pouco sobre as conquistas já consolidadas, projetos para o futuro, bem como a importância da comunidade e de parcerias governamentais e privadas na gestão de um Geopark como garantia de sucesso.

Também estiveram presentes o Coordenador de Geoconservação, professor Rafael Celestino Soares e o Coordenador de Comunicação, professor Michel Macedo Marques, responsáveis pelo stand de exposição do GeoPark Araripe que funcionou durante o evento. Novos contatos profissionais e técnicos foram definidos e houve troca de experiências e estratégias implantadas. Também esteve presente Moara Giasson, representando o Ministério do Meio Ambiente do Brasil.

O Simpósio definiu metas e prazos para o estabelecimento da Rede Latino Americana e Caribenha de Geoparks UNESCO, um avanço considerável para a evolução dos Geoparks no Hemisfério Sul.

Curta nossa página no Facebook

Orquestra Sinfônica da UFCA atua na formação musical da comunidade acadêmica e público externo

O estudo de música apenas ganhou espaço nas escolas brasileiras entre as décadas de 1930 a 1960, com base na proposta de Villa-Lobos que previa a prática de canto amador (orfeônico) nas escolas. Mas foi em 2008, com a Lei 11.769, que o ensino de música tornou-se obrigatório em todas as escolas públicas e particulares do país.

No Cariri, com o objetivo de contribuir para a formação dos novos professores, o curso de Licenciatura em Música iniciou as atividades em 2010, quando a instituição era parte da Universidade Federal do Ceará (UFC). Desde 2014, depois da criação da Universidade Federal do Cariri (UFCA), em 5 de junho de 2013, o curso faz parte do Instituto Interdisciplinar de Sociedade, Cultura e Artes (IISCA), no campus Juazeiro do Norte, ofertando 50 vagas por ano.

No âmbito da graduação, além das atividades de ensino, pesquisa e extensão, os estudantes também atuam na dimensão cultural. São diversos projetos desenvolvidos em parceria com a Pró-reitoria de Cultura (PROCULT) da UFCA. Entre as iniciativas, destaca-se a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Cariri, coordenada pelos professores Marco Antonio Silva (regente e maestro) e Cláudio Mappa. O projeto é ligado ao programa Música e Educação, da Coordenadoria de Artes da PROCULT. Atualmente conta também com a participação do professor do curso de Música Ricardo Castro, que auxilia, entre outras atividades, na regência da orquestra.

Criada em 2011, a orquestra, surgiu com o intuito de proporcionar aos estudantes do curso de Música e aos instrumentistas da região do Cariri uma vivência musical coletiva e a possibilidade de ampliar e desenvolver a prática em música instrumental. Formada por 40 integrantes, divididos entre discentes de Música, professores e participantes da comunidade externa, o grupo dispõe, atualmente, de dez bolsistas, e os demais são instrumentistas voluntários.

Em seu repertório, a orquestra busca fazer um diálogo entre peças do cancioneiro regional, popular e moderno com o estilo erudito, sendo executadas por instrumentos de cordas, metais, madeiras e percussão. As peças mais executadas são dos compositores Edvard Grieg, Tomaso Giovanni Albinoni, Richard Wagner, Luiz Gonzaga e, fazendo parte das peças modernas, a trilha sonora do seriado Game of Thrones.

Regente da orquestra, o professor Marco Silva explica que a escolha do repertório procura atender a todos os tipos de público de maneira democrática, abraçando estilos de músicas eruditas, grandes musicais do cinema, música popular brasileira, música regional e peças autorais elaboradas pelos próprios professores do curso de Música e estudantes.

“A ideia inicial que eu e o professor Cláudio Mappa tivemos foi de criar uma orquestra, que não só atendesse aos nossos alunos, mas que pudesse proporcionar aos participantes e ao público a vivência não só de estilos já conhecidos, mas de estilos aos quais não costumam ter acesso, de maneira a possibilitar que a experiência fosse não só eclética, mas também de descoberta de compositores e músicas novas”, ressalta Marco.

O professor ainda destaca a importância da prática de música de maneira coletiva, pois os exercícios em grupo proporcionam estímulo contínuo do aprendizado.

Para o professor Cláudio Mappa, o projeto também é relevante para o público externo. “A importância de uma orquestra aberta à participação da comunidade é fundamental não só para a construção musical dos alunos, mas também, para a formação de plateias. O projeto tem conseguido atingir um público considerável com em média 15 a 20 concertos por ano, levando cultura e o gosto pela música com apresentações realizadas em parceria com o SESC [Serviço Social do Comércio], CCBNB [Centro Cultural Banco do Nordeste] e eventos culturais abertos ao público”.

O estudante Victor Hugo Gomes, que compõe a orquestra como violinista desde 2011, e, por vezes, atua também como regente auxiliar, diz que participar do grupo é uma oportunidade de desenvolver as técnicas instrumentais. Ele conta que projetos como o da orquestra e das escolas de música dão possibilidade para as pessoas que não têm contato com a música ou com instrumentos tenham outra vivência.

Apresentações
Antes de se apresentarem, os membros da orquestra fazem um estudo sobre as obras, os autores, a atmosfera e o ambiente em que estavam submetidos quando compuseram seus trabalhos, justamente para poder provocar no músico a sensação de total imersão na peça que será absorvida por eles e devolvida ao público em suas interpretações.

“A música tem esse viés social. Você aprende a respeitar mais o colega, dar espaço, ouvir e saber calar. A gente não só simplesmente pega as músicas e toca as notas musicais que tem lá. Tem que ter uma intenção. É como amanhecer um dia triste, um dia alegre ou chateado. Nas músicas a gente têm que trabalhar os sentimentos, ora tem que ser incisivo, ter raiva ou ter força. Temos que aprender a decifrar os códigos e nos moldamos para aquilo, porque é necessário naquele caráter de música. O que se torna sublime. A arte é sublime por si só”, comenta o estudante do 5º semestre Julius Patrício, contrabaixista da orquestra.

Ele ingressou no grupo desde que entrou na Universidade há dois anos. Começou a frequentar a orquestra como um lazer, mas logo passou a entender os processos de formação mais intensos do projeto.

A orquestra se apresenta em eventos abertos ao público e culturais, inclusive em outras cidades. Quando os estudantes precisam viajar para as apresentações, contam com auxílios da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE). Entre as últimas apresentações de destaque, está a participação na abertura da Reunião Regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, ocorrida no dia 2 de maio, no Centro de Convenções do Crato.

O evento, realizado pela SBPC e a Universidade Regional do Cariri (URCA), em parceria com todas as Instituições de Ensino Superior com atuação nas regiões Cariri e Sul Cearense, incluindo a UFCA, teve como tema “Território, Biodiversidade, Cultura, Ciência e Desenvolvimento”.

Na ocasião a apresentação da Orquestra surpreendeu o público não só pela execução do repertório variado, como também pela apresentação da música Libertango do compositor argentino Astor Piazzolla com a presença de um casal dançando tango no palco. Além disso, o grupo incluiu na seleção de músicas apresentadas homenagem ao cantor e compositor cearense Belchior, que morreu no último dia 29 de abril.

Curta nossa página no Facebook

'Tem que tirar esse cara', disseram Aécio e Joesley sobre chefe da PF

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou ao empresário Joesley Batista ter pressionado o presidente Michel Temer, junto com outros empresários, para que fossem feitas mudanças na Polícia Federal que incluíam a substituição do diretor-geral do órgão, Leandro Daiello.

A conversa foi gravada pelo próprio Joesley no hotel Unique, em São Paulo, em 24 de março, e anexada ao acordo de delação que o grupo J&F fechou com a Procuradoria Geral da República.

Aécio disse a Joesley que o governo deveria aproveitar a crise gerada pela Operação Carne Fraca para a troca.

Joesley ponderou que era uma boa chance para trocar Daiello. "Não vai ter outra. Porque nós nunca tivemos uma chance onde a PF ficou por baixo, né?", disse o empresário. Aécio concordou: "Aí vai ter quem vai falar, 'é por causa da Lava Jato'. [O governo pode responder] 'Não, é por causa da Carne Fraca'".

"Tem que tirar esse cara", disse Joesley. Aécio repetiu: "Tem que tirar esse cara".

Na conversa, Daiello não foi citado diretamente, mas sim de forma cifrada. Em determinado momento, por exemplo, Aécio disse que "ele próprio [Daiello] já estava preparado para sair".

Em outro ponto do diálogo, afirma era uma boa hora para o governo fazer um "mea culpa" e "o cara da Polícia Federal chegar e cair".

Na passagem entre os governos Dilma Rousseff e Michel Temer, no ano passado, circularam rumores de que Daiello estava disposto a deixar a direção-geral da PF. Ele ocupa o cargo desde 2011.

Aécio criticou ainda a nomeação de Osmar Serraglio para o Ministério da Justiça, dizendo que ele "não dá nenhum alô", sugerindo que não tentava interferir na Lava Jato. Serraglio deixou o cargo neste domingo (29) e Torquato Jardim o substituiu.

Aécio contou a Joesley que outros empresários estavam "pressionando" Michel Temer a tomar medidas contra a PF. Ele disse que participou de um jantar com Temer, o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, e uma pessoa citada apenas como Pedro.

"Pressionaram. A polícia tem que fazer um gesto. Errou. Não adianta os caras ficarem falando que não, a Polícia Federal tem que falar: 'Ó, realmente foi um erro do delegado que, enfim, não dimensionou a porra. Era um negócio pontual. Em três lugares. Já está contido e tal'. O laudo, pãpãpã, e zarpar com esse cara", disse o senador.

Aécio disse que estava pressionando Temer para que apoiasse o projeto que trata de "abuso de autoridade".

O encontro narrado pelo senador, entre Temer e banqueiros, ocorreu na noite anterior ao diálogo, na casa do empresário Carlos Jereissati. O senador confirmou à reportagem ter viajado com Temer para São Paulo, conforme disse no diálogo com Joesley. O Palácio do Planalto informou que o presidente deu carona ao senador em 23 de março.

O governo não disse qual assunto foi tratado. A assessoria do tucano disse que o senador "teve um longo despacho sobre a pauta de reformas". O Bradesco disse que Trabuco esteve com Aécio no dia 24, em encontro com o presidente do BB, Paulo Caffareli, para tratar da mudança na presidência da Vale.

Outro lado
Por meio de nota, o advogado do senador, Alberto Toron, nega que o tucano tenha tratado de destituir Daiello.

Segundo ele, ao dizer que "o cara da PF" tinha que "cair", Aécio se referia ao responsável pela Operação Carne Fraca. "Basta uma escuta atenta aos diálogos , para perceber que o senador se referia, em diálogo com um empresário do setor de carnes, à Operação Carne Fraca, ocorrida naqueles dias, e suas consequências para o Brasil no mercado internacional", diz o texto.

Toron diz que seu cliente queria apenas um mea culpa da PF sobre a Carne Fraca. "Portanto, transformar isso em tentativa de desestabilizar o Diretor Geral da PF é absurdo", diz a nota. "O senador reitera, inclusive, a correção e eficiência com que o doutor Leandro Daiello conduz há anos a PF, cujo fortalecimento é essencial ao país, e registra ainda a fidalguia com que foi tratado sempre que o encontrou."

Fonte: Folha

Curta nossa página no Facebook

Juazeiro do Norte (CE): DEMUTRAN instala fotossensores em pontos estratégicos

O Departamento Municipal de Trânsito (DEMUTRAN) deste Município, com o intuito de dar mais fluidez e segurança ao tráfego de veículos e pedestres em Juazeiro, instalou três novos fotossensores em alguns pontos estratégicos e que necessitam da sinalização.

São trecho de um declive que facilita o aumento na velocidade dos veículos. Dois dos três fotossensores foram instalados na Avenida Virgílio Távora, nos sentidos oeste/leste, Centro/Aeroporto e no sentido leste/oeste Aeroporto/Centro, nas imediações da entrada do Condomínio Minha Casa Minha Vida Tenente Coelho.

O outro foi instalado na Avenida Castelo Branco, após o cruzamento com a rua 22 de Julho, sentido oeste/leste Pirajá/Novo Juazeiro. Como na cidade toda, o limite de velocidade será 50km/h.

As vias já foram devidamente sinalizadas com os indicadores do limite de velocidade. Do dia 29 de maio até o dia 15 de junho, será o tempo destinado para a adaptação dos condutores a nova sinalização. A partir do dia 16 de junho, os motoristas que excederem a velocidade máxima permitida serão notificados.

Curta nossa página no Facebook

"Se tem uma pessoa que não vai cair nesse governo sou eu", ameaça Serraglio

"Se tem uma pessoa que não vai cair nesse governo sou eu". A frase teria sido dita a interlocutores pelo agora ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio (PMDB-PR), antes de viajar de Brasília para o Paraná, na sexta-feira (26).

Serraglio sabia que estava sendo "fritado" por membros do governo que trabalham no Palácio do Planalto, segundo apurou o UOL. A frase, porém, sugere que estava confiante de que tinha o respaldo do presidente Michel Temer (PMDB).

Na tarde deste domingo (28), ficou claro que não era bem assim. Temer retirou o comando da pasta de Serraglio, que troca de cargo com o jurista Torquato Jardim, do Ministério da Transparência e Controle. 

O gaúcho considerava ter estreitado a relação com Temer desde que vieram à tona as primeiras informações sobre a delação da JBS. A pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), o STF (Supremo Tribunal Federal) abriu inquérito para investigar se Temer cometeu os crimes de corrupção passiva, formação de organização criminosa e obstrução de justiça.

Por ser advogado, Serraglio teria participado de conversas a respeito da estratégia de defesa de Temer. Na quinta-feira (25), reuniu-se com o ministro do STF Edson Fachin, relator do inquérito que tem Temer como alvo.

Equipe pega de surpresa
A confiança de que permaneceria no cargo era tanta que, até a noite de sábado (27), ele conversava com sua equipe sobre tarefas ligadas ao Ministério da Justiça, apurou a reportagem.

Estava previsto que Serraglio gravasse, na tarde de segunda (29), um pronunciamento sobre as ações do ministério para uma propaganda do governo. Na véspera de ser trocado de cargo, ele acertava os detalhes para finalizar essa campanha publicitária.

"É totalmente surpreendente [a saída de Serraglio], a não ser que tenha havido algum fato novo nesse sábado", disse um membro da equipe do ministro, sob a condição de manter sua identidade em sigilo.

Reuniões com Temer, mas fora da agenda
Apesar desta informação não constar na agenda oficial do presidente, Serraglio teria se reunido com Temer pelo menos seis vezes na última semana, afirmam membros de sua equipe.

Na sexta, ele deu uma entrevista coletiva no Planalto e foi questionado por jornalistas sobre sua ausência nas últimas reuniões do governo.

Demonstrando irritação, Serraglio respondeu: "Não saí um dia de Brasília, acompanhei todos os fatos, todos os eventos. Todos me conhecem, não sou muito midiático", afirmou. O incidente gerou mal-estar entre o ministro a assessoria de imprensa do Planalto.

Aécio pediu para trocar Serraglio por alguém "forte"
Temer era alvo de pressões para trocar o titular da pasta da Justiça. O senador afastado Aécio Neves, por exemplo, teve uma conversa com o senador José Serra (PSDB-SP) grampeada pela Polícia Federal. Nela, Aécio falava sobre a necessidade de tirar Serraglio do cargo e substituí-lo por alguém "forte".

Em outra ligação interceptada, desta vez com o empresário e delator Joesley Batista, Aécio se referiu a Serraglio como "uma bosta do caralho".

Sem protagonismo
Apesar da boa interlocução com Temer, Serraglio não teve tanto protagonismo no governo quanto o antecessor, Alexandre de Moraes. O agora ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), indicado por Temer, costumava participar de mais eventos no Planalto junto ao núcleo-duro do governo, e promover mais iniciativas na Justiça, como o próprio Plano Nacional de Segurança.

De acordo com o jornal "Estado de S. Paulo", partiu da bancada do PMDB na Câmara o pedido para que Serraglio fosse transferido para a Transparência. É esse ministério que faz os acordos de leniência com empresas investigadas pela Lava Jato. Se Serraglio não aceitasse o ministério, a opção seria voltar para a Câmara. Neste caso, tiraria da cadeira o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) --ex-assessor especial de Temer, flagrado recebendo uma mala com R$ 500 mil oriundos de propina. 

Nota de demissão 'deselegante'
A nota divulgada pelo Palácio do Planalto para anunciar o novo ministro da Justiça foi considerada "deselegante" por pessoas próximas a Serraglio. O texto não deixava claro que ele assumiria outra pasta no governo. "Ficou parecendo uma demissão", afirmou um integrante de sua equipe, também em sigilo.

O Palácio do Planalto anunciou a ida de Torquato Jardim para a Justiça, sem esclarecer quem assumiria o Ministério da Transparência, nem qual seria o destino de Serraglio. Às 15h18, a assessoria de imprensa do Planalto negou ao UOL que haveria uma troca de lugares nos ministérios; cerca de 15 minutos depois, voltou atrás e confirmou a ida de Serraglio para a pasta da Transparência.

"O Presidente da República decidiu, na tarde de hoje, nomear para o Ministério da Justiça e Segurança Pública o Professor Torquato Jardim. Ao anunciar o nome do novo Ministro, o Presidente Michel Temer agradece o empenho e o trabalho realizado pelo Deputado Osmar Serraglio à frente do Ministério, com cuja colaboração tenciona contar a partir de agora em outras atividades em favor do Brasil", diz a nota enviada pela assessoria de imprensa do Planalto.

Apareceu na operação Carne Fraca
Tido como próximo ao ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba, Serraglio foi citado na Operação Carne Fraca, deflagrada em março pela Polícia Federal, que investiga pagamento de propina pelos frigoríficos a fiscais agropecuários. 

Foi interceptada uma ligação telefônica entre o ministro e Daniel Gonçalves Filho, fiscal agropecuário e superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná entre 2007 e 2016. Segundo a PF, Gonçalves Filho era "o líder da organização criminosa" que atuava no órgão.

Serraglio teria tentando interferir em favor de uma empresa. Subordinada ao Ministério da Justiça, a PF, no entanto, afirmou que não viu indícios de ilegalidade na conduta do ministro. 

Fonte: UOL

Curta nossa página no Facebook

Ceará perde 90 mil m² de Mata Atlântica em apenas um ano, aponta relatório

O Ceará perdeu 9 hectares de Mata Atlântica de 2015 para 2016, o total equivale a 90 mil metros quadrados. Os dados divulgados nesta segunda-feira (29) são do Atlas da Mata Atlântica, produzidos pela Fundação SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

De acordo com o documento, a área desmatada no Ceará cresceu 149%, ou seja, de 2015 para 2016 o Estado tinha perdido apenas 3 hectares. No Estado, a Mata Atlântica no Ceará está localizada de maneira dispersa em dez regiões: Chapada do Araripe, Litoral, Chapada do Ibiapaba, Serra da Aratanha, Serra de Baturité, Serra do Machado, Serra das Matas, Serra de Maranguape, Serra da Meruoca e Serra de Uruburetama.

O estudo aponta o desmatamento de 29.075 hectares (ha), ou 290 Km2, nos 17 estados do bioma Mata Atlântica – representando aumento de 57,7% em relação ao período anterior (2014-2015), referente a 18.433 ha. 

Marcia Hirota, diretora-executiva da SOS Mata Atlântica, observa que há 10 anos não era registrado no bioma um desmatamento nessas proporções. “O que mais impressionou foi o enorme aumento no desmatamento no último período. Tivemos um retrocesso muito grande, com índices comparáveis aos de 2005”, disse. No período de 2005 a 2008 a destruição foi de 102.938 ha, ou seja, média anual de 34.313 ha.

Neste levantamento, a Bahia foi o estado que liderou o desmatamento com decréscimo de 12.288 ha – alta de 207% em relação ao ano anterior, quando foram destruídos 3.997 ha. “Essa região é a mais rica do Brasil em biodiversidade e tem grande potencial para o turismo. Nós estamos destruindo um patrimônio que poderia gerar desenvolvimento, trabalho e renda para o estado”, complementa Marcia.

Mangue e Restinga
No período de 2015 a 2016 foi identificada supressão da vegetação de restinga (formações que se estabelece sobre solos arenosos na região da planície costeira) em 9 dos 17 estados do bioma: Ceará (788 ha), Piauí (244 ha), Santa Catarina (199 ha), Bahia (64 ha), Sergipe (50 ha), São Paulo (32 ha), Rio de Janeiro (29 ha), Paraná (14 ha) e Rio Grande do Norte (6 ha). Já o desmatamento em mangues aconteceu apenas na Bahia, em uma área de 68 ha.

Desmatamento zero
Em maio de 2015, 17 secretários de Meio Ambiente dos Estados da Mata Atlântica assinaram a carta “Nova História para a Mata Atlântica”, compromisso que prevê a ampliação da cobertura vegetal nativa e a busca do desmatamento ilegal zero no bioma até 2018. 

Entretanto, após dois anos do acordo, esta edição do Atlas da Mata Atlântica aponta que apenas cinco estados estão no nível do desmatamento zero, ou seja, com menos de 100 hectares (1 Km2) de desflorestamentos, somadas áreas desmatadas em florestas, mangues e restingas: Rio Grande do Norte (6 ha), Alagoas (11 ha), Paraíba (32 ha), Pernambuco (16 ha) e, Rio de Janeiro (66 ha).

Não estão mais no nível de desmatamento zero Goiás, com 149 ha desmatados; Ceará, com 797 ha e São Paulo, com 730 ha. A boa notícia fica para Pernambuco, que voltou para a lista desse ano com a redução de 88% do desmatamento – passou de 136 ha entre 2014 e 2015 para 16 ha no último ano.

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook



Delatores da JBS afirmam ter dado R$ 100 mi para campanha de Aécio em 2014

Os delatores da JBS confessaram ter aberto um caixa de R$ 40 milhões para a compra de apoio político à campanha de Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República, em 2014, a pedido do tucano. Os valores teriam sido pagos por meio de doações oficiais - classificadas, mesmo assim, como "propinas", pelos executivos do grupo - e de notas fiscais frias de empresas indicadas pelos dirigentes partidários, segundo a delação. Outros R$ 60 milhões teriam sido destinados somente à campanha individual do senador afastado.

Repasses a todos os partidos da coligação do tucano - PTB, Solidariedade, DEM, PTN, PSL, PTC, PSDC , PMN, PT do B, PEN - são citados nas delações da JBS. O dono do grupo, Joesley Batista, teria autorizado os pagamentos - em acerto com o tucano -, que teriam sido operacionalizados pelo diretor de Relações Institucionais da J&F, Ricardo Saud.

Somente para Aécio teriam sido destinados R$ 11 milhões - nas primeiras tratativas. Posteriormente, os valores chegaram a R$ 60 milhões, de acordo com os delatores.

A maior quantia do "caixa de propinas" supostamente acertado entre a empresa do setor agropecuário e o então candidato foi para o PTB. Segundo o delator Ricardo Saud, foram R$ 20 milhões pagos por meio de caixa dois, em espécie, e doações oficiais aos diretórios da legenda. "Isso tudo antes da eleição. Porque eles (dirigentes do PTB) falaram que só dariam apoio ao Aécio se pagassem antes da eleição", afirmou.

"Foram R$ 2 milhões entregues em espécie na casa do senhor Luiz Rondon, tesoureiro nacional do PTB. Além disso, alguns depósitos feitos por indicação do Luiz Rondon em algumas contas. Estão anotadas as três contas específicas", alegou.

O acordo de delação da JBS ainda menciona R$ 5 milhões ao diretório estadual do PTB da Bahia, R$ 4 milhões ao do Rio de Janeiro, R$ 3 milhões ao de Santa Catarina, R$ 1,5 milhão para o do Rio Grande do Sul, R$ 3,4 milhões ao Mato Grosso.

Outro partido que teria ficado com a maior parte das propinas acertadas entre Aécio e a JBS, de acordo com os delatores, foi o Solidariedade. Dos R$ 15 milhões direcionados à sigla, R$ 11 milhões foram doados oficialmente ao diretório nacional, segundo os executivos. Ricardo Saud, da J&F, ponderou que o Solidariedade, naturalmente, seria uma das legendas que apoiariam Aécio, mas, mesmo assim, foi acertada a "ajuda".

Os outros R$ 4 milhões foram viabilizados por meio de notas fiscais frias a empresas indicadas por Paulinho da Força, presidente da legenda, contaram os delatores. Os documentos foram entregues ao MPF.

O delator narrou inclusive um conflito entre Aécio e o senador Agripino Maia em torno da campanha do DEM em 2014. Inicialmente, segundo o executivo, estavam acertados R$ 10 milhões ao partido, mas, após um suposto desentendimento entre o presidenciável e o democrata, o financiamento teria sido interrompido.

"E o Agripino me ligava dia sim, dia não: 'cara, cadê o dinheiro, já foi autorizado, eu fui o coordenador da campanha'. Aquela coisa toda. Aí eu peguei e falei: 'Você vai me desculpar, mas não tem nada para o senhor, mandaram cancelar'".

De acordo com a delação, após uma conversa entre Aécio e Agripino, o caixa do DEM voltou a ser liberado. "Ele conversou, e voltou com 2 milhões. Esses 2 milhões foi feita a doação e pediu para depositar na conta do DEM", alegou Saud.

A JBS ainda dá conta de doações oficiais de R$ 150 mil ao PSL, R$ 650 mil ao PTC, R$ 50 mil ao PSDC, R$ 400 mil ao PTN, R$ 500 mil ao PEN, R$ 1 milhão ao PT do B, e R$ 1,3 milhão ao PMN - todas integrantes da coligação "Muda Brasil", que lançava Aécio à Presidência.

Os executivos relataram que a única legenda que lançou candidatura independente, em 2014, e entrou no pacotão apontado pelos delatores é o PSC, que alçou Pastor Everaldo ao Planalto. O diretor de Relações Institucionais da J&F Ricardo Saud alegou ter tratado do pagamento de R$ 100 mil, por meio de doação oficial, a pedido de Aécio Neves, junto a um interposto do partido.

"Como é que o pastor Everaldo era candidato e tá dando R$ 100 mil para o partido? parece que era pra ter um debate e tal", relatou. Pastor Everaldo também é citado pela Odebrecht em uma suposta propina para ajudar Aécio em debate eleitoral televisivo, na corrida presidencial de 2014.

Até mesmo o PMDB, que apoiou Dilma Rousseff, entrou para o pacotão de repasses da JBS para a "compra de apoio político" da candidatura de Aécio, segundo a versão dos delatores. Os executivos dizem ter doado R$ 1,5 milhão para a campanha de Ivo Sartori (PMDB-RS) ao governo estadual do Rio Grande do Sul.

"O Aécio pegou e pediu pra dar R$ 1,5 milhão para o PMDB do Rio Grande do Sul. Lá, o Ivo Sartori era dissidente, porque o PT tinha candidato. Aí, o Aécio deu 1,5 milhão desse dinheiro dessa propina para o Sartori. E aí fizemos doações oficiais dissimuladas", relatou.

Defesas
"São falsas as declarações dadas por Joesley Batista e Ricardo Saud, que atuaram em seus depoimentos como verdadeiros atores na tentativa de construir uma narrativa que sustente a história criminosa que fabricaram para ganhar os benefícios da delação e sobre a qual não apresentaram provas concretas", disse a assessoria do senador tucano.

"O senador Aécio Neves prestará à Justiça, por meio de sua defesa, todos os esclarecimentos sobre os assuntos mencionados e reitera que jamais recebeu propinas ou defendeu interesses da JBS, como o próprio Saud admite na declaração dada de que: 'Aécio nunca fez nada por nós'", finaliza a assessoria.

O PTB também se manifestou: "O Diretório Nacional do Partido Trabalhista Brasileiro afirma que a legenda recebeu doações de campanha da empresa JBS S.A. nas eleições gerais de 2014. Entretanto, o PTB ressalta que todas as doações recebidas pela referida empresa foram feitas por indicação do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), candidato a presidente da República apoiado pelo partido naquela época. E reiteramos que as doações recebidas foram realizadas rigorosamente dentro das normas legais e devidamente declaradas à Justiça Eleitoral".

"O Diretório Nacional do PTB, portanto, esclarece que o partido jamais teve qualquer relação com a JBS nem com qualquer membro da empresa - seja pessoa física, seja pessoa jurídica. Certificamos que o partido não teve vínculo com a JBS no passado, não tem no presente e não terá no futuro".

"Declaramos também que o PTB não tem compromisso em ajudar a JBS, tendo em vista a atuação aberta, firme e intensa de parlamentares do partido na CPI do BNDES, comissão que teve por objetivo investigar irregularidades em empréstimos concedidos pelo banco. Por fim, reiteramos o apoio do Partido Trabalhista Brasileiro às investigações da Lava Jato, e queremos que as denúncias envolvendo a JBS S.A. sejam apuradas e a empresa seja devidamente punida por todos os crimes que cometeu". A nota é assinada por Roberto Jefferson, presidente nacional da legenda.

O senador José Agripino Maia, presidente do DEM, afirmou que nunca houve "qualquer entrevero com Aécio Neves" e que apenas ligou para o delator Ricardo Saud porque havia um atraso nas doações oficiais da JBS ao partido. "A minha ligação foi por conta de a doação ter sido feita a doação dia 2 de outubro, perto de quando se encerrava o período em que as doações poderiam ser utilizadas e distribuídas aos candidatos. Foi feita pelo retardamento da doação prometida e que não acontecia. Não teve entrevero entre eu e Aécio", afirmou.

"Todas as contas eleitorais do Solidariedade foram aprovadas pela Justiça Eleitoral", diz nota do partido. "A JBS fez uma doação legal de R$ 11 milhões, que foram distribuídos oficialmente entre diversos candidatos do partido pelo Brasil, portanto, não há irregularidade. Também é importante ressaltar que o Solidariedade foi um dos primeiros partidos a se definir na eleição de 2014, muito antes dos demais", finaliza a nota.

"Sobre a informação de que o Partido Social Cristão teria recebido recursos do Grupo JBS nas eleições de 2014, o partido esclarece que:

- O Grupo JBS não fez nenhuma doação para o Diretório Nacional e nem para a campanha presidencial do PSC;

- As campanhas do partido sempre foram modestas e feitas com recursos legais, informados à Justiça Eleitoral por meio das prestações de contas entregues ao TSE;

- É absolutamente fantasiosa a suposição de que atuação do partido na campanha de 2014 tenha sido influenciada por qualquer empresa".

O presidente do PMN Antônio Carlos Bosco Massarolo confirmou que o partido recebeu R$ 1,3 milhão, registrado em doações oficiais, da JBS, no entanto, disse desconhecer as tratativas do senador afastado Aécio Neves para angariar os recursos. Ele também afirmou que, como encabeçou a chapa eleitoral, o tucano ficou responsável pela arrecadação de campanha.

"A JBS provavelmente fez essa doação a pedido do Aécio Neves, porque o partido não tinha essas relações com a empresa. Não sei como foram as tratativas, mas, pelo que vi na imprensa, parece que o linguajar do Aécio não é dos melhores", afirmou.

Massarolo ainda esclarece que, quando a doação é feita ao partido, "é feito um recibo eleitoral é discriminado da origem". "Nas contas dos candidatos deve constar. À época, não existia nenhum tipo de ideia de que poderia haver esses embaraços legais da JBS", relatou.

O PSDC também se manifestou: "Em depoimento prestado pelo executivo da JBS, Valdir Aparecido Boni, à Procuradoria Geral da República em 4 de maio de 2017, o executivo afirma que todas as tratativas pertinentes as irregularidades fiscais que teriam beneficiado a JBS, em Rondônia, foram mantidas exclusivamente com o contador Clodoaldo Andrade, na sede da sua empresa, Rio Madeira Contabilidade Empresarial".

"Considerando que o senhor Clodoaldo Andrade, integra a direção do PSDC do Estado de Rondônia (...) e que no depoimento prestado pelo executivo Valdir Aparecido Boni, ele teria conhecido o referido contabilista na sede do PSDC (...) a Comissão Executiva do Diretório Nacional do PSDC, fundamentada em seu compromisso com a transparência e a legalidade, convocou o Presidente Estadual do PSDC em Rondônia, o Eng. Edgard Nilo Tonial e o Contador Clodoaldo Andrade, também integrante da Direção Estadual do PSDC naquele Estado, para comparecerem na sede operacional do partido em São Paulo - SP, e apresentarem a versão dos fatos.

Após a audiência, a Direção Nacional do PSDC, deliberará sobre as providências que se mostrarem necessárias, no âmbito partidário".

A reportagem entrou em contato com o PT do B, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço está aberto para manifestação.

Da mesma forma, entrou em contato com o PEN e o PTC, mas não consegui respostas. O espaço está aberto para os duas legendas.

Fonte: UOL (Com Estadão Conteúdo)

Curta nossa página no Facebook

Lavras da Mangabeira (CE): “Demônio” mata bebê de 10 meses com requintes de crueldade

A Polícia Militar deste Município prendeu na noite desta sexta-feira (26) um homem acusado de assassinar, com requintes de crueldade, uma bebê de apenas dez meses de idade. O crime chocou a pequena cidade de 32 mil habitantes.

De acordo com os policiais, o servente de pedreiro Iarley Mendonça de Souza, de 32 anos, conhecido popularmente como “Demônio”, teria assassinado sua enteada, a pequena Gabriela Aparecida Duarte da Silva, após discutir a com a mãe da criança.

Ele teria espancado a criança, quebrado seus dedos, jogado-a contra a parede algumas vezes, além de morder parte do corpo da bebê. A pequena Gabriela ainda chegou a ser socorrida mas não resistiu. Populares que presenciam a barbárie afirmaram, à Polícia, que “ele parecia estar chutando uma boneca”.

Após o crime, a população cercou a casa do “Demônio” e tentou linchá-lo. Por medida de segurança, após ser preso, o suspeito foi transferido para Delegacia Regional de Iguatu, na região Centro-Sul. Iarley , que é natural de Cajazeiras (PB), está sob escolta policial.

O suspeito estava se envolvendo com a mãe da criança, que é deficiente visual, há cerca de três meses. O pai biológico de Gabriela, Fabrício da Silva, confessou que já estava sendo ameaçado por Iarley há “mais de dois meses”.

Em depoimento, Iarley confessou o crime. Segundo contou, quando criança, sua mãe costuma lhe “bater repetidas vezes”. Ainda conforme o suspeito, no momento em que estava discutindo com sua companheira, ele teria “recordado o passado”, surtou, e matou a criança. A polícia disse que Iarley não esboçou arrependimento.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook



ACM, PC Farias, bolinha de papel... Perito contratado por Temer coleciona vexames e desafetos

Quando o nome de Ricardo Molina foi anunciado como perito particular contratado pelo presidente Michel Temer (PMDB) para analisar o áudio gravado pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, os olhos e ouvidos de pessoas acima dos 30 anos devem ter notado que se tratava de um velho conhecido. Alçado à fama nacional em 1996, o campineiro de 60 anos acumulou ao longo da vasta carreira trabalhos em casos famosos na política brasileira. Mas sua atuação também deixou rastros de desafetos.

Molina se define como alguém que é "tudo ao mesmo tempo". Formado em Composição e Regência pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), com mestrado em Linguística, na área de fonética, e doutorado em Ciências, na área de fonética forense -- sempre pela mesma instituição-, ele não tem formação específica em perícia criminal ou judicial. Apesar disso, classifica-se como perito e ressalta que atua nessa profissão "há mais de 20 anos".

"Tenho uma trajetória eclética. São as quatro áreas do conhecimento: exatas, humanas, artes e biológicas. Eu passei pelas quatro. Isso é muito bom quando você vai fazer perícia, porque você tem que ser eclético", defende.

Marcos de Almeida Camargo, presidente da APCF (Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais), pensa diferente. "Para mim, é bem prático: ele faz um trabalho que, embora seja chamado de perito pela população, é um trabalho de assistência técnica, que é diferente da perícia oficial", pontua.

Camargo ressalta que o trabalho de assistente técnico está previsto no Código de Processo Penal. Mas, para ele, "diferentemente da perícia oficial, [o assistente técnico] está atendendo o interesse de uma parte" –por isso, ele teria uma "dependência com quem está pagando".

Para um outro perito criminal ouvido pela reportagem do UOL, a atuação de Molina "não deixa de ser midiática". Ele menciona as afirmações feitas recentemente por Molina em uma coletiva de imprensa, de que o áudio da conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista está "contaminado por inúmeras descontinuidades", o que, para Molina, seria suficiente para "jogar a gravação no lixo".

"Óbvio que é uma afirmação que tem o objetivo de polemizar. Para mim, perito nenhum pode dizer que tendo descontinuidades a gravação é imprestável", afirma o perito criminal.

Frente à desaprovação de outros peritos pelos seus métodos e pela sua habilitação a fazer essas análises, Molina diz ser "um cara meio imune a críticas".

Para ele, a APCF "não gosta que ninguém critique o trabalho deles". "Eles confundem oficialidade com competência e neutralidade, que para mim são conceitos um pouco diferentes. Você pode ser perito oficial e ainda assim errar", pontua, dizendo que não está "nem um pouco preocupado com o que a Polícia Federal acha de mim".

Casos famosos
Ricardo Molina era professor da Unicamp, mas foi demitido pela instituição em 2001 acusado de irregularidades administrativas --o que ele nega. Na instituição, trabalhou ainda no DML (Departamento de Medicina Legal), do qual chegou a ser chefe. Hoje extinto, o DML foi um laboratório pioneiro nas áreas de fonética forense e processamento de imagens no país e foi responsável por análises de repercussão nacional, como os massacres de Eldorado dos Carajás e da penitenciária do Carandiru.

Ao longo das últimas três décadas, Molina se envolveu em casos de repercussão nacional. Sua fama começou em 1996, com as investigações sobre a morte de Paulo Cesar Farias, o PC Farias, empresário e tesoureiro da campanha eleitoral do ex-presidente Fernando Collor.

O laudo da polícia alagoana apontou homicídio seguido de suicídio, ambos cometidos por Suzana Marcolino, namorada do tesoureiro. Molina, porém, uniu-se a outros peritos e contestou a versão oficial. Para ele, a trajetória da bala não corresponderia a um suicídio, e o disparo teria sido feito por uma terceira pessoa presente na cena do crime.

O julgamento do caso se estendeu até 2013, quando o juiz Maurício Brêda, da 8ª Vara Criminal de Maceió, reconheceu a tese de duplo homicídio. Ele não identificou, no entanto, quem foram os autores do crime.

Era só o início do envolvimento de Molina com trabalhos relacionados a políticos. Em 2001, ele atuou como perito em outro escândalo: a violação do painel eletrônico do Senado pelo então senador Antônio Carlos Magalhães (DEM).

Na época, Molina confirmou a autenticidade da gravação de uma conversa entre ACM e o procurador da República Luiz Francisco de Souza, em que o parlamentar insinuava ter tido acesso às informações sigilosas de como votaram os senadores em uma sessão secreta no plenário.

A transcrição do áudio, no entanto, não comprovou a denúncia. Mesmo assim, o caso levou à renúncia de ACM.

É de Molina também o polêmico laudo que aponta que o então candidato à Presidência José Serra (PSDB) teria sido atingido na cabeça por um objeto "bem mais pesado que uma bolinha de papel", que seria semelhante a um rolo de fita adesiva, durante uma caminhada feita em sua campanha eleitoral, em 2010.

A análise, que havia sido encomendada pela "TV Globo", acabou virando material para as campanhas políticas naquele ano.

Perito parcial?
O perito ouvido pelo UOL sob condição de anonimato conta que conheceu Molina em uma situação de trabalho, quando os dois estavam em diferentes lados de um caso. "Veio ele aqui com alguns advogados, os clientes dele. Sentamos e apresentamos o laudo. Ele olhou o laudo e o único questionamento que fez foi: 'você não está sendo objetivo'. Ele queria uma resposta objetiva, de sim ou não", afirma o perito, dizendo que isso nem sempre acontece no universo forense.

"Eu disse para ele: olha, nós não somos robôs para sermos induzidos a responder da forma que vocês querem. Nosso compromisso é com a verdade e damos respostas com a melhor transparência possível", lembra.

"Se você me perguntasse: 'você contrataria ele?', eu responderia que não. Porque eu conheço meus colegas que trabalham nessa área. Pelo aspecto técnico, eu não contrataria", destaca.

Molina defende sua "imparcialidade" ao falar sobre ter periciado, doze anos atrás, um áudio polêmico protagonizado justamente por Joesley Batista –que, na ocasião, era quem havia sido alvo de uma gravação clandestina.

"Isso frequentemente acontece, de eu fazer uma perícia para um lado e anos depois fazer para o outro lado. Até acho que me sinto bem, mostra que tenho imparcialidade".

E diante da conjuntura atual, o trabalho para a defesa do presidente não estaria envolvido em um contexto político, passível de múltiplas interpretações?

"Se eu for trabalhar só em caso que não tenha contexto político, aí é complicado. Aí eu não trabalho mais", defende Molina. Ele afirma não ter contato direto com Temer e ressalta: "nem gostaria" de ter.

Fonte: UOL

Curta nossa página no Facebook

Um mar de gente: ato 'Fora Temer' e pelas 'Diretas Já' reúne 100 mil em Copacabana, segundo organizadores

Artistas, políticos e movimentos de esquerda fizeram um ato na praia de Copacabana, neste domingo (28), pedindo a saída do presidente Michel Temer e eleições diretas.

Durante as apresentações de Caetano Veloso e Milton Nascimento, os organizadores estimam que havia 100 mil presentes. A polícia não divulga estimativa de público.

Caetano descreveu o ato como um momento importante da história do Rio de Janeiro e pediu a saída de Temer repetidas vezes. Ao longo da tarde, passaram pelo palco Martnalia, Maria Gadú, Criolo e outros.

O ato foi organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem grupos sindicais e movimentos de esquerda.

O ator Wagner Moura comandou a manifestação, chamando ao palco artistas e fazendo pronunciamentos.

Quando nossos netos perguntarem onde estávamos neste dia, diremos que estávamos na praia, ouvindo música boa e lutando pela democracia do nosso país, disse.

Além de clamarem por diretas e Fora Temer, os músicos "mandaram recado" por meio das canções escolhidas. Otto, Mart'nalia, Teresa Cristina e Mosquito cantaram, entre outras canções,"É", de Gonzaguinha – "É! / A gente não tem cara de panaca / A gente não tem jeito de babaca".

Caetano cantou músicas como "Podres Poderes" ("Enquanto os homens exercem seus podres poderes / Motos e fuscas avançam os sinais vermelhos / E perdem os verdes / Somos uns boçais"); "Divino Maravilhoso" ("É preciso estar atento e forte / Não temos tempo de temer a morte").

E fizeram trocadilhos com as letras: Otto, Mart'nalia, Teresa Cristina e Mosquito cantaram "Madalena do Jucu", de Martinho da Vila, invertendo o sentido do refrão e trocando Madalena por Temer. Ficou assim: "Eu vou falar pra todo mundo / Vou falar pra todo mundo / Que eu não quero você".

Os artistas também se manifestaram contra reformas propostas pelo governo.

O ato estava marcado para às 11h e seu início foi marcada por falas de parlamentares da oposição e representantes de movimentos de esquerda.

O deputado federal Alessandro Molon (Rede-RJ), um dos autores de pedidos de impeachment de Temer, pediu união de esquerda e direita para pressionar pela renúncia e contra eleições indiretas.

"Não é razoável que um Congresso que elegeu como seu presidente da Câmara o Eduardo Cunha escolha no nosso lugar. Nosso desafio é unir o país", disse.

Guilherme Boulos, um dos coordenadores do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), também classificou o ato como histórico.

"No dia 27 de novembro de 1983 houve o primeiro grande ato que deu início ao movimento Diretas-Já, que derrotou a ditadura militar. Em 28 de maio de 2017 tem início um novo grande movimento nacional. É sinal de que a democracia política nunca é estável se não há democracia econômica e social", disse.

Pelo PSOL, falou o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ), pelo PC do B, a deputada federal Jandira Feghali e pelo PT, Washington Quaquá, presidente do partido no Rio. Os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também estavam presentes.

O público do ato misturava militantes de centrais sindicais, com bandeiras de CUT e sindicatos, jovens e famílias.

Fonte: Folha

Curta nossa página no Facebook


Juazeiro do Norte (CE): Colisão entre carreta e taxi deixa motorista preso às ferragens

Um grave acidente entre uma carreta e um táxi deixou o motorista do carro gravemente ferido, preso às ferragens do veículo que conduzia. O fato ocorreu por volta das 15h deste domingo (28) na Av. Leão Sampaio, em frente ao Ingra Hotel, em Juazeiro do Norte.

A carreta seguia pela via no sentido Barbalha-Juazeiro enquanto o táxi trafegava no sentido contrário, pela contramão. O motorista da carreta, identificado como João Fernandes, freou por 400 metros, na tentativa de evitar o acidente. As marcas de pneus na estrada mostraram a tentativa de parar o caminhão.

A colisão, entretanto, foi inevitável. Após o impacto entre os dois veículos, a carreta desviou e se chocou contra o muro do hotel. O táxi foi parar no acostamento da via.

Viaturas do Corpo de Bombeiros, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Polícia Militar prestaram socorro no local. O taxista não ficou inconsciente, mas ficou bastante ferido. O socorro foi rápido e ele foi retirado das ferragens, sendo encaminhado para um hospital.

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook



Crato (CE): Projeto Boa Noite trabalhando ativamente para o bem estar da população

Dando continuidade ao Projeto Boa noite, a Prefeitura do Crato, através da Secretaria de Saúde, vem trabalhando ativamente em algumas localidades. Segundo o Supervisor das Equipes, Iranildo Alves, na sexta-feira, 26 de maio, uma equipe trabalhou no Rio Lobo, passando por trás da Secretaria Municipal do Trabalho e Desenvolvimento Social (SMTDS), indo até o viaduto. E outra finalizou o trabalho das valas do Conjunto Dr. Antenor.

O objetivo do “Boa Noite” é diminuir consideravelmente o desenvolvimento dos pernilongos trazendo assim tranquilidade e saúde aos cratenses, lembrando que todo o município será atendido pelas equipes.

O projeto Boa Noite se propõe a realizar um trabalho diário tendo início com a limpeza dos córregos, canais e posteriormente com o uso dos inseticidas. A participação da comunidade é de extrema importância para o combate a proliferação de muriçocas não jogando lixo em via pública, em terrenos baldios e no canal.

Cada equipe é composta por cinco pessoas, onde quatro fazem a limpeza e um é o coordenador e responsável por fazer o trabalho de espalhar o inseticida.

Assessoria de Comunicação/PMC

Curta nossa página no Facebook

Barbalha (CE): Cortejo do Pau da Bandeira arrasta multidão pelas ruas da cidade

Foto: Samuel Pinheiro/Blog Cariri
“A Festa de Santo Antônio; Em Barbalha é de primeira; A cidade toda corre; Pra ver o Pau da Bandeira; Olha quanta alegria, que beleza, a multidão faz fileira, hoje é o dia; Vamos buscar o Pau da Bandeira; Homem, menino e mulher, Todo mundo vai a pé”. A canção do músico caririense Alcymar Monteiro, cantada na voz marcante de Luiz Gonzaga, retrata bem a importância cultural que reveste a Festa de Santo Antônio, iniciada oficialmente neste domingo, dia 28.

Mais de 200 mil pessoas lotaram as ruas da cidade para participar da abertura dos festejos alusivos ao padroeiro de Barbalha. O tradicional cortejo do Pau da Bandeira começou por volta das 11 horas. Cerca de 300 homens conduziram o mastro pesando mais de duas toneladas até a Praça da Matriz, que leva o nome do padroeiro. O percurso de quase 8 km, com saída do Sítio Flores, local onde foi selecionada a árvore Jatobá de 25 metros de comprimento, durou cerca de seis horas.

“Capitão do Pau” há 15 anos, Rildo Teles, destaca que a condução do mastro é uma demonstração de fé, persistência, força e espírito coletivo. Como diz a tradição, nos intervalos de descanso dos carregadores durante o percurso, as mulheres se aproximaram para pegarem no mastro que será erguido a bandeira do Santo casamenteiro. “Além de pegarem no tronco, diz à lenda que elas também podem sentar ou até mesmo retirar suas lascas para fazer chás, óleos e lembranças. Tudo em busca de um companheiro”, explica Rildo.

Simbolismo
O hasteamento do tronco aconteceu às 17h50 horas. Esse ato marca o início da festa que prosseguirá até o dia 13 de junho, data do Padroeiro. De acordo com a Secretaria de Cultura e Turismo de Barbalha, até o dia do encerramento devem passar 500 mil pessoas pela cidade. A festa de Santo Antônio é considerada a maior do país em louvor ao santo. Para a segurança do evento, o efetivo policial foi reforçado. Além dos seguranças contratados, serão 150 homens da Polícia Militar, além de agentes do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran).

Tradição
Dois anos após ter sido reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como patrimônio imaterial brasileiro, a festa tem fortalecido a tradição e buscado o resgate da originalidade presente no início dos festejos, ainda no século XVIII, antes mesmo do surgimento da cidade. São mais dois séculos de tradição, cultura, fé e devoção, levando às ruas de Barbalha, mais de 40 grupos folclóricos e cerca de 500 brincantes que desfilam com os seus grupos de maneiro-pau, incelenças, penitentes, reisados, quadrilhas, bacamarteiros, entre outros.

Homenagens
Este ano, grandes mestres da cultura popular estão sendo homenageados na Festa de Santo Antônio. Os palcos das apresentações musicais levam os nomes do Capitão Zé Veloso, Carregador Careca e Mestre Tico Neves. José da Costa Veloso, o Capitão Zé Veloso, também conhecido como Pavão, começou a participar do carregamento do Pau da Bandeira aos 10 anos e tornou-se o “animador do Pau” com suas músicas e tiradas surpreendentes.

Cícero Ricart, o Careca, perdeu sua vida em 2015, aos 39 anos, fazendo o que mais gostava: carregando o Pau da Bandeira, o que ocorria há 15 anos, com dedicação e alegria. Há dois anos, com o cortejo já próximo à Matriz, sofreu um acidente e morreu. O mastro caiu por sobre seu corpo.

Francisco Belizário dos Santos, o Mestre Tico Neves, era um líder e brincante do Reisado do Sítio Lagoa, com atuação de mais de quatro décadas. Com sua morte, em 2011, o grupo passou a se chamar Reisado de Congo Mestre Tico Neves. Tem apresentações não só em Barbalha mas em diversas cidades da Região do Cariri.

Noitários
Os noitários, que também fazem parte da tradição, iniciam hoje, com visitas da imagem do santo a instituições, residências, entidades, comunidades e escolas. No dia 13 de junho, acontece a tradicional procissão que marca o encerramento da festa alusiva ao padroeiro da cidade.

Shows
Nove atrações musicais se apresentaram após o cortejo do pau em três espaços distintos. No Marco Zero, tocaram as Bandas Cabloco Nordestino, Flávio Leandro e Alcymar Monteiro. No palco ao lado da Igreja do Rosário, Dorgival Dantas, Pra Xotear e Chambinho do Acordeom animaram a multidão e, na Praça da Estação, se apresentaram Santanna, Forró Tapera e a grande atração da noite, Solange Almeida.

Ao todo, a festa do padroeiro da cidade vai reunir mais de 20 bandas, em cinco dias de festa. A programação no Parque de Eventos, que inicia no próximo dia 7 de junho, contará com os mais variados estilos. Serão quatro ações por noite, com destaque para Xandy Aviões, Leo Santana, Jonas Esticado, Toca do Vale, Victor e Léo, Thiaguinho, Pablo e muito mais.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook