Microempreendedores podem parcelar dívidas com a Receita

Microempreendedores Individuais (MEIs) com boletos atrasados podem solicitar o parcelamento da dívida à Receita Federal até 2 de outubro. Será permitido dividir em até 120 prestações os valores vencidos até maio de 2016. É a primeira vez, desde a criação do MEI, em 2009, que o governo abre um programa de parcelamento de débitos.

O pedido deve ser solicitado por meio do site da Receita Federal, do Portal e-CAC e do Portal do Simples Nacional, entre 8h e 20h. O aplicativo calcula a quantidade de parcelas de forma automática, considerando o maior número de parcelas possível. O valor de cada parcela mensal será acrescido de juros da taxa Selic mais 1%, relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado. O valor mínimo das parcelas é R$ 50.

Ainda de acordo com a receita, o parcelamento:
  • abrange a totalidade dos débitos exigíveis;
  • independe de apresentação de garantia;
  • implica confissão irrevogável e irretratável da totalidade dos débitos;
  • será considerado automaticamente deferido depois de decorridos 90 noventa dias da data de sua protocolização, caso não haja manifestação da autoridade concedente.

O parcelamento será rescindindo se ocorrer a falta de pagamento de três parcelas, consecutivas ou não; ou existir saldo devedor após a data de vencimento da última parcela.

De acordo com a instrução normativa que disciplina o parcelamento, não podem ser parcelados débitos, como os inscritos em Dívida Ativa da União, os relativos aos Impostos sobre Operações Referentes à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação e sobre Serviços de Qualquer Natureza inscritos em dívida ativa dos estados ou municípios, além de multas por descumprimento de obrigação acessória e débitos relativos à contribuição previdenciária descontada de empregado.

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Expocrato 2017: Mais 30 mil pessoas prestigiam primeiro dia do evento

Foto: Samuel Pinheiro/Blog Cariri
Com mais de 30 mil pessoas que lotaram o Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante, neste Município, na região do Cariri cearense, foi aberta, na noite de ontem a 66ª Exposição Centro-Nordestina de Animais e Produtos Derivados (Expocrato 2017), maior feira agropecuária do Estado e umas das maiores do Brasil, que espera faturar cerca de R$ 50 mi, nos variados setores neste ano.

A solenidade de abertura contou com as presenças do governador do Estado, Camilo Santana (PT); do secretário de Desenvolvimento Agrário (SDA), Francisco José Teixeira; de deputados e lideranças políticas.

Foi iniciada com o hasteamento das bandeiras do Crato, Ceará e do Brasil, com os respectivos hinos. Mais cedo, foi celebrada uma missa campal, além de ter sido realizada a 4ª edição da cavalgada "O chão vai tremer". Segundo um dos organizadores, Manoel Costa, mais de 600 cavaleiros participaram da marcha.

Grandiosidade
Camilo Santana ressaltou que a Expocrato tem apresentado notório crescimento, ano após ano, tanto em montante negociado quanto em quantidade de visitantes ao parque e ressaltou que "essa será a maior Exposição de todos os tempos". O chefe do executivo lembrou que a Expocrato passou a ser um patrimônio, não só do Crato, mas de todo o Ceará e afirmou que "já é a maior feira agropecuária do Interior do Nordeste".

O governador Camilo mostrou-se confiante quanto a movimentação financeira da Exposição e considerou que a escassez de chuvas dos últimos anos não afetará os negócios.

"Há uma expectativa de que neste ano todos os números sejam superados. A feira reúne múltiplos negócios, desde o conhecimento de novas tecnologias para a agropecuária, leilões, enfim, é uma oportunidade muito grande de fazer negócios. É uma exposição que já está consolidada", disse.

O presidente grupo gestor do Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante, Luiz Gonzaga de Melo, compartilha da mesma expectativa do governador e espera uma movimentação financeira, durante os oito dias de evento, superior a R$ 50 milhões envolvendo todos os segmentos. "Somente no agronegócio, acreditamos que as vendas fiquem em torno dos R$ 10 milhões", completou Gonzaga.

Diversidade
Criada em 1944, a feira chega à 66º edição ininterrupta, com foco na diversidade. As cerca de 400 mil pessoas que são esperadas até o dia do encerramento, 16 de julho, poderão contar com dezenas de estandes erguidos com os mais variados temas, que vão desde a cultura popular à comercialização de equipamentos pesados para agricultura. Ao lado do comércio de bijuterias, artesanatos, artigos de couro e produtos característicos do sertão, a gastronomia também se destaca. Um dos pontos mais visitados dentro do Parque é o tradicional engenho de cana-de-açúcar, presente na feira há 17 anos. Os proprietários estimam que sejam moídos 145 toneladas de cana-de-açúcar.

A Expocrato acontece em uma área com mais de 2,5 milhões de hectares, dividida entre o local dos shows, que reúne atrações regionais e artistas nacionais, e local para exposição de bovinos, equinos e caprinos. Os animais ficarão em dez galpões, com uma média de 400 baias. A novidade da edição deste ano será a primeira etapa do Campeonato da Associação Brasileira de Ovinos. Além disso, a Expocrato contará com exposição nacional de cavalos da raça Campolina, considerada uma linhagem nobre de equinos marchadores. A edição também traz exposições inéditas com répteis exóticos, como jacarés, jiboias, píton e lagartos.

Mais informações
66ª Exposição Centro-Nordestina de Animais e Produtos Derivados (Expocrato 2017)
Quando: De 9 a 16 de julho
Local: Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante
Endereço: Rua Rui Barbosa, 259-293 - Centro - Crato

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Veja 16 dicas infalíveis para manter a dieta em dia

Fazer exercício é com certeza determinante para manter a forma, mas ter uma alimentação equilibrada é outro ponto igualmente fundamental. Mas, se você é daqueles que está sempre brigando com o cardápio, veja 16 dicas eficientes que vão te ajudar a fazer as pazes com a comida. As informações são do site Fit Sugar.

1) Livre-se da culpa: de acordo com os treinadores Chris e Heidi Powell, ter muitas restrições alimentares aumenta a vontade de comer alimentos proibidos, já que nestas horas se aplica a velha regra do "você sempre quer o que não pode ter". Por isso, não se prive de nada, mas coma com moderação.

2) Mantenha os alimentos naturais: substitua alimentos processados por comidas mais naturais, além de serem mais nutritivas elas são também mais saborosas.

3) Aposte nos grãos inteiros: grãos são ricos em fibras, mantêm a saciedade por mais tempo, ajudam a digestão e são uma parte importante na perda e manutenção do peso.

4) Iogurte grego é seu melhor amigo: use este alimento rico em proteínas tanto para o café da manhã como acompanhamento com burritos, por exemplo.

5) Melhore os lanches: combine grupos de alimentos nos intervaos das refeições: misture fibra, proteínas e poucos carboidratos.

6) Coma mais frutas: prefira ingerir as frutas inteiras ao invés dos sucos, pois segundo Cheryl Forberg, chefe do programa de emagrecimento The Biggest Loser, a fruta é rica em fibras, terá o açúcar liberado aos poucos no sangue e manterá o corpo satisfeito por mais tempo.

7) Coma carboidratos no café da manhã: eliminar totalmente os carboidratos não é um fator de sucesso na dieta a longo prazo, mas comê-los de manhã é uma melhor opção pois terá o dia todo para gastar as calorias.

8) Chega de croutons: elimine os croutons e molhos prontos das saladas. Prefiro um tempero caseiro e adicione castanhas para incrementar as porções.

9) Não frite: prefira alimentos assados, grelhados, gratinados, mas não frite mais nada! Isso aumenta demais a quantidade de calorias, além de fazer mal para a saúde.

10) Use o tempero certo: temperos processados têm mais calorias e tiram o sabor natural dos alimentos, então prefira dar usar ervas frescas, por exemplo.

11) Abandone o refrigerante: os refrigerantes têm muita caloria e fazem mal ao corpo. Se não conseguir se livrar deles rapidamente, substitua por água com gás no começo.

12) Ame o verde: no almoço ou jantar, sempre inclua algum alimento verde no prato. Isso aumenta muito o valor nutritivo das refeições e ajuda a equilibrar as calorias.

13) Beba café sem açúcar: tente se acostumar a consumir café e chá sem açúcar ou mel. Essa é apenas uma das formas de se afastar das calorias desnecessárias.

14) Cozinhe porções menores: os tamanhos das porções são um problema sério na perda de peso. Por isso, é melhor servir uma porção menor no prato do que resistir aos exageros de muita comida depois.

15) Sentir fome é bom: de acordo com a especialista Cynthia Sass, sentir um pouco fome entre as refeições é bom porque é um sinal de que o corpo realmente precisa ser reabastecido.

16) Deixe espaço para os exageros: planeje o gasto das calorias. Controle a alimentação no almoço em um dia que sabe que terá uma festa de aniversário à noite, por exemplo. Equilibre suas escolhas.

Fonte: Terra

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O povo não está satisfeito, nem eu, diz Cármen Lúcia sobre Judiciário

A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia afirmou  que a falta de "comunicação" do Poder Judiciário com a "sociedade" faz com as decisões da Justiça não sejam entendidas pelo cidadão comum.

"Estou igual mulher que apanha. Na hora que a pessoa pega um chicote para bater no cachorro, ela já sai correndo. Todo mundo fala o tempo todo. Denuncia e critica o Judiciário, como tem de ser mesmo. O povo não está satisfeito. Nem eu", afirmou a ministra.

"Nós (os juízes) temos uma incapacidade ainda de comunicação com a sociedade", afirmou Cármen Lúcia.

As afirmações foram feitas no Palácio da Justiça, sede do TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), em Belo Horizonte, em evento para desembargadores e corregedores de Justiça do Estado.

"A democracia é da sociedade e na sociedade, para se instalar com determinado modelo de Estado. Não há um modelo único de democracia. Há democracias, no plural. E como alcançamos a democracia no Brasil, evidentemente que chegamos num momento em que nós (os juízes) precisamos cogitar da legitimidade", disse a ministra.

"Ninguém vai decidir segundo o que o povo quer. O papel do Supremo é ser a força contramajoritária porque direito é razão na relação da pólis. Relação, portanto, político-social. A emoção popular não pode dominar sobre o direito", disse a ministra.

A ministra ainda afirmou que, quando fala de "sociedade", ela não fala de uma situação "abstrata". "O direito é essa muralha que faz com que mesmo na hora da raiva, você acate a lei. Na hora da alegria também, em qualquer circunstância", disse.

"A sociedade não é uma coisa abstrata, mas o conjunto de cidadãos de carne e osso, que pede sapato, que pede remédio, que pede educação para seu filho. Temos (os juízes) de atender a demanda da sociedade em entender o que nós (os juízes) estamos decidindo."

As declarações da ministra foram feitas durante palestra no 3º Encontro do Colégio Nacional de Ouvidores Judiciais, no Palácio da Justiça. O evento foi realizado pelo Colégio Nacional de Ouvidores Judiciais e reuniu desembargadores, corregedores e ouvidores de 26 tribunais estaduais.

Na semana passada, em discurso de encerramento da última sessão no plenário do STF antes do recesso judiciário, a presidente do tribunal fez uma defesa apaixonada do Poder Judiciário e afirmou que "o clamor por Justiça que hoje se ouve em todos os cantos do país não será ignorado em qualquer decisão desta casa".

"Não seremos ausentes aos que de nós esperam uma atuação rigorosa em sua esperança de Justiça, não seremos avaros em nossa ação para garantir a efetividade da Justiça", afirmou a presidente aos colegas no plenário na manhã desta sexta-feira (30).

No mesmo dia, o Supremo tomou duas decisões que tiveram repercussão: a devolução do mandato ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) e a soltura do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ambos envolvidos nas delações da JBS.

Fonte: UOL

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Julho Amarelo intensifica controle das hepatites virais

Cerca de 2% da população do Ceará tem hepatite tipo B ou C, segundo o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. As últimas estatísticas indicam 3 milhões de brasileiros estão com o vírus da hepatite C e não sabem, enquanto outros 3 milhões convivem com o vírus da hepatite B. Isso representa seis vezes o número de pessoas vivendo com o HIV.

Para enfrentar essa situação, durante este mês a Secretaria da Saúde do Ceará mobiliza a população para o Julho Amarelo, movimento que objetiva intensificar a luta, as ações e a prevenção das hepatites virais, com destaque para o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, 28 de julho. No Ceará, as atividades programadas pela Secretaria da Saúde são realizadas em parceria com a Coordenação de IST/Aids e Hepatites Virais de Fortaleza e a Organização Não-Governamental ABC Vida.

Grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite.

As hepatites A e E são transmitidas por via oral-fecal, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Já as hepatites virais B, C e D são transmitidas pelo sangue (via parenteral e vertical), esperma e secreção vaginal (via sexual). A hepatite aguda B no adulto normalmente tem um bom prognóstico – o indivíduo resolve a infecção e fica livre dos vírus em cerca de 90 a 95% dos casos. Porém quando essa infecção acontece em menores de um ano apenas cerca de 10% apresenta cura espontânea.

As principais medidas de controle das hepatites virais de transmissão sanguínea e sexual constituem-se na adoção de medidas de prevenção como o incentivo ao uso do preservativo nas parcerias sexuais, o não compartilhamento de objetos contaminados como lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, alicates e acessórios de manicure e pedicure, agulhas, seringas e instrumentos para uso de substâncias injetáveis, inaláveis (cocaína) e pipadas (crack). Os indivíduos devem ser orientados quanto aos mecanismos de transmissão dessas doenças e sobre a disponibilidade da vacina contra hepatite B.

A partir de 2016, a oferta da vacina Hepatite B foi ampliada para a população independentemente da idade e ou condições de vulnerabilidade. Com a expectativa e qualidade de vida da população vêm aumentando, os idosos representam uma parcela crescente da população, e com frequência de atividade sexual em ascensão, com grande resistência ao uso de estratégias de proteção. Com isso, aumenta o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis como a hepatite B. Destaca-se que nessa população a hepatite B apresenta características clínicas mais graves, sendo de fundamental importância a vacinação universal.

De acordo com dados obtidos na Planilha de Notificação Semanal da SESA até a semana epidemiológica (SE) Nº 24 de 2017 foram notificados 69 casos de hepatite B e 76 de hepatite C no Ceará. Segundo dados do SINAN, dos 184 municípios do Estado, 14 (7,6%) realizaram a notificação de hepatite em 2017, sendo que 170 municípios não registraram nenhum caso da doença permanecendo silenciosos.

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Corte de R$ 39 bi no Orçamento passa a comprometer serviços públicos

Primeiro foi o anúncio de que já não havia dinheiro para emitir passaportes. Na sequência, a Polícia Rodoviária Federal avisou que reduziria horários de atendimento ao público e até as rondas nas estradas para se adequar à redução no orçamento.

Os casos, segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, não são isolados. Por causa do corte de R$ 38,7 bilhões no orçamento federal deste ano, diversos órgãos começam a ter problemas para operar e, inclusive, para oferecer serviços à população.

Relatos de falta de dinheiro pipocam em diferentes áreas. O corte já compromete o caixa de órgãos emblemáticos, como Receita e Polícia Federal.

Os melhores termômetros do aperto são as empresas públicas Serpro e a Dataprev, que atuam no setor de tecnologia da informação e têm clientes entre órgãos do governo. Ambas são vítimas de "fogo amigo financeiro": têm dificuldade de receber de empresas da própria União.

Na área de infraestrutura, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), responsável pelos projetos do setor elétrico, chegou ao ponto de pedir doações de equipamentos.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) tem recursos apenas para não interromper obras básicas.

A Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) trabalha com menos de 60% de funcionários necessários para o porte de sua estrutura.

O recém-anunciado programa Avançar, criado na atual gestão para fomentar investimentos em obras públicas, pode morrer na largada por falta de recursos.

Na área ambiental, onde ICMBIO foi uma das instituições das mais afetadas: a preocupação é como manter abertos parques nacionais quando em alguns falta dinheiro até para garantir a alimentação dos funcionários.

Como explica José Fernando Cosentino, consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira Câmara dos Deputados, a margem de manobra do governo para cortar é estreita. Dos quase R$ 1,3 trilhão de despesas, menos de R$ 150 bilhões são passíveis de cortes - enquadram-se como despesas discricionárias.

O resto é gasto obrigatório por lei, como Previdência e salários, cujo custo não para de aumentar e vai "comendo" os recursos disponíveis. "O corte nas despesas está no osso e não surpreende que comece a afetar alguns serviços", diz.

Diferenças
O governo cortou cerca de 26% das despesas discricionárias. Mas é preciso olhar cada pasta para saber o efeito do corte, explica Vilma da Conceição Pinto, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

O ministério da Justiça ficou sem 43% dos recursos previstos e faz sentido que Polícia Federal e Polícia Rodoviária reclamem de falta de dinheiro. Nesses órgãos também estão categorias de funcionários públicos mais organizadas e independentes, com poder de pressão e resistência a ajustes financeiros mais severos, dizem os especialistas na área. Gritam mais alto.

No Ministério da Educação, o corte foi de 18%. Universidades federais começam a sentir dificuldade para pagar contas básicas, como a de luz.

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, discorda da avaliação de que o aperto já afeta a prestação de alguns serviços e o funcionamento de parte da máquina pública. Afirma que o governo vai priorizar, com a liberação dos recursos, serviços essenciais da administração pública. Segundo ele, os valores serão suficientes para os órgãos funcionarem com normalidade até o fim do ano.

No Ministério da Fazenda, porém, o secretário de Acompanhamento Econômico, Mansueto Almeida, reforça que se a recuperação demorar, o governo tomará medidas duras: "Se for preciso, vamos cortar nas despesas obrigatórias, com planejamento, mas vamos", diz.

Opção
Na avaliação da economista Ana Carla Costa, sócia da Oliver Wyman, consultoria estratégica de negócios, há dois lados na situação que se vê. O primeiro, é que os órgãos públicos, nos últimos anos, se acostumaram a cortes para cumprir tabela: "No fim, se precisassem, o dinheiro aparecia, mas agora, a equipe econômica não vai aceitar isso. Corte é corte", diz.

Mas Ana Carla e vários outros economistas afirmam que o cenário fiscal se complica agora porque o governo optou por um ajuste brando no curto prazo. Questionam em especial o reajuste do salário dos servidores. Como a inflação despencou, e a receita não reage, eles pesam mais do que o previsto.

O economista Marcos Lisboa está nesse grupo. Diz que o teto para o aumento do gasto e a reforma da Previdência são importantes. Mas ele contrapõe que o déficit do governo hoje está próximo de R$ 140 bilhões e, para evitar que o endividamento saia de controle, é preciso fazer um superávit de quase R$ 250 bilhões.

"A situação seria melhor se o governo não tivesse dado reajuste para os servidores, não fracassasse na questão dos Estados, que seguem com problema de caixa, e tivesse revisado as desonerações do governo de Dilma Rousseff", diz Lisboa.

Fonte: UOL (Com informações do jornal O Estado de S. Paulo)

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Expocrato 2017 terá cavalgada e exposição de animais exóticos

A 66ª edição da Exposição Agropecuária do Crato (Expocrato) inicia neste domingo (9) e segue até 16 de julho. O evento ocorre no Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante, no município do Crato, e terá abertura oficial às 19h, com a presença do governador Camilo Santana.

Este ano, haverá uma missa campal no domingo, às 9h, celebrada pelo padre Monteiro. A edição também traz exposições inéditas com répteis exóticos, como jacarés, jiboias, píton e lagartos. Além de 70 cavalos Campolina, raça levada pela primeira vez à feira.

O presidente do grupo gestor da Expocrato, Gonzaga de Melo Neto, acredita que esta edição vai ser diferente por causa do clima da região que, segundo ele, foi satisfatório para o Cariri, parte do Centro-Sul e Sertão dos Inhamuns. “A gente espera uma boa lotação no parque e a adesão do pecuarista. Que quem perdeu rebanho por mortalidade ou déficit venha comprar. O mercado de vaca de leite, de novelhos e reprodutores está em ascensão aqui na região”, comenta.

O Departamento Municipal De Trânsito do Crato (Demutran) vai fiscalizar o entorno do parque. O meio fio da rua que dá acesso ao local foi sinalizado, assim como as ruas do entorno, para garantir uma circulação mais segura dos visitantes da exposição.

Em caso de práticas abusivas de demarcação de estacionamento por flanelinhas nas ruas próximas ao evento, o Demutran alerta aos condutores que acionem a polícia.

Também no domingo (9) acontece a 4ª edição da cavalgada “O chão vai tremer”. Segundo um dos organizadores, Manoel Costa, são esperados cerca de 700 cavaleiros. O grupo vai percorrer as principais avenidas entre os municípios de Barbalha e Crato, até o local da exposição.

A Expocrato também terá leilões de gado, cavalo, ovino e caprino, a Casa de Farinha, Engenho de Rapadura e o Centro de Artesanato, com exposição de artesanatos cearenses, que estarão à venda.

Fonte: G1 CE

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35 dicas para se tornar uma pessoa mais produtiva

Mente
1. Regra do 80/20: preste atenção à regra do 80/20, ou seja, quais são os 20% de trabalho que renderão 80% de resultados?

2. Foque nas coisas importantes, e suprima as urgências

3. Decida qual será o resultado antes mesmo de começar

4. Faça um caderno para anotar ideias geniais que você tem e com as quais não pode trabalhar no momento

5. Elimine questões triviais para evitar o desperdício de seu tempo, como na escolha das roupas que vai usar

6. Aprenda a ignorar. Não é preciso ter uma resposta para tudo

7. Não perca tempo: faça um mau rascunho. Afinal, você não vai poder editar uma página em branco

8. Trate seu tempo como se ele fosse dinheiro

Alimentação
9. Crie uma rotina alimentar

10. Coma alimentos saudáveis

11. Receba a comida por delivery para economizar tempo

12. Faça um acordo com a cafeteria que frequenta diariamente

Agenda
13. Faça as coisas mais fáceis primeiro

14. Priorize apenas uma coisa por dia

15. Defina uma rotina diária para se organizar melhor

16. Evite fazer reuniões quando elas não forem sobre algum assunto realmente decisivo

17. Melhor feito do que perfeito

Corpo
18. Controle a ansiedade. Uma boa forma de fazer isso é praticando alguma atividade física, como corrida, dança ou natação

19. Não se prenda a poucas horas de sono. Dormir mais pode fazer com que você produza mais no dia seguinte

20. Tire pequenos cochilos quando sua energia estiver muito baixa

Truques
21. Visualize o produto final

22. Quem veio primeiro: o ovo ou a galinha? Evite a questão ovo-galinha e comece a tarefa antes mesmo de se sentir preparado

23. Assuma que você está com a razão quando estiver em dúvida. Decisivo é produtivo

24. Quando estiver com a mente muito bloqueada, crie um mapa mental com suas ideias

25. Se você não pode escrever algo, grave-o

26. Quando ler algo que lhe foi útil, escreva para o autor

Roupas
27. Defina uma espécie de uniforme para ir trabalhar, e use-o diariamente

28. Use tecidos inteligentes, para não perder tempo passando camisas

29. Carregue uma roupa que possa ser usada em várias ocasiões

30. Doe ou descarte as roupas que você já deixou de usar

Tecnologia
31. Limite as respostas de e-mail para apenas uma mensagem por minuto

32. Se você não consegue entender sobre o que um e-mail se trata, não responda

33. Desligue-se das notícias. Poucas coisas importantes acontecerão durante o dia

34. Não atenda a chamadas a não ser em casos de emergência (e emergências são raras)

35. Use atalhos de teclado para economizar tempo ao usar o PC

Fonte: Info

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Crato lidera a comercialização de alimentos orgânicos no Cariri

A produção de alimentos orgânicos deve crescer cerca de 20% neste ano no Brasil. A estimativa é da Associação de Agricultura Orgânica. Entre 2010 e 2015, a média nacional de expansão da atividade foi de 20%. Não há números do Ceará, mas o Estado deve seguir essa tendência nacional. Há também expansão, no Ceará, da produção agroecológica a partir da implantação de tecnologias de convivência com o Semiárido.

No Estado, segundo dados da Comissão da Produção Orgânica (CPOrg), as principais regiões produtoras são Serra da Ibiapaba (frutas e hortaliças), Maciço de Baturité (algodão e mel) e Cariri (mel). "Há cerca de 850 produtores orgânicos no Ceará e 400 têm a apicultura como principal atividade", destacou o secretário-executivo da CPOrg, Adriano Custódio.

Entraves
A crise econômica, a escassez de água, a falta de assistência técnica e de organização para comercialização são os principais entraves que a produção orgânica e agroecológica enfrentam no Semiárido. Apesar de dispor de uma legislação nacional, nos últimos seis anos, as políticas públicas ainda não saíram do papel para a transição de um modelo agropecuário convencional para um sistema autossustentável na agricultura familiar.

O mercado é promissor, a demanda é elevada por produtos cultivados livres de agrotóxicos. Afinal, cresce entre os consumidores o desejo de levar para a mesa frutas e verduras de boa qualidade, sem veneno, mesmo que o preço seja superior a 30%, em média.

"Os maiores desafios para a produção orgânica no Ceará estão no alto custo da certificação, visto que não há entidades certificadoras no Estado", observa Custódio. "Além disso, há poucos locais de comercialização direta". O número de feiras é reduzido, em comparação com outras regiões do País.

Diferença
É preciso diferenciar a produção orgânica da agroecológica, expressão que vem ganhando espaço nos últimos anos. O modelo orgânico seria mais limitado em relação ao conceito da Agroecologia, que vai além do sistema produtivo.

Na produção orgânica, que é certificada, não se usa agrotóxico, não há queimadas, os defensivos são naturais, mas os insumos (inclusive sementes) podem ser adquiridos de empresas e pode-se optar por monocultura. No modelo agroecológico há uma perspectiva mais ampla, uma preocupação com aspectos sociais, culturais, ecológicos e econômicos da agricultura familiar, que vai além da produção. Aqui também não se usa veneno. Os defensivos são naturais, mas com prioridade para obtenção na própria unidade e implantação de um sistema de policultura, criação de pequenos animais, uma integração total do ciclo produtivo.

"É importante a diferenciação desses dois conceitos, definidos na política nacional de produção orgânica e agroecológica", observa a coordenadora do Centro de Estudos do Trabalho e Assessoria ao Trabalhador (Cetra), Cristina Nascimento, que também coordena a Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA). "Um não se opõe ao outro", completa.

O engenheiro agrônomo e diretor da organização não governamental (ONG) Rio Jaguaribe, Paulo Maciel, observa que a produção orgânica está inserida no conceito mais amplo, que é a Agroecologia. "Se for somente a substituição de insumos químicos por naturais e o não uso de agrotóxicos, tende a se afastar da ideia da Agroecologia", frisa. "A produção no sistema agroecológico é mais ampla e envolve aspectos sociais, econômicos, ambientais", explica.

Os produtos comercializados como orgânicos têm de ter um selo de certificação com nome do responsável, endereço da unidade produtiva, número de cadastro, nome da empresa certificadora e logomarca do Selo Orgânico Brasil. "A produção orgânica cresce no Ceará em índices até maiores que a média nacional, embora tenha ocorrido restrição nos últimos dois anos por causa do atual ciclo de seca", observa a diretora técnica da Associação para o Desenvolvimento da Agropecuária Orgânica (Adao), Regina Santiago.

Feiras
Todas as terças-feiras, pela manhã, no Mercado dos Pinhões, em Fortaleza, ocorre, desde 1997, de forma ininterrupta a feirinha orgânica promovida pela Adao e que reúne atualmente nove produtores, sendo dois de hortaliças, oriundos de Guaraciaba do Norte, cidade da Serra da Ibiapaba, e os demais de municípios diversos da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Em 2016, a feira de orgânicos da Adao comercializou cerca de 80 toneladas de verduras, frutas e legumes. "Os nossos produtos são certificados e oferecemos a vantagem da comercialização direta entre produtores e consumidores, com preço mais baixo do que os alimentos da agricultura convencional em supermercado", observou Regina Santiago. "Ninguém quer mais comer veneno e, se tiver opção, prefere o orgânico".

O mercado é, portanto, muito favorável aos sistemas produtivos agroecológicos, com ou sem certificação. "São modelos complementares, que favorecem à saúde dos consumidores, protegem o meio ambiente, melhoram a qualidade de vida da família do produtor com maior renda", destaca Regina Santiago. "Há uma melhoria total, nos aspectos de renda familiar, da ecologia, das relações sociais e de trabalho", afirma.

Limitações
Os técnicos observam, entretanto, que ainda é tímido o modelo agroecológico no Interior cearense. O seu surgimento está associado à implantação de tecnologias de convivência com o Semiárido, como cisternas calçadão e de enxurrada e projetos de reúso de água. "Precisamos ampliar essa produção. Mas, para isso, é preciso a aplicação de políticas públicas, assistência técnica, liberação de crédito e organização do espaço de comercialização", frisou Cristina Nascimento. "Em relação à demanda, a produção é reduzida, mas não é fácil e rápida a transição do modelo convencional para a Agroecologia, que tem base familiar e vai de encontro à lógica do desenvolvimento rural tradicional, que privilegia o agronegócio".

Assessoria
O Cetra desenvolve trabalho de assessoria aos produtores de base familiar agroecológica em cidades da região Norte, no entorno de Itapipoca e no Sertão Central. A entidade relaciona dez feiras que ocorrem em várias cidades de área de sua atuação. "As feirinhas têm caráter popular e oferecem verduras e frutas sem veneno, permitindo acesso à população de um modo geral", lembra Cristina.

Na região do Cariri cearense, a Associação Cristã de Base (ACB) desenvolve um trabalho de acompanhamento aos agricultores de base familiar há 35 anos. "O nosso esforço foi sempre para mudar a realidade no campo, reduzir a pobreza extrema, dar vida digna para as famílias, com acesso à educação, saúde, água, energia e segurança alimentar", observa a coordenadora da entidade, Maria do Socorro Silva. "O cenário atual mudou. Não foi fácil. Agora a nossa preocupação é gerar renda para essas pessoas, em particular para os jovens", diz.

Nos últimos 14 anos, a ACB articula um trabalho de orientação aos agricultores familiares para a produção no modelo agroecológico e promove, todas as sextas-feiras, uma feirinha, na cidade do Crato, que reúne 20 produtores. "Começamos com seis", lembra Maria do Socorro.

Estima-se uma renda mensal em torno de meio salário mínimo para cada família produtora que participa do espaço de comercialização da ACB. No Cariri, além de Crato há feiras semanais regulares nas cidades de Santana do Cariri, Milagres e Caririaçu. "É possível ter uma produção diversificada, com uso de defensivos naturais, oferecendo à população uma alimentação saudável", diz Maria do Socorro.

HONÓRIO BARBOSA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Expocrato 2017: Contagem regressiva para um dos maiores eventos do Nordeste

Pela 66ª vez, o município do Crato sedia evento que, durante oito dias, reúne programação variada, que vai de feira agropecuária e leilão de animais a apresentações musicais. De 9 à 16 de julho, será realizada a Expocrato, Exposição Nordestina de Animais e Produtos Derivados, no Parque de Exposições Felício Cavalcante.

Todos os anos, o Cariri se volta para a Expocrato. Famílias e amigos se reúnem, grandes e pequenos produtores agropecuários expõem produtos e todos se divertem. “O nosso interesse é que o público, de uma maneira geral, venha e saia satisfeito. E que, a cada ano, a festa melhore e cresça mais”, afirma Luiz Gonzaga de Melo, presidente do grupo gestor à frente do evento.

Diversão e reencontros
Paralelo à movimentação de negócios na feira, o evento recebe visitantes de variados locais do Brasil, de caririenses que se mudaram a turistas que vão conhecer a região. A designer de moda Suelli de Albuquerque Sampaio, por exemplo, mantém relação com a Expocrato desde a infância. Depois que foi estudar em Recife, aos 12 anos, voltou todos os anos para visitar a cidade e os amigos. “Pelo Facebook, comecei a entrar em contato com muita gente que não via há tempo e, então, a gente começou a marcar de se encontrar na Expocrato”.

Com o tempo, a Expocrato passou a ser sinônimo de encontros para a designer, pois, desde 2012, ela costuma rever os amigos no evento. “A gente combinou que não tinha mais razão para não fazermos ao menos um encontro anual”, ressalta Suelli. Durante os oito dias, o público conta tanto com a programação oficial do evento como com outras festas organizadas por toda a cidade.

Negócios
Para 2017, algumas mudanças estruturais serão feitas para atender a demandas do setor pecuarista. Segundo Melo, o entorno do picadeiro, onde ficavam localizadas barracas e vendedores ambulantes será liberado para que o público interessado assista ao julgamento dos animais. “Acho que isso vai melhorar o brilho da festa e vai priorizar o setor que é o foco da Expocrato, o pecuarista”, afirma.

De acordo com ele, a visibilidade que a feira dá aos produtos, aliada à boa receptividade no evento e à hospitalidade dos caririenses, é o que faz os expositores voltarem a cada ano. “A Expocrato é uma marca, hoje, nacionalmente conhecida e uma feira que traz retorno”, conta. Outro eixo ao qual a festa dá destaque é a agricultura familiar. “Sabemos que muita gente se prepara para isso”, comenta Melo, citando a importância de não restringir o espaço do pequeno produtor. “É uma festa em que você tem que se preocupar em atender os diversos setores da economia regional”.

Legados
O impacto da Expocrato vai além dos oito dias de programação. Junto às outras festas - como a de Santo Antônio, realizada em Barbalha, e a Vaquejada de Missão Velha -, ela movimenta o setor econômico no Cariri. De acordo com Luiz Gonzaga de Melo, a festa cresce a cada edição, agregando novos expositores e visitantes. “Mesmo no período de crise, colocar um evento desses no mês de julho movimenta a cidade e aquece as compras do mercado local”, afirma.

Expocrato 2016 em números
  • Mais de 50 mil visitantes por dia de evento;
  • 8.371 animais participaram da última exposição, entre bovinos, caprinos, equinos, cães, aves e outros;
  • 200 estandes, barracas e pontos de vendas foram montados no ano passado;
  • 15 toneladas de cana de açúcar foram utilizadas na Casa de Engenho;
  • 35 mil quilos de goma para fazer tapioca e beiju na Casa de Farinha.
Serviço:
Expocrato 2017
Quando: 9 a 16 de julho
Onde: Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante (Rua Rui Barbosa, 267, Crato)

Fonte: O Povo

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A um passo da aprovação, terapia mudará o tratamento do câncer

Um painel da FDA, agência americana que regulamenta alimentos e medicamentos, recomendou a aprovação da primeira terapia 100% individual contra câncer no país. O tratamento em questão, fabricado pela Novartis e chamado CTL019, altera as próprias células do paciente, transformando-as no que os cientistas chamam de “droga viva”, de acordo com informações do jornal americano The New York Times, “programada” para combater a leucemia. O aval inédito deixa o medicamento um passo mais próximo da aprovação pela agência e abre caminho para uma nova era na medicina.

Em decisão unânime (10 a 0) o comitê da FDA afirmou que os benefícios da terapia superam seus riscos e recomendou sua aprovação para o tratamento de leucemia linfoblástica aguda de células B resistente ao tratamento ou com recidiva em crianças e jovens com idade entre 3 e 25 anos. Esse é o câncer mais comum diagnosticado em crianças, que representa aproximadamente 25% dos diagnósticos da doença em pacientes com menos de 15 anos. No entanto, o tratamento beneficiaria apenas os 15% dos casos nos quais a doença não responde ou volta.

Como funciona?
A terapia, desenvolvida por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e posteriormente licenciada à Novartis, envolve a remoção de milhares de células T, um tipo de glóbulo branco, do paciente, por um centro médico aprovado. Em seguida, essas células são congeladas e enviadas a uma fábrica da farmacêutica onde o processo de modificação é realizado por meio de uma técnica de engenharia genética que emprega uma forma inativa de HIV, o vírus causador da aids, para levar o novo material genético às células e reprograma-las.

Esse processo “turbina” as células T para que elas se liguem à proteína CD-19, presente na superfície de quase todas as células B – componente natural do sistema imunológico que se torna maligno na leucemia – e as ataquem.  As células T geneticamente modificadas, chamadas receptoras de antígeno quimérico, são aplicadas na corrente sanguínea dos pacientes, onde se multiplicam e começam a combater o câncer. Uma única célula é capaz de destruir até 100.000 células cancerígenas. Essa capacidade deu a elas o apelido de “serial killers”.

Em estudos, a re-engenharia dessas células demorava cerca de quatro meses e muitos pacientes faleceram antes do tratamento ficar pronto. Mas, durante a reunião do painel, a Novartis afirmou que esse período foi reduzido para apenas 22 dias.

No entanto, como toda abordagem que usa o próprio sistema imunológico do paciente para combater o câncer, seus efeitos colaterais são graves. Alguns pacientes apresentaram febre desenfreada, pressão sanguínea no limite e congestionamento pulmonar. Outra ressalva dos especialistas foi em relação a possíveis danos futuros, ainda desconhecidos nesse tipo de terapia.

Por outro lado, uma única dose da nova terapia mostrou resultados surpreendentes: longas remissões e possíveis curas para pacientes que tinham suas esperanças esgotadas após todos os tratamentos disponíveis terem falhado.

Disponibilidade e preço
Como os efeitos colaterais demandam cuidados específicos, a Novartis afirmou que, se aprovado, o tratamento será inicialmente disponibilizado em cerca de 30 centros treinados nos Estados Unidos. A companhia afirmou também que planeja submete-lo em outros mercados, como na União Europeia, até o final deste ano. No Brasil, a aprovação deverá demorar mais tempo.

Embora a companhia não tenha mencionado o preço, analistas ouvidos pelo The New York Times estimam que um tratamento assim possa custar mais de 300.000 dólares (cerca de 960.000 reais).

A Novartis não é a única a desenvolver terapias 100% individuais, mas está prestes a ser a primeira a ter seu tratamento aprovado. A empresa já está desenvolvendo técnicas similares para o tratamento de outros tipos de leucemia, mieloma múltiplo e tumor cerebral agressivo.  Em entrevista à VEJA no ano passado, Joerg Reinhardt, CEO da Novartis, afirmou sobre as terapias 100% individuais: “as primeiras serão lançadas na área da oncologia, mas logo haverá para diabetes e doenças do coração”.

Fonte: Veja

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15 anos após a morte, Patativa do Assaré segue como referência de cultura popular

Há 15 anos morria Patativa do Assaré. Figura emblemática da cultura nordestina, o poeta popular deixou um legado de cantorias, textos e improvisações. Do município de Assaré, o homem de fala mansa fez fama ao redor do mundo. Aos 93 anos, em 2002, quando morreu, Patativa acumulava honrarias e prêmios nunca antes conferidos a uma figura tão popular. Recebeu o festejado título de Doutor Honoris Causa por cinco instituições, incluindo a Universidade Federal do Ceará (UFC).

“Na simplicidade, ele conseguia dizer coisas fortes de forma muito singela. Às vezes, nós lemos poetas modernos com linguagem rebuscada e acabamos não entendendo”, aponta a escritora e cordelista Julie Oliveira. Filha de Rouxinol do Rinaré, ela teve contato com as narrativas de Patativa durante toda a infância. “Se perpetua a imagem dele como cordelista, mas ele foi um poeta matuto. São linguagens diferentes. Ele é um ícone. É uma inspiração”, diz Julie.

O cordelista e pesquisador Klévisson Viana dialoga com esse pensamento. Para ele, Patativa era um homem de habilidades, autodidata e com múltiplas possibilidades de escrita. “O trabalho dele, se você for procurar nas antologias de cordel e de cantadores de viola, o nome dele não consta. Por quê? Como cordelista, ele não teve uma obra voltada para os folhetos. Era sempre em livros. Como cantador, a voz dele não era boa para ser um cantador. No entanto, o nome dele se sobressai como um dos maiores nomes da poesia de todos os tempos, pela grandeza e pelo nível de inspiração”, aponta o cordelista.

Klévisson esteve com Patativa em apenas em uma ocasião, na Secretaria da Cultura do Estado (Secult). Na memória guardou a figura do “homenzinho bem pequeninho, fumando um cigarro atrás do outro”. Com sua sensibilidade, acredita o cordelista, Patativa do Assaré deixou um legado enorme, que não pode ser negligenciado. “A literatura de cordel é festejada e cultuada no mundo todo. Como ele foi um nome muito midiático, ficou nele. Existem monografias sobre literatura de cordel, mesmo de poetas da minha geração, publicados ao redor do mundo, principalmente na França. Eu vejo que a dimensão do trabalho dele é inegável, o valor do trabalho dele é imensurável”, explica.

O cordelista Rouxinol do Rinaré, logo que começou a produzir escritos artísticos, enviou uma carta a Patativa. “Eu sempre o admirei, mas eu não tinha nada publicado, aí escrevi uma carta para ele em verso, pedi que ele mandasse um poema autografado, então ele me respondeu ‘Caro amigo colega, o Patativa não nega enviar a poesia para apreciação sua, mando o ‘Menino de rua’ que é de minha autoria’, e ele escreveu a poesia ‘Menino de rua’ no resto da carta. Isso foi três anos antes dele morrer. Quando a gente admira muito uma pessoa, fica se perguntando se vai ter resposta, até hoje eu guardo”.

Fonte: O Povo

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Aposentados do INSS devem receber 1º parcela do 13º em agosto

Em conversa com o presidente da Força Sindical, deputado Paulinho da Força (SD-SP), ontem (5), o presidente Michel Temer se comprometeu a manter o acordo de pagar a primeira parcela do 13º salário a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na folha de agosto. Com isso, o pagamento deve começar no fim do próximo mês e seguir até o quinto dia útil de setembro.

O adiantamento do benefício para cerca de 28 milhões de aposentados e pensionistas faz parte de um acordo firmado entre os sindicatos representantes da categoria e o governo federal, em 2006, ainda no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2015, porém, em meio ao ritmo fraco da economia e à queda da arrecadação, o governo só fez o pagamento da primeira parcela em setembro, que se estendeu até o início de outubro.

De acordo João Batista Inocentini, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindinapi), ligado à Força Nacional, o pagamento antecipado é importante para aposentados e pensionistas. "Foi uma conversa por telefone na manhã dessa quarta-feira com o presidente Temer e ele disse que definirá o assunto com o ministro da Fazenda Henrique Meirelles, mas prometeu o pagamento na folha de agosto. Essa medida é importante para os aposentados, que já contam com esse dinheiro antecipado, especialmente para pagar contas", diz Inocentini.

Além disso, afirma Inocentini, "Temer considera o pagamento na folha de agosto um direito adquirido de aposentados e pensionistas, e não faz sentido mudar isso nesse momento".

Popularidade em baixa
A promessa de Michel Temer aos aposentados e pensionistas vem em momento que a popularidade do presidente está em baixa e o governo federal tenta aprovar medidas populares em meios a diversos escândalos de corrupção. Nesta semana, a Caixa Econômica Federal decidiu antecipar o calendário de pagamento das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para quem faz aniversário em dezembro.

Previsto inicialmente para começar no dia 14 de julho, a Caixa Econômica informou, na última segunda-feira, que os pagamentos da última fase terão início no próximo sábado. Mais de 2,5 milhões de brasileiros têm direito ao saque a partir do mês de julho. O valor total disponível para saque neste mês ultrapassa R$ 3,5 bilhões e equivale a aproximadamente 8% do total de recursos disponíveis no programa.

Fonte: Diário do Nordeste

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Fies terá 100 mil vagas a juro zero a alunos de baixa renda

No próximo ano, o governo vai oferecer 100 mil vagas para o Financiamento Estudantil (Fies) a juro zero para alunos com renda per capita familiar de até três salários mínimos. O programa foi reformulado e terá três tipos diferentes de contrato.

As mudanças foram anunciadas na manhã desta quinta-feira (6). Para que tenham validade, o governo enviará uma medida provisória (MP) para o Congresso.

A seleção do segundo semestre, no entanto, continua sob as regras antigas. Serão oferecidas mais 75 mil novas vagas de contratos de financiamento. O cronograma com as datas será publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (7), segundo o MEC.

A partir de 2018, serão oferecidas três modalidades do programa. Veja o que se sabe até agora:

FIES 1
PÚBLICO: Voltado para alunos com renda per capita familiar de três salários mínimos. Vai funcionar como um fundo garantidor de recursos da União.

TAXA DE JUROS: Não haverá nenhuma taxa de juro.

PAGAMENTO: Pelas regras, o aluno vai começar a pagar as prestações com parcelas de no máximo 10% da renda mensal. Assim, o MEC calcula uma economia de pelo menos R$ 300 milhões por ano com taxas operacionais.

VAGAS EM 2018: A previsão é de oferecer 100 mil vagas.

FIES 2

PÚBLICO: Voltado para alunos com renda familiar per capita de até cinco salários mínimos. Voltado para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

TAXA DE JUROS: A taxa de juros é de 3%, mais correção monetária.

FONTE DE RECURSOS: Segundo o MEC, a fonte de recursos será de “fundos constitucionais regionais”.

VAGAS EM 2018: A previsão é de oferecer 150 mil vagas.

FIES 3
PÚBLICO: Voltado para estudantes com renda familiar per capita de até cinco salários mínimos.

TAXA DE JUROS: Ainda não há previsão. "Não tem definição prévia sobre a taxa de juros, será maior que 3%, mas menor que as taxas bancárias privadas", diz o ministro.

FONTE DE RECURSOS: A fonte de recursos será o BNDES e fundos regionais de desenvolvimento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O risco de crédito também será dos bancos, diz o MEC.

VAGAS em 2018: A previsão é de ofertar 60 mil vagas. Nessa modalidade, o MEC discute com o Ministério do Trabalho uma nova linha de financiamento que pode garantir mais 20 mil vagas adicionais.

Justificativa para as mudanças
A medida, segundo o governo, é uma forma de viabilizar o programa que possui um índice de inadimplência que gira em torno de 46%. Para o ministro da Educação, Mendonça Filho, o antigo Fies funcionava "sem controle" e de forma "imprevisível", com ônus apenas para o Tesouro.

Para o ministro da Educação, as mudanças são necessárias e vão trazer mais garantia para o governo. “Não há como se ter responsabilidade fiscal sem que a gente defina claramente as prioridades para os mais pobres sem que ao mesmo tempo demarquemos a responsabilidade que o Tesouro deve arcar quando se trata de política pública”, afirmou.

Privadas assumem risco
Segundo o governo, no caso do Fies 1, a mudança vai levar ao compartilhamento com as universidades privadas do risco do financiamento, que no modelo atual fica concentrado no governo.

O ministro explicou que as instituições de ensino terão que controlar mais de perto a inadimplência. “Tem que ser sócio no filé e também sócio no osso”, disse. Ou seja, em caso de inadimplência, o governo deixará de "bancar" o rombo deixado pelo aluno que não paga as mensalidades.

No ano passado, a despesa do Fies chegou a R$ 32 bilhões com mais de dois milhões de contratos ativos, segundo o MEC. Desde 2015, o governo vem fazendo mudanças no Fies, passando a exigir do candidato, por exemplo, uma nota mínima no Enem. Em 2014, o número de novos contratos firmados atingiu seu auge: mais de 700 mil financiamentos realizados.

Como é hoje
Para ter acesso Fies, o candidato precisa ter feito o Enem e obtido nota média acima de 450 pontos, além de não ter zerado na redação. Também é preciso ter renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até três salários mínimos.

Só há uma modalidade de contrato. A taxa de juros do financiamento é de 6,5% ao ano e o candidato, após concluir o curso, tem um prazo de carência de 18 meses para começar a quitar a dívida. O prazo para pagar o financiamento é de três vezes o tempo financiado. Ou seja, se o estudante fez um curso de quatro anos com o Fies, ele terá até 12 anos para pagar o financiamento.

No primeiro semestre deste ano, o MEC já fez uma alteração no programa, reduzindo o valor máximo da mensalidade passível de financiamento. Até então, era aceito o financiamento de mensalidades de até R$ 7.600. A partir deste ano, o valor foi reduzido para R$ 5.000, uma queda de pouco mais de 34%.

Fonte: G1

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Polícia Federal acaba com grupo de trabalho da Lava Jato em Curitiba

A Polícia Federal resolveu pôr fim ao grupo de trabalho da Operação Lava Jato em Curitiba. A decisão, segundo três fontes com conhecimento direto do fato, foi comunicada informalmente aos quatro delegados que ainda restavam no chamado GT da operação – o jargão que a polícia usa para se referir a uma força-tarefa. Espera-se a formalização do desmanche no próximo boletim interno da Superintendência da PF no Paraná, que deverá sair na segunda-feira (10). Em Curitiba, atribui-se a decisão ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello.

Os delegados e agentes voltarão a ser lotados na Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros, a Delecor. Deixarão de se dedicar exclusivamente à Lava Jato, passando a dividir casos da operação com quaisquer outras investigações. Não há dúvida entre os investigadores que a produção de provas em processos altamente relevantes será severamente prejudicada. O mesmo vale para novas frentes de investigação sigilosas, envolvendo, entre outros, operadores e políticos do PMDB e do PSDB. Diante da escassez de recursos e pessoal, novas fases da operação podem nem sequer ser deflagradas, de acordo com procuradores da República e uma fonte no GT da polícia. “É uma asfixia”, diz um dos investigadores.

O desmanche do GT não é uma surpresa dentro da PF. Encerra uma longa agonia, que já durava mais de um ano, apesar dos esforços da direção local no Paraná em manter os trabalhos. Aos poucos, o número de delegados foi caindo. De nove, nos bons tempos da operação, para somente quatro – sem contar a diminuição de agentes, escrivães e peritos. Os principais investigadores da PF em Curitiba deixaram a Lava Jato: Érika Marena, Eduardo Maut e Márcio Anselmo. Com eles, foi embora também boa parte da memória da operação, um ativo essencial num caso tão amplo e complexo – a maior investigação de corrupção da história da PF. Delegados, procuradores e outros responsáveis pela Lava Jato em Curitiba são unânimes em apontar, reservadamente, uma queda acentuada na velocidade e na qualidade do trabalho da PF após a saída dos três. “Os três eram o motor da polícia na operação”, resume uma das principais lideranças da Lava Jato.

A interlocutores, delegados em Brasília, entre eles o próprio Leandro Daiello, comentavam que a investigação em Curitiba estava esfriando e que a equipe não seria mais necessária em razão de uma suposta falta de demanda. Todos em Curitiba – inclusive na PF e no MPF – discordam dessa justificativa. “Temos coisas para fazer e não temos para quem pedir porque eles estão assoberbados de trabalho ordinário”, diz um procurador. “Não têm tempo para desenvolver novas frentes de investigação. Isso se reflete também na ausência de novas operações.” É incontroverso que há centenas de mídias apreendidas nas fases anteriores da operação ainda sem análise.

Os três principais delegados saíram da operação após meses de constante atrito com a direção-geral da PF, em função de divergências quanto aos rumos da operação – desgaste que, segundo fontes no GT, aprofundou-se depois da fase 24 da Lava Jato, que mirou o ex-presidente Lula. Delegados e agentes, especialmente os que aceitaram mudar de estado para compor provisoriamente o GT, também reclamavam do que julgavam ser uma inaceitável ausência mínima de condições de trabalho: diárias muito baixas e o acúmulo de casos no cargo de origem – o estoque de investigações subia normalmente enquanto estivessem na Lava Jato; o trabalho seria imenso quando regressassem de Curitiba. “Tínhamos de praticamente pagar para trabalhar”, diz um deles, que aceitou falar somente reservadamente, por medo de represálias. “E ainda por cima faltavam braços para ajudar.” Outro completa: “É uma pena. A PF poderia ter ido muito mais longe.”

Procurada por EXPRESSO, a direção-geral da PF confirmou o fim do grupo de trabalho. Mas negou que haverá consequências ruins para a Lava Jato em Curitiba. Em nota, a PF diz:

1. Os grupos de trabalho dedicados às operações Lava Jato e Carne Fraca passam a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (DELECOR);

2. A medida visa priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário, uma vez que permite o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilita o intercâmbio de informações;

3. Também foi firmado o apoio de policiais da Superintendência do Espírito Santo, incluindo dois ex-integrantes da Operação Lava Jato;

4. O modelo é o mesmo adotado nas demais superintendências da PF com resultados altamente satisfatórios, como são exemplos as operações oriundas da Lava Jato deflagradas pelas unidades do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, entre outros;

5. O atual efetivo na Superintendência Regional no Paraná está adequado à demanda e será reforçado em caso de necessidade;

6. A Polícia Federal reafirma o compromisso público de combate à corrupção, disponibilizando toda a estrutura e logística possível para o bom desenvolvimento dos trabalhos e esclarecimento dos crimes investigados.

Fonte: Época

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Veja como devem votar os deputados cearenses sobre a denúncia contra Temer

Levantamento feito pelo jornal O Globo mostra que dos 22 deputados federais cearenses, sete são favoráveis à denúncia, um é contra, há três indecisos e 11, ou metade da bancada, não havia respondido até ontem ao questionamento.

Na esfera nacional, 147 dos 513 parlamentares tem a intenção de votar a favor da denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer. Outros 59 se declararam contra a denúncia, 92 se disseram indecisos e 214 não responderam. Para que um processo contra o presidente seja autorizado são necessários, pelo menos, 342 votos.

Também ontem, a defesa do presidente da República, Michel Temer, afirmou, em 98 páginas e um anexo com 90 folhas, que não foi cometido crime algum.

Segundo o documento, que foi entregue à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), a denúncia baseia-se em uma "peça de ficção", contendo apenas hipóteses e suposições.

"O presidente da República não cometeu corrupção passiva, e eu lanço um desafio respeitoso aos acusadores para que demonstrem, por meio de um único indício que seja, por mais frágil que seja, que o presidente tenha pedido algo, tenha recebido algo ou favorecido alguém", disse o advogado de Michel Temer, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira. Com base em gravações e delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do grupo J&F - que controla o frigorífico JBS e outras empresas -, Janot denunciou Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF) por crime de corrupção passiva. O procurador-geral analisa a possibilidade de oferecer outras denúncias, por obstrução da Justiça e organização criminosa. A defesa de Temer comentou uma sequência de fatos.

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Primeiro, destaca que a Procuradoria-Geral da República (PGR) admitiu que a denúncia foi feita de modo imediato, para impedir que crimes continuassem a ser praticados. Depois, afirma que, ao pedir a autorização para o processo, o ministro Edson Fachin, responsável no STF pela Lava-Jato, ressaltou que ainda não há crime tipificado de forma categórica contra Temer. Por fim, coloca em questão a delação premiada dos irmãos Batista, por favorecer os acusadores.

O documento também caracteriza a denúncia como seletiva. Mariz de Oliveira disse que a peça acusatória desconsiderou depoimentos que constam dos relatórios da Polícia Federal e que seriam benéficos a Temer.

A defesa de Temer foi entregue à CCJ antes de exaurido todo o prazo regimental, de até dez sessões do Plenário.

O advogado também negou que o governo esteja em uma espécie de UTI. "Está na lanchonete do hospital". Em um vídeo de dois minutos que será distribuído aos deputados que julgarão se Temer deve ser processado por corrupção passiva pelo STF o advogado do presidente reforça a estratégia de que Temer é inocente e que as provas contra ele são ilícitas.

Previsão
Já o presidente da CCJ da Câmara, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), disse que é possível que a conclusão da apreciação da denúncia contra Temer aconteça antes do recesso parlamentar (dia 18 de julho), mas que isso vai depender da dinâmica do processo. Pacheco disse que não se opõe à suspensão do recesso parlamentar. "Especialmente se chegarmos a um patamar do procedimento em que esteja quase pronto de ser definido". Se a denúncia não for votada na CCJ antes do início do recesso, Pacheco lembrou que o assunto ficará para agosto. Após se reunir com todos os partidos, Pacheco decidiu dar a todos os 132 membros da CCJ - 66 titulares e 66 suplentes - o direito de discursar. Cada um poderá falar por 15 minutos.

O relator Sérgio Zveiter deve cumprir o prazo e apresentar seu parecer na segunda-feira (10).

Fonte: Diário do Nordeste

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