Saiba como a bancada cearense votou a denúncia contra Temer na Câmara

O presidente Michel Temer conseguiu votos suficientes na Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira, 2, e barrou a denúncia pelo suposto crime de corrupção passiva.

Com base nas delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS, Temer foi denunciado em junho ao Supremo Tribunal Federal pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva. O STF só poderá analisar a denúncia, porém, se a Câmara autorizar.

O voto "sim" significa a aprovação do relatório que arquiva a denúncia contra o presidente Michel Temer. O "não" expressa posicionamento contrário ao relatório e favorável à continuidade das investigações.

Confira como votou a bancada cearense:

Adail Carneiro (PP) - AUSENTE

André Figueiredo (PDT) - NÃO

Aníbal Gomes (PMDB) - SIM

Ariosto Holanda (PDT) - NÃO

Cabo Sabino (PR) - NÃO

Chico Lopes (PCdoB) - NÃO

Danilo Forte (PSB) - SIM

Domingos Neto (PSD) - SIM

Genecias Noronha (SD) - SIM

Gorete Pereira (PR) - SIM

José Airton Cirilo (PT) - NÃO

José Guimarães (PT) - NÃO

Leônidas Cristino (PDT) - NÃO

Luizianne Lins (PT) - NÃO

Macedo (PP) - SIM

Moses Rodrigues (PMDB) - SIM

Odorico Monteiro (PSB) - NÃO

Paulo Henrique Lustosa (PP) - SIM

Raimundo Gomes de Matos (PSDB) - AUSENTE

Ronaldo Martins (PRB) - NÃO

Vaidon Oliveira (DEM) - SIM

Vitor Valim (PMDB) - NÃO

Fonte: O Povo

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A experiência traumática das ex-testemunhas de Jeová rejeitadas pelas próprias famílias

Para algumas ex-testemunhas de Jeová, abandonar a crença não significa apenas abrir mão de uma religião, mas também se afastar de entes queridos. Em muitos casos, amigos e familiares são orientados a cortar todos os laços com essas pessoas, as levando ao isolamento e, em casos extremos, até a pensamentos suicidas.

"Não falo com ninguém da minha família. Não temos nenhum contato, porque eu me 'desassociei'", conta Sarah (nome fictício) ao programa Victoria Derbyshire, da BBC.

No ano passado, a jovem, que está na casa dos 20 anos, foi expulsa de um grupo de Testemunhas de Jeová em um processo conhecido como "desassociação".

Ela diz que o motivo teria sido sua recusa em continuar em um relacionamento abusivo. Sarah afirma que seu parceiro na época era violento, e chegou a quebrar suas costelas.

Fazer denúncias à polícia - e envolver pessoas de fora da religião em questões assim - é algo muito desencorajado entre testemunhas de Jeová, explica a jovem.

Código moral
Sarah afirma que os fiéis mais velhos se recusaram a punir seu ex-companheiro pelo comportamento violento. Foi apenas quando seus colegas de trabalho notaram seus machucados e a convenceram a não se submeter mais aos abusos que ela deu fim ao relacionamento.

A jovem conta ter sido desassociada por esse motivo - e que seus amigos e familiares se afastaram em seguida. Isso porque testemunhas de Jeová acreditam que aqueles de fora da religião podem prejudicar sua fé.

Em um comunicado, o grupo reliogoiso disse à BBC: "Se uma testemunha batizada viola o código moral da Bíblia e não apresenta evidências de que não continua a fazer isso, ela ou ele serão afastados e desassociados".

"Quando se trata desse afastamento, as testemunhas seguem as instruções da Bíblia, e, neste ponto, a Bíblia diz claramente: 'Removam os homens perversos entre vocês'", afirma o texto.

Sarah diz que sua mãe se recusou a falar com ela na noite em que foi disassociada. E que seu pai a acordou bem cedo no dia seguinte para expulsá-la de casa.

Em resposta aos relatos, a organização Testemunhas de Jeová diz não comentar sobre casos individuais e que "violência, seja física ou emocional, é fortemente condenada na Bíblia e não tem lugar em uma família cristã".

'Ninguém responde'
John (nome fictício) tornou-se testemunha de Jeová ainda criança, quando seus pais decidiram se unir ao grupo. Há dois anos, ele foi disassociado depois de perder um velório, cerimônia vista na religião como uma ocasião importante.

Ele já tinha começado a se questionar sobre os ensinamentos, incluindo o de que o fim do mundo é iminente e que apenas 144 mil pessoas vão para o céu. Sua visão sobre essa fé também ficou abalada após um amigo morrer depois de não ser submetido a uma transfusão de sangue, uma prática proibida pela religião. "Foi uma vida desperdiçada", diz.

John afirma ter descoberto depois que sua mulher testemunhou contra ele em seu processo de desassociação, algo que acredita ter prejudicado bastante o relacionamento entre o então casal.

Ele saiu da casa e passou a viver temporariamente em barracas. Além disso, perdeu contato com seus dois filhos, hoje adultos, e irmãos. "Eu me senti muito isolado, não tinha ninguém, pensava bastante em suicídio."

"Às vezes, eu mando uma mensagem dizendo 'amo vocês, ainda penso em vocês', mas normalmente ninguém responde."

'Últimos dias'
A Testemunhas de Jeová foi fundada nos Estados Unidos no fim do século 19, sob o comando de Charles Taze Russell, e sediada em Nova York.

Apesar de ser baseada em princípios cristãos, o grupo acredita que as igrejas cristãs tradicionais se afastaram dos ensinamentos bíblicos e não estão em harmonia com Deus.

Por sua vez, as igrejas cristãs tradicionais não reconhecem a Testemunhas de Jeová como uma denominação tradicional de sua fé por rejeitar a doutrina baseada na Santa Trindade.

As testemunhas de Jeová acreditam que a humanidade está vivendo seus "últimos dias" e que a batalha final entre o bem e o mal ocorrerá em breve. A organização diz ter mais de 8 milhões de fiéis em todo o mundo.

Terri O'Sullivan a abandonou há 17 anos, quando tinha 21, e foi expulsa de casa por sua mãe. Ela coordena hoje uma rede de apoio a pessoas que são excluídas ou deixam de fazer parte da igreja.

Afirma que ainda não se deparou com uma ex-testemunha de Jeová que não tenha sofrido de depressão ou alcoolismo ou tenha pensado em suicídio ou machucar a si mesma.

Órfã de pais vivos
Segundo Terry, apesar de nem todos passarem formalmente pelo processo de desassociação quando abandonam a religião, seus relacionamentos raramente não são afetados por isso.

"No caso de algumas ex-testemunhas", ela diz, "alguns familiares ainda falam com elas, mas a relação dificilmente é a mesma."

No caso de Sarah, ela diz ter sido "muito, muito difícil" lidar com a perda dos laços familiares. Ela está noiva e sabe que terá de planejar uma cerimônia de casamento sem a participação de seus pais. "Eu me considero órfã, o que é bem triste", afirma.

Ela obtém apoio de amigos no trabalho. Quando abandonou a religião, eles "a confortaram", o que foi bem diferente do que esperava.

"São pessoas que minha religião dizia serem terríveis e más companhias, que seriam castigadas por Deus no Apocalipse. Mas essas pessoas abriram as portas de suas casas para mim."

A jovem ainda vê com bons olhos a maioria dos fiéis da igreja. "Há boas pessoas nessa religião, que acreditam estar salvando outras. Guardo boas memórias, porque são as últimas que tenho com minha família", diz.

"Mas também olho para trás e é dolorido, porque nunca mais poderei sentar com eles para um almoço de domingo. Quando morrerem, eu não serei convidada para seus enterros."

Fonte: G1 (Com BBC)

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Temer corta R$ 103,6 milhões do Ministério da Ciência e Tecnologia

O governo Temer, ao lado do Ministério do Planejamento, preparou um corte de R$ 5,951 bilhões no Orçamento de 2017. Neste corte, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, responsável pela mediação e desenvolvimento da tecnologia no Brasil, perde R$ 103,6 milhões.

Contudo, as verbas bloqueadas pelo governo federal atingiram outros ministérios de forma mais pesada, como o Ministério das Cidades (R$ 3,476 bilhões), o Ministério da Defesa (R$ 1,358 bilhão) e o Ministério da Educação (R$ 550 milhões).

Segundo o governo, a arrecadação de impostos foi baixa, caindo de R$ 1,386 trilhão para R$ 1,380 trilhão. Com estes cortes, o governo também espera "aplacar os ânimos" de órgãos que denunciam a falta de recursos para o trabalho, como o Polícia Federal (PF). Outros órgãos que serão beneficiados são agências do INSS e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos.

Fonte: Tecmundo

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TCM/CE apura irregularidades em 48 licitações que somam R$ 97 milhões

O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), através do Observatório de Licitações Municipais, abriu processos para averiguar irregularidades em 48 licitações realizadas nos primeiros sete meses deste ano. As licitações sob investigação somam R$97 milhões em recursos públicos. 

Das 48 licitações investigadas, 19 apresentam irregularidades como insuficiência de elementos técnicos, solicitação de documentos para fins de habilitação não previsto na legislação, deficiência de informações sobre o objeto licitado no projeto básico ou termo de referência e sobrepreço. As outras 29 são contestadas por não terem cumprido as regras do Portal de Licitações dos Municípios.

O presidente do TCM, conselheiro Domingos Filho, explica que “as irregularidades encontradas serão analisadas, com a possibilidade de abertura de tomadas de contas especiais para apuração de responsabilidade dos responsáveis”.

O Observatório de Licitações do TCM examina a conformidade de processos regulares, como concorrência pública e pregões, como também de procedimentos de dispensa e inexigibilidade de licitação. O órgão ainda analisa antecipadamente os editais publicados a fim de evitar a contratação de despesas irregulares.

Fonte: Diário do Nordeste

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Bilhões e bilhões de reais em emendas. É quanto a tentativa de salvar Temer de denúncia custa ao Brasil

A poucas horas de enfrentar a sessão na Câmara dos Deputados que pode definir o futuro do seu governo, marcada para esta quarta-feira (2), o presidente Michel Temer tem usado sem cerimônia a máquina federal para conquistar votos de deputados.

Sua "campanha" inclui a promessa de bilhões de reais para emendas parlamentares e projetos em municípios e Estados, criação de cargos comissionados e atendimento de demandas específicas de bancadas.

As medidas contrastam com o discurso de "sacrifício" que Temer evocou ao assumir o governo em 2016. Para se salvar de uma eventual admissão pela Câmara da denúncia criminal por suspeita de corrupção, o presidente pode gastar mais de R$ 17 bilhões apenas em emendas parlamentares e verbas destinadas para governos e prefeituras.

Ao ceder em projetos dispendiosos de deputados e criar mais cargos, Temer parece também estar jogando uma pá de cal na política de ajuste fiscal prometida no início do governo.

Emendas
Entre as medidas para convencer os deputados a ficarem ao lado do governo, a mais explícita tem sido o direcionamento de verbas para emendas – recursos pedidos pelos deputados que normalmente são gastos em suas bases eleitorais.

Entre o início de junho e o final de julho, período em que o escândalo da JBS veio à tona, o governo destinou R$ 4,1 bilhões para esse fim. No acumulado do ano até maio – antes do caso JBS –, o governo havia empenhado apenas 102,5 milhões de reais.

Pelas regras, parlamentares governistas ou da oposição são contemplados com a mesma cota, só que o governo é que estabelece o ritmo da distribuição.

De acordo com a ONG Contas Abertas, parlamentares que declaram abertamente apoio ao governo Temer receberam em média a promessa de R$ 1 milhão a mais do que os deputados que vão votar pela aprovação da denúncia.

A estratégia das emendas foi usada pela antecessora de Temer, Dilma Rousseff. Nas semanas anteriores à votação de seu impeachment pela Câmara, a presidente anunciou a distribuição de R$ 3,2 bilhões.

No caso de Temer, o laboratório para a tática foi a votação da denúncia pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, que fez a análise preliminar da denúncia na primeira quinzena de julho.

Trinta e seis dos quarenta deputados que votaram a favor do presidente foram contemplados com R$ 134 milhões, segundo a Contas Abertas. O campeão foi justamente o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que apresentou o novo relatório favorável ao presidente. No total, ele deve receber R$ 5,1 milhões.

Deputados da oposição vêm criticando a distribuição de recursos. Segundo Chico Alencar (PSOL-RJ), a destinação de tantas verbas para emendas "caracterizam evidente compra de votos, com consequências de obstrução à Justiça".

Mais verbas e cargos
A distribuição de recursos não passa só pelo Legislativo. Após atravessar 2016 falando duro com Estados da federação que estão atolados em dívidas, o governo parece ter mudado de ideia após o escândalo da JBS.

No dia 12 de julho, o Planalto anunciou a liberação de R$ 11,7 bilhões para apoiar o financiamento de obras e concessões de infraestrutura em estados e municípios. No dia seguinte, foi a vez de o Ministério da Saúde anunciar um investimento de R$ 1,7 bilhão para a rede de atenção básica no país, incluindo a compra de ambulâncias para 1787 municípios. As duas medidas foram anunciadas horas antes da votação da denúncia pela CCJ.

Além de direcionar recursos, o governo também abandonou sua propagandeada política inicial de reduzir o número de cargos comissionados. Segundo a Contas Abertas, entre maio e junho, o governo criou mais de 500 funções do tipo na administração federal, elevando o total para 20.321.

A liberação das verbas e criação de cargos também ocorre em um momento em que o governo prevê um rombo de R$ 139 bilhões nas contas públicas.

Segundo o Ministério do Planejamento, tanto o envio de recursos para estados e municípios é um "procedimento absolutamente normal". Já o empenho das emendas, segundo a pasta, é "um procedimento obrigatório previsto na Constituição e na legislação orçamentária".

Ajuste fiscal em risco
A União tem a receber cerca R$ 300 bilhões em dívidas. Para tentar convencer os devedores – empresas e pessoas físicas – a quitarem os débitos, o Planalto pretende passar um projeto de lei para criar mais um programa de refinanciamento, ou Refis.

Na versão originalmente promovida pelo Planalto, o Refis de 2017 pretendia arrecadar pelo menos R$ 13,3 bilhões ainda neste ano. Só que, precisando de apoio, o governo pouco fez para impedir em 17 de julho a aprovação por uma comissão mista de um novo relatório que prevê descontos no Refis que podem chegar a 99%.

A iniciativa partiu de um deputado do próprio partido do presidente: Newton Cardoso (PMDB-MG). O texto ainda precisa ser votado no plenário da Câmara. Caso a medida passe, nem R$ 500 milhões devem chegar aos cofres do governo.

Nesta segunda-feira (31), o jornal "Folha de S.Paulo" informou que os ministérios da Fazenda e do Planejamento já cogitam ter que rever a meta fiscal e aumentar a previsão de déficit em 2017. Não se sabe se Temer pretende usar o veto para confrontar os deputados, que têm em suas mãos o futuro da Presidência.

Pelo menos 76 deles parecem diretamente interessados na aprovação de um Refis mais generoso. Empresas ligadas a eles devem R$ 217,8 milhões, segundo o jornal "O Estado de S.Paulo".

Outros 29 deputados têm R$ 18,9 milhões de débitos inscritos em seus próprios CPFs. Até mesmo o relator Cardoso é um devedor. Empresas ligadas a ele devem R$ 51 milhões.

Reivindicações das bancadas
Sentindo o enfraquecimento do governo, bancadas da Câmara têm pressionado o Planalto para que suas demandas sejam atendidas. Em julho, a bancada ruralista conseguiu do governo a sanção da "medida provisória da grilagem" – como foi chamada por ambientalistas –, que prevê a legalização em massa de terras públicas invadidas. Dias depois, o presidente aprovou um parecer da AGU (Advocacia-Geral da União) que prevê que um entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a criação da reserva indígena Raposa Serra do Sol passe a valer para todas as demarcações.

Pelo entendimento do STF, só são terras indígenas as ocupadas por índios na data da promulgação da Constituição de 1988. A decisão do STF não tinha efeito vinculante, mas a bancada convenceu o presidente do contrário. O Ministério Público Federal classificou a medida como um retrocesso para a causa indígena no Brasil.

O deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), coordenador da Frente Parlamentar Mista da Agricultura, já disse que vai votar a favor do presidente. "É inegável que com Temer muitas pautas históricas defendidas pela bancada foram atendidas", disse Leitão ao "Estado de S.Paulo".

Já a Frente Parlamentar Evangélica conseguiu do governo em junho que o Ministério da Educação ordenasse o recolhimento de 93 mil exemplares de um livro de contos. A temática de incesto de um dos contos – que narrava a história de um rei que deseja se casar com uma de suas filhas – revoltou os evangélicos que compõem a Comissão de Educação da Câmara.

A resposta do ministério mostrou que o governo vem cedendo para o grupo. Segundo um levantamento de "O Estado de S.Paulo", 80% dos 213 parlamentares que não divulgaram até agora como vão votar na sessão que vai analisar a denúncia contra Temer fazem parte de uma das bancadas "BBB" (boi, bala e bíblia).

Fonte: UOL (Via DW)

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Saiba como parar de fumar e evitar o ganho de peso

Não acontece com todas as pessoas, mas pesquisas comprovam que abandonar o vício do tabagismo pode provocar o ganho de peso. Isso acontece porque a ausência da nicotina acaba causando nervosismo e ansiedade, que geralmente são aliviados com o consumo excessivo de alimentos. Então como parar de fumar sem engordar?

O resultado é possível com algumas mudanças nos hábitos do dia a dia, adotando uma alimentação balanceada e a prática regular de exercícios físicos, além de buscar outras atividades que proporcionem sensação de bem-estar.

Parar de fumar está relacionado ao ganho de peso?
Um estudo feito pela BMJ, publicação periódica do Reino Unido com grande influência sobre medicina, apontou que parar de fumar leva a um ganho de peso médio de quatro a cinco quilos no primeiro ano. Pesquisas publicadas anteriormente já haviam mostrado que a nicotina inibe o apetite e pode acelerar o metabolismo.

Os resultados do estudo mostraram que os ex-fumantes que não usaram uma terapia de substituição da nicotina tiveram ganho médio de peso de 1,1kg em um mês, 2,3kg em dois, 2,9kg em três, 4,2kg em seis e 4,7kg depois de um ano.

Porém, os pesquisadores ressaltaram que os benefícios que parar de fumar traz para a saúde superam os riscos de engordar, pois um ganho de peso modesto é menos perigoso que o tabagismo.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabaco é a principal causa de mortes prematuras no mundo, sendo responsável por 5,1 milhões de óbitos anualmente. A obesidade, juntamente com o sobrepeso, causam 2,8 milhões de mortes.

Como parar de fumar deixa a pessoa nervosa e inquieta, o ganho de peso acaba sendo consequência. Sem a nicotina do cigarro, que permite que o cérebro libere serotonina e proporcione uma sensação de prazer, o ex-fumante fica mais ansioso e, na maioria das vezes, recorre à compulsão alimentar para substituir a substância.

Como parar de fumar e controlar a compulsão
Para quem se pergunta como parar e fumar e evitar o ganho de peso, é importante saber que a tarefa não é fácil, mas adotando outras medidas que controlem a ansiedade, substituindo o efeito de prazer e bem-estar que a nicotina proporciona, é possível abandonar o vício e melhorar a saúde sem engordar.

O ex-fumante deve buscar outras formas de liberar a serotonina, como é o caso da prática de esportes. Além disso, é fundamental evitar doces, chocolates e pacotes de salgadinho. A dica e apostar em biscoitos com fibras, frutas secas e outros petiscos saudáveis.

Para saber como parar de fumar e evitar o ganho de peso, o ideal é associar uma dieta saudável a um programa de atividade física regular, com exercícios aeróbicos como caminhar, correr, pedalar ou nadar. Além de queimar calorias, também acelera o metabolismo e ajuda a aliviar o estresse, proporcionando relaxamento e bem-estar.

Fonte: Doutíssima

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Janot volta a pedir afastamento e prisão de Aécio e sugere monitoramento via tornozeleira

O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, voltou a pedir a prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e seu afastamento das funções parlamentares. O tucano é alvo de inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) pelos crimes de obstrução da justiça e corrupção passiva derivado das delações de Joesley Batista e outros executivos da JBS.

A PGR requisita que o pedido de prisão de Aécio e de seu afastamento como senador seja levado à pauta da Primeira Turma do STF, à qual pertence o ministro Marco Aurélio Mello - relator do caso na Corte -, e que em último caso Aécio seja monitorado por tornozeleira eletrônica.

"Estão presentes fundamentos bastantes para conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva — única maneira de salvaguardar a ordem pública e a própria instrução criminal, no caso concreto. Isso porque, além da possibilidade de o agravado vir praticar novos delitos de corrupção e de lavagem de dinheiro, há o risco grave e concreto de que ações criminosas já iniciadas pelo Senador AÉCIO NEVES atinjam seu objetivo de embaraçar investigações em curso no âmbito da "Operação Lava Jato", diz um trecho da petição.

Aécio teve primeiro pedido de prisão feito por Janot em 18 de maio. Na época, o então relator do caso, Edson Fachin, recusou a prisão, mas afastou o senador de seu mandato. Já no dia 30 de junho, agora sob a relatoria do ministro Marco Aurélio Mello, um novo pedido de prisão foi outra vez recusado, e o magistrado devolveu as funções parlamentares ao tucano. Na época, o ministro justificou que, pela lei da imunidade parlamentar, um senador só poderia ser preso em caso de crime flagrante, o que não teria ocorrido.

Em petição apresentada nesta segunda, Janot pede a reconsideração do pedido de prisão e justifica que as provas apresentadas eram suficientes para prender o senador. O procurador-geral afirma no novo pedido de prisão que o senador atuava para interferir em investigações em andamento, além de ter sido flagrado negociando propina, o que autorizaria a prisão em flagrante dele.

"O robusto acervo probatório carreado aos autos desta ação cautelar — com destaque para as provas colhidas no bojo das ações controladas e interceptações telefônicas, todas devidamente autorizadas pelo Ministro Edson Fachin — não deixam dúvidas de que, na época do pedido de prisão, tal como os demais requeridos, o senador Aécio Neves também estava tecnicamente em estado de flagrância em relação aos crime de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e embaraço a investigação criminal que envolve a organização criminosa", destaca Janot.

No texto, o PGR também afirma que a restrição imposta pela Constituição de que parlamentares só possam ser presos apenas por flagrante de crime inafiançável não pode ser interpretada hoje de forma a gerar impunidade. Segundo Janot, mudanças nas leis penais reduziram a lista de crimes inafiançáveis e, hoje, a melhor interpretação dessa restrição constitucional é de que a prisão ocorra em caso de crimes graves, mesmo de houver a possibilidade de fiança.

"A Constituição não pode ser interpretada em ordem a situar o Supremo Tribunal Federal, seu intérprete e guardião máximo, em posição de impotência frente a uma organização criminosa que se incrustou nas mais altas estruturas do Estado", afirma o procurador-geral.

No pedido, Janot justifica que o mesmo preceito de excepcionalidade foi aplicado nos casos da prisão do ex-senador Delcídio do Amaral e no afastamento do ex-deputado Eduardo Cunha.

Entre outras medidas cautelares, a PGR pede também que Aécio esteja proibido de manter contato com quaisquer outros investigados ou réus da Operação Lava Jato, que não seja permitida sua entrada em qualquer repartição pública, especialmente o Congresso Nacional, e que o senador entregue o seu passaporte.

Delação da JBS cita Aécio
Aécio e sua irmã Andrea Neves passaram a ser investigados a partir da delação premiada de executivos da JBS.

As investigações da Procuradoria apontam que eles teriam pedido R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, para supostamente pagar advogados de defesa do senador.

O diálogo em que Aécio pede o dinheiro a Joesley foi gravado secretamente pelo empresário, que fechou acordo de colaboração premiada.

A Polícia Federal rastreou que parte desse valor foi entregue por um executivo da JBS ao primo de Aécio Frederico Pacheco de Medeiros, que repassou o dinheiro a Mendherson de Souza Lima, na época assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).

Frederico e Mendherson também são investigados e chegaram a ser presos, mas foram postos em prisão domiciliar, juntamente com Andrea Neves, após decisão da Primeira Turma do STF no último dia 20 de junho.

Essa investigação levou à apresentação de denúncia contra Aécio por corrupção e obstrução de Justiça e à instauração de um novo inquérito contra o senador para apurar novas suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro, também a partir das investigações iniciadas com a delação da JBS.

O senador tucano é investigado em outros oito inquéritos no Supremo.

Obstrução de Justiça
A denúncia por obstrução da Justiça contra Aécio se baseia em ligações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal, com autorização do STF, durante as investigações.

A PGR afirma que Aécio, por meio de uma série de contatos com o diretor-geral da PF, Leandro Daiello,"deixou clara a sua intenção de interferir" para que a investigação sobre irregularidades na licitação da Cidade Adminstrativa de Minas Gerais ficasse com "um delegado específico" na corporação. A PGR destaca que, apesar das tentativas do senador, o responsável não foi trocado.

A denúncia da Procuradoria cita ainda o telefonema de Aécio ao ministro do STF Gilmar Mendes, "numa atitude inusual", para que convencesse o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) a votar a favor do projeto de lei de abuso de autoridade. Segundo Janot, Aécio usou seu mandato "não apenas para se proteger das investigações da Operação Lava Jato, mas também para barrar o avanço do Estado na descoberta de graves crimes praticados pelas altas autoridades do país, num verdadeiro desvio de finalidade da função parlamentar."

Aécio Neves nega todas as acusações.

Fonte: UOL

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Irregularidades investigadas em licitações somam R$ 97 mi, segundo TCM

As novas gestões municipais, a maioria com prefeitos eleitos pela primeira vez, representando cerca de 80%, conforme dados da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), completaram apenas sete meses, mas o suficiente para o Observatório de Licitações Municipais do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará (TCM-CE) detectar possíveis irregularidades em 48 licitações. Juntas somam R$ 97 milhões em recursos públicos.

O TCM não detalhou a relação de municípios investigados. Por enquanto está no estágio de sigilo. Informou, que 19 licitações estão sendo questionadas por irregularidades, como projeto básico ou termo de referência deficiente quanto à caracterização do objeto licitado. Há também a ausência de elementos técnicos mínimos para a formulação de propostas e a solicitação de documentos para fins de habilitação não previstos na legislação. Outra irregularidade encontrada foi o sobrepreço dos produtos ou serviços. As outras 29 são contestadas por não terem cumprido as regras do Portal de Licitações dos Municípios.

Por outro lado, há pouco mais de dez dias, os deputados cearenses aprovaram a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que extingue o TCM-CE. Para efetivar a emenda à Constituição, será necessária uma segunda votação nominal, com no mínimo 28 votos para aprovação da matéria em plenário da Assembleia Legislativa (AL). A decisão deverá ser votada neste mês, no retorno do recesso parlamentar. Segundo o autor da PEC, deputado Heitor Férrer (PSB), o TCM custa R$ 126 milhões anuais aos cofres do Estado. As irregularidades de R$ 97 mi divulgadas pelo presidente do TCM, conselheiro Domingos Filho, representam 80% do valor apresentado pelo deputado Heitor Férrer. São números apenas do primeiro semestre que, sem um controle externo, sem a fiscalização do órgão independente, poderão lesar os contribuintes.

Segundo Domingos Filho, as atividades do Observatório de Licitações objetivam o aprimoramento de mecanismos ligados ao controle externo e à fiscalização. Uma das principais atribuições do serviço é o exame da regularidade de editais de processos como concorrência pública e pregões e também de procedimentos de dispensa e inexigibilidade de licitação.

Outra ação realizada é a verificação do cumprimento da publicação do processo no referido Portal, conforme disposições da Instrução Normativa Nº 04/2015, onde os órgãos integrantes do Poder Executivo e do Poder Legislativo dos Municípios devem efetuar o cadastramento prévio, por meio eletrônico, de todas as licitações, adesões a atas de registro de preços, dispensas e inexigibilidades.

As irregularidades encontradas serão analisadas, com a possibilidade de abertura de tomadas de contas especiais para apuração de responsabilidade, acrescentou o presidente do TCM.

ALEX PIMENTEL
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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81% aprovam abertura de processo para investigar Temer por corrupção, diz Ibope

Uma pesquisa do Ibope encomendada pela ONG Avaaz avaliou o posicionamento dos eleitores brasileiros sobre a atuação dos deputados federais na sessão de votação que pode definir a abertura de um processo contra o presidente Michel Temer. A votação está marcada para quarta-feira (2) no plenário da Câmara.

O Ibope Inteligência perguntou aos entrevistados: "o senhor ou senhora acredita que os deputados federais devem votar a favor ou contra abertura do processo que torna o presidente Michel Temer réu por crime de corrupção?"
  • A favor: 81%
  • Contra: 14%
  • Não sabe/não respondeu: 5%

O Ibope ouviu 1 mil pessoas por telefone entre os dias 24 e 26 de julho. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, e a margem de erro máxima é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: G1

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Dicas para perder o medo de dirigir e aliviar ansiedade



Deputado tatua nome de Temer no ombro

Conhecido pelas polêmicas que lançou durante a votação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a respeito da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), o deputado federal Wladimir Costa (SD-PA) decidiu marcar para sempre o apoio a Temer. O parlamentar fez uma tatuagem no ombro direito com o nome do presidente, a qual afirma ser permanente. "Paraense não é de se arrepender não", disse Costa. A tatuagem, finalizada na última sexta-feira, 28, custou R$1200 em seis vezes no cartão, diz o parlamentar.

"Cada um com suas paixões. Não tem gente que tatua Che Guevara, Fidel Castro, o presidente da Coreia? Todos falsos socialistas usando (relógio da marca) Rolex?", disse o deputado ao Estado. "Sou admirador nato (de Temer), sou amigo dele há quase 16 anos. Nesse momento, que tentam derrubar ele a qualquer custo, é minha forma de mostrar que parceiro que é parceiro derrama até a última gota de sangue".

Wladimir, que se diz "confiante na vitória do governo" na próxima quarta-feira, quando está prevista a votação sobre a denúncia, disse que pretende mostrar a tatuagem no plenário, após seu voto. "Até porque eu tenho um corpo belíssimo", disse. 

Ainda segundo o parlamentar, "a dor valeu a pena" e até planeja fazer uma próxima, dessa vez na costela. "Quero escrever 'Temer, o único e verdadeiro estadista do Brasil'". O parlamentar disse, ainda, que sua mulher se emocionou ao ver o resultado. "Ela é fã de Temer. É formada em Direito e é grande leitora dos livros do presidente. Mas, se ela quiser tatuar o nome dele, eu não deixo". 

O parlamentar disse que ainda não mostrou ao presidente sua homenagem. "Não fiz para ele, fiz para mim. Queria que a minha tatuagem fosse maior que a da Marcela (Temer, mulher do presidente, que tem uma tatuagem no pescoço com seu nome)", afirmou. 

Fonte: Estadão

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Hooverphonic - Anger Never Dies



Jovem é demitido após expor fungos em máquina de sorvete do McDonald's

Um jovem de 18 anos contou que foi demitido da rede de fast food McDonald's, depois de compartilhar em sua conta do Twitter, uma foto de fungos e mofos presentes em uma das máquinas de sorvetes da lanchonete nos Estados Unidos.

A foto, que viralizou na internet e já conta com mais de 14 mil compartilhamentos, despertou nojo nos internautas. "Isso saiu de uma máquina de sorvete do McDonald's, se vocês querem saber", escreveu Nick, que agora é ex-funcionário de uma das lojas em La Place, no estado de Louisiana.

Ao portal "Buzzfeed", Nick contou que ficou "completamente chocado" ao ver os fungos na estrutura interna da máquina. O jovem também revelou que nunca foi orientado a limpá-la. Com receio de perder o emprego, ele hesitou em divulgar as fotos. Mas cedeu por entender que os consumidores precisavam saber o que era servido.

"Eu compartilhei porque queria que as pessoas soubessem o que estavam consumindo. As condições de trabalho eram horríveis. Todos eram inconvenientes e nada era limpo", denunciou o garoto. Em uma outra publicação, Nick reclamou dos alimentos crus usados pela empresa. "Nenhuma surpresa que seja congelado. Mas isso nem é carne ou peixe de verdade", rebateu.

Ao "Buzzfeed", um porta-voz da companhia alegou que a peça mostrada pelo ex-empregado não entrava em contato com a comida e que a lanchonete exige "limpeza constante".

O dono da filial de La Place, John Valluzzo emitiu um comunicado ao portal para afirmar que a loja "conduz regularmente sessões de treinamento dos empregados e inspeções internas para assegurar que a equipe está seguindo práticas seguras de produção". Valluzzo ainda destacou que a lanchonete tem um "longo histórico de passar regulamente por inspeções de departamentos de saúde".

Fonte: O Povo

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94% dos eleitores não se sentem representados pelos políticos brasileiros

A pouco mais de um ano das eleições para a Presidência, os governos estaduais e o Congresso Nacional, os brasileiros manifestam rejeição generalizada à classe política, independentemente de partidos, e ao atual modelo de governo. Segundo pesquisa do instituto Ipsos, apenas 6% dos eleitores se sentem representados pelos políticos em quem já votaram.

Desde novembro do ano passado houve queda de nove pontos porcentuais na taxa dos que se consideram representados. A onda de negativismo contamina a percepção sobre a própria democracia: só metade da população considera que esse é o melhor regime para o Brasil, e um terço afirma que não é.

Quando os eleitores são questionados especificamente sobre o modelo brasileiro de democracia, a taxa de apoio é ainda mais baixa: 38% consideram que é o melhor regime, e 47% discordam.

Passado pouco mais de um ano das manifestações de massa que culminaram no fim do governo petista de Dilma Rousseff, nada menos do que 81% dos entrevistados pelo Ipsos manifestaram concordância com a afirmação de que "o problema do país não é o partido A ou B, mas o sistema político".

Para 94%, os políticos que estão no poder não representam a sociedade. Apenas 4% acham o contrário. Quem está na oposição também é alvo de desconfiança. Quando a pergunta é sobre os políticos em quem os entrevistados já votaram em algum momento, 86% dizem não se sentir representados.

Distância
"Segundo a opinião pública, os eleitos não representam os eleitores", observa Rupak Patitunda, um dos responsáveis pela pesquisa Ipsos. "A democracia no Brasil, desta forma, não é representativa."

Somente um em cada dez cidadãos veem o Brasil como um país onde a democracia é respeitada. Para 86%, isso não acontece. "A própria democracia, o que se espera de seu conceito, não é respeitada", avalia o pesquisador. "Existe uma expectativa sobre o regime que não é atendida pelos seus clientes."

A percepção de desrespeito às normas democráticas pode estar relacionada à ideia de desigualdade. Para 96% dos entrevistados, todos devem ser iguais perante a lei, mas somente 15% consideram que essa regra é devidamente observada no Brasil.

É quase consensual a noção de que a corrupção é um entrave para que o país alcance um nível mais avançado de desenvolvimento. Nove em cada dez eleitores concordam com as avaliações de que "o Brasil tem riquezas suficientes para ser um país de primeiro mundo", de que "o Brasil poderia ser um país de primeiro mundo se não fosse a ação da corrupção" e de que "o Brasil ainda pode ser um país de primeiro mundo quando acabar com a corrupção".

Os dados do Ipsos mostram que, após um ciclo de acirramento da polarização política no país, há uma ânsia por iniciativas de conciliação. Nada menos do que 88% dos entrevistados concordam com a afirmação de que "as pessoas deveriam se unir em torno das causas comuns, e não brigar por partido A ou partido B". Parcela similar considera que "brigar por partido A ou B faz com que as pessoas não discutam os reais problemas do Brasil".

Os dados do Ipsos são parte de um levantamento chamado Pulso Brasil, realizado mensalmente desde 2005 para monitorar a opinião pública sobre política, economia, consumo e questões sociais. Foram ouvidos 1,2 mil entrevistados, em 72 municípios, entre os dias 1º e 14 de julho. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos. 

Fonte: UOL (Com informações do jornal "O Estado de S. Paulo")

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No Brasil, Congresso Nacional custa R$ 1,1 milhão por hora

A crise econômica freou vários setores produtivos no Brasil, deixou 13,5 milhões de desempregados e 95% dos brasileiros acreditam que o País está no rumo errado, segundo a pesquisa Pulso Brasil, realizada pela Ipsos Public Affairs. Enquanto isso, o Congresso Nacional, que volta esta semana do recesso com a missão de definir o futuro de mais um presidente, continua perdulário e com um orçamento que cresce ano a ano. Somente o Senado e a Câmara dos Deputados custam R$ 10,1 bilhões ao ano. O valor daria para construir 203 mil casas populares ou comprar 198 mil viaturas policiais. Dados de um estudo realizado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em parceria com a UIP (União Interparlamentar) apontam o Congresso do Brasil como um dos mais caros do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Por hora, o valor do Congresso daria para custear todas as diárias e passagens de um ano da força-tarefa da Operação Lava Jato. A ONG Contas Abertas fez o cálculo e apontou que o Legislativo custa, em média, R$ 1,16 milhão a hora e, em 2016, o Ministério Público Federal (MPF) destinou aos procuradores da Lava Jato R$ 1 milhão. As cifras impressionam, mas a maior crítica não é o excesso de deputados e sim a quantidade de penduricalhos.

Reflexão sobre gastos
O presidente da ONG Contas Abertas, Gil Castello Branco, grifa que objetivo não é “demonizar” o Parlamento, mas propor uma reflexão sobre os gastos. Segundo Gil, o problema não é o custo do congressista, mas as mordomias que orbitam ao redor deles. Ele alerta ainda para o inchaço orçamentário não só do Legislativo, mas do Executivo e do Judiciário.

“É claro que a democracia não tem preço. Ninguém aqui está defendendo fechar o Congresso. Queremos discutir os custos que os parlamentares têm de verbas indenizatórias, a quantidade de assessores”, observa. “Acho que num momento em que o Brasil está com um déficit fiscal de R$ 139 bilhões para este ano, é indispensável que os três poderes passem um pente fino nas despesas para que possam cortas gorduras. A sensação para o cidadão é que ainda cabe nos três poderes uma lipoaspiração”, defende Gil.

Cada deputado federal recebe um salário bruto de R$ 33,7 mil, valor superior ao que ganham o presidente da República (R$ 30,9 mil) e os ministros (R$ 30,9 mil). Fora isso, há os benefícios indiretos como verba de gabinete, cota de passagens para seus destinos eleitorais e reembolso com despesas de saúde. Somente os deputados custam R$ 1 bilhão do orçamento da Casa.

O cientista político Thales Castro avalia que não se pode adotar o discurso demagógico de redução do quantitativo de deputados e senadores. “Isso só interessa ao próprio Executivo, porque com esse poder cada vez mais hipertrofiado, ele naturalmente continua como rolo compressor e isso faz com que tenha mais poder para impor a estratégia de legislar por medidas provisórias”, avalia. Segundo ele, apesar de todos os problemas, o Parlamento reflete a sociedade brasileira. “Esse Congresso é o retrato grotesco das nossas entranhas”, diz.

Tanto o Senado quanto à Câmara informaram, via nota, que o aumento orçamentário entre 2015 e 2017 (ver arte ao lado) decorre do reajuste salarial previsto em lei.

Sobre os custos elevados, a Câmara afirmou que tem reavaliado os contratos de terceirização, suprimindo serviços e postos de trabalho até o limite legal de 25%. Segundo a Casa, foram reduzidos 118 postos de trabalho relacionados à prestação de serviços gráficos, manutenção elétrica, hidráulica e ar condicionado, transporte de materiais e limpeza. “Também houve modificação nos contratos de serviços como o de locação de veículos e de produtos postais, gerando uma economia total de cerca de 14 milhões de reais apenas neste semestre”, justifica a nota. De 2015 para 2017 houve incremento de 10,47% no orçamento da Casa Baixa. 

Fonte: JC Online

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Benzetacil é temporariamente suspenso no país

Conhecida pelo nome comercial Benzetacil, a penicilina benzatina – antibiótico usado para tratar sífilis e outras infecções – está temporariamente suspensa no Brasil, desde o início de julho.

Detentora oficial da marca, a farmacêutica Eurofarma informou a suspensão temporária da produção do medicamento por conta de “melhorias relacionadas aos testes de validação do produto”.

Vale ressaltar que unidades remanescentes em todo o país poderão ser consumidas normalmente até a data de validade informada na embalagem.

A Eurofarma acredita que a retomada de produção aconteça em meados de outubro.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), existem no Brasil quatro empresas com registro válido para produzir a penicilina benzatina, também conhecida como benzilpenicilina benzatina ou penicilina G benzatina: a Eurofarma, que produz o remédio com nome comercial Benzetacil, a Fundação para o Remédio Popular (Furp), o Laboratório Teuto Brasileiro S/A e a Novafarma Indústria Farmacêutica LTDA.

Escassez
Em 2015, o Ministério da Saúde fez alerta sobre crise de abastecimento do antibiótico no Brasil, tanto no setor público quanto no privado. O motivo era a escassez de matéria-prima do antibiótico.

Fonte: Veja.com

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7 notícias falsas da Coreia do Norte em que todo mundo acreditou

Pouco se sabe sobre o país mais fechado do mundo. Desde a cisão com a irmã do sul, na década de 1950, a Coreia do Norte permanece isolada de tudo e de todos – e caminha muito bem, obrigado, dessa maneira. Pelo menos, é isso que parece para quem acompanha aqui do Ocidente.

É verdade que o acirramento da tensão com os EUA, especialmente na atual gestão Trump, tornou mais frequente a presença de coreanos do norte nos noticiários. O problema é que quase tudo que acontece do lado de lá é revelado por uma única fonte: a KCNA, agência oficial do governo. Cuidadosamente filtrando cada linha que a imprensa internacional vai comunicar, ela faz com que os acontecimentos acabem se confundindo com propaganda.

Separar fatos de ficção, dessa forma, é uma tarefa difícil. Como a informação correta não sai do país – ou dificilmente é confirmada por fontes confiáveis – muita desinformação passa batido e acaba virando verdade. A fama de poucos amigos que a Coreia do Norte carrega (além da excentricidade de seus governantes) aguça a criatividade da mídia no mundo todo. Isso faz com que, vira e mexe, surja uma nova bizarrice atribuída ao país. A lista é extensa, mas certos episódios acabaram ganhando mais destaque nos últimos anos. Vamos a alguns deles.

1. Corte na régua
Considerando a lista extensa de obrigações que os cidadãos norte-coreanos têm com sua pátria, a implantação de um corte de cabelo oficial não parecia ser tão absurda. A regra valia para estudantes universitários da capital Pyongyang e o penteado a ser copiado, claro, era o do líder supremo Kim-jong-un. O boato apareceu em 2014 na rádio Free Asia, que tem sede nos EUA e transmite para seis países do leste asiático – mas foi desmentido dias depois. Correspondentes locais e turistas que visitaram o país garantiram que nada de anormal estava acontecendo com a cabeleira dos jovens.

E essa não foi a única vez em que o visual capilar masculino virou pauta da mídia internacional. Uma TV de Hong Kong chegou a afirmar que o estilos de cabelo eram determinados pelo Estado, e se limitavam a 28 opções – algo incompatível com o cardápio variado das barbearias locais.

Porém, é verdade que existe tolerância zero para um único tipo específico. Desde 2005, o governo declarou guerra a homens que optam pelo cabelo comprido. Como “comprido”, você pode entender um telhado com mais de 5 cm de comprimento. A justificativa dada para a exigência era que esse tipo de penteado mais desleixado prejudicaria a energia do cérebro, afastando o oxigênio dos neurônios – exclusivamente dos homens, é bom frisar.

As normas em relação à moda também aparecem nas vestimentas. Há relatos que garantem que roupas com dizeres em inglês são proibidas, e que os broches com figuras de Kin-jong-un e outros ex-líderes devem andar sempre afixados próximos ao peito.

2. Nunca mais eu vou dormir
Imagine a cena: irritado com a falta de comprometimento de seus homens de confiança, o líder norte-coreano resolve dar o exemplo para quem não vem apresentando boa conduta. O alvo escolhido é o ministro da defesa, executado com um míssil antiaéreo (!) por ser pego tirando um cochilo durante uma cerimônia militar oficial. Quem relatou primeiro o ocorrido foi o periódico sul-coreano Chosun Ilbo (guarde este nome).

Um dia após disseminar a notícia no mundo ocidental, a agência AFP voltou atrás, publicando outra nota em que dizia que a informação poderia não ser exatamente lá tão precisa. A culpa era das supostas fontes sul-coreanas infiltradas no país, que desmentiram sua primeira versão. Correram na época, também, algumas imagens que mostravam o general Hyon Yong-chol trabalhando normalmente – garantindo que ele estava inteiro e sem traços de ter sido bombardeado. Um mês depois o mesmo jornal, com o perdão do trocadilho, lançaria mais uma bomba: outro líder norte-coreano morrera de forma bizarra – desta vez, queimado vivo por um lança-chamas. Nada comprovado.

3. Casos de família
Talvez se lembre da teoria de que a morte do irmão de Kim-jong-un foi fruto da disputa por uma montanha. Considerando apenas essa amostra de fraternidade, já dá para ter uma noção do quanto as relações familiares da realeza norte-coreana podem ser volúveis. Em 2013, por exemplo, o mundo se chocou com a história de Jang Song-thaek, tio de Kim, morto por insubordinação. Mas o que ganhou mesmo as manchetes dos noticiários foi o destino cruel do parente: depois de despido, fora dado como refeição para 120 cachorros mortos de fome.

A notícia despontou primeiro no programa de mensagens instantâneas chinês chamado QQ. Por lá, é comum a presença de fãs que adoram tirar uma com a cara dos norte-coreanos. O problema é que a zoeira acabou indo longe demais e, quando se viu, já estampava a homepage do tabloide Wen Wei Po, que tem sede em Hong Kong. Daí para virar assunto mundial, foi um pulo. Tempos depois, descobriu-se que Jang de fato tinha sido morto, mas de uma forma mais convencional: fuzilamento.

4. Cantou fora do tom
Foi também em 2013 que o esquentadinho Kim-jong-un teria encomendado mais vítima: sua própria ex-namorada, acusada de aparecer fazendo sexo em gravações caseiras. Novamente, o boato vinha da Coreia do Sul, destacado pelo mesmo jornal Chosun Ilbo (olha ele de novo). A cantora pop Hyong Song Wol estaria entre as dezenas de pessoas vinculadas à orquestra nacional que foram fuziladas por forças de inteligência norte-coreanas. Tarde demais: os supostos vídeos pornográficos estrelados pelos integrantes da orquestra já tinham sido vazados e rodavam por toda a China.

Mesmo com o governo da Coreia do Norte negando veementemente toda a história, o fato foi que os grupos musicais envolvidos pararam de dar as caras na mídia. Quase um ano depois do ocorrido, a KCNA divulgou o vídeo de um evento em que a cantora aparecia em carne e osso – o que, ao menos na teoria, desmentia seu fim trágico. Especialistas argumentam que a opção por mostrar Hyong Song Wol para todo o país dificilmente seria tomada caso a história fosse mesmo verdadeira.

5. Pequeno pônei coreano
Era só o que faltava, você deve estar pensando. Mas de fato aconteceu: no fim de 2012, veículos de expressão nos EUA espalharam que cientistas norte-coreanos tinham provas concretas de que os unicórnios realmente existiram. E o mais incrível era que as criaturas mitológicas caminhavam livremente pela Coreia do Norte, há milhares de anos.

Como você deve supor, tudo não passou de um grande mal entendido. A referida descoberta nem se autoproclamava como o guia definitivo dos unicórnios. O artigo em questão citado pelos jornais, na verdade, foi precariamente interpretado e traduzido para o inglês – e convenientemente adaptado para virar essa história de encher os olhos.

A novidade era a identificação de um mausoléu chamado “Lar dos unicórnios”, próximo a Pyongyang, datado de mil anos antes do surgimento da lenda. Nada além de um novo argumento de que a atual capital norte-coreana também seria a principal cidade em tempos antigos. Você pode entender a história completa nessa reportagem.

6. Da ponte para lá
Recuperando um cenário digno de Guerra Fria, o vídeo Como os Americanos Vivem Hoje mostrava uma face da América que os EUA lutavam para esconder do resto do mundo. Cidadãos norte-americanos eram forçados a viver em tendas e comer neve derretida para sobreviver. A propaganda contra o país-símbolo do capitalismo foi criada para parecer uma produção do governo norte-coreano.

Alun Hill, escritor inglês que sequer fala coreano, alegou ter recebido o vídeo diretamente da KCNA. Buzzfeed, Yahoo, Telegraph e Washington Post são exemplos de veículos que caíram no conto de Hill e passaram a história para frente.

7. Oito a um
Foi este o placar que a Coreia do Norte aplicou no Brasil na final da Copa de 2014, ano em que ganharam seu primeiro título mundial de futebol. A campanha, liderada brilhantemente pelo artilheiro Jong Tae-Se, marcou história na competição: os norte-coreanos triunfaram invictos, levando apenas dois gols em 7 jogos.

Após cumprirem com 100% de aproveitamento a fase de grupos (derrotando China, Japão e EUA), os guerreiros mandaram um sonoro 7×0 em Portugal, nas oitavas-de-final. Depois, passaram por Alemanha (2×1) e Coreia do Sul (3×0), até não tomarem conhecimento dos donos da casa na finalíssima, calando o Maracanã lotado. A população, em festa, lotou as praças de Pyongyang enquanto saudava a figura do líder supremo Kim-jong-un.

As inconsistências na história são tantas que qualquer um poderia acusar a lorota de cara. Mas era exatamente essa a intenção do vídeo: pecar pelo absurdo, fazendo o mundo todo acreditar que aquele era um vídeo da TV estatal e que a história estava sendo contada exatamente assim lá na Coreia do Norte. A brincadeira teve assinatura brasileira, sendo idealizada pelo blog Não Salvo para enganar jornalistas pelo mundo todo. Deu muito certo: além de vários veículos nacionais, a mídia gringa também reproduziu a história loucamente, acreditando que a peça de fato tinha sido produzida em território norte-coreano.

Vários pontos chamam a atenção e reforçam o ar cômico da história. A primeira fase jogada contra adversários geopolíticos e a elasticidade dos placares – mesmo contra seleções muito mais tradicionais – são bons exemplos. Havia também vários defeitos técnicos. As imagens dos vídeos eram recicladas de notícias antigas e foram dubladas por uma intérprete com sotaque da Coreia do Sul. Além do fato dos norte-coreanos não terem sido sequer selecionados para disputar o torneio aqui no Brasil. Mas isso era detalhe, é claro.

Fonte: Superinteressante

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Flamenguista ‘mais fanático do Cariri’ transforma a casa e carrega o time no corpo

São mais de 40 milhões de torcedores e 122 anos de fundação do Clube de Regatas Flamengo. Dentre essa multidão rubro-negra, inúmeros fanáticos que dariam a vida pelo “Mengo”, como eles chamam o time de coração. Em Juazeiro do Norte, cidade a mais de 2.500 km de distância da sede da Gávea, no Rio de Janeiro, um ilustre torcedor. Ele também ostenta um título: “sou o maior símbolo aqui do Cariri”, diz orgulhoso.

Cícero Jorge Rodrigues, de 45 anos, já foi o “Romário”, mas hoje é conhecido como “Maradona”. O juazeirense vive Flamengo. Literalmente. Sua história de amor com o time carioca surgiu há mais de duas décadas. Antes, porém, o pai de Jorge, “flamenguista fanático”, viu “perder” sua outra filha para o arquirrival. “Minha irmã torce Botafogo”, diz, em meio a uma sorriso amarelo. “Não teve jeito. Ele [pai] até tentou, mas não conseguiu fazer com que ela torcesse o Mengão”, completa.

O desejo de ver os dois filhos vibrando com o Flamengo foram catalisados ao Jorge. E deu certo. “Sou apaixonado pelo Flamengo. É minha maior paixão”, diz, ostentando, com orgulho, a réplica da camisa utilizada pela geração campeã do Mundo, em 1981. “Foi um título incrível”, comemora, como se em uma fração de segundo ele revivesse em sua memória aquele jogo, contra o Liverpool, em 13 de dezembro, vencido por 3 x 0, numa rara superioridade de uma equipe brasileira sobre um time europeu numa decisão de Mundial.

“O Nunes jogou como nunca antes tinha jogado”, diz ele, recordando os dois gols marcados pelo jogador. “Zico foi um monstro”, acrescenta o fanático torcedor. O que torna Maradona um ícone na região não é, no entanto, não é apenas sua memória impressionante. Nas ladeiras da rua do Horto, bairro tradicional da cidade, cuja fé parece está mais viva do que em outros locais, as casas costumam ter, já na sala de entrada, inúmeros quadros e imagens de santos.

Centenas deles compõem o ambiante sui generis daquela comunidade. Na residência de Jorge, ou melhor, do Maradona, como ele corrige sempre que é chamado de forma diferente, a composição do cenário ganha um novo arranjo.

As molduras são em preto e vermelho. Ao lado das imagens santas, incontáveis ícones que remetem ao clube carioca. Posteres, fotos e camisas se misturam entre os santos, num hibridismo “sacro-futebolistico”. “Aqui vocês podem ver minhas duas grandes paixões, o Flamengo e o Padim Ciço”, aponta, mostrando a imagem do patriarca juazeirense, também cercado por uma moldura rubro-negra. A casa respira Flamengo. O local já virou ponto turístico, afirma Maradona.

Ponto Turístico
“Na Semana Santa, período em que a cidade recebe milhares de romeiros, eu não consigo dormir direito. Minha casa é invadida pelos turistas. São dezenas todos os dias”, diz orgulhoso. Não podia ser diferente. Quem sobe as ladeiras rumo a estátua de 27 metros do Padre Cícero Romão Batista, no alto da Colina do Horto, logo avista, ao lado esquerdo da estreita rua com paralelepípedos, a casa com pintura chamativa, nas cores preto e vermelha. Até a árvore, que sombreia o imóvel, carrega as cores do time de coração. “Pintei tudo”, pontua Maradona.

Se pelo lado de fora a residência chama a atenção e desperta curiosidade de quem passa, dentro, o ambiente é um espécie de Museu, ou santuário, como ele brinca. São incontáveis peças. Quase tudo nas cores preto e vermelho. O turista que visita a casa de Maradona pode escolher se quer descansar o corpo em cadeiras vermelhas ou em um puff preto e branco, com um grande escudo do time. As televisões da sala e da cozinha foram personalizadas. Assim como a moto, o capacete, a geladeira, o guarda-roupa, as pernas da cama e tantas outros móveis e eletrodomésticos.

“Tudo começou aos 19 anos. Ganhei um quadro de presente e coloquei na parede. Daí em diante, comecei a colecionar imagens, revistas, quadros e tudo que seja do Flamengo. Hoje perdi as contas de tudo que tenho. São milhares”, conta Maradona, sentado na sala de estar da casa, aos olhares atento da irmã botafoguense Lídia Rodrigues. Entre uma pergunta e outra, Lídia interrompe a entrevista e diz: “Quero ver como ele vai ficar na próxima semana. O fogão vai eliminar o flamengo na semifinal da Copa do Brasil”.

Maradona responde a provocação de forma fraterna. Apenas sorri e rebate “Ela gosta de sonhar”. Não satisfeita, Lídia entrega o irmão. “No último jogo, contra o Santos [válido pelas quartas de final da Copa do Brasil, que rendeu a classificação ao time carioca] ele teve que rezar muito”. Maradona mais uma vez sorri e ironiza: “Quem não reza?!” As orações são direcionadas ao Padim Ciço, considerado Santo pelo católicos romeiros. “Já rezei para ser campeão, já rezei para não perder, rezo sempre sim”, brinca.

A reação amigável, inclusive, é uma marca de Maradona. Ao notar a presença de “um rival em sua casa”, ele brinca. “Você é vascaíno, né?! Reparei sua tatuagem no braço, mas tenho certeza que hoje você vira flamenguista”, ironiza ele, olhando para mim. “Você deve está lembrado do gol do Petkovic, na final do Carioca de 2001”, pegunta-me. Aceno positivamente com a cabeça e ele retruca. “Padre Cícero ajudou a bola a entrar”, completa Maradona em meio a uma gargalhada de satisfação.

O amor pelo flamengo, inclusive, foi parar na pele do juazeirense ilustre. A cada foto, ele faz questão de expor suas imponentes tatuagens, em cada um dos braços. “O amor aqui é para vida toda”. Questionado se vestiria a camisa de um outro clube, ainda que por brincadeira, Maradona não titubeia. “Nem por muito dinheiro. Nunca ninguém vai me ver com outra camisa. Só visto o manto do mengão”, retruca com bom humor, que lhe é peculiar.

Ídolos
Uma das paredes da sala é destinada apenas as fotos. São dezenas, entre anônimos e famosos, ele mostra a mais recente, tirada na semana passada, com o “Papai Joel”. “Ele esteve aqui em casa”, diz, referindo-se ao técnico Joel Santana, que teve cinco passagens pelo Flamengo, a última delas, em 2012. Entre milagres e vexames, o técnico fez história no Flamengo e Maradona reconhece. “Ele foi um grande treinador, acertou e errou, como todo mundo, é um cara super do bem”, diz. Joel e Maradona se encontraram na semana passada.

O treinador estava no Cariri para disputar um amistoso, com a equipe norte-americana que comanda, o Black Gold Oil, contra o Icasa, time de Juazeiro do Norte. “Ele fez questão de vir conhecer minha casa”, conta orgulhoso. “A gente tomou café, conversamos e rimos muito. Levei até ele para conhecer a estátua do Padre Cícero”, completa Maradona, mostrando o registro fotográfico feito aos pés do Padim. Além de Joel, o zagueiro Ronaldo Angelim, filho de Juazeiro do Norte, foi outro atleta a já ter visitado a “casa rubro-negra”. Os ídolos vêm até Maradona, mas ele também vai até os ídolos.

Sonho e morte
Já foram inúmeras visitas a Gávea, a principal sede do Clube de Regatas do Flamengo, onde a maioria dos atletas do clube treinam. Apesar das viagens, um sonho ainda não foi realizado. “Todas as vezes que fui o clube estava em período de férias. Nunca assisti um jogo do Mengão lá no Rio. Meu grande sonho é ver, ao lado do meu pai, o Flamengo jogar no Maracanã”, conta emocionado, deixando um pouco de lado o tom de humor. “Meu pai foi o grande incentivador disso tudo. Eu tenho muito orgulho dele. Assim como tenho pelo Flamengo. Um dia ainda vou realizar esse desejo”, pontua.

Ao ter seu sonho realizado, Maradona diz que já pode morrer “tranquilo”. Mas nem mesmo o assunto fúnebre afasta a temática do clube. “Quero ser enterrado num caixão com as cores e o escudo Mengão, com o hino tocando”. Apesar do desejo, ele humoriza: “Mas não precisa ser agora. Quero viver ainda muitos e muitos anos para ver o Mengão ser campeão”, conclui.

Na despedida, ele faz o pedido de uma foto, seguido por uma mensagem. “Sou apaixonado pelo Flamengo, mas sou contra qualquer violência. Temos que respeitar todo mundo. Minha irmã, por exemplo, torce pelo Botafogo e nem por isso deixo de amá-la. Você é vascaíno e nem por isso deixei de lhe receber bem na minha casa e de tirar uma foto. O futebol não tem mais espaço para intolerância”, finaliza Maradona, “o torcedor flamenguista mais fanático do Cariri”.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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