Ceará tem 74 municípios com potencial turístico, diz Ministério do Turismo; Crato ocupa posição de destaque

O mapa do turismo do Ceará cresceu 25%. Em comparação ao ano passado, o estado passou de 59 para 74 cidades com vocação turística, distribuídas em 12 regiões. Foram incluídos 16 destinos e excluído apenas um, da categoria D. O levantamento completo do Mapa do Turismo Brasileiro foi divulgado nesta quinta-feira (14) pelo Ministério do Turismo. Em todo o país, foram listados 3.285 municípios em 328 regiões turísticas, um crescimento exponencial em relação ao Mapa de 2016, quando foram registradas 2.175 cidades em 291 regiões.

O crescimento dos números é resultado de um amplo trabalho de conscientização do Ministério do Turismo junto aos gestores municipais e estaduais a respeito da necessidade de identificação e classificação das cidades para que as políticas públicas e investimentos sejam mais adequados à realidade de cada região.

“O mapa é um instrumento muito importante para gestão, estruturação e promoção dos destinos. Por isso, é importante que ele esteja sempre atualizado, garantindo com que os municípios que queiram trabalhar o turismo como uma atividade econômica, tenham prioridade dentro das políticas e ações do MTur”, afirmou o ministro do turismo.

A atualização periódica do Mapa faz parte de uma estratégia do Plano Brasil + Turismo, lançada este ano pelo ministro Marx Beltrão para fortalecer o setor de viagens no país. De acordo com o Plano, a partir de 2017 o Mapa passa a ser atualizado a cada dois anos. Sua construção é feita em conjunto com os interlocutores estaduais que representam o MTUR e órgãos oficiais de Turismo dos estados brasileiros e instâncias de governança regional.

Categorização dos municípios do Ceará
De acordo com o novo mapa, 32 municípios estão nas categorias A, B e C, que são aqueles que concentram o fluxo de turistas domésticos e internacionais. Como exemplo, temos destinos como Caucaia, Fortaleza, Jijoca de Jericoacoara e Sobral. Os demais 42 municípios figuram nas categorias D e E. Esses destinos não possuem fluxo turístico nacional e internacional expressivo, no entanto alguns possuem papel importante no fluxo turístico regional e precisam de apoio para a geração e formalização de empregos e estabelecimentos de hospedagem.

Confira os municípios da região do Cariri que fazem parte do Mapa do Turismo do Ceará:


Fonte: Ceará Agora

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18ª Romaria do Caldeirão discute ações em defesa da biodiversidade

As Comunidades Eclesiais de Base (Cebs) e as Pastorais Sociais da Diocese de Crato promovem neste domingo (17), a 18ª Romaria da Santa Cruz do Deserto no Caldeirão. O evento acontece às 8 horas, no Sitio Caldeirão e contará com a presença do Bispo Diocesano de Crato, Dom Gilberto Pastana.

Inspirada na Campanha da Fraternidade (CF), a tradicional romaria traz este ano o tema: “Cultivar e guardar a criação”, objetivando alertar a sociedade sobre a necessidade da preservação da natureza, de modo especial a fauna e flora cearense.  

Segundo Dom Gilberto Pastana, na ocasião haverá o plantio de mudas nativas com o intuito de estimular a participação dos romeiros na conservação da vegetação cearense. “Convido você meu irmão e minha irmã, para participarmos juntos desse momento celebrativo e reflexivo. Nessa eucaristia faremos um gesto concreto, plantando árvores nesse lugar, no Caldeirão, recordando, portanto, e testemunhando essa nossa necessidade de cultivarmos a criação. Então venha e participe conosco”, ressalta o bispo.

De acordo com o Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora), cerca de vinte e duas espécies da vegetação cearense estão vulneráveis e ameaçadas de extinção, deste grupo, está o bioma Caatinga, que ocupa quase 100% do território. Dentre os principais fatores que elevam o agravo da biodiversidade no Ceará, está a perda e degradação de hábitat para a agricultura, a extração de recursos naturais e as queimadas, ocasionando assim, não só o fim de grande parte de espécies vegetais e animais, como também, a elevação dos riscos de desertificação de algumas áreas.

O caldeirão do beato
A comunidade do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, foi uma organização social autossustentável e religiosa, liderada pelo beato José Lourenço, fiel seguidor do Padre Cícero, que tinha como base os princípios cristãos de oração, fraternidade e trabalho coletivo. O movimento deixou um legado importante para o homem do campo, no que diz respeito a harmonia e o reconhecimento dos elementos da natureza, que lhes provia tudo que precisavam para a sua sobrevivência.

Serviço:
18ª Romaria da Santa Cruz do Deserto no Caldeirão
Data: 17 de setembro de 2017 (domingo)
Local: Sítio Caldeirão da Santa Cruz do Deserto – Crato/CE
(Situado entre os distritos de Monte Alverne e Dom Quintino)

Programação:
7h - Acolhida aos romeiros
8h - Santa Missa
10h – Apresentações culturais

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6 ferramentas online que são úteis para toda a vida

As ferramentas online são uma "mão na roda" para diversas situações: fazer o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), aprender história e até organizar as compras do supermercado.

Perguntamos aos leitores quais dispositivos foram utéis na vida deles — e separamos as melhores indicações. Confira: 

Recuva
O programa para o Windows recupera fotos, áudios, músicas e diversos documentos que você apagou, inclusive depois de ter feito uma restauração. Ao deletar algo do computador, o disco rígido não elimita totalmente o arquivo até que ele seja substituído por outro item. Ou seja, caso você ainda não tenha colocado novos arquivos o suficiente para sobrepor os deletados, o Recuva consegue recuperar os antigos. 

Shop Calc
Às vezes os supermercados colocam um preço de produto na prateleira e no caixa cobram outro valor. Disponível como aplicativo para Android, o Shop Calc surgiu justamente como uma calculadora para as compras, com intuito de te ajudar a controlar os gastos e não sair do orçamento. A medida que você adiciona itens no carrinho, é preciso anotar na ferramenta o número que estava marcado na etiqueta. O dispositivo vai somando as quantias e estipula o valor final. Caso o preço dê diferente no caixa, é porque tem algo de errado na cobrança. 

Wolfram Alpha
Você está com dúvidas matemáticas de equações, fórmulas físicas, questões de astronomia, nutrição e até música? O Wolfram Alpha funciona como uma mega calculadora e enciclopédia de ciências exatas e humanas. O programa está disponível na web e como app para os sistemas Android e iOS, sendo que todas as versões são em inglês. Parte dos recursos é gratuito, mas exitem dois planos aprimorados: para estudantes e educadores, que custam a partir de 4.75 dólares por mês. 

Pocket
Sabe quando você está navegando nas internet e encontra uma matéria muito interessante, mas não pode ler no momento? Agora você não precisa mais se preocupar em perder a notícia. Basta salvar o link no Pocket, ferramenta que armazena arquivos. Além de reportagens, você pode guardar artigos, fotos e vídeos. O dispositivo gratuito funciona de maneira integrada em diversas redes sociais em celulares, tablets e computadores. 

Free Collocation
O Free Collocation é um dicionário online para ajudar a encontrar termos em inglês e suas colocações adequadas, como as preposições at, in e on, que geralmente causam confusão em quem estuda a língua. Segundo a própria descrição, a ferramenta é ótima para estudar para testes de proficiência, como o IELTS e o TOEFL.

Small PDF
A ferramenta ajuda a manipular e converter documentos PDF para diferentes formatos, como Excel, JPG e Word. Além disso, é possível dividir, rodar, assinar e desproteger PDFs. Gratuito e em português, o Small PDF é simples e fácil de usar. 

Fonte: Galileu

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Aprovada em primeiro turno PEC que transforma agente penitenciário em policial

O Senado aprovou nesta quarta-feira (13), em primeiro turno, por unanimidade, a criação das polícias penais federal, estaduais e distrital. Com isso, os agentes penitenciários passam a ter os direitos inerentes à carreira policial. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 14/2016 ainda terá que passar por três sessões de discussão antes da votação em segundo turno. Depois, se aprovada, seguirá para a Câmara dos Deputados.

Do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), a PEC acrescenta essas polícias ao rol dos órgãos do sistema de segurança pública, e determina como competência dessas novas instâncias a segurança dos estabelecimentos penais e a escolta de presos. A intenção, diz o autor, além de igualar os direitos de agentes penitenciários e policiais, é liberar as polícias civis e militares das atividades de guarda e escolta de presos.

O texto foi aprovado com alterações feitas pelo relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador Hélio José (PMDB-DF). Entre as mudanças está a troca da expressão “polícia penitenciária” para “polícia penal”. Na avaliação do senador, a expressão anterior limitaria seu âmbito a uma das espécies de unidade prisional, as penitenciárias, e seria incompatível com a fiscalização do cumprimento da pena nos casos de liberdade condicional ou penas alternativas.

Para o senador Reguffe (sem partido-DF), a PEC valoriza os agentes penitenciários, que, apesar de ocuparem uma função tão importante, muitas vezes não têm sua atividade valorizada. A aprovação, afirmou, beneficia não só os agentes, mas toda a sociedade.

— A aprovação fará com que policiais que hoje fazem a custódia de presos passem a fazer o policiamento nas ruas, passem a proteger a população nas ruas — afirmou.

José Medeiros (PSD-MT) que é policial rodoviário federal, comemorou a aprovação e disse que, com o texto, os agentes deixarão de ser tratados como uma sub-polícia e terão as condições de exercer seu trabalho.

— Eles vão ser policiais de fato e de direito e a partir de agora o Estado brasileiro vai ter quem mande nos presídios porque, hoje, quem manda são as facções.

Estados
O substitutivo também vincula cada polícia penal ao respectivo órgão administrador do sistema penal da unidade federativa a que pertencerem e estabelece que as polícias penais serão formadas pelos atuais  agentes  penitenciários e por novos servidores admitidos por concurso público.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) destacou que essa regra evitará problemas no Pacto Federativo. Ele disse considerar que o texto tira do limbo os agentes penitenciários e que, com a criação da nova carreira, contorna-se um problema em discussão na Reforma Previdenciária. Os que os agentes passarão a ter a aposentadoria especial dos policiais.

— É um projeto simples, mas atende a um objetivo importante de uma categoria cada vez mais essencial à segurança tanto do sistema prisional quanto da sociedade brasileira.

A senadora Lúcia Vânia (PSB-GO) aproveitou a aprovação da PEC para homenagear o agente penitenciário Valdson Cardoso de Oliveira, que foi morto no início da semana em uma rebelião no Centro de Prisão Provisória de Luziânia (GO), no Entorno de Brasília. A senadora reafirmou o respeito pelo trabalho de todos os agentes penitenciários.

Com informações da Agência Senado

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32 municípios cearenses são mais vulneráveis a variações climáticas

O Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) divulgou o Índice Municipal de Alerta (IMA) referente a 2017, com base em análise de indicadores de chuva, produtividade de safra agrícola, reservas hídricas, bolsa família, seguro safra e escoamento de produção. São 32 municípios em alta vulnerabilidade, sendo os cinco maiores Catarina, Potiretama, Monsenhor Tabosa, Deputado Irapuan Pinheiro e Solonópole.

Os dados têm referência anual, mas apresentam por base as análises dos indicadores entre janeiro e junho passado. Os municípios foram distribuídos em quatro grupos por grau de vulnerabilidade: alta, média-alta, média-baixa e baixa. Os índices foram concedidos no Grupo Interinstitucional Permanente para Convivência e Desenvolvimento Sustentável do Semiárido.

Prevenção
O IMA é um instrumento para orientações preventivas sobre as adversidades climáticas que atingem o Ceará. No documento, ressaltam-se os seis anos seguidos de chuvas abaixo da média histórica, perda das reservas hídricas nos mananciais e agravamento do quadro de estiagem, além de alerta sobre os efeitos das mudanças climáticas que podem resultar em aumento da temperatura do ar e redução de 20% nos índices pluviométricos nos próximos 20 anos.

Para o Ipece, o IMA é uma importante ferramenta de gestão que o governo dispõe para identificar os municípios que potencialmente vão ser mais afetados pelas intempéries climáticas, falta de recursos públicos, hídricos e perdas de produção nos setores agropecuários. A partir desses dados, seriam priorizadas as políticas públicas.

Quanto mais próximo de 1 for o valor do indicador do IMA, mais vulnerável será o município e quanto mais se aproxima de zero, ocorre o inverso. Os dados referentes a este ano mostram uma média geral do IMA de 0,66 - com valor mínimo de 0,25 e máximo de 0,88.

Uma característica no grupo de alta vulnerabilidade que os técnicos observaram é que ocorre maior homogeneidade nas questões climáticas, agrícolas e sociais (bolsa família, seguro safra). Já no quadro de baixa vulnerabilidade incluem-se 31 municípios, que são menos homogêneos nessas referências.

Os municípios mais vulneráveis, em sua maioria, estão nas regiões dos Sertões dos Inhamuns (5), Sertões de Crateús (4), Sertão Central (5), Centro-Sul (9), Vale do Jaguaribe (5). Todos da região dos Inhamuns (Tauá, Aiuaba, Arneiroz, Parambu e Quiterianópolis) são de alta vulnerabilidade.

Menos vulneráveis
O estudo demonstra que os municípios com menor vulnerabilidade estão em sua maioria na Serra da Ibiapaba, Maciço de Baturité, Grande Fortaleza, Litoral Leste e Litoral Norte. Na Grande Fortaleza, apenas São Luís do Curu foi classificado como sendo de média-alta vulnerabilidade; e no Litoral Leste, a exceção foi Jaguaruana. No Litoral Norte, não aparece nenhuma cidade nesse grau de vulnerabilidade. As regiões de Maciço de Baturité, Serra da Ibiapaba, Litoral Leste, Litoral Norte, Litoral Oeste/Vale do Curu e Sertão de Sobral não possuem nenhum município de alta vulnerabilidade.

Catarina apresentou maior vulnerabilidade (0,88), em decorrência da situação hídrica dos mananciais, distribuição das chuvas, utilização de área colhida com culturas de subsistências e a produtividade agrícola por hectare. Potiretama aparece em segundo lugar com 0,870 e Monsenhor Tabosa, em terceiro, com indicador de 0,853.

Os três menos vulneráveis são Ibiapina (0,249), São Benedito (0,361) e Guaramiranga (0,406). Esses têm melhor situação hídrica, climatológica, bons resultados na produção agrícola por habitante, produtividade agrícola por hectare mais elevadas e por conseguinte verificou-se uma menor perda de safra.

Oportuno
Para o economista da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), Antonio Pereira de Souza, o estudo é oportuno, pois indica onde os recursos públicos para o combate aos efeitos da estiagem devem ser priorizados. Outro aspecto que salientou foi a preocupação com o agravamento das condições climáticas, com chuvas em menor intensidade desde 2012 e possibilidade de persistência do quadro de perdas das reservas hídricas em 2018.

O vice-presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece) e prefeito de Cedro, Nilson Diniz, pontuou que a situação hídrica vem se agravando no sertão cearense, afetando milhares de famílias que sofrem com a escassez de água de qualidade, perda da renda familiar mediante a frustração de safra agrícola e maior vulnerabilidade social. "Esperamos que esse estudo tenha aplicação efetiva no direcionamento das políticas públicas", finalizou.

HONÓRIO BARBOSA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Janot finaliza denúncia contra Temer e o acusa de dois crimes

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, concluiu nesta quarta-feira (13) a nova denúncia contra o presidente Michel Temer.

A Folha apurou que o peemedebista será acusado dos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.

A peça tem de mais de 200 páginas e a previsão é que seja apresentada até o fim da tarde desta quinta-feira (14) ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Além do presidente, Janot citará a cúpula do PMDB da Câmara, alvo do relatório da Polícia Federal entregue ao Supremo na segunda (12). Nem todos serão acusados sob a suspeita de mais de um crime.

O documento da PGR tem como base as delações de executivos da JBS e do corretor de valores Lúcio Funaro, que teve delação premiada homologada.

De acordo com pessoas próximas às investigações, as acusações contra Temer foram fortalecidas com dados fornecidos por Funaro à Procuradoria.

Esta é a segunda denúncia contra o peemedebista apresentada por Janot com base na delação de executivos da JBS, hoje pivô de uma crise que levou dois colaboradores, Joesley Batista e Ricardo Saud, à prisão.

A colaboração de ambos foi suspensa pelo ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo, mas Janot já declarou que isso não invalida as provas obtidas.

O crime de obstrução de Justiça é caracterizado pela PGR no episódio em que Temer, segundo Janot, deu aval para Joesley comprar o silêncio de Funaro e Eduardo Cunha, ambos presos pela Lava Jato.

A organização criminosa está na atuação do chamado "quadrilha do PMDB da Câmara". A PF aponta Temer como tendo o "poder de decisão" no grupo.

O presidente nega as acusações.

O mandato de Janot à frente da PGR termina neste domingo (17). No seu lugar, assumirá Raquel Dodge, indicada por Temer.

Provas em xeque
A primeira denúncia, por corrupção passiva, foi barrada no início de agosto pela Câmara.

A nova acusação deve ser submetida novamente aos deputados. Por determinação da Constituição, o caso só será analisado pelo STF se ao menos 342 parlamentares concordarem. Caso contrário, o processo é suspenso até que Temer deixe a presidência.

A denúncia pode demorar para ser enviada à Câmara porque o Supremo adiou nesta quarta a discussão sobre a validade das provas da delação da JBS em meio ao episódio da suspensão da delação.

A nova acusação contra Temer chegará num momento em que o acordo de colaboração da JBS foi colocado em xeque.

O centro da crise é uma gravação, datada de 17 de março, em que Joesley Batista, dono da JBS, e o executivo Ricardo Saud indicam possível atuação de Marcello Miller no acordo de delação quando ainda era procurador —ele deixou o cargo oficialmente em 5 de abril. O áudio foi entregue pelos delatores no dia 31 de agosto.

Para a equipe de Janot, houve patente descumprimento de dois pontos de uma cláusula do acordo de delação que tratam de omissão de má-fé, o que justificaria rever os benefícios.

Joesley alega que foi apresentado a Miller por Francisco de Assis e Silva, advogado da empresa e também delator, porque estava à procura de alguém para a área de anticorrupção da empresa.

Os delatores argumentam que apenas consultaram Miller em linhas gerais sobre o processo de delação e que acreditavam que ele já havia saído da PGR.

O ex-procurador pediu o desligamento do Ministério Público Federal no dia 23 de fevereiro, mas a saída foi oficializada em 5 de abril.

Para a PGR, há indícios de que Miller tenha cometido o crime de exploração de prestígio, além da possibilidade de ter sido cooptado pela organização criminosa composta pelos executivos da JBS, "passando, em princípio, a integrá-la".

Joesley e Saud tiveram prisão decretada por Fachin. O pedido de prisão de Miller foi negado pelo ministro. O ex-procurador nega as irregularidades e diz que não usou o cargo público para favorecer a JBS. 

Fonte: Folha.com

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Esquema desviou verba de 171 municípios do CE

Uma organização criminosa especializada em fraudar licitações e no desvio de verbas públicas, que movimentou mais de R$ 380 milhões no Ceará e em outros estados, foi desarticulada na 'Operação Fraternidade', deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), ontem.

A investigação se desenvolveu a partir de um levantamento feito pela CGU, em que foi possível detectar que os principais investigados já tiveram vínculos com dezenas de pessoas jurídicas, das quais 68 teriam recebido verbas públicas de 171 Municípios cearenses, totalizando recursos da ordem de R$ 380.604.801,70, somente entre janeiro de 2002 e março de 2013. As verbas incluem recursos federais de diversas fontes, sem que fosse detectada a interrupção das atividades do grupo desde então.

O nome da operação faz alusão ao principal núcleo da organização criminosa, que é formada por três irmãos. Eles teriam vinculação com diversas empresas que participavam das negociatas. Os detalhes do esquema não foram revelados, porque o caso está em segredo de Justiça.

A reportagem apurou que, dos três irmãos, duas mulheres foram conduzidas coercitivamente até a sede da Polícia Federal, no bairro de Fátima, na Capital, para prestar depoimento. Mais um irmão, um homem, estava em outro Estado e deverá se apresentar espontaneamente às autoridades policiais, na tarde de hoje. Outra dupla de irmãos também estaria sendo investigada na operação.

Mandados
De acordo com a assessoria de comunicação da PF, 52 mandados foram cumpridos durante a ofensiva, sendo nove prisões temporárias, 24 buscas e apreensões e 12 conduções coercitivas, expedidos pela 11ª Vara Federal de Fortaleza, além de sete mandados de intimação emitidos pela autoridade policial. Ao todo, 148 policiais federais e sete servidores da CGU cumpriram as ordens judiciais, nos estados do Ceará e do Piauí.

Segundo a PF, a organização criminosa fazia um rodízio de empresas para vencerem as licitações e receberem vultosos valores do poder público. Parte do dinheiro liberado era desviado através de superfaturamentos e a não execução dos contratos.

Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, falsificação de documentos, corrupção, lavagem de dinheiro, além de crimes da Lei de Licitações. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.

Fonte: Diário do Nordeste

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Lula depõe por 2 horas e, ao final, pergunta se terá um juiz imparcial; veja o que Moro responde

Com duas horas e dez minutos de duração, o interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou ao fim às 16h26 desta quarta-feira (13). Foi o segundo encontro presencial entre o petista e o juiz federal Sergio Moro, que comanda os processos da Operação Lava Jato na primeira instância --a primeira audiência, em 10 de maio, levou quase cinco horas. 

Ao final de seu depoimento, o ex-presidente perguntou a Moro se "seria julgado por um juiz imparcial". Em resposta, segundo apurou o UOL com pessoas que acompanharam a audiência na 13ª Vara Federal de Curitiba, Moro afirmou: "Eu nem precisava responder a essa pergunta, mas a resposta é sim".

Lula também falou sobre o ex-ministro Palocci --"Eu não tenho raiva do Palocci. Eu tenho pena dele"-- e, em determinado momento, houve uma discussão porque se referiu como "querida" à procuradora da República Isabel Groba Vieira, integrante da força-tarefa da Operação Lava Jato. Segundo a Justiça Federal, Lula não respondeu algumas das perguntas que lhe foram feitas.

Aos procuradores, o ex-presidente afirmou que o objetivo do MPF (Ministério Público Federal) é incriminá-lo. Lula voltou a referir-se à apresentação de PowerPoint apresentada pela força-tarefa, na qual ele aparece como chefe do esquema de corrupção investigado pela Lava Jato. Ele perguntou ainda por que o procurador Deltan Dallagnol estava ausente. "Aquele PowerPoint é uma mentira."

A audiência desta quarta está ligada a suspeitas da participação de Lula em um esquema de corrupção envolvendo oito contratos entre a empreiteira Odebrecht e a Petrobras. 

Chegada com apoio de manifestantes
Lula chegou às 13h50 ao prédio da Justiça Federal em Curitiba, passando de carro em um corredor formado por militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que o esperavam desde as 10h30. Ele desceu do automóvel, onde encontrou lideranças do PT como a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional da sigla, e caminhou poucos metros segurando uma bandeira do Brasil. Ao som de "Lula, guerreiro do povo brasileiro", "fora, Temer" e batucadas, o ex-presidente interagiu com militantes. Depois, seguiu de carro à sede da Justiça Federal, onde a audiência marcada para 14h teve início às 14h16.

Moro chegou ao local por volta das 10h, em uma caminhonete escoltada por seguranças da Justiça Federal. O entorno do prédio, com forte esquema de segurança que incluiu um helicóptero, foi bloqueado pela polícia às 9h20. A previsão era de que o bloqueio começasse às 6h30, mas a Secretaria de Segurança Pública do Paraná avaliou que o clima será mais tranquilo do que em maio.

Além de Lula e Moro, estavam na sala de audiências 2 os procuradores que integram a força-tarefa da Lava Jato, advogados da Petrobras, que exercem o papel de assistentes de acusação, defensores de Lula e dos outros sete réus, além de uma servidora pública que atua como assistente de audiência.

Um representante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) também está na sala para "garantir as prerrogativas dos advogados que atuam no caso", disse a instituição em nota ao UOL. O conteúdo do depoimento, que está sendo gravado em vídeo, só será divulgado pela Justiça Federal depois do seu término.

O processo
No suposto esquema de corrupção, foram firmados oito contratos, de 2004 a 2012, entre a empreiteira Odebrecht e a Petrobras.

Com desvios que chegaram a R$ 75,4 milhões, segundo denúncia do MPF, Lula teria sido beneficiado com a compra de um terreno em São Paulo que seria sede do Instituto Lula e com a aquisição do apartamento vizinho ao em que ele vive, em São Bernardo do Campo (SP). Lula é acusado ter cometido o crime de corrupção passiva por nove vezes, e o de lavagem de ativos por 94.

Além de Lula, também são réus neste processo:
  • Roberto Teixeira, advogado de Lula
  • Antonio Palocci, ex-ministro dos governos de Lula e de Dilma
  • Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci
  • Marcelo Odebrecht, ex-presidente da Odebrecht
  • Paulo Melo, ex-diretor da Odebrecht
  • Demerval Gusmão, proprietário da DAG Construtora
  • Glaucos da Costamarques, empresário

Teixeira será o último réu interrogado. Ele deveria ter sido ouvido em Curitiba na semana passada, em 6 de setembro. Porém, na noite do dia anterior, ele foi internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

Diagnosticado com insuficiência cardíaca aguda, o advogado teve alta na sexta-feira passada (8) e passou a repousar em casa por ordens médicas. Na última segunda-feira (11), atendendo pedido da defesa, Moro remarcou o interrogatório de Teixeira, que deveria ser nesta quarta, para as 13h30 de 20 de setembro.

Passado e futuro
No primeiro interrogatório, em maio, Lula prestou esclarecimentos a respeito da acusação de que estaria envolvido no esquema de corrupção envolvendo três contratos entre a empreiteira OAS e a Petrobras. Com quase cinco horas, foi um dos mais longos da Lava Jato.

Moro decidiu sentenciá-lo a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele concluiu que Lula "tinha um papel relevante no esquema criminoso que vitimou a Petrobras e que envolvia ajustes fraudulentos de licitação e o pagamento de vantagem indevida a agentes da empresa, a agentes políticos e a partidos políticos".

O petista recorre em liberdade da decisão no TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª região, a segunda instância da Lava Jato.

Lula e Moro ainda terão um novo encontro previsto para o primeiro semestre do ano que vem. Em agosto, o juiz tornou o ex-presidente réu pela terceira vez na Lava Jato, agora em um processo sobre um esquema de corrupção envolvendo um sítio em Atibaia (SP), que seria uma vantagem indevida paga a Lula.

A defesa do petista nega as acusações em todos os processos e diz que há uma perseguição política contra Lula.

Fonte: UOL

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Lula dá show em interrogatório e Sérgio Moro toma aula de cidadania do ex-presidente

O interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato terminou depois de 2h10, na sede da Justiça Federal, em Curitiba.

Esta é a segunda vez que Lula presta depoimento na condição de réu em um processo da Lava Jato conduzido pelo juiz Sérgio Moro. No primeiro caso, ele foi acusado de receber R$ 3,7 milhões em propina, de forma dissimulada, da empreiteira OAS. Em troca, ela seria beneficiada em contratos com a Petrobras. Naquela ocasião, ex-presidente acabou condenado naquela ação penal a nove anos e meio de prisão.

Dessa vez, a acusação é sobre um suposto pagamento de propina por parte da construtora Odebrecht. Segundo a denúncia, a empresa comprou um terreno para a construção de uma nova sede para o Instituto Lula. A empreiteira também teria comprado um apartamento vizinho ao que o ex-presidente mora, em São Bernardo do Campo. O imóvel é alugado desde 2002 e abriga, principalmente, os seguranças que fazem a escolta de Lula.

Entenda a denúncia
Segundo o MPF, os dois imóveis fazem parte de um total de R$ 75 milhões em propinas que foram pagas pela Odebrecht a funcionários da Petrobras e políticos, após a empreiteira firmar oito contratos com a estatal. De acordo com a denúncia, a parte de Lula foi repassada com a intermediação do ex-ministro Antônio Palocci e do assessor dele, Branislav Kontic.

O imóvel que seria para o Instituto Lula fica em São Paulo, na Rua Haberbeck Brandão. O MPF afirma que o terreno foi comprado pela Odebrecht, usando o nome de outra empreiteira, a DAG. Apesar das negociações terem sido feitas e a DAG ter adquirido o imóvel, nada foi construído no local.

Já a compra do apartamento, de acordo com a denúncia, foi realizada com o auxílio de um parente do pecuarista José Carlos Bumlai. Conforme o MPF, Glaucos da Costamarques serviu de "laranja" para adquirir o imóvel para Lula, já que o apartamento era alugado desde que ele chegou à Presidência.

Ao todo, oito pessoas foram denunciadas: Lula, Palocci, Kontic, Paulo Melo, Demerval Galvão, Glaucos da Costamarques, Roberto Teixeira e Marcelo Odebrecht. A ex-primeira-dama Marisa Letícia também constava na denúncia, mas teve o nome retirado após a morte dela.

Desde que foi denunciado, Lula tem negado o recebimento de propinas e o favorecimento da Odebrecht. A defesa diz que o MPF não tem provas que sustentem a denúncia.

Reformas em sítio
Além do processo em que foi condenado e desta ação penal em que vai prestar depoimento, Lula é réu em um terceiro processo que corre na 13ª Vara Federal de Curitiba, comandada por Sérgio Moro. Nesta ação penal, o petista foi acusado de receber propina da Odebrecht e da OAS, por meio de reformas em um sítio em Atibaia, no interior paulista. Além dele, outras 12 pessoas também foram denunciadas.

O imóvel era usado com frequência pela família de Lula. Para o MPF, o sítio, que na documentação oficial pertence aos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, seria, na verdade, de Lula. Assim como nos demais processos, a defesa de Lula

Esta ação terceira ação penal ainda está nas primeiras fases. Até o momento, o juiz Sérgio Moro não marcou as audiências para ouvir as testemunhas de acusação e defesa.

Fase final
Após os depoimentos de Lula e de Kontic, o advogado Roberto Teixeira também deve ser ouvido. O depoimento dele já deveria ter ocorrido, mas a data foi adiada, depois que ele foi internado em São Paulo, com insuficiência cardíaca. A nova data está marcada para o dia 20 deste mês.

Depois do depoimento de Teixeira, o processo chegará à fase final. O MPF e as defesas poderão pedir as últimas diligências. Caso isso não ocorra, o juiz determinará os prazos para que as partes apresentem as alegações finais.

Em seguida, os autos voltam para Moro, que vai definir a sentença, podendo condenar ou absolver os réus. Não há prazo para que a sentença seja publicada.

Fonte: G1

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Em decisão unânime, STF mantém Janot em investigações sobre Temer

Todos os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) consideraram não haver motivos para afastar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, das investigações contra o presidente Michel Temer (PMDB).

O relator, Edson Fachin, foi o primeiro a votar contra o afastamento de Janot. Nove dos 11 ministros acompanharam sua decisão: Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio de Mello, Celso de Mello e Cármen Lúcia, presidente da corte. Gilmar Mendes e Luis Roberto Barroso não participaram da sessão. 

Como procurador-geral, Janot é responsável pelas investigações contra o presidente e apresentou denúncia contra Temer, por suspeitas de corrupção passiva, com base em investigações feitas a partir da delação premiada da JBS.

Um dos pontos indicados pela defesa de Temer como comprometedores da atuação de Janot seria a frase dita pelo procurador-geral em palestra de que as denúncias continuariam a ser apresentadas em seu mandato. "Enquanto houver bambu, lá vai flecha" foi a expressão utilizada.

Fachin defendeu em seu voto que "ainda que eventualmente criticável, essa linguagem não configura, a meu modo de ver, excesso". "Não é possível reconhecer a partir dessa afirmação inimizade capital entre procurador-geral da República e eminente presidente da República."

Em seu voto contra a suspeição de Janot, Fachin citou um julgamento anterior, que foi relatado pelo ministro Gilmar Mendes, segundo o qual ainda que sejam praticados atos abusivos contra o investigado, isso não leva à suspeição do juiz ou procurador. 

"Há precedente da Corte que reconhece que até mesmo em caso de atos abusivos, o que entendo não ser o caso dos autos, a suspeição não constitui desdobramento necessário da censura de atos processuais", disse. 

O caso relatado por Mendes foi um pedido de habeas corpus julgado pela 2ª Turma do STF em maio de 2013. A decisão foi resumida dessa forma por Mendes: "O conjunto de atos abusivos, no entanto, ainda que desfavorável ao paciente, devidamente desconstituídos pelas instâncias superiores, não implica necessariamente parcialidade do magistrado", dizia o trecho da decisão citada por Fachin na sessão de hoje.

Em um longo voto, o decano Celso de Mello ressaltou a atuação de Janot à frente do MPF: "Não posso deixar de reconhecer a atuação responsável, legítima e independente do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que tem exercido a chefia do Ministério Público da União com grande seriedade, atento aos gravíssimos encargos que incidem sobre o Ministério Público, notadamente em situações que envolvem implacável e necessária persecução estatal movida em face de delinquentes, que em contexto de criminalidade organizada atentam contra ordenamento positivo do Estado brasileiro praticando delitos que tem efetivamente ultrajado a consciência e desrespeitado o sentimento de decência do povo de nosso país".

"Não constitui demasia assinalar que regimes autocráticos, que governantes ímprobos, que cidadãos corruptos temem um Ministério Público independente", acrescentou.

A defesa de Temer também queria que fosse suspensa a apresentação de qualquer nova denúncia contra o presidente até que se conclua a investigação sobre a delação da JBS e diz que as provas obtidas nas investigações são inválidas, pois a assinatura do acordo de delação foi colocada sob suspeita a partir da revelação dos novos áudios dos executivos da JBS. Mas esse pedido não foi analisado nesta quarta-feira por falta de tempo. A presidente do STF, Cármen Lúcia, deve remarcar esse julgamento para a próxima semana.

'Janot agiu de forma açodada', diz defesa de Temer
Rodrigo Janot não esteve presente. A PGR foi representada pelo vice-procurador Nicolao Dino.

Para a defesa de Temer, Janot agiu com pressa --"de forma açodada"-- desde a instalação do inquérito.

"O presidente da República não é tutor de seus assessores e não pode responder por seus erros", disse o advogado de Temer, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira sobre Rodrigo Rocha Loures. "O presidente da República quer trabalhar e ele não consegue", disse Mariz.

Nicolao Dino afirmou que Janot apenas exerceu as atribuições do cargo, respeitando os limites da lei. 

"A expressão 'enquanto houver bambu, lá vai flecha' nada mais significa que o procurador-geral da República exercerá seu mandando integralmente até o fim, manejando instrumentos processuais eu a lei lhe confere", disse. 

"Nada disso constitui obsessão acusatória como dito na peça de acusação", afirmou Dino.

Mariz disse que a PGR deveria ter "cautela" em relação a Temer e pediu que o órgão deixasse o presidente "em paz". 

"É preciso que haja cautela, cuidado, se está acusando um cidadão, se está acusando um brasileiro, se está acusando um cidadão brasileiro, que é presidente da República. Quer se queira, quer não se queira. É o homem que responderá pelo país por um ano e meio daqui para a frente. Deixem-no em paz", afirmou.

Segunda denúncia para a sucessora de Janot
A defesa acusou Janot de agir de forma parcial contra o presidente, tentando deixar a decisão sobre a apresentação de uma segunda denúncia contra Temer para a sucessora de Janot, Raquel Dodge, que toma posse como procuradora-geral na próxima segunda-feira (18).

A delação da JBS passou a ser investigada por decisão de Janot, no último dia 4, para apurar a omissão de informações no acordo de colaboração premiada firmado por três dos sete delatores da JBS após a apresentação de novas gravações.

A investigação pode levar à revisão dos benefícios concedidos aos delatores, mas segundo a Procuradoria não impediria o uso das provas apresentadas nas investigações.

A delação dos empresários foi fundamental na abertura de inquérito contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB), por suspeitas de corrupção passiva e obstrução de Justiça.

A investigação também apura se houve atuação irregular de Marcelo Miller, ex-procurador da República e ex-braço direito do próprio Janot, nas negociações para fechar a delação da JBS. A suspeita é que Miller tenha auxiliado os delatores durante a negociação do acordo, quando ainda estava ligado à Procuradoria.

Posteriormente, Miller deixou o cargo de procurador e passou a atuar como advogado num escritório que atuou na negociação do acordo de leniência da JBS, espécie de delação premiada feita pela empresa.

Fonte: UOL

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Como consultar se seu nome está sujo no Serasa, SPC e SCPC

Notícias e mais notícias apontam que os brasileiros estão cada vez mais endividados. Mas, como saber se você faz parte dessa (triste) estatística? Para mostrar em detalhes como consultar a situação do seu CPF e checar se ele está negativado, ou se você está com o nome sujo, como popularmente se diz, EXAME.com consultou os principais cadastros de inadimplência do país.

Atualmente, três são as principais bases de dados usadas por empresas e bancos para checar se o consumidor possui dívidas em atraso: a Serasa, administrada pela Serasa Experian, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), administrado pela Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDL), e o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), administrado pela Boa Vista Serviços.

Representatividade
Para mostrar a abrangência de cada cadastro, EXAME.com levantou a quantidade de consultas mensais realizadas em cada um deles, o número de CPFs aos quais cada um tem acesso e o número de pessoas que atualmente constam nesses cadastros e, portanto, estão com o nome negativado.

A Boa Vista SCPC tem acesso a informações de 202 milhões de CPFs e mais de 180 milhões de consultas ao seu cadastro são realizadas mensalmente. O SCPC, que é o cadastro administrado pela Boa Vista, hoje possui cerca de 59 milhões de consumidores inadimplentes. Além disso, o SCPC é o cadastro mais antigo do país, criado há 60 anos.

O cadastro da Serasa Experian tem acesso a informações de 185 milhões de CPFs e cerca de 65 milhões de consultas são feitas à sua base por mês. O dado mais recente sobre o número de pessoas incluídas no seu cadastro é referente a agosto deste ano: no mês, 57,2 milhões de inadimplentes constavam na base.

Já o SPC Brasil tem acesso a informações cadastrais de mais de 180 milhões de CPFs e 50 milhões de consultas são realizadas no sistema mensalmente. Atualmente, 57 milhões de consumidores negativados constam na base do SPC Brasil.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o ideal é que o consumidor consulte os três cadastros para verificar a situação do seu CPF.

Mariana Alves Tornero, advogada do Idec, lembra que, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC), o cliente tem o direito de checar gratuitamente se seu nome consta nos cadastros de inadimplência. No entanto, o CDC não especifica que a consulta gratuita deve ser disponibilizada pela internet.

Veja a seguir como fazer a consulta ao seu CPF em cada um dos três cadastros.

Boa Vista SCPC
A Boa Vista SCPC é a única das três bases que permite a consulta de nome sujo pela internet de graça. Conforme será visto a seguir, a Serasa até possui um tipo de consulta online gratuita, mas ela é restrita.

Para checar a situação do CPF na base do SCPC pela internet, é preciso acessar o site Consumidor Positivo e clicar em "Consulta CPF grátis", no menu superior da página. Quem não é cadastrado deve fazer a inscrição e depois digitar o e-mail e a senha. Em seguida, o site informa se consta algum registo no SCPC.

Se houver, é possível checar os detalhes sobre os débitos e identificar em qual empresa consta a pendência.

O SCPC também oferece a possibilidade de consulta presencial nos postos de atendimento da Boa Vista (confira os endereços). Para fazer a consulta presencial, o consumidor deve levar o CPF e um documento com foto.

A empresa também fez recentemente uma parceria com o aplicativo de controle financeiro Guia Bolso e agora os usuários do app podem fazer a consulta à base do SCPC pelo próprio aplicativo (veja como).

Serasa
A Serasa permite consultar gratuitamente a situação do CPF presencialmente nas agências da empresa espalhadas por todo o país (veja os endereços).

Pela internet, a consulta ao cadastro da Serasa é paga e pode ser feita pelo programa Me Proteja. Os custos variam entre 19,90 reais ao mês no plano mensal a 10 reais por mês no plano anual.

A Serasa também permite fazer uma consulta gratuita pela internet, mas mais restrita, por meio do Limpa Nome Online. Após fazer um cadastro, o programa mostra se o consumidor tem dívidas pendentes com as empresas que participam do programa.

Essa consulta, porém, só mostra pendências existentes com as 90 empresas que fazem parte do Limpa Nome Online, ela não permite a consulta à base completa da Serasa.

SPC Brasil
O SPC Brasil também não disponibiliza a consulta a nome sujo pela internet de forma gratuita, apenas presencialmente.

Para fazer a consulta pessoalmente, basta comparecer a um dos balcões de atendimento do SPC Brasil, levando o CPF original e documento com foto (confira os endereços).

Ao realizar a consulta, o consumidor recebe um extrato com os dados da empresa credora e o valor da dívida. A partir daí, ele pode entrar em contato direto com a empresa e dar início a uma renegociação ou quitar o débito pendente.

É possível também comprar créditos, pelo valor mínimo de 9,90 reais, e pagar por uma consulta de CPF na loja online do SPC Brasil. Cada consulta custa a partir de 6,01 reais.

Como seu nome fica sujo
A partir do primeiro dia de atraso no pagamento da conta, a empresa credora já pode entrar em contato com os birôs de crédito que administram os cadastros de inadimplência, como a Serasa, o SPC Brasil e a Boa Vista.

Ao receber a demanda, o birô é obrigado, por lei, a enviar uma carta ao devedor para avisar que ele tem dez dias corridos para quitar a dívida ou abrir uma negociação para evitar que seu CPF seja incluído no cadastro de inadimplência.

Se após o prazo de dez dias a pendência não for regularizada, então os birôs podem incluir o CPF do consumidor em sua base de inadimplentes, o que torna o nome do consumidor sujo.

Fonte: Exame.com

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Mais de 135 mil pessoas no Whatsapp já caíram no golpe do FGTS

Uma nova ameaça foi identificada no WhatsApp nesta semana e já conseguiu a atenção de milhares de brasileiros. Depois do "golpe do 14º salário",  a descoberta feita da companhia de segurança ESET promete pagamento retroativo do FGST no valor de R$ 1.760 e vem sendo compartilhada aos montes dentro do mensageiro.

O link presente na mensagem leva o usuário a uma página de cadastro. O site em questão pede dados pessoais e instrui o compartilhamento da mensagem para mais cinco amigos, colocando isso como pré-requisito para obter a confirmação sobre a liberação do benefício. Apesar de usar métodos básicos e de campanhas de conscientização contra esses golpes, a nova ameaça já recebeu mais de 135 mil cliques, alerta a ESET.

A intenção primária do golpe é redirecionar audiência a fim de gerar renda a partir de anúncios publicitários. Além disso, é possível que a intenção seja também usar os dados das vítimas para realizar cadastros em serviços pagos, algo que também pode gerar receita para os cibercriminosos.


Código oculto
Um dado curioso aqui é que os códigos da página em questão ficam ocultos. Ao tentar acessar o modo de desenvolvedor pelo WhatsApp Web, surge na tela a mensagem “não foi dessa vez :) babaca”. Se a intenção é verificar o código fonte da página, a informação é de que isso não é possível “por questão de segurança”.

“Como sempre, a regra de ouro é: ‘para estar seguro, mantenha-se atento’”, alerta o security researcher da ESET América Latina Cassius Puodzius. “Não clique e nem mesmo abra mensagens suspeitas. Além disso, para proteger seus amigos e parentes, não compartilhe publicações deste tipo. Mesmo não realizando a propagação de um malware, esses ataques podem causar prejuízos financeiros às vítimas.”

Fonte: Tecmundo

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7 dicas para preservar sua vista ao trabalhar com computador

Às vezes, depois de muitas horas trabalhando no escritório, temos de passar um tempo extra em casa na frente do monitor. E tudo isso pode piorar a sua visão. Apresentamos as regras básicas para cuidar de seus olhos nesse tipo de situação.

7. Aumente o tamanho da fonte
As letras e as imagens muito pequenas na tela nos obrigam a apertar os olhos e a nos aproximar mais da tela do computador. Isso cansa mais rápido e até provoca dores de cabeça. É por isso que é muito importante ajustar a fonte para o tamanho apropriado.

E se você tiver de ler um documento extenso, é melhor imprimi-lo usando também uma fonte grande.

6. Ajuste o brilho
A tela muito escura ou muito brilhante também nos faz tensionar os olhos para entender o que o texto ou a imagem diz. Portanto, não economize a bateria do seu dispositivo, mas não exagere. Use o nível de brilho que o deixe mais confortável. Geralmente, o brilho perfeito combina com a iluminação do ambiente.

5. Livre-se do brilho
O brilho do monitor geralmente não permite que você se sinta confortável trabalhando diante de seu PC. Se a sua tela não tiver a camada que bloqueia o brilho da luz solar, existem duas soluções. Você pode dar um jeito colocando o monitor ou o laptop de tal forma que a luz do sol não atrapalhe enquanto trabalha ou usar óculos especiais, que protegem seus olhos de uma parte da luz azul que a tela emana.

4. Instale o monitor na posição correta
O ângulo da inclinação e a distância do monitor também são importantes. Se você tiver de levantar ou abaixar demais a cabeça enquanto trabalha, isso não afetará apenas sua visão, mas também sua postura.

A posição correta do monitor:
  • Se você usar um monitor com uma diagonal menor do que 20 polegadas, sua parte superior deve estar colocada um pouco abaixo do seu nível dos seus olhos. Se tiver um monitor grande, sua extremidade superior deve estar acima do nível dos olhos, a cerca de 5 a 7 centímetros.
  • Incline a tela um pouco para trás. Sua parte inferior deve estar mais perto de você do que a superior.
  • Coloque a tela no centro, para não ter de girar a cabeça para a direita ou para a esquerda o tempo todo.

3. Pisque mais
Trabalhando no computador, às vezes piscamos menos inconscientemente. Como resultado, nossos olhos não recebem hidratação suficiente. Isso causa desconforto. Claro que é difícil se forçar a piscar, porque fazemos isso mecanicamente. Mas se você estiver trabalhando já há a um bom tempo no computador, adote o hábito de piscar conscientemente de vez em quando. Ou vá para a dica seguinte.

2. Use colírios
Se você não pisca o suficiente, use colírios especiais para umidificar e hidratar seus olhos. Um bom oftalmologista vai ajudá-lo a escolher o melhor produto.

Às vezes ocorre o contrário: depois de trabalhar no computador, os olhos lacrimejam. Nesse caso, o colírio também o ajudará a restaurar o equilíbrio de fluidos. Mas também neste caso quem deve indicar o produto certo é o oftalmologista.

1. Deixe seus olhos descansarem
Existe uma excelente regra de "20/20/20″. Diz assim: temos de descansar a cada 20 minutos e, por 20 segundos, olhar para um objeto que estiver a pelo menos 20 metros de distância. Além disso, devemos adotar pausas mais longas (cerca de 10 a 15 minutos), após cada hora de trabalho no computador. Durante essas pausas, não olhe para o seu celular nem leia livros. O melhor é fazer exercícios oculares, olhar para longe ou pela janela e respirar ar fresco.

Fonte: Incrível

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Região do Cariri receberá quatro Areninhas: saiba quais os municípios contemplados

O governador Camilo Santana anunciou, nesta segunda-feira (11), na Arena Castelão, em Fortaleza, a construção de 40 areninhas de futebol no Ceará, 38 delas no interior. As obras serão executadas pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), em parceria com as prefeituras. A região do Cariri será contemplada em quatro municípios: Barbalha, Brejo Santo, Crato e Juazeiro do Norte. Ao todo, serão R$ 70 milhões investidos.

As cidades receberão campos de futebol com gramado sintético, bancos de reserva, alambrados, rede de proteção, vestiários, depósito para materiais esportivos, iluminação, rampa de acesso para cadeirantes, paisagismo e pavimentação. O objetivo é promover a inclusão social, criar uma nova dinâmica de convívio nestes lugares e transformar a vida de jovens por meio do esporte.

Em Barbalha, a Areninha será dentro do Parque da Cidade; já Brejo Santo, o bairro escolhido foi o Morro Dourado, comunidade carente e que possui 16 equipes de futebol amador. Na cidade de Crato o estádio será construído no bairro Seminário; enquanto Juazeiro do Norte, o bairro contemplado foi o Timbaúbas e a obra será realizada na Praça Teodoro de Jesus Germano, que fica na Avenida Humberto Bezerra.

Na ocasião do lançamento, Camilo Santana revelou que licitações de 31 Areninhas já foram feitas e, até o fim do mês, devem receber ordem de serviço. As outras nove estão concluindo trâmites para ser licitadas. De acordo com o Chefe do Executivo, as cidades que não receberem as Areninhas serão contempladas com outro projeto com campos society, em outros 100 lugares. A seleção dos municípios se deu segundo nota técnica do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). A base usada no processo foi o tamanho da população de 15 a 29 anos de idade da zona urbana.

ANTONIO RODRIGUES
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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STF autoriza abertura de novo inquérito contra Michel Temer

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso autorizou nesta terça-feira (12) a abertura de um novo inquérito contra o presidente Michel Temer. O procedimento vai apurar suspeitas de que Temer teria atuado, durante o mandato, para beneficiar empresa que atua no porto de Santos, no litoral de São Paulo, por meio da edição de um decreto de regulamentação do setor.

A nova norma ampliou de 25 para 35 anos os prazos dos contratos de concessões e arrendamentos assinados após o ano de 1993 e permitiu que eles possam ser prorrogados até o limite de 70 anos.

O ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), flagrado pela Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil na investigação envolvendo a JBS, também será investigado.

Nessa segunda-feira (11), a Polícia Federal apresentou relatório final no inquérito que investiga o grupo do PMDB na Câmara e disse ver indícios de que Temer integrou organização criminosa, ao atuar junto ao grupo do partido que participou do esquema de propina em empresas estatais. 

"De tudo o que até aqui se viu, há razoabilidade em a Procuradoria-Geral da República considerar haver nos autos elementos suficientes para a instauração de inquérito. Os elementos colhidos revelam que Rodrigo Rocha Loures, homem sabidamente da confiança do presidente da República, menciona pessoas que poderiam ser intermediárias de repasses ilícitos para o próprio presidente da República, em troca da edição de ato normativo de específico interesse de determinada empresa, no caso, a Rodrimar S/A", afirma Barroso na decisão.

As suspeitas sobre Temer em torno da edição do Decreto dos Portos surgiram a partir de uma conversa de pouco mais de 2 minutos com Loures interceptada pela Polícia Federal em 4 de maio. Loures, que foi assessor especial da Presidência, estava grampeado. O deputado tentava saber sobre a assinatura do decreto dos Portos e Temer informou o parlamentar que iria assinar o decreto na semana seguinte. Temer assinou o decreto no dia 10 de maio.

Depois da conversa com Temer, Rocha Loures passou informações por telefone a Ricardo Conrado Mesquita, membro do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira dos Terminais Portuários e diretor da empresa Rodrimar, que opera no Porto de Santos.

Na decisão, Barroso afirma que a abertura do inquérito não traz "prejulgamento" sobre as suspeitas levantadas contra o presidente. "A ninguém deve ser indiferente o ônus pessoal e político de uma autoridade pública, notadamente o Presidente da República, figurar como investigado em procedimento dessa natureza. Mas este é o preço imposto pelo princípio republicano, um dos fundamentos da Constituição brasileira, ao estabelecer a igualdade de todos perante a lei e exigir transparência na atuação dos agentes públicos", diz o ministro na decisão.

Procurado pela reportagem, o Planalto ainda não se manifestou. Quando veio à tona o novo pedido de abertura de inquérito, a assessoria do Palácio do Planalto informou que o presidente não iria comentar o pedido da PGR. 

O que acontece agora
Com a abertura do inquérito, agora começa a fase de investigação pela Procuradoria-Geral da República. Se, após a apuração, a Procuradoria entender que há indícios suficientes contra o presidente, é apresentada uma denúncia ao STF.

Por ser presidente da República, Temer só pode ser processado com autorização da Câmara dos Deputados. Por isso, uma eventual nova denúncia contra o presidente teria que receber o aval dos deputados antes de ser analisada pelo Supremo.

Se houver aval, caberá ao STF decidir se aceita a denúncia e abre um processo criminal contra o presidente, o que tornaria Temer réu e determinaria o afastamento temporário dele do cargo, por 180 dias. Se o julgamento não for concluído nesse prazo ele volta ao cargo. Se condenado, pode perder o mandato.

Entenda o caso
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a investigação de Temer e do ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures, além de Antônio Celso Grecco e Rodrimar Ricardo Conrado Mesquita, respectivamente, dono e diretor da Rodrimar, empresa que opera no Porto de Santos.

O pedido da Procuradoria para este novo inquérito foi baseado nas investigações realizadas a partir da delação de executivos da JBS.

Diálogos gravados entre o delator da JBS Ricardo Saud e Rocha Loures levaram a Procuradoria a suspeitar que outras pessoas teriam agido como intermediários de pagamentos ilegais a Loures e Temer. 

A relatoria foi redistribuída após o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, e a presidente da Corte, Cármen Lúcia, entenderem que o caso não tinha conexão com a Lava Jato nem com o inquérito envolvendo a JBS do qual Temer já é alvo. Cabe a Barroso, como novo relator, decidir sobre a abertura do inquérito contra o presidente da República.

A necessidade de uma investigação dos dois com relação à edição do decreto dos Portos foi inicialmente apontada pelo procurador em junho, quando a PGR enviou ao Tribunal a denúncia contra o Temer por corrupção passiva.

Na época, Janot apontou a necessidade de apurar possíveis crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva. Segundo a PGR, durante as investigações relacionadas ao caso da JBS foram identificados "outros fatos penalmente relevantes, os quais merecem ser devidamente apurados em inquérito próprio".

O relator da delação da JBS, ministro Edson Fachin, pediu, no entanto, que Janot se manifestasse sobre uma eventual conexão dessa investigação com um inquérito que já tramitou no Supremo e foi arquivado em 2011.

A investigação anterior começou a pedido da Polícia Federal em Santos sobre suspeitas de corrupção e fraudes em licitações envolvendo o porto. O caso subiu para o STF para apurar possível envolvimento de Temer, então deputado federal, mas foi arquivado pelo ministro Marco Aurélio Mello.

Ao reiterar a necessidade da investigação, Janot pediu que o novo inquérito fosse instaurado e distribuído livremente entre os ministros do Supremo. "Não há elementos que indiquem a existência de conexão entre as investigações", afirmou Janot.

Apesar de o pedido de investigação ter sido feito por Janot, caberá a Raquel Dodge, que assume na próxima semana a chefia da PGR, conduzir o inquérito.

Temer é investigado em outros dois inquéritos no STF
Um dos processos teve a tramitação suspensa após a Câmara dos Deputados não autorizar que o Supremo analisasse a denúncia por suspeitas de corrupção apresentada contra Temer pela Procuradoria-Geral da República.

O segundo inquérito, ainda em tramitação, apura suspeitas de que Temer tenha praticado o crime de obstrução de Justiça, ao supostamente incentivar pagamentos ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que ele não fizesse uma delação premiada, e o crime de integrar organização criminosa.

Fonte: UOL (Com informações do Estadão Conteúdo)

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