Temer atende a pedido de ruralistas e dificulta libertação de escravos

O ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira atendeu a um antigo pedido da bancada ruralista no Congresso Nacional e reduziu o conceito de trabalho escravo através de portaria publicada, nesta segunda (16), no Diário Oficial da União.

Sob a justificativa de regulamentar a concessão de seguro-desemprego aos resgatados do trabalho escravo, benefício que lhes é garantido desde 2003, uma nova interpretação para os elementos que caracterizam a escravidão e que, portanto, norteiam a ação das operações de fiscalização foi publicada.

Hoje, quatro elementos podem definir escravidão contemporânea: trabalho forçado, servidão por dívida, condições degradantes (trabalho que nega a dignidade humana, colocando em risco a saúde e a vida do trabalhador) ou jornada exaustiva (levar ao trabalhador ao completo esgotamento dado à intensidade da exploração, também colocando em risco sua saúde e vida).

A nova portaria estabelece a existência de cerceamento de liberdade como condicionante para a caracterização de ''condições degradantes'' e de ''jornada exaustiva'', ao contrário do que está no artigo 149 do Código Penal. Segundo a lei, qualquer um dos quatro elementos é suficiente para caracterizar esse tipo de exploração.

Dessa forma, as condições de trabalho a que estão submetidas as vítimas, por piores que sejam, passam a ser acessórias para os flagrantes de trabalho análogo ao de escravo pelos auditores fiscais e a concessão de seguro-desemprego aos resgatados. O texto da portaria obriga a todas as fiscalizações a obedecerem a nova interpretação do conceito.

''A portaria 1.129/2017 consiste em mais uma grande iniciativa do governo federal para enfraquecer o combate ao trabalho escravo em nosso país. O Ministério Público do Trabalho não ficará inerte. Diante de mais uma ilegalidade, está reunido junto com outras entidades públicas e privadas, para a adoção das medidas judiciais e extrajudiciais em sua esfera de atuação'', afirma Maurício Britto, procurador do trabalho e vice-coordenador nacional da área responsável pelo repressão à escravidão do Ministério Público do Trabalho.

''Por meio de instrumentos normativo inadequado, o Ministério do Trabalho deseja modificar o conceito de trabalho análogo ao de escravo do artigo 149 do Código Penal, fazendo-se substituir pelo legislador ordinário'', completa.

A nova portaria também reforça a questão do não consentimento do trabalhador para a caracterização de trabalho forçado. Hoje, em consonância com as Nações Unidas, as operações de resgates de pessoas têm considerado o consentimento irrelevante para a caracterização. Dessa forma, mesmo que uma pessoa aceite uma proposta de trabalhar só por comida, o Estado tem a obrigação de considerar tal ato como escravidão contemporânea.

A bancada ruralista e alguns membros de outros setores econômicos com incidência de trabalho escravo, como o da construção civil e vestuário têxtil, têm defendido que é difícil caracterizar ''condições degradantes'' e ''jornada exaustiva'', o que geraria ''insegurança jurídica''. Técnicos do Ministério do Trabalho e procuradores do Ministério Público do Trabalho afirmam que há instruções e enunciados detalhados e conhecidos a respeito disso, além de jurisprudência e decisões do próprio Supremo Tribunal Federal.

A portaria também condiciona a inclusão de nomes à ''lista suja'' do trabalho escravo, cadastro de empregadores flagrados por esse crime que garante transparência ao combate à escravidão, a uma determinação do próprio ministro. Ou seja, a divulgação pode deixar de ter uma caráter técnico e passar a contar com uma decisão política.

As novas regras afirmam que, para serem válidos, os autos de infração relacionados a um flagrante de trabalho escravo depende da presença de um boletim de ocorrência lavrado por uma autoridade policial que tenha participado da fiscalização. Dessa forma, a palavra final sobre a existência de trabalho escravo pode sair das mãos de auditores fiscais, especialistas no tema, e passar para a dos policiais.

''Condições degradantes e jornada exaustiva, mesmo quando não venham acompanhadas de cerceamento de liberdade, contribuem para ampliar as serias distorções e a segmentação do mercado de trabalho nacional, gerando mais pobreza e déficit social, o que comprovadamente estimula a violência, fatores esses  que deveriam ser levados em consideração pela pasta antes de editar norma do gênero'',  afirma Renato Bignami, doutor em Direito do Trabalho e da Seguridade Social pela Universidade Complutense de Madrid e auditor fiscal do trabalho.

''A nova interpretação da portaria vai de encontro com a tendência mundial, criando enorme insegurança jurídica, o que pode contribuir para o aumento do receio do investidor, principalmente o estrangeiro'', conclui.

O Ministério do Trabalho, em nota oficial, afirmou que a portaria ''aprimora e dá segurança jurídica'' à atuação do Estado brasileiro.

Segundo a instituição, ''o combate ao trabalho escravo é uma política pública permanente de Estado e que vem recebendo todo o apoio administrativo desta pasta, com resultados positivos concretos relativamente ao número de resgatados, e na inibição de práticas delituosas dessa natureza, que ofendem os mais básicos princípios da dignidade da pessoa humana''. Também diz que a ''lista suja'' é um ''valioso instrumento de coerção estatal'', afirmando que ela ''deve coexistir com os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório''.

A portaria ocorre menos de uma semana após a exoneração do coordenador nacional de fiscalização do trabalho escravo do próprio ministério, André Roston. Sua dispensa causou polêmica porque a mudança teria partido da base de apoio do governo no Congresso Nacional em meio às negociações para que não seja admitida a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Michel Temer. Em depoimento ao Senado Federal, Roston havia informado que as operações de fiscalização de trabalho escravo estavam sem recursos financeiros.

Alerta das Nações Unidas
Há projetos no Congresso Nacional que tentam mudar a definição do que seja trabalho escravo contemporâneo. Pelo menos três tramitam na Câmara dos Deputados e no Senado Federal a fim de reduzir os elementos que caracterizam escravidão e, portanto, a sua punição. Contam com o apoio da bancada ruralista, entre outros setores econômicos, e de nomes próximos a Michel Temer, como o senador Romero Jucá (PMDB-RR), responsável por um deles.

Em abril do ano passado, a Organização das Nações Unidas defendeu oficialmente a manutenção do atual conceito de trabalho escravo no vigente no Brasil. O documento assinado por várias agências da ONU destaca avanços significativos do país, lembrando que ele é referência internacional no combate a esse crime. Mas faz alertas contundentes sobre ameaças ao sistema de combate à escravidão e traz recomendações. ''Nesse cenário de possíveis retrocessos, cabe à ONU lembrar à comunidade brasileira seu lugar de referência no combate ao trabalho escravo para a comunidade internacional.''

''Em 2003, o país atualizou sua legislação criminal, introduzindo um conceito moderno de trabalho escravo, alinhado com as manifestações contemporâneas do problema, que envolve não só a restrição de liberdade e a servidão por dívidas, mas também outras violações da dignidade da pessoa humana'', afirma o documento das Nações Unidas.  ''Esse conceito, tido pela Organização Internacional do Trabalho como uma referência legislativa para o tema, está em consonância com suas Convenções'', conclui.

O texto alerta sobre os projetos que visam a mudar o conceito: ''Situações em que trabalhadores são submetidos a condições degradantes ou jornadas exaustivas, maculando frontalmente sua dignidade, ficariam impunes caso essa alteração legislativa seja aprovada''.

Cita diretamente o projeto de lei 432/2013 que regulamenta a emenda à Constituição número 81/2014, antiga PEC do Trabalho Escravo – que prevê o confisco de propriedades em que escravos forem encontrados e sua destinação a reforma agrária e ao uso habitacional urbano.

Parlamentares ruralistas transformaram o projeto de regulamentação em um ''Cavalo de Tróia'' para a mudança no conceito. O senador Paulo Paim (PT-RS), relator do projeto, propôs incluir uma explicação do que seja ''condições degradantes'' e de ''jornada exaustiva'' utilizadas, hoje, nas operações de fiscalização a fim de dirimir dúvidas, mas seu relatório foi rejeitado pelos ruralistas.

Por: Leonardo Sakamoto

Fonte: Blog do Sakamoto/UOL

Curta nossa página no Facebook

10 perguntas para não fazer aos filhos quando eles são crianças

Mesmo que pareçam cada vez mais precoces, as crianças precisam desenvolver maturidade para lidar com diversas situações do dia a dia. "Por considerarem os filhos espertos, alguns pais esquecem que eles necessitam de apoio e segurança para crescerem de modo equilibrado", diz a pedagoga Maria Luiza Werneck de Britto Pereira. Segundo a especialista, muitas vezes, os adultos queimam etapas, fazendo perguntas -- como a clássica "de quem você gosta mais? Do papai ou da mamãe?"-- que deixam as crianças inseguras, envergonhadas, confusas ou constrangidas. Saiba o que evitar nas conversas com os filhos e por quê.

1- VOCÊ QUER ESTUDAR AQUI OU PREFERE AQUELA OUTRA ESCOLA QUE VISITAMOS ONTEM?
Quando se trata de educação, são os pais que devem ter clareza quanto às necessidades dos filhos e às suas próprias expectativas. "O diálogo com os filhos é importante, e a opinião das crianças deve ser considerada. Mas decisões assim tão sérias cabem aos adultos", diz Sônia Maria Motta Palma, psiquiatra especializada em crianças e adolescentes.

2- ELA É SUA NAMORADA, FILHO?
Seja qual for a idade da criança ou adolescente, essa pergunta sempre é um verdadeiro mico, diz Sônia Maria Motta Palma. "Ela não deve ser feita na frente de ninguém e, muitas vezes, o melhor é esperar os filhos contarem, de forma espontânea, se estão namorando. Se não der para segurar a curiosidade, pergunte de forma discreta e não na frente do candidato", afirma a psiquiatra. Quando se trata de uma criança pequena, o comentário soa ainda mais inadequado, já que ela está longe de atingir a maturidade necessária para iniciar esse tipo de relacionamento e, portanto, não deveria receber qualquer estímulo dessa natureza

3- VOCÊ QUER MESMO FICAR AQUI HOJE?
Essa pergunta é feita, frequentemente, na frente do amigo que convida para dormir na casa dele ou do professor de natação, depois de uma aula experimental. Segundo a pedagoga Maria Luiza Werneck, perguntas sobre escolhas que envolvam sentimentos e lealdade podem gerar muita insegurança e constrangimento. "Não é justo sujeitar a criança a esse tipo de questionamento", diz. O melhor a fazer é discutir em particular e só depois comunicar a decisão aos outros

4- POR QUE VOCÊ NUNCA FAZ NADA DIREITO?
Mascarada de pergunta, essa é, na verdade, uma afirmação muito prejudicial para a autoestima dos filhos. "Os pais devem valorizar as qualidades das crianças. Podem substituir essa frase por outras mais positivas, como: "você não poderia fazer isso de uma outra forma?", "por que você não pensa um pouco mais antes de fazer isso?" ou "você é capaz de fazer isso melhor?", afirma a psiquiatra Sônia Maria Motta Palma.

5- VOCÊ PREFERE COMER PEIXE OU SALSICHA?
Escolher uma alimentação saudável para os filhos é uma tarefa que cabe aos pais, que também devem fixar os horários das refeições. "A questão mais séria é que, quando os responsáveis permitem que a criança tome determinadas decisões precocemente, estão delegando um poder que ela ainda não tem condições de administrar. Essa atitude, que coloca o filho no mesmo patamar que o adulto, gera dificuldades no estabelecimento de regras e limites. A criança passa a querer impor a vontade dela sempre", declara a psicóloga clínica Ana Paula Lofrano Stefani.

6- VOCÊ ESTÁ QUERENDO FICAR UM MÊS DE CASTIGO?
Os adultos só devem prometer o que podem cumprir, mesmo que desejem imprimir à ameaça um tom de interrogação. Promessas de castigos muito longos, com várias privações, devem ser evitadas, sob risco de desacreditarem os pais quando não cumpridas. "As repreensões não têm como objetivo aliviar a raiva dos pais e, sim, permitir uma reflexão por parte dos filhos", fala a psiquiatra Sônia Maria Motta Palma.

7- VOCÊ NÃO TEM VERGONHA DE TER MEDO DE UMA COISA DESSAS?
Segundo a psiquiatra Sônia Palma, quadros de ansiedade são muito frequentes, mesmo em crianças pequenas. "Cada idade tem um medo particular. Crianças de até dois anos, por exemplo, podem ter medo de pessoas mascaradas, como palhaços. Os pais devem ouvir os temores dos filhos e ajudá-los a superá-los. Às vezes, é necessária a intervenção de um psiquiatra ou psicólogo", afirma. Ignorar ou ridicularizar o medo da criança poderá levar ao agravamento da condição.

8- VOCÊ SABE QUE EU VOU EMBORA SE CONTINUAR FAZENDO ISSO, NÃO É?
Usar algum tipo de chantagem ou ameaça para conseguir obediência dos filhos --por exemplo, ameaçar ir embora, dizer que vai chamar a polícia ou que o monstro vai pegar-- é uma prática comum entre alguns pais. Segundo a psicóloga Ana Paula Lofrano Stefani, a fala é abuso de poder. "A criança não deve ser subestimada ou enganada, o respeito é fundamental", diz.

9- ESTÁ CHORANDO POR QUÊ? QUER QUE EU TE DÊ UM MOTIVO PARA CHORAR DE VERDADE?
As crianças costumam manifestar seus desconfortos, medos e ansiedades com o choro. E, quanto menor ela for, mais frequentemente isso vai acontecer. Os pais não devem subestimar essa reação, mas procurar saber os motivos do filho, incentivando a criança a expressar seus sentimentos e a superar o problema. "Não considerar os sentimentos dela pode acarretar graves traumas emocionais, com repercussão na adolescência e na vida adulta", afirma a psiquiatra Sônia Maria Motta Palma.

10- VOCÊ QUER QUE EU CONVERSE COM O AMIGO QUE BRIGOU COM VOCÊ?
É comum que os pais queiram resolver os conflitos dos filhos com os amigos. A intenção pode ser boa, mas a atitude é errada: além de constrangê-los, a intervenção pode torná-los dependentes e inseguros. "Assim como é saudável para as crianças saberem que podem contar com os adultos para algumas situações, também é importante que elas comecem a identificar o que podem resolver sozinhas", fala a psicóloga Ana Paula Stefani. Ao resolver um desentendimento com o colega da mesma idade, ela estará desenvolvendo a autonomia.

Fonte: UOL

Curta nossa página no Facebook

Empresa não para de ligar para cobrar? Mesmo quem está devendo tem direitos

Ficar endividado e com o nome sujo na praça costuma ser desconfortável e motivo de preocupação, mas a situação pode ficar ainda mais incômoda quando as empresas credoras começam a cobrar de uma forma abusiva quem está devendo.

As "táticas" usadas vão desde ligar várias vezes no mesmo dia ou em horários indesejáveis, ameaçar entrar na Justiça contra o cliente, sugerir que o devedor pegue dinheiro emprestado com conhecidos ou até fazer piada sobre a situação.

O diretor operacional do site Reclame Aqui, Diego Campos, diz que todos os dias recebe queixas sobre cobranças abusivas. No primeiro semestre deste ano, segundo ele, 1.400 reclamações continham o termo "cobrança abusiva", quase o dobro (+87%) em relação ao mesmo período do ano passado. 

Em julho deste ano, 4,7% das pessoas físicas tinham dívidas com atraso entre 15 e 90 dias, segundo os dados mais recentes do Banco Central. Já 5,7% dos consumidores tinham parcelas vencidas sem pagamento acima de 90 dias.

Empresa pode cobrar, mas tem limites
Se a dívida ou a conta venceu e o pagamento não foi registrado, no dia seguinte o consumidor já é considerado devedor --ou inadimplente, como as empresas costumam chamar--  e a empresa credora já tem o direito de cobrar, segundo Sônia Amaro, advogada da associação de defesa do consumidor Proteste.

O ato de cobrar uma dívida não é ilegal. Afinal, as empresas precisam ir atrás dos clientes, até mesmo para saber se não houve alguma falha na hora do pagamento. Mas até para cobrar há limites. 

Segundo Sônia, o Código de Defesa do Consumidor prevê que uma empresa não pode expor o cliente em nenhuma hipótese. "Alguém da secretaria de uma faculdade chega à sala de aula para cobrar um estudante inadimplente, em frente a outros alunos. Isso é constrangimento", afirma.

Uma instituição de ensino também não pode barrar a entrada de um aluno devedor ou impedi-lo de fazer provas ou atividades, porque isso gera um prejuízo pedagógico. No entanto, segundo Amaro, a faculdade ou escola pode, ao fim do período letivo, não querer renovar o contrato caso o cliente esteja com parcelas atrasadas.

Como agir em caso de abuso
Se o consumidor sentir-se constrangido ou exposto, ou se suspeitar que a cobrança é excessiva, deve procurar órgãos de defesa, como Procon, para tirar dúvidas e denunciar, se for o caso. 

"O consumidor que tiver dívidas tem que saber o que originou e o que foi adicionado para a dívida chegar àquele patamar, quais os encargos e os juros que incidem. Muitas vezes o consumidor não sabe do que está sendo cobrado, não tem clareza de valores, de como a dívida evoluiu, não sabe nem a que contrato se refere", diz Sônia.

A entidade também pode orientar caso o devedor queira entrar com uma ação judicial, o que pode ser feito a qualquer momento se houve cobrança abusiva.

A assistente de direção do Procon, Fátima Lemos, diz que é importante registrar as abordagens das empresas e ter testemunhas. "É preciso juntar informações. Quem ligou? Que horário? Guardar as mensagens no celular", relata.

Renegociar dívida ajuda os dois lados
Uma prática muito comum e que costuma ajudar os dois lados são as renegociações de dívidas. Segundo o diretor da Serasa Experian, Marcelo Leal, o consumidor sai ganhando porque terá uma condição melhor para fazer os pagamentos, e a empresa poderá recuperar não só o valor devido, mas também o cliente.

"O credor tem que fazer uma boa oferta de desconto, de boa parte dos juros, até o ponto onde não tenha prejuízo financeiro do ativo emprestado e até onde ele consiga estender o financiamento, para que caiba no bolso do devedor."

A entidade dá algumas dicas para quem quer negociar uma dívida:
  • Em primeiro lugar, é preciso saber quanto consegue pagar (considerando imprevistos);
  • Depois, é fundamental conversar com a empresa para saber o valor do desconto, as vantagens para quitar a dívida à vista, os juros de um novo parcelamento e em quanto tempo a situação será regularizada após o pagamento;
  • A proposta deve ser feita por escrito e assinada por ambas as partes.

Cobrança "amigável" 
Em vez de irem atrás de quem está devendo, muitas empresas terceirizam esse serviço para escritórios especializados, afirma o diretor do Reclame Aqui. Segundo ele, como esses escritórios só faturam quando conseguem receber os valores devidos, acabam pressionando seus atendentes a tentar, de todo modo, fazer com o que o cliente quite a dívida.

O avanço da tecnologia traz ferramentas que melhoram a comunicação entre empresas e devedores, segundo os especialistas. Por exemplo, ajudam a identificar qual o melhor canal para entrar em contato com o cliente (ligação, e-mail, WhatsApp etc.), o melhor horário para fazer a cobrança, a localização correta do devedor e até a probabilidade de ele pagar sua divida.

Com essas alternativas, segundo Bruno Lozi, superintendente comercial do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), fica mais fácil de as empresas se aproximarem dos clientes devedores de uma forma mais "simpática". "Quando a gente fala de uma cobrança mais amigável, entendendo o problema do inadimplente, o sucesso é maior", afirma.

Fonte: UOL

Curta nossa página no Facebook

Correios prorrogam prazo de inscrições de concurso para 88 vagas

Os Correios prorrogaram o prazo de inscrições e alteraram a data da prova do concurso público para 88 vagas e formação de cadastro de reserva em cargos de níveis médio/ técnico e superior. Agora, os candidatos podem se inscrever até o dia 5 de novembro. A prova será aplicada em 10 de dezembro.

Os salários vão de R$ 1.876,43 a R$ 4.903,05. O Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades) é a organizadora responsável pela seleção.

No site da organizadora é possível ver o edital. Acesse AQUI.

Os cargos de nível superior são para enfermeiro do trabalho júnior, engenheiro de segurança do trabalho e médico do trabalho júnior.

As vagas de nível médio são para auxiliar de enfermagem do trabalho e técnico de segurança do trabalho.

Do total das oportunidades, 10% são reservadas para pessoas com deficiência e 20% para negros.

As inscrições devem ser feitas até o dia 5 de novembro pelo site www.iades.com.br. A taxa é de R$ 50 para nível médio e R$ 70 para nível superior.

As oportunidades são para Brasília, Rio Branco, Maceió, Manaus, Macapá, Salvador, Fortaleza, Vitória, Goiânia, São Luís, Belo Horizonte, Campo Grande, Belém, João Pessoa, Recife, Teresina, Curitiba, Rio de Janeiro, Natal, Porto Velho, Boa Vista, Porto Alegre, São José (SC), Aracaju, Bauru (SP), São Paulo e Palmas. Não há vagas para o estado do Mato Grosso.

A prova está prevista para o dia 10 de dezembro, no turno da tarde, e terão duração de quatro horas.

Segundo os Correios, a seleção tem como objetivo repor o quadro de profissionais técnico-especializados, em cumprimento às exigências de norma regulamentadora do Ministério do Trabalho. Essa norma estabelece, dentre outros critérios, a exigência legal mínima de um quantitativo de cargos para compor o SESMT (Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho) da empresa.

Fonte: G1

Curta nossa página no Facebook

Crato (CE): Caldeirão deve ganhar impulso turístico com a integração

Desde o início do ano, três novos locais estão sendo estudados e deverão se tornar geossítios administrados pelo Geopark Araripe. O Caldeirão da Santa Cruz é um deles. Isso vai fazer com que o local ganhe um impulso turístico, pois será feita toda uma sinalização e ambientação, incluindo investimento na melhora de estrutura. Além disso, a comunidade entrará nos catálogos nacionais e internacionais de parques geológicos.

Para isso, o território precisa ter uma identidade cultural ligada à região, mas também os aspectos da geologia. De acordo com José Patrício Pereira Melo, reitor da Universidade Regional do Cariri (URCA), que gere o Geopark Araripe, também pode se avançar, a partir dos estudos sobre outras formas de proteção da área. "Para se tornar, também, uma área de conservação, são necessárias três coisas: diálogo com a sociedade, viabilidade econômica e ambiental".

No Crato, há cinco unidades de conservação: A Floresta Nacional do Araripe (Flona), a Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe, o Parque Estadual do Sítio Fundão e duas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN). Nenhuma delas geridas pelo Município. A criação de unidade no território do Caldeirão da Santa Cruz do deserto, pautada na discussão, pode ser a primeira. Hoje, no Ceará, há somente quatro áreas de conservação municipais, todas na zona costeira: duas em Icapuí, uma em Aracati e outra em Fortaleza.

De acordo com o Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Territorial do Crato, Brito Junior, o Município é a favor que o Caldeirão se torne uma unidade de conservação e aponta para que faça parte da categoria "Reserva de Desenvolvimento Sustentável". "O Caldeirão foi uma unidade de conservação não instituída. A gente, muitas vezes, só vê o verde, a parte da floresta e esquece outras áreas, sua cultura, sua produção", explica o chefe da Pasta. O Secretário do Meio Ambientes do Estado do Ceará, Artur Bruno, esteve no Caldeirão da Santa Cruz do Deserto explicando que a intenção do Governo do Estado é apoiar a criação de mais unidades municipais de conversação. Em 2016, foi lançado um edital para remunerar os estudos técnicos que viabilizam a criação das novas unidades. Duas cidades conquistaram: Crato e Caucaia.

"O Caldeirão tem um valor histórico, cultural, mas também tem valor natural. Possibilita vários tipos de unidades de conservação. Minha visita vem para dar apoio técnico, discutir outras formas de apoio. Nos interessa que seja criada, penso que pode ser atrativo para o turismo ecológico, religioso, histórico e um local de pesquisa científica. Creio que é muito oportuna e tá dentro do que se propõe o governador que é interiorizar essas ações", conclui o Secretário.

O promotor de Justiça de Meio Ambiente da Comarca de Crato, Tiago Marques Vieira, visitou o Caldeirão e recolheu informações para ter mais elementos e cobrar dos propositores ações em torno do equipamento. Mas lembrou que o mais importante que fazer um marco legal na comunidade, é animar os estudantes para a história do lugar.

ANTONIO RODRIGUES
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook

Defesa de Dilma diz que processo de impeachment foi 'nulo' e motivado por 'decisões imorais'

O advogado da ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, disse em nota nesta segunda-feira (16) que o processo de impeachment "foi nulo" e que a saída da ex-presidente do mandato foi motivada por "decisões imorais e ilegais" do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha [veja a íntegra da nota no final desta reportagem].

O impeachment foi aprovado no Senado em agosto de 2016, depois de passar também pela Câmara, na época presidida por Cunha. Os parlamentares entenderam que Dilma cometeu crime de responsabilidade ao editar três decretos de créditos suplementares sem autorização do Legislativo e ao praticar as chamadas “pedaladas fiscais”, que consistiram no atraso de pagamentos ao Banco do Brasil por subsídios agrícolas referentes ao Plano Safra.

Na nota, o advogado da ex-presidente afirmou que a delação de Lúcio Funaro, apontado como operador financeiro do PMDB, demonstrou que Cunha comprou votos para deputados votarem a favor do impeachment.

Em depoimento ao Ministério Público, Funaro disse que em 2016, repassou R$ 1 milhão a Cunha para que o então presidente da Câmara pudesse "comprar" votos pela saída de Dilma.

Ainda de acordo com Eduardo Cardozo, a defesa da ex-presidente vai solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (17) que adicione o depoimento de Funaro em um mandado de segurança que pede a anulação do impeachment.

"Entendemos que na defesa da Constituição e do Estado Democrático de direito, o Poder Judiciário não poderá deixar de se pronunciar a respeito, determinando a anulação do impeachment de Dilma Rousseff, por notório desvio de poder e pela ausência de qualquer prova de que tenha praticado crimes de responsabilidade", afirmou o advogado da ex-presidente.

Procurada pela TV Globo, a defesa de Cunha afirmou que o ex-deputado negou com veemência o conteúdo da delação de Funaro. Segundo Cunha, o delator não apresentou qualquer prova contra ele.

Votos a favor da ex-presidente
Também em depoimento ao Ministério Público Federal, o empresário Joesley Batista disse que o deputado João Carlos Bacelar (PR-BA) pediu R$ 150 milhões para comprar votos a favor de Dilma Rousseff.

Segundo o dono da JBS, em 16 de abril de 2016, um dia antes da votação do impeachment na Câmara, Bacelar o procurou em casa. Nessa conversa, o deputado apresentou uma lista com os nomes de 30 deputados e disse que precisava de R$ 5 milhões para comprar os votos de cada um deles.

Diante do pedido de Bacelar, diz Joesley, ele respondeu ao deputado que não tinha condições de comprar 30 deputados e autorizou que Bacelar negociasse os votos de cinco deputados, ao valor de R$ 3 milhões cada.

Procurado pela TV Globo, o deputado Bacelar negou que tenha pedido ajuda para comprar votos contra o impeachment da ex-presidente.

Íntegra da nota da defesa de Dilma

1. Desde o início do processo de impeachment, a defesa da presidenta eleita Dilma Rousseff tem sustentado que o processo de impeachment que a afastou da Presidência da República é nulo, em razão de decisões ilegais e imorais tomadas pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e por todos os parlamentares que queriam evitar “a sangria da classe política brasileira”.

2. Agora, na delação premiada do senhor Lúcio Funaro, ficou demonstrado que o ex-deputado Eduardo Cunha comprou votos de parlamentares em favor do impeachment.

3. A defesa de Dilma Rousseff irá requerer, nesta terça-feira, 17 de outubro, a juntada dessa prova nos autos do mandado de segurança, ainda não julgado pelo STF, em que se pede a anulação da decisão que cassou o mandato de uma presidenta legitimamente eleita.

4. Entendemos que na defesa da Constituição e do Estado Democrático de direito, o Poder Judiciário não poderá deixar de se pronunciar a respeito, determinando a anulação do impeachment de Dilma Rousseff, por notório desvio de poder e pela ausência de qualquer prova de que tenha praticado crimes de responsabilidade.

José Eduardo Cardozo
Advogado da Presidenta Eleita Dilma Rousseff

Fonte: G1

Curta nossa página no Facebook

Sair do Facebook por uma semana aumenta felicidade, diz pesquisa

Deixar de usar o Facebook por uma semana pode deixar as pessoas mais felizes. Um estudo feito na Dinamarca aponta que a rede social é culpada por diminuir a capacidade de concentração e da atividade social da pessoa.

A pesquisa dividiu quase 2 mil participantes em dois grupos. Um deles continuou a usar a rede social normalmente, enquanto a outra metade não acessou o site por uma semana. Depois do período, os participantes avaliaram sua satisfação com a vida, atribuindo notas de 0 a 10. Antes de começar a experiência, todas as pessoas atribuíram notas que mediam sua "felicidade", para que os resultados fossem comparados.

A média de satisfação do grupo que continuou a usar o Facebook passou de 7,67 para 7,75, enquanto a segunda equipe passou de 7,56 para 8,12. Quem ficou fora da rede social também apresentou um comportamento mais decisivo, entusiasmado e menos preocupado e estressado do que o outro.
Os membros afirmaram ainda que perceberam uma queda na dificuldade de concentração e um uma vida social mais ativa.

"O Facebook distorce nossa percepção de realidade e de como é a vida das pessoas. Nós baseamos nossa vida e nosso sucesso em comparação com os outros. Uma vez que a maioria das pessoas só posta coisas positivas no Facebook, temos uma percepção muito parcial da realidade e acabamos correndo o risco de avaliar nossas próprias vidas como ruins", explica Meik Wiking, CEO da empresa que realizou a pesquisa.

Fonte: Olhar Digital (Via Independent)

Curta nossa página no Facebook

Jaguaribe (CE): Enfermeira morre e fisioterapeuta fica ferida em acidente na BR-116

Uma enfermeira morreu e uma fisioterapeuta ficou gravemente ferida em um acidente no município de Jaguaribe, distante cerca de 300 quilômetros de Fortaleza, neste fim de semana.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF-CE), a fisioterapeuta Nara Gabriella Lopes Carneiro, de 34 anos, e a enfermeira Geliana Carvalho Castro, de 30, voltavam de Fortaleza a Juazeiro do Norte - no início da tarde de domingo (15) - quando Nara perdeu a direção do carro e capotou em uma curva na BR-116.

Mesmo ferida, Nara Gabriella conseguiu acionar o Serviço de Atendimento Móvel de urgência (Samu) e foi socorrida para um hospital de Limoeiro do Norte. Geiliane, que ia no banco do carona, foi trazida em um helicóptero da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) para o hospital Instituto Dr. José Frota, em Fortaleza, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

O corpo de Geliana Carvalho foi transladado para o município de Valência do Piauí, onde foi enterrado na manhã desta segunda feira (16). Geliana segue internada no hospital de Limoeiro, sem previsão de alta. As duas amigas trabalhavam no Hospital Regional do Cariri, em Juazeiro do Norte. O Hospital Regional do Cariri divulgou uma nota lamentando o acidente.

Fonte: G1 CE

Curta nossa página no Facebook

Está devendo? Conheça sites que ajudam a renegociar as dívidas sem estresse

Você tem dívidas atrasadas, está disposto a pagá-las e limpar seu nome na praça. Mas, na hora de negociar, a sua disposição quase sempre esbarra na má vontade do outro lado do balcão. Atendentes mal preparados, de mau humor e com pouca disposição para reduzir o valor da sua dívida e alongar o prazo de pagamento.

Em vez de receber apoio, a pessoa que está passando por um momento difícil em sua vida financeira acaba sofrendo constrangimento. Isso sem falar nas ligações insistentes de empresas de cobrança, a qualquer hora do dia e da noite, quase sempre com propostas que fogem da realidade de quem está devendo.

Atentas a esse problema, algumas companhias se especializaram em oferecer soluções para negociar dívidas pela internet, de forma rápida, simples e, principalmente, sem constrangimentos. Entenda como funciona o serviço e conheça algumas dessas plataformas digitais de negociação que facilitam a relação entre credores e devedores.

Cadastro inicial traz lista de dívidas
Em todos os sites, a pessoa deve fornecer o CPF, alguns dados pessoais e um e-mail ou telefone de contato, além de cadastrar uma senha para futuros acessos ao site. Feito o cadastro inicial, o site fornece uma lista das dívidas que a pessoa tem em seu nome. Essa lista pode variar de um site para outro, porque depende dos acordos comerciais que cada plataforma de negociação tem com bancos e empresas. Por isso, especialistas recomendam que você consulte mais de uma plataforma para localizar todas as dívidas. 

"É comum um banco ou rede de varejo 'fatiar' sua carteira de crédito entre várias empresas de cobrança. Pode acontecer de dois sites terem acordo com o mesmo banco, mas a sua dívida aparecer apenas em um deles", afirma Raphael Salmi, diretor de recuperação de crédito da Serasa Experian.

Negociação pode ser feita pela internet
A ideia das plataformas digitais de negociação de dívidas é que todo o processo ocorra on-line. Mas o grau de interatividade entre credores e devedores depende muito do acordo comercial e da estrutura tecnológica existente entre a plataforma e as empresas parceiras.

Em grande parte dos casos, ao ser informado sobre uma determinada dívida, você é direcionado a uma página da própria plataforma com propostas de renegociação pré-definidas. Caso você aceite alguma delas, o site gera um boleto para o pagamento da primeira parcela do acordo.

O processo é todo automatizado, sem necessidade de você conversar com um atendente por chat ou telefone. Mas se você considerar que a proposta ainda não é adequada, pode deixar um e-mail ou telefone para voltar a negociar em outro momento e tentar fechar um acordo melhor.

Alguns bancos mantêm suas próprias estruturas de negociação. Nesse caso, a plataforma irá redirecionar você para a estrutura do banco, onde normalmente um atendente irá oferecer as propostas por meio de um chat ou enviá-las para o seu e-mail. Há um grau maior de interação e é possível fazer contrapropostas na hora.

E há empresas que são parceiras das plataformas digitais, mas não dispõem de estrutura online. Nesse caso, você pode manifestar o interesse em negociar a dívida e escolher o canal para que a empresa entre em contato, como e-mail ou telefone, indicando o melhor dia e horário para conversar.

Valor de dívida antiga pode ser reduzido em até 80%
Se a dívida já se arrasta há anos e virou uma bola de neve, não se desespere. Os especialistas que cuidam das plataformas de renegociação afirmam que, dependendo do caso, é possível fazer contrapropostas e obter descontos de até 80% no valor a pagar. "Quanto mais antiga a dívida, maior é o desconto. Na média, a redução fica em torno dos 50% para dívidas acima de um ano", diz Raphael Selmi, da Serasa Experian.

Serviço é gratuito e seguro
O serviço prestado pelas plataformas de negociação é gratuito para quem está devendo. Elas são remuneradas pela empresa credora, que paga uma comissão por cada dívida renegociada. As negociações ocorrem em um ambiente protegido na internet, o que garante o sigilo dos dados do devedor. Mesmo que a pessoa não tenha internet em casa, ela pode acessar a plataforma do computador do trabalho ou de um amigo com segurança para negociar.

Conheça plataformas digitais para negociar dívidas:

Limpa Nome
Foi desenvolvida pela Serasa Experian, empresa que possui uma das maiores bases de informações do país sobre a situação de crédito de consumidores e empresas. Por meio da plataforma é possível negociar dívidas com mais de 200 empresas e bancos de todo o país. Boa parte das negociações é feita online ou por meio das estruturas próprias dos bancos. "Como somos um 'bureau' (central de informações) de crédito, a pessoa vai encontrar aqui a relação de todas as dívidas que ela possui, mesmo que a empresa credora não seja parceira do Limpa Nome", afirma Raphael Salmi, diretor de recuperação de crédito da Serasa Experian.


Consumidor Positivo
É a plataforma de negociação criada pela Boa Vista, que administra o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). Assim como a Serasa, a Boa Vista funciona como uma central de informações de crédito. Ou seja, você encontrará lá a relação de todas as suas dívidas. Se a empresa ou banco for parceiro da Boa Vista, haverá na plataforma uma proposta de negociação "estática", com condições de pagamento pré-determinadas, independentemente do seu caso. Se você concordar com as condições oferecidas, basta pagar o boleto disponível no sistema para fechar o acordo. Mas se você preferir negociar, a plataforma informa os dados de contato da empresa ou banco credor.


Kitado
Fundado em 2014, o Kitado já fechou mais de 550 mil acordos, ajudando a recuperar cerca de R$ 330 milhões em dívidas atrasadas. A empresa apostou na tecnologia, usando e-mails personalizados para avisar os clientes sobre suas dívidas. "Optamos por mensagens direcionadas e transparentes, sem o tom agressivo e invasivo utilizado por algumas empresas de cobrança", afirma Paulo De Tarso, um dos criadores da plataforma. A lista de parceiros inclui os cartões Credicard, Hipercard, Tricard e FortBrasil; os bancos Itaú Unibanco, Santander, Pan e Tribanco; as financeiras BV, Omni, Portocred e Sicredi; e a rede varejista Magazine Luiza.

Onde encontrar: www.kitado.com.br

Quero Quitar!
O Quero Quitar! promete ajudar a renegociar dívidas em apenas 10 minutos, conseguindo acordos com desconto de até 80% do valor devido. Dependendo do credor e do tamanho da dívida, é possível parcelar a conta em até 36 vezes. Entre os parceiros da plataforma estão os bancos Santander, Sofisa e Tribanco, a construtora MRV, a Porto Seguro e o colégio paulistano São Luís. Caso a empresa para a qual você está devendo não seja parceira da plataforma, é possível cadastrar uma proposta no site para que o Quero Quitar entre em contato com o credor.

Onde encontrar: www.queroquitar.com.br

Acordo Certo
O Acordo Certo faz a ponte entre credores e devedores. A plataforma oferece opções online para quitar as dívidas e limpar o nome rapidamente. Entre os parceiros do site estão o banco Santander, o cartão Tricard, as operadoras NET, Claro e Embratel, e a empresa de monitoramento de veículos Carsystem.

Onde encontrar: www.acordocerto.com.br

Fonte: UOL

Curta nossa página no Facebook

Sine/IDT divulga oportunidades de emprego em Crato, Iguatu e Juazeiro do Norte

O Sine/IDT divulgou nesta segunda-feira (16) oportunidades de emprego em diversas cidades do Ceará, dentre elas Crato, Iguatu e Juazeiro do Norte. Os interessados devem procurar a unidade do Sine da sua cidade, com documentos de identidade e carteira de trabalho. Confira na lista abaixo o endereço do Sine em cada município.

O órgão alerta que a disponibilidade das vagas está sujeita a alterações.

CRATO
Rua. Monsenhor Esmeraldo, 686 – Centro - Fone: (88) 3102.1240
  • Carpinteiro 02
  • Cozinheiro geral 01
  • Ferreiro armador na construção civil 02
  • Pedreiro 04
  • Vigia 02

IGUATU
Rua. Floriano Peixoto, 474- Centro - Fone :(88) 3581.9453
  • Cobrador externo 01

JUAZEIRO DO NORTE
Rua. Interventor Francisco Erivano Cruz,120 - Centro - Fone :(88) 3572.4744
  • Ajudante de motorista 01
  • Confeiteiro 01
  • Mecânico de automóvel 01
  • Montador de móveis de madeira 01
  • Professor de ensino fundamental - séries iniciais 01
  • Salgadeiro 01
  • Supervisor de vendas comercial 01
  • Tosador de animais domésticos 01
  • Vendedor pracista 01

Curta nossa página no Facebook

Dilma usará delação de Funaro para tentar anular impeachment

A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta segunda-feira (16) que irá pedir que o conteúdo da delação premiada do operador financeiro Lúcio Funaro seja juntando aos autos do mandado de segurança que pede a anulação do processo de impeachment sofrido por ela no ano passado, ainda não julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Em vídeo divulgado pelo jornal "Folha de S. Paulo", Funaro afirma ter repassado R$ 1 milhão para o ex-deputado Eduardo Cunha "comprar" votos a favor do impeachment de Dilma. Funaro disse que recebeu uma mensagem de Cunha, então presidente da Câmara, dias antes da votação no plenário, solicitando os valores.

"Ele me pergunta se eu tinha disponibilidade de dinheiro, que ele pudesse ter algum recurso disponível para comprar algum voto ali favorável ao impeachment da Dilma. E eu falei que ele podia contar com até R$ 1 milhão e que eu liquidaria isso para ele em duas semanas no máximo", afirmou em depoimento.

José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça e advogado de Dilma, afirmou em nota que, com a delação premiada de Funaro, "ficou demonstrado que o ex-deputado Eduardo Cunha comprou votos de parlamentares em favor do impeachment" e que entrará com o pedido junto ao STF nesta terça-feira (17).

"Entendemos que na defesa da Constituição e do Estado Democrático de direito, o Poder Judiciário não poderá deixar de se pronunciar a respeito, determinando a anulação do impeachment de Dilma Rousseff, por notório desvio de poder e pela ausência de qualquer prova de que tenha praticado crimes de responsabilidade", afirmou por meio de nota.

Cardozo disse ainda o impeachment aconteceu em razão de decisões ilegais e imorais tomadas pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e por todos os parlamentares que queriam evitar "a sangria da classe política brasileira".

No depoimento de Funaro, dado à PGR (Procuradoria Geral da República) no dia 23 de agosto, e homologado pelo ministro do STF Edson Fachin, uma procuradora questiona se Cunha usou a expressão "comprar votos". E Funaro confirma: "Comprar votos".

Fonte: UOL

Curta nossa página no Facebook

Juazeiro do Norte (CE): IFCE oferece programação gratuita na Semana de Ciência e Tecnologia

O campus de Juazeiro do Norte do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) realiza de 23 a 28 de outubro, uma série de atividades direcionadas à popularização da ciência e da tecnologia. Com o tema “A Matemática está em tudo”, a programação congrega o IX Colóquio de Matemática, o Seminário de Iniciação Científica (Semic) e a Semana de Tecnologia em Automação Industrial (Setai).

As atividades propostas são abertas à comunidade, gratuitas e os participantes receberão certificados. De acordo com o coordenador do evento no campus, professor Wilami Teixeira, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia reúne instituições de todo país na promoção de atividades de divulgação científica. "Assim, a população conhece o que é produzido dentro das instituições e a programação desperta o interesse dos jovens pela ciência”, diz.

A abertura do evento, no dia 23, contará com a palestra "Tudo que você sempre quis saber sobre astronomia", proferida pelo astrônomo do Observatório Nacional do Rio de Janeiro, Luan Ghezzi. “Temos poucos astrônomos formados no Brasil e esta será a oportunidade para esclarecer as dúvidas das pessoas sobre essa área. As pessoas olham no telescópio e têm várias dúvidas sobre o que visualizam, geralmente as perguntas das crianças são as mais criativas", relata Wilami.

A programação no campus de Juazeiro do IFCE conta com palestras, minicursos, mesas-redondas, oficinas, competição de robótica e apresentação de trabalhos científicos. A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia - SNCT é um evento nacional proposto pelo Governo Federal, realizada sempre no mês de outubro sob a coordenação do Ministério da Ciência Tecnologia Inovações e Comunicações, tem a colaboração de secretarias estaduais e municipais, agências de fomento, espaços científico-culturais, instituições de ensino e pesquisa, sociedades científicas, escolas, órgãos governamentais, empresas de base tecnológica e entidades da sociedade civil.

Maiores informações clique AQUI

Curta nossa página no Facebook

Relação estremecida: Às vésperas de votação de denúncia, Temer e Maia têm nova crise

O presidente Michel Temer inicia a semana em que a denúncia ele será votada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) com uma nova crise com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Neste domingo (15), Maia reagiu à declaração de Eduardo Carnelós, advogado de Temer, que chamou "criminoso vazamento" a divulgação dos vídeos da delação do operador financeiro Lúcio Funaro, que tem o presidente como um dos alvos.

Como os vídeos, revelados pela Folha na sexta (13), foram disponibilizados pelo site da Câmara, Maia tomou para si a crítica e, em entrevista à reportagem, chamou o advogado de "incompetente e irresponsável" e disse que ele será processado por servidores da Câmara.

Ao rebater Carnelós, mandou um recado direto para Temer: "Daqui para frente, vou, exclusivamente, cumprir meu papel institucional, presidir a sessão [da denúncia]".

O parecer contrário ao seguimento da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente deve ser votado nesta quarta (18) na CCJ, para então ser levado ao plenário.

Sigilo
No sábado (14), após a Folha revelar o teor dos vídeos, Carnelós divulgou nota afirmando ser "evidente que o criminoso vazamento foi produzido por quem pretende insistir na criação de grave crise política no país".

As gravações também foram disponibilizadas no site da Câmara e, segundo Maia, o material, enviado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), não está sob sigilo.

A assessoria do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, no entanto, disse que "tudo que se refere à colaboração" está sob segredo.

Maia divulgou uma certidão em que consta que os arquivos digitais anexados à denúncia "foram integralmente reproduzidos nos dispositivos entregues às defesas" de Temer e dos ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil), todos alvos do processo.

Em nota, a presidência da Câmara disse que, "como é possível depreender da leitura das decisões que encaminharam a denúncia e as cópias dos inquéritos à Casa, não há determinação de restrição de acesso a qualquer parte da documentação".

"Essa informação foi confirmada pelo próprio presidente da Câmara dos Deputados em reunião com Fachin, e com a ministra Cármen Lúcia, no STF", diz trecho.

A Câmara informou que, em 27 de setembro, as defesas de Temer e dos ministros receberam cópia da documentação encaminhada pelo STF.

Críticas
À Folha Maia disse que era "uma pena o presidente do Brasil constituir esse advogado na sua defesa".

"Incompetência é pouco pra justificar as agressões do advogado. A defesa do presidente recebeu todos os documentos. Nunca imaginei ser agredido pelo advogado do presidente Temer. Depois de tudo que eu fiz, essa agressão não faz sentido. Daqui para frente vou, exclusivamente, cumprir meu papel institucional, presidir a sessão", afirmou. "Ser tratado como criminoso é muito difícil."

Em nota divulgada neste domingo, Carnelós disse que desconhecia que os vídeos estavam no site da Câmara.

"Considerando os termos da decisão do ministro Fachin, não poderia supor que os vídeos tivessem sido tornados públicos", afirmou. O advogado disse que não quis criticar Maia. "Jamais pretendi imputar ao presidente da Câmara a prática de ilegalidade, muito menos crime."

"Hoje constatei que o ofício encaminhado a S. Ex.ª pela presidente do STF, com cópia da denúncia e dos anexos, indicou serem sigilosos apenas autos de um dos anexos, sem se referir aos depoimentos do delator, que também deveriam ser tratados como sigilosos, segundo entendimento de Fachin, em consonância com o que tem decidido o Supremo", diz Carnelós.

O ministro Moreira Franco disse numa rede social que a delação de Funaro foi uma "encomenda remunerada" do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que já havia denunciado Temer por corrupção passiva.

"Como faltava-lhe bambu, ocorreria a encomenda remunerada da delação." 

Fonte: Folha.com

Curta nossa página no Facebook

Crato (CE): Caldeirão da Santa Cruz do Deserto pode integrar o Geopark Araripe

Foto: Samuel Pinheiro/Blog Cariri
A seca de 1932 é lembrada, tanto na literatura como na oralidade, como uma das mais perversas que castigou o Nordeste no início do Século XX. Foi esse fenômeno de escassez de água e alimento que impulsionou o crescimento do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, comunidade liderada pelo Beato José Lourenço, que recebeu cerca de 1.700 pessoas. Lá havia fartura, riqueza espiritual e abundância de comida.

A 33Km da sede do Município de Crato, o Caldeirão da Santa Cruz do Deserto fica entre os distritos de Monte Alverne e Dom Quintino. Lá, foi abrigo de centenas de flagelados da seca, devotos do Padre Cícero, que encontraram na comunidade alimentação, trabalho e refúgio espiritual. Havia oficinas fiação, tecelagem, costura, casa de farinha, ferreiro, engenho de cana e marcenaria.

"Lá é uma trajetória humana muito rica em valores avançados, que são carentes hoje: respeito, igualdade, uma vida em comunhão, abundância e partilha. É uma utopia realizável", explica o professor da Universidade Regional do Cariri (Urca), Domingos Sávio Cordeiro, que se dedicou a estudar a imagem da comunidade para remanescentes do Caldeirão.

Temendo que a comunidade se tornasse um movimento messiânico, o Governo Federal, em 1937, ordenou que as Forças Armadas e a Polícia Militar do Ceará invadissem o local. Alguns moradores do Caldeirão das Santa Cruz foram mortos e os sobreviventes foram expulsos de suas terras. O beato José Lourenço e seus seguidores fugiram. Até hoje, muitos corpos não foram encontrados e não há nenhum registro oficial do número exato de vítimas.

Polêmica
Alguns pesquisadores não acreditam que houve massacre, apenas a expulsão dos moradores. Faltam evidências arqueológicas e antropológicas. Filhos de remanescentes negam assassinatos. O beato sequer foi preso e saiu de lá entre os moradores, como qualquer outro, sem ser reconhecido. Muitos boatos cercam o Caldeirão da Santa Cruz, antes mesmo da intervenção militar. Dizem que poderia se tornar uma nova Canudos ou o medo do Comunismo impulsionou o ataque do governo.

Hoje, o local é anualmente visitado na Romaria da Santa Cruz do Deserto, que acontece em setembro. Neste ano, foi realizada pela 18ª vez e cerca de duas mil pessoas visitaram o local. Na comunidade do Caldeirão existe a capela de Santo Inácio de Loyola, obra contemporânea aos primeiros moradores de lá. Ao lado, tem um pequeno cemitério pagão. A 300 metros dali, entre pedras, subidas e descidas, está um rio, que, entre as grandes formações rochosas, acumula água durante todo ano. Muitos visitam para tomar banho por lá. Na saída, ainda dá pra ver a estrutura do casarão do Beato José Lourenço. Só restaram algumas pedras da parede.

Na comunidade tem duas casas. A primeira, mais antiga, feita de pedra, só com dois cômodos; a outra, construída pela Prefeitura em 2007, junto com o prédio que seria destinado a um museu vivo. Na segunda casa, habitam os únicos moradores do Caldeirão do Beato José Lourenço, o casal Raimundo Batista, 74, e Maria Januário de Lima, 62. Há 21 anos residem ali.

"Eu tomo conta de um patrimônio do Crato. Sou guia de todo visitante que chega. Aqui era pra ser de outra forma, bem cuidada, com água, cavar um poço profundo, pois é muito visitado", explica o agricultor Raimundo Batista, que nasceu e cresceu em Monte Alverne, mas aceitou o trabalho de roçar as terras do Caldeirão para sustentar a família de 14 filhos. "Juntei os meninos e limpei tudo. Aqui era só mato. Essa calçada ninguém via. Dentro da igreja era um formigueiro", lembra.

Após esse primeiro serviço, recebeu o convite da Prefeitura, em 1996, para morar e trabalhar nas terras que já foram posse do Padre Cícero. Largar a roça arrendada e longe de casa foi uma decisão acertada, na época. Em 2007, recebeu energia elétrica. "Não tem um visitante que venha aqui e saia insatisfeito comigo. Aqui não tinha nada. Nem sombra. Hoje tem manga, acerola, caju. Tudo que plantar dá aqui", explica o agricultor.

Mas Raimundo e Maria não querem continuar por muito tempo no Caldeirão, pois hoje ficam muito longe de hospitais, postos de saúde e outros serviços. No mês passado, a mulher teve problemas de saúde e precisou que ir ao Crato. Eles têm que andar a pé cerca de nove quilômetros para conseguir um transporte para a sede do Município. "O que faz eu morar aqui é não ter onde morar e onde trabalhar", explica Raimundo.

Revitalização
As discussões sobre a revitalização do lugar se impulsionaram na última semana. Na terça-feira (10), foi realizado o Seminário "Caldeirão da Santa Cruz do Deserto: uma construção coletiva", organizado pela Urca. O evento debateu dois pontos principais: os estudos para que aquela área se torne um geossítio do Geopark Araripe e, também, que passe a ser uma Unidade de Conservação gerida pelo Município.

A retomada do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto como espaço de turismo, pesquisa e religiosidade é inspirada no próprio beato José Lourenço, que recebia jornalistas, políticos, religiosos e que por lá chegasse.

"Costumo dizer que o milagre da hóstia que aconteceu com a Beata Maria de Araújo é um sinal. E ele se dá no caldeirão. O verdadeiro milagre do pão foi aqui, onde as pessoas ameaçadas pela seca migraram para o Cariri e para o Caldeirão. E foi uma comunidade que provou ser sustentável", explica o padre Vileci Vidal, da Diocese de Crato, que organiza todo ano a Romaria da Santa Cruz do Deserto.

Discussão relevante
"Não é de agora que tentam fazer com que o Caldeirão recupere seu valor histórico e cultural. O que tem faltado muito é algo que dê uma liga das conversas. Discutir o que é prioritário. Assim dá pra saber o que é relevante", afirma o professor Domingos Sávio, que compôs uma das mesas do Seminário que contou com a participação de diversas entidades.

Das discussões, ficou a preocupação em tornar o Caldeirão das Santa Cruz um museu vivo, que se torne um local de turismo científico e ecológico e colocar a comunidade no material didático das escolas estaduais e universidades. "Não existe terra ruim, existe terra abandonada. Até o deserto é fértil", exalta o professor Domingos Sávio.

Gestão municipal
Quatro áreas de unidade de conservação são geridas pelos municípios, no Ceará. Todas na zona costeira. Duas em Camocim, uma em Aracati e uma em Fortaleza.

Ampliação dos geossítios deve ser maior
Criado em 2006, o Geopark Araripe está em seis municípios do Cariri e hoje possui nove geossítios. O projeto de desenvolvimento territorial faz parte da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e sua gestão é feita pela Universidade Regional do Cariri (Urca). Os geossítios são pontos para visitação, pesquisa e educação. São eles: Colina do Horto, em Juazeiro do Norte; Cachoeira de Missão Velha e Floresta Petrificada do Cariri, em Missão Velha; Pedra Cariri, Parque dos Pterossauros e Pontal de Santa Cruz, em Santana do Cariri; Batateira, em Crato; Riacho do Meio, em Barbalha; e Ponte de Pedra, em Nova Olinda.

Além do Caldeirão da Santa Cruz, estudos estão sendo desenvolvidos para a criação de mais dois geossítios. Todos em Crato. Um deles é o Levadas de Água, numa trilha entre o Sítio Coqueiro e a Nascente, no Crato, mas levadas de Barbalha e Porteiras também farão parte do roteiro. O outro é o Santa Fé, no distrito homônimo, que possui um sítio arqueológico a 800m de altitude. Lá, foram encontradas gravuras nas rochas que indicam o local como um santuário para rituais dos índios Kariri.

ANTONIO RODRIGUES
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook

Juazeiro do Norte (CE): Seduc publica lista atualizada com nomes de professores e valores que receberão o precatório do Fundef

A Secretaria de Educação de Juazeiro do Norte (Seduc) já finalizou o recálculo dos valores que os professores que terão direito a receber dos recursos oriundos do precatório do Fundef.

O professor pode acessar as listas através do site da Prefeitura. Ao clicar nos links disponíveis no site, o interessado será direcionado ao Portal do Servidor. O acesso é individual. O login é o número do CPF e a senha é composta pelos três primeiros e os dois últimos números do CPF.

Os dados estarão disponíveis para consulta até o dia 20 de outubro de 2017. As pessoas que tiverem a necessidade de corrigir uma eventual falha na publicação, poderão recorrer à Seduc até essa data. Para isso, terão que preencher um requerimento, com a devida justificativa, solicitando revisão dos valores, ou ainda, a inclusão de seu nome na lista, além de apresentar as devidas comprovações. 

A Seduc terá até o dia 22 de outubro para a análise e julgamento dos recursos. A pretensão é cumprir no prazo anunciado, dia 25 de outubro, o pagamento dos recursos aos professores.

Para maiores informações clique AQUI

Curta nossa página no Facebook

PF faz buscas no gabinete de deputado irmão de Geddel Vieira Lima

A Polícia Federal faz buscas na Câmara nesta segunda-feira, 16. O alvo é o gabinete do deputado Lucio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima.

A ação ocorre por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido é da Procuradoria-Geral da República, que investiga a ligação do parlamentar com os R$ 51 milhões - R$ 42.643.500,00 e US$ 2.688.000,00 - encontrados, no início de setembro, em um apartamento em Salvador na Operação Tesouro Perdido, desdobramento da Cui Bono.

Geddel está preso na Papuda. Em 13 de setembro, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília, decidiu remeter ao Supremo a investigação sobre o ‘tesouro perdido’ de R$ 51 mi, atribuído ao ex-ministro. O magistrado alegou em sua decisão que ‘há sinais de provas que podem levar ao indiciamento’ do deputado Lúcio Vieira Lima.

Conforme a Constituição, congressistas têm foro por prerrogativa de função e só podem ser alvo de inquéritos criminais que tramitem na Corte.

No depoimento prestado à PF, o dono do apartamento situado em Salvador onde foram encontrados os R$ 51 milhões, Silvio Antônio Cabral da Silveira, disse que foi Lúcio quem pediu o imóvel emprestado e que o fez em nome da amizade com o parlamentar, embora não conhecesse Geddel.

Além disso, no local, foi encontrada uma fatura em nome de Marinalva Teixeira de Jesus, apontada como empregada doméstica do congressista.

Fonte: Estadão

Curta nossa página no Facebook

Cratense entra para a seleta lista de bilionários da revista Forbes

Mário Araripe, o rei da energia eólica (Getty Images)
Todo engenheiro formado no conceituado Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), em São Paulo, tem profundo conhecimento sobre os ventos. Mas poucos souberam tirar tanto proveito deles como o cearense Mário Araripe, 62 anos. Formando no ITA na turma de 1977, Araripe pilotou vários negócios de sucesso até se tornar o rei da energia eólica com sua empresa Casa dos Ventos, maior desenvolvedora de parques do setor no país.

Nascido em Crato, interior do Ceará, filho de um engenheiro de obras contra a seca, ele saiu do sertão para estudar até em Harvard (EUA), mas sempre voltou ao interior do Nordeste para empreender. Ali montaria seu império.

O primeiro negócio próprio depois de se formar passou bem longe da aeronáutica: após trabalhar na empresa têxtil da família do sogro, Araripe montou uma incorporadora especializada em imóveis de luxo nas belas praias do Ceará. A construtora Colmeia chegou a ser uma das maiores do Nordeste, até ser vendida, em 1994. O empresário investiu então em duas indústrias têxteis, a Companhia Valença Industrial e a Têxtil União. Ambas fazem parte até hoje do Fundo Salus, que reúne os empreendimentos de Araripe.

Foi depois da venda da Construtora Colmeia que o empresário apostou naquele que viria a se tornar um de seus negócios mais famosos: em 1997, após retornar de uma temporada de estudos em Harvard, investiu na fabricante de veículos utilitários Troller, fundada dois anos antes em Horizonte (CE) pelo engenheiro Rogério Faria. Tornou-se controlador da marca e foi o responsável pela grande aceleração da empresa – os jipes fizeram fama internacional em ralis como o Paris-Dacar.

A Troller Veículos Especiais foi a única montadora de veículos 100% brasileira até o comecinho de 2007, quando Araripe vendeu a empresa à norte-americana Ford, em um negócio estimado em R$ 600 milhões.

Foi nessa brecha que o ITA e os ventos voltaram a entrar na vida do empresário: o estímulo para investir na energia eólica veio numa conversa com o engenheiro Odilon Camargo, ex-colega do Instituto, responsável pelo primeiro grande levantamento sobre o potencial eólico do Brasil, elaborado para o Ministério de Minas e Energia.

“Eu havia acabado de vender a Troller para a Ford e estava extremamente líquido. Odilon me disse que deveria olhar a energia eólica e foi o que fiz”, relatou Araripe sobre o conselho do amigo. Por coincidência, anos antes, enquanto Camargo preparava o atlas eólico do Ceará e precisava visitar locais de difícil acesso, Araripe havia lhe emprestado um Troller para a tarefa.

Os ventos do Nordeste estão entre os melhores do mundo para a geração de energia eólica. Bom de faro para novas oportunidades, o cearense seguiu a sugestão do ex-colega de turma e, ainda em 2007, criou a Casa dos Ventos, que começou comprando e alugando terras no Ceará para desenvolver projetos eólicos. Rapidamente, a empresa se tornou a maior desenvolvedora de parques de geração de energia dos ventos – entre projetos próprios e para terceiros.

A Casa dos Ventos também se transformou em grande vendedora de empreendimentos: em 2016, repassou dois parques à Cubico Sustainable Investments, por cerca de R$ 2 bilhões. O negócio envolveu os complexos Ventos de Santa Brígida, no agreste de Pernambuco (com capacidade para 182 megawatts), e Ventos do Araripe I, no sudeste do Piauí (210 megawatts). Na ocasião, foi a maior transação já realizada no Brasil com ativos eólicos em operação. Os dois parques eólicos representam aproximadamente um terço dos ativos com energia contratada da Casa dos Ventos.

Em maio deste ano, a companhia confirmou a venda de mais dois empreendimentos, desta vez para a Echoenergia, criada pelo fundo britânico Actis: Ventos de São Clemente, em Pernambuco (216 MW), e Ventos de Tianguá, no Ceará (130 MW). Nesta negociação, o valor não foi divulgado, mas foi igualmente bilionário. “Como temos outros projetos, às vezes vendemos para investir mais em outro”, declarou o empresário depois da primeira alienação, para a Cubico.

Quando Araripe ingressou no setor, a energia eólica representava apenas 0,2% da matriz elétrica brasileira. Hoje, o país já é o nono maior produtor mundial – em boa parte, graças à Casa dos Ventos. A empresa participou do desenvolvimento de um terço de todos os parques eólicos atualmente em operação ou em construção no Brasil.

Complexo eólico Ventos do Araripe III (Divulgação)
Recentemente, a empresa inaugurou a usina Ventos do Araripe III, um dos maiores complexos da América Latina. Localizado na Chapada do Araripe, entre Pernambuco e Piauí, o projeto é composto por 14 parques e 156 aerogeradores, com produção de 359 MW. Nele foi investido R$ 1,8 bilhão.

Além dos projetos próprios, a Casa dos Ventos tem participação acionária em outras usinas (que somam 657 MW). Mas seu maior gigantismo está no potencial: a empresa soma 15 gigawatts (cerca de 20 vezes a capacidade dos parques que já vendeu) em projetos engatilhados, com áreas já mapeadas e aprovadas. O fundo Salus é dono de mais de 180 mil hectares de propriedades rurais no Brasil – o que significa muito chão para torres de energia eólica.

“Em termos energéticos, raras são as regiões da Terra com ventos tão fortes e constantes como no Nordeste do Brasil. Além da latitude certa, ele está no lado certo do continente em relação à rotação da Terra. Não tem furacão, tufão, ciclone. A produtividade da usina eólica no Nordeste é a maior do mundo. O preço é muito competitivo”, festeja o novo integrante da lista de bilionários de Forbes.

Fonte: Forbes

Curta nossa página no Facebook