Whatsapp vai lançar recurso que dá basta aos “bom dias”

Se você participa de algum grupo de contatos no WhatsApp, já sabe que é de lá que vem vários dos arquivos de fotos e vídeos que enchem a memória do seu smartphone – como por exemplo, as mensagens animadas e motivacionais de bom dia, presença quase unânime em grupos de família no Whatsapp. Um novo recurso do aplicativo pode mudar essa dinâmica e preservar seu precioso armazenamento.

De acordo com o WABetaInfo, site que testa novas funções do WhatsApp, os moderadores de grupos poderão restringir o envio de mensagens e anexos a alguns participantes.

Quando estiverem nessa restrição, os contatos do grupo poderão somente ler as mensagens publicadas na conversa. Para enviar mídias ou mensagens, quem não é moderador do grupo terá que pedir permissão para dizer algo.

O recurso foi encontrado na versão beta do WhatsApp no Android, na edição 2.17.430. Ele deve chegar às versões estáveis do aplicativo em breve.

Recentemente, o WhatsApp liberou a aguardada função de apagar mensagens enviadas por engano–ou em caso de arrependimento–para todos os usuários.

Fonte: Exame.com

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Centro de Artes da URCA passa a ocupar antigo prédio do SESI a partir desta semana

Adquirido no último mês pelo Governo do Estado, a Universidade Regional do Cariri (URCA) passa a ocupar, a partir desta semana, o prédio do antigo SESI. Lá, funcionará o Centro de Artes da Universidade. Na última sexta-feira (17), o Vice-reitor da URCA, Francisco do Ó de Lima Júnior, Gabinete e corpo técnico estiveram em reunião com a direção dos cursos de Artes Visuais e Teatro para decidir os detalhes da transferência do campus de Juazeiro do Norte para o Crato.

A mudança ocorre em função de uma melhor infraestrutura para os cursos. Alunos, professores, direção do Centro e coordenação estiveram participando da reunião, debatendo os detalhes da transferência. A avaliação dos que fazem os cursos de Artes Visuais e Teatro é positiva quanto ao novo local, que conta com uma grande infraestrutura, incluindo salas de aula, apartamentos, estacionamento, áreas com piscinas, quadras e um auditório, com mobiliário que terá grande parte aproveitada pelos novos ocupantes da Universidade.

Um levantamento para as reformas prioritárias foi solicitado pelo Vice-reitor, para que sejam feitas de forma imediata para os novos ocupantes, além de uma lavagem do local. Inicialmente, os membros da administração dos cursos estarão ocupando as primeiras salas, para organizar todo o processo de mudanças para início das aulas. Mas, todo o mobiliário será transferido ainda esta semana. Uma avaliação das instalações elétricas, hidráulicas e de internet também já vem sendo providenciada para o local.

Reestruturação
Segundo o Vice-Reitor, com a nova estrutura o Centro terá um redimensionamento e uma nova concepção, para a efetivação de suas atividades, no processo de formação. Com isso, haverá uma reestruturação. Durante a reunião, Lima Júnior destacou a necessidade das ações de encaminhamento, para a vinda dos cursos. Com isso, além de inicialmente a administração ser instalada, serão avaliadas as localizações das salas e dos laboratórios, com todas as condições pedagógicas para acolhimento dos estudantes e professores.

Os representantes do Centro de Artes, a diretora Mônica Vianna Mello, e o diretor adjunto, Ricardo Akira, destacaram as necessidades imediatas para o processo de mudança. Além disso, avaliaram o prédio como local de boa estrutura para abrigar os cursos.

Além do Centro de Artes, o prédio do antigo Sesi também contará com a adequação necessária, para possibilitar o funcionamento de equipamentos como piscinas e quadras esportivas, a serem utilizados na formação dos alunos do curso de Educação Física, além de atividades de extensão no espaço.

Conforme o Professor Lima Júnior, a aquisição do prédio vem sendo bastante comemorada pela comunidade acadêmica, num momento de significativa conquista para a Universidade Regional do Cariri. Durante esta semana, o local deve receber a visita do Secretário Adjunto da Casa Civil do Governo do Estado, Quintino Vieira, para realizar uma avaliação das possíveis mudanças que devem ocorrer para melhorias no prédio, com investimentos do Governo do Estado, para a URCA.

Centro de Artes
O Centro de Artes Reitora Maria Violeta Arraes da URCA abriga os cursos de Artes Visuais e Teatro e esta é a segunda vez que os estudantes e professores destas graduações mudam de equipamento. Em 2010, o Centro de Artes saiu do Casarão da Rua Matriz, em Barbalha, e se mudou para bairro Pirajá, em Juazeiro do Norte. Porém, em julho deste ano, o prédio foi interditado após laudo da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros constatar o risco de desabamento da estrutura. Os estudantes estão há cinco meses sem aula.

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Benjamin Orr - Stay The Night



Água em excesso pode matar, revela estudo

A recomendação para a manutenção de uma boa saúde é beber 2 litros de água por dia. Há quem diga – leia-se blogueiras fitness como Gabriela Pugliesi e Gracyanne Barbosa – que ingere impressionantes 4 litros por dia. Mas, mais do que bem, água em excesso pode fazer mal para a saúde e até matar.

De acordo com um estudo publicado na versão online do periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), beber água em excesso ativa um mecanismo proteção no cérebro que inibe o ato de engolir. Ao forçar a ingestão do líquido, essa proteção é ultrapassada e há um risco de intoxicação.

A “intoxicação” por excesso de água é chamada de hiponatremia, condição metabólica caracterizada pela redução de sódio no sangue a níveis tão baixos que pode causar letargia, náusea, convulsões, coma e até mesmo a morte.

“Se nós fizermos só o que o nosso corpo pede, ou seja, beber água quando estamos com sede e não de acordo com um cronograma, provavelmente vai dar tudo certo. Exceto nos idosos, que tendem a ingerir menos água que o necessário e por isso, precisam estar atentos.”, disse Michael Farrell, da Universidade Monash, em Melbourne, na Austrália e um dos autores do estudo.

No estudo, os pesquisadores pediram que as pessoas avaliassem a quantidade de esforço necessário para engolir a água em duas condições: após a prática de uma atividade física e, portanto, quando estavam com sede; e em uma outra situação, quando foram persuadidos a beber uma quantidade excessiva. Nestes dois momentos, um equipamento de ressonância magnética media a atividade de várias partes do cérebro no momento anterior ao ato de engolir.

Os resultados mostraram que beber água quando não estamos com sede exigiu um esforço três vezes maior para engolir do que a ingestão do líquido logo após o exercício. Nesse momento, a parte do cérebro mais ativa foi a área pré-frontal direita. Os pesquisadores acreditam que essa região entra em cena para substituir o mecanismo de proteção e permitir que consigamos engolir a água.

O grande problema, na verdade, é quando a água entra mais rápido do que a capacidade do corpo em removê-la ou utilizá-la. Isso dilui os eletrólitos do sangue e faz com que a água de viaje através do sangue e entre em células e órgãos tais como o cérebro , o que afeta sua capacidade de funcionamento.

Fonte: Veja.com

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Crato (CE): Motociclista oferece carona na saída de bar e estupra mulher

Uma mulher foi estuprada e espancada no Sítio Santo Antônio, zona rural do município do Crato, na noite do domingo (19). O suspeito Anderson Gomes da Silva foi preso em flagrante pela polícia militar e levado ao presídio do município.

De acordo com a titular da Delegacia da Mulher do Crato, Camila Brito, a vítima estava com uma amiga em um bar, quando o suspeito chegou, acompanhado de um conhecido das duas mulheres. Ao saírem do local, a amiga da vítima pegou carona com o conhecido, enquanto a vítima voltou de carona com o suspeito.

No meio do caminho, o homem desviou o trajeto, a levou até um terreno baldio, espancou e estuprou a vítima. A mulher tentou pedir socorro e fugir, mas o homem a obrigou a voltar para casa com ele.

Ao chegar em casa, a vítima pediu socorro à família e seguiu até a delegacia, onde registrou ocorrência. O homem foi identificado e preso pela polícia militar.

Em depoimento, o suspeito negou o crime. Segundo a delegada, ele já tinha passagem na polícia, quando adolescente, também pela prática de violência sexual.

A vítima recebeu atendimento médico e vai ser acompanhada pelo Centro de Referência da Mulher, onde deve passar por assistência psicossocial.

Fonte: G1 CE

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Lighthouse Family - High




Juazeiro do Norte (CE): MPCE lança aplicativo contra corrupção

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), através dos promotores de Justiça da Comarca de Juazeiro do Norte Igor Pinheiro e José Silderlândio, lançarão oficialmente, na próxima quarta-feira (dia 22), às 10h, o aplicativo “Corrupção Zero”, na sede do Ministério Público, na rua Catulo da Paixão Cearense, nº 135, bairro Triângulo. O programa faz parte do “Projeto Corrupção Zero”, em trâmite na 2ª Promotoria Auxiliar de Juazeiro do Norte (Procedimento Administrativo nº 01/2017), cuja finalidade é fomentar a prática de ações preventivas e repressivas à corrupção, inclusive, de um escritório regional anticorrupção a ser instalado em parceria com instituição de ensino superior, o que já está em fase de tratativas.

O aplicativo, concebido pelo promotor de Justiça Igor Pinheiro e desenvolvido em parceria com o acadêmico de Direito Emerson de Campos Medeiros, tem o objetivo de fomentar a participação da sociedade no controle da Administração Pública, de modo que, a partir do celular e de maneira anônima (se assim quiser), qualquer pessoa poderá apresentar as denúncias que gostaria de ver apuradas na cidade sobre supostos atos de corrupção, inclusive, enviando fotos e vídeos das irregularidades constatadas.

Consta também no aplicativo um chat anticorrupção, a partir do qual o cidadão poderá relatar, em tempo real, atos de corrupção que exijam pronta ação do Ministério Público. O aplicativo dispõe, ainda, da ferramenta “cidadão investigador”, com os links de sites voltados para a fiscalização do Poder Público. Assim, as pessoas podem funcionar como auxiliares do Ministério Público e denunciar indícios de corrupção que encontrem em suas pesquisas. Por fim, foi realizada uma coletânea das principais convenções internacionais e das leis anticorrupção para acesso fácil e direto.

Para acessar o aplicativo, basta clicar no link.

Assessoria de Imprensa/MPCE

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'Não vai ser difícil ganhar as eleições presidenciais de 2018', diz Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (19) que "não vai ser difícil" ganhar as eleições presidenciais de 2018, mas defendeu uma mudança de estratégia dos partidos de esquerda para barrar as propostas do governo Michel Temer no Congresso. Ele avaliou que a oposição está fragilizada e lamentou que não tenha conseguido barrar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e propostas que, na sua avaliação, representam um retrocesso com relação aos avanços das gestões petistas, como a reforma trabalhista. 

"Éramos contra reforma trabalhista, e ela aconteceu, éramos contra a Previdência, e se não tomarmos cuidado, vai acontecer", disse o petista, ao discursar no Congresso do PCdoB. Lula afirmou que o governo Michel Temer é "fraco" e, por isso, se submete "aos interesses do mercado". "Nenhum presidente fraco é respeitado." "Os congressistas que estão votando pelo desmonte não têm compromisso conosco. Nunca vi tanto deputado reacionário tanto troglodita, e se não tomarmos cuidado vai piorar na próxima eleição", disse. 

Ele declarou que é preciso evitar a aprovação da reforma da Previdência, que "está acontecendo concomitantemente com o desmonte da Petrobras". "Não tenho mais idade de ficar criando movimento 'fora Temer' e ele estar dentro, de ficar gritando não vai ter golpe e ter golpe. Vamos ter que parar de gritar e evitar que isso aconteça mesmo. Isso não pode continuar acontecendo debaixo da nossa barba." Segundo ele, estão querendo desmontar a Petrobras porque "eles não são políticos, são usurpadores." E continuou: "Eles não têm compromisso com o povo brasileiro, querem fazer o desmonte, destruir o BNDES, a Eletrobras, a Caixa, desmontar a cidadania."

No discurso, Lula disse que, se não fosse pela sua teimosia e a do PT, não teria chegado à Presidência da República. E que provou que era possível a esquerda transformar este País, citando melhorias em salário, educação e na própria inserção do Brasil no exterior. "Deixamos de falar 'fino' com os Estados Unidos." "Tiramos o País do mapa da fome." E lamentou que o sonho que a gestão petista sonhou "infelizmente está sendo aos poucos desmontado". "Estava tudo preparado para o Brasil se tornar a 5ª economia do mundo."

Esquerda unida
Lula fez um discurso pela unificação da esquerda no País e de incentivo à candidatura da deputada estadual gaúcha Manuela D'Ávila à presidência da República, durante congresso do PCdoB realizado neste domingo. Ele chegou ao evento por volta do meio-dia, acompanhado da presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), e sentou ao lado da pré-candidata e do governador Flávio Dino (MA), ambos do PCdoB. Ele destacou que a candidatura de Manuela não deixa "rusgas" na relação do PT com o PCdoB.

"Manuela, mesmo quando a gente faz uma campanha que a gente não ganha, se a gente fizer uma campanha ideologicamente bem feita, bem organizada, e a militância for para a rua, quero dizer que vale a pena ser candidato. Da minha parte, a única coisa que vão estranhar daqui para frente é um belo dia eu aparecer em algum dos comícios da Manuela."

Ele disse que apoia que outros partidos também lancem candidatos mas rejeitou a tese de que Geraldo Alckmin (PSDB) seria um candidato de centro. "Não podem dizer que Lula é de extrema esquerda, que Jair Bolsonaro é de extrema direita, e que é preciso achar o caminho do meio. Quem convive com Bolsonaro sabe quem ele é, que é mais do que extrema direita, mas ele também tem direito de ser candidato."

Lula disse ainda que somente partidos com legado terão chance de vencer a próxima eleição presidencial, e lembrou que PT e PCdoB construíram um forte legado nos últimos 30 anos, desde a campanha presidencial de 1989, citando conquistas do seu governo. "Por isso temos que governar o País sem querer ser governante, a gente tem que ouvir o povo, o povo sabe, nós só temos que ter coragem de perguntar." Ele defendeu ainda a regulação dos meios de comunicação e distribuição de riquezas. "Quero meios de comunicação onde todos possam se manifestar."

Fonte: Estadão Conteúdo

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Cidades do CE sofrem consequências com o fechamento dos bancos

Parece cena de filme repetido. No Ceará, neste ano, 55 instituições financeiras foram atacadas por criminosos. Em 28 casos, as cidades do interior foram alvos de bandidos fortemente armados, com explosivos, que invadiram as agências levando o que encontraram nos caixas eletrônicos e cofres. As ações causaram dano material ao patrimônio dos bancos. O último, aconteceu na última terça-feira (14), em Banabuiú, na unidade bancária do Bradesco, mas nenhuma quantia foi levada.

Com os ataques, os moradores dos municípios são os mais prejudicados. É o caso da população de Missão Velha, que ficou sem os serviços bancários desde o dia 3 de fevereiro, quando duas agências, do Banco do Brasil e do Bradesco, foram assaltadas por um bando fortemente armado, que explodiu cofres e caixas eletrônicos. Cerca de R$ 600 mil foram levados. "Vem fazendo muita falta", confessa o mototaxista Auderir Duarte.

A unidade do Bradesco foi reaberta, mas ainda sem todos os serviços, como saques nos caixas eletrônicos, enquanto o Banco do Brasil segue fechado, mantendo a mesma aparência após as explosões. Os moradores de Missão Velha que utilizam o banco estatal agora percorrem cerca de 27Km para a agência mais próxima, na cidade vizinha de Barbalha, para fazer todo tipo de movimentação financeira. No entanto, os funcionários montaram uma estação na sede da Prefeitura para realizar serviços específicos para correntistas, como a abertura de conta e desbloqueio de senha. Em média, cerca de 30 pessoas utilizam o terminal.

Um dos setores mais prejudicados com a ausência do Banco do Brasil é a economia local. Segundo o empresário Rafael Canan, sócio de uma distribuidora de bebidas e alimentos, o comércio enfraqueceu. Muitos moradores fretam transporte alternativo e compram suas feiras em Barbalha, onde sacam benefícios, como aposentadoria e pensão. "O povo tá levando o dinheiro todo pra Barbalha. Antes, o pessoal sacava o dinheiro, pagava uma conta, fazia uma compra aqui", lamenta o comerciante.

Em Nova Olinda, o cenário não é diferente, mas ainda mais preocupante, pois além da agência do Município, Assaré e Potengi, cidades próximas, também sofreram ataques e estão fechadas. A solução é viajar até Santana do Cariri ou Crato. Dependendo do local que utilizará o serviço, o trajeto pode durar até 2h30.

Segundo o vigilante Manoel de Souza, morador de Nova Olinda, seus conterrâneos percorrem 22Km para Santana do Cariri ou 44Km ao Crato para utilizar dos serviços. "A casa lotérica não dá conta dos pagamentos. Nos primeiros dias do mês, temos que ir a essas cidades e todas elas ficam lotadas", denuncia.

Segundo o Sindicato dos Bancários do Ceará, quatro agências do Banco do Brasil serão fechadas: Hidrolândia, Pedra Branca e Saboeiro, que sofreram ataques, e Catunda. A entidade que representa os funcionários de banco está fazendo um documento para entregar às instituições financeiras, exigindo a reabertura de todas as unidades. São 32 fechadas ou funcionando parcialmente em todo Estado.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) explica que a decisão de abrir ou fechar uma agência é feita individualmente pelas instituições financeiras, levando em conta questões de segurança ou de negócio. No ano passado, 339 assaltos ou tentativas de assaltos a bancos foram registradas no Brasil. O número indica uma redução dos anos anteriores, algo que acontecia também no Ceará entre 2013 e 2015. No entanto, ano passado, 78 ataques aconteceram, oito a mais que no ano anterior.

O Banco do Brasil informou que está avaliando a estrutura e o funcionamento de sua rede de agências, inclusive no Ceará. Dentro desta análise, estão os fatores de segurança, rotina e sustentabilidade do negócio. Várias agências tiveram suas estruturas totalmente comprometidas. O banco reconhece que essas ocorrências criminosas têm levado à suspensão temporária ou mesmo definitiva do atendimento em alguns municípios.

ANTONIO RODRIGUES
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

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Memória do reisado: Folia de reis atrai as crianças a participarem da manifestação no Cariri

Messim, como gosta de ser chamado Cícero Flaviermerson Azarias da Silva, de 7 anos, ainda estava um pouco ofegante quando começou a cantar "esse Reisado quando sai à rua, noite de lua, só parece um beija-flor/ eu tenho valor, eu tenho memória, meu peito chora, meu coração sente dor". A apresentação de seu grupo, o Reisado Mirim Santo Expedito, na Praça José Geraldo da Cruz, em Juazeiro, tinha acabado há pouco quando sua irmã mais velha, a mestra Cícera Flatenara Azarias da Silva, 20, o convidou a responder algumas perguntas da moça.

Qual sua música preferida? Tomou fôlego e entoou: "Eu fui um batizado, eu fui um batizado, lá no rio de Jordão, lá no rio de Jordão/ São João batizou Cristo, São João batizou Cristo/ e Cristo batizou São João/ e Cristo batizou São João". Messim brinca reisado desde um ano de idade - isso foi ele mesmo quem contou. Em casa, ele acompanha as atividades do pai, Cícero Frank, com o Reisado Manoel Messias, e da irmã mais velha, que começou com o grupo mirim há uns oito anos.

"O meu reisado foi fundado quando eu ainda brincava de rainha com meu pai. A gente foi e decidiu montar um reisado mais com meninas, mas que não fosse só pra mulher, fosse mirim, homem e mulher, mas a prioridade é que sejam crianças", conta Flatenara. Segundo ela, não há muita diferença, mas os pequenos dão bem menos trabalho. "Eles gostam daquela folia, da zoada, e aprendem mais rápido. Se você trabalhar com adulto, quebra mais a cabeça", confessa ela, que brinca desde os dois anos de idade.

Nos ensaios do grupo infantil, que sempre tem dois ou três novatos, "eles dançam, eles cantam, tem interesse por tudo, mas o foco é as espadas!", revela a jovem mestra. "O meu foco também foi esse, até hoje ainda é...", lembra. Ela aprendeu tudo do reisado com o pai. Quando ele não podia ensinar, ficava apenas observando. E isso foi suficiente para que ela demonstre sua força e esperteza em qualquer batalha.

Encenações
Além das espadas, Messim também tem um apreço pelos "bichos". "Os bichos que ele diz são os entremeios que a gente coloca: a gente tem boi, jaraguá, que a gente chama no meio das apresentações", explica Flatenara. Os entremeios são apresentados como pequenas encenações dramáticas, intercaladas com a execução de peças, embaixadas e batalhas. Os personagens são tipos humanos ou animais e seres fantásticos humanizados.

"Chegou chegou/Já chegou meu Jaraguá/O bichinho é bonitinho/Ele sabe vadiar" é uma das peças famosas, cantadas para o pássaro do reisado brasileiro. "A gente ensina. Sempre falo: a gente canta primeiro, vocês escutam, aí depois vocês repetem. Assim eles aprendem. A gente canta uma, duas, três vezes pra eles memorizarem", conta. "Demora muito não pra eles aprenderem, os que têm interesse, demora não", enfatiza.

Mestra Lúcia, do Reisado Mirim Estrela Guia, e Mestre Dodô, do Reisado São Francisco compartilham da opinião de Flatenara sobre o empenho dos pequenos. "A gente ensaia canto, dança, jogo de espada - é muito bom que elas aprendam, que é pro coral sair direito", comenta Mestra Lúcia. "A criança tem facilidade de aprender tudo que quiser, basta querer", complementa Mestre Dodô. Até mesmo na hora de confeccionar as roupas, os pequenos dão uma mãozinha. "Diga a ela Messim, que você ajuda a cortar, a colar os espelhos", orienta a mestra do Reisado Mirim Santo Expedito.

Transmissão
Com um bebê de seis meses, Flatenara já tem uma certeza: "minha intenção é que ele siga a trajetória minha, do meu pai, do meu avô". Quando gestante, ela chegou a brincar até oito meses. "Tirei quilombo na rua nos três dias. Saía de manhã e voltava seis da noite. Tirar quilombo é a comemorativa do nascimento de cristo, que tem no mês de dezembro. Começa dia 25 e vai até dia 6 de janeiro. A gente brinca natal, ano novo e dia de reis", contextualiza.

Três dias antes de Gustavo, seu filho, vir ao mundo, ela ainda estava na rua. "Achei que quando eu fosse ter filho eu ia parar, mas agora que eu brinco!", comemora. A criança, no entanto, não estava na Praça José Geraldo da Cruz, na ocasião da brincadeira realizada durante a 19ª Mostra Sesc Cariri. "Eu não trouxe ele porque a gente brincou sábado e domingo, aí fica puxado. Mas ele já é a quarta geração no reisado", fala confiante. No que depender do gosto da família pela tradição, ainda virão muitas outras. E o melhor, eles não são os únicos.

Saiba mais
Luís da Câmara Cascudo, no seu Dicionário do folclore brasileiro, diz que Reisado é a denominação erudita para os grupos que cantam e dançam na véspera e Dia de Reis.

O Reisado é formado por um grupo de músicos, cantores e dançarinos que percorrem as ruas das cidades e até propriedades rurais, de porta em porta, anunciando a chegada do Messias, pedindo prendas e fazendo louvações aos donos das casas por onde passam;

O Mestre é o solista, sendo respondido pelo coro a duas vozes. Os instrumentos utilizados alternadamente são: a sanfona, o tambor, a zabumba, a viola, a rabeca ou violão, o ganzá, pandeiros, pífanos e os "maracás", chocalhos feitos de lata, enfeitados com fitas coloridas;

Os passos na dança do Reisado incluem o gingá, onde os figurantes de cócoras se balançam e gingam; a maquila, um pulo pequeno com as pernas cruzadas e balanços alternados do corpo para os lados, entre outros;

A manifestação tem como personagens principais o Mestre, o Rei e a Rainha, o Contramestre, os Mateus, a Catirina, figuras e moleques.

*Fonte: Lúcia Gaspar (Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco, Recife/PE)

ROBERTA SOUZA
ENVIADA ESPECIAL

Fonte: Diário do Nordeste

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Por que sentimos nosso celular vibrar mesmo quando nada acontece?

Você já teve a impressão de que seu celular estava vibrando em seu bolso quando, na verdade, nada estava ocorrendo com ele? Pois saiba que você definitivamente não é o único: segundo um estudo publicado na revista Men’s Health, 89% dos usuários de smartphone passam por essa sensação.

Antes que você comece a criar teorias malucas sobre as causas disso, pode ficar calmo. Isso é o simples resultado de nosso costume com esses aparelhos; ou melhor, de nosso costume a ficar atentos a qualquer aviso ou notificação vindos de nossos dispositivos.

“Nós estamos sintonizados a procurar sinais, como uma vibração, que nos alerta de um texto ou uma ligação de telefone”, explicou Michelle Drouin, autora do estudo. “Se você associar uma mensagem de texto com algo potencialmente significativo, como muitas pessoas fazem, você vai passar a esperar esses sinais”, continuou.

Não menos interessante é o fato de que, embora as pessoas sintam isso em torno de uma vez a cada duas semanas, esses eventos falsos tendem a ocorrer com frequência muito maior – e até mesmo com sons – caso você esteja esperando uma mensagem importante ou se sinta especialmente estressado.

Um problema com cura
Felizmente, há uma solução para que esse problema reduza ou pare por completo, mas você não vai ficar nada feliz em saber qual é ela. Basicamente, o segredo é deixar seu smartphone fora de seu alcance e desligado (ou no modo silencioso) algumas horas por dia, repetindo o processo por pelo menos uma semana. Pois é, eu avisei que você não ia gostar da resposta, mas ao menos é uma cura.

Fonte: Tecmundo

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Barbalha (CE): Cultura da cana de açúcar é substituída pela banana

O "cheiro de mel que o vento traz", como canta Alcymar Monteiro em "Verdes Canaviais", diminuiu na última década. Apenas cinco engenhos mantêm a produção de cana-de-açúcar neste Município do Cariri cearense. Dois fabricando apenas rapadura, e três que, além do doce, fazem a cachaça, batida e alfenim. Todos trabalhando somente por encomenda.

A tradição da cana-de-açúcar diminuiu muito em Barbalha, que, até a década de 1960, possuiu cerca de 100 engenhos. Mas este grande número vem desde o período colonial, quando iniciou a produção no Cariri motivada pela quantidade de água encontrada nas fontes da região. Por meio de valas, ela deslizava em direção aos canaviais, molhando as áreas de baixio. Este sistema também era utilizado na policultura, produzindo arroz, milho e mamona.

Os primeiros engenhos instalados na região eram de madeira e dominaram o setor até o século XVIII, quando foram substituídos pelos engenhos de ferro, movidos por força hidráulica ou animal. Pela dependência da propriedade dispor de água, a moenda movimentada por bovinos ganhou mais difusão no Cariri.

Entre 2002 e 2012, 13 engenhos fecharam as portas em Barbalha. A maioria era herança de pai ou avô, produtor de rapadura. Todos com mais de 10 anos de funcionamento. É o caso Jorge Garcia, que cuidou do engenho de seu avô, José de Sá Barreto Garcia, depois que ele faleceu, seguindo os costumes da família e fabricando o produto no Sítio Bulandeira. Porém, em 2011, ele largou a cana-de-açúcar.

"Fui um dos maiores produtores de rapadura de Barbalha. Larguei porque o comércio diminuiu muito. Também tinha uma perseguição muito grande dessas leis, sem nós termos condições de pagar as custas que o Governo exigia. O pessoal diminuiu muito o consumo de rapadura. Na época do algodão, saía muito, porque tinha muito operário comendo", lembra.

A economista Denize Paixão, que pesquisou a produção na primeira década de 2000, acredita que a decadência dos engenhos está associada, principalmente, à dificuldade de comercialização, baixa lucratividade, evasão de mão de obra, falta de recursos, além das exigências do Ministério do Trabalho de regularização do pessoal ocupado, melhoramento nas unidades produtivas, de condições de trabalho e higiene do produto.

Hoje, os cinco engenhos, quase que vizinhos, localizados na entrada da cidade, só funcionam dois dias na semana. A maior parte do movimento acontece na época das romarias, na cidade vizinha, Juazeiro do Norte. Muitos visitantes vão até as fábricas de rapadura e compram, inclusive cachaças e doces fabricados de outras cidades.

A estrutura do engenho de cana-de-açúcar se mantém, apesar do equipamento ter se deteriorado com o tempo, como o trator e o caminhão que deixava a carga dos produtos. "Está tudo aí, se quiser moer cana amanhã, eu vou moer. Tá tudo do mesmo jeitinho", garante Jorge.

No auge da rapadura, comprou carro e fez sua casa. Com nostalgia, lembra todo o processo de produção do doce. "Moía a cana, extraia o caldo, a 'garapa', depois saía para as caldeiras, que levava fogo, aí fazia o processo até o mel 'cachear', mexendo na gamela, para depois levar para as formas", conta.

Com a queda da rapadura, Jorge Garcia resolveu plantar banana, uma cultura que vem ficando cada vez mais comum no Cariri. "Planto para a terra não ficar ociosa. São duas tarefas só para entreter", brinca. Da época em que trabalhava com até 50 pessoas, hoje o agricultor faz tudo sozinho e vende a fruta para pequenos comerciantes locais, que compram na porta do sítio.

Usina abandonada
A dez quilômetros dali, na Usina Manoel Costa Filho, na saída de Barbalha para Missão Velha, na beira da CE-293, a paisagem foi ocupada por bananeiras há quatro anos. O equipamento, adquirido pelo Governo do Estado em 2013, por R$ 15,4 milhões, ainda não foi reativado e sequer há alguma expectativa de voltar a produzir açúcar ou etanol. Criado em 1973, o prédio está desativado há mais de uma década.

A área em volta da Usina, com 65 hectares, foi comprada pelo empresário João Landim. Segundo ele, o terreno estava penhorado pelo Banco Industrial e Comercial, e resolveu ampliar a plantação de bananas que três anos antes começou no distrito de Missão Nova, em Missão Velha. Sua empresa, a Paraíso Verde, produz em cerca de 500 hectares nos dois municípios. "Como meus pais eram agricultores e sempre gostei, resolvi apostar. Mas não via nada que fosse viável. Conversando com amigos, indicaram a banana como bom negócio", explica.

Dificuldades
No início, teve dificuldades para escoar os produtos, batendo de porta em porta nos supermercados. "Teve supermercados que fomos 20 vezes oferecer. A gente não tinha essa credibilidade, mas, aos poucos, fomos conseguindo, a quantidade aumentando. Hoje, estamos vendendo 80% para supermercados. Alguns vieram visitar e começaram a comprar", completa.

A banana plantada no Cariri é vendida em várias partes do Nordeste, mas tem quatro núcleos de distribuição: Teresina (PI), Fortaleza (CE), Salvador (BA) e São Luís (MA). Em 2009, 60 funcionários deram início à Paraíso Verde, que hoje emprega 350 pessoas. A cidade de Missão Velha, por exemplo, é a oitava maior produtora de banana do Brasil com 2,8 mil hectares de plantação e quase 90 mil toneladas da fruta colhidas por ano.

Adaptação
No entanto, o agrônomo Camilo Cabral explica que o solo na região não é ideal para a banana, que aumenta o custo da produção em relação a algumas áreas que também produzem o fruto no Brasil.

"São predominantemente ácidos e bastante arenosos. Como tem sistema de irrigação, faz alteração do solo e adiciona matéria orgânica. A gente também faz as coletas de solo para fazer análises e recomenda algumas correções para elevar o nutriente para a planta", afirma.

Por outro lado, a região é favorecida para a fruticultura por chover acima da média em relação a outras regiões do Estado, além de possuir muita água no aquífero, acessada por meio de poços profundos.

"A produção da fruticultura tem diminuído em alguns estados por falta de água. Com isso, as empresas têm migrado de outras regiões do Ceará, algumas fechando as portas ou diminuindo a área plantada, enquanto o Cariri está se destacando", acredita o agrônomo.

ANTONIO RODRIGUES
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Kings Of Convenience - Misread


Proposta do Ministério da Fazenda eleva imposto e tira vantagem do carro popular

O Ministério da Fazenda apresentou uma nova proposta para o regime do setor automotivo, chamado de Rota 2030, que, na prática, eleva o imposto cobra sobre os carros populares dos atuais 7% para 10% a 15%.

A proposta permitiria ao governo brasileiro lançar um novo programa de estímulo à indústria automotiva sem comprometer as negociações para um acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia.

Integrantes do governo que participam das negociações afirmam que a ideia apresentada pela Fazenda na semana passada eleva para 25% a alíquota de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) cobrado de todos os veículos –nacionais ou importados– e concede descontos que ficariam entre 10 e 15 pontos percentuais de acordo com uma combinação de três fatores: eficiência energética, segurança veicular e emissão de poluentes.

Dessa maneira, o governo colocaria fim à diferença por cilindradas do IPI de veículos nacionais, que hoje varia de 7% (carro 1.0) a 25% (carro 2.0 a gasolina).

Além desse imposto, os veículos importados pagam hoje um adicional de até 30 pontos porcentuais de IPI devido à atual política industrial, que estimula a produção local.

O objetivo da Fazenda é eliminar o tratamento diferenciado dado a veículos produzidos no Brasil e aos carros importados, que levou o Inovar-Auto, atual programa de estímulo às montadoras, a ser condenado pela OMC (Organização Mundial do Comércio). O programa vence no final deste ano e o setor negocia uma nova versão, chamada de Rota 2030.

O governo do presidente Michel Temer teme que essa situação comprometa a negociação do Mercosul com a União Europeia. Os europeus fizeram as reclamações na OMC contra os incentivos dados pelo Brasil às montadoras.

Divergência
O Ministério do Desenvolvimento não concorda com a proposta da Fazenda e apresentou uma outra alternativa. As alíquotas base do IPI seriam mantidas entre 7% e 25%, conforme a cilindrada. Também seria aplicada uma taxa extra de 10 a 15 pontos porcentuais, que poderia ser reduzida ou até zerada se o veículo atender as exigências de segurança veicular, eficiência energética e a montadora investir em pesquisa e desenvolvimento.

Para os técnicos do Desenvolvimento, sua proposta já significaria uma redução na proteção do setor contra os veículos importados. Eles defendem ainda que o IPI deve ser menor para o carro popular, que é considerado um "bem essencial". As montadoras também pressionam contra a proposta da Fazenda, argumentando que não há espaço para aumento de carga tributária enquanto ainda operam com cerca de 50% de capacidade ociosa.

Desenvolvimento e Fazenda concordam, no entanto, que o novo programa precisa abolir incentivos para a instalação de fábricas, ampliação de produção ou contratação de pessoal. A versão inicial do Rota 2030 previa a concessão de benefícios tributários para as montadoras que ampliassem fábricas no país e atingissem metas de capacitação de fornecedores.

Com a mudança, técnicos no governo estimam que a participação de importados no mercado brasileiro suba de 10% para 20%.

As estimativas da Fazenda é que os descontos do IPI gerarão uma renúncia fiscal de R$ 1,5 bilhão por ano no Rota 2030, patamar semelhante ao do Inovar-Auto. Dessa maneira, os incentivos tributários para o setor automotivo permaneceriam. O programa consumiu até agora pouco mais de R$ 6,5 bilhões, segundo a Receita Federal.

Fonte: Folha.com

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É o fim! Temer acaba com o sonho da faculdade de medicina no Crato

O governo federal vai suspender a abertura de novos cursos de medicina pelos próximos cinco anos, por meio de uma moratória, segundo informações do Ministério da Educação (MEC). O decreto já foi elaborado pelo MEC, mas ainda precisa ser assinado pelo presidente Michel Temer para entrar em vigor. Com isso a implantação da faculdade de medicina em Crato e em outras cidades cearenses está suspensa.

Os dois editais em andamentos, lançados ainda na gestão anterior, para a criação de novos cursos terão continuidade. Um deles previa a criação de 36 cursos com 2.305 vagas em municípios do Sul e Sudeste. Destes, 11 cursos com 710 vagas foram implementados até agosto do ano passado. Os 25 cursos restantes ainda terão as vagas abertas.

A medida seria um reivindicação da classe médica que está preocupada com a qualidade de ensino nas faculdades de medicina. A medida vai na direção contrária a de gestões anteriores do MEC, que investiram na expansão dos cursos para suprir déficits na distribuição dos profissionais pelo país: o número de habitantes por médico no Norte é quase três vezes o do Sudeste.

Em nota, o MEC disse que tomou dados para a decisão. "O MEC levou em conta os dados da Organização Mundial de Sáude (OMS), que apontam que o Brasil já atingiu as metas de alunos/vagas estabelecidas, de cerca de 11.000 por ano", informa o ministério.

A pasta diz que a medida foi uma proposta do ministro Mendonça Filho ao presidente Michel Temer. "A medida visa a sustentabilidade da política de formação médica no Brasil, preservando a qualidade do ensino, já que o Brasil é referência na formação médica."

Em nota, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) disse que a medida é um retrocesso. “Estancar a criação de novas graduações na área não tem qualquer relação com a garantia da qualidade dos serviços prestados e nem dos profissionais que são disponibilizados no mercado de trabalho. As instituições de ensino passam anualmente por avaliações feitas pelo próprio Ministério, cujo processo inclusive está sendo reformulado”, diz Janguiê Diniz, diretor presidente da ABMES.

Do outro lado, a Associação Médica Brasileira (AMB) manifestou "total apoio à moratória" e cobra até mesmo o cancelamento de editais anteriores, pleito negado pelo MEC. "Médicos mal formados são mais inseguros, solicitam exames desnecessários, não utilizam os tratamentos apropriados, não seguem os protocolos corretos, aumentando o tempo de internação dos pacientes e de intervenção médica sem real necessidade”, diz o presidente da AMB, Lincoln Ferreira.

Mais médicos: expansão
A expansão dos cursos de medicina estava prevista desde 2014 e fazia parte do programa Mais Médicos. À época, os dados oficiais apontavam que o país tinha 21.674 vagas de medicina. Sob a gestão do ministro da Educação, Henrique Paim, o governo federal estabeleceu como meta de criar 11,5 mil novas vagas em cursos de medicina.

Em uma primeira etapa da expansão, 36 cidades atenderam aos critérios do MEC e foram contempladas com a autorização para abrir os cursos. As cidades escolhidas tinham 70 mil habitantes ou mais e não ofereciam a formação médica.

Edital questionado pelo TCU
Publicado em dezembro de 2014, o edital que previa a seleção das instituições para criação das novas vagas de medicina, foi suspenso em outubro de 2015 pelo Tribunal de Contas da União.

Na ocasião, a ministra Ana Arraes destacou em seu despacho que no edital do MEC não havia "delimitação clara dos critérios de habilitação, principalmente quanto à capacidade econômico-financeira" das mantenedoras. Somente em julho do ano passado, o TCU determinou a liberação do edital.

Em setembro do ano passado, o secretário de regulação e supervisor da educação superior do MEC, Maurício Costa Romão, disse, em entrevista ao G1, que para ter a proposta contemplada, a instituição tinha de cumprir três requisitos: ter bons indicadores de qualidade, robutez financeira e projeto pedagógico para a formação médica. "As propostas que não foram habilitadas não cumpriram um ou mais critérios", afirmou.

Novos cursos com bolsas
O projeto de expansão prevê que dez por cento das vagas devem ser concedidas com bolsas voltadas para estudantes de baixa renda. O objetivo da abertura de novos cursos é garantir atendimento a municípios considerados prioritários pelo governo. Todas as cidades têm pelo menos 70 mil habitantes e não ofereciam a formação médica, segundo o governo.

Fonte: G1

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Após transplante, pacientes correm risco de morte sem remédios do governo

Por dois anos, Maria do Socorro Rodrigues, 49, viveu em sofrimento, após receber o diagnóstico de colangite esclerosante primária, uma doença rara que inflama os dutos biliares, gerando cicatrizes e a obstrução desses canais. Passou outros quatro meses na fila de espera por um transplante de fígado.

Recebeu uma ligação em maio deste ano informando que o órgão de que ela precisava para sua operação havia chegado. Foi para a sala de cirurgia e pensou que seus pesadelos haviam acabado.

Foram nove horas na cirurgia e 35 dias de interação antes de poder voltar para casa, no município de Campina Grande (PB).

Corria tudo bem na recuperação, até que ela passou a enfrentar problemas para receber o Tacrolimo, medicamento para evitar a rejeição do órgão transplantado. Essa mesma situação aflige cerca de 400 outros pacientes na Paraíba, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PB). 

Diariamente, Maria do Socorro precisa tomar sete comprimidos de Tacrolimo. São três pela manhã e quatro à noite. Por recomendação médica e risco de rejeição do fígado, a paciente não pode ficar sem tomar nem um comprimido sequer, sob risco, inclusive, de morte.

"A gente pensa que o mais difícil é conseguir o órgão. Confesso que nunca pensei que passaria por isso. Vivemos em um total estado de insegurança e apreensão porque hoje eu tenho o medicamento, mas e amanhã? Quem me garante que vou receber?", afirma. 

"Eu tenho medo de morrer"
Maria do Socorro não tem condições de comprar o remédio, que custa em média R$ 1.200 por uma caixa com cem comprimidos. Mas não poderia mesmo que tivesse, porque o Tacrolimo não é encontrado facilmente nas farmácias. Isso devido ao valor alto e ao público restrito, o que não desperta interesse dos donos de farmácia.

Sendo assim, sua distribuição acaba sendo feita gratuitamente pelo Ministério da Saúde. O governo federal repassa o medicamento aos Estados e estes ficam responsáveis por distribuir para a população que necessita tomar.

Segundo os relatos dos entrevistados pela reportagem, a entrega deste remédio na Paraíba é irregular desde meados de fevereiro deste ano.

"Muitas vezes meu marido vai à central de distribuição e só pega comprimidos para dez ou 20 dias, quando deveria pegar para um mês inteiro", conta Maria do Socorro. "Para não ficar sem o remédio, eu já recorri a médicos do Recife, onde meu transplante foi realizado", completa. 

No último dia 3 de novembro, ela recebeu 140 comprimidos de Tacrolimo, mas deveria ter ficado com 210. "Eu tenho medo de morrer. Fico temerosa com essa situação e bate a ansiedade. Um transplantado deveria evitar situações de estresse, segundo as recomendações médicas. Mas o que fazer numa situação dessa?"

"Vão esperar a gente morrer para resolver?"
O aposentado Wilson de Oliveira, 51, compartilha a mesma angústia de Maria do Socorro. Ele esperou oito meses por um transplante de fígado, realizado em fevereiro deste ano, e agora enfrenta o desafio de receber o Tacrolimo.

"Por várias vezes neste ano recebi fracionado para dez dias. A gente fica à mercê da burocracia. Será que vão esperar a gente morrer para resolver essa situação?", diz ele.

O problema dele é compartilhado com os três filhos e a mulher, temerosos do que possa acontecer. "Estou no período de maior cuidado, de fragilidade, e me vejo de mãos atadas. Não nos resta outra alternativa a não ser esperar. Além do risco de rejeição do órgão, é uma tortura psicológica", conta Oliveira.

Doações do remédio pelo WhatsApp
Há dois anos, pacientes transplantados da Paraíba encontraram um pouco de alívio por mensagens do WhatsApp, nas quais trocam experiências e se ajudam doando ou emprestando comprimidos de Tacrolimo.

A criadora do grupo é Danielle Paiva, presidente da Associação Paraibana de Transplantados e Familiares (Apheto). Ela acompanha de perto o drama dos pacientes.

"Infelizmente isso é uma realidade que aflige pacientes não só da Paraíba, mas de todo o Brasil. É doloroso saber que um transplante hepático custa cerca de R$ 70 mil e que muitos pacientes correm risco de rejeição pela falta de medicamento. O custo é muito alto", afirmou Danielle. 

"Um órgão não tem preço", diz especialista em transplantes
A falta da medicação imunossupressora aos pacientes transplantados pode causar rejeição de órgão ou mesmo a morte, em casos mais graves, segundo o médico hepatologista José Eymard de Medeiros Filho, coordenador do setor de transplante de dois hospitais de João Pessoa.

O Tacrolimo, explica Medeiros, é a base de tratamento para quem faz transplante de fígado, rim ou coração.

Segundo o médico, o risco de rejeição depende de fatores como tipo de imunossupressão, tipo de transplante e tempo de operação. "Quanto mais tardio, melhor tolerância tem o enxerto do transplante."

Segundo ele, o fato de não tomar um ou dois comprimidos não necessariamente vai causar a rejeição do órgão. "Obviamente que, se o paciente fez o transplante há dois, três dias e deixa de tomar uma dose, que geralmente é de mais de um comprimido, essa pessoa, por estar em fase de adaptação, tem um risco maior do que outra pessoa que fez o transplante há mais tempo", diz.

A falta do Tacrolimo para transplantados de rim pode levar à perda do enxerto e ao retorno à hemodiálise. Já para fígado e coração, o risco é de perda do enxerto, retransplante ou mesmo a morte.

Medeiros conta ainda que a medicação até pode ser substituída dentro um planejamento a médio ou longo prazo, em virtude de efeitos colaterais, mas não deve ser trocada simplesmente porque o medicamento está em falta.

"Infelizmente, o fornecimento irregular pelo governo tem levado os pacientes a reduzirem o número de comprimidos que tomam para que possam ficar com algum grau de imunossupressão. Mas alguns pacientes têm realmente ficado sem medicação e isso, consequentemente, tem um risco muito elevado para eles."

Ele ressalta "o receio de que todo o trabalho médico e familiar seja prejudicado pela falta da medicação". "Muitos pacientes vão para outros Estados para receber o órgão e, quando retornam, se veem nessa situação. A gente tenta fazer ajustes, colocando os pacientes em contato uns com os outros para que possam ceder comprimidos, quando possível. O ideal é não passar por isso, pois é um investimento. E um órgão não tem preço", finalizou.

O que dizem os governos federal e estadual
Procurada pela reportagem, a Secretaria Estadual de Saúde da Paraíba informou que a responsabilidade da compra do medicamento Tacrolimo é do Ministério da Saúde e afirmou que há um ano o ministério "vem atrasando e diminuindo o abastecimento do Tacrolimo aos Estados, deixando na Paraíba 401 pacientes preocupados com essa situação".

Ainda de acordo com a SES-PB, o repasse dos medicamentos foi feito com atraso em todos os trimestres deste ano, prejudicando o tratamento dos usuários, pelo risco de rejeição do órgão.

Segundo a tabela apresentada pela secretaria, para o período de outubro a dezembro de 2018, dos 150 mil comprimidos que deveriam ser entregues, apenas 40 mil haviam sido recebidos até o dia 16 de outubro.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que, apesar das reclamações dos pacientes transplantados, o abastecimento na Paraíba "encontra-se regular".

Contudo, reconheceu que as entregas estão sendo feitas parceladas "de forma a não desabastecer o Estado". Informou ainda que uma nova remessa do medicamento deve chegar à Paraíba na segunda quinzena de novembro. 

O ministério explicou que o problema do Tacrolimo se deu em decorrência de uma decisão judicial encerrando a parceria de desenvolvimento produtivo que produzia o medicamento. "No entanto, já foi iniciada a regularização dos estoques do medicamento em todo o país", finaliza a nota. 

Fonte: UOL

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Infância de reis: As vozes das crianças fazem coro à tradição de reisados no Cariri

Cícero Davi ainda era uma criança de colo quando começou a acompanhar os cortejos do Reisado Mirim Estrela Guia, em 2015, nas ruas de Juazeiro do Norte. Agora, com apenas três anos de idade, ele já sai na linha de frente do grupo, com a imponência de príncipe, ao lado princesa Sofia. Juntos, eles são os mais jovens a riscar o chão da rua São Pedro – no Centro da terra do Padre Cícero – com as espadas da folia de reis. E fazem coro a uma tradição que chegou ao Brasil com os portugueses, e segue sendo transmitida de geração a geração. 

Aos 47 anos, Mestra Lúcia, a avó do pequeno príncipe, é a principal responsável por comandar as atividades do grupo desde o dia 15 de setembro de 2000 – além de um outro, de Guerreiras – e por trazer a família para brincar de reis desde a primeira infância. É que ela também começou a brincar cedo, aos sete anos de idade, com a Mestra Margarida. A ideia de dar continuidade à tradição já lhe acompanhava desde aquele período. “Eu dizia: quando eu ficar velha, eu vou botar um grupo. Mas eu quero botar um grupo só meu, com criança, com velho, com o que vier! Mas eu vou botar um grupo só meu! E eu consegui!”, comemora. 

No começo, Mestra Lúcia conseguiu reunir cerca de 52 crianças do bairro Frei Damião, mas hoje são apenas 16. “Eram todas lá do bairro – meus irmãos, meus filhos sempre brincavam. Hoje brincam meus netos”, explica. Além de Cícero, ela também leva Miguel, de apenas oito meses – e que esse só não desfilou trajado na 19ª Mostra Sesc Cariri “porque a menina não conseguiu terminar a roupa dele a tempo”. Ela atribui a redução do número de brincantes a razões como a falta de apoio financeiro do poder público e mesmo a postura de algumas famílias, que preferem não ver os filhos na brincadeira. 

“A maioria das crianças, a mãe não deixa brincar o reisado, não deixa tocar zabumba. Mas quando a mãe não deixa, termina as crianças virando marginais, outras se prostituindo, outras no mundo da droga. Eu acho que elas querem que dê dinheiro o reisado. Reisado não dá dinheiro. Reisado é uma tradição, que vem passando de geração em geração. Dá dinheiro assim, num evento desse do Sesc, nos trabalhos da Secretaria de Cultura, que é pouco, mas se não tem dinheiro, as mães não deixam brincar”, desabafa a mestra, que trabalha no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Juazeiro, e acompanha alguns casos de perto. 

A situação não a desanima. “Mulher, eu tenho uma alegria no meio deles, é o melhor pra mim, eu tando no meio deles, eu tô no céu”, conta. É com o salário mensal que ela mantém as atividades. “Abaixo daquele Pai, eu é quem movo meu grupo”, afirma, referindo-se a Deus, enquanto chama Cícera Dayane, 11, Michelly Silva, 13, e outras crianças para falar. As duas meninas atuam como embaixadoras, puxando o Reisado Mirim Estrela Guia. 

“Na primeira vez que eu fui, achei muito legal. Aí fui ensaiando, ensaiando, fui brincando, aí depois chamei minha mãe”, conta Cícera Dayane. Maria Aparecida Miranda da Silva, 28, a Preta, acompanha a filha nos ensaios e apresentações, às quartas, sábados e domingos, e fica feliz com a desenvoltura dela, com quem também aprende a dançar e cantar. As garotas sonham alto. “Queremos ser mestras!”, afirmam, assim como Luan da Silva, 13, que faz o papel de Catirina no grupo e treina desde pequeno em casa com o mesmo intuito. 

Velhos meninos 
No Reisado São Francisco do Mestre Dodô, há quem diga que quer brincar até chegar aos 100 anos. É o caso de Everton Lucas de Oliveira Sousa, 12, e de Levy Félix da Silva, 10. Primos, os dois eram os únicos jovenzinhos entre outros onze brincantes que se apresentavam no Terreiro da Mestra Margarida. O pai e avô de Levy também participam do grupo. “É tudo em família”, comemoram. 

Os olhares admirados das crianças, mesmo durante a apresentação, têm um destino certo. “Eu quero ser jogador de espadas. O Joãozinho, irmão do mestre, é nossa referência. Ele que ensinou nós a dançar, ele que ensina nós a bater espada. A gente não tem espada, mas ele disse que vai fazer”, conta Everton com um maracá na mão, tal como Levy, que recentemente se mudou de São Paulo. “Eu acho que o reisado é uma cultura de Juazeiro, só tem em Juazeiro”, pensa, ainda que a manifestação não seja exclusiva do cariri cearense. 

A impressão de Levy se deve a alguns aspectos diferenciais explicitados pelo Mestre Dodô. “Nosso grupo é muito fraco de espada, porque aqui no Juazeiro, eles têm uma mania feia, brincam pra brigar! Pai corta filho, filho corta pai. Nossa espada é uma espadinha simples, pra não machucar ninguém, porque uma espada daquela é uma faca também. Não tem gume, inclusive, as nossas eu tenho licença pra andar com elas, mas ali corta. Se a pessoa der uma pancada, quebra o osso, corta a perna. E precisa ter cuidado com as crianças”, alerta o Mestre que já comanda seu grupo há 18 anos. 

Uma outra característica parece permear o Reisado São Francisco. Há quem participe somente depois de mais velho, o que torna menos significativa em termos de quantidade a presença das crianças. Além de Everton e Levy, o grupo só tem mais uma criança brincante. “Na nossa família é o que acontece, voltar depois de velho, porque quando começa a namorar, fica só pensando em namorar”, avalia o mestre, citando como exemplo um neto de 15 anos que já não participa com tanto afinco das atividades. 

Ele se preocupa com o processo de transmissão, e reconhece que, quando há incentivo financeiro, a participação é mais efetiva. “Se eu fizer muitas ligações, botar duas, três vezes crédito de operadora, eu tiro um pouquinho a mais dos cachês. Na verdade, essa foi a primeira vez que eu tirei um pouquinho mais pra mim, só pra pagar aquilo”, admite, sobre a participação de seu Reisado na 19ª Mostra Sesc Cariri. “Mas, no nosso grupo, do maior ao mais pequeno, todo mundo ganha a mesma coisa. Ninguém não é ninguém sozinho”, finaliza. 

ROBERTA SOUZA
ENVIADA ESPECIAL

Fonte: Diário do Nordeste

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18 de novembro

1626 - A Basílica de São Pedro, em Roma, é consagrada.
1918 - A Letônia torna-se independente da Alemanha e da Rússia.
1985 - É publicada a primeira edição da banda desenhada/história em quadrinhos de Calvin and Hobbes.

Nasceram neste dia…
1647 - Pierre Bayle, filósofo e escritor francês (m. 1706).
1787 - Louis Daguerre, pintor, cenógrafo, físico e inventor francês (m. 1851).
1906 - Klaus Mann, escritor alemão, filho de Thomas e Kathia Mann (m. 1949).

Morreram neste dia…
1814 - Aleijadinho, escultor brasileiro (n. 1730).
1922 - Marcel Proust, escritor francês (n. 1871).
2003 - Michael Kamen (foto), maestro e compositor norte-americano (n. 1948).

Fonte: Wikipédia

Governo Temer estuda exigir 44 anos de contribuição para ter direito ao teto da Previdência

O trabalhador brasileiro terá de contribuir por 44 anos para ter direito ao teto da aposentadoria, de acordo com a fórmula de cálculo que está sendo estudada pelo governo para a reforma previdenciária. A fórmula pretende compensar a redução da economia com as mudanças na reforma. Parada desde maio na Câmara, a proposta será desidratada para conseguir os 308 votos necessários para aprovação ainda em 2017.

A reportagem do jornal Folha de S. Paulo teve acesso à fórmula estudada pelo governo para que o trabalhador tenha acesso ao valor máximo da Previdência. Apesar das mudanças anunciadas na proposta, a regra em análise reduz o valor da aposentadoria para quem ganha mais do que um salário mínimo. O relator da proposta, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) afirmou, na semana passada, que vai retirar o dispositivo que prevê contribuição mínima de 25 anos para manter a exigência de 15 anos.

A proposta alterada deverá exigir a idade mínima (65 anos para homens e 62 para mulheres) e 15 anos de contribuição para ter direito a 50% da média salarial do trabalhador brasileiro. Após o tempo mínimo, a fórmula prevê aumentos graduais por faixa de tempo de contribuição. O aumento deve ser de um ponto percentual por ano para aqueles que contribuíram de 16 a 25 anos; 1,5 ponto percentual entre 26 e 30 anos de contribuição, dois pontos para contribuições por 31 a 35 anos e 2,5 pontos a partir de 36 anos. Para atingir os 100%, o trabalhador terá de contribuir por 44 anos.

O tempo para atingir o teto do benefício já tinha sido alterado no relatório de Oliveira Maia. A proposta enviada pelo governo exigia 49 anos de contribuição, que o deputado reduziu para 40.

Na semana passada, Oliveira Maia se reuniu com o presidente Michel Temer (PMDB), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para discutir as mudanças no texto. Ao deixar o encontro, Henrique Meirelles afirmou que o governo está trabalhando para aprovar a reforma com 50% do texto original. Agora, Meirelles afirma que a redução na economia prevista – que era de R$ 800 bilhões com o texto do poder Executivo – não pode ser maior que 50%. O relatório do deputado baiano que foi aprovado na comissão especial previa 75% da economia original.

Moeda de troca
Temer quer ver a reforma da Previdência aprovada na Câmara ainda em 2017. Para isso, casou o interesse do Centrão na reforma ministerial à votação da proposta. De acordo com um dos principais aliados de Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), a reforma ministerial “ampla” deve ser feita até meados de dezembro. O prazo é o mesmo que o Planalto planeja para ver a reforma da Previdência aprovada pelos deputados. Condicionando os cargos ao apoio às mudanças nas regras das aposentadorias, Temer tenta evitar “surpresas” na votação.

Para evitar surpresas em votos da base, o Planalto pretende condicionar a reorganização ministerial com o placar dos votos. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, as trocas já ficarão acertadas, mas os cargos só serão entregues depois da votação.

Fonte: Congresso em Foco

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Lançada plataforma de cursos online totalmente grátis: inglês, espanhol, Excel e mais

O governo federal lançou uma plataforma de cursos online chamada “Escola do Trabalhador”, na qual qualquer pessoa pode se inscrever e cursar as disciplinas à distância pela web. São diversas opções diferentes de cursos em 12 áreas distintas.

A seção com mais cursos é a de “gestão de negócios”, que abriga cursos de 40 horas em análise e investimento, comunicação escrita para o trabalho, introdução ao Excel e outros tópicos. Você poderá cursar também disciplinas mais tecnológicas como segurança da informação e edição e tratamento de imagens.

Todos os cursos são gratuitos, e você pode conferir os detalhes sobre cada um, incluindo ementa, carga horária e requisitos através deste link. Para se inscrever, o aluno precisa apenas informar seu nome, CPF e email.

Os cursos disponibilizados são realizados por meio de uma parceria entre o Ministério do Trabalho (MTb), a Universidade de Brasília (UnB) e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT). Segundo o ministério, a meta é chegar a 38 cursos disponíveis na plataforma até o fim de 2018, mas não há detalhes mais específicos sobre quais temas serão abordados nessas próximas opções da Escola do Trabalhador.

Fonte: Tecmundo

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PT faz representação criminal à PGR contra Globo após denúncia no caso Fifa

O Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou nesta quinta-feira (16), em comunicado em seu site oficial, que apresentou à Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, uma representação criminal contra a Rede Globo. A requisição foi feita após a emissora ter sido acusada de pagar propina para adquirir os direitos de transmissão de partidas de futebol, durante julgamento de dirigentes envolvidos no 'FifaGate' nos Estados Unidos.

A iniciativa trata como evidência as delações do empresário argentino Alejandro Burzaco à Justiça norte-americana. De acordo com ele, a Globo e a Televisa teriam, em março de 2013, pago US$ 15 milhões (cerca de R$ 50 milhões, em cotação atual) em propinas à Torneos y Competencias (TyC), empresa de marketing esportivo responsável por negociar a venda dos direitos de transmissão no continente.

Este dinheiro teria sido repassado a Julio Grondona, ex-presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA) e então membro do comitê financeiro da Fifa.

Burzaco se entregou para a Justiça norte-americana em 2015 e é considerado uma das principais testemunhas do caso. De acordo com ele, a TyC teria vendido os direitos abaixo do preço do mercado para sua subsidiária holandesa que, então, recebia as quantias da TV Globo. Uma parcela deste dinheiro seria repassada em propina aos oficiais da Conmebol.

A acusação ocorreu durante o julgamento do caso Fifa nos EUA, que tem como réus, nesta etapa, José Angel Napout, um dos sucessores de Leoz na Conmebol, o ex-presidente da CBF José Maria Marin e o ex-mandatário da Federação Peruana de Futebol, Manuel Burga.

Em testemunhos dados durante o processo nos últimos dias, Burzaco, da empresa Torneos y Competencias, vem incriminando os dirigentes pelo recebimento de propinas em troca de direitos de transmissão de competições na América do Sul.

A Globo negou o envolvimento no pagamento de propina e se disse surpresa com as acusações feitas por Burzaco. A emissora divulgou comunicado na terça-feira em que afirma ter feito auditoria interna por mais de dois anos e que os pagamentos feitos foram apenas os previstos por contratos de direitos de transmissão.

Fonte: UOL

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