Bebendo sem culpa: por que você deve abandonar os canudos de plástico

Depois das sacolas, chegou a vez dos canudos de plástico se tornarem o inimigo número um dos ambientalistas, e países como Reino Unido e gigantes como a rede de fast-food McDonald's já consideram banir seu uso. Por aqui, o Rio de Janeiro é a primeira cidade a abolir o uso desses canudos descartáveis em bares, quiosques e restaurantes.

O projeto, fruto da pressão popular via a ONG Meu Rio, acaba de ser sancionado pelo prefeito Marcelo Crivella e virou lei (ainda sem prazo para entrar em vigor). Enquanto isso, a Câmara Municipal de São Paulo também discute proibir a distribuição dos canudinhos em território paulistano.

Segundo um estudo da revista americana "Science", oito milhões de toneladas de restos plásticos são jogados todos os anos nos mares e oceanos, o equivalente a 250 quilos por segundo. "O plástico representa mais de 90% do lixo encontrado dentro das tartarugas, que são os animais mais afetados por ele. E a gente notou um aumento nessa quantidade com o passar dos anos", conta Rosane Farah, bióloga responsável e gerente da base de reabilitação do Instituto Gremar, de resgate de animais marinhos.

De acordo com o Instituto Akatu, quase 700 espécies, incluindo as ameaçadas, têm sido impactadas pelo material. E defensores do meio ambiente no mundo todo não se cansam de divulgar imagens chocantes do nocivo impacto dos canudos sobre a fauna marinha. Em um vídeo postado nas redes sociais, por exemplo, dois biólogos levam vários minutos para retirar canudos do nariz de uma tartaruga-marinha na Costa Rica.

E parece que a pressão tem feito efeito e levado o assunto para as redes sociais. No tuíte abaixo, a autora conta o seguinte: "Meu garçom perguntou 'Agora, nós queremos canudos ou queremos salvar as tartarugas?' e honestamente nós todos merecemos essa paranóia da culpa ambiental".

A gente precisa deles?
"Os canudos são servidos automaticamente com os copos nos bares. E eles são muito pequenos para serem reciclados. Eles passam por todos os filtros", explica Yasmine El-Kotni, cofundadora da ONG francesa Bas les Pailles (Abaixo os Canudos), que lançou um abaixo-assinado online para pedir sua proibição na França.

Segundo a ONU, 80% de todo o lixo presente nos oceanos é feito de plástico. Mais de 8 milhões de toneladas desse material são despejados nos mares todos os anos, traduzidos em US$ 8 bilhões em danos aos ecossistemas marinhos. Isso porque são consumidos por animais de todos os tamanhos, desde os microscópicos até as baleias.

A Comlurb, Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio, percebeu essa dominação crescente do lixo plástico na cidade. Se antes ele era pouco usado até os anos 1980, hoje ele superou o papel e o vidro no lixo das casas cariocas. 

Agente invisível: o microplástico
"A gente vê quando tem sofá boiando, uma sacola ou um saco de salgadinho e acha um absurdo. Mas o maior problema a gente não está vendo", alerta Gabriel Monteiro, biólogo e mestre em oceanografia pelo Instituto Oceanográfico da USP. Monteiro explica como o plástico se quebra com a luz solar e o impacto das águas e se fragmenta em pequenas partículas, ingeridas acidentalmente pela fauna marina. Isso inclui pequenos filtradores como o zooplâncton, por exemplo, na base da cadeia alimentar.

Além disso, o microplástico é capaz de absorver pesticidas e herbicidas que chegam ao mar. Esse veneno, assim como o óleo, não se mistura com a água, mas quando encontra um plástico, gruda nele. "É como um tupperware com a gordura do molho de tomate: é difícil de lavar. O microplástico acumula agrotóxico e leva isso para dentro dos organismos marinhos. A gente come agrotóxico na salada e em tudo que vem do mar. A tartaruga engasgada com saco plástico é só a ponta do iceberg", explica o biólogo.

Alternativas
A rede McDonald's testa desde meados de junho duas alternativas aos canudos de plástico: canudos biodegradáveis, ou copos com fecho integrado. Já a rede de hotéis Hilton anunciou o fim de cinco milhões de canudos e 20 milhões de garrafas de plástico servidas a cada ano em suas 650 unidades.

Alternativas existem e já estão sendo usadas: inox, canudos de macarrão cru, de bambu, ou comestíveis de diferentes sabores - não faltam ideias de substitutos. No Frank Bar, em São Paulo, desde setembro de 2017, os drinques e bebidas chegam aos clientes sem canudo algum. Se alguém pedir, aí sim é dado um de papel. "Se cada um fizer sua parte, certamente ajudaremos o meio ambiente e também a conscientizar quem estiver próximo ou atrelado ao nosso negócio, incluindo clientes", diz Spencer Amereno, head bartender do local.

"Fiquei muito chocada quando vi, há quatro anos, uma foto de um golfinho morto engasgado com canudinhos de plástico", diz Zazá Piereck, do carioca Zazá Bistrô, onde só dois drinques vêm com canudo de vidro. Todos os outros da carta o dispensam desde 2014. Ela também adotou outras posturas conscientes no estabelecimento, como não vender água em garrafas plásticas e fazer a logística reversa das de vidro -- devolvê-las ao fabricante para a reutilização.

Há mais de um ano, o Empório Jardim, também no Rio, acabou com os canudinhos plásticos e investiu nos de papel. Ainda assim, os copos saem da cozinha sem eles para não incentivar o consumo e evitar a "mecanização" do uso. Com essa atitude, o estabelecimento notou uma diminuição na demanda por parte dos clientes e até do lixo produzido no restaurante.

"Além de charmosos, os canudos biodegradáveis são sustentáveis. Queremos conscientizar a população sobre a necessidade de reduzir o consumo de canudos plásticos, que aparentemente são inofensivos, mas viram uma praga ambiental", explica Marcus Vinicius Barreto, dono do Pesqueiro, especializado em culinária caiçara e mediterrânea no Rio, que trocou os canudos de plástico pelos biodegradáveis no verão deste ano. 

Fonte: UOL

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Estudantes fazem guia do patrimônio histórico do Cariri

Com o objetivo de inventariar os imóveis históricos do Cariri, quatro estudantes - dois de História e dois de Arquitetura e Urbanismo - fizeram um projeto para criar um guia deste patrimônio para a população em geral, mas sobretudo, arquitetos e historiadores. A ideia é reunir um acervo fotográfico junto com uma descrição destes bens dos municípios da Região e também de Icó, no Centro-Sul, e Exu, em Pernambuco. O material será impresso e disponibilizado como E-Book.

Os quatro formaram um Conselho Editorial que escolhe o imóvel que irá compor o guia. Ele será dissecado na parte arquitetônica, nos elementos construtivos e de fachada. Também terá descrição contemplando a metodologia da História Pública, buscando uma linguagem acessível, sem perder o rigor da pesquisa. "Em uma viagem à Bahia, em 2017, utilizei um guia do Instituto do Patrimônio de lá para visitar as cidades históricas, como Lençóis, Jacobina e Paratinga, e vi uma enorme necessidade de algo assim no Cariri", explica Roberto Júnior, estudante de História da Universidade Regional do Cariri (Urca).

Os apêndices serão compostos por conceitos que nortearam os construtores do passado, estilos arquitetônicos, entre outros. "Se um imóvel é classificado como bangalô, no fim do texto, o leitor vai encontrar uma discussão sobre o que é um bangalô, o porquê de uma construção ser assim caracterizada", explica.

Em Juazeiro do Norte e Barbalha já existe um número significativo de imóveis inventariados, fotografados e com processo de análise arquitetônica concluído. O guia terá uma sessão específica com o patrimônio rural.

"Os nossos critérios de escolha são seu contexto histórico, social e arquitetônico. Com isso, norteamos nossa pesquisa", informa a estudante Rayra Félix, que cursa Arquitetura e Urbanismo na Faculdade de Juazeiro do Norte (FJN). Ela explica que, quando a edificação não está dentro de um destes três critérios, a equipe vai atrás da parte que não foi tão evidenciada. Há muitos imóveis históricos na região que pertencem às famílias fundadoras que ainda moram no imóvel. "Nós já temos em mente as edificações a serem listadas. As que já listamos são casas ou casarões", completa.

Preservação
Apenas Barbalha tem uma legislação que oferece tombamento municipal, identificando e oferecendo apoio aos proprietários. Mesmo assim, é pequeno: apenas a isenção no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). No entanto, há alguns imóveis protegidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

"Aqui em Juazeiro, parte das construções históricas está sendo derrubada para dar lugar a estacionamentos ou abandonada", lamenta Rayra. "Nosso projeto vem para destacar, chamar a atenção e tornar mais acessível a importância desses imóveis para a região", completa.

Para Roberto Júnior, o guia é de extrema importância, tanto para o turismo quanto para a própria identidade histórica regional. "Alimenta o turismo histórico, pois, com um material de apoio denso, novos pesquisadores podem se interessar pela Arquitetura da região", justifica. O estudante também ressalta que o trabalho poderá incluir imóveis fora dos holofotes, "mas que têm muito a nos dizer arquitetonicamente". Além disso, acredita que poderá ter maior engajamento da população na preservação, já que pode despertar o sentimento de pertencimento.

Um destes imóveis é o Casarão dos Esmeraldo, no Sítio Bebida Nova, em Crato, construído entre as décadas de 1870 e 1880, por Antonio Esmeraldo da Silva. O complexo era formado também por um engenho, que chegou a ser um dos mais ativos da região, mas já foi demolido. Restou um velho motor a diesel que acionava as moendas.

Por enquanto, os custos estão sendo cobertos com recursos dos próprios estudantes. No entanto, os quatro estão concluindo a parte burocrática do projeto para captar recursos junto a instituições públicas e privadas e publicar o guia. Até agora, apenas o Instituto Cultural do Cariri (ICC) está apoiando a iniciativa.

ANTONIO RODRIGUES
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Escorpiões passam a matar mais que cobras no Brasil

O tratorista Valdomiro Vieira dos Santos Neto, 34 anos, sempre esteve atento às cobras. Trabalhador de uma usina de cana-de-açúcar na região de Miguelópolis (SP), ele sabe da ameaça venenosa que representa uma cascavel, por exemplo. Mas não imaginava que um bicho peçonhento muito menor teria o poder de devastar sua família. Há um mês, a picada de um escorpião causou a morte de Felipe, seu filho de 3 anos. O menino foi atacado na mão enquanto brincava com um caminhãozinho dentro de casa.

"A gente tem que evitar entrar em contato com um animal desses", disse Valdomiro, bastante abalado. "Mas eu não tinha essa instrução."

Responsável por 184 mortes no Brasil em 2017, o escorpião ultrapassou as serpentes no topo do ranking de animais peçonhentos que mais matam no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. No mesmo ano, foram registrados 105 casos de morte por veneno de cobra.

De 2013 para cá, aumentou em 163% o número de óbitos causados por esse artrópode; naquele ano, eram apenas 70. A proporção no aumento das mortes é muito maior do que a dos casos notificados de escorpionismo, ou seja, situações em que o escorpião injeta veneno em uma pessoa através do ferrão, sem necessariamente levá-la à morte. Eles somaram 125.156 no ano passado, diante de 78.363 em 2013, um aumento de quase 60%.

Os estados de São Paulo e Minas Gerais exibem a situação mais alarmante nas tabelas do Ministério da Saúde. Ambos registraram, respectivamente, 26 e 22 mortes por picada de escorpião em 2017.

'O caminhãozinho picou minha mão'
A mulher de Valdomiro, a dona de casa Camila de Oliveira Diniz, 28 anos, conta que, no dia em que seu caçula foi picado, o marido havia arrastado um armário para consertar uma das portas do móvel. Ela supõe que o escorpião, bicho que gosta de lugares escuros e úmidos, estivesse entocado ali atrás.

Assim que o menino reclamou que "o caminhãozinho tinha picado a mão", Valdomiro viu um escorpião amarelo de costas escuras subindo pela parede, perto do brinquedo. Matou o animal com um chinelo e o colocou num papel. Correu com o filho e o bicho para o pronto-socorro do município, a cerca de cinco minutos de carro da sua casa.

O pronto-socorro de Miguelópolis não tinha soro antiescorpiônico quando Felipe e seus pais chegaram ali, no dia 5 de junho, por volta das 15h. Eles foram então encaminhados em ambulância para Ituverava, a 35 quilômetros de distância, onde o menino foi medicado.

"Depois de tomar o soro, ele parecia bem, conversou, perguntou dos cachorros, a gente tinha certeza de que ia trazer ele pra casa", diz a mãe. Ela recorda que à noite, no entanto, ainda no hospital, o filho vomitou, começou a piorar. Ela logo percebeu que o estado de saúde dele se agravara por causa da movimentação da equipe médica. Felipe chegou a receber massagem cardíaca, mas seu corpo deixou de reagir à 1h da manhã. "Deus recolheu o Felipe", disse Camila.

O casal tem outros dois filhos, de 13 e 10 anos, e não se conforma com o fato de a cidade em que mora não dispor do antídoto. "Se o soro estivesse mais perto e mais à mão...", afirma a mãe. Lembrando que um rapaz, conhecido de Valdomiro, tinha tomado recentemente uma picada de escorpião na cabeça, completou: "Está cheio deles por aqui. Se eu posso dizer algo para os pais é que façam uma busca efetiva pela casa, dia sim, dia não, atrás dessa criatura."

Em entrevista à emissora EPTV no dia 6 de junho, a coordenadora de saúde do município de Miguelópolis, Adib Abrahão, reconheceu que há 15 anos a cidade não tem soro antiescorpiônico disponível para seus cidadãos, mas que estaria "vendo todo o protocolo" para adquirir o medicamento. A prefeitura não respondeu à BBC News Brasil para informar se providenciou o soro.

A população de Miguelópolis tem por prática colocar os escorpiões que mata em garrafas PET ou vidros com álcool. Suas coleções pessoais são arregimentadas no banheiro, na cozinha, na área de serviço, nas dobras de lençóis e mosquiteiros, no meio do lixo ou do material de construção estocado perto ou dentro de casa. A maioria dos casos é de picadas nos pés e nas mãos, seguidas de dor intensa no local, que costuma irradiar para os membros. Por vezes, aparecem vermelhidão, inchaço e/ou febre, sintomas ainda considerados leves.

Em casos mais graves, porém, o quadro pode evoluir para náuseas, vômitos, dor abdominal, sudorese excessiva, taquicardia, salivação fora do normal, agitação ou prostração, perda do controle cognitivo, insuficiência cardíaca, edema pulmonar e choque. "O veneno do escorpião tem uma ação neurotóxica, afetando o sistema nervoso central", diz a bióloga Gabriela Cavalcanti, que trabalhou com escorpiões durante toda a sua graduação na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

A recomendação, em caso de ferroada, é procurar o serviço de saúde mais próximo. Limpar o local da picada com água e sabão pode ser uma medida auxiliar, desde que não atrase a ida da pessoa ao posto de atendimento. Não se deve fazer torniquete, aplicar qualquer substância no ponto da picada nem fechá-lo com curativo, para não favorecer infecções.

Pernambuco, onde mora Cavalcanti, é o terceiro estado com maior número de mortes por picada de escorpião. No ano passado foram 9 delas, segundo relatório epidemiológico do Ministério da Saúde.

Onde tem barata, tem escorpião
Em janeiro de 2018, um menino, também de 3 anos, teria sido vítima do animal peçonhento enquanto assistia à televisão sentado no sofá de casa, em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife. A mãe não entendeu, de imediato, o porquê do choro da criança. Só quando um dos dedinhos do garoto passou a ficar roxo ela o levou para o hospital. Moradores do bairro em que mora a família do garoto, Cajueiro Seco, afirmaram ser comum flagrar o bicho nas residências, onde também se multiplicam baratas, para as quais pouco se dá bola.

"Mas onde prolifera barata, tem escorpião", afirma a infectologista Fan Hui Wen, gestora responsável pelo Laboratório de Artrópodes e pelo Núcleo Estratégico de Venenos e Antivenenos do Instituto Butantan, em São Paulo. Baratas são um dos alimentos preferidos dos escorpiões.

Com especialização em saúde pública, a médica cansou de ver casos em que houve demora no diagnóstico por problemas de comunicação com crianças pequenas – que ainda não conseguem verbalizar o que teria causado o incômodo que sentem. Só quando começam a vomitar, por exemplo, é que os pais procuram o pronto atendimento.

A velocidade de ação do veneno varia de pessoa para pessoa, mas a vítima pode morrer duas horas depois de picada. "Um dos motivos pelos quais o óbito por animal peçonhento choca muito é por ser abrupto", diz Wen. "A pessoa está bem, brincando ou trabalhando, e de uma hora para outra entra num quadro agudo."

Crianças abaixo de 7 anos e idosos com saúde debilitada são os que exigem mais atenção, por apresentarem maior risco de alterações sistêmicas. Trabalhadores da construção civil, de madeireiras e de distribuidoras de hortifrutigranjeiros também estão mais vulneráveis ao ataque porque manuseiam objetos e alimentos nos quais o escorpião pode se alojar.

Compra de doses
O Ministério da Saúde informa que foram firmados contratos com os Institutos Butantan e Vital Brazil para o fornecimento de 62 mil frascos do soro antiescorpiônico para todo o país neste ano. O Butantan, em São Paulo, responderia por 44 mil frascos (70,97% do total) e o Vital Brazil, com sede em Niterói, pelos 18 mil restantes. Segundo a pasta, o ministério passa os frascos para os governos, que os repassam aos municípios.

A médica Wen destaca, ainda, que o Butantan recebeu a encomenda ministerial de 35 mil frascos de soro antiaracnídico, um combinado que neutraliza picadas de escorpião e de duas aranhas venenosas, a marrom (Loxosceles) e a armadeira (Phoneutria). Uma pessoa picada por escorpião pode tanto receber o antiescorpiônico quanto o antiaracnídico, mas o inverso não funciona. "Nesse caso, a prioridade do antiaracnídico é para as picadas de aranhas", atesta. Em 2017, segundo dados do Ministério da Saúde, foram notificados 32.859 casos de acidentes com aranhas, culminando em 30 mortes.

Wen insiste que nem todos os casos de escorpionismo evoluirão para um quadro sistêmico. Cerca de 15% precisarão do soro, justamente por apresentarem os sintomas mais graves. Quando isso se manifesta, recomenda-se usar três frascos por paciente.

"Tem de ser de uma vez só. Não adianta neutralizar metade e, daqui a três horas, aplicar o soro novamente, porque o restante do veneno que ficou circulando no corpo vai continuar agindo." Por ser uma medicação intravenosa, é necessário que seja ministrado em ambiente hospitalar, cuja equipe precisa avaliar se, além do soro, é recomendável um cuidado adicional.

O soro é produzido a partir do veneno do próprio escorpião. No Butantan, a fonte são cerca de 15 mil desses aracnídeos, todos alimentados em cativeiro. A imensa maioria, 99% deles, pertence à espécie Tityus serrulatus, a mais comum no Sudeste, exatamente a que teria atacado Felipe. Mas o soro funcionaria também para o Tityus stigmurus, que predomina no Nordeste do país. Ambos têm uma carapaça amarelada.

Proliferação urbana
Gabriela Cavalcanti explica que um dos motivos da multiplicação acelerada do serrulatus e do stigmurus é que eles podem se reproduzir tanto pela forma sexuada quanto por partenogênese, isto é, quando a fêmea não necessita do macho para originar filhotes. A segunda maneira, segundo a bióloga, é a preferencial dos animais nos centros urbanos pela eficácia no ambiente.

"A prole nasce idêntica à mãe, são portanto todas fêmeas, e com a mesma capacidade de se reproduzirem sozinhas", diz a bióloga. Um exemplar dessas espécies vive, em média, quatro anos. Cada fêmea pode gestar três a quatro vezes ao ano, e cada prole de serrulatus chega até a 20 filhotes. A taxa de natalidade do stigmurus é mais baixa: de 8 a 14 filhotes.

Para os especialistas, o motivo principal da disseminação desses animais no país é a ocupação irregular e desordenada das cidades, agregada a um saneamento básico precário e as toneladas de lixo que se alastram pelo meio urbano.

A preservação de inimigos naturais dos escorpiões, como corujas, lagartos, sapos e galinhas, está no rol das prevenções efetivas apontadas pelos especialistas. Já os inseticidas, por outro lado, são condenados. Borrifá-los pela casa não só pode afetar cachorros e gatos, como desalojar os escorpiões de seus esconderijos e aumentar o número de acidentes.

Fonte: BBC Brasil

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Justiça defere ação do MPCE em prol de crianças e adolescentes autistas de Aurora

Vista aérea da cidade de Aurora (CE)
O juiz de Direito da Comarca de Aurora, João Pimentel Brito, determinou, no dia 4, que o prefeito daquele município, João Antônio de Macedo Júnior, disponibilize psicólogo, psicopedagogo, terapeuta ocupacional, fonoterapeuta e neuropsicólogo com vistas a acompanhar o desenvolvimento da criança César Gustavo Bernardo de Lira e outras em situações semelhantes identificadas pela Secretaria de Saúde, no prazo de 30 dias, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00.

A decisão, em caráter liminar, atende a uma Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), através do promotor de Justiça Luiz Alexandre Cyrilo Pinheiro Machado Cogan. A ação requereu a destinação de uma equipe multidisciplinar, promovida pelo município de Aurora, para acompanhar crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), bem como os medicamentos e nutrição necessários ao controle da patologia. O município deve, ainda, organizar e estruturar a atenção básica a tornar apta ao atendimento multidisciplinar.

Na ação, o promotor de Justiça solicita que seja concluído, no edital de concurso público municipal, os profissionais mencionados, com vagas e salário de mercado, tudo sob pena de multa diária. O inquérito civil público que originou a ação apurou ausência de fonoterapeuta, psicoterapeuta, psicopedagogo e terapeuta ocupacional naquele município, o que tem prejudicado o desenvolvimento educacional de crianças com deficiência.

Luiz Cogan buscou resolver a questão de forma extrajudicial, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Contudo o município acionado não o fez, afirmando que restou frustrada a contratação dos profissionais, como também disse que havia outras crianças e adolescentes em situação semelhante. O promotor de Justiça acrescentou que não foram disponibilizadas vagas para o cargo de psicopedagogo, bem como foi ofertada uma vaga para o cargo de terapeuta ocupacional. Todavia, não houve aprovados, tudo no processo seletivo realizado pelo Poder Público.

Assessoria de Imprensa/MPCE

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Desembargador de plantão do TRF-4 volta a ordenar cumprimento imediato da soltura de Lula

O desembargador Rogério Favreto voltou a determinar a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dentro de uma hora, em terceiro despacho publicado neste domingo. Ele afirmou que sua decisão não desafia decisões anteriores do colegiado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) ou qualquer outra instância superior, "muito menos decisão do magistrado da 13ª Vara Federal de Curitiba", que não tem competência jurisdicional no recurso em julgamento.

Favreto havia concedido liberdade a Lula na manhã deste domingo e sua decisão foi revogada pelo desembargador João Gebran Neto, relator dos processos da Lava-Jato na 8ª Turma do TRF-4. O prazo de uma hora para soltar Lula vence às 17h12.

O desembargador disse que não cabe qualquer correção à sua decisão, "dentro da normalidade da atuação judicial e respeitado o esgotamento da jurisdição especial de plantão".

Ressaltou ainda que não há qualquer subordinação dele a outro colega do TRF4, apenas às instâncias superiores, "respeitada a convivência harmoniosa das divergências de compreeensão e fundamentação das decisões". E afirmou que não estamos "em regime político e nem judicial de exceção".

Favreto reiteirou a decisão e afirmou que apenas "esgotadas as responsabilidades de plantão" o recurso será encaminhado automaticamente ao relator da 8ª Turma dessa Corte, João Gebran Neto.

O desembargador disse que não foi induzido a erro e que "deliberou sobre fatos novos relativos à execução da pena", e que entende haver violação ao direito constitucional de liberdade de expressão.

Desembargador Rogério Favreto  (Foto: Divulgação/TRF-4)
"Por fim, reitero o conteúdo das decisões anteriores determinando o imediato cumprimento da medida de soltura no prazo máximo de uma hora, face já estar em posse da autoridade policial desdes as 10h, bem como em contado com o delegado plantonista foi esclarecida a competência e vigência da decisão em curso. Assim, eventuais descumprimentos importarão em desobediência de ordem judicial, nos termos legais".

Favreto voltou a dizer que o Habeas Corpus trata sobre fato novo, ainda não julgado, e que, qualquer cidadão sem assistência de advogado, pode impetrar o recurso. Explicou ainda que o plantão é suficiente para decidir porque trata-se de réu preso e que isso consta em normas internas do TRF e CNJ.

"Ademais, a decisão pretendida de revogação - a qual não se submete, no atual estágio, à reapreciação do colega - foi devidamente fundamentada quanto ao seu cabimento em sede plantonista", escreveu.

Favreto também encaminhou para o Conselho Nacional de Justiça e para a Corregedoria do TRF-4 a manifestação do juiz Sergio Moro, para apurar "eventual falta funcional".

Pedido feito por deputados
O pedido de liberdade foi feito por três deputados federais do PT e protocolado trinta minutos após o início do plantão do desembargador Rogério Favreto no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Na decisão de libertar Lula, Favreto argumentou que, mesmo que o Supremo Tribunal Federal tenha permitido a execução da pena após condenação em segunda instância, ela dependeria ainda de uma fundamentação que indique a necessidade da prisão. Além disso, cita a pré-candidatura de Lula à Presidência como fato novo que justificaria a sua liberdade.

Mesmo de férias, o juiz Sergio Moro, da 7ª Vara Federal de Curitiba, questionou a competência de Favreto em julgar o caso e decidiu aguardar a decisão de Gebran Neto.

Fonte: O Globo

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Não adiantou espernear Moro! Desembargador reitera o IMEDIATO cumprimento da soltura do ex-presidente Lula

O desembargador Rodrigo Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), emitiu novo despacho, neste domingo, 8, em que manda soltar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão inicial não foi acatada pelo juiz federal Sérgio Moro, que encaminhou o caso ao relator no TRF-4, João Pedro Gebran Neto.

Em nova decisão, Favreto afirma que Lula entrou com uma nova petição em que alega ‘entraves e retardo no cumprimento da decisão exarada no presente Habeas Corpus, bem como pela ausência de Delegado da Polícia Federal na sua sede’.

“Considerando os termos da decisão proferida em regime de plantão e que envolve o direito de liberdade do Paciente, bem como já foi determinado o cumprimento em regime de URGÊNCIA por “qualquer autoridade policial presente na sede da carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba”, reitero a ordem exarada e determino o IMEDIATO cumprimento da decisão, nos termos da mesma e competente Alvará de Soltura expedido (Evento 6), ambos de posse e conhecimento da autoridade policial, desde o início da manhã do presente dia”, escreve.

O desembargador registra ainda ‘que sem adentrar na funcionalidade interna da Polícia Federal, o cumprimento do Alvará de Soltura não requer maiores dificuldades e deve ser efetivado por qualquer agente federal que estiver na atividade plantonista, não havendo necessidade da presença de Delegado local’.

“Pelo exposto, determino o IMEDIATO cumprimento da medida judicial de soltura do Paciente, sob pena de responsabilização por descumprimento de ordem judicial, nos termos da legislação incidente”, escreveu.

“Comunique-se os Impetrantes, remetendo a presente decisão à Polícia Federal para imediato atendimento da ordem judicial”, concluiu.

Fonte: Estadão Conteúdo

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Lula livre: Desembargador do TRF-4 manda soltar ex-presidente com URGÊNCIA

Em decisão divulgada neste domingo (8), o desembargador federal Rogério Favreto do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), com sede em Porto Alegre, decidiu conceder liberdade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde 7 de abril deste ano em Curitiba. Lula foi condenado no processo do triplex, no âmbito da Operação Lava Jato, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O despacho determina a suspensão da execução provisória da pena e a liberdade de Lula.

"Cumpra-se em regime de URGÊNCIA nesta data mediante apresentação do Alvará de Soltura ou desta ordem a qualquer autoridade policial presente na sede da carceragem da Superintendência da Policia Federal em Curitiba, onde se encontra recluso o paciente", diz trecho da decisão.

O G1 tenta contato com a assessoria do ex-presidente.

Lula foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele é o primeiro ex-presidente do Brasil condenado por crime comum.

A defesa de Lula entrou com habeas corpus, com pedido liminar, contra as decisões do juiz Sérgio Moro. O petista estava em uma sala especial de 15 metros quadrados, no 4º andar do prédio da PF, com cama, mesa e um banheiro de uso pessoal. O espaço reservado é um direito previsto em lei.

O desembargador sustenta que, já que o cumprimento ocorrerá em um domingo, que não é dia útil, se dispensa o exame de corpo de delito, se for de interesse de Lula.

Lula condenado
O ex-presidente é acusado de receber o triplex no litoral de SP como propina dissimulada da construtora OAS para favorecer a empresa em contratos com a Petrobras. O ex-presidente nega as acusações e afirma ser inocente.

Saiba mais sobre a condenação
Lula foi condenado por Moro na primeira instância, e a condenação foi confirmada na segunda instância pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

A defesa tentou evitar a prisão de Lula com um habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF), mas o pedido foi negado pelos ministros, por 6 votos a 5, em votação encerrada na madrugada de quinta.

Na tarde de quinta, o TRF-4 enviou um ofício a Moro autorizando a prisão, e o juiz expediu o mandado em poucos minutos.

Os advogados de Lula, porém, questinaram a ordem de prisão porque ainda poderiam apresentar ao TRF-4 os chamados "embargos dos embargos de declaração".

Depois, a defesa ainda tentou evitar a prisão com recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no STF, que também foram rejeitados.

Fonte: G1

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Fernando Santana prestigia evento do Governo do Estado em Barbalha

Numa noite de festa para o povo de Barbalha, o ex secretário adjunto do Gabinete do Governador Camilo Santana, Fernando Santana esteve presente no evento comemorou nesta quarta-feira (4), a chegada de investimentos em obras de infraestrutura e segurança pública. Entre outros benefícios, estão a construção da estátua de Santo Antônio, padroeiro de Barbalha, como o museu que vai retratar a história do Pau da Bandeira, e a implementação do grupamento do Batalhão de Policiamento de Rondas e Ações Ostensivas (BPRaio) e Sistema de Videomonitoramento no município. 

A instalação do grupamento do BPRaio em Barbalha faz parte do programa que visa atender todos os municípios cearenses com população acima de 50 mil habitantes. A unidade criada nesta quarta-feira (4) já é o 35º grupamento instalado no Ceará. São 37 policiais com o apoio de 16 motos, todas de 1.000 cilindradas e uma viatura 4×4. Já o videomonitoramento é composto por 17 câmeras de 360 graus.

O governador Camilo Santana também anunciou a instalação de uma nova delegacia da Polícia Civil e uma brinquedopraça para Barbalha. A delegacia deve ser entregue nos próximos meses e vai aproveitar os policiais civis aprovados no concurso público e convocados recentemente pelo governador. 

Além da estátua de Santo Antônio, que vai receber investimento de R$ 2 milhões, o governador Camilo Santana também anunciou a construção de duas areninhas (campos soçaite com toda a infraestrutura de vestiário e alambrado, grama sintética e iluminação). "A primeira delas será construída no bairro das Malvinas no valor de pouco mais de R$ 1,6 milhão. A prefeitura cedeu o terreno e nós vamos construir e entregar. A execução da obra é imediata", explicou Camilo. 

O governador também anunciou investimentos do Programa Sinalize, coordenado pelo Detran-CE, que consiste em proporcionar segurança no trânsito com pavimentação asfáltica e sinalização vertical e horizontal das ruas e avenidas da cidade. Serão 40.000m² de pavimentação, cujo início será imediato. Várias autoridades da Região do Cariri estiveram presentes na solenidade em Barbalha, assim como o secretário de Segurança Pública, André Costa.

Em seu perfil pessoal no Facebook, assim Fernando Santana se pronunciou: "Barbalha vivenciou um grande momento ontem, o Raio chega na cidade para melhorar nossa segurança pública. Minha gratidão a Deus pelas oportunidades, pois fiquei muito feliz em contribuir mesmo que pequeno, com minha cidade, pedindo, solicitando e articulando ações para nossa região e ontem em especial Barbalha. Projetei, sonhei e falei milhares de vezes aos amigos mais próximos, um dia vamos fazer algo neste prédio da Telemar no centro da cidade, hoje será o Raio. A melhor experiência na política é servir, ajudar no desenvolvimento e buscar melhoraria para nossas vidas.

Tomei uma decisão de fazer um diálogo maduro com o Prefeito, pois Barbalha não poderia perder ações importantes por conta da “política”, fui até criticado, mais eu sei que o benefício para as pessoas que mais precisam justifica e farei sempre este diálogo quando Barbalha tiver que ganhar algum benéfico. No diálogo com o Prefeito, inclusive quero agradecer, pois ele deu o terreno para construir uma delegacia padrão em Barbalha, demonstrando frutos deste diálogo.

Areninha no campo das Malvinas já iniciou, logo teremos Areninha no Bairro do Rosário, pedido nosso desde 2016 ao amigo Governador Camilo, são comunidades necessitadas de equipamentos esportivos e com eles, possam desenvolver o esporte como veículo de inclusão social.

Asfaltos nas entradas da cidade já passavam de necessidade, virou urgência urgentíssima e agora pelo Governo do Estado será realizado, bem como varias ruas e o Pé de Serra.

Projetamos ainda em 2016 um monumento em homenagem ao Santo Antônio, nosso pensamento é transformar Barbalha atrativa ao turismo e deixar nossa cidade mais bela, dando oportunidade ao lazer e no turismo geração de emprego e renda.

Na oportunidade, agradecemos ao Governo do Estado na pessoa do Governador Camilo, que não tem medido esforços para o crescimento do Cariri e melhoramento de nossas cidades.

O apoio dos amigos foi fundamental para não desistirmos da luta. Grande abraço em todos de agradecimento pela presença e companheirismo visto ontem."

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Barbalha ganha investimentos do Governo do Estado em turismo e segurança

Foto: Nívia Uchôa/Governo do Ceará
A população de Barbalha, na Região do Cariri, comemorou nesta quarta-feira (4), a chegada de investimentos em obras de infraestrutura e segurança pública. O anúncio foi feito pelo governador Camilo Santana, que, entre outros benefícios, autorizou a construção da estátua de Santo Antônio, padroeiro de Barbalha, com museu que vai retratar a história do Pau da Bandeira, e a implementação do grupamento do Batalhão de Policiamento de Rondas e Ações Ostensivas (BPRaio) e Sistema de Videomonitoramento no município. 

"Minha ideia é criar um triângulo religioso aqui no Cariri. Em Juazeiro temos a estátua de Padre Cícero e, no Crato, a de Nossa Senhora de Fátima. Hoje, aqui em Barbalha estou anunciando a construção do monumento a Santo Antônio. Esses três monumentos irão incrementar o turismo religioso que é muito forte aqui na região", afirmou o governador Camilo.

Foto: Nívia Uchôa/Governo do Ceará
A instalação do grupamento do BPRaio em Barbalha faz parte do programa que visa atender todos os municípios cearenses com população acima de 50 mil habitantes. A unidade criada nesta quarta-feira (4) já é o 35º grupamento instalado no Ceará. São 37 policiais com o apoio de 16 motos, todas de 1.000 cilindradas e uma viatura 4×4. Já o videomonitoramento é composto por 17 câmeras de 360 graus.

O governador também anunciou a instalação de uma nova delegacia da Polícia Civil e uma brinquedopraça para Barbalha. A delegacia deve ser entregue nos próximos meses e vai aproveitar os policiais civis aprovados no concurso público e convocados recentemente pelo governador. 

Mais investimentos
Além da estátua de Santo Antônio, que vai receber investimento de R$ 2 milhões, o governador Camilo Santana também anunciou a construção de duas areninhas (campos soçaite com toda a infraestrutura de vestiário e alambrado, grama sintética e iluminação). "A primeira delas será construída no bairro das Malvinas no valor de pouco mais de R$ 1,6 milhão. A prefeitura cedeu o terreno e nós vamos construir e entregar. A execução da obra é imediata", explicou Camilo. 

O governador também anunciou investimentos do Programa Sinalize, coordenado pelo Detran-CE, que consiste em proporcionar segurança no trânsito com pavimentação asfáltica e sinalização vertical e horizontal das ruas e avenidas da cidade. Serão 40.000m² de pavimentação, cujo início será imediato. Várias autoridades da Região do Cariri estiveram presentes na solenidade em Barbalha, assim como o secretário de Segurança Pública, André Costa.

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Governo cancela R$ 9,6 bilhões em benefício irregular

O governo cancelou R$ 9,6 bilhões em auxílios-doença e aposentadorias por invalidez, de quase 220 mil pessoas, ao intensificar o pente-fino para encontrar benefícios irregulares. Até o fim do ano, o Ministério do Desenvolvimento Social avalia que a economia deve chegar a R$ 15,7 bilhões com o impulso das perícias. A redução desses gastos dá um alívio no Orçamento da União em 2018 e 2019.

Em quatro meses, de março até o fim de junho, meio milhão de beneficiários passaram pelo crivo dos peritos do INSS. O governo mudou as regras para o trabalho dos peritos e conseguiu dar novo gás ao programa de revisão dos benefícios, que começou a ser implementado em agosto de 2016. De março a junho, o número de perícias foi quase o dobro das 289,8 mil realizadas desde o início do programa.

Na primeira fase do pente-fino, que durou até fevereiro passado, haviam sido cancelados 82% dos auxílios-doença e 17% das aposentadorias por invalidez que passaram pela perícia técnica do INSS. Nessa segunda fase, 74% dos auxílios-doença revisados (112.959) e 31% das aposentadorias por invalidez (106.763) foram cancelados. Esse é o último balanço que o governo pode divulgar antes das eleições.

Perícia
Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo" e ao "Broadcast" (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), o ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, disse que o governo passou a exigir quatro perícias por dia para quem quisesse ter acesso ao bônus que é dado aos peritos que aderem voluntariamente à revisão, feita fora do expediente normal. Antes, os peritos podiam escolher quantas perícias podiam ser feitas. Havia perito que só fazia uma revisão por semana.

"Isso fez com que nossa capacidade de perícia saltasse de 20 mil para 200 mil por mês", explicou o ministro. O governo paga bônus de R$ 60 por perícia extra. A revisão pretende alcançar até o fim do ano 553 mil auxílios-doença e 1 milhão de aposentadorias por invalidez. Até agora, 36,4 mil pessoas não compareceram à revisão e tiveram o benefício cancelado.

Segundo Beltrame, esses são gastos que deixam de ser feitos, abrindo espaço para investimentos em outras áreas. Ele estima economia adicional de mais R$ 5,2 bilhões com a aposentadoria por invalidez a partir de 2019, subindo para quase R$ 21 bilhões com a revisão. Ao contrário do auxílio-doença, cujo benefício é cortado assim que é constatada a irregularidade, quem tem a aposentadoria por invalidez cancelada recebe por mais um ano e meio depois do corte. Por isso, o efeito maior da redução da aposentadoria só deverá ocorrer em 2019.

A Justiça reativou 2,4% dos benefícios cancelados - número considerado baixo pelo ministro e que, segundo ele, demonstra o acerto das revisões.

No pente-fino, o governo encontrou 30 mil pessoas aposentadas por invalidez que estavam trabalhando com carteira assinada. Para o ministro, esse é um exemplo da situação de descontrole na concessão dos benefícios. Na sua avaliação, houve omissão do INSS no passado na revisão dos benefícios, que não estava sendo feita sistematicamente como previsto por lei.

Em 2000, a quantidade de auxílios-doença era de 500 mil. Em 2005, o volume de concessões chegou a 1,5 milhão. "As pessoas ficaram mais doentes ou o INSS ficou mais leniente na tarefa de governança dos benefícios?", criticou Beltrame. De 2016 até agora, o número de auxílios-doença caiu de 1,8 milhão para 1,3 milhão. A expectativa é que esse número caia para em torno de 1 milhão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: UOL (Com Estadão Conteúdo)

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Adesivo para tratamento de Alzheimer já está disponível pelo SUS

Uma nova forma de tratamento para o Alzheimer está disponível no SUS. O remédio rivastigmina, já disponibilizado em comprimido e solução oral, agora também é disponibilizado em forma de adesivo transdérmico.

A rivastigmina faz com que ocorra um aumento de uma substância chamada acetilcolina, que está reduzida no cérebro de quem tem Alzheimer, mas a medicação pode causar sintomas gastrointestinais como náuseas e diarreia, diminuição do apetite e dor de cabeça.

A adição do adesivo à lista de remédios do SUS representa uma melhoria na qualidade de vida de alguns pacientes. Por ser colocado na pele, a absorção do remédio se dá ao longo do dia e por isso tem menos efeitos colaterais, especialmente no sistema digestivo.

Segundo Rodrigo Schultz, presidente da Associação Brasileira de Alzheimer, o adesivo também garante que não haja flutuação da dose: "Sendo por via transdérmica, há uma liberação contínua e regular ao longo das 24h, impedindo a ocorrência de flutuação de dose, ou seja, aumentos e reduções da medicação no organismo conforme ela segue sendo metabolizada."

Além disso, de acordo com Schultz, muito pacientes se recusam a fazer uso de remédios via oral e muitas vezes tiram o medicamento da própria boca após a administração.

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, causada pela morte progressiva de células do cérebro, prejudicando funções como memória, atenção e orientação e linguagem, o que gera graves consequências para qualidade de vida dos pacientes. A doença não tem cura.

No Brasil, segundo dados de 2017, estima-se que haja 1,1 milhão de pessoas com a doença.

Quem pode usar?
Qualquer paciente com Alzheimer que faça uso da rivastigmina pode usar o medicamento em versão adesiva: "Há uma população que se beneficia mais que seria aquela com dificuldades para engolir ou que apresenta efeitos colaterais, sejam eles com qualquer medicação para essa finalidade", explica Schultz.

O adesivo também pode ser usado no banho e deve ser retirado 24 horas após o uso. Por ser colocado na pele, o adesivo pode trazer esporadicamente algumas reações no local da sua colocação e por isso é recomendado um rodízio no local de uso do adesivo.

"Em caso de falta, podem ser usados comprimidos ou solução oral na dose correspondente sem problema algum. Sem qualquer risco", diz Schultz.

Como ter acesso
Segundo o Ministério da Saúde, o medicamento já está disponível nas unidades de saúde responsáveis pela distribuição deste tipo de remédio.

Ainda de acordo com o ministério, os pacientes devem atender aos critérios de elegibilidade dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas e apresentar os seguintes documentos em um estabelecimento de saúde designado:
  • cópia do Cartão Nacional de Saúde (CNS);
  • cópia de documento de identidade, cabendo ao responsável pelo recebimento da solicitação atestar a autenticidade de acordo com o documento original de identificação;
  • Laudo para Solicitação, Avaliação e Autorização de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (LME), adequadamente preenchido;
  • prescrição médica devidamente preenchida;
  • documentos exigidos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas publicados na versão final pelo Ministério da Saúde, conforme a doença e o medicamento solicitado; e
  • cópia do comprovante de residência.
Além da rivastigmina, o SUS também disponibiliza outros medicamentos para o tratamento de Alzheimer: Donepezila, Galantamina e a Memantina.

O ministério explica que a adição da versão adesiva do medicamento à lista disponibilizada pelo SUS se dá por causa dos menores efeitos colaterais e da facilidade de aplicação.

"A rivastigmina já era oferecida por via oral, porém tinha o inconveniente de causar alguns desconfortos gastrointestinais no paciente, como náusea, vômito e diarreia. Para tentar diminuir esses efeitos indesejáveis, foi incorporada essa nova apresentação, que será indicada pelo médico que acompanha o paciente. Além disso, os pacientes com Alzheimer, podem tomar mais medicamentos ou menos que a quantidade prescrita, devido ao esquecimento", diz nota do Ministério da Saúde.

Fonte: Bem Estar/G1

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Multas de trânsito poderão ser pagas parceladas no cartão de crédito

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou novas regras para o pagamento de infrações por motoristas em situações irregulares. 

A principal mudança está na permissão das autoridades de trânsito estabelecerem possibilidades de quitação dos débitos com diversas formas de pagamento, inclusive utilizando cartões e de forma parcelada.

O parcelamento não ficará restrito a apenas uma multa. Ele poderá ser organizado para mais infrações, em parcelas ou no conjunto dos débitos que um motorista tenha em relação ao seu veículo com um departamento de trânsito. Ao parcelar as infrações, o motorista fica liberado de pendências como a do licenciamento do veículo.

Com o novo sistema, os departamentos estaduais de trânsito (Detrans) poderão contratar empresas para novos meios de pagamento. Em geral, a quitação de multas era realizada por meio de boletos emitidos pelos departamentos.

As operadoras acionadas para intermediar os pagamentos devem ser credenciadas por entidades do Sistema Nacional de Trânsito. O proprietário do cartão deverá ser informado previamente das taxas adicionais cobrados ao optar por esta modalidade. Esses custos ficarão a cargo do motorista, e não dos departamentos de trânsito.

Os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito que optarem por esse método de pagamento terão que repassar informações mensais ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) sobre a arrecadação. Caso essa prestação de contas não seja feita, a entidade poderá sofrer penalidades.

Fonte: Paraná Portal/UOL

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Comissão da Câmara aprova projeto que restringe venda direta de orgânicos

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (02) projeto de lei sobre novas regras que restringem a venda direta de produtos orgânicos.

O texto prevê que a venda de produtos orgânicos diretamente ao consumidor seja feita apenas por agricultor familiar “integrante de organização de controle social cadastrada nos órgãos fiscalizadores”, informou a Agência Câmara.

Além disso, a venda poderá ser feita sem a certificação para garantir a procedência do produto, “se o consumidor e o órgão fiscalizador puderem rastrear o processo de produção e ter acesso ao local de produção ou processamento”.

Pelo projeto, os agricultores familiares poderão comercializar a produção própria, de outros produtores certificados ou de produtos com a certificação prevista na Lei da Agricultura Orgânica.

A comercialização deverá ocorrer em feiras livres ou em propriedade particular. Atualmente, a venda de produtos orgânicos pode ser feita em estabelecimentos como supermercados desde que a mercadoria tenha o selo SisOrg, obtido por auditoria ou fiscalização.

Pela Lei da Agricultura Orgânica, os agricultores familiares são os únicos autorizados a realizar vendas diretas ao consumidor sem certificação, desde que participem de organização de controle social.

O relator do projeto, deputado Luiz Nishimori (PR-PR) afirmou que “um regramento mais rígido para a venda direta de produtos orgânicos trará benefícios para os produtores que verdadeiramente investem e observam os preceitos da agricultura orgânica, assim como para os consumidores”.

A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de seguir para o Plenário da Câmara.

Fonte: Exame.com

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Sarampo, pólio, difteria e rubéola voltam a ameaçar após erradicação no Brasil

O sarampo era considerado uma doença erradicada no Brasil desde 2016, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou que o país estava havia um ano sem registro de casos do vírus. Mas isso mudou neste ano: boletins recentes da entidade advertem que está em curso um surto da doença, altamente contagiosa e que pode levar à morte de crianças pequenas ou causar sequelas graves.

Entre 1º de janeiro e 23 de maio deste ano, foram registrados 995 casos de sarampo no país (sendo 611 no Amazonas e 384 em Roraima), incluindo duas mortes, segundo a OMS.

A terceira foi confirmada nesta quinta-feira: um bebê de sete meses morreu em Manaus em 28 de junho depois de apresentar febre, manchas na pele, tosse e coriza. A Secretaria de Saúde local investiga agora se a morte de uma bebê de nove meses também foi por sarampo.

Ainda no mês de junho, o Ministério da Saúde também informou haver alto risco de retorno da poliomielite em pelo menos 312 cidades brasileiras. A doença era considerada erradicada no continente desde 1994, após décadas provocando milhares de casos de paralisia infantil.

Os alertas acima colocam em evidência doenças que estavam controladas graças à vacinação em massa, mas que ameaçam provocar estragos na saúde pública brasileira caso a imunização sofra baixas.

"A volta da poliomielite, doença que não tínhamos há mais de 20 anos, poderá significar uma situação grave para o Brasil", disse à BBC News Brasil a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues.

A preocupação com a pólio se dá pelo fato de que, embora não tenha havido casos recentes no Brasil, identificou-se um registro da doença na vizinha Venezuela e a circulação do vírus em 23 países nos últimos três anos.

Em abril, a OMS também notificou surtos na Venezuela e no Haiti de difteria, que causa dificuldade de respirar. Na Venezuela, 142 pessoas já morreram da doença desde 2016. No Brasil, seis casos suspeitos da doença relatados neste ano aguardam confirmação.

"Entre as doenças já controladas no país, destaco preocupação com a poliomielite, a rubéola congênita e, como estamos vendo, o sarampo, que poderá se espalhar para outras regiões do Brasil" afirma o diretor da Divisão de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância do Instituto Butantan, Alexander Roberto Precioso. "É preciso aumentar a cobertura vacinal da população contra essas doenças."

A seguir, traçamos um panorama dessas doenças, do que pode estar por trás de seu retorno e quais precauções são necessárias para que elas sejam controladas:

O sarampo
Desde abril de 2018, a OMS emite alerta sobre a volta do sarampo em dez países das Américas: Brasil, Argentina, Equador, Canadá, Estados Unidos, Guatemala, México, Peru, Antígua e Barbuda, Colômbia e Venezuela.

E não é só nas Américas - em 2017, a Europa registrou mais de 21 mil casos de sarampo, com 35 mortes, um aumento de quase 400% nos casos em relação ao ano anterior.

"Casos de sarampo têm sido relatados novamente nas Américas, principalmente na Venezuela, que deixou de vacinar a sua população por questões políticas e econômicas", explica o pesquisador do Serviço de Bacteriologia do Instituto Butantan, Paulo Lee Ho.

Em 2017, com o surto da doença nos países vizinhos, o Ministério da Saúde alertou a população para a importância de tomar a tríplice viral, vacina que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola.

A tríplice viral é uma das 14 vacinas oferecidas de graça pelo Programa Nacional de Imunizações. Ela deve ser tomada na infância e em duas doses, a primeira com 12 meses e a segunda com 15 meses. Na segunda dose, a vacina recebe um reforço contra uma quarta doença, a varicela, infecção viral altamente contagiosa que causa a catapora.

De acordo com os dados do Datasus analisados pela BBC News Brasil, coberturas vacinais com doses de reforço estão muito abaixo da meta esperada para todas as vacinas do Calendário Nacional de Imunização.

No caso da tríplice viral, a segunda dose da vacina não bate a meta de vacinação, de 95%, desde 2012. Em 2016, apenas 76,74% das crianças com 15 meses de vida foram imunizadas.

Dos três vírus combatidos nessa vacina, o sarampo é considerado o mais perigoso. "Por ser de alto contágio, é preciso que pelo menos 95% das pessoas tenham sido vacinadas no Brasil para que o sarampo não se espalhe. Caso contrário, basta ter uma única pessoa não vacinada em uma cidade para que o vírus trazido por um infectado consiga (chegar a ela)", afirma Carla Domingues, do Ministério da Saúde.

Isso explica por que a doença foi a única dos três vírus que voltou ao país até o momento. "Mas pode ocorrer que essas demais doenças prevenidas na tríplice viral voltem caso a população não esteja se imunizando", afirma Precioso.

Caso não tenha sido imunizada na idade correta, qualquer pessoa até os 49 anos poderá tomar a tríplice viral em uma única dose. Porém, para Precioso, não tomar a tríplice viral na infância é prejudicial a toda a população brasileira, uma vez que irá expor essas crianças e futuros jovens a infecções que antes estavam controladas no país.

Segundo Domingues, não há explicação para a diminuição da cobertura vacinal da tríplice viral nos últimos anos no Brasil, uma vez que não houve redução da oferta ou desabastecimento da vacina no país.

Para a coordenadora, a explicação pode estar em um possível esquecimento das pessoas sobre algumas doenças, antes frequentes no país, mas hoje controladas e menos visíveis.

"A população de adultos de hoje precisa lembrar que sarampo e poliomielite matam. E se não matarem, deixarão sequelas graves para o resto da vida, como a paralisia infantil, a surdez, a cegueira, problemas neurológicos, etc."

"É urgente a vacinação daqueles que não foram imunizados, porque é a imunização que interrompe um ciclo de transmissão em todo um meio, além de proteger o indivíduo da infecção", explica Lee Ho.

A poliomielite
Além da volta do sarampo, Domingues conta que a preocupação do Ministério da Saúde em 2018 é com o retorno da poliomielite para o Brasil. Antes dos casos registrados neste ano, a doença não ocorria no país desde a década de 1990.

Todos os municípios brasileiros são considerados lugares de risco, com exceção apenas dos localizados em Rondônia, Espírito Santo e do Distrito Federal. Das mais de 300 cidades em que se estuda a confirmação dos casos, 44 estão no Estado de São Paulo.

No alerta emitido no dia 28 de junho, o Ministério da Saúde explicou que municípios que não conseguiram atingir nem 50% da cobertura vacinal nos últimos anos estão na lista de maior risco para a volta da pólio. Cidades da Bahia e do Maranhão são as que menos imunizaram seus moradores nos últimos anos, tendo vacinado apenas 15% da população.

Segundo o Datasus, as vacinas contra poliomielite não alcançam a meta de vacinação no Brasil desde 2011. Em 2016, os municípios tiveram menor taxa de vacinação: apenas 43,1% das cidades atingiram a meta.

Além disso, das vacinas que crianças de dois meses e quatro meses de idade devem tomar, a poliomielite tem sido a única que não consegue ultrapassar 85% de vacinados, seja na primeira ou na segunda dose.

São duas as vacinas que previnem a poliomielite: a VOP, Vacina Oral Poliomelite, aplicada via oral aos 2, 4 e 6 meses de vida, com reforços entre 15 e 18 meses e entre 4 e 5 anos de idade; e a VIP, Vacina Inativada Poliomielite, que tem injetada uma dose aos 15 meses e outra aos 4 anos de idade. Ambas as vacinas são oferecidas nas Unidades Básicas de Saúde.

Em agosto, o Ministério da Saúde realizará campanha de vacinação nacional contra pólio.

O perigo do "vírus importado"
A volta do vírus do sarampo ao território brasileiro tem sido relacionada com a imigração venezuelana para a região Norte, iniciada em 2014, o que explica a incidência do vírus no Amazonas e em Roraima, que fazem fronteira com o país em grave crise sociopolítica.

Vírus trazidos por fluxos migratórios de uma população que não o erradicou para um local que o havia erradicado são chamados de "vírus importados".

"Pessoas infectadas de países vizinhos que vivem surtos infecciosos estão migrando para o Brasil", explica Domingues. "No caso do sarampo, o alerta de surto é mundial. Tem casos de sarampo tanto em países subdesenvolvidos como em desenvolvidos, como na Europa e nos Estados Unidos. Com maior circulação de pessoas viajando, seja pelo turismo ou pelo comércio, vivemos a possibilidade de espalhar vírus antes controlados por todo o território brasileiro."

De acordo com especialistas em imunização, o "vírus importado" só tem efeito quando encontra um indivíduo não imunizado.

Assim, a volta do sarampo ao Brasil ocorreu também porque parte da própria população brasileira deixou de tomar as vacinas do Calendário Nacional nos últimos anos.

"Todas as doenças consideradas erradicadas no Brasil, mas que não estejam erradicadas no mundo podem voltar se a população não continuar vacinada", afirma Paulo Lee Ho.

Outro fator que ajuda explicar a volta de doenças que o Brasil já havia conseguido erradicar é o "efeito rebanho".

"A proteção oferecida pelas vacinas ocorre de duas maneiras: ela pode ser direta, pela imunização do indivíduo, ou por efeito rebanho pelo ambiente vacinado, por meio da vacinação de uma população", explica Lee Ho.

O "efeito rebanho" acontece quando a taxa de imunização de uma população é tão alta que, mesmo que um indivíduo não se vacine, ele estará protegido vivendo naquele meio em que a maioria é vacinada. É o efeito rebanho que prevenirá a ocorrência de surtos, epidemias e pandemias, pois é a maioria de uma população vacinada que impedirá a circulação dos agentes infecciosos naquele local, e não a vacina isolada em si.

Do mesmo modo, quanto mais pessoas deixarem de se imunizar em uma mesma região, menos força terá o efeito rebanho - e doenças antes já controladas ali poderão voltar a ocorrer.

A varíola é a única doença considerada totalmente erradicada no mundo. Atualmente, o vírus que transmite a doença não circula mais entre as populações mundiais, e as únicas amostras que ainda existem estão armazenadas em poucos laboratórios autorizados, para serem usadas em estudos e pesquisas.

Medo e esquecimento
"Por não termos mais contato com algumas doenças infecciosas, a percepção é que elas deixaram de existir e que a vacinação é inútil", avalia Lee Ho. "Mas poucas intervenções da medicina foram tão eficazes como as vacinas, capazes de erradicar doenças que antes matavam muitas pessoas."

Segundo o pesquisador, a proteção oferecida pela imunização é menos visível, fazendo com que as pessoas não confiem nas vacinas do mesmo modo que confiam nos remédios.

"É importante que os pais dessas gerações mais jovens, que foram beneficiados pela criação do Programa Nacional de Imunizações na década de 1970 - por meio do qual havíamos conseguido controlar diversas doenças gravíssimas na época - tenham a mesma responsabilidade que os pais deles tiveram e vacinem seus filhos."

"Mais que isso, que esses pais mantenham toda a caderneta de vacinação dos filhos sempre atualizada", alerta Domingues.

Fonte: BBC Brasil

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Este é o jeito certo de carregar a bateria do seu celular

Poucas coisas são mais frustrantes do que ficar sem bateria no celular, não é mesmo? Você não pode usar nenhum aplicativo e o seu belo smartphone vira um verdadeiro peso de papel. No longo prazo, a duração da bateria diminuiu e isso acontece cada vez mais com você. Mas e se você pudesse evitar que isso aconteça?

A equipe por trás do site Battery University, especializado em baterias, criou uma lista de dicas para você carregar o seu celular do jeito certo. Ao contrário do que muitos acreditam, é melhor carregar o seu aparelho várias vezes por dia e por pouco tempo do que de uma vez só.

E mais: seria melhor que a sua bateria nem atinja 100%.

A longevidade das baterias é medida em ciclos e quanto mais vezes ela for de zero a 100%, mais rápido seu desempenho vai cair.

Manter o smartphone na tomada por longos períodos prejudica a bateria. É por isso que a Sony tem a tecnologia Qnovo nos seus aparelhos. Ela aprende com o seu uso para evitar que a energia continue a ser passada aos produtos após eles chegarem a 100% de carga. Com isso, se você tiver um smartphone Sony topo de linha, como o Xperia XZ1, nem precisa se preocupar tanto com essas dicas.

Se não tem, a Battery University indica que você coloque seu aparelho para carregar quando a carga estiver em 10%. Um pouco antes de chegar à carga total, é bom desplugá-lo.

Outra dica importante é ficar de olho na temperatura do smartphone durante o carregamento. Se ele ficar quente, como acontece muito com carregadores Fast Charging, é bom desconectá-lo.

O melhor, aliás, é usar carregadores com menos amperagem ou mesmo ligar o seu smartphone à porta USB de um computador. O processo será lento, mas mais saudável para o seu produto.

Um bom app para ficar de olho no consumo de bateria é o AccuBattery, disponível para Android.

Essas dicas, é claro, não podem ser aplicadas o tempo todo. Elas são apenas trilhas e não trilhos. Os smartphones estão sempre conosco e não é em todo lugar que temos uma fonte de energia. Ainda assim, se você seguir essas dicas quando puder, a bateria do seu celular pode viver por mais tempo.

Fonte: Exame.com

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