Governador Camilo Santana apresenta o Ceará para empresários europeus

O governador do Ceará, Camilo Santana, realizou uma apresentação sobre as potencialidades do Ceará e as oportunidades de novos negócios no estado a um grupo de empresários europeus, durante evento nesta sexta-feira (9), em Roterdã, na Holanda.

O governador destacou como diferenciais a localização estratégica do Ceará, o equilíbrio fiscal do estado, os investimentos em infraestrutura, e as recentes conquistas dos hubs portuário, aéreo e tecnológico, que têm ajudado a desenvolver o estado, através da abertura de novos negócios e da geração de mais empregos.

“A partir do momento em que conhecem melhor o Ceará, os empresários passam a vislumbrar a possibilidade de investir em nosso estado. Vivemos um momento importante da nossa economia e vamos mostrar cada vez mais o Ceará para o mundo, para atrair novas empresas e desenvolver cada vez mais nossa economia”, destacou o governador.

Os empresários, com negócios nas áreas da indústria e porto, mostraram-se interessados em conhecer o novo parceiro comercial da Holanda, com a possibilidade de levarem os seus negócios para o Ceará.

O CEO da empresa de logística C. Steinweg, Ulf M. Boll, disse estar muito bem impressionado com o Ceará e com as novas possibilidades de parceria com o Estado.

O CFO do Porto de Roterdã, Paul Smits, falou da importância dessa parceria com o Porto do Pecém. Ele destacou o crescimento do Ceará, que se torna ponto importante de conexões do Brasil com o mundo. “Ficamos felizes de termos descoberto essa grande oportunidade e fechar esse acordo com o Ceará”, disse ele.

Ao final do encontro, com as presenças do representante do Governo Municipal de Roterdã, Adriaan Visser, e da embaixadora do Brasil nos Países Baixos, Regina Maria Cordeiro Dunlop, foi celebrada a parceria entre os dois portos, quando o Pecém passa ser incluído na rede mundial de portos ligados ao Porto de Roterdã, um dos maiores e mais importantes do mundo.

Também estiveram presentes ao evento na Holanda o presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Beto Studart, além dos secretários César Ribeiro, do Desenvolvimento Econômico, Élcio Batista, da Chefia de Gabinete, e Danilo Serpa, presidente do Porto de Pecém.

Hub portuário no Ceará
No mês de outubro, o Governo do Ceará e o Porto de Roterdã formalizaram a participação do porto holandês na gestão conjunta do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP S/A). O acordo envolveu investimento estrangeiro de cerca de 75 milhões de euros (R$ 323 milhões) por 30% das ações do CIPP S/A. O Porto de Roterdã terá a gestão compartilhada sobre as decisões e posições estratégicas e de investimento no conselho de administração, no conselho de supervisão e ao nível gerencial. A operação não envolve venda ativos e o Estado manterá o controle e propriedade ou posse de todos os seus ativos.

Com um crescimento médio de 24% nos últimos 10 anos, o Pecém é um porto em rápido crescimento. O Complexo consiste de várias atividades logísticas e industriais, tais como a única Zona de Processamento de Exportações (ZPE) em atividade do Brasil, um terminal de contêineres, termoelétricas, siderúrgica e fabricantes de turbinas para geração de energia eólica. Conforme o Porto de Roterdã, o que mais torna o Porto de Pecém atraente é que grande parte da infraestrutura necessária do complexo industrial portuário já existe: quebra-mares, berços, terrenos, entre outros pontos.

Parceria celebrada
O evento de celebração da parceria em solo cearense foi realizado no último dia 19, no Palácio da Abolição. Na ocasião, o governador Camilo Santana recebeu o CEO do Porto de Roterdã. Allard Castelein, o embaixador dos Países Baixos no Brasil, Kees Van Rij, e o presidente da CIPP S.A., Danilo Serpa, para juntos oficializarem a divulgação da novidade.

Assessoria de Comunicação/Governo do Estado do Ceará

Curta nossa página no Facebook

Senado aprova corte em fundo para saúde e educação

O Senado cortou pela metade uma das fontes de recursos do Fundo Social do Pré-Sal, destinado a investimentos em saúde e educação. Por meio de um projeto de lei, os senadores destinaram 50% dos recursos vindos da comercialização do petróleo do pré-sal, que iriam integralmente para o Fundo Social, para outro fundo, o Brasduto, voltado para expansão de gasodutos e para o fundo de participação de Estados e municípios. A proposta ainda precisa passar pela Câmara.

O Brasduto contará com 20% dos recursos da comercialização do petróleo do pré-sal. Outros 30% serão destinados aos fundos de participação de Estados e Municípios. O fundo dos gasodutos ainda poderá contar com recursos do Orçamento.

O acordo para a votação do texto, que estava em um projeto de lei sobre o pagamento de multas indenizatórias a usuários de energia prejudicados por distribuidoras, teve apoio do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Na quarta-feira, os senadores retiraram da proposta o item que privilegia a seleção e construção de gasodutos que já obtiveram licenciamento ambiental. Agora, o critério de escolha será definido pelo comitê gestor do Brasduto.

Fonte: Veja.com

Curta nossa página no Facebook

Centec seleciona negócios inovadores em 16 municípios

A Incubadora Tecnológica do Instituto Centec (Intece) está com inscrições abertas até o dia 19 de novembro para seleção de iniciativas empreendedoras que tenham interesse em participar do processo de incubação, recebendo apoio logístico, gerencial e tecnológico para a criação e o desenvolvimento de empresas ou produtos inovadores.

Pessoas físicas ou jurídicas podem apresentar propostas nos setores da indústria ou prestação de serviços, de base tecnológica ou tradicional. Serão selecionadas 15 iniciativas de 16 municípios cearenses e todas receberão apoio por meio de uma estrutura física compartilhada e duas, serão residentes, ou seja, que terão um espaço de uso individual. O apoio da incubadora do Centec acontecerá por 12 meses, podendo ser prorrogado por mais um ano.

O edital completo está disponível em www.centec.org.br e os interessados devem preencher os anexos e enviar para intece@centec.org.br e entregar os formulários nas unidades do Centec das seguintes cidades: Fortaleza, Beberibe, Maracanaú, Maranguape, Limoeiro do Norte, Tabuleiro do Norte, Horizonte, Amontada, Acaraú, Ipu, Brejo Santo, Campos Sales, Tauá, Juazeiro do Norte, Crato e Quixeramobim. O resultado será divulgado no dia 28 de novembro.

Sobre a Intece
A Incubadora Tecnológica do Centec (Intece) existe desde 2002 e já apoiou diversos empreendimentos que alcançaram o sucesso como a Piscis, Bioclone, Geragri, Caju Cardeal, Autoterm, dentre diversas outras. O Edital 2018 para seleção de novas empresas incubadas faz parte programa #PartiuEmpreender, lançado este ano pelo Instituto Centec para estimular a cultura empreendedora em 16 municípios cearenses. A ação tem o apoio do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece).

Serviço:
O quê: Edital de incubação de empresas do Centec
Inscrições: De 5 a 19 de novembro de 2018
Mais informações: intece@centec.org.br / (85) 3066-7015

Curta nossa página no Facebook

Bolsonaro quer entregar a Amazônia

Ninguém se iluda com o vaivém da fusão ou não do Ministério do Meio Ambiente com o da Agricultura. É jogo de cena. Bolsonaro pode fingir que é democrata e ouviu a população, especialistas e o suposto agronegócio moderno, fingir que recuou porque escuta, mas o fato é que já está tudo decidido. Não é necessário fundir os ministérios para fazer o serviço sujo de abrir ainda mais a Amazônia para a exploração. Se concluir que é mais conveniente manter o ministério, basta escolher um ministro identificado com o projeto de comercializar a floresta. Quando o populista de extrema direita que, na prática, já governa o Brasil desde 29 de outubro, diz que botará alguém “sem o caráter xiita” à frente da gestão ambiental, é isso que está dizendo. Bolsonaro pode apregoar que não tem compromisso com nenhum partido, mas esta é apenas mais uma bravata. Os fatos mostram que ele deve bastante do sucesso de sua candidatura a dois grandes “partidos” não formais e poderosos, com atuação fora e dentro do Congresso: os ruralistas e os evangélicos. Essa conta ele vai ter que pagar. E, dado o seu perfil, vai pagar com gosto. A conta dos ruralistas é a Amazônia. E o que ainda resta do Cerrado.

Alguém se ilude que um homem com a biografia do megaprodutor de soja Blairo Maggi, ganhador do troféu “motosserra de ouro”, quando se opõe à fusão dos ministérios é por amor ao meio ambiente? Ele apenas sabe que é importante manter minimamente as aparências lá fora enquanto a bandalheira corre solta aqui dentro. E sabe também que não é necessário fundir para dominar. Antes mesmo de ser ministro ele já demonstrou ter larga experiência no assunto. O setor do agronegócio que compreende a importância do combate ao aquecimento global para a agropecuária e o comércio internacional é muito menos influente no Brasil do que o agrobanditismo que está no poder.

O problema, e este é um enorme problema, é que todos pagaremos muito caro pela operação na Amazônia que Bolsonaro e seus articuladores já anunciaram de várias maneiras. Muitos com a vida. E não apenas a vida dos que morrem à bala, mas a vida dos que morrerão pelos efeitos da mudança climática. Há algumas coisas que quem ainda não entendeu precisa entender agora, já, se não quiser continuar fazendo papel de bobo.

As terras dos indígenas são terras públicas, de domínio da União. São minhas, são suas, são do país. Os indígenas, segundo a Constituição de 1988, que é a constituição da democracia, têm apenas o usufruto exclusivo de suas terras ancestrais. Podem viver nelas e delas, sem destruí-las, mas não podem fazer negócio com elas. Estas terras não são, portanto, mercadoria. Este é o ponto.

Tudo indica que a principal meta do governo de Bolsonaro, ou a principal razão de ter um Bolsonaro à frente do Brasil, é transformar a floresta amazônica em mercadoria. Este é o trabalho prioritário de Bolsonaro para uma parcela poderosa dos articuladores de sua candidatura. Por uma razão bastante objetiva: é na Amazônia que está o estoque de terras supostamente ainda disponíveis no Brasil, para o avanço da pecuária e da soja, e é também na floresta que estão as grandes jazidas minerais.

Basta acompanhar os números da agropecuária, especialmente a partir dos anos 90, para constatar como tem crescido a importância da região amazônica para o gado e para a soja. Só de bois já são 85 milhões, três bois para cada humano. Também basta checar o congestionamento de pedidos de licenças de mineração na floresta. A Amazônia é a região do Brasil onde o capitalismo ainda vê espaço para a exploração predatória num país que vem sendo dilapidado desde as capitanias hereditárias. Enquanto Bolsonaro e seus estrategistas criam jogos de cena e fogos de artifício em outras áreas, é na floresta que os olhos dos fiadores de sua candidatura estão cravados.

Os indígenas têm sido tratados como “entraves para o progresso” – ou para “o desenvolvimento” – há vários governos, inclusive os do PT. Porque os indígenas são de fato “entraves”. Mas entraves para a destruição da Amazônia. De novo, basta olhar os mapas e os números. É nas terras indígenas, seguidas pelas unidades de conservação, onde a floresta está mais preservada. Como o direito ao usufruto das terras ancestrais é garantido pela Constituição, os indígenas são os principais entraves para a conversão da floresta em mercadoria.

Há uma mudança recente na estratégia de desqualificação dos indígenas. Em anos anteriores, a campanha que buscava tirar a legitimidade do seu direito às terras ancestrais concentrava-se em convencer a população que: 1) os indígenas teriam terras demais; 2) uma parcela dos indígenas seria composta por falsos indígenas ou, como chegaram as ser chamados, “indígenas paraguaios”. Ser índio e usar celular ou uma camiseta da seleção brasileira era propagandeado como incompatível por aqueles que querem botar a mão em suas terras. Os indígenas eram tratados como uma espécie de estrangeiros nativos, uma contradição em si, mas vista como normal por uma parcela dos brasileiros.

Bolsonaro tem uma expressão estúpida, claramente não é um leitor assíduo, os olhos perseguem cursos erráticos quando fala, mas ele não é burro. Ninguém passa 28 anos no Congresso e mesmo assim consegue se vender como “não político” e “antissistema” e se eleger presidente, sem alguma inteligência. Talvez aqueles do seu círculo que pensam manipulá-lo facilmente terão alguma surpresa. Mais espertos ainda são aqueles que estão ao redor dele, dentro e fora do país, sustentando seu projeto autoritário.

Essa esperteza marca a mudança de tática de Bolsonaro com relação aos indígenas durante a campanha e também após eleito. O discurso passa a ser o de que “o índio é um ser humano como nós”. O que é óbvio e que jamais precisaria ser dito não houvesse uma intenção oculta. Segundo Bolsonaro, o indígena quer “empreender”, quer “evoluir”. O que significa isso? Significa, como Bolsonaro já explicou, que os indígenas deveriam ter o direito de vender e arrendar a terra, algo que está em curso no Governo e no Congresso há bastante tempo.

Os indígenas supostamente gostariam de ser como os brancos. Mas ser como brancos em qual sentido? No sentido de poderem tornar a terra mercadoria, uma característica intrínseca “dos brancos”. E então a terra pode ser vendida e aberta à exploração. “Evoluir” e “empreender”, no entendimento de Bolsonaro, é dar à floresta o mesmo status que um carro, uma mesa, um celular ou um pirulito. Mas, atenção. O presidente eleito também diz: “Os índios não querem ser latifundiários”.

Não é difícil adivinhar quem vai comprar as terras ou explorar suas riquezas. É bastante esperto o discurso de “ser humano como nós”, que converte o que é sequestro das terras dos indígenas em um “direito” dos indígenas a poderem fazer o que querem com elas, inclusive e principalmente vendê-las, arrendá-las ou abri-las para exploração. Assim, o que hoje é terra pública – minha, sua, do país – passaria para a mão privada de poucos.

Esse projeto de usurpação das terras da União tem avançado de várias maneiras ao longo dos últimos anos, inclusive com o apoio de setores do PT. O governo de Dilma Rousseff já tinha intensificado a aproximação com os ruralistas iniciada no governo de Lula. Figuras como Kátia Abreu e Gleisi Hoffmann foram decisivas para o desmantelamento da Fundação Nacional do Índio (Funai). Não é permitido esquecer que, até 2016, quando foi afastada por um impeachment sem fundamento, Dilma foi a presidente que menos tinha demarcado terras indígenas.

Já com os quilombolas, povos muito mais frágeis que os indígenas, a estratégia empregada para avançar sobre as suas terras ainda é a antiga. Por que Bolsonaro falaria tanto em quilombo e quilombolas durante a campanha? Porque um de seus serviços no poder é botar a mão nas terras a que os descendentes de escravos rebelados têm direito constitucional.

Como as terras dos indígenas, as dos quilombolas já deveriam estar demarcadas, mas há uma grande parcela que ainda não está. Como o Brasil é um país estruturalmente racista e, nos últimos anos, o protagonismo negro alcançado com medidas como as cotas raciais nas universidades incomodou muitos dos potenciais eleitores de Bolsonaro, desqualificar os quilombolas se revelou um caminho mais fácil. Sem contar que os quilombolas têm muito menos expressão internacional e ecos no imaginário do que os indígenas.

Quando Bolsonaro escolhe contar sobre uma visita a um quilombo na palestra no Clube Hebraica, no Rio de Janeiro, não é algo que surge do nada na sua cabeça, como parece à primeira vista. Ele está calculando. Quando ele diz que “o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas”, seguida por “nem para procriar servem mais”, ele não está sendo apenas o racista habitual. Ele está calculando. E atingindo o alvo, preparando-se para “legitimar” para a opinião pública a futura retirada de direitos dos quilombolas às suas terras.

Depois de ter sido denunciado por racismo, Bolsonaro mudou de tática e uniformizou o discurso: “Eles (os quilombolas) querem ser libertos. (...) Acho até que se quiser vender aquela área quilombola, que venda, opinião minha. Se quiser explorar, tirar minério, ter maquinário, a exemplo do seu irmão fazendeiro do lado...”. É fundamental prestar atenção na operação de linguagem para botar as mãos nas terras ancestrais: o indígena “é ser humano como nós”, o quilombola quer ser “liberto”. Para tornar-se humano como nós e ser liberto tem que ter o “direito” de vender as terras hoje protegidas. O complacente Supremo Tribunal Federal absolveu Bolsonaro da denúncia de racismo pouco antes da eleição.

O discurso da “indolência” e da “malandragem”, associado a indígenas e negros, também aventado por seu vice, o general reformado Hamilton Mourão, é o capítulo anterior ao capítulo do “ser humano como nós”. Ambos estão no manual sobre como transformar terras públicas protegidas em terras privadas exploradas por poucos. O capítulo introdutório, como todos sabem, é o extermínio direto dos povos da floresta, seguido pelo dos negros. As três estratégias ainda convivem simultaneamente no Brasil, como os números de assassinados mostram. Mas, no mundo globalizado, é sempre melhor evitar o sangue e eliminar os corpos de uma maneira mais “limpa”.

E esta maneira será tentada primeiro dentro da lei, também no governo populista de extrema direita de Bolsonaro. Esta é uma característica dos governos autoritários que estão sendo produzidos dentro da democracia. Basta olhar para outros casos do mundo. Bolsonaro vai intensificar e acelerar o que já vinha acontecendo nos últimos anos. O “novo” Código Florestal, um tremendo retrocesso na proteção do meio ambiente, é um exemplo. Mas talvez o exemplo mais cristalino seja o daquela que foi chamada de “Lei da Grilagem”.

Grilagem, como se sabe, é o roubo de grandes porções de terras públicas. Houve casos de “grilos” maiores do que países da Europa na floresta amazônica. Por muito tempo, a grilagem foi feita na base da pistolagem. Ainda é. Mas também vem sendo feita na base da lei. Em julho de 2017, Michel Temer (MDB) sancionou uma lei “regularizando” terras públicas que foram tomadas até 2011 no limite de 2.500 hectares, o equivalente a 57 Vaticanos. Bastava expandir a produção de “laranjas”, legalizando de 2.500 em 2.500 hectares, para tornar legal o roubo de enormes porções de floresta.

Esta foi a “Lei da Grilagem número 2”. A “Lei da Grilagem número 1” é de 2009, ainda no governo Lula (PT), quando foram “regularizadas” terras públicas ocupadas até 2004, no limite de 1.500 hectares. Ou seja: a “lei” foi só melhorando para os ladrões de terras públicas. Em seguida, eles passam a ser chamados de “fazendeiros”, “desbravadores” ou representantes do “agronegócio”. São duas as operações: uma no plano da lei, outra no plano da linguagem. “Regularizar”, em vez de “legalizar”, arranca pela linguagem o caráter criminoso da operação de grilagem, responsável pelo maior número de mortes no campo e na floresta.

É também por esse caminho que a Amazônia vem sendo destruída. Assim como não foi o PT que inventou a corrupção no Brasil, também não será Bolsonaro que inventará a legalização do crime de grilagem. Essa operação já vem acontecendo há muito, se acelerou enormemente no governo Temer e deverá ganhar proporções inéditas no governo de Bolsonaro. Tudo dentro da lei. A princípio. E enquanto for possível. O judiciário já deu provas contundentes de que não é capaz – e em muitos casos não deseja – barrar essa operação de legalização do crime.

Para botar a mão na terra ancestral dos indígenas, porém, é mais complicado. O agrobanditismo vem atacando por vários flancos. Um deles é o que chamam de “marco temporal”. Sempre colocam um nome esquisito, que pouco diz para a maioria, para confundir a população. Por esse instrumento, só teriam direito às suas terras os povos indígenas que estavam sobre elas em 1988, quando a Constituição foi promulgada.

Para ficar mais fácil de entender, é mais ou menos o seguinte: você foi expulso da sua casa por pistoleiros ou por projetos do Estado. Era, portanto, fugir ou morrer. Mas você perde o direito de voltar para a sua casa porque não estava lá naquela data. Não é só estapafúrdio. É perverso. Mas esta é uma maneira “legal” de consumar algo criminoso. E assim impedir a demarcação das terras indígenas ainda não demarcadas.

Bolsonaro já declarou que não vai “demarcar nem um centímetro a mais de terras indígenas”. A aprovação da tese do “marco temporal” é só uma das maneiras e depende do Supremo Tribunal Federal, este que o filho do presidente eleito disse que “basta um cabo e um soldado para fechar”. Talvez nem isso, já que o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, já se submete ao autoritarismo por gosto pessoal, como quando fraudou a história ao dizer que o período de 21 anos de regime de exceção no Brasil não foi ditadura, mas um “movimento”.

Na segunda-feira, na mesma entrevista para a TV Bandeirantes, Bolsonaro reafirmou suas intenções e deixou claro com qual parte da população tem compromisso: “Afinal de contas, temos uma área mais que a região Sudeste demarcada como terra indígena. E qual a segurança para o campo? Um fazendeiro não pode acordar hoje e, de repente, tomar conhecimento, via portaria, que ele vai perder sua fazenda para uma nova terra indígena”. O presidente eleito tenta vender a falsa ideia de que as terras indígenas é que são “novas” e que o fazendeiro, que já as ocupou sabendo disso, é “surpreendido” pela notícia. Sem contar que o processo de demarcação é longo e criterioso, impossível de representar qualquer surpresa para quem invadiu terras indígenas ou foi lá colocado por projetos de governos passados.

A aprovação do marco temporal ajudaria a evitar novas demarcações de terras, mas não resolveria o problema das terras já demarcadas. Para abrir a Amazônia para a exploração do agronegócio e da mineração, além de estradas, ferrovias, pontes e hidrelétricas, Bolsonaro vai ter que mudar a Constituição de uma forma mais radical. Por isso o general Mourão, sempre falando na hora errada, já antecipou em setembro uma “nova Constituição”, feita por uma “comissão de notáveis”. Uma Constituição sem povo, portanto.

Como a declaração produziu mal-estar, Bolsonaro, notável por sua delicadeza de linguagem e de gestos, afirmou que “faltou um pouco de tato” ao seu general. O que significa isso? Que não era hora de mencionar a intenção. Nem era a forma de sugeri-la. Se não conseguir mudar a Constituição ou fazer uma nova Constituição, sempre há o que o mesmo Mourão já antecipou: a possibilidade de um “autogolpe”, com o apoio das Forças Armadas.

Alguns indicativos sobre o que está em curso. Em pesquisa recente, a antropóloga Ana Carolina Barbosa de Lima e os biólogos Adriana Paese e Ricardo Bonfim Machado mostraram que os municípios amazônicos que mais desmataram desde 2000 teriam elegido Bolsonaro já no primeiro turno. Nos municípios bolsonaristas, a média do desmatamento foi duas vezes e meia maior do que nos municípios que preferiram Fernando Haddad (PT). Segundo o Observatório do Clima, dados do Deter B, sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais que monitora a Amazônia em tempo quase real, a taxa de desmatamento subiu 36% entre junho e setembro, período da pré-campanha e campanha eleitoral.

Na Amazônia, fazendeiros e grileiros já apoiavam Bolsonaro quando a maior parte dos brasileiros ainda duvidava que ele seria capaz de vencer a eleição. Assim como muitos dos prefeitos do PSDB da região, que nunca cogitaram votar em Geraldo Alckmin. Também será interessante observar como Bolsonaro, que mesmo antes de assumir já está de namoro avançado com Donald Trump, vai lidar com os interesses da China, cada vez mais presente na floresta e uma das principais importadoras de soja do país.

É na Amazônia que vai se dar a disputa do governo de Bolsonaro. O Brasil já é o país mais mortal para defensores do meio ambiente, segundo a organização Global Witness, e o estado amazônico do Pará é o lugar mais letal do planeta. O “agronegócio” superou a mineração como causador das mortes. Todas as variáveis apontam que esta violência vai se multiplicar com Bolsonaro. Até o governo Temer o agrobanditismo estava no poder. Agora, ele será o poder. E com autorização para matar dada pelo próprio presidente, em suas várias manifestações durante a campanha.

A Amazônia pode parecer longe para a maioria dos brasileiros. Mas nada afetará mais o futuro próximo de todos do que o destino da floresta. No Brasil, a agropecuária e o desmatamento, ambos relacionados, são as principais fontes de gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global. Em outubro, autores do relatório do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC) já alertaram que a humanidade tem apenas 12 anos para limitar o aquecimento da Terra em 1,5 graus Celsius. Meio grau a mais multiplicaria os riscos de seca, inundações, calor extremo e pobreza para centenas de milhões de pessoas. Sem a maior floresta tropical do mundo em pé não será possível atingir essa meta. É por isso que Bolsonaro se tornou também uma ameaça para o planeta. Para enfrentar a crise climática e recuperar a floresta seria necessário um presidente com ideias opostas às de Bolsonaro.

Somente a Bacia do Xingu, segundo monitoramento do Instituto Socioambiental, teve 150 milhões de árvores derrubadas em 2018, e o ano ainda nem acabou. A floresta amazônica chega aos dias atuais já desmatada em cerca de 20%. Um estudo publicado no início deste ano na Science Advances, assinado por cientistas de renome internacional, o americano Thomas Lovejoy e o brasileiro Carlos Nobre, mostrou que a floresta alcançará um “ponto de inflexão” se o desmatamento alcançar entre 20% e 25%. A partir daí, a Amazônia sofreria mudanças irreversíveis, tornando-se uma região de vegetação esparsa e baixa biodiversidade.

Estamos muito perto deste ponto de não retorno. E Bolsonaro ainda nem assumiu oficialmente. Querendo ou não, gostando ou não, acreditando ou não, estamos todos implicados neste futuro bem próximo. Os sinais estão todos aí para quem é capaz de ver. Mas, se preferir não ver, também não vai adiantar nada. É rápido. É no tempo da sua vida e na da vida de seus filhos. E não é porque a gente finge que não existe que a crise climática vai deixar de existir.

Eleger Bolsonaro foi a pior ação para o Brasil e para o planeta. Mas está feito. A pergunta agora é: o que faremos para resistir ao que está por vir e proteger a floresta e com ela a nossa vida? A eleição de 2018 revelou algo duro, mas importante: os candidatos estavam aquém da população. Primeiro, Lula e o PT mostraram-se incapazes de articular uma candidatura de centro-esquerda que pudesse vencer o projeto autoritário. Depois, Ciro Gomes e Marina Silva provaram-se incapazes de subir no palanque do segundo turno para defender a democracia.

Mas as pessoas se moveram. Apesar da brutalidade de, mesmo assim, ter sido eleito um defensor da ditadura e da tortura, esta foi uma das campanhas mais bonitas da história recente. Poucas cenas são tão memoráveis quanto a de pessoas anônimas, sozinhas, que na tentativa de virar o voto para o projeto democrático, levantaram um cartaz no centro das cidades dizendo: “vamos conversar?”.

É dessa força que precisamos agora para, unidos com indígenas, quilombolas e ribeirinhos, lutarmos pela Amazônia e pela vida de todos. Mesmo que os eleitores de Bolsonaro não sejam capazes de perceber, resistir ao projeto destruidor da floresta já anunciado pelo presidente de extrema direita é também lutar pela vida deles e de seus filhos.

Por: Eliane Brum. Escritora, repórter e documentarista

Fonte: El País

Curta nossa página no Facebook

Prédios da Secretaria de Cultura do Crato passam por obras de reestruturação

Dando continuidade às obras de reestruturação e melhorias da infraestrutura dos prédios públicos municipais, a Prefeitura do Crato, através da Secretaria Municipal de Cultura, deu início à intervenção na RFFSA.

Conforme explicou o Secretário de Cultura, Wilson Dedê, “os quatro prédios da RFFSA passarão pela reforma, recebendo pintura interna e externa e manutenção da parte elétrica e hidráulica”. Além dos prédios, o Largo da RFFSA também será recuperado, com reposição de partes do piso e toda a parte de limpeza e capinagem, que será realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Territorial.

O prédio da Banda de Música já passou pela reforma da estrutura física, hidráulica e elétrica. “Também estão sendo instaladas centrais de ar no auditório da RFFSA, na sede da secretaria, na Biblioteca Luiz Cruz e no Museu do Crato”, complementou Dedê.

As obras visam dá maior conforto e segurança nos prédios públicos para seus servidores e toda a população que usufrui desses espaços.

Assessoria de Comunicação/PMC

Curta nossa página no Facebook

Sistema de previdência para novos servidores do Estado do CE é aprovado

O Governo do Ceará, na busca de assegurar futuro financeiro com maior tranquilidade para seus servidores, encaminhou para a Assembleia Legislativa três projetos de Leis Complementares que tratam da Previdência do Estado. Ao elaborar as propostas que foram aprovadas nesta quinta-feira (8), o governador Camilo Santana fez questão de assegurar que nenhum servidor fosse prejudicado. Desta forma, não há a retirada de nenhum direito dos que já atuam no Estado, todos estão preservados em termos de tempo de contribuição e idade para se aposentar, por exemplo.

Antes de as mensagens serem encaminhadas para a Assembleia foram realizadas reuniões com deputados estaduais e houve, ainda, ampla negociação entre o Estado, através da Secretaria do Planejamento e Casa Civil, e o Fórum Unificado dos Servidores do Estado. “Inclusive, como resultado dessas reuniões, foram feitas emendas às mensagens, todas acordadas”, afirma o secretário da Casa Civil, Nelson Martins.

O chefe da Casa Civil destaca que com as leis, o Estado está criando duas fundações, sendo uma delas a Fundação Previdência Social do Estado do Ceará (Cearaprev), que vai cuidar do sistema de previdência do Estado, e outra, a Fundação de Previdência Complementar do Estado do Ceará (CEPrevcom), que por sua vez cuidará da previdência complementar.

Prática
A lei da Previdência Complementar foi criada no ano de 2013, após ser aprovada pela Assembleia Legislativa. “O que estamos fazendo agora, é criando as duas fundações que vão fazer a gestão dos recursos previdenciários. Tanto na Cearaprev quanto na CEPrevcom, existem os conselhos que vão fazer essa gestão. Em ambas as entidades, os conselhos têm participação paritária entre representantes do Estado e dos servidores”, assegura o secretário Nelson Martins.

Na Previdência Complementar, por exemplo, criada pela Lei Complementar nº 123 de 2013, consta que na CEPrevcom há o conselho deliberativo, uma diretoria executiva e um conselho fiscal. “Nas três instâncias há a participação paritária. Portanto, os servidores estão representados juntamente com o Estado”, explica Nelson Martins.

Direitos assegurados
Em todas as discussões realizadas com representações de servidores, assim como as que foram feitas com deputados estaduais, afim de assegurar a lisura da proposta, o secretário da Casa Civil, Nelson Martins ressaltou que para quem já é servidor estadual nada vai mudar, continuando tudo com está. Todavia, a mudança servirá, a partir da publicação das novas leis, para quem entrar no Estado e tiver salário maior do que o teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), hoje em R$ 5.531,31.

“Quem ganhar até esse valor, vai receber normalmente pela previdência do Estado, através da Cearaprev. A contribuição será obrigatória, sendo descontados 14% de sua remuneração. Acima desse valor, será opcional complementar, o servidor poderá ou não descontar para a CEPrevcom. Pode fazer outro tipo de previdência para ele”, aponta o secretário.

Se ele optar por não descontar para a CEPrevcom, Nelson Martins afirma que o servidor pode fazer outra previdência, como as ofertadas na iniciativa privada. “O servidor que recebe até os R$ 5.531,31, contribui com 14% e o Estado com 28%. Acima desse valor, contribui com 8,5% e o Estado entra com outros 8,5%. Não tem sentido o servidor buscar outra previdência complementar fora a que está sendo oferecida, porque não vai ter a contribuição do Estado de 8,5%”, explica. “O que o Estado está fazendo é criando as fundações que vão fazer com que a lei aprovada em 2013 seja colocada em prática, porque ela já existe”, justifica o secretário Nelson Martins.

Correção
As mudanças buscam corrigir distorções no orçamento previdenciário. De acordo com a Coordenadoria de Gestão Previdenciária da Seplag, a insuficiência financeira da previdência estadual chegou a R$ 1,552 bilhão em 2017.

“De agora em diante, os novos servidores que quiserem usufruir de aposentaria com salário acima do teto do INSS terão que pagar a previdência complementar”, afirma o secretário do Planejamento e Gestão, Maia Júnior.

Assessoria de Comunicação/Governo do Estado do Ceará

Curta nossa página no Facebook

Tomar café pode reduzir chances de Alzheimer e Parkinson

Pesquisadores da Universidade Health Network, ligada à Universidade de Toronto, no Canadá, descobriram substâncias no café que podem inibir o desenvolvimento de Alzheimer e de Parkinson.

A equipe investigou três tipos de torra de café: leve, escura e descafeinada. Todos tiveram o mesmo potencial para diminuir os riscos tanto de Alzheimer quanto de Parkinson.

Os cientistas concluíram que a cafeína não estava ligada ao efeito de inibição das duas doenças.

“Nós queríamos investigar o porquê dessa relação, quais compostos estão envolvidos e como eles podem impactar o declínio de problemas cognitivos relacionados à idade”, afirma Donald Weaver, autor do estudo.

Os pesquisadores identificaram um grupo de compostos chamados fenilindanos, que surge do processo torrefação dos grãos de café. Estes compostos são os únicos apontados em pesquisas que podem inibir duas proteínas, chamadas de beta-amiloide e tau, comuns tanto no mal de Alzheimer quanto no Parkinson.

Como os compostos são encontrados em maiores quantidades no processo de torrefação, os pesquisadores acreditam que o café escuro parecer ser mais protetor do que os outros.

“Esta é a primeira vez que alguém investiga como fenilindanos interagem com as proteínas responsáveis pelo Alzheimer e pelo Parkinson”, afirma Ross Mancicini, um dos pesquisadores. “O próximo passo seria pesquisar o quão benéficos são esses compostos e se eles podem entrar na corrente sanguínea ou cruzar a barreira hematoencefálica.”

Ainda há um longo caminho a ser percorrido para transformar a descoberta em um tipo de tratamento, diz Weaver.

“O que a pesquisa faz é tomar a evidência epidemiológica, tentar refiná-la e mostrar que existem componentes no café que são benéficos para reduzir o declínio cognitivo”, explica Weaver. “É interessante, mas estamos sugerindo que o café seria uma cura? Absolutamente não”, conclui.

Fonte: Exame.com

Curta nossa página no Facebook

Secretaria de Saúde do Crato disponibiliza óculos gratuitos para pacientes do SUS

Na manhã de ontem, quinta-feira, 8, na Secretaria de Saúde do Crato, foi realizada mais uma prova de óculos para pacientes do SUS. A Secretaria, em parceria com as Óticas Riveliny e Vittória, vem administrando esse projeto, iniciado no mês de setembro, que objetiva disponibilizar óculos de grau para quem necessita com muita responsabilidade e presteza.

O Secretário de Saúde, André Barreto, esteve presente nas provas e aproveitou para enaltecer a importância das parcerias e o quão relevante é esse projeto para a população. “264 pessoas já foram contempladas e já foram entregues 131 unidades. Buscamos trazer melhorias para a saúde do município em diversos aspectos, seja no atendimento, primando pela humanização e capacitação dos nossos profissionais na infraestrutura, reformando nossas unidades de saúde e nos cuidados com a comunidade que precisa ser constante”, destacou.

Maria de Fátima, do bairro Pinto Madeira, estava no momento para a prova dos seus óculos e ressaltou estar muito feliz em relação ao atendimento. “Agradeço a cordialidade com que me atenderam, foi fácil chegar até aqui e cuidar da saúde dos meus olhos”, disse.

Essa ação faz parte do Programa “Crato Cuidando de Você”, onde o paciente faz a consulta com o oftalmologista e munido da receita e de documentos, vai até a Secretaria de Saúde e procura a senhora Claudia Matias.

Lançado em agosto desse ano, o Programa “Crato Cuidando de Você” traz concepção de investimentos, atuações e melhorias para a saúde da cidade.

Algumas das inovadoras ações que o projeto traz são: Cartão Saúde; melhoria do acesso a saúde através da informatização dos processos; tele agendamento de consultas nas Unidades Básicas de Saúde; prontuário eletrônico do cidadão; ampliação das cirurgias eletivas; melhoramentos nas estruturas das unidades de saúde; reforma do Centro de Especialidades; certificação de qualidade em unidades de saúde, entre outras.

Assessoria de Comunicação/PMC

Curta nossa página no Facebook

Previdência: Bolsonaro estuda alíquota maior para servidor e fim de benefício integral

Na tentativa de fazer avançar no Congresso a reforma da Previdência ainda este ano, o presidente eleito Jair Bolsonaro começou a discutir, nesta quinta-feira, um conjunto de mudanças no INSS e no regime próprio dos servidores públicos por meio de projetos que não impliquem alterações constitucionais. Isso tornaria mais rápida a tramitação das propostas, que não exigiriam um quórum tão elevado para passarem no Congresso. Elaborada por técnicos do Congresso e com apoio da equipe de Bolsonaro, a proposta pinça vários itens da reforma de Michel Temer que seriam agrupados em dois projetos.

Segundo estimativas dos técnicos do Legislativo, se a ideia vingar, será possível preservar entre 70% e 80% do texto final da reforma enviada por Temer (que prevê uma economia de R$ 500 bilhões em 10 anos). A nova proposta engloba pontos como o fim da aposentadoria integral (permitida com o fator 85/95, somando idade e tempo de contribuição para mulheres e homens). Pela proposta, somente quem contribuir por 40 anos tem direito à integralidade. A regra valeria  para o INSS e serviço público (para quem entrou a partir de 2004). O tempo mínimo de contribuição no INSS é de 15 anos e no setor público, 25 anos.

O valor da pensão que hoje é integral baixaria para 50%, mais 10% por dependente. Também seria fixado um teto para acúmulo de benefícios (aposentadoria e pensão) de 3 salários mínimos ou 50% do menor benefício, podendo o segurado escolher a opção que for mais vantajosa. Neste caso, a alteração valeria para o INSS e serviço público.

O projeto obrigaria ainda os entes públicos a cobrirem o déficit dos regimes próprios de previdência e criaria uma contribuição suplementar para os servidores, com alíquota variável, de acordo com o rombo dos planos de previdência. Para evitar exageros, somando a alíquota normal e a suplementar, o percentual seria de  22% no máximo. 

As aposentadorias especiais do serviço público (atividades de risco,  exposição a agentes nocivos à saúde e deficiência) também seriam abrangidas pela proposta. Atualmente, essas categorias se aposentam mais cedo. A ideia é estabelecer uma idade mínima e critérios para comprovar a efetiva exposição  dos trabalhadores a esses fatores. Neste caso, é necessário um projeto de lei complementar.

Mesmo tratando de alguns aspectos das aposentadorias dos servidores públicos, essa saída de reforma joga o peso principalmente nos ombros dos trabalhadores do setor privado. Para tornar as regras entre serviço público e privado mais igualitárias, é preciso alterar a Constituição.

A proposta foi apresentada a Bolsonaro e ao ministro extraordinário da transição, Oniyx Lorenzoni pelo deputado Pauderney Avelino (DEM-AM). Na próxima segunda feira, o presidente eleito voltará a tratar do tema em Brasília. Há parlamentares dispostos a protocolar a proposta, como o deputado Alfredo Kaefer (PP-PR).

Segundo autores da proposta, o objetivo é aproveitar alguma coisa da reforma que está no Congresso e dar uma sinalização positiva ao mercado. No próximo ano, o governo apresentaria uma proposta de emenda à Constituição, acabando com a aposentadoria por tempo de contribuição no INSS, que estimula aposentadorias precoces, e elevando a idade mínima de aposentadoria dos servidores públicos. 

Fonte: O Globo

Curta nossa página no Facebook

Filme com atores nacionais será gravado em Aurora, em 2019

Os atores João Vitti e Cláudia Alencar (Foto: Reprodução)
O cineasta caririense Lamarck Dias está produzindo mais um filme que deverá ser gravado, ano que vem, no município de Aurora. “O Último Virgem do Ceará”, trata-se de uma produção independente que deverá contar com atores nacionais como João Vitti, Cláudia Alencar, Daniel Dias da Silva, Suyanne Moreira e Luciano Lopes. Misturando drama e comédia, o trabalho deve explorar os costumes nordestinos e a figura feminina no sertão.

O filme trará a linguagem regionalista com proposta de valorização dentro da trama literária cearense “Iracema”, de José de Alencar.  “É um filme que já vem sendo pensado há algum tempo. Ele traz uma linguagem própria. Tem três vertentes: o humor regional, a mitologia da obra ‘Iracema’ e a gente vai ter também um pouco de drama, virando jogo que do que é a figura da mulher sertaneja nessa sociedade patriarcal”, explica o cineasta.

“Acredito muito no compromisso social do cinema. Como será uma comédia bem escrachada, resolvi colocar esse drama que é uma denúncia”, acrescenta Lamarck Dias. Na trama, a personagem Dona Divina, que deverá ser interpretada pela atriz Cláudia Alencar, é dona de um casa de prostituição, mas luta para defender o direito das mulheres que trabalham com ela.

A previsão é que o filme seja rodado em julho de 2019. “Vai depender muito da questão financeira. Estamos trabalhando no projeto de impulsão do filme. Já consegui alguns apoios e patrocínios”, explica Lamarck. O núcleo principal das gravações será em Aurora, assim como foi seu último trabalho, Os Olhos de Alice (2018). Contudo, deverão aparecer outras cidades, como Eusébio e Juazeiro do Norte, mas isso depende de parcerias com as prefeituras destes municípios.

A trilha sonora exclusiva do filme será feita pelo cantor e compositor paraibano Pedro Carpelli, autor do sucesso “Juramento do dedinho”, gravado pelo forrozeiro Mano Walter.

Roteiro
O filme mostra três irmãos do interior cearense, Cícero, João Paulo e Antônio Carlos, que tentam ganhar a vida no Cariri em busca de empregos ou algum ganha pão. Após se decepcionarem várias vezes, um deles tem a “brilhante” ideia de arrumar um carro e colocar um grande alto-falante no veículo para sair pelo sertão pedindo esmolas para um falso doente. Ao longo do percurso, os três se envolvem em muitas confusões e conflitos para tentar ajudar o caçula a perder sua virgindade.

ANTONIO RODRIGUES
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook

Bolsonaro: 'Se eu for mal, todos no Brasil vão pagar um preço muito alto'

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse que espera ver a reforma da Previdência aprovada ainda este ano no Congresso, ainda que não seja exatamente a que ele gostaria. "Não é a proposta que eu quero, a que o Paulo Guedes quer, é aquela que pode ser aprovada pela Câmara", afirmou. Ele declarou que será possível aproveitar quadros do governo Michel Temer (MDB) na área econômica, sem citar nomes; a decisão será de seu futuro ministro da Economia, Paulo Guedes.

"Estamos no mesmo barco. Não quero fazer nada para mim. Se eu for mal, todos no Brasil vão pagar um preço muito alto. Ninguém quer fazer maldade com ninguém, mas algumas reformas temos que fazer. Não queremos nos transformar numa Grécia", declarou o ex-capitão, depois de mencionar o caso dos privilégios de militares.

Ele disse também que em seu governo "as Forças Armadas não ficarão relegadas a segundo plano, como ficaram no governo Fernando Henrique Cardoso e do PT".

Afirmou também que seus ministros terão de cumprir metas. Para a área da economia, enumerou: "Inflação, taxa de juros, valor do câmbio, buscar reduzir dívida interna sem aumentar carga tributária". Ele evitou traçar meta para redução do desemprego

Sobre encontro com representante da embaixada dos Estados Unidos, ele disse que vive com a diplomacia do país "uma fase de lua de mel." Ao falar da possível mudança de cidade da embaixada brasileira em Israel - de Tel Aviv para Jerusalém -, afirmou que não há "clima pesado" para se fazer a transferência. "Não é uma questão de vida ou morte. Não teria que ter embaixada nenhuma naquela região. Nossa segurança em primeiro lugar."

Sobre a presidência da Câmara e do Senado disse que é preciso ter "humildade" e ceder espaço para aliados, desde que haja garantia de liberação da pauta para os projetos do governo.

Bolsonaro comentou a proposta do governador eleito do Rio, Wilson Witzel (PSC), um aliado, de "abater" criminosos armados de fuzil. "Temos que dar retaguarda jurídica ao policial. Se você faz isso, estimula a bandidagem a agir contra quem está do lado da lei. Não podemos deixar que o ativismo por parte de uns condene esses policiais."

Bolsonaro contou que sua próxima cirurgia será dia 12 de dezembro. Na terça-feira de manhã, irá do Rio para Brasília, com retorno na quinta-feira. Ele deu entrevista em sua casa, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Repórteres de jornais, como o Estado, a Folha de S. Paulo, Valor e O Globo foram barrados.

Os nomes de quem podia entrar estavam numa lista lida à entrada por uma policial federal de sua segurança. Perguntado por repórteres sobre isso, ele disse que não barrou ninguém. "Eu tenho consideração por vocês. Não mandei restringir ninguém."

Fonte: UOL (Com Estadão Conteúdo)

Curta nossa página no Facebook

Conselho de Educação se articula para liberar EAD no ensino médio

O Conselho Nacional de Educação (CNE) quer aprovar nesta semana que 20% das aulas do ensino médio diurno possam ser feitas a distância – e 30%, nas turmas do noturno. Conselheiros ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo dizem que a discussão está amadurecida e que há consenso para aprovar essa possibilidade, hoje não prevista na legislação.

O ensino a distância na educação básica é uma das ideias defendidas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), para atender locais mais remotos, por exemplo. Críticos argumentam que a convivência em ambiente escolar é importante para crianças e adolescentes, tanto quanto o conteúdo ensinado.

A nova regra em debate no CNE vai atualizar as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para o ensino médio e regulamenta a reforma da etapa, que já havia aberto uma brecha para o ensino online. A reestruturação do médio, aprovada em 2017, prevê que 40% da carga horária seja flexível, com aprofundamento de estudos em áreas específicas optativas. Os outros 60% são para os conteúdos comuns, como Matemática e Linguagens.

O texto propõe que o ensino a distância seja “preferencialmente” utilizado na parte flexível, prevista pela reforma. Portanto, tanto o conteúdo comum quanto a parte optativa poderão ser oferecidos de maneira não presenciais.

A nova regra diz que as atividades online só devem ocorrer com a presença de um professor, diferentemente do ensino superior, em que só se exige um tutor. A proposta foi colocada em consulta pública no dia 9 e o CNE quer aprová-la até o fim deste ano.

Para os conselheiros, já há consenso para que o documento seja aprovado ainda nesta semana, nas reuniões de quarta ou quinta-feira (dias 7 e 8). No entanto, ainda existe a possibilidade de adiamento, caso algum integrante da Câmara de Educação Básica peça vistas do documento. “Não quero antecipar um veredicto, mas há uma convergência grande de ideias para a aprovação”, afirma Rafael Lucchesi, integrante do CNE e relator da proposta.

Para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), o antigo supletivo, o documento prevê que até 80% das atividades das turmas noturnas sejam a distância e 20%, no diurno.

Entre os que defendem a medida, o argumento é o de que ela ajuda a aumentar a oferta de disciplinas não obrigatórias do novo ensino médio. Isso porque metade das cidades do País tem apenas uma escola de ensino médio e, por isso, faltam professores para as várias áreas que deveriam ser oferecidas.

A proposta inicial do conselho era de que até 40% das atividades fossem a distância – o que seria exatamente toda a carga horária que deve ser usada pelos chamados itinerários formativos. Houve um recuo e o porcentual foi diminuído.

“Sem brecha”
Para o conselheiro Eduardo Deschamps, a atualização das diretrizes é importante para não “abrir brecha” a uma tentativa de ampliar o ensino a distância nessa etapa. “É uma forma de limitar o uso dessa modalidade a até 30% das atividades e alinhar como vai ser feito em todo o País, com exigência da presença de um professor.”

A conselheira Suely Menezes afirma que a discussão está “amadurecida” e há consenso para a aprovação, uma vez que muitas contribuições foram feitas – uma delas é a presença do professor nas atividades a distância, o que teria convencido alas mais resistentes.

Outro ponto que criou divergência foi o que diz que trabalhos supervisionados ou voluntários poderão ser considerados como carga horária. O ex-conselheiro César Callegari discorda das alterações e diz que elas representam “um ataque frontal à escola, professores e estudantes”. “Não podemos furtar o estudante da convivência escolar, do aprendizado presencial. Isso não significa distanciá-lo das tecnologias, mas garantir que ele de fato tenha um aprendizado.”

As DCNs servem para orientar escolas públicas e particulares em sua organização. Já a Base Nacional Comum Curricular define habilidades que devem ser aprendidas. A reforma do ensino médio depende da aprovação dos dois documentos para ser implementada. 

Fonte: Exame.com (Com informações do jornal O Estado de S. Paulo)

Curta nossa página no Facebook

Camilo diz que espera "respeito" de Bolsonaro ao Governo do Estado

O governador Camilo Santana (PT) voltou a dizer que vai procurar o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), "para defender os interesses do meu Estado e do povo cearense". Mesmo sendo oposição ao governo do militar, o petista argumentou que foi reeleito governador com a maior votação do Brasil.

"Eu sou um homem de diálogo, procurarei e esperarei respeito às decisões democráticas. Da mesma forma que ele foi eleito, eu fui eleito com a maior votação do Brasil. Eu espero todo respeito ao povo cearense, porque respeitar o Governo do Estado é respeitar a população que, democraticamente, decidiu pela minha reeleição", frisou.

Em entrevista coletiva na Academia Estadual de Segurança Pública (AESP), mais cedo, Camilo disse que procurará todos os "canais de diálogo" com o Governo Federal, com os ministérios e com a bancada federal cearense. Nesta quarta (31), o governador se reuniu com os atuais deputados federais cearenses para definir as prioridades das emendas de bancada destinadas ao Ceará no Orçamento Geral da União em 2019.

Camilo disse que vai fazer nova reunião com a bancada de senadores e deputados federais eleitos do Ceará para a próxima legislatura. "Houve uma grande renovação na bancada de deputados fedeais. Portanto, pretendo manter a mesma forma respeitosa de diálogo, respeitando as divergências daqueles que são oposição e são situação, mas acho que todos nós, que somos eleitos pelo povo cearense, temos que trabalhar pelo nosso Estado e é isso que vou praticar". 

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook

New York Times faz editorial sobre "escolha triste do Brasil" por Bolsonaro

O jornal americano The New York Times, um dos principais veículos de comunicação do mundo, publicou editorial neste domingo (21) em que considera a possível eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para presidente como uma "escolha triste do Brasil".

No texto, escrito pelo conselho editorial da publicação, o NYT afirma que "é um dia triste para a democracia quando a desordem e a decepção levam eleitores à distração e abrem a porta para populistas ofensivos, rudes e agressivos".

Para o jornal, Bolsonaro é um político de direita que tem "pontos de vista repulsivos". O NYT lista declarações do candidato dizendo que preferia que seu filho morresse a ser homossexual; que a deputada Maria do Rosário, sua colega na Câmara, não merecia ser estuprada porque seria "muito feia"; que quilombolas pesavam "sete arrobas" e não faziam nada; e seus questionamentos sobre o aquecimento global.

A publicação diz ainda que Bolsonaro tem nostalgia pelos "generais e torturadores" da ditadura militar brasileira (1964-1985), abertamente defendida pelo candidato.

O editorial também traça um panorama do atual momento político e social do Brasil, citando a recessão econômica, a Operação Lava Jato, a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o impeachment de Dilma Rousseff (PT), as denúncias contra o presidente Michel Temer (MDB) e os altos índices de crimes violentos. "Os brasileiros estão desesperados por mudança", diz o texto.

"Com este pano de fundo, os pontos de vista nojentos de Bolsonaro são interpretados como sinceridade, sua obscura carreira como parlamentar como a promessa de um forasteiro" que vai limpar a corrupção e "sua promessa de um punho de ferro como a esperança de um alívio" dos altos índices de homicídios, afirma o NYT.

O jornal menciona que Bolsonaro já foi chamado de "Donald Trump brasileiro" por surfar uma "onda de descontentamento, frustração e desespero" rumo ao cargo mais alto do país.

Para o NYT, se Bolsonaro for eleito, o meio ambiente sairá perdendo, pois o candidato já propôs flexibilizar regras para o desmatamento da Amazônia, sugeriu tirar o Brasil do Acordo de Paris, acabar com o Ministério do Meio Ambiente e interromper a criação de terras indígenas.

O editorial também aborda o julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que tornou Lula inelegível e sua substituição por Fernando Haddad (PT). Segundo o jornal, Haddad "falhou em superar a associação de seu partido com corrupção e má administração", o que teria alimentado o antipetismo.

Segundo o Datafolha da última quinta-feira (18), Bolsonaro teve 59% das intenções de votos válidos, contra 41% para Haddad.

Fonte: UOL

Curta nossa página no Facebook

Perícia será acionada para descobrir causas de incêndio no Crato

Construído em 1904 com engrenagem feita de madeira e tratamento artesanal, o "engenho de pau" localizado no Parque Estadual do Sítio Fundão era movido por tração animal. O equipamento funcionou até 1944, quando houve o declínio da produção de rapadura no Crato. Exemplar único na região do Cariri e tombado em 2013 pela Secretaria de Cultura do Estado, a estrutura se viu consumida pelas chamas do incêndio que queimou aproximadamente 10 hectares da Unidade de Conservação na tarde do último sábado (3).

Numa ação rápida do Corpo de Bombeiros e voluntários da ONG, Aquasis, da APA Chapada do Araripe e da União Protetora dos Animais e Meio Ambiente (UPAMA), cerca de 30 homens combateram o fogo que começou por volta das 13h30 e foi controlado às 20h. No entanto, a perda foi visível. Do Rio Batateira até o engenho, um rastro de destruição ainda incalculável. Por pouco, não foi pior, já que as chamas ficaram a poucos metros da Casa de Visitantes, local também tombado pela Secretaria de Cultura do Estado.

Segundo a diretora do Parque Estadual Sítio Fundão, Rose Feitosa, a perícia ambiental será acionada para descobrir as causas do incêndio e ter noção do prejuízo causado na fauna e flora. "Vamos ver o que é possível fazer para a recuperação e aproveitar o período chuvoso", garante. Por enquanto, a trilha que dá acesso ao engenho e ao Rio Batateira, maior da unidade, está interditada, pois muitas árvores pegaram fogo e correm risco de cair. "A ideia não é afastar a população. A gente vai tentar reaproximar e saber a importância daquele lugar".

No caso do engenho, o fogo consumiu quase toda sua estrutura que era predominantemente de madeira. Restou parte do piso e tração em ferro fundido. Há alguns anos, o telhado já tinha cedido. Recentemente, a direção da Unidade procurou apoio da Universidade Regional do Cariri (Urca) para fazer um levantamento histórico da área para criar um projeto de contenção. O estudo já tinha sido enviado para o Departamento de Arquitetura e Engenharia (DAE).

"Revolta e tristeza profunda", classifica o radialista Ed Alencar, neto de Jeferson Franca de Alencar, responsável por preservar o Sítio Fundão até sua morte, em 1986. Depois de saber do incêndio, Ed foi ver de perto a destruição do local onde viveu ainda criança, quando foi criado por seus avós. "Conhecia essas belezas de perto".

Caatinga e Cerrado
No Parque Estadual do Sítio Fundão, a flora nativa representa os biomas Caatinga e Cerrado, além de conter uma diversidade de animais silvestres. Alguns são mais comuns como saguis, cobras e pássaros, mas raramente alguns veados, tatus e até tamanduás foram vistos por lá.

ANTONIO RODRIGUES
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook

Dez dicas ajudam você a aproveitar melhor o tempo

Tempo ganhou status de riqueza. Mas, assim como para ganhar dinheiro, quem quer ver o dia render precisa se planejar. "A gestão do tempo é a gestão da vida, os dois conceitos são indissociáveis", explica a filósofa Dulce Magalhães, autora do livro "Superdicas para Administrar o Tempo e Aproveitar Melhor a Vida" (Editora Saraiva). Na prática, o que acontece é que a maioria das pessoas perde horas preciosas do dia com obrigações e tarefas que consideram chatas e, no fim das contas, ficam sem tempo para realizar o que realmente almejam. Mas a boa notícia é que esse cenário pode ser modificado. Basta colocar mais organização na sua rotina. Confira as dicas dos especialistas.

1- FAÇA TUDO O QUE PRECISA PERTO DE CASA OU DO TRABALHO: tem um mercado que você adora e que fica a 10 km da sua casa? Mas será que vale mesmo a pena encarar esse deslocamento com frequência? Hoje em dia, o trânsito rouba muito o tempo das pessoas, além de deixar até o mais calmo dos mortais completamente estressado em poucos minutos. "Se, depois de fazer uma reflexão, você ainda achar que aquele mercado oferece vantagens, pelo menos planeje-se para fazer outras atividades nas proximidades, para compensar a longa viagem", diz Fernando Henrique da Silveira Neto, engenheiro, especialista em desenvolvimento gerencial e professor na PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e autor do livro "Ganhe Tempo Planejando" (Editora Gente).

2- ESCOLHA HORÁRIOS ALTERNATIVOS: as obrigações estão aí para serem cumpridas, mas é possível se programar para fazer algumas delas em horários alternativos. Deixar para ir ao banco bem na hora em que a maioria das pessoas sai para almoçar, entre 12h e 13h, por exemplo, é pedir para pegar fila. E, em decorrência desse tipo de descuido, seu dia acaba rendendo menos.

3- NUNCA DEIXE O PIOR PARA O FINAL: adiar ao máximo as tarefas chatas pode parecer reconfortante num primeiro momento, mas a verdade é que, segundo os especialistas, não há nada pior do que terminar o seu dia fazendo o que menos gosta. "Ao livrar-se logo cedo de uma tarefa chata, você passa o resto do dia satisfeito. Se deixar para o final, corre o risco de concluir que teve um dia ruim, pois as atividades gostosas passarão despercebidas", diz Fernando Henrique da Silveira Neto, especialista em desenvolvimento gerencial.

4- QUESTIONE OS SEUS MÉTODOS: sempre que tiver alguma tarefa desagradável para fazer, pergunte a si mesmo se ela não poderia ser executada de outra maneira. "Às vezes, fazemos algo por hábito, porque não pensamos diferente. Mas muitas tarefas poderiam ser terceirizadas ou simplesmente resolvidas de um jeito mais prático. Basta refletir", explica a filósofa Dulce Magalhães.

5- DILUA AS TAREFAS QUE NÃO GOSTA NA SEMANA: experimente espalhar todas as obrigações que considera desagradáveis pelos cinco dias úteis, em vez de concentrá-las numa só data. "Ao fazer isso, você preenche o restante das horas daquele dia com outras atividades mais agradáveis. Esse simples cuidado vai tornar o seu dia mais produtivo", diz Fernando Henrique da Silveira Neto, autor do livro "Ganhe Tempo Planejando" (Editora Gente).

6- DIVIDA AS TAREFAS DE CASA: se você mora com outras pessoas, nada mais justo do que envolvê-las nas atividades domésticas. Assim, sobra mais tempo para a família curtir junta. Já para quem mora sozinho, a solução é tentar deixar a casa o mais organizada possível, ou seja, se tirar algo do lugar, guardar imediatamente. Da mesma forma, se sujar, a dica é limpar na hora. Caso contrário, você terá que reservar um dia inteiro apenas para colocar ordem na bagunça.

7- TENHA UMA AGENDA: a desorganização faz com que você gaste o dobro do esforço para alcançar os mesmos resultados, há desperdício de tempo com retrabalho e você chega ao final do dia sem ânimo para fazer aquilo de que gosta. E o primeiro passo para se planejar melhor é usar uma agenda, onde possa anotar todos os compromissos, profissionais e pessoais. "É claro que os acontecimentos do dia a dia poderão obrigá-lo a mudar a programação de vez em quando. De qualquer forma, tendo objetivos traçados para aquela data, você poderá escolher melhor o que pode ser adiado, sem grandes prejuízos", diz Fernando Henrique da Silveira Neto, especialista em desenvolvimento gerencial.

8- ESTABELEÇA UM HORÁRIO DE TRABALHO: concentrando-se nas tarefas e sendo organizado, é possível ser produtivo e eficaz sem precisar estourar a carga horária diária de trabalho e sem fazer horas extras. Afinal, se dedicar tempo demais à vida profissional, provavelmente terá problemas nas outras áreas. "Também é preciso aprender a dizer não e deixar de assumir mais tarefas do que se é capaz de realizar", declara a filósofa Dulce Magalhães, autora do livro "Superdicas para Administrar o Tempo e Aproveitar Melhor a Vida" (Editora Saraiva).

9- ANTECIPE OS COMPROMISSOS: aproveite o início do ano e planeje eventos com antecedência. Por exemplo: férias, cursos de aperfeiçoamento, renovação de documentos, consultas e exames médicos. Se deixar para agendar essas atividades em cima da hora, você provavelmente não terá tantas opções de horários e dias para escolher e acabará sacrificando ainda mais o seu tempo livre

10- LIMITE O SEU ACESSO ÀS REDES SOCIAIS: por mais que essa seja uma atividade prazerosa para muitos, quando feita sem muito critério, ela pode levar à perda de tempo. Por isso, o melhor é limitar o acesso às redes aos momentos em que estiver livre. Para fugir da tentação de espiar os posts durante o expediente, cancele os e-mails de notificação, que avisam sempre que alguma atualização é feita. Aproveite os momentos de espera para se atualizar: na fila do supermercado, na recepção da clínica onde será atendido, no trânsito e no aeroporto. Clicando no "MAIS", você faz um teste para avaliar se é uma pessoa viciada em internet.

Fonte: UOL

Curta nossa página no Facebook

Cidades do Cariri receberão unidades móveis de atendimento às mulheres

A Coordenadoria Especial de Políticas para as Mulheres do Governo do Ceará leva as Unidades Móveis de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher do Campo, da Floresta e das Águas para o interior do Ceará. Durante o mês de novembro, o programa passará por oito municípios (Itatira, Altaneira, Campos Sales, Porteiras, Barro, Crato, Granjeiro e Milagres) e seus respectivos distritos.

As Unidades fazem parte do programa “Mulher: Viver sem Violência”, sendo ônibus especialmente adaptados para levar serviços especializados da Rede de Atendimento às moradoras que vivem em comunidade rurais afastadas dos centros urbanos. Os serviços incluem prevenção, assistência, apuração, investigação e enquadramento legal, além de função educativa, com a promoção de palestras e esclarecimentos sobre a Lei Maria da Penha e sua aplicação, possibilitando o acesso à Lei com orientação adequada e humanizada.

Em funcionamento desde 2015, as unidades atenderam, até outubro de 2018, 6.147 mulheres nas regiões do Cariri, Região Centro-Sul, Região Vale do Jaguaribe, Sertão de Canindé, Grande Fortaleza, Serra da Ibiapaba, Sertão de Crateús, Litoral Leste, Litoral Norte, Sertão de Sobral e Sertão Central.

Segundo a titular da Coordenadoria das Mulheres, Camila Silveira, “o objetivo, que faz parte dos nossos princípios, é levar para todo o Estado informações e acesso necessários para que as mulheres libertem-se das situações de violência”.


Assessoria de Comunicação/Governo do Estado do Ceará

Curta nossa página no Facebook

Bolsonaro diz que “muita coisa” do governo Temer vai ser mantida

Após a reunião que formalizou o governo de transição, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse nesta quarta-feira, 7, que “muita coisa” da gestão Michel Temer vai ser mantida, sem citar detalhes. Ele afirmou que “não se pode furtar” do conhecimento de quem passou pela Presidência da República. Bolsonaro agradeceu o encontro e disse que conta com a experiência de Temer para ajudá-lo.

“Se preciso for voltaremos a pedir que ele nos atenda. Porque tem muita coisa que continuará. O Brasil não pode se furtar do conhecimento daqueles que passaram pela presidência”, disse Bolsonaro, que concedeu entrevista ao lado de Temer, no Palácio do Planalto.

Foi o primeiro encontro entre o presidente eleito e o atual, desde a vitória de Bolsonaro, no último dia 28. Da mesma forma, é a primeira vez que ele vem a Brasília desde a eleição. No encontro, Temer entregou simbolicamente a chave do gabinete de transição, que funcionará no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Unidade
Após as declarações de Bolsonaro, Temer ressaltou que está à disposição do presidente eleito para o que ele e sua equipe necessitarem. O presidente da República afirmou que o momento é de unidade e afirmou ainda que, se houver projetos de interesse do governo eleito em tramitação no Congresso Nacional podem ter especificados para que ele e sua equipe tentem, assim, negociar sua prioridade nas votações.

Temer convidou Bolsonaro para que o acompanhe em viagens ao exterior, como a próxima Cúpula do G20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo) será em Buenos Aires, na Argentina, de 30 de novembro a 1º de janeiro, e contará com a presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Presente
Durante a reunião, Temer deu um livro de presente para Bolsonaro. Nele, há uma compilação dos projetos realizados do seu governo, em seis eixos: Social e Cidadania, Econômico, Infraestrutura, Brasil e o Mundo, Segurança e Defesa Nacional e Ações Regionais. A publicação começa com a frase “O Brasil é hoje um país completamente diferente de dois anos e seis meses atrás”.

Segundo Temer, durante a reunião no Planalto, foi transmitido a Bolsonaro um balanço das ações do governo nos últimos dois anos e meio e o que está programado. O presidente destacou que o programa vai ser “apreciado” pelo sucessor para analisar se deve ser mantido.

Em sua agenda na capital federal, Bolsonaro também conheceu as instalações do CCBB. A visita ocorreu na manhã de hoje. Ele chegou de carro ao local e um helicóptero militar acompanhou o comboio no trajeto.

Fonte: Exame.com

Curta nossa página no Facebook

MPCE terá nova sede para Promotorias de Justiça do Crato

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) celebrou nesta terça-feira (06) a assinatura do Termo de Cessão de um imóvel da Superintendência do Patrimônio da União no Ceará (SPU/CE) para abrigar as Promotorias de Justiça da Comarca do Crato. A cerimônia aconteceu às 14h, na atual sede do MP naquela cidade, com a presença do procurador-geral de Justiça Plácido Rios, do superintendente da SPU, Cláudio Cruz, do corregedor-geral do MPCE, José Wilson Sales, do prefeito do Crato, José Ailton Brasil, e outros membros do Ministério Público de Comarcas caririenses.

O procurador-geral considera que, com a cessão do prédio, “a Superintendência está não apenas dotando o Ministério Público de uma estrutura física mais digna e condizente às demandas institucionais, mas, acima de tudo, melhor atendendo à população do Crato com instalações mais modernas e confortáveis”, comemora.

A estrutura foi cedida por 20 anos, passível de renovação, e a reforma terá início no mês de dezembro, com previsão de durar, aproximadamente, quatro meses. Logo, espera-se que a inauguração do novo prédio ocorra no primeiro semestre de 2019. O espaço abrigava, anteriormente, o Fórum de Justiça do Trabalho e localiza-se na Av. Perimetral Dom Francisco, s/n, bairro São Miguel, e possui 1.552,50m2.

Assessoria de Imprensa/MPCE

Curta nossa página no Facebook