Em primeiro parecer no setor privado, Moro favorece investigado por corrupção

O ex-ministro Sergio Moro fez sua estreia no setor privado com um parecer contratado pelo magnata israelense Benjamim Steinmetz. O empresário, que já foi investigado por corrupção e lavagem de dinheiro em ao menos cinco países, quer provar que a mineradora brasileira Vale sabia dos riscos do contrato de exploração da mina em Simandou, na Guiné, quando fechou o negócio com sua empresa em 2010. O parecer diz, em tese, que a gigante brasileira teria ocultado do mercado os riscos envolvidos no negócio bilionário, no chamado "Carajás africano".

Steinmetz tenta provar que a mineradora mentiu ao tribunal arbitral em Londres, onde conseguiu uma sentença favorável de US$ 2 bilhões. No negócio, a Vale comprou de Steinmetz 51% da BSG Resources (BSGR), detentora de concessões e licenças de exploração de minério de ferro de uma das maiores minas inexplorada no mundo, uma transação de US$ 2,5 bilhões, com pagamento antecipado de US$ 500 milhões ao israelense.

No ano seguinte do acordo, em 2011, o recém-eleito presidente Alpha Condé iniciou uma política de revisão de todas as concessões dos governos anteriores. A investigação apontou indícios de suborno na concessão das minas a Steinmetz, em 2008. A Vale então foi buscar reparação e a sentença favorável foi obtida no ano passado.

Steinmetz nega que tenha havido corrupção, e afirma que a mineradora tinha conhecimento de eventuais riscos envolvidos na concessão. Em seu parecer de 54 páginas, a que o Estadão teve acesso, Moro afirma que "os executivos da Vale S/A teriam, em tese, prestado afirmações falsas e ocultado fraudulentamente do mercado e de seus acionistas as reais condições do negócio celebrado com a BSGR acerca dos direitos de exploração sobre Simandou e sobre os motivos da rescisão posterior". O texto, assinado em novembro, diz ainda que "as fraudes verificadas são aptas a caracterizar, em tese, o tipo penal do art. 177, §1.o, I, do Código Penal", diz Moro, citando a lei brasileira.

Beny, como o magnata é conhecido, contratou no Brasil um segundo parecer, o do jurista Pedro Serrano - que advogou para a Odebrecht e tem artigo publicado sobre as "arbitrariedades das sentenças de Sergio Moro".

Timbre
O parecer do ex-juiz da Lava Jato tem papel timbrado do escritório Wolff Moro, da esposa do ex-ministro Rosângela Wolff Moro. Este trabalho de Moro foi produzido antes de sua ida à consultoria Alvarez & Marsal. Em nota, a empresa disse que o ex-ministro "não foi contratado para a divisão mencionada (no Reino Unido) e não está envolvido em nenhuma parte desta área".

Procurados, Benjamim Steinmetz, Sergio Moro e Pedro Serrano não comentaram. A Vale disse que "todas as declarações já foram objeto de desmentido público pelo próprio declarante, que foi vítima de uma armação clandestina."

Fonte: Estadão Conteúdo

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Brasil emite alerta sobre 1º caso de 'superfungo' fatal

Segundo o alerta da Anvisa, o fungo foi identificado em "amostra de ponta de cateter de paciente internado em UTI adulto em hospital do estado da Bahia".

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta na segunda-feira (7) sobre uma investigação em curso do possível primeiro caso positivo no país de Candida auris, fungo resistente a medicamentos responsável por infecções hospitalares que se tornou um dos mais temidos do mundo.

Em seu alerta, a Anvisa afirmou que o Candida auris (C. auris) "é um fungo emergente que representa uma séria ameaça à saúde pública".

A infecção por C. auris é resistente a medicamentos e pode ser fatal. Em todo o mundo, estima-se que infecções fúngicas invasivas de C. auris tenham levado à morte entre 30% e 60% dos pacientes.

Segundo o alerta da Anvisa, o fungo foi identificado em "amostra de ponta de cateter de paciente internado em UTI adulto em hospital do estado da Bahia". A amostra foi analisada pelo Laboratório Central de Saúde Pública Profº Gonçalo Moniz (Lacen-BA), em Salvador, e pelo Laboratório do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

A Anvisa afirma que a amostra ainda será submetida a "análises fenotípicas (para verificar o perfil de sensibilidade e resistência)" e "sequenciamento genético do microrganismo (padrão-ouro)" até a confirmação oficial do caso.

Diante da suspeita, a Anvisa recomendou o reforço da vigilância laboratorial do fungo em todos os serviços de saúde do país, entre outras medidas de controle e prevenção para evitar um surto.

O fungo foi identificado pela primeira vez em 2009 no canal auditivo de uma paciente no Japão. Desde então, houve casos identificados em países como Índia, África do Sul, Venezuela, Colômbia, Estados Unidos, Israel, Paquistão, Quênia, Kuwait, Reino Unido e Espanha.

Em 2016, a Opas, braço da Organização Mundial da Saúde para a América Latina e o Caribe, publicou um alerta recomendando a adoção de medidas de prevenção e controle por causa de surtos relacionados ao fungo na região. O primeiro surto da região ocorreu na Venezuela, entre 2012 e 2013, atingindo 18 pacientes. Além disso, o C. auris costuma ser confundido com outras infecções, levando a tratamentos inadequados.

"O C. auris sobrevive em ambientes hospitalares e, portanto, a limpeza é fundamental para o controle. A descoberta (do fungo) pode ser uma questão séria tanto para os pacientes quanto para o hospital, já que o controle pode ser difícil", explicou a médica Elaine Cloutman-Green, especialista em controle de infecções e professora da University College London (UCL).

Nem todos os hospitais identificam o C. auris da mesma maneira. Às vezes, o fungo é confundido com outras infecções fúngicas, como a candidíase comum.

Em 2017, uma pesquisa publicada por Alessandro Pasqualotto, da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, analisou 130 laboratórios de centros médicos de referência na América Latina e descobriu que só 10% deles têm capacidade de detecção de doenças invasivas de fungos de acordo com padrões europeus.

Segundo a Anvisa, o surto em 2016 em Cartagena, na Colômbia, é um exemplo de como o microrganismo é difícil de identificar. Cinco casos de infecção foram identificados como três fungos diferentes até um método mais moderno de análise diagnosticar o patógeno corretamente como C. auris.

Além disso, o C. auris é muito resistente e pode sobreviver em superfícies por um longo tempo. Também não é possível eliminá-lo usando os detergentes e desinfetantes mais comuns. É importante, portanto, utilizar os produtos químicos de limpeza adequados dos hospitais, especialmente se houver um surto.

Em alerta emitido em 2017, a Anvisa explicou que não se sabe ao certo qual é o modo mais preciso de transmissão do fungo dentro de uma unidade de saúde. Estudos apontam que isso pode ocorrer por contato com superfície ou equipamentos contaminados e de pessoa para pessoa.

O maior surto ligado ao C. auris ocorreu em 2015 em Londres, com 22 pacientes infectados e outros 28 colonizados.

Resistência a medicamentos
A resistência aos antifúngicos comuns, como o fluconazol, foi identificada na maioria das cepas de C. auris encontradas em pacientes.

Isso significa que essas drogas não funcionam para combater o C. auris. Por causa disso, medicações fungicidas menos comuns têm sido usadas para tratar essas infecções, mas o C. auris também desenvolveu resistência a elas.

"Há registro de resistência à azólicos, equinocandinas e até polienos, como a anfotericina B. Isso significa que o fungo pode ser resistente às três principais classes de drogas disponíveis para tratar infecções fúngicas sistêmicas", explicou o epidemiologista e microbiologista Alison Chaves, no Twitter.

Análises de DNA indicam também que genes de resistência antifúngica presentes no C. auris têm passado para outras espécies de fungo, como a Candida albicans (C. albicans), um dos principais causadores da candidíase (doença comum que pode afetar a pele, as unhas e órgãos genitais, e é relativamente fácil de tratar).

Fonte: BBC News Brasil

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Camilo anuncia investimento de mais de R$ 20 milhões na aquisição de novos equipamentos para a saúde pública ainda em 2020

Na busca por mais humanização do atendimento, valorização das pessoas e inovação, o Governo do Ceará autorizou, na manhã desta segunda-feira (7), a aquisição de equipamentos para modernização das unidades da rede pública estadual de saúde. O valor total a ser direcionado para aquisição dos equipamentos em 2020 é cerca de R$ 20 milhões.

“É mais um anúncio importante para o Ceará. Lançamos em 2019 a Plataforma de Modernização da Saúde no Estado, que inclui uma série de medidas. Desde a reestruturação da Secretaria, descentralização das ações de saúde, criação das superintendências regionais, ampliação das ações de saúde no Interior do Ceará”, relatou o governador Camilo ao anunciar as aquisições.

A ideia, de acordo com Camilo Santana, é que 90% das demandas de saúde da população sejam atendidas na própria região. “Para isso, o Estado tem implantado UTIs em hospitais do Interior e regionais. Vamos inaugurar, em breve, o Hospital Regional do Jaguaribe e com isso, todas as regiões do Ceará terão um hospital de alta de complexidade do Estado”. Mais de 82% dos cearenses dependem da rede pública de saúde no Ceará.

O governador lembrou que há 10 anos não tinha nenhum hospital público do Estado no Interior e toda demanda vinha para Fortaleza, afogando a rede da Capital. “Faz parte da nossa política de descentralização a ampliação de leitos e das policlínicas, UPAs e universalização do Samu, garantindo 24 horas o atendimento de urgência e emergência”. A criação da Fundação de Saúde, que vai gerenciar as unidades públicas do Estado, a aquisição definitiva do Hospital Leonardo da Vinci, arrendado inicialmente para atender a demanda de pacientes com Covid-19, também foram apontados pelo chefe do Executivo estadual. Em breve, serão iniciadas as obras do Hospital Universitário da Uece.

Através de um levantamento completo das necessidades dos hospitais realizado pela Sesa, foi elaborado o planejamento de aquisições, aplicando-se uma priorização para as necessidades de caráter mais urgente para a população. O processo inicia ainda em 2020, ficando as demais necessidades para aquisição durante os anos de 2021, 2022 e 2023, garantindo que não haja defasagem tecnológica no sistema de saúde pública do Ceará.

Para 2020, estão previstas as compras de equipamentos de alta complexidade, como sistemas de hemodinâmicas para o HGF, Sertão Central e Cariri e arcos cirúrgicos para o Hospital de Messejana e Hospital Regional do Cariri, que permitirão ampliar e otimizar os serviços prestados nas Regiões de Saúde mais carentes, descentralizando o atendimento a cirurgias, contribuindo para a execução de procedimentos cardiológicos como implante de marcapasso, cateterismo, dentre outros. Além disso, outros equipamentos de menor complexidade serão adquiridos para todas as unidades da Rede Sesa, visando substituir equipamentos obsoletos, incorporar novas tecnologias e reduzir custos com manutenção de equipamentos antigos, garantindo a segurança e eficácia no atendimento aos pacientes.

O secretário estadual da Saúde, Dr. Cabeto, destacou que a compra dos equipamentos faz parte da política de modernização adotada pelo Estado. “Dividimos as aquisições para modernizar as unidades hospitalares de Fortaleza e no Interior. Vamos adquirir equipamentos para dar mais suporte aos hospitais. Alguns, como aparelho de cateterismo para os Hospitais Regionais Norte, Sertão Central, Vale do Jaguaribe e do Cariri, por exemplo, vai permitir que esses hospitais atendam pessoas vítimas de AVC ou infarto, 24 horas, sete dias por semana. Isso vai fazer com que o tempo de atendimento seja mais rápido e consigamos salvar mais vidas”, apontou o secretário.

Cabeto avalia que essa descentralização vai permitir melhor acesso e ótima qualidade no atendimento. Além disso, também permitirá melhores condições de trabalho para os profissionais.

“O Governo do Ceará tem demonstrado a priorização da saúde e essa é mais uma ação que se soma a tantas outras que vão transformar a vidas das pessoas em todas as regiões do Ceará. Nós temos enorme preocupação com as condições de trabalho dos profissionais e isso aliado à criação da Fundação vai dar uma forma mais digna de trabalho aos profissionais da saúde, essas pessoas que têm ajudado tanto o Ceará a enfrentar essa pandemia”.

Responsabilidade
Ainda durante o anúncio feito online, o governador ressaltou que a pandemia continua e reforçou que todos precisam colaborar. “Está tendo um novo ciclo no mundo inteiro e aqui também temos novos casos. É fundamental as pessoas cumprirem as orientações sanitárias, evitar aglomerações e usar máscara. Vamos usar a consciência. Estamos trabalhando para trazer a vacina o mais rápido possível para os cearenses, mas enquanto não tem a vacina precisamos ter cautela e zelo”, destacou, garantindo que o Estado será mais rigoroso com quem descumpre as orientações sanitárias.

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Chegada de fóssil de dinossauro traduz evolução do Museu no Cariri

O mais antigo espécime de dinossauro já encontrado na Bacia do Araripe, no Cariri, retornou à região no último fim de semana, após passar uma década nos estados do Pernambuco e Rio de Janeiro, período em que foi estudado por especialistas da UFPE e UFRJ. A chegada do Aratasaurus museunacionali ao Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, em Santana do Cariri, revela um cenário positivo da evolução que o equipamento apresentou desde sua abertura, há 35 anos.

No entanto, a realidade ainda é desafiadora. Pesquisadores do Cariri seguem lutando para que peças descobertas no Ceará, mas que saem para ser estudadas fora, retornem à região como forma de combater o destino ilegal de fósseis e fortalecer esse nicho científico. "A gente tem uma luta constante para deixar o material aqui. Dos cinco dinossauros da Bacia do Araripe, este é o primeiro que volta. Dois estão no Rio de Janeiro e de lá não saem, porque são holótipos, e outros dois na Europa. Esse é o topo da cadeia. São poucos indivíduos, então é muito raro", exalta o paleontólogo Álamo Feitosa, da Universidade Regional do Cariri (Urca), unidade de ensino ligada ao Museu de Paleontologia de Santana do Cariri.

O fóssil foi descoberto em 2008 e, felizmente, fez o caminho legal. Encontrado na Bacia do Araripe, 2 anos depois foi entregue à pesquisadora Juliana Sayão, da Universidade Federal de Pernambuco, especialista em Archosauria, para, em 2017, ser enviado ao Museu Nacional/URFJ, onde foi preparado e descrito. Após esse ciclo, retornou ao Cariri.

Importância
A expectativa de Álamo é que a chegada do fóssil estimule o turismo científico no Cariri, aumentando o fluxo de pesquisadores. Hoje, o Museu Plácido Cidade Nuvens - que conta com 21 holótipos, entre plantas, invertebrados e vertebrados - tem capacidade de abrigar em alojamentos até 12 estudiosos.

"A gente sempre diz: a Bacia está aberta às pesquisas. Queremos receber pesquisadores internacionais e nacionais, mas é justo que os fósseis fiquem no Araripe, já que não só tem um projeto de desenvolvimento sustentável, mas um local adequado para receber peças importantes". Mas, nem sempre foi assim. Inaugurado em 1985, o museu surgiu para tentar "parar a sangria", como Plácido, o fundador já falecido, definia a saída clandestina de fósseis da Bacia.

Evolução
Para alcançar o status atual, a Urca começou, em 2005, um processo de qualificação de seus profissionais, em mestrado e doutorado. Além disso, foi criado um núcleo de pesquisa, escavações paleontológicas e divulgação deste trabalho. São cinco pesquisadores vinculados ao Museu de Paleontologia e mais de 30 colaboradores. O prédio também conta com uma biblioteca temática com mais de 5 mil títulos e laboratório moderno de preparação e descrição das peças. "Até o fim dos anos 1990, não tínhamos condições de albergar um material importante. Hoje temos. Desde quadro técnico à estrutura física", acredita Álamo.

O diretor do Museu de Paleontologia, Allysson Pinheiro, reforça que o equipamento tem condições adequadas para abrigar este material, e avaliou que o espaço ganha importância com a presença de holótipos. "Isso é emblemático. Mostra o reconhecimento da comunidade científica pelos seus pesquisadores. Esse material vem reforçar isso", detalha.

Por Antonio Rodrigues

Fonte: Diário do Nordeste

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Saiba qual o caminho da vacina contra a Covid-19 até chegar ao Ceará

A Covid-19 segue contaminando e matando milhares de pessoas mundo afora. Pela gravidade da pandemia, o cenário deve ser de cuidado permanente. No Ceará, já foram 304 mil casos confirmados e 9,7 mil mortes. Em meio às perdas, cientistas correm para a produzir vacinas. Até o momento, quatro potenciais imunizantes contra a Covid-19 estão em teste no Brasil. A expectativa é alta. Mas, apesar das projeções, ainda não há data oficial de quando os brasileiros serão, de fato, imunizados.

A pandemia tem outro diferencial no Brasil. Em geral, a aquisição de vacinas e a coordenação de campanhas ficam sob a responsabilidade do Ministério da Saúde. Mas, na corrida para assegurar imunização, estados, como São Paulo, têm buscado alternativas próprias. No Ceará, o secretário da Saúde, Dr. Cabeto, já informou que o Estado deve ser abastecido, quando aprovado, pelo composto da Universidade de Oxford e da empresa AstraZeneca, no Reino Unido. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pode replicar a substância no Brasil. A expectativa é que a vacinação no Estado comece até julho de 2021. A vacina, que está na fase 3 de testes, etapa que precede a aplicação na população, é a aposta do Governo Federal. Ontem, o governador Camilo Santana anunciou que segue em negociação com o Governo de São Paulo para aquisição de doses da vacina CoronaVac.

Na ausência de datas, uma das únicas certezas é que, o imunizante, quando disponível, seguirá os tradicionais ritos aplicados a todas as campanhas de vacinação no País. Para chegar à população dos 26 Estados e do Distrito Federal, a vacina contra a Covid-19 passará por longo processo, relata em entrevista ao SVM, a coordenadora de Imunização da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), Carmem Osterno. Ela traça o caminho que a vacina fará até os postos de saúde, nos 184 municípios, e ressalta que, embora o momento seja atípico devido à necessidade de rapidez, os procedimentos seguem rigorosos. Segurança e eficácia são irrevogáveis.

Como acontece a inclusão de uma vacina, como essa contra a Covid-19, no calendário nacional de vacinação no Brasil?

A decisão se uma vacina entra ou não no sistema nacional de vacinação é do Ministério da Saúde. Mais especificamente na Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI). Existe um comitê técnico assessor, formado, dentre outros, por imunologistas, pediatras e infectologistas. Esse grupo discute as novas vacinas em desenvolvimento pelos laboratórios, o impacto epidemiológico da doença, e também da imunização, caso implantada.

O que ocorre depois dessa discussão?

Tomada a decisão, a discussão segue para a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, na qual será viabilizada a possibilidade de aquisição. A Secretaria começa a pesquisar: quais os laboratórios produzem a vacina, como é a produção e qual a possibilidade de o governo brasileiro adquirir com transferência de tecnologia.

A transferência de tecnologia é a possibilidade de replicar a produção?

Isso. É a garantia que o País terá a continuidade da vacina, pois a produção pode ser feita também por instituições nacionais, como a Fiocruz. Esse critério é discutido com o laboratório. Se ele aceita, inicialmente ele fornece uma quantidade de vacinas. O primeiro ano, por exemplo. Junto com as vacinas produzidas para a aplicação, vem o Insumo Farmacêutico Ativo para aplicação, o IFA, que, nesse caso, um dos laboratórios brasileiros passa a produzir no Brasil. Isso é o que é mais praticado pelo governo brasileiro desde 1973. Então, o Ministério da Saúde chama os laboratórios brasileiros e vê qual deles tem condição de ter uma plataforma de produção dessa vacina. Ou se o Ministério vai injetar recursos para aquela instituição se organizar e poder produzir a vacina.

Quais os laboratórios no Brasil que produzem vacinas em maior quantidade?

Fiocruz, através do Instituto Bio-Manguinhos (Rio de Janeiro) e o Instituto Butantan (São Paulo), são os laboratórios que o Ministério da Saúde mais procura.

No caso da vacina contra a Covid-19, quando ela chegar ao Brasil, quais procedimentos serão adotados? Ela e todas as demais vacinas chegam por via aérea?

Antes de a vacina chegar ao território nacional, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acompanha todos os passos. Do momento em que o laboratório fez o projeto da produção da vacina, até a conclusão dos estudos de fase 3. Tudo deve ser documentado. Se tudo der certo e o grupo técnico da Anvisa, que, dentre outros, analisa a documentação sobre eficácia e segurança da vacina, aprovar, o país pode adquirir. Toda vacina que chega do exterior vem por via aérea. Assim como todo imunizante que sai da Central Nacional de Distribuição do Ministério para os estados.

Quando chega nessa Central, o que acontece?

Antes de fazer a distribuição para os estados, são retiradas amostras dos lotes e encaminhadas para o Instituto Nacional de Controle de Qualidade (INCQS) que as analisa. Se aprovadas, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) - que é do Governo Federal - começa a fazer a distribuição para os estados.

Quando e como se define quantas doses serão enviadas para cada um dos 26 estados e Distrito Federal?

Antes de a vacina chegar ao Brasil, já há uma discussão da esfera federal com os coordenadores estaduais de saúde. Nessa discussão é repassada aos estados a finalidade da vacina, informações sobre a população mais acometida, a faixa etária, e as prioridades de vacinação. Uma vez decidido quais são os grupos de maior impacto, já se faz o estudo da população do Brasil e o cálculo com base nas estimativas do IBGE. No caso das crianças, leva-se em conta os dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. Depois é feito um cálculo populacional mais um acréscimo de 25%.

Da Central Nacional, os estados sabem exatamente quantas doses vão receber?

Sim. Nessa etapa, tudo já está programado. A elaboração de uma campanha ou a introdução de uma nova vacina é feita com 6 meses de antecedência.

Quando chegam ao Ceará, as vacinas ficam também em uma central?

Sim. Há uma Central estadual que distribui para as 5 superintendências de Saúde (Fortaleza, Cariri, Sobral, Sertão Central e Litoral Leste) em caminhões refrigerados para manter a temperatura de 2°C a 8°C graus. Para equilibrar, o importante é que esses caminhões estejam entre 2º e 4º graus. Cada superintendência tem 5 caminhões. Das superintendências, esses caminhões vão para prédios de 17 Áreas Descentralizadas da Saúde (ADS) espalhadas pelo Estado inteiro. Lá, cada município manda buscar e leva para a secretaria municipal onde tem central de rede de frios.

Esse transporte também é feito em caminhões?

Os municípios, como são distâncias pequenas, levam em isopor e caixas térmicas com termômetros acoplados com a temperatura, com gelo reciclável, também entre 2°C e 4°C graus. Chegando no município, as vacinas vão para os refrigeradores da rede municipal. De lá, são fornecidas semanalmente para a sala de vacinas nos postos de saúde. Essa periodicidade é para evitar que o imunizante se estrague, por exemplo, se houver uma queda de energia na sala de vacinação.

Quando o Ministério fornece a vacina, ele também manda seringas e agulhas ou cada estado/cidade tem que comprar?

Os estados que adquirem seringas e agulhas. É uma rotina. Anualmente, a gente faz a aquisição desse material para aquele ano e repassa aos municípios. Compramos exatamente para todo o Estado. O Ministério também garante a capacitação e nesse caso da Covid distribuiu refrigeradores. Fez um acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde Municipais, veio recurso para comprar refrigeradores próprios para vacina.

Por Thatiany Nascimento

Fonte: Diário do Nordeste

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UFCA lidera aprovações em edital para estimular a fixação de pesquisadores no interior do CE

Vinte e um pesquisadores da Universidade Federal do Cariri (UFCA) tiveram propostas aprovadas em edital de estímulo à Pesquisa no interior do Ceará. A Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) – órgão vinculado à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece) do Governo do Estado do Ceará – divulgou o resultado do edital do Programa de Bolsas de Produtividade em Pesquisa, Estímulo à Interiorização e Inovação Tecnológica (BPI) no último dia 26. A UFCA foi a melhor instituição que mais conquistou aprovações entre as participantes.

O objetivo do programa é incentivar o aumento da produção científica e tecnológica em áreas fora da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), por meio da concessão de bolsas a pesquisadores com doutorado vinculados a Instituições de Ensino Superior e/ou de Pesquisa de municípios do interior do Ceará. A intenção é estimular a fixação desses profissionais nas regiões e apoiar o desenvolvimento da produção científica, tecnológica e de inovação.

Ao todo, 34 pesquisadores da UFCA submeteram propostas ao edital. Deles, 18 tiveram suas propostas aprovadas, para implementação imediata. Outros três pesquisadores da Universidade também tiveram propostas aprovadas, mas seu financiamento dependerá de disponibilidade orçamentária.

Cada uma das propostas aprovadas no edital de 2020 receberá os seguintes incentivos: 

• bolsa com duração de até 24 meses, no valor mensal de R$ 1.000,00; 
• até 5 bolsas de iniciação científica, com duração de até 24 meses cada e valor mensal de R$ 400,00; 
• adicional de bancada para auxílio a projeto de pesquisa, no valor mensal de R$ 1.500,00 para itens de custeio e capital, com ênfase em despesas (passagens e diárias) que promovam a mobilidade de docentes e discentes.

De acordo com a vice-reitora da UFCA e titular da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (PRPI/UFCA), Laura Hévila, o estímulo à fixação de profissionais no Cariri faz parte da política da PRPI/UFCA, assim como incentivar o aumento da produção científica, tecnológica e de inovação em diversas áreas: “Esse resultado mostra a importância dos investimentos feitos ao longo dos anos em Pesquisa – e que é por meio desses resultados que a UFCA mostra o seu grande potencial, impactando positivamente a construção da ciência no Brasil”, afirmou. Para Laura, o resultado é expressivo, considerando o pouco tempo de existência da UFCA (desmembrada da Universidade Federal do Ceará em 5 de junho de 2013). “[Isso] mostra a qualidade das pesquisas realizadas em nossa instituição, ainda que jovem”, conclui.

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Ceará negocia com Butantan para adquirir vacina contra Covid 'o mais rápido possível', diz Camilo

O governador do Ceará, Camilo Santana, afirmou nesta segunda-feira (7) que negocia com o governador de São Paulo, João Dória, e o Instituto Butantan, órgão estadual de São Paulo, para adquirir a vacina contra a Covid-19 para os cearenses "o mais rápido possível".

"Tenho mantido conversas com o Governo de São Paulo, diretamente com o governador João Dória, e Instituto Butantan, responsável pela produção da CoronaVac, para a aquisição o mais rápido possível. Temos, inclusive, reunião presencial já marcada em SP na próxima segunda-feira", afirmou Camilo Santana.

O governador do Ceará afirmou também o secretário estadual da Saúde, Dr. Cabeto, mantém contato com outros laboratórios que desenvolvem a vacina, bem como com o Ministério da Saúde.

"Informo aos cearenses que tudo o que estiver ao meu alcance farei para que a vacina chegue ao nosso estado com a máxima brevidade", completou Camilo.

Fonte: G1 CE

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MEC muda para março retorno das aulas presenciais nas federais

O Ministério da Educação (MEC) mudou, de 4 de janeiro para 1º de março, o início das aulas presenciais nas instituições federais de ensino superior. A nova data foi definida em portaria publicada na edição extra do Diário Oficial da União, nessa segunda-feira (7).

O documento recomenda que, para a realização das aulas presenciais, as instituições deverão observar os protocolos de biossegurança para o enfrentamento da pandemia da covid-19.

A portaria anterior, publicada no Diário Oficial no dia 2 de janeiro, que determinava a retomada das aulas em janeiro, não foi revogada, mas alterada no trecho que trata do início das aulas presenciais.

O texto da nova portaria dia, ainda, que “os recursos educacionais digitais, tecnologias de informação e comunicação ou outros meios convencionais poderão ser utilizados em caráter excepcional, para integralização da carga horária das atividades pedagógicas”, no cumprimento das medidas para enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.

Fonte: Agência Brasil

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Fóssil de espécie de dinossauro mais antiga da Bacia do Araripe é devolvido ao Museu de Paleontologia da Urca

O Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, da Universidade Regional do Cariri (URCA), recebeu, na manhã deste domingo (06), o holótipo (espécime única) do Aratasaurus museunacionali, a mais antiga espécie de dinossauro já encontrada na Bacia do Araripe. O material foi repassado pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde se encontrava o achado. A descoberta do fóssil aconteceu na Bacia do Araripe, em 2008, e foi batizado em homenagem ao Museu Nacional em julho deste ano, durante coletiva com os pesquisadores. A pesquisa foi publicada na revista do Grupo Nature – Scientific Reports.

A descoberta foi apresentada por pesquisadores da URCA, Museu Nacional/UFRJ e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O professor doutor da URCA, o paleontólogo Álamo Saraiva, um dos autores da descoberta, afirma que a devolução desse holótipo ao Museu de Paleontologia, em Santana do Cariri, foi um ato extremamente importante pelo fato de ser o primeiro dinossauro que tem os seus restos depositados no local. “O holótipo é aquela peça que serviu como base para descrição da nova espécie. Qualquer um pesquisador que vai estudar esse grupo de dinossauros Coelurosauria tem que vir até o Museu Plácido Cidade Nuvens, comparar, fotografar e medir os restos com o material que ele está estudando”, afirma.

Dada essa relevância, o pesquisador ainda destaca a questão do fortalecimento do turismo científico na cidade, já que irá aumentar o fluxo de pesquisadores. “Outo aspecto é que essa condição possibilita um respeito das entidades que reconhecem o Museu como sendo um centro de pesquisa nacional e internacional, com capacidade de albergar fósseis importantes”, diz Álamo Saraiva.

Salvaguarda do patrimônio
O diretor do Museu de Paleontologia, Allysson Pinheiro, afirma o equipamento é o local mais adequado para esse material, encontrado no Cariri. “Museu é para salvaguardar o patrimônio da humanidade”, afirma. Para ale, o espaço ganha importância com a presença de holótipos, material que é referência dessa peça de arte. Não é o primeiro dinossauro, já que temos o Angaturama e o Santanaraptor Placidus, mas é o primeiro holótipo de Dinossauro do Museu.

O achado estava no Rio de Janeiro, com um dos pesquisadores do Museu Nacional. Por pouco, não chegou a se tornar parte dos escombros do equipamento histórico, em incêndio registrado no ano de 2018. O material estudado figura como do período Cretáceo, tendo cerca de 115 milhões de anos, na formação Romualdo. Uma das pesquisadoras, Juliana Sayão, da UFPE, destacou que esse grupo de animais era carnívoro, teria como representantes atuais as aves, e que poderiam estar mais dispersos do que imaginamos. Ela destacou a outra espécie também encontrada na região, e já identificada, o Santanaraptor, que recebeu a denominação em homenagem ao fundador do Museu de Paleontologia, em Santana do Cariri, Plácido Cidade Nuvens.

O material foi apresentado a paleontóloga Juliana Sayão, especialista em Archosauria, pelo então diretor do museu, Plácido Cidade Nuvens, já falecido. Foi encontrado na mina Pedra Branca, em Santana do Cariri. A pesquisadora identificou imediatamente como sendo de dinossauro e levou o material para a UFPE, onde iniciou os trabalhos de identificação do achado.

A expectativa é que a descoberta desse fóssil e sua exposição no Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens faça com que as atenções do meio paleontológico se voltem novamente para a Bacia do Araripe, estimulando a curiosidade das pessoas para conhecerem esse antigo habitante do Nordeste brasileiro.

“Toda descoberta de um fóssil é importante porque obtemos registros que ajudam a reconstruir a história do planeta e refazer o caminho da evolução dos organismos que viveram aqui desde milhões de anos atrás. Muitas vezes o fóssil é único e guarda todas as informações sobre aquela espécie ou grupo de animais”, explica a paleontóloga da Universidade Federal de Pernambuco, Juliana Sayão.

Características da anatomia
A anatomia do fóssil encontrado, principalmente a dos dedos do pé, indica que se trata de uma linhagem de dinossauro com origem mais antiga do que a que deu origem aos tiranossaurídeos. Isso também é novidade, pois embora os Coelurosauria tenham algumas formas icônicas, como o Tyrannosaurus rex, pouco se sabe a respeito da origem desse grupo de famosos dinossauros.

Também, não se sabe muito sobre onde essas linhagens mais antigas estavam no planeta. “O Aratasaurus aponta que parte dessa rica história pode estar no Nordeste do Brasil e na América do Sul. Sendo assim, ainda há muitas lacunas para desvendar esse quebra-cabeças evolutivo, mas com essa descoberta colocamos mais uma peça para entendê-lo”, ressalta Juliana.

“O Aratasaurus é uma linhagem irmã do Zuolong, um celurossauro do Jurássico da China, “isso que sugere que os celurossauros mais antigos estariam mais amplamente distribuídos pelo planeta e ao longo de um tempo maior”, relata o paleontólogo chinês Xin Cheng.

Além de sua importância científica o Aratasaurus guardará a responsabilidade de divulgar a paleontologia na região do Cariri. “Essa descoberta é um marco para o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, como o primeiro fóssil de dinossauro depositado nesse museu e espera, com isso, aumentar a visitação de áreas do Geopark Araripe”, comemora o paleontólogo, Álamo Saraiva.

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Primeiro lote da vacina da Pfizer contra Covid-19 chega ao Reino Unido

A primeira remessa da vacina da Pfizer contra coronavírus já chegou ao Reino Unido. A vacina é oriunda dos laboratórios Pfizer e BioNTech . De acordo com a rede pública BBC, a vacina foi encaminhada para uma central de distribuição em local não revelado.

O Reino Unido aprovou, nesta quarta-feira (2), a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech. O governo anunciou ainda que pretende começar a imunização na semana que vem. Um primeiro lote com 10 milhões de doses será disponibilizado pelo NHS, serviço público de saúde britânico, ainda em 2020.

Ao todo, o Reino Unido encomendou 40 milhões de doses. A remessa é suficiente para vacinar 20 milhões de pessoas.

O vice-diretor médico da Inglaterra Jonathan Van-Tam, disse que a primeira rodada de vacinações pode prevenir até 99% das internações e mortes em hospitais da Covid-19. Em declarações à BBC, Van-Tam disse que isso seria possível se todos na lista de primeiras prioridades tomassem a vacina e ela for altamente eficaz.

Grupo prioritário
A ordem em que as pessoas receberão a vacina foi decidida pelo governo. Os idosos em casas de repouso e funcionários desses lugares estão no primeiro lugar da lista de prioridades, seguidos por pessoas com mais de 80 anos e funcionários de saúde.

(Com agências)

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Depois de publicar portaria, MEC decide ouvir reitores sobre a volta das aulas presenciais

Um dia após publicar portaria que determinava o retorno das aulas presenciais em janeiro, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, decidiu ouvir reitores de universidades e institutos federais e faculdades particulares.

A determinação, publicada nesta quarta (2), foi questionada por dirigentes das instituições de ensino, que a consideraram inconstitucional por desrespeitar a autonomia universitária. Também afirmaram que não haveria tempo hábil ou recurso financeiro para o retorno presencial em 4 de janeiro.

No mesmo dia da publicação, o ministro afirmou à CNN que revogaria a portaria e que faria uma consulta pública para discutir o tema. Ele disse que "não esperava tanta resistência".

Ajustes para não revogar
Integrantes da pasta, no entanto, avaliam que o recuo enfraquece ainda mais o ministro, por isso, estudam ajustes à portaria para não ter de revogá-la. Entre as mudanças avaliadas está atrelar o retorno compulsório das aulas presenciais ao mês de início da vacinação no país.

A reunião foi marcada para esta sexta-feira (4) com representantes da Andifes (que reúne os reitores de universidades federais), Conif (reitores de institutos federais), Crub (Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras) e o Fórum das Entidades do Ensino Superior Particular.

"Todos terão a oportunidade de emitirem suas opiniões a respeito do tema", disse o MEC, em nota.

Sem discussão
A publicação da portaria surpreendeu até mesmo membros do alto escalão do ministério. A decisão não foi discutida nem mesmo com a Sesu (Secretaria de Educação Superior), que tem a atribuição de articular e coordenar as ações com as universidades.

A resistência dos dirigentes das instituições de ensino, que no mesmo dia comunicaram que não seguiriam as instruções da portaria, fez com que aliados de Bolsonaro também pressionassem Ribeiro pela não revogação. Eles avaliam que o recuo seria uma vitória das universidades federais, que têm sido alvo do presidente.

A abertura das universidades, para minimizar a gravidade da pandemia, é defendida pelo presidente. Na chegada ao Palácio da Alvorada nesta quarta, Bolsonaro defendeu a volta às aulas presenciais "em todos os níveis".

Fonte: Folhapress

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Governo do Ceará divulga data para pagamento da segunda parcela do 13º salário dos servidores estaduais

O trabalho responsável desenvolvido nos últimos anos pelo Governo do Ceará permite encerrar o ano com os compromissos junto ao funcionalismo público rigorosamente em dia, mesmo em meio à pandemia de coronavírus que afetou e continua afetando economias no mundo inteiro. Prova disso, na manhã desta sexta-feira (4), o governador Camilo Santana anunciou o pagamento da segunda parcela do 13º salário para o próximo dia 15 deste mês.

O pagamento, de acordo com o anúncio feito pelo governador, será para mais de 181 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas. “No total, o Governo do Estado está injetando na economia cearense, neste mês de dezembro, R$ 2,45 bilhões, incluindo aí as folhas de novembro/dezembro, mais a segunda parcela do 13º”.

A primeira parcela do benefício foi paga no último mês de agosto. “Encerramos, assim, mais um ano pagando nossos servidores rigorosamente em dia, apesar das crises econômicas enfrentadas em nosso país. E assim seguiremos, procurando governar com todo zelo e responsabilidade com as finanças públicas. Nada mais que nossa obrigação”, ressaltou Camilo Santana na manhã desta sexta-feira.

Na mesma linha, a secretária estadual da Fazenda, Fernanda Pacobahyba, destaca que mais uma vez, demonstrando o cumprimento com as obrigações e especialmente com os servidores, o Governo do Estado do Ceará honra o pagamento em dia do 13º. “É uma vitória para os servidores e para toda a sociedade. Estamos em um momento de necessidade que a economia volte a decolar e que este voo tenha sustentabilidade”. Para isso, conforme a secretária, é muito importante a injeção de dinheiro na economia cearense. “Gera uma sinergia positiva e redunda em mais impostos, geração de empregos e tudo aquilo que tem sido super positivo para nossa sociedade”.

Primeira parcela
O anúncio da antecipação do 13º foi feita no último dia 7 de julho pelo governador Camilo Santana, ao lado da secretária Fernanda Pacobahyba, e do secretário-chefe da Casa Civil, Flávio Jucá. Na ocasião, o governador salientou que o valor da antecipação somado ao montante de R$ 850 milhões da folha mensal de pagamento, já creditado no início do mês, representaria um total de R$ 1,27 bilhão injetados na economia do Estado no mês de agosto.

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Covid-19: 150 cidades do CE têm risco de médio a altíssimo de incidência

Oito a cada 10 municípios do Ceará têm risco moderado, alto ou altíssimo de incidência da Covid-19, conforme levantamento divulgado pela Secretaria da Saúde (Sesa), ontem, por meio da plataforma IntegraSUS. A classificação considerou os aumentos nos números de casos diários, óbitos pela doença, internações por causas respiratórias, testes RT-PCR com resultados positivos e leitos de UTI específicos ocupados nas semanas epidemiológicas 47 e 48, entre 15 e 28 de novembro.

Os níveis de alerta são divididos de 1 a 4, em que 1 é o "novo normal", 2 é "moderado", 3 é "alto" e 4 é "altíssimo". De acordo com o painel, o Ceará registrou, nas últimas duas semanas epidemiológicas (47 e 48), 137 novos casos diários da doença pandêmica a cada 100 mil habitantes, nível de alerta "moderado" e com tendência de queda.

As internações por doenças respiratórias (66 casos), assim como o percentual de leitos de UTI-Covid ocupados (59,7%) e a taxa de letalidade por Covid-19 (0,4%), também têm tendência "decrescente" nas duas últimas semanas. Nesses indicadores, o nível de alerta é classificado como "baixo". Por outro lado, a taxa de positividade dos exames RT-PCR apresenta alerta "alto": 62,7% dos testes tiveram resultado positivo para infecção, percentual que mostrou tendência de crescimento entre 15 e 28 de novembro.

Dos 184 municípios cearenses, 21 estão em alerta máximo, nível 4, com risco considerado "altíssimo" se analisados os índices epidemiológicos. Nesses locais, explica a plataforma, mais de 75% dos exames RT-PCR para identificação do novo coronavírus têm dado positivo, a taxa de letalidade pela doença está igual ou superior a 3% e mais de 95% dos leitos de alta complexidade estão ocupados.

Cidades como Sobral, Aquiraz, Cedro, Icapuí e Milagres, por exemplo, estão nessa situação.

Já o risco "alto", posicionado no nível 3 de alerta, foi identificado em Fortaleza e outras 32 cidades cearenses, como Boa Viagem, Brejo Santo e Aracati. Nelas, a taxa de positividade dos testes, por exemplo, está entre 50% e 75%; e a ocupação de leitos de UTI, entre 80,1% e 95%.

Na Capital, conforme o IntegraSUS, foram confirmados 201 novos casos de Covid-19 por dia a cada 100 mil habitantes, nas duas últimas semanas de novembro, e cerca de 54% dos exames para diagnóstico da virose deram positivo no período. As duas taxas, porém, apresentam tendência de queda, assim como a ocupação dos leitos e as internações. A única que teve aumento foi a taxa de letalidade, que está em 0,4%.

Outras 97 localidades, como Itapipoca, Canindé, Quixadá, Crato e Juazeiro do Norte acenderam alerta "moderado", nas semanas 47 e 48. Isso significa que o cenário da doença nesses municípios mostrou piora e requer atenção. Nesses municípios, de 25% a 49,9% das pessoas testadas têm tido resultado positivo para presença do coronavírus. Além disso, entre sete e oito a cada 10 leitos de UTI estavam ocupados no período analisado, e a incidência de novos casos e internações aumentou.

Em todo o Estado, apenas 34 (18%) cidades aparecem com nível 1 de alerta, ou seja, têm indicadores considerados baixos em relação a novas infecções, hospitalizações, testagens positivas e ocupação de leitos. Entre elas estão Paracuru, Pacoti, São Luís do Curu e Granjeiro. Apesar disso, parte dos locais onde a situação está relativamente mais "tranquila" tem tendência de aumento em alguns indicadores, o que demonstra a necessidade de vigilância constante.

Segunda onda
A Sesa explica que um indicador está "crescendo" quando há aumento do valor superior a 15% entre as duas últimas semanas epidemiológicas; "decrescendo" quando há redução do valor superior a 15% no período; e "estabilizando" quando apresenta "quaisquer outras situações". Keny Colares, infectologista do Hospital São José (HSJ), em Fortaleza, alerta que os índices têm aumentado pela primeira vez desde maio, mas que ainda não é possível classificar como uma segunda onda.

"Os indicadores têm aumentado desde outubro, e existe toda uma questão se é ou não segunda onda. Esse aumento ainda não é exagerado, mas já sinaliza que existe uma tendência perigosa. Como vemos o que está acontecendo na Europa e no Sul e Sudeste, o primeiro sinal já tem que ser encarado com seriedade. Os locais em que os indicadores estão aumentando começam, então, a ser sinalizados. Não temos nenhum município que esteja em franca epidemia de novo, mas são sinais de que é preciso ficar de olho", frisa.

O cansaço das pessoas em relação a todo o conjunto de etiquetas necessárias para frear a pandemia é um facilitador do surgimento de novos casos, como opina o médico. "Existe uma fadiga natural sobre cuidar da saúde. Quando você está com muito medo e muita dor, faz tudo certo. Quando melhora, começa a relaxar. Por isso, é importante estarmos chamando atenção. Desde o final de maio, as notícias sempre são boas, de redução de casos até metade de outubro. Isso faz com que as pessoas relaxem", pondera Keny.

O secretário da Saúde do Ceará, Dr. Cabeto, observa que a alta da positividade dos testes RT-PCR, que é um dos indicadores que aumentam o nível de alerta em Fortaleza e no interior do Estado, tem sido verificada entre a população jovem: 80% dela até 49 anos de idade. "Temos visto um acréscimo importante nos testes positivos, e é preciso entender as repercussões para o sistema de saúde e os riscos para a população. Por enquanto, isso se reflete num incremento pequeno nas internações", pontua.

O gestor assume, contudo, que o Governo já tem ampliado a capacidade da rede de assistência, diante das projeções de aumento de novos casos de Covid-19 e de internações pela doença. "Nossa primeira providência é tratar da estrutura do sistema. Em abril e maio, foram mil leitos extras. Estamos ampliando novamente, considerando as diferenças entre as regiões de Fortaleza e do Ceará. A segunda medida é reforçar o estímulo ao cumprimento das regras sanitárias. Nas últimas quatro semanas, o Governo não tem evoluído no seu plano, e essa é uma mensagem importante: com isso, ele diz que não há condições de ampliar a abertura do plano de flexibilização", finaliza.

Por Theyse Viana

Fonte: Diário do Nordeste

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Com a pandemia em alta, será possível reunir as famílias e os amigos neste final de ano? Especialistas orientam

Sem beijos e abraços? Com máscara e distanciamento? As festas de Natal e Ano-Novo serão diferentes em 2020. Isso, é claro, se você seguir todos os cuidados para evitar a contaminação pelo coronavírus. O ideal, inclusive, seria que as famílias e amigos não se encontrassem neste ano. A indicação é da própria OMS (Organização Mundial da Saúde), que disse que a "aposta mais segura" seria não realizar as reuniões familiares tão tradicionais nesta época.

Os especialistas ouvidos seguem a mesma orientação. Isso vale especialmente para núcleos familiares que não moram na mesma casa. Para famílias que já estão em convívio diário, a confraternização pode ser realizada seguindo os cuidados de higienização ao voltar da rua, por exemplo — adotados desde o início da pandemia. Agora, se a ideia é reunir vários grupos da família, alguns cuidados devem ser tomados, principalmente se pessoas de grupo de risco estiverem no mesmo local.

"Não é desejável juntar núcleos de famílias diferentes, essa é a regra número um. Mas sabemos que, no final do ano, as pessoas gostam de confraternizar. Então, a ideia é diminuir os riscos e minimizar as chances de transmissão", explica Alexandre Naime, infectologista chefe do Departamento de Infectologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e consultor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).

Então, é isso, caso você escolha fazer reuniões familiares ou entre amigos, saiba que não é possível realizá-las de forma 100% segura, como destaca Munir Ayub, consultor da SBI. "É um risco calculado que a pessoa irá correr. Ninguém pode dizer que teremos confraternizações seguras e tranquilas."

Andrea Mansinho, infectopediatra da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, alerta para o momento da refeição e para o consumo de bebidas alcoólicas. "Os principais riscos vão surgir quando as pessoas se sentarem para comer e beber, porque é o momento que elas precisam tirar a máscara. Ao consumir álcool, as pessoas tendem a relaxar mais nos cuidados."

Pensando nisso, elaboramos perguntas e respostas para que você tire suas dúvidas e saiba como curtir as festas de fim de ano com os cuidados necessários, reduzindo danos.

Tire dúvidas sobre festas de fim de ano x Covid-19

Neste ano, será possível reunir as famílias e os amigos?
O indicado é que as pessoas não se reúnam neste fim de ano. Isso vale para núcleos familiares que vivem em locais diferentes e também para grupos de amigos. "Se a festa de fim de ano for com as pessoas que você já convive diariamente em sua casa, tudo bem. São pessoas que você já conhece e confia, e sabe que não estará se expondo", explica Alexandre Naime, infectologista chefe do Departamento de Infectologia da Unesp e consultor da SBI.

Se o grupo não for do meu núcleo, quais são os principais cuidados?

Os principais cuidados, segundo os especialistas, devem ser:

• Quantidade de pessoas: o ideal é, no máximo, seis;
• Distanciamento físico de 1,5 metros a 2 metros;
• Uso de máscara;
• Local arejado ou, de preferência, em um quintal ou varanda;
• Pessoas com sintomas de Covid-19 não devem participar.

Quantas pessoas podem participar da confraternização?
Os especialistas sugerem que o máximo de pessoas que podem se reunir em um mesmo local é de seis.

As pessoas devem usar máscara?
Sim, a orientação é que as pessoas só tirem a máscara no momento da refeição. Também é importante reforçar o uso correto das máscaras: protegendo o nariz e a boca, e não no queixo ou no pescoço.

Será necessário distanciamento? Qual?
Sim, além da máscara, outra forma de evitar a disseminação do coronavírus é fazendo o distanciamento de 1,5 metros a 2 metros.

É mais seguro fazer quarentena antes da festa?
Sim, ficar em isolamento completo 14 dias antes da reunião pode ajudar. Entretanto, é preciso lembrar que o período de incubação do coronavírus, ou seja, o tempo para que os primeiros sintomas apareçam, pode ser de 2 a 14 dias. Por isso, a pessoa, após os 14 dias em casa, pode estar infectada e assintomática.

A orientação, portanto, segue a mesma para as confraternizações: fazer distanciamento, usar a máscara e higienizar as mãos.

Se todo mundo fizer o teste antes, o ambiente fica mais seguro?
Essa é uma resposta difícil já que não há garantia de que, ao realizar os testes (RT-PCR e sorologia), a pessoa estará 100% "livre" do vírus, segundo os infectologistas entrevistados.

RT-PCR: considerado padrão-ouro para o diagnóstico de Covid-19, o teste mostra se o paciente tem material genético da doença. Entretanto, existe um tempo ideal de coleta, que é na primeira semana do surgimento dos sintomas. Os problemas seriam:

• A pessoa pode fazer o exame hoje e, enquanto espera o resultado, ela é infectada. O teste vai mostrar um resultado negativo e fazer com que ela se encontre com mais pessoas;
• Como o teste é mais indicado para pessoas com sintomas, o PCR pode não detectar Covid-19 em pessoas assintomáticas, por exemplo --causando uma falsa sensação de segurança.

Sorologia: pela amostra de sangue, o exame mostra apenas se a pessoa já teve contato prévio com o coronavírus. É mais indicado que seja feito sete ou 10 dias após os primeiros sintomas. Os pontos de atenção:

O teste não é indicado para diagnosticar a doença e pode apresentar um resultado falso negativo dependendo do dia da coleta (produção de anticorpos ainda baixa e não suficiente para ser encontrada).

Já tive Covid-19, meus riscos são menores?
Ter tido diagnóstico de Covid-19 anteriormente não é garantia que a pessoa não irá se infectar novamente, segundo os infectologistas. "Já temos visto muitos casos e provas de reinfecção por Covid-19. Ter sorologia positiva [anticorpos do coronavírus no organismo] não isenta a pessoa de ter uma segunda infecção", explica Andrea Mansinho, infectopediatra da BP.

Uma pessoa com sintomas pode participar da festa?
Não. Qualquer pessoa que apresentar os sintomas, inclusive os mais leves (febre baixa, coriza, tosse e dor de garganta), não poderá participar da reunião. Ela deve ficar em isolamento social e evitar qualquer aglomeração.

Quais os cuidados com idosos e pessoas do grupo de risco?
As pessoas do grupo de risco, incluindo os idosos, são as que necessitam de maior cuidado. Este grupo deve ficar com maior distanciamento do restante. É preferível escolher dois responsáveis, que façam parte do convívio diário da pessoa, para fazer esse contato e, logicamente, usando máscara.

É mais seguro separar as crianças dos idosos?
Os especialistas explicam que uma criança pode transmitir Covid-19 da mesma forma que um adulto. O ponto de atenção é que as crianças costumam apresentar poucos sintomas, se infectados pelo coronavírus, e têm mais dificuldades em respeitar as regras (distanciamento, higienização das mãos e uso da máscara).

Mas a ideia é orientá-las, explicando a situação e fazendo um treinamento antes de sair. Reforçando, por exemplo, para que elas evitem abraçar a avó ou o avô, ou qualquer outra pessoa que esteja no grupo de risco.

Podemos beijar e abraçar as pessoas? Quais os riscos?
Não é indicado, por mais que as pessoas gostem de demonstrar afeto nesta época do ano. Caso os beijos e abraços sejam trocados com familiares que fazem parte do convívio diário, os riscos são menores. O ideal é evitar os atos com pessoas "de fora" do convívio.

É melhor evitar o som alto?
Sim. Isso porque, em ambientes com som alto, as pessoas tendem a falar mais alto e, consequentemente, soltar mais gotículas de saliva no ar. Se ela estiver infectada, as chances de transmissão são mais altas.

É mais seguro fazer o encontro em um restaurante ou na casa de alguém?
Na casa de alguém. Ambientes externos, como os restaurantes, contam com a presença de mais pessoas (outras famílias e funcionários), que podem estar infectadas e não sabem, por exemplo. O ideal é realizar a confraternização na casa de alguma pessoa do seu círculo social.

Em qual ambiente da casa é mais seguro?
Em um local com maior circulação do ar, de preferência com todas as janelas abertas. Caso o local tenha um quintal ou varanda, melhor ainda.

É melhor evitar consumir bebida alcoólica na reunião?
Sim, mesmo sabendo que será uma "regra" difícil de ser obedecida. Quando as pessoas bebem mais álcool, a tendência é relaxar nos cuidados e, com isso, aumentar as chances de contrair Covid-19 caso o local esteja infectado.

Além disso, a pessoa que está bebendo acaba mexendo mais na máscara para retirá-la da região da boca — o que pode aumentar o risco de contágio. Se a pessoa tira a máscara de forma inadequada, ela pode se contaminar com o vírus ao encostar a mão na boca, por exemplo.

A festa deve ter a duração menor do que o normal?
Sim. A orientação é que as confraternizações tenham o tempo encurtado e isso pode variar de acordo com cada família ou grupo de amigos. Quanto menor o tempo, menor a chance de contaminação caso alguém esteja com Covid-19. Se todos estiverem usando máscara, com distanciamento, higienizando as mãos, em um espaço grande e arejado, é possível estender o tempo.

Quais os cuidados com a comida da ceia?
Nessas confraternizações, é normal que as famílias organizem a tradicional ceia, principalmente no Natal. Um ponto muito importante é evitar comidas que sirvam como petisco, que, normalmente, as mãos são utilizadas diretamente, como em um churrasco. Por isso, o mais indicado é sempre usar talheres para se servir.

Além disso, é essencial que o responsável pela comida faça a higienização completa das mãos, de preferência com água e sabão. Outras dicas para esse momento são:

• Deixar as comidas da mesa cobertas;
• Evitar aglomerações perto da mesa;
• Se estiver perto, use máscara;
• Quando for se servir, também esteja de máscara e com as mãos higienizadas.

Quais cuidados deve-se ter com os talheres?
O ideal é que cada pessoa utilize seus próprios talheres (garfo e faca) e, caso use um pegador de salada, por exemplo, que seja higienizado na sequência. Também é importante que as pessoas lavem as mãos antes de se servir.

Na hora da refeição, idosos comem separados dos adultos e crianças?
Os especialistas explicam que o indicado é criar horários para os idosos e as pessoas do grupo de risco, em geral, comerem e, depois, os adultos e as crianças. Além disso, o mais seguro é que cada um coma em um local separado, se possível, respeitando o distanciamento.

Está liberado brindar?
É melhor evitar porque ao brindar, a tendência é falar mais alto, espalhando mais gotículas de saliva, e ficar mais próximo de outras pessoas. Caso estejam sem a máscara, a situação fica mais arriscada.

Como organizar a troca de presentes?
Os infectologistas explicam que, por mais raro que seja a infecção de Covid-19 pelas superfícies, existem algumas práticas que podem ajudar no momento da troca de presente — normalmente que envolvem mais abraços e beijos (evite e use máscara).

Uma sugestão é escolher apenas uma pessoa para fazer a distribuição: ela deve lavar as mãos antes de entregar os presentes. Outra dica é passar álcool nos presentes antes da distribuição.

Quero viajar: quais são os cuidados?
O mais indicado é escolher locais vazios e de pouca aglomeração. Além disso, é melhor optar por viagens de carro e de curta distância. "Se a viagem for mais longa, leve um lanche para não ter que parar em um restaurante na estrada", sugere Ayub.

Os riscos em aviões e ônibus são mais altos, porque são ambientes fechados e que, dificilmente, respeitam o distanciamento físico. Também possuem ar-condicionado, o que faz com que pessoas com rinite, por exemplo, comecem a espirrar ou tossir, deixando o ar possivelmente mais contaminado. Para se proteger, é necessário o uso de máscara o tempo todo e higienização das mãos.

Fonte: Viva Bem/UOL

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Prefeitura de Assaré oferta 282 vagas em concurso público para professor

A Prefeitura de Assaré divulgou o edital do concurso público para a contratação de profissionais de nível superior para os cargos de professor no quadro funcional permanente da Secretaria Municipal de Educação. Ao todo, são ofertadas 282 vagas, sendo que 98 são imediatas, e a remuneração é de R$ 1.464,22.

De acordo com o documento, o período de inscrição segue até o dia 16 de dezembro, e deve ser realizada pelo site do concurso. O candidato deve pagar R$ 148. Haverá prova objetiva, que ocorrerá no dia 17 de janeiro de 2021. Ao todo, os incritos farão provas que, juntas, somam 40 questões, nas disciplinas de língua portuguesa, atualidades e conhecimentos específicos. 

O prazo de validade do concurso será de dois anos contados da data de sua homologação, podendo ser prorrogado uma única vez por igual período, desde que não vencido o primeiro prazo. Há oportunidades para professores de língua portuguesa, matemática, Educação Física, Ciências, História, Geografia e Educação Infantil. Clique aqui para mais informações. 

Fonte: Diário do Nordeste

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04 de dezembro

1154 - É eleito o Papa Adriano IV.
1975 - O Suriname é admitido como Estado-membro da ONU.
1980 - O primeiro-ministro de Portugal, Francisco Sá Carneiro e seis acompanhantes morrem em queda de aeronave em Camarate, a norte de Lisboa.

Nasceram neste dia…
1711 - Maria Bárbara de Bragança, infanta de Portugal, rainha consorte de Espanha (m. 1758).
1875 - Rainer Maria Rilke, poeta alemão (m. 1926).
1905 - Emílio Garrastazu Médici, antigo presidente do Brasil (m. 1985).

Morreram neste dia…
1679 - Thomas Hobbes, filósofo inglês (n. 1588).
1798 - Luigi Galvani, físico italiano (n. 1737).
1982 - Gildo de Freitas, cantor e compositor brasileiro (n. 1919).
1985 - Teixeirinha (foto), cantor brasileiro (n. 1927).

Fonte: Wikipédia

MEC revoga retorno de aulas presenciais em universidades federais

Mesmo que a pandemia não dê sinais de enfraquecimento e, ao contrário, se mostre fortalecida em diversas regiões do mundo, o Ministério da Educação havia determinado, por meio de publicação no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (2), que instituições federais de ensino superior do Brasil retornassem às aulas presenciais a partir de 4 janeiro de 2021, com a adoção de um "protocolo de biossegurança" contra a propagação do novo coronavírus. Entretanto, mal a decisão foi anunciada e o MEC já voltou atrás.

Reitores de diversas instituições afirmaram que não acatariam a portaria, que também revogava a contagem de dias letivos de aulas remotas. "A Universidade de Brasília reitera que não colocará em risco a saúde de sua comunidade", defende, por exemplo, a nota de uma delas, posicionamento com o qual concordam a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG): "Atitude irresponsável, equivocada e que atenta contra a vida do povo brasileiro."

"A retomada de atividades presenciais significaria uma verdadeira migração de milhões de estudantes, que em grande parte se encontram em regiões e/ou municípios distantes de seu local de estudo. Somado à circulação cotidiana em ambientes fechados nos campi e prédios das universidades, os riscos de contaminação e proliferação do vírus são altíssimos", dizem, também, as entidades estudantis.

Depois das críticas, o MEC decidiu revogar o documento, e Milton Ribeiro, em entrevista à CNN, declarou: "Quero abrir uma consulta pública para ouvir o mundo acadêmico. As escolas não estavam preparadas, faltava planejamento."

Momento crítico
O número de mortes por covid-19 comprovados se aproxima de 174 mil no país, que soma 6.396.754 diagnósticos. Colapsos de sistemas de saúde pública não estão descartados, a exemplo do aumento crescente de ocupação de leitos em Curitiba e das filas de espera por atendimento.

"Mais do que a fila para leitos, o que preocupa os profissionais ouvidos é a falta de médicos e enfermeiros qualificados para o atendimento (um problema que já era grave no primeiro pico da doença em Curitiba), o esgotamento de respiradores, monitores e bombas de infusão", indica o jornal Plural. Além disso, no Paraná, o governador Ratinho Jr. instituiu um toque de recolher das 23h às 5h em todo o estado na última terça (1).

Por fim, de acordo com Milton Ribeiro, agora o ministério vai liberar o retorno às aulas somente quando as instituições também estiverem confiantes de que os processos podem ocorrer em segurança.

Fonte: Tecmundo

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Mesmo sadio, cão foi sacrificado no Centro de Zoonoses de Crato

A Secretaria de Saúde de Crato está investigando um procedimento de eutanásia feito em um cachorro sadio, que teria sido realizado no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), na última segunda-feira (30). Segundo a denúncia da Associação Defensora dos Animais Carentes (Adac), a tutora abandonou o animal após 13 anos de convívio por estar com idade avançada. O veterinário que teria realizado o sacrifício do cão pode ser autuado.

A Adac recebeu a informação a partir de um funcionário do próprio CCZ. Imediatamente, ativistas da causa animal estiveram no equipamento e localizaram o cão morto, armazenado em um freezer. Ontem (1), um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia Regional de Crato contra a tutora e o servidor responsável pela eutanásia. Os dois serão investigados e podem responder por crime ambiental.

A presidente da Adac, Mariângela Bandeira, conta que só foi possível entrar no CCZ e localizar o animal com o auxílio da Polícia e de um vereador, que também recebeu a denúncia. “A tutora abandonou sem piedade e ele foi eutanasiado negligencialmente pelo veterinário do CCZ”, afirma.

Segundo Mariângela, através do relato do funcionário do CCZ que fez a denúncia, a justificativa para abandonar o animal era que ele “já deu o que tinha que dar, está velho”, conta.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Crato informou que assim que tomou conhecimento do caso, a Coordenação de Vigilância em Saúde, juntamente com a Procuradoria Geral do Município, se fez presente ao local para apuração dos fatos e tomar as providências cabíveis.

“Destacamos ainda que lamentamos profundamente a suspeita de participação de um colaborador da instituição como mencionado nos vídeos e nas publicações, e que, em respeito à lei e ao estatuto do servidor, os fatos serão devidamente apurados de forma administrativa, através de abertura de processo ético-disciplinar, no qual será ofertado o contraditório e ampla defesa”, explicou.

A Secretaria de Saúde reforçou ainda que os servidores do Centro de Zoonoses sempre pautaram suas condutas profissionais nas normas legais inerentes à profissão. “Reiteramos o compromisso com a formação profissional e ética dos nossos profissionais, com respeito à vida e ao bem estar animal”, completou a nota.

A reportagem tentou localizar o servidor supostamente envolvido no procedimento e a tutora que teria abandonado o animal, mas não tivemos retorno até a publicação desta matéria.

Por Antonio Rodrigues

Fonte: Diário do Nordeste

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