Até a Coreia do Norte cresceu mais do que o Brasil em 2014

O PIB da Coreia do Norte cresceu 1% em 2014, de acordo com estimativas divulgadas na sexta-feira pelo Bank of Korea (banco central da Coreia do Sul).

"A construção estimulada por edifícios emergiu de uma tendência de crescimento negativo, enquanto o crescimento do setor de serviços acelerou. Já as taxas de crescimento de agricultura, silvicultura, pesca, mineração e manufatura desaceleraram", diz o texto.

Apesar de incompletos por não incluírem o enorme mercado paralelo ilegal, os números do BoK são desde 1991 a referência mundial para saber o que acontece com a economia da Coreia do Norte, que não divulga dados econômicos oficiais.

A economia norte-coreana é formada principalmente por serviços do governo (23%), agricultura, sivicultura e pesca (22%), manufatura (21%) e mineração (13%).

O crescimento de 2014 foi um pouco menor do que em 2012 (+1,3%) e 2013 (+1,1%) e ficou, como de costume, bem abaixo das taxas do seu vizinho do sul.

Ainda assim, a Coreia do Norte cresceu em 2014 mais do que lugares como Brasil (+0,1%) e a zona do euro (+0,9%). A escala, no entanto, é bem diferente: o PIB norte-coreano é de cerca de US$ 30 bilhões, equivalente a 2,3% do sul-coreano e 1,3% do brasileiro.

E as perspectivas para este ano não são nada boas. A Coreia do Norte declarou estar vivendo sua pior seca em um século, o que agrava a escassez crônica de alimentos em um país onde quase um terço das crianças com menos de cinco anos estão subnutridas.

Fonte: Exame.com

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Encontrado na bacia do Araripe fóssil de cobra com quatro patas


Cientistas descreveram o que seria o primeiro fóssil conhecido de uma cobra com quatro patas. O fóssil de aproximadamente 120 milhões de anos e 20 centímetros de comprimento foi encontrado na Formação Crato, localizada na bacia do Araripe, no Ceará. Essa seria uma das mais antigas serpentes já encontradas, sugerindo que o grupo evoluiu a partir de ancestrais terrestres e não marinhos. Elas teriam vivido na Gondwana, o remanescente do sul do supercontinente Pangea. A descoberta será descrita na revista Science nesta sexta-feira (24).

Pelo tamanho e formato das patas, elas provavelmente não eram usadas para locomoção, mas para agarrar presas e até para apertar o par durante o acasalamento.

Apesar de seu corpo ter características anatômicas de cobra, alguns pesquisadores não têm tanta certeza de que o fóssil é parte da árvore genealógica das serpentes. Além disso, o fóssil estava em um museu alemão e acredita-se que é proveniente do nordeste Brasileiro. Ninguém sabe como ele foi parar na Europa, já que é ilegal exportar fósseis desde 1942.

Ao analisar tanto as características genéticas quanto morfológicas da nova espécie em comparação com outras espécies de serpentes conhecidas, os pesquisadores deram pesos diferentes para cada fator em quatro análises separadas, e chegaram a conclusão de que a criatura de quatro patas era realmente um ancestral de cobras modernas.

A nova espécie foi chamada de Tetrapodophis amplectus. O nome do gênero, em grego, significa "serpente de quatro patas." Até agora, os fósseis de animais considerados "protocobras", ou os ancestrais das cobras, só tinham um par de membros, geralmente os posteriores). O "amplectus", nome da espécie, vem do latim e significa "abraçar" -- refere-se a flexibilidade da criatura e capacidade de embrulhar firmemente sua presa.

A parte da frente do fóssil --que parece estar completa e tem todos os ossos em suas posições originais-- está enrolada, o que demonstra uma extrema flexibilidade dos membros, diz Nicholas Longrich, paleontólogo de vertebrados da Universidade de Bath, no Reino Unido e co-autor do estudo. Além dos membros minúsculos, o espécime tem um crânio do tamanho de uma unha humana, 160 vértebras da coluna vertebral, e 112 vértebras na cauda. Ela apresenta muitas características clássicas de cobra, como um focinho curto, longo crânio, corpo alongado e mandíbula flexível de engolir grandes presas. Ela também mantém a estrutura vértebras típica de cobras que permite a extrema flexibilidade necessária para contrair a presa.

Fonte: UOL

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Universitário gasta R$ 3 mil da avó com pornografia na internet

Um universitário de 26 anos gastou R$ 3 mil em um mês com uma compulsão por pornografia on-line. O dinheiro era da avó do rapaz, de 68 anos, com quem ele mora em Vitória. Parte do valor, R$ 1 mil, foi passado no cartão de crédito em três vezes, e o restante foi sacado da conta da senhora.

O rapaz fazia depósitos para mulheres que enviavam fotos e vídeos nuas pelas redes sociais e também colocava crédito nos números de celulares delas.

Pelas mensagens encontradas no celular do jovem, ele havia feito contato com pelo menos 30 prostitutas de todo o país, de estados como Santa Catarina e Mato Grosso. Uma delas até ameaçou divulgar a imagem dele por ser “mau pagador” e “tarado”.

Programas
Com algumas prostitutas da Grande Vitória, ele marcava encontro presenciais para programas. A avó descobriu a situação ao identificar um parcelamento de R$ 1 mil em três vezes.

“Minha mãe não sabia dizer onde tinha gasto aquilo. Como ela tinha o costume de pedir ao neto que pagasse algumas contas e sacasse dinheiro com seu cartão, em confiança, perguntamos se foi ele que gastou com algo, e o meu sobrinho negou”, disse o tio do universitário.

Como também foram identificados saques não autorizados pela avó, a família pediu para ver as imagens das câmeras do local de onde o dinheiro foi retirado, e o rapaz foi reconhecido nas filmagens.

“Foi então que pegamos o celular dele e descobrimos todas as mensagens com essas mulheres”, afirmou o tio do rapaz.

Ainda segundo ele, provavelmente, o jovem gastou muito mais com pornografia on-line em meses anteriores, mas a avó, abalada e decepcionada, preferiu não investigar.

Ameaças
As mulheres com quem o universitário conversava pediam que mostrasse comprovantes de que tinha colocado o crédito para celular ou depósito em conta.

O rapaz até enviou seu extrato bancário com baixo saldo para uma delas, como forma de mostrar que não poderia fazer o pagamento. Essa moça ameaçou espalhar a foto dele pela internet como “Tarado de Vitória”.

Apesar da situação, a família decidiu não denunciar o universitário. “Deixei claro para ele que o que fez foi roubo e depois ele disse à mãe, que mora em outra cidade, que reconhecia o erro. Mas mudamos todas as senhas das contas da minha mãe e determinamos que ele deve pagar a dívida”, afirmou o tio do universitário.

Vício
Para a psicóloga Penélope Zecchinelli, a situação do universitário pode ser considerada um vício ou uma infantilização.

"Parece um garoto que acabou de descobrir o sexo, é um autoerotismo. Ele não busca o ato em si, mas está compulsivo pelas imagens dessas mulheres. O dependente parte do pressuposto de que sua fala é mais forte do que ao fato. Da mesma forma que um viciado em cocaína tira algo de casa e acha que ninguém vai perceber, que vão acreditar na palavra dele antes de tudo", disse.

Fonte: G1 ES

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Sabia que é possível dizer seus riscos de ataques cardíacos e até AVC através do seu “aperto de mão”?

Um estudo internacional envolvendo 140 mil adultos de 17 países tem associado um aperto de mão fraco com um aumento do risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, além de um menor tempo de sobrevivência quando diagnosticado com uma doença grave.

O estudo também descobriu que a força de preensão previne melhor a morte por problemas na pressão arterial, levando a equipe a sugerir que poderia ser uma boa ferramenta de triagem para os médicos. "A força de preensão pode ser um teste fácil e barato para avaliar o risco de morte de um indivíduo e de doença cardiovascular", disse o autor principal do estudo, o cardiologista Darryl Leong, da Universidade McMaster, no Canadá, em um comunicado de imprensa.

O estudo, publicado na revista The Lancet, contou com adultos com idades entre 35 e 70 anos levando em conta dados culturais e econômicos de diversos países em uma média de quatro anos. Sua aderência foi avaliada utilizando uma máquina conhecida como um dinamômetro de preensão manual, que mede a força em quilogramas.

"A força muscular reduzida, que pode ser medida pela força de preensão, tem sido consistentemente associada com morte prematura, invalidez e aparecimento de doenças", diz Leong. "Mas, até agora, a informação sobre o valor prognóstico da força de preensão foi limitado, e obtido principalmente a partir de países de alta renda",

O estudo descobriu que para cada 5 quilos mais fraco por pessoa, eles têm um risco 17% maior, tanto de mortes por doenças cardiovasculares quanto não cardiovasculares (por exemplo, câncer), sugerindo que "a força muscular pode prever o risco de morte em pessoas que desenvolvem uma doença grave", diz Leong.

Também aumentou a chance de ter um ataque cardíaco em 7% e um acidente vascular cerebral em 9%, prevendo um risco 16% maior de morte por qualquer causa.

Essas associações permaneceram iguais mesmo após a contabilização de idade, escolaridade, situação de emprego, nível de atividade física e uso de tabaco e álcool.

A doença cardíaca mata mais de 17 milhões de pessoas a cada ano - das quais 80% vivem em países de renda baixa e média.

Uma ferramenta de diagnóstico barata, não-invasiva e rápida é um desenvolvimento muito importante. Em seguida, Leong quer descobrir se a melhoria da força muscular pode reduzir o risco de uma pessoa ser uma vítima fatal de uma doença, ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral.

Fonte: Jornal Ciência

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Crato (CE): Homem detido com cédula falsa disse na PF ter sido do seu PIS sacado na Caixa

Um homem foi detido por policiais militares do Ronda do Quarteirão em Crato e trazido até a Delegacia da Polícia Federal em Juazeiro do Norte com uma cédula falsa de R$ 100,00 para ser ouvido pela autoridade policial. Tudo começou quando este tentou fazer um depósito em uma das agências lotéricas de Crato e a funcionária do estabelecimento notou que a mesma tinha uma textura diferente e informou ao cidadão que era falsa.

Este ficou surpreso e disse que tinha retirado, momentos antes, de um dos caixas automáticos da agência centro da Caixa Econômica Federal de Crato no resgate do abono do seu PIS (Programa de Integração Social). O cliente da lotérica quis reaver a sua cédula que se encontrava em meio a outras oriundas da mesma operação e destinadas ao depósito, mas a funcionária explicou que não podia devolver e acionou a polícia.

Os dois foram trazidos para Juazeiro, a fim de serem ouvidos pela Delegada da Polícia Federal, Josefa Lourenço, com objetivo de decidir sobre o caso e se o autuaria ou não em flagrante. Para a autoridade, não houve indícios fortes de que o cidadão tivesse usado de má fé ou conhecimento que se tratava de dinheiro falso. Entretanto, instaurou o inquérito para as devidas investigações após recolher cópias dos documentos relacionados com a operação feita pelo beneficiário do PIS.

Demontier Tenório

Fonte: Miséria

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Após tentativa de estupro, homem mata criança e é linchado por 300 até a morte

Um homem morreu linchado, na última terça-feira (21), por cerca de 300 pessoas após ser preso por homicídio e tentativa de estupro na Vila de Samuel, em Rondônia.

De acordo com informações da polícia, ele tentou estuprar uma menina de 8 anos e matou o irmão dela, de 6, após o menino ter impedido a ação.

Segundo a polícia, o suspeito de 33 anos chegou à casa da menina e ofereceu R$ 10 para que ela aceitasse ter relações sexuais com ele. Diante da negação da criança, o homem atacou a vítima e começou a despi-la dentro de um quarto.

Ao ouvir os gritos da irmã, o menino tentou defendê-la e acabou sendo atingido na cabeça pelo homem por um pedaço de madeira. O menino chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

O suspeito foi detido pelos moradores da região até a chegada dos agentes, que começaram a procurar o padastro das crianças.

De acordo com o boletim de ocorrência, o homem estava dentro da viatura quando foi atacado por cerca de 300 moradores da região, armados com pedras e pedaços de pau. Populares também bloquearam a passagem do veículo com dois caminhões.

Segundo os policiais que estavam no local, não foi possível impedir a ação devido ao grande número de pessoas. O suspeito morreu no local. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que vai colher depoimentos ainda esta semana.

Fonte: Último Segundo

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Mulher pede maconha pela internet e polícia responde: ‘onde devemos encontrá-la?’

Uma troca de mensagens entre uma jovem e o departamento de polícia do condado de Palm Beach, na Flórida, viralizou no Twitter no início desta semana. A internauta, que se identifica como Rosa Sparkz (não é o nome real), usou a rede social para pedir maconha, e a polícia respondeu pouco depois: “onde devemos encontrar você?”.

‘Alguém me traga maconha. Eu pago por ela”, escreveu Rosa, em seu perfil no Twitter.

A posse e o consumo de maconha são proibidos no estado da Flórida, mas a troca de mensagens foi feita em tom de brincadeira e se espalhou pela rede. O tweet de Rosa foi curtido quase 500 vezes, e o da polícia, 45 mil, com 53 mil retweets.

Em entrevista ao site “Deep Commotion”, Rosa diz ter ficado empolgada com a repercussão de sua mensagem, que se tornou notícia em diversos veículos de comunicação dos EUA, dada a repercussão. Sobre o encontro com a polícia, ela diz não ter sido procurada:

— O departamento de polícia não me contatou desde então. Eu pedi para que me seguissem, então em poderia enviar a minha localização por mensagem — disse a jovem.

Fonte: O Globo

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Crato (CE): Equipe do NASF realiza atividades físicas na Encosta do Seminário

Com o objetivo de estimular a prática da atividade física, a equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) da Secretaria de Saúde do Crato promove nas manhãs das quartas-feiras, um trabalho contínuo com o grupo de mulher do PSF CICA, localizado no bairro Seminário.

Na manhã da última quarta-feira, 22, o grupo visitou a Encosta do Seminário e pôde conhecer os equipamentos da academia popular instalados naquela localidade.

Assessoria de Imprensa/PMC

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Farias Brito (CE): Primeira Romaria reúne 3 mil pessoas

Este Município, na região do Cariri dá um passo importante para figurar no roteiro de fé dos devotos do Padre Cícero. Foi realizada, na última segunda-feira, a Primeira Romaria ao Pontal do Padre Cícero, complexo turístico religioso que abriga a estátua do "Padim", na Serra do Quincuncá, ancorado na profecia do próprio religioso, ao afirmar que Farias Brito seria um "porto seguro" para quando o sertão virasse mar.

A comunidade católica de Farias Brito, liderada pelo Padre Adalmiran Vasconcelos, atribui um significado especial à profecia: Farias Brito está se tornando um ponto de chegada para os romeiros que vêm prestar culto à memória de Padre em Juazeiro do Norte, um novo destino para quem busca, por meio da fé, encontrar um porto seguro para superar seus medos e reunir forças para seguir em frente, de espírito renovado e fé fortalecida.

A Romaria consistiu numa caminhada, da Igreja Matriz da cidade, até o Pontal, um percurso de quatro quilômetros de constante subida íngreme e curvilínea, entoando cânticos e orações, no dia em que se completou 81 anos de falecimento de Padre Cícero. Cerca de 3 mil romeiros participaram da caminhada. Uma missa foi celebrada no Pontal, pelo Padre Adalmiran Vasconcelos, com a participação do frei Olivier, da Diocese do Crato. Era aguardada a presença do bispo da Diocese, mas, por problemas de saúde, o mesmo não pôde comparecer para celebrar a Santa Missa.

Maria da Conceição da Silva, residente em Lavras da Mangabeira, se emocionou ao falar da romaria. "Estou com meu coração pulando de alegria! O Padre Cícero, no alto de sua grandeza espiritual, deve estar feliz em ver essa celebração de fé, essa alegria do povo, essa manifestação aqui em Farias Brito".

Agradecimento
João Paulo Feitosa, de Assaré, disse: "todo dia 20 de cada mês venho participar das missas que acontecem aqui no Pontal. Tenho muito a agradecer ao meu Padim Ciço. Aqui no Pontal, sinto uma paz muito grande. Não poderia perder a primeira romaria, especialmente neste dia em que nós, devotos, celebramos 81 anos da morte física do Padre Cícero, porque acreditamos que ele continua vivo espiritualmente, intercedendo pelo seu povo junto a Jesus Cristo".

O Padre Adalmiran Vasconcelos comemorou o grande número de devotos presentes. "É uma dádiva poder estar aqui e ver todos os espaços do Pontal ocupados, e ver o povo alegre, participando da Santa Missa".

AMAURY ALENCAR
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Desemprego sobe a 6,9%, maior taxa para junho desde 2010, diz IBGE

O desemprego chegou a 6,9% em junho, a maior taxa para o mês desde 2010, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Naquele ano, o desemprego em junho foi de 7%.

Na comparação com maio deste ano, quando foi de 6,7%, o desemprego cresceu 0,2 ponto percentual, resultado considerado estável pelo instituto. Em relação a junho de 2014, quando era de 4,8%, o aumento foi de 2,1 pontos percentuais.

Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (23) e fazem parte da PME (Pesquisa Mensal de Emprego). A PME é baseada nos dados das regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

População desempregada cresceu em um ano
O número de pessoas sem trabalho foi estimado em 1,7 milhão em junho, ficando estável na comparação com maio, mas cresceu 44,9% na comparação com junho de 2014, com 522 mil pessoas a mais procurando emprego.

A população com trabalho foi estimada em 22,8 milhões, resultado também considerado estável no mês, e com queda de 1,3% em um ano, ou menos 298 mil pessoas.

A população não economicamente ativa, que são as pessoas consideradas fora do mercado de trabalho (que não têm nem procuram emprego), foi de 19,3 milhões de pessoas, número considerado estável na comparação mensal e na anual.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado ficou estável no mês, em 11,5 milhões, e recuou 2% (menos 240 mil pessoas) em relação a junho de 2014.

Desemprego aumentou nas seis regiões em um ano
Segundo o IBGE, a análise mensal mostrou que a taxa de desocupação não mudou em nenhuma das regiões pesquisadas em relação a maio.

Em relação a junho de 2014, porém, a taxa cresceu em todas as regiões. Em Recife, passou de 6,2% para 8,8%; em Salvador, de 9% para 11,4%; em São Paulo, de 5,1% para 7,2%; em Porto Alegre, de 3,7% para 5,8%; no Rio de Janeiro, de 3,2% para 5,2% e em Belo Horizonte, de 3,9% para 5,6%.

Em 12 meses, rendimento médio do trabalhador caiu 2,9%
O rendimento médio real (ajustado pela inflação) dos trabalhadores foi de R$ 2.149,10, crescendo 0,8% na comparação com maio (R$ 2.132,58 ) e diminuindo 2,9% em relação a junho de 2014 (R$ 2.212,87).

Em junho, o rendimento médio real subiu em Recife (2,2%); Belo Horizonte e Porto Alegre (1,1%, ambos); Rio de Janeiro (0,8%) e em São Paulo (0,7%). Em Salvador, caiu (-0,7%).

No ano, o rendimento caiu em quatro regiões: Rio de Janeiro (-5%); Salvador e São Paulo (-3,1%, ambos) e Belo Horizonte (-2,5%), com alta em Recife (0,5%) e estabilidade em Porto Alegre.

Junho teve corte de 111,2 mil de vagas
Segundo o Ministério do Trabalho, o Brasil fechou 111.199 vagas de trabalho com carteira assinada em junho, o pior resultado para o mês desde 1992. Os dados foram divulgados no último dia 17 e são baseados no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Governo lançou programa para evitar mais demissões
Na última quarta-feira (22), começaram a valer as regras para empresas aderirem ao Programa de Proteção ao Emprego, lançado pelo governo. Empresas em crise econômica poderão reduzir a jornada e o salário dos funcionários temporariamente em até 30%.

O governo deve bancar metade desse valor reduzido do salário com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), com limite de até R$ 900,84.

Para participar do programa, as empresas devem comprovar que estão em crise e conseguir a aprovação do sindicato que representa os trabalhadores. Os funcionários não poderão ser demitidos durante o tempo que estiverem no programa. No final do período, o vínculo trabalhista deve ser mantido ainda pelo prazo equivalente a um terço do período da adesão.

Fonte: UOL

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Casos de doença rara e paralisante se espalham pelo Nordeste

Devagar no passo, o motorista Benedito Cardoso, 47, já voltou a caminhar pelas ruas de Valença, cidade do litoral sul da Bahia. Com esforço, vai de casa até a padaria. Uma vitória para quem entre abril e maio deste ano passou 20 dias internado sem andar nem falar, com o corpo completamente paralisado.

Benedito foi um dos 50 casos confirmados da síndrome Guillain-Barré na Bahia em 2015 -doença que costuma ser rara, com média de um caso a cada 100 mil habitantes, mas cujas notificações espalharam-se por parte do Nordeste neste primeiro semestre.

Além das notificações confirmadas na Bahia, foram constatados 14 casos no Maranhão e seis na Paraíba.

O avanço da doença tem sido associado a casos de dengue, chikungunya e de uma doença exantemática (com lesões na pele) que em alguns casos foi identificada como zika vírus.

Dos 50 pacientes que tiveram a doença confirmada na Bahia, 48 tinham histórico recente de suspeita de zika vírus.

"Pelo que temos acompanhado, as pessoas que tiveram a síndrome tiveram doenças virais num curto espaço de tempo", explica o médico infectologista Roberto Badaró, subsecretário de Saúde da Bahia.

Contudo, segundo o Ministério da Saúde, ainda não há nenhuma comprovação científica da relação entre a síndrome Guillain-Barré e as três doenças que têm como vetor o mosquito Aedes aegypti.

Só na Bahia, foram registrados 45 mil casos suspeitos de dengue, 32 mil de zika vírus e 8.000 de chikungunya. Segundo Badaró, o quadro é de "tríplice epidemia".

Paralisia e dormência 
Doença imunológica desencadeada por infecções causadas por bactérias ou vírus, a síndrome Guillain-Barré tem impacto no sistema neurológico causando fraqueza e dormência no corpo, sobretudo nas pernas.

Em casos mais graves -cerca de 10% do total- pode paralisar a musculatura respiratória, demandando o auxílio de ventilação mecânica para a respiração. Caso não seja dado esse suporte, o paciente pode morrer asfixiado.

O baiano Benedito Cardoso começou a sentir dormência nos pés quando voltava de uma viagem a Salvador. "Senti meus pés como se estivessem molhados e cada passo que eu dava era como um pequeno choque", lembra.

Dias depois foi a um posto de saúde e a doença acabou sendo diagnosticada erroneamente como Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Após mais de uma semana internado, foi transferido para a Salvador com a ajuda financeira de amigos e vizinhos. Na capital baiana, veio a confirmação da síndrome Guillain-Barré.

No auge da doença, perdeu a capacidade de falar pela paralisia nos músculos da face e teve que ser alimentado por sonda. Ficou deprimido e tinha crises de choro diárias.

"Hoje posso dizer que nasci duas vezes. Ficar em pé novamente foi uma das maiores emoções que tive na vida", conta.

Em tratamento com fisioterapeuta e fonoaudiólogo, ainda tem dificuldade em falar, andar e até em dormir, já que o olho direito reluta em fechar.

Enfrentamento à doença é desafio
Diretora do Hospital Estadual Couto Maia, referência em infectologia na Bahia, a médica Ceuci Nunes diz que o enfrentamento à doença tem sido um desafio.

Na literatura médica, só há um relato de aumento de casos da Síndrome Guillain-Barré durante uma epidemia de zika vírus, que aconteceu na Polinésia Francesa.

Segundo a médica, contudo, não há motivo para pânico: "Apesar de ser uma doença com potencial de gravidade, atinge um percentual ainda pequeno na população", afirma.

Ela também informa que os pacientes têm reagido bem ao tratamento, a base de um medicamento venoso chamado imunoglobulina.

Mas ainda não há um quadro claro sobre possíveis sequelas ou reincidência nos pacientes, já que os casos são recentes. Em casos mais agudos da doença, os pacientes chegam a ficar anos sem andar.

No Brasil, a doença ficou conhecida após ter acometido a cientista política e comentarista Lucia Hippolito em 2012, após uma viagem à França.

Em entrevista ao "Programa do Jô" em setembro do ano passado, Lucia, que ainda tem dificuldades de locomoção, contou que ficou internada por um ano e meio e classificou a síndrome como "doença infernal".

Fonte: Folhapress

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Brasil virou filme de terror sem fim, diz Financial Times

“A incompetência, a arrogância e a corrupção esmagaram a magia brasileira”. É assim, sem meias palavras, que o jornal britânico Financial Times começa uma dura análise sobre a condição atual do Brasil. O problema: o pior ainda está por vir, nas palavras da publicação.

Com o título “Recessão e corrupção: a crescente podridão no Brasil”, o texto publicado nesta quarta-feira destaca os fatores que levaram o Brasil a virar “um filme de terror sem fim”.

O primeiro deles é o método desastroso que perseguiu as decisões econômicas do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff,  que, nas palavras do jornal, manipulava a economia com sua “nova matriz econômica”.

Para reparar os erros do passado, o governo Dilma tem adotado medidas corretivas “dolorosas, mas necessárias” que como efeito têm reduzido os salários reais, “cortado empregos e esmagado a confiança nos negócios”, além de levado a petista a um pífio desempenho nas sondagens de opinião pública.

Mas, para a publicação, o que mais pesa na atual delicada situação do Brasil é o escândalo de corrupção na Petrobras.

“A senhora Rousseff enfrenta acusações de que sua gestão quebrou regras de financiamento de campanha e que maquiou as contas do governo; ambas [acusações] são suficientes para um impeachment”.

O Financial Times pondera que, pelo menos por enquanto, os políticos preferem que Dilma se mantenha no poder e ganhe o crédito pelos problemas do país.

“Mas este cálculo pode mudar ao passo que eles precisarem salvar a própria pele”, diz o texto.  Para o jornal, o rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com o governo na última sexta seria uma prova disso.

O cenário deve piorar se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva for alvo de processo por envolvimento no esquema de corrupção.

“Isso aprofundaria o racha entre ele e Rousseff”, diz o jornal. Se isso se concretizar, todos os fatores conspirariam para a deposição da presidente, na opinião da publicação.

Mas nem tudo são más notícias no país, diz o jornal. O texto argumenta que o zelo pela Petrobras mostra o quanto as instituições democráticas são fortes no Brasil.

“Em um país onde os poderosos pensam que estão acima da lei, Marcelo Odebrecht, chefe da maior empresa de construção do Brasil, está preso”, afirma o texto.

O jornal pontua que, se por um lado, o aprofundamento das investigações da Operação Lava Jato tem preocupado investidores, por outro, se “isso levar políticos e empresários a pensar duas vezes antes de pagar suborno, este terá sido o maior avanço da luta da região [América Latina] contra a corrupção”, diz a publicação.

Enquanto esta história não chega ao seu desfecho prático, o jornal prevê ao menos mais três anos solitários para a presidente Dilma.

“Os brasileiros são pragmáticos, então, o pior cenário de um impeachment caótico será evitado”, afirma. “Mesmo assim, o mercado tem começado a cobrar o preço pelo risco”.

Conclusão: o pior ainda pode estar por vir para o Brasil, na visão do Financial Times.

Fonte: Exame.com

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Crato (CE): Equipe da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo recepciona avaliadores do Geopark Araripe

A equipe da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Crato participou da reunião para recepcionar os avaliadores do Geopark Araripe, provenientes da Grécia e Irlanda, integrantes da Rede Global de Geoparks. Secretários de vários municípios estiveram presentes na última terça-feira, na sede do Geopark Araripe, em Crato, juntamente com a coordenação do Geopark e o Reitor da URCA, Patrício Melo, e o Vice-Reitor, Francisco do Ó de Lima Júnior.

Na ocasião, o secretário de Desenvolvimento Econômico e de Turismo do Crato, Venâncio Saraiva, destacou a atuação da pasta, no segmento de turismo, e as parcerias empreendidas junto ao Geopark, e entregou aos avaliadores material relacionado ao Procratur, que destaca as ações propostas para o desenvolvimento do setor no Município frente aos projetos e ações.

Essa é a terceira vez que o Geopark passa por avaliação, que é realizada de quatro em quatro anos. Atualmente possui o Selo Verde, que é a mais alta forma de avaliar a área e suas ações.

Assessoria de Imprensa/PMC

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Como remover Hao123, Ask, Babylon e pragas similares do seu navegador

Infelizmente, a web é traiçoeira. Fazer downloads no Windows é um campo minado: você nunca sabe quando será pego de surpresa ao instalar um programa que traz consigo outro  indesejado (ou mais).

Hao123, Ask, Babylon são grandes exemplos, mas há muitos outros. Eles tentam se esconder no instalador de programas legítimos e, quem não está atento, infelizmente, acaba levando a pior.

Na maior parte do tempo esses programas não são maliciosos, apesar da maneira pouco ética que usam para se instalar em seu computador. No entanto, eles podem atrapalhar sua conexão com a internet, reduzir o desempenho do seu PC e tudo mais. Resumindo: não é uma boa ideia deixá-los instalados.

Portanto, veja como removê-los da sua máquina.

Passo 1: Tente a desinstalação normal
Alguns desses programas não são tão traiçoeiros quanto parecem. Tente o procedimento normal de desinstalação entrando em Painel de Controle e em Desinstalar um programa. Escolha o software que deseja remover e prossiga com a desinstalação.

Seja persistente. Alguns destes programas tentam dissuadi-lo da desinstalação com truques como um botão de confirmação um pouco escondido. Não se deixe enganar por tais artifícios.

Se você puder, utilize o Revo Uninstaller. O programa complementa a desinstalação normal do programa fazendo também uma limpeza no registro do Windows e detectando outros arquivos que permaneçam na máquina depois da remoção do programa.

Passo 2: Limpe seu navegador
Procure por extensões que não deveriam estar instaladas no seu browser. No Chrome, isso pode ser feito entrando em Configurações e Extensões. Se achar algo de que não gosta, clique no ícone da lata de lixo para remover.

Já no Firefox, isso pode ser feito entrando em Complementos e Extensões. Clique em Excluir para desinstalar algo que não deveria estar lá.

Passo 2,5: Restaure as configurações do seu navegador
Se nada deu certo, você pode limpar todas as configurações e extensões do seu navegador.

No Firefox, isso pode ser feito pressionando o botão indicado na imagem abaixo. Selecione a opção Dados para suporte e clique no botão Restaurar o Firefox.

No Chrome, você precisa acessar a área de Configurações e pressione Mostrar configurações avançadas. Role a página até o último item, e pressione o botão Redefinir configurações.

Passo 3: Limpe os atalhos
Essa é uma das maiores pegadinhas. Você pode remover os programas, mas ao abrir o seu navegador por meio de um atalho, sua página inicial ainda será a que o software definiu. É recomendável apagá-los e criar novos.

Passo 4: Faça uma varredura contra esse tipo de software
Este tipo de programa, chamado “Adware”, pode ser detectado e removido por algumas ferramentas específicas. Uma delas é o AdwCleaner, especializado neste tipo de praga.

O programa é bem fácil de usar e pode ser baixado por este link (sem Hao123 :p). Depois de instalar, é só pressionar Verificar para checar se há algum resquício do programa que você quer desinstalar. Depois da varredura, selecione os itens que gostaria de remover e clique em Limpar.

Fonte: Olhar Digital 

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Brasil é 77º em lista de países mais ricos, atrás de Argentina e Venezuela

O Brasil está na 77ª colocação em um ranking dos países mais ricos do mundo, divulgado nesta semana pela revista norte-americana "Global Finance Magazine". O país aparece atrás de Grécia, Argentina e Venezuela, entre outros.

O primeiro lugar entre as 184 nações é ocupado pelo Qatar, país escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2022. Luxemburgo, um pequeno país europeu, vem na segunda posição, seguido por Cingapura

Veja a colocação de alguns países selecionados (ranking por PIB per capita):
  • 1º Qatar: US$ 105.091,42
  • 2º Luxemburgo: US$ 79.593,91
  • 3º Cingapura: US$ 61.567,28
  • 4º Noruega: US$ 56.663,47
  • 5º Brunei: US$ 55.111,20
  • 6º Hong Kong: US$ 53.432,23
  • 7º Estados Unidos: US$ 51.248,21
  • 8º Emirados Árabes Unidos: US$ 49.883,58
  • 9º Suíça: US$ 46.474,95
  • 10º Austrália: US$ 44.073,81
  • 42º Grécia: US$ 23.930,22
  • 49º Chile: US$ 19.474,74
  • 51º Argentina: US$ 18.709,31
  • 64º México: US$ 15.931,75
  • 71º Venezuela: US$ 13.633,61
  • 77º Brasil: US$ 12.340,18
  • 90º China: US$ 10.011,48
  • 130º Índia: US$ 4.060,22
  • 184º República Democrática do Congo: US$ 394,25
Todos os números da pesquisa se referem ao ano de 2013. O estudo usou dados do FMI (Fundo Monetário Internacional) e a metodologia é explicada abaixo.

Lista leva em conta poder de compra
A lista pode parecer estranha, por não trazer na dianteira países que, em geral, lideram rankings de nações mais ricas, como os Estados Unidos, a China e a Alemanha, por terem o maior PIB (Produto Interno Bruto).

É que o critério usado pela "Global Finance Magazine" é diferente. O levantamento considera o PIB per capita. Ou seja, divide a soma das riquezas produzidas no país pela população.

O numero obtido é corrigido pela paridade de poder de compra (PPP), o que significa que leva em conta os custos reais dos serviços e a inflação nos países, em vez de apenas converter a moeda local para dólar.

Com isso, busca eliminar diferenças provocadas pela fraqueza ou força da moeda --é como se todos os países tivessem a mesma moeda.

Fonte: UOL

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Crato (CE): Secretaria de Esportes preparando agenda para segundo semestre

A Secretaria de Esportes do Município do Crato se prepara para realizar diversas competições durante este segundo semestre. O secretário Kaká Queiroz afirmou que após ouvir diversas pessoas e colher inúmeras sugestões percebeu a necessidade de se fazer uma  requalificação no plano municipal anual, elaborado, discutido e aprovado no início do ano.

Para este segundo semestre podemos citar como competições de destaque  o Interbairros (futebol e futsal), Interdistrital, Copa Meninos do Crato, Open de Vôlei, em três etapas (Itaytera, Serrano e Clube Recreativo Grangeito), além do Regional de Seleções de Futsal.  Esta última competição será realizada pela Liga de Desportos Amadores do Crato – LIDAC que está em fase de organização com o apoio da SESPORTES.

O secretário ressaltou ainda a promoção de eventos esportivos como  a Corrida de Pedestrianismo do Crato, no mês de outubro e o circuito de Montain Bike que acontecerá no interior do Parque de Exposição, em parceria com grupos que atuam nesta modalidade do ciclismo.

Outra novidade que contará com o apoio da Secretaria de Esportes do Crato – SESPORTES, informou Kaká Queiroz,  é a prática do Slackline. Este tipo de atividade esportiva  vem crescendo em número de adeptos na cidade. A obra em torno do Estádio Mirandão vai contemplar uma área para prática deste esporte.  O secretário disse que vai solicitar ao secretário de Obras do Município – Tárcio de Carvalho a implantação de um espaço para prática do Slackline na obra da Encosta do Seminário.

Assessoria de Imprensa/PMC

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Antes de morrer, jovem espancado no Piauí escreveu carta para mãe; veja


Gleison Vieira da Silva, de 17 anos, espancado até a morte dentro do Centro Educacional Masculino (CEM), em Teresina, escreveu uma carta para sua mãe dois dias antes de morrer. No texto, ele pede a Elizabeth Vieira que o perdoe pelo que fez, agradece seu amor, diz que não vai esquecê-la e encerra dizendo para ela ficar com Deus.

Gleison cumpria medida socioeducativa por participar do estupro coletivo de quatro meninas em Castelo do Piauí em maio deste ano. Ele e mais três adolescentes foram condenados pelo crime. Segundo a polícia, os outros garotos envolvidos no estupro confessaram terem matado Gleison no CEM.

O adolescente inicia a carta dizendo que sente muita falta da mãe, em seguida  pede perdão, mas não chega a mencionar o crime de Castelo do Piauí. O texto da carta contém erros de português e os trechos transcritos na reportagem foram corrigidos para facilitar a leitura.

Perdão
"Mãe eu sinto muito a sua falta, eu quero que você me perdoe pelo que fiz. Eu sei que Deus me perdoou, agora eu quero seu perdão. Desculpa, mãe, eu não ter sido um filho que você sempre quis, mas eu quero que você saiba que você nunca vai sair da minha mente e do meu coração", escreveu.

Elizabeth recebeu a carta durante uma visita que fez ao filho quando ele ainda estava no Centro de Internação Provisória (CEIP), antes da transferência para o CEM. Segundo a mãe do rapaz, dois dias após receber a carta, o filho foi espancado e faleceu dentro do alojamento.

Em outro momento da carta, o adolescente pede para que a mãe não o esqueça e se desculpa por não ter recompensado o que ela fez por ele.

"Mãe, eu peço que você lembre que teu filho te ama muito. Eu sei que nunca recompensei o que você fez por mim e que continua fazendo. Obrigada por ter sido uma mãe tão boa. Eu agradeço a Deus por ter você comigo, eu nunca vou esquecer de você e nem da minha vovó e nem do meu padrasto".

O rapaz se despede pedindo para a mãe para ficar com Deus e no envelope chega a pedir que ela guarde o bilhete durante os três anos em que cumpriria a medida socioeducativa.

Investigação
Um inquérito policial foi aberto para investigar a morte de Gleison da Silva. A titular da delegacia do Menor Infrator, Thaís Paz, já ouviu o depoimento dos adolescentes suspeitos de assassinar o jovem dentro do alojamento do CEM.

Conforme a delegada, os menores assumiram a autoria do crime e relataram que mataram o rapaz porque ele entregou a polícia o nome dos suspeitos de participar do estupro coletivo.

“Um dos adolescentes disse que foi apenas uma discussão que terminou na morte do Gleison, já os outros dois narram que a intenção era realmente matar o delator. Os adolescentes afirmam que assassinaram Gleison porque ele teria dito para a polícia que eles participaram do estupro coletivo sem terem envolvimento com o caso”, afirmou a delegada.

Além dos suspeitos, a delegada ouviu nesta terça-feira (21) três adolescentes que teriam presenciado o espancamento, mas com medo de represálias, eles não revelaram o que viram na noite do crime.

Após a morte de Gleison, os outros três menores culpados pelo estupro coletivo foram retirados do CEM e agora estão no Centro de Internação Provisória (Ceip).

Superlotação
Após determinar a transferência dos três adolescentes acusados de estupro para o Ceip, o juiz Antônio Lopes, da 2ª Vara da Infância e Juventude da capital, falou sobre a dificuldade de encontrar vagas nas unidades socioeducativas no Piauí.

"Não vou deixar de sentenciar nenhum adolescente por falta de vaga do estado. O judiciário julga e quem deve manter estes menores é o executivo. Se o estado é inoperante, o problema não é meu", disse. Segundo ele, os menores ficarão em celas separadas no Centro até que o estado providencie um local definitivo para eles ficarem internados.

Afastamento de diretoria
A direção do CEM de Teresina foi afastada nesta segunda-feira (20), três dias após a morte de Gleison dentro da unidade. Foram afastados o coordenador do CEM, Marivaldo Viana, o gerente de Internação do CEM, Herbert Neves, e o diretor da Unidade Socioeducativa da Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Sasc), Anderlly Lopes.

O atual coordenador do Centro Educacional de Internação Provisória (CEIP), Emerson de Oliveira, deixará o cargo para assumir a coordenação do CEM, de forma interina. Já a direção da Unidade Socioeducativa da Sasc será de responsabilidade do capitão Anselmo Portela.

Detalhes do crime
Segundo afirmou Herberth Neves logo após o crime, Gelison foi morto durante o banho."Um dos menores relatou que deu uma ‘gravata’ na vítima, para imobilizar e impedir que ela gritasse. Depois os três menores iniciaram uma sessão de espancamento, atingindo principalmente a cabeça de Gleison", disse.

Já o juiz Antônio Lopes, da 2ª Vara da Infância e Juventude em Teresina, afirmou que a agressão ocorreu enquanto Gleison dormia.

Chacina no CEM
Lopes disse que o CEM poderia ter sido palco de uma chacina, já que os adolescentes internados pelo crime de Castelo do Piauí vinham sendo ameaçados de morte pelos demais jovens da unidade.

“Eles [os internos] disseram que os agressores tiveram foi sorte, porque iriam matar os quatro. Poderia ter sido uma chacina. Há 14 anos vejo que o estado não tem cumprido o que estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente, que é manter separados menores com alto grau de agressividade, a exemplo de estupradores, e quando há riscos para a integridade física deles”, afirmou o juiz.

Mãe grava vídeo
"Foi um choque muito grande porque eu não estava esperando [a morte de Gleison]. Recebi a notícia, é uma dor muito grande", disse.

A mãe da vítima disse ainda que acredita que a briga entre os jovens tenha sido motivada por causa dela. No vídeo, ela diz que ele a defendia muito. "Ele tinha que pagar pelo crime que cometeu, mas não desta forma", disse.

Por medo da reação dos moradores de Castelo do Piauí, a família de Gleison acabou realizando o enterro em Teresina.

Fonte: G1 PI

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WhatsApp permite silenciar amigos chatos e marcar mensagens como não lidas

Tem certas pessoas que não calam a boca no WhatsApp. São aquelas que fazem seu smartphone tocar e vibrar o tempo todo, mas que – por um motivo ou outro – você não pode remover. Agora, você pode enfim silenciá-las.

A novidade apareceu na versão mais recente do WhatsApp para Android (2.12.194). Ela ainda não está disponível no Google Play: você pode baixá-la através do link whatsapp.com/android.

Há duas formas de acessar as novas opções: toque e segure o nome do contato e escolha “Ver contato”, ou abra uma conversa e vá até Menu > Ver contato.

Lá, você verá o botão “Silenciar”. Você pode silenciar contatos por 8 horas, uma semana ou um ano; e decidir se o app deve exibir notificações ou não. Isso funciona da mesma forma que nos grupos do WhatsApp.

Também há a opção “Notificações personalizadas”. Nela, você pode escolher o som, tipo de vibração, e até a luz LED (se seu smartphone tiver) para cada contato.

Há também um novo recurso de “Marcar como não lido”. Basta tocar e segurar em um contato e escolher essa opção: vai aparecer um círculo verde no lado direito.

Vale lembrar que isso não desfaz o tique duplo azul: ou seja, seu contato saberá que você visualizou a mensagem, mesmo se marcá-la como não lida depois. No entanto, isso pode ser útil para uma mensagem que você visualizou, mas que ainda precisará da sua atenção.

E parece que o WhatsApp vai receber mais alguns recursos em breve. O app conta com a ajuda dos usuários para traduzir a interface em diferentes idiomas, e menciona termos que indicam duas novidades: gravar chamadas do WhatsApp de forma nativa; e guardar uma cópia criptografada do seu histórico no Google Drive.

Fonte: Gizmodo

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Crato (CE): PPA beneficia 45 produtores da agricultura familiar

O Município do Crato iniciou nesta terça-feira, 21, o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA em parceria com o Governo Federal e o Governo do Estado.

A prefeitura via o programa compra dos produtores da agricultura familiar e entrega as mercadorias nas escolas, casas de apoio e de abrigo e na APAE.

Até o final de dezembro a secretaria irá entregar semanalmente para entidades e escolas aprovadas pela Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Ceará,  Secretaria de Agricultura do Crato e Ministério da Agricultura de forma gratuita, alimentos como frutas, verduras, bolos e outros produtos da agricultura familiar.

Um das principais metas do programa é garantir o acesso a alimentação em quantidade e qualidade e comprar esses produtos da agricultura familiar.

A execução do  programa é simples. Após feito cadastro e ter o cadastro aprovado o agricultor leva o produto à secretaria, lá o produto é pesado, é emitido um recibo pela mercadoria entregue.

A secretaria, então, tem um cadastro de diversas entidades assistenciais que necessitam diariamente de alimentos que são doados pelo Programa.

Cerca de 45 produtores familiares do Crato são beneficiados pelo programa. E foram selecionadas 10 entidades através de uma parceria com a Secretaria de  Assistência Social e o Conselho da Assistência Social que recebem os alimentos produzidos em Crato e adquiridos com recursos do programa.

Cícera Edna produtora rural em Crato avalia como positivo o programa. Para ela, o governo vem abrindo programas para ajudar os pequenos produtores rurais. “A partir do momento em que se abre o espaço para nós produtores, que antes não tínhamos sequer conhecimento desse programa, acredito que isso ajude muito os trabalhadores rurais”, afirmou.

Assessoria de Imprensa/PMC

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Como Luizão, deu aula por 5 anos; após se declarar Luiza, foi demitida


Uma das lições mais bonitas que a estudante Pietra Costa, 16 anos, recebeu na escola foi testemunhar a transformação do seu professor de filosofia em uma mulher. “Foi lindo”, lembra a aluna do Colégio Anglo Alphaville, que, em novembro do ano passado, fazia parte de uma das turmas que viu o “professor Luizão” dizer diante dos alunos: “O tio Luiz na verdade é tia Luiza. Eu sou transexual”.

Naquele gesto, os estudantes receberam uma aula extracurricular sobre identidade de gênero e superação de preconceitos. Pietra conta que os alunos acolheram a novidade e sentiram “uma admiração intensa” por Luiza, “pela coragem de se comprometer com tudo aquilo que poderia encontrar para ser quem ela é e por permitir que participássemos daquele momento”.

A mesma admiração que já sentiam pelo velho Luizão, que, muito antes de trocar a barba pelo batom vermelho, adorava mexer com a cabeça de seus alunos. “Luiza foi de longe uma das melhores professoras que tive. As coisas que aprendi com ela são imensuráveis, desde Sócrates até lidar com a minha vida e com o meu ser, minha existência”, diz outra aluna, Marina Sahyoun, 15 anos.

Nos dias de hoje, ou de qualquer tempo, é de se imaginar que uma escola fosse valorizar uma professora capaz de ensinar “coisas imensuráveis” e “tudo que se pode encontrar para ser quem se é”. Mas parece que o Colégio Anglo Leonardo da Vinci, onde Luiza Coppieters, 35 anos, lecionava desde 2009, dando aula nas cinco unidades do grupo (em Alphaville, Granja Viana, Osasco, Taboão da Serra e Vila São Francisco, todos na Grande SP) — não viu com esse olhar.

Em março deste ano, Luiza ficou sabendo que a escola havia reduzido suas aulas e cortado seu salário em dois terços. Ela conta que caiu em depressão, saiu em licença médica para tratamento e tentou o suicídio duas vezes. Em 29 de junho, veio o golpe final: a escola anunciou que, após seis anos de trabalho, ela havia sido demitida sem justa causa.

Luiza está convencida de que foi mandada embora por ter assumido sua transexualidade. “A única justificativa para minha demissão é a transfobia”, afirma.

“Problemas profissionais” 
O colégio nega que a demissão tenha sido motivada por preconceito e afirma que a motivação foi profissional, sem entrar em detalhes. “A demissão da professora Luiza foi decorrente de problemas de ordem profissional ligadas ao cotidiano de aulas, compromissos e relações éticas de uma escola. Infelizmente essas questões detalhadas não podem ser expostas publicamente em respeito à figura da professora Luíza e aos próprios trâmites internos da escola”, afirma Wagner Dias, coordenador de ensino médio da escola.

Ainda segundo o coordenador, em entrevista por e-mail, Luíza “desde maio deste ano ficou ausente da escola e, exceto quando solicitado, não fez aviso formal de seus problemas de ordem emocional”. Ele afirma que a escola “carrega em sua história uma opção clara pela valorização da diversidade humana”.

De ogro a mulher
Para Luiza, a perda do emprego foi um entre outros obstáculos que enfrentou após sua transição de gênero. Sair da posição de homem branco de classe média para a de mulher trans, conta, foi como “sair do topo da cadeia alimentar do capital e ir para o último lugar da escala”. Seu cotidiano passou a se povoar de medos e limites que muitos homens nem imaginam que existam, embora sejam bem conhecidos das mulheres.

Sair sozinho à noite para comprar um maço de cigarros no posto de gasolina, algo que Luizão fazia sempre, é um hábito que Luiza prefere evitar. Das vezes em que fez isso, ficou assustada com os olhares que recebeu e percebeu que era a única mulher naquele horário e local. Por duas vezes, já foi seguida por carros ao voltar a pé sozinha para casa. Se Luizão, ao sair na rua à noite, só tinha receio de ser assaltado, Luiza passou a lidar com o medo de apanhar e ser estuprada. “Comecei a perceber violências clássicas que as mulheres sofrem diariamente.”

Mas nenhum problema é capaz de fazer Luiza se arrepender da sua mudança, que veio lhe trazer uma paz como não conheceu ao longo das três décadas de angústia que viveu como homem, sem conseguir entender os próprios desejos. “Eu pensava: ‘eu gosto de mulher, então não sou viado’”, conta. “Era um desejo confuso de ser e ter. Eu queria ter as mulheres lindas, mas ao mesmo tempo queria ser como elas.”

Formado em filosofia pela USP em 2004, adotou na faculdade um visual de “ogro barbudo e cabeludo” que levou para a vida adulta. “Eu era assim para me esconder, dos outros e de mim”, avalia hoje. Tudo mudou em 2012, no dia em que foi a um restaurante japonês com um amigo e viu um casal de meninas numa mesa ao lado. “Fiquei transtornado. Percebi que não queria estar ali com elas, eu queria ser uma delas.” A chave virou quando concluiu: “Sou lésbico”.

A metamorfose começou com Luiza entrando em supermercados às 2 da manhã, atrás de lingeries para usar escondida em casa, e prosseguiu com o corte da barba a laser e o tratamento hormonal. Durante quase dois anos, foi uma trans no armário. Pintava as unhas de vermelho em casa, mas ao ir para a escola removia tudo com acetona e ainda usava jaleco para esconder os seios que começavam a aparecer.

Só no final de 2013 Luiza contou o segredo aos professores do Anglo. De início, aceitaram bem. Mas, a partir daí, Luíza começou a perder espaço na escola.

Mulher de meio expediente 
No começo de 2014, Luiza perdeu os grupos de debates que coordenava. No segundo semestre, conta que foi proibida de abordar assuntos de gênero e sexualidade na sala de aula. Logo ela, que vivia usando as diferenças entre homens e mulheres para fazer os alunos questionarem verdades estabelecidas e aprenderem a pensar. “Já que não tem preto aqui, vou falar de mulher, porque quero incomodar vocês”, costumava dizer na abertura do curso. E incomodava.

“Vocês sabiam que vão ganhar 30% a menos do que eles quando estiverem no mercado de trabalho?”, costumava perguntar às meninas. “Ele cutucava o que tinha de mais enraizado nos alunos e mostrava as contrariedades e hipocrisias de tudo aquilo em que estávamos imersos por sermos parte da sociedade”, recorda a aluna Pietra.

A professora manteve ao longo do ano a rotina de mulher de meio expediente, continuando a ser Luiz para os alunos. A revelação só veio em novembro, quando os alunos descobriram um perfil feminino que Luiza havia criado no Facebook. Muitos pensaram que fosse algum tipo de protesto contra o machismo. “O que é aquilo, professor?”, perguntaram. Mesmo com medo do que podia acontecer, Luíza foi em frente. Foi aí que respondeu: “O tio Luiz na verdade é tia Luiza. Eu sou transexual”.

“A reação dos estudantes foi muito positiva. Houve aceitação e respeito apesar do estranhamento de alguns poucos alunos no começo”, lembra a aluna Marina. Na saída de um dos colégios, Luiza conta que um aluno o abraçou e disse: “obrigado, professora”. Os estudantes passaram imediatamente a tratar a professora no feminino, disseram que podia vir com roupas femininas o quanto antes e, nas provas, riscavam os textos em que o nome dela aparecia como Luiz, escrevendo LUIZA por cima.

Após se revelar na escola, voltando para casa, à noite, pela Raposo Tavares, Luíza conta que teve a sensação de que seu peito se abria de lá “saía voando uma revoada de pássaros ou morcegos, sei lá”. Um mal estar que sempre havia sentido, um gosto cinza que morava dentro dela, foi embora. Lembrou de quando tinha cinco anos e pediu às estrelas cadentes da praia que a transformassem numa menina. “Eu pensava: foram 30 anos de um sonho que agora está acontecendo. As noites de insônia, as angústias, todos os dramas, tudo foi embora. Estou viva.”

Última lição 
Estava pronta para ser feliz, mas o mundo à volta de Luiza não iria facilitar. Diferente dos alunos, os pais não acolheram a novidade com tanto entusiasmo. “Uma grande parcela não aceitou e falou coisas do tipo ‘como ela vai dar aula agora?’, como se o fato dela ser mulher trans mudasse o intelecto que ela tem”, conta Marina. Bem que os adultos desta história poderiam aprender algumas lições com seus filhos.

No ano seguinte, vieram os cortes de quase 70% no salário e nas aulas. “Os caras foram me destruindo como professora”, conta. Desesperada, Luíza começou o ano letivo vendendo parte da sua coleção de livros, acumulada ao longo de anos, para pagar as contas. “No meu primeiro Dia das Mulheres, estou vendendo meus filhos”, escreveu no Facebook em 8 de março. Sentiu-se ainda pior ao perceber que nenhum professor lhe ofereceu apoio. “Aquele silêncio à minha volta me fez muito mal.”

Mergulhou na depressão e tentou suicídio duas vezes. Na primeira, tomou todos os antidepressivos que tinha em casa. “Descobri que não mata, só zoa.” Na segunda, passou quatro dias sem comer, enchendo-se de remédios para dormir, tentando morrer de inanição. Foi salva pelos amigos.

Ao ser demitida, estava tão deprimida que passou um tempo sem saber como reagir. “Não estava pensando direito. Achava que a culpa era minha”, lembra. Agora está decidida: pretende processar o Anglo por danos morais. “Vai ser importante não só para mim, mas para abrir jurisprudência para casos de transfobia no ambiente privado”, afirma. É uma lição que a professora pretende ensinar à escola.

Outro lado: Entrevista com Wagner Dias, coordenador de ensino médio do Colégio Anglo Leonardo da Vinci

Ponte – Por que Luíza foi demitida?
Wagner Dias – A demissão da professora Luiza foi decorrente de problemas de ordem profissional ligadas ao cotidiano de aulas, compromissos e relações éticas de uma escola. Infelizmente estas questões detalhadas não podem ser expostas publicamente em respeito à figura da professora Luíza e aos próprios trâmites internos da escola. No entanto, desde maio deste ano ficou ausente da escola e, exceto quando solicitado, não fez aviso formal de seus problemas de ordem emocional.

Ponte – A professora diz que a demissão foi motivada por transfobia. O que o Anglo tem a dizer a respeito?
Wagner – Ficamos surpresos com o motivo levantado pela professora, que talvez não tenha sido colocado nestes termos. Como mostrou matéria de Catraca Livre no ano passado, a professora estava bastante satisfeita com o ambiente de acolhida que recebeu de todos, alunos, professores e funcionários, quando expôs publicamente sua mudança.

Desde o momento em que procurou os responsáveis pelo andamento da escola, por volta do início do ano passado, foi criado um plano de acolhimento, que envolveria todos os membros do ambiente escolar. A professora inclusive participou de viagens de estudo do meio, comemorações e reuniões de pais, sem qualquer constrangimento.

Ponte – A escola recebeu pressões de pais ou funcionários para demitir Luiza?
Wagner – Sim, houve por parte de pais, mas em número muito menor do que imaginado por nós. E essa foi uma parte difícil pois alunos, professores, coordenadores e funcionários se manifestaram solidários à sua escolha. Quanto aos pais reticentes foram atendidos individualmente e tranquilizados quanto ao trabalho pedagógico e de formação de seus filhos.

Ponte – Como o Anglo vê as discussões sobre gênero em sala de aula?
Wagner – As discussões de gênero e outras ligadas às injustiças sociais são tratadas sem constrangimento em sala de aula, como a própria professora fazia sem que houvesse qualquer tipo de impedimento ou assédio moral. Nossa escola carrega em sua história uma opção clara pela valorização da diversidade humana e foram inúmeros os casos em que houve acolhida a estes casos e crítica contundente à qualquer tipo de conduta intolerante.

Ponte – Ao demitir uma professora trans, qual a lição que o Anglo acredita que está passando aos seus alunos?
Wagner – A escola não pretende dar lição alguma, por não se tratar de um problema de ordem trans, e sim de ordem profissional. São questões diferentes. O curso ministrado pela professora deveria ser mantido incólume a qualquer questão de ordem pessoal. O fato infeliz de sua demissão não carrega qualquer carga de oposição à sua opção transgênero, mas sim ao cumprimento de obrigações didático-pedagógicas.

(*) Reportagem publicada originalmente em PONTE.org

Fonte: Painel Acadêmico

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