Crato (CE): Governo Municipal investe na atração de novas empresas para o município

Venâncio Saraiva, secretário de Desenvolvimento
Econômico e Turismo do Crato
O Município do Crato, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo, continua fortalecendo o projeto de atração de novos empreendimentos para a cidade que, nos últimos anos, mesmo diante da conjuntura de crise no País, obteve a instalação de novas empresas, em diversos segmentos.

O secretário Venâncio Saraiva exemplifica empresas como a Idaque, Cequip, Binnes, e outras nas áreas de serviços e calçados. São novas unidades também em construção, mesmo, segundo ele, com toda dificuldade que atravessa a economia do país, projetos têm sido efetivados. O prefeito Ronaldo Sampaio Gomes de Mattos, esteve recentemente no Muriti, acompanhando o trabalho de infraestrutura, para o acesso das empresas.

São vários empreendimentos atualmente instalados no mini distrito industrial. E continua sendo realizado o trabalho para atrair novas empresas. Além disso, o secretário diz que uma das diretrizes da administração é também estimular o empresário local, no sentido investir no crescimento do seu negócio.

“Não temos medido esforços com o desenvolvimento do Crato”, afirma o secretário, mesmo destacando o momento dedicado da política, fatores climáticos como a seca e a própria instabilidade na economia dos últimos anos. Ele ressalta que estão sendo negociadas pelo menos mais duas empresas, que deverão se instalar na cidade ainda este ano.

Assessoria de Imprensa/PMC

Curta nossa página no Facebook



Juazeiro do Norte (CE): Encontro de mestres da tradição tem início nesta segunda (11)

O Ciclo de Encontros e Partilha de Saberes de Mestres da Tradição acontece de 11 a 14 e 25 a 28  de abril de 2016, no Centro de Arte, Cultura e Educação Marcos Juciê, Avenida José Sampaio Luz, 327, Juazeiro do Norte, CE.

O Encontro é uma das ações do projeto Prospecção e Capacitação em Territórios Criativos – resultante da parceria entre a Universidade Federal Fluminense (UFF) com o Ministério da Cultura (MinC), através da Secretaria de Políticas Culturais (SPC).

O primeiro dos Encontros programados, na região do Cariri Cearense, na cidade de Juazeiro do Norte, tem por finalidade dar visibilidade à produção dos Mestres e Brincantes de tradição no Cariri, estimulando a vitalidade de suas práticas culturais, a transmissão e partilha de saberes no âmbito intergeracional, bem como o registro das formas expressivas do patrimônio imaterial.

PROGRAMAÇÃO

11 e 12 de abril  .  08h às 12h
Mestra VICÊNCIA
saber: Cantos,  Entremeios e Tradições
Vicência Lima Gomes é fundadora do Reisado Cosme e Damião com sede no Bairro Triângulo em Juazeiro do Norte. Seu Reisado mantém a linha da tradição em que o sagrado se imprime nas brincadeiras em louvação à Nossa Senhora das Dores, em procissões, datas festivas do Padre Cícero e renovações do Sagrado Coração de Jesus.

13 e 14 de abril  .  08h às 12h
Mestre Cachoeira &  Mestre  Expedito

Saber: Palhaço Mateus
Mestre Cachoeira é o mais antigo palhaço Mateus do reisado caririense e grande conhecedor da vivencia dos diversos grupos da tradição, além de exímio repentista e memorialista da tradição popular.
.......................
Mestre Expedito é conhecedor da musicalidade das diversas manifestações culturais da região. É pifeiro, Mateus, brincador de reisado e mestre da banda cabaçal Santo Expedito, fundada em 1901 por João Marques de Souza.

25 e 26 de abril  .  08h às 12h
Mestre Nena  & Mestra Maria
Saber: Bacamarteiros
Francisco Gomes Novaes, o Mestre Nena, fundou o grupo  Bacamarteiros da Paz no ano de 2006. Em suas práticas, vivencia o reisado, a banda cabaçal e o palhaço Mateus.
.......................
Mestra Maria é participante do grupo Bacamarteiro Padre Cícero, estando ligada à gênese dos bacamarteiros e sua mística nas festas populares. Vivencia o maneiro pau Padre Cícero, tido como um dos mais tradicionais do Cariri.

27 e 28 de abril  .  08h às 12h
Mestre Bigode  & Contra Mestre Antonio  Evagelista
Saber: Maneiro Pau
Manoel Antônio da Silva, o Mestre Bigode nasceu em Iguatu, vindo em busca de melhores dias para Juazeiro aos 19 anos. Autodidata em relação ao Maneiro Pau, forma um grupo nos anos 60. Logo depois cria o grupo de bacamarteiros que foi extinto pela polícia e reativado em 2008. Casado com dona Maria Cecília da Silva – mestra por excelência – continua a bater o pau e dar tiros para embelezar o mundo.
.......................­­
Antônio Evangelista é contramestre do Maneiro Pau Padre Cícero, sendo também cordelista, repentista e músico de vários instrumentos.

Curta nossa página no Facebook



Defesa de Lula pede ao STF investigação contra Moro por escuta ilegal

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que determine ao Ministério Público Federal a abertura de investigação contra o juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Lava-Jato na primeira instância, por permitir escuta telefônica “com objetivos não autorizados em lei”. A lei que trata do tema estipula pena de dois a quatro anos de prisão, mais o pagamento de multa, para quem comete esse crime. Os advogados de Lula também pedem que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a corregedoria do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região apurem se Moro cometeu desvio de conduta.

A defesa Lula argumenta que Moro não poderia ter grampeado o celular ou o telefone do escritório do advogado Roberto Teixeira, contratado pelo petista. Isso porque, pela lei, uma interceptação telefônica só pode ser determinada quando o alvo da escuta estiver sendo formalmente investigado. Segundo a defesa, Teixeira só passou a figurar na lista de investigados depois de deferida a escuta.

“Resta evidente que o juiz federal Sérgio Moro baseou sua autorização unicamente na relação pessoal que este (Roberto Teixeira) possui com seu cliente, tendo, então, buscado fundamentar ‘post factum’ (depois) as interceptações autorizadas”, diz o documento da defesa, que leva a assinatura de Teixeira e outros sete advogados do mesmo escritório. Segundo a ação, a escuta teria atingido 25 advogados e pelo menos 300 clientes.

Ainda segundo a defesa do petista, a medida tomada por Moro teve “a evidente finalidade de monitorar atos e a estratégia de defesa do seu constituinte, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, configurando um grave atentado às garantias constitucionais da inviolabilidade das comunicações telefônicas e da ampla defesa e, ainda, clara afronta à inviolabilidade telefônica garantia pelo Estatuto do Advogado”, diz a peça. O documento diz que “pretendeu-se, com a inclusão do número de celular do peticionário (Teixeira), promover-se espionagem e perseguição”.

Na terça-feira, Moro enviou ao STF sua defesa contra essas acusações. Ele afirmou que mandou gravar as conversas feitas pelo telefone do escritório de Teixeira sem saber que o número era do estabelecimento. Moro informou que, no pedido de interceptação telefônica feito pelo Ministério Público, o número foi citado como de propriedade da empresa LILS Palestras, de propriedade de Lula. Segundo o juiz, a empresa alterou o número durante as investigações para confundir a Justiça.

Moro anexou documento do Ministério Público dizendo que houve “ausência de boa-fé dos investigados”, porque, depois que a linha telefônica passou a ser monitorada, foi alterada a indicação do telefone da empresa LILS Palestras no cadastro do CNPJ. “Foi indicado novo número de telefone inexistente”, diz documento assinado por integrantes da força-tarefa da Lava-Jato, liderada pelo procurador da República Deltan Martinazzo Dallagnol. “Tal situação, que revela possível alteração de provas, tem o único propósito de levar a erro as autoridades judiciais quando a pertinência da indicação do terminal”, concluem os investigadores.

A defesa de Lula rebateu essa alegação. Disse que uma norma do CNJ estabelece que o juiz, antes de autorizar a escuta, precisa checar o número com a companhia telefônica, e não “em pesquisa genérica na internet”, como teria feito os investigadores da Lava-Jato, segundo os advogados. Na mesma ação, a defesa pede para Moro enviar ao STF quantas ligações foram interceptadas no escritório e quais agentes da força-tarefa da Lava-Jato tiveram acesso ao material. O ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF, vai decidir se concede ou não os pedidos.

Os advogados também alegaram que Moro foi informado da titularidade da linha, ao menos duas vezes, pela operadora de telefonia. E, apesar disso, as escutas foram mantidas por aproximadamente 30 dias. Segundo a defesa, a partir do primeiro minuto de gravação seria possível detectar o suposto equívoco, “já que todas as chamadas do escritório de advocacia se inicia pela sua identificação clara – Teixeira, Martins & Advogados, bom dia/boa tarde/boa noite”.

No ofício encaminhado ao STF na terça-feira, Moro informou que não há, nos relatórios da Polícia Federal, diálogos interceptados nesse telefone que sejam relevantes à investigação. O juiz também disse que esses diálogos não foram divulgados. E que, se houve alguma conversa gravada, deve estar no material que foi remetido ao STF.

Moro disse ainda que a escuta foi instalada no telefone de Teixeira por ele ser suspeito. “Há indícios do envolvimento direto de Roberto Teixeira na aquisição do sítio em Atibaia do ex-presidente, com aparente utilização de pessoas interpostas. Então, ele é investigado e não propriamente advogado. Se o próprio advogado se envolve em práticas ilícitas, o que é objeto da investigação, não há imunidade à investigação ou à interceptação”, diz documento da força-tarefa da Lava-Jato.

As escutas dos telefones de Teixeira foram autorizadas no âmbito das investigações contra Lula. O ex-presidente é suspeito de ter sido beneficiado ilegalmente com reformas em um sítio em Atibaia e um apartamento tríplex no Guarujá, em São Paulo, dos quais ele seria usuário. As investigações foram remetidas recentemente ao STF por ordem de Teori Zavascki. Isso porque, nas gravações, também foram detectados áudios da presidente Dilma Rousseff, que tem direito ao foro privilegiado.

Fonte: O Globo

Curta nossa página no Facebook



Crato (CE): Setores da segurança pública do Município passam por melhorias

Wladimir Carvalho, secretário de
Segurança Pública do Crato
Um balanço das ações da Secretaria de Segurança Pública, com trabalhos voltados para o desenvolvimento de setores ligados à pasta, vem sendo realizado por meio de metas em cumprimento nos últimos oito meses, desde que passou a ter comando do secretário Wladimir Carvalho.

Uma das primeiras ações do trabalho, foi traçar um diagnóstico da secretaria, que incorpora a Guarda Municipal, Departamento Municipal de Trânsito e Defesa Civil. No que diz respeito à Guarda Municipal, ele afirma que a carência de pessoal e formação era muito grande e fez um planejamento, que vem sendo cumprido.

Está sendo realizado curso de formação e treinamento da Guarda, com a parceria do Tiro de Guerra. Em relação ao material de proteção individual, incluindo equipamentos como algema e pistola de impulso elétrico, não letal, e uniforme, estão sendo cotados, já na fase final. O próximo passo será licitar.

Carvalho destaca que vem sendo realizado todo um trabalho, de forma transparente. Ele avalia as dificuldades existentes, principalmente diante da realidade nacional. “Vamos trabalhar de acordo com a nossa condição, ofertando o básico, para esses agentes atuarem na rua com mais segurança”, diz ele, ao destacar que o crescimento desse segmento da segurança pública.

O secretário disse que o Plano de Cargos e Carreiras da Guarda está sendo concluído, para ser enviado à câmara, além de ressaltar conquistas como a aquisição de uma viatura, que não tinha na corporação. Também foi iniciado o curso de qualificação da Guarda. São avanços, segundo ele, que farão um grupo equipado para atuar.

Assessoria de Imprensa/PMC

Curta nossa página no Facebook



Teori rejeita ações de PSDB e PSB contra posse de Lula na Casa Civil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki rejeitou nesta segunda-feira (4) ações movidas pelo PSDB e pelo PSB contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Casa Civil.

A posse de Lula, contudo, continua suspensa, em razão de uma decisão liminar (provisória) do ministro Gilmar Mendes, também do STF. A decisão de Gilmar Mendes será submetida ao plenário do Supremo, que poderá mantê-la ou derrubá-la. Ainda não há data prevista para isso.

No último sábado (2), Lula afirmou que, caso o STF reverta a decisão provisória, ele deverá assumir o cargo na próxima quinta-feira (7).

Lula foi anunciado novo chefe da Casa Civil em 16 de março. Um dia depois, ele tomou posse no cargo, mas, desde então, uma batalha jurídica se iniciou com partidos de oposição alegando que houve desvio de finalidade na nomeação, porque Lula, investigado na Operação Lava Jato, teria sido anunciado no ministério para obter o foro privilegiado, o que o faria ser investigado pelo STF.

PSB e PSDB, por exemplo, entraram com Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs), sob a argumentação de que a nomeação foi inconstitucional porque houve desvio de finalidade.

Antes de analisar as ações movidas pelos partidos, Teori Zavascki pediu informações para a Presidência da República, Advocacia-Geral da União e Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na argumentação, o ministro Teori Zavascki afirma que o tipo de ação apresentada por PSB e PSDB não seria o meio correto de se questionar, mas sim ações populares ou mandado de segurança coletivo, como o que foi apresentado também por partidos ao ministro Gilmar Mendes.

Nas ações relativas ao assunto que estão sob a relatoria de Teori, a PGR opinou pela validade da nomeação do ex-presidente na Casa Civil, mas a favor de que o processo seja julgado na primeira instância, por entender que houve desvio de finalidade.

A Presidência e a defesa de Lula negaram tentativa de obtenção de foro e disseram que Lula ajudaria na governabilidade.

A decisão de Teori
Na decisão tomada nesta segunda, Teori Zavascki afirmou que a ação movida pelos partidos trata de um "incomum e inédito ato isolado da Presidência, pelo qual se designou o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar cargo de Ministro de Estado". "Não se tem notícia de outro caso análogo, nem da probabilidade, a não ser teórica, de sua reiteração", completa.

O ministro destaca ainda que, na avaliação dele, eventual obstrução à Justiça poderia ser discutida dentro de investigação criminal em andamento no Supremo.

"É de ser acentuado, a propósito, que eventual embaraço ao exercício da jurisdição penal, com a alteração da competência para os atos de investigação e da ação penal, poderia ser suscitada nos próprios procedimentos criminais alçados ao Supremo Tribunal Federal, forma pela qual controvérsias semelhantes vem sendo historicamente decididas pelo Tribunal", afimou o ministro em sua decisão.

Fonte: G1

Curta nossa página no Facebook



Medicamento com ação inédita contra câncer de pulmão chega ao Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento para tratar câncer de pulmão. O nivolumabe é indicado para pacientes com câncer de pulmão localmente avançado ou metastático (que espalhou pelo corpo). O medicamento também recebeu o aval do órgão para tratar pessoas com melanoma metastático.

O nivolumabe - remédio que bloqueia uma proteína chamada PD-1, permitindo que o sistema imunológico localize e destrua as células cancerosas - é o primeiro tratamento da classe dos imuno-oncológicos disponível no Brasil para pacientes com este tipo de tumor. Segundo os resultados dos estudos o novo remédio oferece a possibilidade de atingir até o dobro da sobrevida em comparação ao tratamento disponível atualmente no mercado.

O objetivo da imunoterapia é curar a doença pela estimulação do sistema imunológico do paciente. Conhecida há cerca de cinquenta anos, ela só começou a apresentar resultados satisfatórios há pouco tempo, quando os cientistas ganharam mais conhecimento sobre o funcionamento do sistema imunológico. Descobriu-se que alguns componentes que impedem as defesas do organismo de funcionar com força total precisariam ser inibidos para o combate eficaz aos tumores.

O nivolumabe, que já havia sido aprovado na Europa e nos Estados Unidos, será vendido no Brasil com o nome comercial Opidivo. Segundo a Bristol-Myers Squibb, biofarmacêutica responsável pela produção do remédio no país, o preço da droga no mercado brasileiro ainda não está definido.

Câncer de pulmão 
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que entre2016 e 2017 haverá 28.190 novos casos de câncer de pulmão no país. Um estudo conduzido pela Sociedade Americana do Câncer em parceria com a Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), aponta que o câncer de pulmão é a principal causa de morte pela doença entre homens e mulheres em países desenvolvidos.

Fonte: Veja.com

Curta nossa página no Facebook



PT e PCdoB se articulam para tentar excluir Sérgio Moro do Judiciário

Parlamentares do PT e do PCdoB protocolaram durante a semana uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que sejam apuradas supostas irregularidades por parte do juiz federal Sérgio Moro, coordenador da Operação Lava Jato.

Entre as alegações dos deputados estão interceptações telefônicas que, segundo eles, poderiam ser consideradas ilegais, como a da presidente Dilma Rousseff (PT), de ministros, um escritório de advocacia e senadores.

Os parlamentares avaliam que houve violação do sigilo na comunicação profissional entre advogado e cliente em decorrência de interceptação telefônica do escritório de advocacia Teixeira, Martins & Advogados, com gravações de conversas de 25 advogados e 300 clientes.

Conforme os deputados, Moro foi alertado por ofício várias vezes pelas empresas de telefonia sobre os grampos, mas a decisão sobre interceptações telefônicas foi mantida pelo magistrado.Moro não se pronunciou sobre a iniciativa dos parlamentares do PT e do PCdoB.

Fonte: TN Online/UOL

Curta nossa página no Facebook



‘Panama Papers’ atingem políticos de ao menos sete partidos brasileiros

Políticos de ao menos sete partidos brasileiros têm contas em empresas offshores no exterior abertas pela companhia panamenha Mossack Fonseca, especializada em camuflar ativos usando companhias sediadas em paraísos fiscais. PDT, PMDB, PP, PSB, PSD, PSDB e PTB são as legendas cujos integrantes aparecem na lista batizada de Panama Papers, onde constam milhares de nomes de titulares de offshores.

Os documentos foram obtidos pelo Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo. No domingo, UOL, Estadão e Rede TV, veículos brasileiros ligados ao Consórcio, começaram a divulgar os nomes dos correntistas, com destaque para expoentes do PMDB: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e o senador Edison Lobão (MA) – ambos investigados pela Operação Lava Jato. Ao menos 57 brasileiros já relacionados à investigação da Polícia Federal aparecem nos documentos, ligados a mais de cem offshores criadas em paraísos fiscais. Cunha e Lobão negam a titularidade das empresas.

Ainda é cedo para saber o impacto que estes vazamentos - e os que virão nos próximos dias - terão no já convulsionado cenário político brasileiro, uma vez que não está claro se as offshores localizadas são irregulares ou não. Isso porque ter conta ou empresa no exterior não é um crime de acordo com a legislação brasileira, mas os valores e operações financeiras precisam ser informados à Receita Federal para a tributação devida. Ainda não se sabe se os citados nos Panama Papers declararam estes ativos em outros países às autoridades. Frequentemente este tipo de operação envolvendo offshores é utilizada para pagamento ou recebimento de propina e lavagem de dinheiro por parte do crime organizado, empresários e políticos corruptos.

Até o momento, o PMDB do vice-presidente Michel Temer foi a legenda com mais integrantes mencionados nos documentos da empresa panamenha. O fato é que, ao menos por enquanto, o PT e o Planalto podem respirar aliviados, uma vez que nenhuma offshore no exterior foi atribuída até o momento a seus correligionários.

Nesta segunda-feira vieram à tona os nomes de outros políticos com contas no exterior. Novamente o PMDB ocupa lugar de destaque entre os dados divulgados. O deputado federal Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG) e seu pai, o ex-governador de Minas Gerais Newton Cardoso teriam usado empresas offshores abertas com a ajuda da Mossack Fonseca para comprar um helicóptero com valor estimado em 1,9 milhão de dólares (cerca de 8 milhões de reais) e um flat em Londres ao custo de 1,2 milhão de libras (6,3 milhões em valores corrigidos). Em nota ao Consórcio de Jornalistas, a assessoria dos Cardoso negou "veementemente" a titularidade de empresas ou contas no exterior.

Luciano Lobão, filho do senador Edison Lobão, também aparece na relação do Panama Papers. Ele teria usado uma offshore para comprar apartamento em Miami no ano de 2013. O imóvel foi adquirido por 600 mil dólares, e vendido um ano depois por 1 milhão de dólares. A mulher de Luciano, Vanessa Fassheber Lobão, também aparece nos documentos como dona da empresa. Além de ser dono da VLF International, o filho do senador é sócio de uma empreiteira é responsável por obras do Programa de Aceleração do Crescimento no Maranhão - a Hytec.

O senador Lobão, que já é investigado pela Lava Jato por suspeita de ter sido beneficiado com o pagamento de propina para a construção da usina de Angra 3, aparece nos documentos vazados da empresa panamenha, mas suas supostas operações no exterior ainda não foram detalhadas. O que se sabe até agora corrobora parte da delação premiada de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras que disse à Justiça ter recebido ordens de Lobão para não "atrapalhar" um investimento do fundo de pensão da estatal petroleira no banco BVA. Um amigo do senador, José Augusto Ferreira dos Santos, é um dos donos do BVA, de acordo com o delator. Segundo os Panama Papers, Ferreira, por sua vez, é sócio de João Henriques, considerado operador do PMDB na Lava Jato, em uma empresa offshore e em uma conta na Suíça. A defesa do parlamentar afirmou ao jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, que Lobão nunca foi acusado de ter contas ou empresas no exterior.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que é réu no Supremo Tribunal Federal por seu envolvimento na Lava Jato e é acusado pela Procuradoria Geral da República de ter contas secretas no exterior, aparece nos Panama Papers como titular de ao menos uma offshore. Trata-se da Penbur Holdings, supostamente controlada pelo parlamentar mas que usaria dois panamenhos como 'testas de ferro' de forma a ocultar seu nome dos documentos. O peemedebista teria contado com a ajuda do empresário David Muino, ligado ao BSI, para abrir as contas. Por meio de sua assessoria, Cunha negou ser proprietário de qualquer empresa offshore, negativa que tem sido repetida pelo deputado desde que as autoridade da Suíça enviaram documentos assinados por ele que provam o contrário. “O presidente Eduardo Cunha desmente, com veemência, estas informações. O presidente não conhece esta pessoa [David Muino, intermediário de uma companhia que se chama Stingdale Holdings Inc] e desafia qualquer um a provar que tem relação com companhia offshore”.

O tucano Sérgio Guerra, ex-senador e ex-presidente nacional do PSDB morto em 2014 também aparece na lista da Mossack Fonseca. Ele já foi citado por delatores da Lava Jato como destinatário de propinas relacionadas ao esquema de corrupção da Petrobras. Segundo os documentos divulgados nesta segunda, Guerra adquiriu uma empresa offshore com a mulher, Maria da Conceição, e um dos filhos, Francisco. As atividades financeiras da companhia não foram detalhadas. O PSDB afirmou que não iria comentar as acusações.

O ex-deputado João Lyra (PSD-AL) é outro político que utilizou uma empresa offshore para abrir e manter uma conta no banco suíço Pictet Asset Management. Lyra foi eleito deputado federal em 2010 pelo PTB, e posteriormente se filiou ao PSD. A declaração de bens entregue pelo parlamentar à Justiça Eleitoral no ano em que ele disputou o pleito não fala sobre os ativos no exterior, mas apenas o cruzamento destes dados com as informações da Receita podem apontar se houve de fato alguma irregularidade.

Paulo Octávio, ex-vice-governador de Brasília pelo PP, também é citado nos documentos. Ele teria usado uma offshore aberta com ajuda da Mossack Fonseca para comprar um apartamento de 2,9 milhões de dólares em Miami em 2011. A reportagem não conseguiu entrar em contato com o empresário.

Alguns políticos que aparecem no banco de dados dos Panama Papers divulgaram para o Consórcio os documentos informações de suas declarações de imposto de renda como forma de atestar que as offshores em seus nomes foram devidamente declaradas. É o caso de Paulo Octávio, que foi vice-governador de Brasília pelo DEM na gestão de José Roberto Arruda, em 2006; e Gabriel Junqueira Pamplona Skaf, filho do presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, Paulo Skaf (PMDB).

Fonte: El País

Curta nossa página no Facebook



Impeachment de Dilma não resolverá problemas, diz especialista

O professor emérito de economia da Universidade de Berkeley e de relações internacionais da Universidade de Columbia, Albert Fishlow, afirmou em apresentação na noite desta quarta-feira, 6, que tem havido uma ilusão no Brasil de que o impedimento da presidente Dilma Rousseff pode ser a solução para os problemas do País e de que o judiciário pode resolver todas as questões. “O impeachment não vai resolver virtualmente nada”, disse o economista. Para ele, o Brasil caminha para uma nova década perdida.

Fishlow avalia que a resolução dos problemas econômicos do País demanda tempo e que um novo presidente não teria tempo hábil para conseguir implementar muita coisa até as eleições de 2018. Para o economista, uma das principais necessidades do Brasil é reduzir o tamanho do Estado. O Brasil terá nova década perdida, disse ele, ressaltando que o País caminha para ter renda per capta em 2020 em patamar semelhante ao que tinha em 2010.

“As pessoas no Brasil querem soluções rápidas”, disse Fishlow, ao falar da crise atual. O economista se disse surpreso que a cada dia se fala em uma nova solução para os problemas brasileiros, incluindo a possibilidade de novas eleições e o impeachment do vice-presidente, Michel Temer. “As pessoas não sabem o que fazer para lidar com a crise atual e por não saber, estão tentando fazer de tudo.”

A realidade, afirmou Fishlow, é que a saída de Dilma pode não levar a um cenário muito diferente do atual, sobretudo na economia. “A natureza dos problemas que o país está enfrentando vai permanecer lá.” Ao falar da crise, Fishlow elogiou o trabalho do juiz Sergio Moro em combater a corrupção, mas disse que os brasileiros passaram a desejar que o judiciário resolva todos os problemas do País.

Fishlow ressaltou ainda que o Congresso, com vários parlamentares envolvidos em corrupção e outras irregularidades perdeu a credibilidade. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse ele, é acusado de vários crimes e tem um passado de crimes e, por isso, precisa cair. “A delação de Delcídio do Amaral envolveu todo mundo”, disse o professor.

Erros
Um dos erros de Dilma, ressaltou Fishlow, foi pensar que era mais esperta que todo mundo quando assumiu o primeiro mandato. Ao pensar assim, tomou uma série de medidas que provocaram consequências danosas, incluindo a falta de reajustes em preços, que ajudou a gerar a inflação atual, e a pressão para o Banco Central baixar os juros assim que assumiu para estimular o crédito.

Fonte: Estadão

Curta nossa página no Facebook



Operação “Crato Seguro” se intensifica com apreensões na cidade

Lançada oficialmente no início da semana, a Operação Crato Seguro tem como objetivo combater de forma mais incisiva a criminalidade no município visando reduzir o índice de delitos e, consequentemente, contribuir para bem estar social através de ações na segurança púbica.

Nesta terça-feira, 05, uma arma de fogo de calibre 12 foi apreendida pela Polícia Militar durante saturações realizadas por uma equipe do Raio no bairro do Seminário. Um homem identificado como Francisco Ricarto Gomes Filho, 26 anos, foi abordado no cruzamento da Rua Lavras da Mangabeira com Travessa Potengi, sendo localizada com o mesmo a referida arma além de três munições intactas. O suspeito, que possui em seu desfavor procedimentos por tráfico de drogas, ameaça e porte ilegal de arma, foi apresentado na 19ª Delegacia Regional de Polícia Civil.

Segundo o comandante da 5ª Companhia do 2º BPM, Major Adailton da Silva, a Força Tarefa é composta pelos diversos segmentos da segurança pública, sendo representada pela Polícia Militar através da Unidade Operacional que comanda, Ronda do Quarteirão, Polícia Ambiental, Raio, Ciopaer, além dos órgãos da Secretaria de Segurança Pública Municipal como Demutran e Guarda municipal, além da Polícia Civil.

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook



Relator do impeachment é acusado de crime eleitoral

O Ministério Público Federal em Goiás acusa o deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que apresenta nesta quarta-feira (6) seu parecer ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, de crime eleitoral. A denúncia é de que Jovair utilizou em sua campanha à reeleição, em 2014, um servidor da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), presidida então por Rubens Rodrigues dos Santos, indicado por ele ao cargo. De acordo com processo em curso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Goiás, o deputado se valeu do trabalho de um assessor da presidência da Conab, lotado em Brasília, em seu comitê eleitoral por dois meses em seu comitê eleitoral em Goiânia.

Segundo o jornal O Globo, a representação sustenta que o presidente da Conab cedeu o funcionário à campanha sem que houvesse férias ou licença que justificassem a atuação eleitoral do servidor comissionado do governo. O julgamento do processo, iniciado em 2014, estava pautado para a última segunda-feira (4), mas acabou adiado.

Conforme a reportagem de Vinícius Sassine, o procurador da República Raphael Perissé pediu aplicação de penalidade tanto ao deputado quanto ao ex-presidente da Conab. O artigo 73 da lei eleitoral proíbe agentes públicos de cederem servidores para comitês de campanha eleitoral durante horário normal de expediente, a não ser que exista uma licença. O ex-presidente da Conab está sujeito a multa. Já o deputado, reeleito em 2014 com 92,4 mil votos para o seu sexto mandato, à cassação do registro eleitoral.

De acordo com o Globo, Jovair controla a Conab desde o primeiro ano do governo Dilma, em 2011. De lá para cá, indicou todos os presidentes da companhia e controla diretorias e 20 cargos de assessoramento no órgão. Após deixar a Conab, Rubens Santos assumiu uma vice-presidência da Caixa Econômica Federal, também por indicação de Jovair.

Relatório da Polícia Civil de Goiás indica que Warllen Aparecido Lucas Lemos, o funcionário da companhia que trabalhou na campanha de Jovair, estava de férias entre 8 e 27 de setembro de 2014. Rastreamento telefônico mostrou que o servidor atuava no comitê eleitoral em dias em que deveria estar em Brasília.

O deputado afirmou ao Globo que Warllen trabalhou em sua campanha apenas no período de suas férias. Já o servidor alegou que esteve no escritório “algumas vezes” para buscar ou deixar uma namorada. O ex-presidente da Conab alega que as provas são “frágeis” e que seu ex-assessor não prestou serviços eleitorais a Jovair.

Fonte: Congresso em Foco

Curta nossa página no Facebook



Eleitores que perderam o prazo da biometria ainda podem tirar o título até 4 de maio

Quem perdeu o prazo do recadastramento biométrico obrigatório nos 46 municípios cearenses ainda pode tirar o título de eleitor até o dia 4 de maio. O alerta do TRE-CE é para que os eleitores compareçam logo ao cartório eleitoral, a fim de evitar as longas filas nos últimos dias de atendimento.

O TRE-CE informa que em torno de 250 mil títulos foram cancelados nos 46 municípios que encerraram a revisão eleitoral, no último mês de março. Os municípios com maior número de títulos cancelados foram: Maracanaú (40 mil); Crato (20 mil); Iguatu e Itapipoca (17 mil cada); Tianguá (12 mil); Barbalha e Horizonte (10 mil cada).

Apesar do quantitativo de títulos cancelados, o TRE-CE avaliou positivamente os números nos 46 municípios submetidos à revisão de eleitorado, alcançando patamar superior a 70% de extrações biométricas, o que levou a um aumento considerável nos índices de eleitores recadastrados no Estado. Nas últimas eleições, em 2014, apenas 7% do eleitorado votou através da biometria. As projeções indicam que, até o dia 4/5, o TRE-CE atingirá a marca de 34% do eleitorado recadastrado, o que corresponde a 2.163.100 eleitores.

O recadastramento biométrico obrigatório de eleitores foi realizado nos seguintes municípios: Amontada, Aratuba, Barbalha, Baturité, Bela Cruz, Brejo Santo, Capistrano, Cariré, Farias Brito, Frecheirinha, Granjeiro, Groaíras, Horizonte, Itaitinga, Itapiúna, Itarema, Maracanaú, Miraíma, Mulungu, Nova Olinda, Paraipaba, Porteiras, Santana do Cariri, Tianguá, Várzea Alegre, Altaneira, Banabuiú, Caridade, Caririaçu, Cariús, Crato, Irauçuba, Itapagé, Itapipoca, Jardim, Jati, Jucás, Marco, Meruoca, Missão Velha, Ocara, Paramoti, Penaforte, Quixeré, Tejuçuoca e Viçosa do Ceará. Nesses municípios, o atendimento ao eleitor acontece de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas.

Em relação aos demais municípios, inclusive Fortaleza, o prazo para regularização do título é o mesmo – 4 de maio. Mas o TRE orienta os eleitores a procurarem os cartórios eleitorais somente em caso de irregularidade no título de eleitor. Na capital e nos demais municípios cearenses, a coleta de dados biométricos não é obrigatória para as eleições deste ano. Portanto, não há necessidade de comparecimento aos cartórios daqueles eleitores que estão com os títulos regulares.

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook



Crato (CE): Semana da Água e da Árvore promove conhecimentos e experiências

A Semana da Água e da Árvore foi realizada entre os dias 28 a 1º de abril, com o diferencial este ano, na realização do evento, das parcerias de várias instituições, nas atividades da programação. Além de diversas, as ações ocorreram em vários locais.

O secretário Adjunto da Secretaria do Meio Ambiente do Crato, Filemon Sousa, destaca as parcerias com a Secretaria de Educação e Universidade Regional do Cariri (URCA), para as ações descentralizadas em várias escolas dos distritos e da sede, tanto públicas como particular.

Houve debate na Câmara de Vereadores e, no Sítio Fundão, foram realizadas oficinas com alunos e encerramento das atividades. Ele considera a semana muito importante, para fortalecer os vínculos com as instituições parceiras, incluindo também a Organização não Governamental Aquasis, com o projeto de preservação do Soldadinho-do-Araripe, o SESC, Governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente, Parque Estadual do Sítio Fundão, Fórum Popular das Águas do Cariri e o ICMbio.

O secretário adjunto destaca o esforço do poder público municipal, cumprindo e promovendo espaços de aprendizado e práticas de valores de conservação da água e do meio ambiente. Sem contar público das escolas participantes, envolvendo distritos como o de Ponta da Serra, além das escolas da sede como a Violeta Arraes, Melvin Jones, Colégio Municipal, além da URCA.

Ele ainda ressalta que foi completa a missão de divulgar a promover conhecimentos e experiências, relacionadas aos recursos naturais tão importantes, como a água e a conservação do meio ambiente. “Que tenhamos a plena consciência de preservar esses recursos e o ambiente de modo geral”, completa.

Assessoria de Imprensa/PMC

Curta nossa página no Facebook



Impeachment de Dilma é "rasgar Constituição", diz Cardozo, da AGU

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, declarou nesta segunda-feira (4) que o impeachment da presidente Dilma Rousseff será um "golpe" e "equivaleria ao rasgar da Constituição". Cardozo entregou hoje a defesa da presidente à comissão especial da Câmara que analisa se aceita ou não a denúncia contra Dilma.

"Neste caso, por inexistir crime de responsabilidade configurado, por não existir ato ilícito atribuível à presidente da República, por não existir ato doloso, um processo de impeachment equivaleria ao rasgar da Constituição Federal de 1988 se fosse acolhido, seria um golpe", disse no final de sua defesa.

O ministro solicitou "a anulação do processo e que sejam rejeitadas as denúncias por não existirem crimes de responsabilidade".

A defesa foi "longa e exaustiva", como definiu Cardozo logo de início. Ele falou durante cerca de duas horas sobre as quase 200 páginas do documento que entregou à comissão. Segundo ele, "não existem crimes de responsabilidade" e que o processo de afastamento "é marcado por profundos vícios".

Cardozo fez uma série de críticas em relação à condução do processo, como a inclusão do conteúdo da delação do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) no pedido de impeachment, o que não constava inicialmente, e a ouvida dos autores do pedido na comissão para esclarecer a denúncia, antes da apresentação da defesa da presidente.

Em sua manifestação, Cardozo recorreu à Constituição para afirmar que o impeachment é uma "situação de extrema excepcionalidade" e que um "presidente eleito só pode ser afastado se houver pressupostos jurídicos e indiscutíveis", que são os crimes de responsabilidade. "Se não houver crime de responsabilidade, não pode haver cassação de mandato do presidente".

O advogado afirmou que o impeachment da presidente será "inconstitucional". "Se não houver atentado à Constituição, se não for uma ação dolosa (com intenção), não for tipificada e se não for praticada pelo chefe do Executivo, é golpe de Estado sim", declarou.

Dilma Rousseff é acusada de crimes de responsabilidade que podem levar à perda do cargo. Segundo a acusação, o governo federal contraiu empréstimos de bancos públicos para pagar programas sociais -- o que é ilegal e se apelidou de pedaladas fiscais -- e publicou decretos autorizando a abertura de crédito suplementar sem a autorização do Congresso.

No documento apresentado por Cardozo, a defesa argumenta que as pedaladas fiscais não configuram crime de responsabilidade porque não são empréstimos. Também segundo a defesa, os decretos de crédito suplementar estão de acordo com a meta de superávit primário.

Alckmin e FHC
Em duas oportunidades, Cardozo citou governos do PSDB. Ele lembrou que vários governadores e prefeitos usaram decretos de créditos suplementares, citando nominalmente o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. O ministro disse defender todos os governadores que recorreram a esse expediente. "Onde está o ilícito? Onde está a má-fé? Não há. Não há crime de responsabilidade. Não há pressuposto jurídico para processo de impeachment", protestou.

Em outra ocasião, o advogado lembrou que os seis decretos de créditos suplementares em questão na denúncia ainda estão sob análise do Tribunal de Contas da União e falou em uso de "dois pesos e duas medidas" pela Câmara já que o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), do PSDB, também recorreu a decretos do mesmo tipo.

"Vingança e retaliação" de Cunha
Entre seus argumentos, Cardozo denunciou que "houve desvio de finalidade no recebimento da denúncia" por ter sido uma "retaliação do presidente da Câmara [Eduardo Cunha (PMDB-RJ)] ao PT, cuja base votou favoravelmente à abertura de processo contra ele na Comissão de Ética da Casa".

"A decisão [de Cunha] não visou, na abertura do processo de impeachment, o cumprimento da Constituição. Ele usou da sua competência para fazer vingança e retaliação à presidente", afirmou.

Sobre as afirmações, Cunha disse que Cardozo está "faltando com a verdade".

Fonte: UOL

Curta nossa página no Facebook



"Pato da Fiesp" é rasgado a facadas em Brasília

Um dos patos inflados que a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), havia erguido em Brasília foi esfaqueado neste sábado (2). Os patos da federação fazem parte de uma campanha anti-impostos.

O boneco que foi rasgado a facadas estava localizado na Asa Norte e tinha 5 metros de altura. Outros infláveis encomendados pela Fiesp permanecem distribuídos pela capital federal.

Na terça (29), a Fiesp inflou um pato gigante, de 20 metros, e instalou cerca de outros 5.000 patinhos amarelos em frente ao Congresso na campanha pelo impeachment de Dilma Rousseff. A entidade pretende deixar o pato gigante em vigília em Brasília até que termine a votação pela deposição da presidente.

Desde setembro de 2015, os bonecos são usados como ícones da campanha da federação contra o aumento de impostos e a retomada da CPMF, chamada de de "Não vou pagar o pato".

Fonte: Folha.com

Curta nossa página no Facebook



STF manda Cunha dar andamento a pedido de impeachment de Temer

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que receba um pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer e envie o caso para análise de uma comissão especial a ser formada na Casa. A Câmara pode recorrer e pedir que a decisão seja reavaliada pelo plenário da Corte.

A decisão, desta terça-feira (5), atende ao pedido de um advogado, Mariel Márley Marra, de Minas Gerais, que acionou o STF para questionar decisão de Cunha que arquivou uma denúncia que ele apresentou contra Temer, em dezembro do ano passado. O presidente da Câmara entendeu que não havia indício de crime de responsabilidade do vice-presidente.

Cunha classificou de "absurda" a decisão de Marco Aurélio Mello e informou que vai recorrer. O presidente da Câmara afirmou que, com a decisão do ministro, teria que abrir oito pedidos de afastamento da presidente Dilma Rousseff pendentes de análise.

Na segunda, para instruir a ação apresentada pelo advogado mineiro, a Câmara enviou um parecer à Corte alegando que o STF "nunca, jamais" poderia determinar o início de um processo de impeachment, em substituição ao presidente da Casa.

Na última sexta-feira, por um equívoco, o STF havia divulgado uma "decisão em elaboração" a respeito deste mesmo pedido.

Teor
O teor da decisão assinada por Marco Aurélio é quase idêntico à minuta divulgada na semana passada.

Na prática, o ministro do STF manda Cunha decidir da mesma forma como procedeu com o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, em dezembro do ano passado.

Na decisão, Marco Aurélio entende que o recebimento de uma denúncia por crime de responsabilidade pelo presidente da Câmara deve tratar apenas de aspectos formais e não analisar o mérito das acusações. Na peça, o ministro diz que Cunha apreciou o mérito da acusação, “queimando etapas que, em última análise, consubstanciam questões de essencialidade maior”.

“Os documentos que instruem a peça primeira permitem concluir pelo desrespeito aos parâmetros relativos à atuação do Presidente da Casa Legislativa, pois, embora tenha reconhecido, de maneira expressa, a regularidade formal da denúncia, procedeu a verdadeiro julgamento singular de mérito, no que consignou a ausência de crime de responsabilidade praticado pelo Vice-Presidente da República, desbordando, até mesmo, de simples apreciação de justa causa”, escreveu o ministro.

Marco Aurélio, porém, negou pedido do advogado para suspender a análise do pedido de impeachment já em andamento contra a presidente Dilma. Além disso, a ação original pedia uma nova análise pelo presidente da Câmara da denúncia contra Temer, não o seu acolhimento, como determinado pelo ministro.

Ação
A ação do advogado Marra pede o impeachment de Temer sob o argumento de que ele também editou decretos, em 2015, abrindo créditos suplementares incompatíveis com a meta de superávit primário e sem autorização do Congresso. Foi esse o principal motivo apontado por Eduardo Cunha, para acolher a denúncia contra Dilma.

Ao analisar a acusação contra Temer, porém, o presidente da Câmara argumentou que os decretos do vice foram apresentados antes da revisão da meta, em julho de 2015. Os de Dilma foram editados depois, e, por isso, teriam infringido a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Em sua decisão, Marco Aurélio diz que não “está a emitir qualquer compreensão quanto à conduta do Vice-Presidente da República, revelada na edição dos decretos mencionados”. “No caso, a controvérsia envolve controle procedimental de atividade atípica do Poder Legislativo”, completou.

Nesta segunda, a Câmara enviou parecer ao STF alegando que a Corte "nunca, jamais" poderia determinar o início de um processo de impeachment, em substituição ao presidente da Casa.

"Nunca, jamais, pode se admitir tamanha intervenção em ato próprio de outro Poder da República, a ponto de autorizar a substituição da competência do órgão legislativo por decisão judicial", diz a peça da Câmara, referindo-se a uma efetiva ordem do Supremo para obrigar a Casa a iniciar um impeachment.

No parecer, a Câmara argumenta que só cabe ao presidente da Casa analisar a denúncias por crime de responsabilidade contra presidentes, vices e ministros e que o Judiciário não pode rever tal exame, a não ser “em situações excepcionais, quando presente induvidosa ilegalidade e abuso do poder, aferível a partir de fatos absolutamente certos e inequívocos”.

Mesmo assim, alega a Câmara, o máximo que o STF poderia fazer em tal situação é determinar que fosse feito nova análise de um pedido de impeachment pelo presidente da Câmara.

Fonte: G1

Curta nossa página no Facebook



Curso de Jornalismo da UFCA lança jornal e revista com destaque para o Cariri

Foi lançado na noite desta segunda-feira (4), no auditório da Universidade Federal do Cariri (UFCA), os dois primeiros exemplares da revista “Caracteres” e a primeira edição do jornal “Entrelinhas”, produzidos ao longo de três anos por estudantes do curso de Jornalismo durante Laboratório de Jornalismo Impresso.

Um dos orientadores do Laboratório, professor José Anderson Freire Sandes, destacou que os produtos tiveram ampla discussão com os estudantes, “desde a escolha do nome, linha editorial, pauta, fontes, apuração, imagens, até o texto final da revista”. Ele enfatiza que o “principal traço das duas publicações é a revelação da riqueza e da multiplicidade cultural do Cariri. Ao lado do Cariri do passado, criado pela força do discurso religioso, das romarias, dos cordéis, da xilogravura, do Padre Cícero, descobrimos o outro Cariri, onde fatos do passado se mesclam com o presente”.

A professora orientadora da disciplina dos conteúdos visuais e gráficos, Juliana Lotif avalia que o design da revista busca integração entre os textos e os elementos gráficos que compõe as entrevistas, reportagens e perfis. “Trabalhamos muito os espaços brancos como composição das matérias, o que valoriza as imagens e elementos visuais”, explica.

Já o jornal Entrelinhas, complementa Sandes, é totalmente voltado para o cotidiano de Juazeiro. “Mobilidade urbana, crescimento imobiliário desigual e desordenado, Juazeiro sob o olhar radical do skatista, mulheres cordelistas e feministas, perfis e entrevistas com uma multiplicidade de personagens da região estão contidos na edição”, pontua. A partir dos acontecimentos selecionados, os repórteres foram além da notícia, “buscando a contextualização, interpretação e investigação”, finaliza Anderson.

O jornalista recém-formado, Francisco Mário, conta que “escrever para revista Caracteres, foi uma interessante oportunidade de observar a Região do Cariri por meio de suas diferentes peculiaridades. Cada sessão apresenta vivências e esforços coletivos, na busca de concretizar um bom trabalho jornalístico. Essa experiência laboratorial nos antecipou e encorajou a desenvolver habilidades práticas e reflexivas por meio do jornalismo”.

O coordenador do curso, professor Edwin Carvalho observou que o Jornalismo é uma atividade que requer conhecimento técnico, além, claro, da formação humanística. Para ele, a revista Caracteres e o jornal Entrelinhas “são oportunidades de prática jornalística que se aproximam do que os futuros profissionais irão desenvolver no mercado de trabalho”. Ele ressalta que o projeto é uma experiência que permite ao estudante a chance de elaborar publicações que transmitam o esforço da universidade em contribuir para a construção do Jornalismo crítico, reflexivo e com qualidade técnica.

Nesse sentido, Carvalho lembrou que as novas Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Jornalismo (aprovadas em 2013) enfatizam a necessidade de ampliação das atividades práticas nos cursos de graduação. “Reformulamos o Projeto Pedagógico do Curso de Jornalismo da UFCA, permitindo que os alunos possam desenvolver atividades práticas já a partir do segundo semestre. Criamos novas disciplinas e laboratórios práticos, como o de Assessoria de Imprensa, porque acreditamos que o mercado de Comunicação na região do Cariri é carente de profissionais qualificados na área”, finalizou o coordenador.

Saiba mais
Ao todo foram publicados 500 exemplares de cada edição da Caracteres (2013 e 2014) e 500 tiragens do jornal. Neste semestre serão lançados mais uma edição da revista e duas edições do Entrelinhas.

ANDRÉ COSTA
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

Curta nossa página no Facebook



Debate em universidade onde Moro leciona vira ato a favor de Lula

As escadarias da Faculdade de Direito da UFPR (Universidade Federal do Paraná), onde leciona o juiz Sergio Moro, foram palco de um ato a favor do ex-presidente Lula e de críticas ao juiz responsável pela Operação Lava Jato.

Às 19h, estava marcado o início, no salão nobre, do debate entre especialistas de direito chamado Ato Suprapartidário em Defesa da Democracia, com críticas a procedimentos judiciais da Operação Lava Jato.

Como é costume, uma vez que o auditório com 300 lugares lotou, parte do público concentrou-se nas escadarias para assistir ao debate por um telão, do lado de fora. Segundo os organizadores, cerca de 900 pessoas ficaram do lado de fora. A PM calculou 400.

Minutos antes, porém, um grupo a favor do impeachment de Dilma, com bandeiras do Brasil, posicionou-se nas escadarias, dando início a provocações mútuas. A reportagem presenciou uma das mulheres do lado anti-Dilma gritando: "Cadê o pão com mortadela?" e "Vocês não podem cantar o Hino Nacional!", ao que manifestantes pró-governo federal gritavam: "Não vai ter golpe!" e "Fora, Sergio Moro".

Membro do Movimento Brasil Livre, Flavio Cella disse que o grupo soube do debate e decidiu fazer um protesto silencioso nas escandarias. "A gente é contra a visão deles, de ser contra a PF e o Sergio Moro."

Entre eles, lamentavam que poucas pessoas de seu lado estavam presentes, apesar da convocação que fizeram.

Meia hora depois do clima de tensão, o grupo anti-Dilma saiu das escadarias, sob gritos de "Não vai ter Golpe".

O início dos debates foi marcado por frases de apoio ao ex-presidente Lula como líder político, à "espetacularização da mídia" e de críticas à chamada "politização do Judiciário". Trechos de cada fala eram pontuados por aplausos e gritos "contra o golpe" e contra o juiz Moro.

Na palestra, também foi criticada a interceptação telefônica autorizada pela Justiça, que revelou conversa entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, sem ter ocorrido aval do STF (Supremo Tribunal Federal), já que a presidente possui foro privilegiado.

O ato reúne professores de diferentes áreas, como do direito penal, civil, de prática jurídica e do direito público.

A escolha do salão nobre da Faculdade de Direito da UFPR, segundo os organizadores, não tem relação com o juiz Moro, mas sim pelo fato de ser um local histórico de debates em Curitiba e da defesa dos valores democráticos. Em 1972, por exemplo, em plena ditadura militar, foi o local escolhido para ser redigida a "Declaração de Curitiba", em defesa da democracia.

Fonte: Folha.com

Curta nossa página no Facebook



Lula quer militância nas ruas na votação do impeachment

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conclamou, nesta segunda-feira, 4, os eleitores contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff a tomarem as ruas no dia em que a Câmara votar o pedido de abertura do processo de afastamento da presidente.

“No dia em que forem colocar em votação o impeachment nós temos que estar nas ruas porque eles estão tentando armar uma treta para nós e avisar só os coxinhas”, disse Lula durante um ato em defesa da democracia na frente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo.

Dias depois de chamar o vice-presidente Michel Temer de golpista, em um discurso em Fortaleza (CE), Lula mediu as palavras nesta segunda ao se referir ao possível sucessor de Dilma. “Não tenho nada contra o Michel Temer. A única coisa que posso dizer é que se ele quer ser presidente que dispute a eleição. Este negócio de tentar encurtar o caminho não dá certo”, afirmou Lula.

Oradores que precederam o discurso do ex-presidente não pouparam o vice-presidente. Vagner de Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rafael Marques, presidente do sindicato e outros usaram várias vezes a palavra “golpista” para se referir ao peemedebista.

“Não posso falar as palavras que alguns disseram porque ainda tenho uma tarefa para ser cumprida”, justificou Lula, que espera assumir na quinta-feira a chefia do ministério da Casa Civil.

O ex-presidente disse que no ministério sua principal tarefa será conversar com diversos setores da sociedade e tentar romper o isolamento do governo imposto pelo estilo de Dilma. “Se tem alguém reclamando que a Dilma não conversa vai se lascar. Porque eu vou conversar. Vou dizer para a Dilma ir governar o Brasil enquanto eu converso. Porque o Brasil precisa voltar a sorrir”, explicou Lula.

O ex-presidente, saudado aos gritos de “o Lula voltou, o Lula voltou”, disse que a partir de agora Dilma não ficará mais isolada no poder.

“A companheira Dilma que às vezes fica sozinha lá naquele Palácio agora vai ter um grupo de companheiros para ajudar, para ela poder terminar o governo dela de cabeça erguida e descer a rampa como eu desci”, afirmou.

Dizendo ter voltado ao modo “Lulinha paz e amor”, o ex-presidente, diante de uma plateia formada quase na totalidade por metalúrgicos, admitiu que é necessário “dar uma consertada na política econômica” do governo. “Sei que tem muito peão que está puto com o governo”, disse ele.

Lula se mostrou preocupado com o clima de intolerância que tem tomado conta do País, pediu para que os aliados de Dilma não entrem no “jogo rasteiro” e criticou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, filiado ao PMDB, por causa do apoio dado pela entidade ao movimento pelo impeachment.

O ex-presidente disse que o movimento sindical deve cobrar explicações da Fiesp sobre a origem do dinheiro usado na campanha pelo afastamento de Dilma e sugeriu que se tratam de recursos públicos, provenientes do imposto sindical patronal, formado pelo desconto de 2% ao ano da folha de pagamento das empresas, que financia o chamado Sistema “S”.

“O movimento sindical precisa perguntar para o Skaf para ver se o dinheiro é público”, sugeriu Lula, que aproveitou para ironizar a Fiesp, uma das maiores defensoras da redução da carga tributária, que tem usado um pato em suas campanhas para simbolizar os contribuintes. “Eles não ficam reclamando tanto para reduzir impostos? Então por que não reduz os 2% da folha da pagamento”, alfinetou Lula.

Fonte: Estadão

Curta nossa página no Facebook


Arquivo da Odebrecht acusa MP de proteger políticos

Um documento apreendido pela Polícia Federal no escritório da empreiteira Odebrecht, no Rio de Janeiro, durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, acusa procuradores do Ministério Público Federal (MPF) de proteger políticos com mandato para não perder a alçada das investigações e dos julgamentos em curso. A análise, feita para consumo interno da companhia, diz que os procuradores “querem julgar rapidamente os empresários como os responsáveis pelas mazelas da corrupção no país, tornando-se heróis da pátria, julgando somente uma parte do problema, como se esta fosse causa principal”.

E deduz: “Talvez porque considerem que a verdadeira causa, que será julgada pelo STF, vai acabar em pizza”.

O documento com sete páginas e sem assinatura é parte de um exame mais extenso sobre a situação geral das empreiteiras. O texto acusa o MPF de adotar uma “interpretação corporativa e leviana, que só aborda um lado da questão” da corrupção no país. Disponibilizada pelo juiz Sérgio Moro, a peça não tem data ou timbre da Odebrecht. Junto com extratos bancários e uma lista com nomes de centenas de políticos de 24 partidos que receberam ajuda financeira da companhia, o texto foi resgatado no escritório de Benedicto Barbosa da Silva Júnior, diretor da Odebrecht, e faz parte do item 8 do auto de apreensão 195/2016.

A análise cita fatos recentes da crise política e acusa o trabalho da Lava Jato de ser uma “distorção da realidade”, e não “a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve”. Escrito para servir de defesa das empreiteiras, o documento acusa os procuradores do caso de atribuir “à organização do esquema de corrupção às empreiteiras, não ao governo, tratando financiamento de partidos políticos como uma consequência, não como origem e objeto central do esquema de corrupção”.

O texto considera uma boa iniciativa do MPF a criação do site específico para informar à população sobre suas atividades no combate à corrupção por meio da Lava jato. Mas alerta que “seria necessário aprofundar as investigações antes de, apressada e superficialmente, contar mentiras no site”. A análise considera as empreiteiras vítimas dos políticos: “Definitivamente, as informações já disponíveis, aí incluídas as delações premiadas, indicam que não foram as grandes empresas de construção de engenharia industrial as responsáveis iniciadoras da corrupção na Petrobras”.

Sem citar nomes ou partidos, a peça também faz uma análise da atuação das empreiteiras desde a década de 1980. Alega que o Estado desempenhava o papel central de investidor nos grandes empreendimentos na área de infraestrutura e na implantação da base industrial do país. A análise diz que o planejamento e os projetos executivos eram de responsabilidade do Estado, que priorizava os investimentos, definia as políticas e subsídios para cada setor e os orçamentos. Segundo o documento, imperava “a irresponsabilidade fiscal na execução dos contratos”. Na década de 1990, ainda segundo o texto, o processo de privatização de alguns segmentos destinou às empresas a elaboração de projetos executivos, o que transformou as construtoras em empreiteiras de obras e responsáveis por todas as fases da obra, com exceção da licitação.

Desmando e conivência
A análise, na verdade um reforço da defesa das empreiteiras, diz que a Petrobrás adotou o modelo de farm out, delegando a terceiros os investimentos que a estatal precisaria fazer, mas não dispunha de recursos. O documento elogia o rigor das áreas técnicas da petrolífera e a qualidade dos seus executivos. A estatal, segundo o texto, sempre pode “impedir a formação de cartéis de fornecedores, de projetistas e de empreiteiros”. O material acusa a companhia de ser conivente com os desmandos descobertos agora na Lava Jato.

“Não dá para acreditar que grandes empresas concorrentes pudessem iniciar uma cartelização pura a ponto de subjugar uma empresa do porte da Petrobrás, sem o seu conhecimento e a sua vontade”, diz outro trecho do material.

Para justificar seu entendimento, a análise apreendida na Odebrecht alega que a relação das empresas concorrentes e fornecedoras da Petrobrás não é amistosa e que a competição entre elas é bastante acirrada, além da capacidade de julgamento da área de engenharia da companhia com profissionais experientes, sérios e isentos. “É a Petrobrás que licita. É ela que decide a quais empresas serão enviadas as Cartas Convites”, diz o texto.

O documento alega que os casos investigados pela Operação Lava Jato “nasceram, em certas áreas da Petrobrás, do achaque, da concussão, de empresas prestadoras de serviços e fornecedoras que, evidentemente aceitaram praticar o sobre-preço em benefício de agentes públicos, políticos e seus partidos, com a participação de doleiros para a lavagem do dinheiro”.

A análise lembra que a corrupção, ao contrário do que diz o site dos procuradores da Lava Jato, não teria nascido das empreiteiras, e sim na estatal.  “Ao contrário, tais empresas, com longa tradição de prestação de serviços à Petrobrás, dentro da maior lisura, forçadas a contribuir para projetos de poder, começaram a aceitar participar de práticas criminosas para poder conquistar contratos e cobrar seus recebíveis”, acrescenta o documento.

Em nota encaminhada à reportagem, procuradores da Lava Jato diz desconhecer o documento. “A Força Tarefa Lava Jato não tem conhecimento sobre este documento e seu teor. Contudo, no site da operação (www.lavajato.mpf.mp.br) podem ser encontradas todas as informações sobre as investigações, a deflagração das fases e oferecimento de denúncias desde o início dos trabalhos, no ano de 2014. A evolução das investigações levou ao desvelamento do esquema de corrupção primeiramente frente aos núcleos de operadores financeiros (doleiros) e, posteriormente, avançando até chegar aos núcleos de agentes públicos (ex-diretores), núcleos de empresários e, por fim, de agentes políticos. O site é atualizado conforme o avanço das investigações”, explicou o órgão.

A assessoria de imprensa da empreiteira Norberto Odebrecht não se pronunciou sobre o documento. Já os procuradores da Operação Lava Jato foram procurados para comentar o assunto, mas ainda não deram retorno aos contatos. A reportagem do Congresso em Foco registrará o posicionamento das partes envolvidas no assunto tão logo ele seja encaminhado.

Fonte: Congresso em Foco

Curta nossa página no Facebook