Bill Gates: “Brasil é a prova de que a pobreza pode ser erradicada”

Na sexta-feira, dia 28 de outubro, Bill Gates completa 61 anos. É o homem mais rico do mundo, com uma fortuna avaliada em mais de 80 bilhões de dólares, graças a sua visionária aposta no software para computadores pessoais na Microsoft. E, graças a essa fortuna, é o filantropo mais conhecido do mundo. A Fundação Bill & Melinda Gates, que dirige com sua mulher, destina 5 bilhões de dólares (16 billones de reais) por ano à luta contra doenças como a malária, a pólio ou a Aids, além de estimular a agricultura em países pobres e outras iniciativas para o desenvolvimento. Enquanto toma uma jarra de Coca-Cola light na primeira hora da manhã, responde esta entrevista de Londres, onde esteve esta semana em atividades de sua fundação sobre os grandes desafios do futuro para a saúde mundial.

P. Por que você está organizando esse evento do Grand Challenges na Europa? Queria divulgar mais a fundação aqui?

R. O objetivo de nossa fundação não é torná-la mais conhecida, mas atrair os melhores cientistas para a pesquisa médica global e destacar as incríveis inovações que estão ocorrendo. A ideia é mostrar quais são os desafios da saúde mundial. É a primeira vez que fazemos o evento na Europa, mas fazemos muita pesquisa em toda a Europa, quase tanto quanto nos Estados Unidos.

P. Como desafios como a crise migratória e o crescente temor ao terrorismo podem interferir na ajuda ao desenvolvimento?

R. Para a fundação, desde que foi criada em 2000, a saúde mundial é a grande prioridade, porque também tem impacto na educação e na alimentação no sentido de tornar nossa sociedade autossuficiente, que é nosso objetivo. Trabalhamos muito para erradicar ou reduzir as doenças infecciosas. E crescemos muito. Em 2006 duplicamos nosso tamanho com a doação de Warren Buffet, e tivemos um bom retorno do investimento. Agora somos cerca de cinco vezes maiores. Começamos doando 1 bilhão por ano e agora doamos cerca de 5 bilhões. A crise dos refugiados nos lembra de que quando problemas tão difíceis nesses lugares nos afetam a todos. Mesmo assim, doenças infecciosas em lugares distantes como o zika e o ebola se espalham e são um risco para todo mundo com o aquecimento global e o aumento das viagens. É triste dizer, mas a crise dos refugiados sírios faz com que a gente se dê conta das difíceis condições existentes nos países pobres. O zika e o ebola, que são ruins, nos fazem perceber que ainda existem doenças infecciosas como a malária, a aids e a tuberculose. A boa notícia é que a ciência está fazendo progressos incríveis.

P. Seu objetivo é erradicar a pobreza extrema até 2030. Como se pode fazer isso?

R. É um dos objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU. Participamos de muitos aspectos disso, porque a saúde, alimentação incluída, é muito importante, e o trabalho que fazemos na agricultura, que consiste em duplicar a produtividade de países pobres, na África, é fundamental. Para que uma economia melhore, é preciso levar em conta muitos elementos, como a governança e a infraestrutura, mas diria que a saúde, a educação e a agricultura são básicos. A pobreza caiu enormemente no mundo e superou um dos objetivos do milênio, que era reduzi-la à metade. Países como Índia, Brasil e México já não são pobres, mas têm uma renda intermediária. É uma mudança enorme. Em 1960 não havia países intermediários. Cerca de 15% dos países do mundo eram desenvolvidos: basicamente EUA e Europa, e o Japão começava a ser. Os demais 85% eram pobres. Agora a maior parte da população mundial vive em países de renda intermediária. Os países pobres, que representam cerca de 25% da população mundial, estão na África e em algumas partes da Ásia. O objetivo é baixar para menos de 3%. Sempre haverá dificuldades em alguns lugares, alguma catástrofe, alguma fome... Não é uma erradicação absoluta. Mas é um objetivo muito ambicioso. É preciso reconhecer que nos países em pior situação, como a República Democrática do Congo ou a República Centroafricana, as possibilidades de eliminar a pobreza extrema até 2030 não são muito altas. Portanto, o fim da pobreza extrema até 2030 não é um objetivo simplesmente numérico, é uma aspiração. Poderemos erradicar a maior parte da pobreza extrema. Os níveis de pobreza em termos de comida, nutrição ou oportunidades educacionais estão caindo drasticamente, e muita gente não tem consciência disso porque vê, por exemplo, que a situação é ruim no Sudão. Mas de fato, até na África, que é de longe a região mais problemática, melhorou espetacularmente. Apesar de haver problemas graves em países como Sudão, Iêmen, Somália e Síria que não podem ser subestimados de forma alguma.

P. Você tem medo de que o auge do populismo ou do nacionalismo nos países ocidentais possa ser uma ameaça para o desenvolvimento internacional e a ajuda, e para essa tendência positiva que você descreveu?

R. Sim, totalmente, é uma ameaça. É necessário um compromisso para que os países ricos demonstrem generosidade em ajudar esses países pobres, para que a humanidade trabalhe junto para resolver problemas. Não faz parte das prioridades dos eleitores, mas se há certa desconfiança em alguns países, EUA incluídos, é porque houve mudanças sociais. Com a imigração e a globalização, há trabalhadores que acreditam que sua situação melhoraria com menos livre comércio. Há aspectos distintos, e todos precisam optar entre recuar e abraçar o mundo. Não é majoritário, mas há um sentimento perigoso de pessoas que recuam. Acredita-se que a democracia atenda a essas preocupações para averiguar em que medida são legítimas e educa as pessoas quanto a quais são boas políticas. Por exemplo, o Reino Unido aumentou o orçamento para a ajuda de forma importante, até 0,7% do PIB. É algo incrível, de que se orgulhar. Apesar de poucos países como Suécia e Noruega conseguirem, os Governos europeus aspiram a chegar a esse nível. Há um consenso de que queremos solidariedade, de que queremos ajudar. As pessoas veem de vez em quando que esse dinheiro não é bem gasto, e essas histórias são mais fáceis de contar do que a história geral de quantas crianças recebem novas vacinas. A mortalidade infantil de crianças menores de 5 anos nos países pobres é de 5%, o que é uma tragédia, mas era de 10% na década de 1990, então é quase um milagre. E nosso objetivo é reduzi-la para 2,5% em 2030. Uma das razões principais por que a mortalidade infantil caiu tanto é que foi criada a GAVI (Aliança Global pelas Vacinas) em 2000. Mas EUA e os Governos europeus são doadores muito mais importantes do que nós no que se refere a ajuda. É preciso manter a sensação de que isso está funcionando, de que é uma prioridade. Esse recuo é uma preocupação quanto ao financiamento da ajuda, da pesquisa, da distribuição...

P. Nas eleições presidenciais dos EUA, que candidato representa melhor seus objetivos em relação ao tema?

R. Bem, não há dúvida de que os candidatos que aceitam mais que os EUA desempenhem um papel importante na hora de ajudar outros países se enquadrem na luta que eu e minha mulher desenvolvemos. Não dizemos em quem vamos votar concretamente porque nos identificamos muito com a fundação e a fundação é politicamente imparcial e foi capaz de trabalhar muito bem com todos os Governos, com o de Clinton no início; com o de Bush, que foi muito generoso em relação à Aids e à malária, e agora com o de Obama. Qualquer que seja o presidente, faremos o possível para trabalhar com ele. Historicamente, os dois partidos, republicano e democrata, foram bons nesses assuntos e foi fácil trabalhar com eles. Esperamos não descobrir que um dos partidos se mostra mais fechado no futuro.

P. A campanha de Hillary Clinton cogitou seu nome e o de sua esposa como potenciais candidatos à vice-presidência.

R. Nem minha esposa nem eu vamos nos tornar políticos. Adoramos o trabalho em tempo integral que fazemos na fundação. Trabalhamos muito estreitamente com todos os tipos de Governos, mas acreditamos que o maior impacto que podemos ter é trabalhando na fundação.

P. Vocês colocam ênfase na capacitação de mulheres e meninas como impulsoras do progresso. O que representaria, neste caso, ter uma mulher como presidenta dos EUA?

R. Bem, é sempre bonito que as pessoas vejam que as mulheres podem fazer qualquer trabalho e ser um exemplo neste trabalho. A eleição de uma mulher presidente seria um marco. Mas isso não resolve o problema de que, entre os pobres, os que mais sofrem são mulheres. Um grupo com o qual trabalhamos que se chama One tem um lema: a pobreza é sexista. Há um longo caminho pela frente para assegurar que as mulheres tenham um tratamento igualitário. Melinda está muito envolvida com essas coisas. Quando os países se tornam mais ricos, há uma tendência que essas desigualdades diminuam. Em nosso trabalho, é importante ver se o gênero é importante na estratégia. Por exemplo, quando se ensina às mulheres como criar galinhas, há um grande benefício não apenas econômico, mas também nutricional para sua família, ainda que seja com um ovo por semana. Por isso, se Hillary for eleita, podemos ir falar com ela sobre a importância das galinhas na África.

P. Você tem se queixado, às vezes, de que não paga impostos suficientes, mas muitas empresas multinacionais, como Apple, Google ou Microsoft, usam a engenharia fiscal para pagar menos impostos. É contraproducente em sua luta contra a pobreza?

R. Eu sempre disse que os impostos nos EUA poderiam ser mais progressivos. A boa notícia é que há margem para arrecadar mais sem criar grandes desincentivos. Em qualquer caso, tenho pagado muitos impostos, mais do que ninguém nos EUA. Paguei mais de 10 bilhões de dólares [31,3 bilhões de reais] em impostos. Em relação ao imposto sobre empresas, se os países pretendem arrecadar mais impostos dessas companhias, deveriam olhar para suas leis, como são estruturadas. No G-20 e outros organismos, a tributação das empresas está sendo analisada. As estruturas atuais fornecem os resultados atuais. É possível que algumas empresas busquem brechas e cheguem longe demais, não sei. Mas sobre o que se fala, sobretudo, é como isso está estruturado; essas empresas acabam pagando impostos principalmente em lugares de baixa tributação.

P. De que conquistas se sente mais orgulhoso?

R. Bem, tenho orgulho do meu trabalho na Microsoft, da minha fundação, da minha família. Na fundação, nossa conquista mais incrível tem sido na vacinação: que essas vacinas que eram distribuídas nos países desenvolvidos, onde as crianças tinham muito pouco risco de morrer de diarreia ou pneumonia, sejam fornecidas a todas as crianças do mundo. É uma grande conquista. Conseguimos isso trabalhando com fabricantes, baixando os preços, arrecadando dinheiro através da GAVI e trabalhando com os países para conseguir uma melhor cobertura para as crianças. Esse trabalho com as vacinas salvou mais de oito milhões de vidas. Também diria que, em segundo lugar, provavelmente, o trabalho com o Fundo Global. Temos muitas coisas, tais como a erradicação da poliomielite, que ainda não foi alcançada, mas acredito que não estamos longe de alcançá-la. E nosso plano para, eventualmente, erradicar a malária.

P. Qual seria o problema de saúde mundial ainda a ser resolvido?

R. No caso do HIV, ainda não temos uma vacina. Como o número de jovens na África está aumentando muito, a taxa de contágio vai subir. O HIV é um problema enorme. Havia esperança de se obter uma vacina em 10 anos, e hoje esse continua sendo o prazo. Mas acho que agora há muitas chances de conseguir isso. Há quatro ou cinco enfoques diferentes para se conseguir uma vacina. É uma tragédia não tê-la, porque há cerca de dois milhões de novos contágios a cada ano. Em nutrição, embora tenhamos feito alguns avanços, não são suficientes. É fundamental, porque é fantástico que as crianças sobrevivam, mas você quer que sobrevivam com todo seu potencial intacto. Na África, mais de 40% das crianças não têm o cérebro totalmente desenvolvido por causa de doenças e deficiências nutricionais.

P. Mark Zuckerberg disse que vai destinar três bilhões de dólares (9,4 bilhões de reais) para erradicar as doenças e a pobreza. Não é utópico?

R. Sem dúvida. Todos esses objetivos absolutos são. Mas Zuckerberg se deu um prazo até ao final do século. Vocês estarão muito velhos quando escreverem um artigo para verificar se o objetivo foi atingido ou não. Esperemos que, como as doenças terão sido erradicadas, terão uma saúde muito boa e poderão agradecer-lhe. De verdade, o que fez foi fantástico, e, quando fez o anúncio, eu estava lá elogiando-o. De certa forma, têm uma cobertura maior do que a nossa, porque trabalham com todas as doenças e, de certa maneira, abrangem menos, porque só financiam parte da pesquisa, enquanto nós gastamos até mais dinheiro na parte da distribuição, graças ao Fundo Global e à GAVI, do que na pesquisa. Agora somos grandes e gastamos mais em pesquisa do que o dinheiro que eles alocam, mas o que têm feito representa um compromisso enorme e é fantástico. Quando eu tinha a idade de Mark, não fazia filantropia. Ele começou muito jovem.

P. E sobre o câncer? A Microsoft comenta que o problema do câncer pode ser resolvido em 10 anos. É possível?

R. O câncer não é uma doença na qual a Fundação Gates esteja concentrada. A Microsoft trabalha para armazenar e analisar informações sequenciadas. Não são pesquisadores sobre o câncer, mas suas ferramentas digitais são muito úteis e desempenham um papel pequeno, mas fundamental. Venceremos o câncer em 10 anos? Provavelmente não, mas, a médio prazo, provavelmente sim. Os avanços sobre o câncer são incríveis. Em muitas dessas coisas, temos a tendência de superestimar o que podemos fazer no curto prazo e subestimar o que podemos fazer a médio prazo. A ciência médica está em uma idade de ouro. Os avanços são incríveis.

P. E seu hábito de comer hambúrgueres. Não é uma ameaça para sua saúde?

R. Quando viajo, acabo comendo hambúrgueres com queijos locais. Quando estou em casa com a família, podemos comer hambúrgueres 5% das vezes. Não é uma obsessão. É uma maneira rápida e fácil de comer quando estou viajando. Grande parte da dieta consiste na quantidade que você come e como você se exercita. Gosto de jogar tênis e outras coisas desse tipo.

Fonte: El País

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ABBA anuncia retorno aos palcos após 35 anos


O quarteto sueco ABBA voltará em 2018 aos palcos de forma virtual e ao vivo, 35 anos após sua separação, segundo anunciou o próprio grupo.

"Trata-se de uma experiência que utilizará os últimos recursos em tecnologia digital e de realidade virtual, e será voltada sobretudo à nova geração de admiradores da banda, que não puderam vê-la ao vivo na época", informou o grupo através de sua página no Facebook.


Os membros da banda Agnetha Faltskog, Bjorn Ulvaeus, Benny Andersson e Anni-Frid Lyngstad se reunião com Simon Fuller, criador do "American Idol" e a Universal Music Group para a colaboração.



"Nós nos inspiramos nas possibilidades infinitas do futuro e estamos encantados de fazer parte da criação de algo novo e dramático, uma máquina do tempo que captura a essência do que fomos e somos", disse no comunicado Benny Andersson.

"Estamos explorando um novo mundo tecnológico, com Realidade Virtual e Inteligência Artificial na vanguarda, o que nos permitirá criar novas formas de entretenimento e conteúdo que nunca imaginamos antes", completou Fuller.

O ABBA, conhecido por uma série de hits dos anos 1970 e começo de 1980, como "Waterloo", "Dancing Queen" e "Take A Chance On Me", se separou em 1982.



"Nossos fãs ao redor do mundo estão sempre pedindo para que façamos uma reunião e eu espero que essa nova criação do ABBA os anime tanto quanto me animou", finalizou Anni-Frid.

Fonte: UOL

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Um dia após aprovar PEC que congela gastos por 20 anos, Câmara aprova aumento de até 47% para cinco categorias de servidores

Em menos de 12 horas, duas votações importantes na Câmara dos Deputados chamaram a atenção em Brasília. A primeira foi aquela em que o governo conseguiu aprovar um limite para os gastos públicos. E a segunda vai em direção oposta: um aumento de até 47% para cinco carreiras de servidores públicos.

A proposta não precisa passar pelo plenário da Câmara e, se não houver recurso, seguirá direto para análise do Senado. O aumento será pago em três parcelas até 2019.

Os reajustes anunciados são para Policiais Federais, Policiais Rodoviários Federais, Peritos Agrários, Servidores do Dnit e servidores de áreas sociais do governo. São reajsutes diferenciados, que vão até 47%. O impacto, segundo o governo, é de mais de R$ 2 bilhões em 2017, R$ 548 milhões em 2018 e R$ 574 milhões em 2019.

O projeto foi aprovado em uma comissão especial, poucas horas depois de o plenário aprovar a PEC que limita o crescimento dos gastos públicos a partir do ano que vem -  quando as despesas serão corrigidas pela inflação do ano anterior. Mas para os deputados da comissão não é um aumento, e sim uma recomposição salarial de categorias que estão sem aumento há pelo menos quatro anos.

Nos próximos dias, a Câmara deve votar outro reajuste: o dos funcionários da Receita Federal. O presidente da casa, Rodrigo Maia, tentou justificar a decisão nesse momento de crise."Não haverá aumento de despesa em relação ao previsto. Dentro do déficit apresentado pelo governo, já existe essa previsão. É claro que o ideal é que nós pudéssemos não tratar de aumento nesse momento. Mas o melhor é que com a PEC do teto, todos os gastos estarão limitados à inflação", disse Maia.

O economista Gil Castelo Branco, da ONG Contas Abertas, criticou a decisão da Câmara. "O aumento é inoportuno e incoerente. No dia seguinte à aprovação da PEC, você dar um aumento que já compromete orçamentos futuros, é absolutamente insustentável. Eu acho que se nós continuarmos assim e afetarmos dez milhões de servidores públicos federais, estaduais e municipais que consomem 14% do PIB, não há PEC que vá resistir", declarou.

Fonte: G1

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Paróquia da Igreja Católica no Ceará é condenada por danos morais após padre expulsar criança

Processo que envolve a Igreja Católica e uma criança tem decisão inédita pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). A 3ª Câmara de Direito Privado do órgão condenou a Paróquia de Pereiro, distante 334 Km de Fortaleza,  a pagar R$ 10,8 mil de indenização danos morais para menino que foi xingado e expulso da congregação durante celebração da primeira comunhão.

O caso, julgado na quarta-feira (26), teve relatoria da desembargadora Maria Vilauba Fausto Lopes. Para a magistrada, “restou plenamente comprovado que o abuso de autoridade do pároco causou, além de dor, constrangimento e amargura, graves sequelas psicológicas na criança, impedindo, inclusive, a sua primeira eucaristia”.

De acordo com os autos, em 10 de setembro de 2010, o menino, acompanhado da mãe, se encontrava na Igreja para a realização de sua primeira comunhão. A criança narrou que, pelo fato de estar conversando com seus colegas, foi advertido pelo padre para ficar em silêncio. Por não ter obedecido, foi xingado e puxado pela orelha, pelo sacerdote, que o colocou para fora da igreja, ocasião em que bateu a cabeça contra a porta.

Afirmou que, logo após ter sido expulso, o pároco o chamou de “macaco mutante”, debochando de seu sorriso, em frente a todos os presentes. Também sustentou ter sofrido abalos psicológicos, e que por isso não quis mais ir à escola ou a quaisquer lugares públicos. Por essa razão, representado pela sua mãe, ingressou com ação requerendo indenização por danos morais.

Na contestação, a paróquia alegou que o padre é homem de bem e que de maneira sutil e em tom de brincadeira, no intuito de educar a criança, a conduziu para fora da igreja, no intuito de servir de reprimenda para que aprendesse a respeitar os cultos religiosos. Afirmou que o sacerdote não teria praticado nenhum ato discriminatório contra a vítima, pois é de sua índole proteger os injustiçados, sobretudo em se tratando de menores, motivo suficiente à improcedência do pedido.

Ao julgar a ação, em julho de 2014, o Juízo da Vara Única da Comarca de Pereiro condenou a Paróquia da Igreja Católica de Pereiro ao pagamento de R$ 10,8 mil a título de danos morais.

Solicitando a modificação da decisão,  a paróquia ingressou com apelação no TJCE, requerendo a minoração do valor da indenização.

Ao julgar o caso, a 3ª Câmara de Direito Privado manteve, por unanimidade, a sentença de 1º Grau. A relatora explicou que a “indenização por danos morais fixada é uma forma de compensar a violência física e emocional causada ao menor pelo padre, e que não vulnera a capacidade econômica da paróquia, a quem o agente é subordinado em razão de sua atividade sacerdotal, sendo, portanto, responsável por seu adimplemento”.

Fonte: Diário do Nordeste

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ONU aceita petição de Lula contra Sérgio Moro

Advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgaram nesta quarta-feira (26) uma nota afirmando que o Acnudh (Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos) aceitou, preliminarmente, uma petição que afirma que o petista teve seus direitos humanos violados pelo juiz federal Sergio Moro, responsável por processos da Operação Lava Jato na primeira instância.
Ainda segundo a nota, o governo brasileiro foi intimado a apresentar "informações ou observações relevantes" sobre o caso em até dois meses.

Entre as violações apontadas pela petição movida pela defesa de Lula estão a condução coercitiva à qual ele foi submetido em março deste ano, a divulgação de gravações de conversas telefônicas nas quais Lula, seus familiares e funcionários do Instituto Lula apareciam e a suposta antecipação de "juízo de valor" por parte de Moro em relação a Lula antes de um julgamento propriamente dito.

A petição foi protocolada pela defesa de Lula em julho deste ano.

"Avançamos mais um passo na proteção das garantias fundamentais do ex-presidente com o registro de nosso comunicado pela ONU. A data é emblemática porque justamente hoje nos encontramos em Boston, para discutir o fenômeno do 'lawfare' com especialistas da Universidade de Harvard. É especialmente importante saber que, a partir de agora, a ONU estará acompanhando formalmente as grosseiras violações que estão sendo praticadas diariamente contra Lula no Brasil', diz a nota assinada por Cristiano Zanin Martins, um dos advogados do petista.

O Instituto Lula, ONG chefiada pelo ex-presidente, também divulgou uma carta da ONU sobre o caso. A carta divulgada pelo instituto afirma que a petição  movida pela defesa do ex-presidente foi "registrada". O documento também informa que uma cópia da petição foi enviada ao governo brasileiro com o "pedido de que qualquer informação ou observação a respeito do tema da admissibilidade da comunicação" deve ser encaminhada às Nações Unidas em até dois meses. 

Para Zanin, Lula está sendo vítima de uma espécie de "lawfare", ou "arma de guerra", em que é eleito um inimigo e a lei passa a ser usada ou manipulada contra aquele definido como tal. De acordo com o advogado, a estratégia prevê, entre outras práticas, a "manipulação do sistema legal", a "promoção da desilusão popular" e a "acusação das ações dos inimigos como imorais e ilegais"-- técnicas que, segundo Zanin, estariam sendo empregadas contra Lula e a família.

O recurso de Lula à ONU é mais um na batalha entre a defesa do ex-presidente e o juiz da 13ª Vara de Curitiba. O último dia 10, a defesa de Lula pediu o afastamento do juiz federal e dos procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato dos processos que tramitam contra o petista "por considerar que eles feriram os princípios da moralidade e impessoalidade para se referir a Lula e familiares."

Por telefone, a assessoria de imprensa de Sergio Moro disse que ele nunca se manifestou antes sobre essa petição de Lula e que não há previsão que ele se manifeste. A reportagem do UOL também entrou em contato com o Minitério das Relações Exteriores e com os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, que ainda não retornaram os contatos da reportagem.

Por telefone, o Centro de Informações da ONU no Brasil informou que ainda não há confirmação oficial sobre qualquer alteração no status da petição movida pela defesa de Lula. 

De acordo com um professor de direito internacional especializado em direitos humanos ouvido pelo UOL em anonimato, a carta enviado pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU indica que o órgão levará a petição movida pela defesa de Lula "a sério", mas que não parece apontar nenhum julgamento preliminar de admissibilidade. "Não me parece que já tenha havido qualquer consideração sobre a admissibilidade da petição. Parece mais que eles estão apenas informando que receberam a petição e que ela agora tem um número de protocolo", afirmou. 

Como deve ser o trâmite do processo
Na prática, o recebimento da petição significa que a ONU aceita considerar a queixa de Lula e dará prosseguimento à análise do caso, mas ainda não se posicionou sobre o conteúdo do pedido. O Acnudh poderia ter rejeitado o registro já no primeiro juízo.

A decisão sobre abertura de processo deve ficar para uma avaliação de peritos, no segundo semestre de 2017. A missão do Brasil perante as Nações Unidas já foi informada e, agora, caberá ao governo em Brasília preparar uma resposta.

A entidade que vai julgar o caso está com um atraso na avaliação de cerca de 550 outros casos, enquanto peritos da ONU admitem que o exame de conteúdo do ex-presidente pode ficar para o final de 2017. A entidade poderia ter dado um tratamento urgente à queixa, mas isso não foi autorizado.

Yuval Shany, presidente do comitê que avalia as petições individuais, informou que os funcionários da ONU apenas conseguiram preparar 25 casos nesta semana. "Lula não está entre eles", disse ao "Estadão".

Os casos de Lula na Justiça
No último dia 13, o juiz da 10º Vara Federal de Brasília Vallisney Souza Oliveira aceitou denúncia contra o ex-presidente por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e organização criminosa.

Foi a terceira vez que o ex-presidente tornou-se réu em processos relacionados à Operação Lava Jato. A investigação em curso foi deflagrada pela Operação Janus, que é um desdobramento da Lava Jato.

Lula é réu em duas ações na Justiça Federal e ainda pode ser incluído em uma terceira ação que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal).

Na primeira ação em que se tornou réu, em julho, Lula será julgado pela Justiça Federal do Distrito Federal das acusações de que teria tentado obstruir investigações da Operação Lava Jato para evitar a colaboração premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

A segunda ação em que Lula virou réu, em setembro, diz respeito a supostas vantagens indevidas recebidas na construção e reforma do apartamento tríplex de Guarujá (SP) e no pagamento do armazenamento do seu acervo pessoal, ambas custeadas pela construtora OAS numa soma de R$ 3,8 milhões. Conforme a denúncia, Lula seria o dono real do imóvel, o que ele nega. Lula será julgado pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos em primeira instância da Lava Jato.

Além dessas duas ações e do indiciamento no caso de contratos em Angola, em maio, a PGR (Procuradoria-Geral da República) havia pedido a inclusão do ex-presidente no principal inquérito da Lava Jato, conhecido como inquérito-mãe, que apura denúncias de desvio de dinheiro na Petrobras e está tramitando no STF (Supremo Tribunal Federal). 

Fonte: UOL (Com informações do Estadão Conteúdo)

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O que mudaria em sua vida se, por 1 mês, você tomasse só agua?

O The Independent fez, recentemente, uma relação de mudanças que uma pessoa sofre ao ingerir apenas água e dispensar outros tipos de bebidas. Quem topou cortar todas as outras bebidas da sua dieta por um mês inteirinho foi Chris Bailey, que acabou fazendo algumas descobertas incríveis. Veja o que ele aprendeu com essa experiência:

1 – Beber apenas água faz com que você consuma menos calorias
Você nem percebe, mas aquele chá docinho, o café com leite e, com toda certeza, o refrigerante que se consome ao longo do dia são bebidas repletas de calorias. A água, por outro lado, é livre delas e, para melhorar, deixa seu corpo muito mais hidratado e saudável.

2 – Beber água faz com que seu apetite não seja tão grande
Às vezes nosso corpo confunde sede com fome, já que ignoramos facilmente a necessidade que ele tem de ficar hidratado e nem sempre consumimos o ideal de água. Bebericar água várias vezes ao dia faz com que você coma menos, no final das contas.

3 – O cérebro trabalha melhor
Aqui a coisa é bem lógica mesmo: se o cérebro é formado de até 85% de água, manter uma boa hidratação é fundamental para que seu órgão pensante trabalhe com eficiência. Tomar água melhora a concentração e aumenta os níveis de energia. Não custa tentar.

4 – É mais barato
Em tempos de crise, vale colocar tudo na ponta do lápis. Se você consome menos café, chás, sucos e refrigerantes, acaba, por consequência, gastando menos também. O bolso agradece.

5 – A pele fica mais saudável
Se você tem espinhas e sofre para se livrar delas, uma boa dica é beber bastante água, já que essa é uma maneira eficiente de manter sua pele hidratada, sedosa, limpa e sem resíduos.

6 – Até o intestino funciona melhor!
A água faz milagres em seu corpo, e se você combina a ingestão desse líquido sagrado com alimentos ricos em fibra, seu funcionamento intestinal vai ser mais eficiente, o que é ótimo para quem tem prisão de ventre. Beber muita água vai aumentar a quantidade de xixi que você produz também, mas isso não é problema, até mesmo porque seu xixi precisa ser o mais claro possível.

7 – Seu metabolismo fica tinindo
Essa dica vale ouro: beber água logo ao acordar faz com que o metabolismo funcione melhor ao longo do dia – em termos numéricos, ingerir meio litro de água cedinho aumenta em 30% o funcionamento metabólico tanto em homens quanto em mulheres.

8 – Seu coração agradece
Quando estamos desidratados, o sangue fica mais consistente e, por isso, o coração sofre mais para trabalhar, o que não é uma boa coisa. Beber mais de cinco copos de água por dia diminui em até 41% as suas chances de ter um ataque cardíaco em comparação a quem consome apenas dois copos por dia.

9 – Beber água melhora o seu desempenho na academia
Evite ao máximo praticar atividades físicas sem que seu corpo esteja hidratado o suficiente, por favor. Beber água melhora, e muito, seu desempenho na hora de malhar.

Fonte: Mega Curioso

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Saiba o que é psoríase e conheça tratamentos para a doença

A data 29 de outubro é considerada como o Dia Mundial da Psoríase. Embora muita gente não saiba o que é psoríase, essa é uma doença autoimune que atinge 2% da população mundial. Ela causa lesões na pele, como descamações e vermelhidão e tem como principal causa uma pré-disposição genética.

O que é Psoríase?
Segundo a dermatologista Dra. Claudia Marçal, da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, a psoríase é uma inflamação, onde os anticorpos agridem os queratinócitos, que são as células produtoras de queratina. “Com isso, há uma lesão inflamatória, pela dilatação dos vasos sanguíneos, levando a uma mancha vermelha. Pode ainda causar sangramentos”, explica.

Por ser uma doença autoimune, a sua causa, na maioria das vezes, é hereditária. Ela está ligada a um histórico familiar, não só de casos da psoríase em si, como de outras também autoimunes, como artrite reumatoide, tireoidite de Hashimoto e vitiligo. A especialista alerta que, no entanto, alguns gatilhos podem acionar um quadro agudo da doença, como fatores ambientais e principalmente o estresse.

Como tratar a psoríase
Embora não tenha cura, há tratamentos que possibilitam um controle da doença.

Para isso, existem graus de avaliação na diretriz da psoríase — chamado de PASI (Psoriasis Area and Severity Index). “Uma análise mais aprofundada vai determinar o tratamento do paciente, que pode ser só local com hidratação, uso de corticoides ou de substâncias à base de Vitamina D; os biológicos injetáveis; e as medicações via oral”, explica. Cabe ao dermatologista avaliar todo o quadro do paciente, e assim como seu histórico familiar e pessoal, para determinar qual linha será usada para o controle.

Nos casos leves mais leves, ações como hidratar a pele, aplicar medicamentos apenas na região das lesões e exposição diária ao sol são suficientes para melhorar o quadro clínico e promover o desaparecimento dos sintomas. Já nos casos moderados, quando apenas as medidas acima não melhoram os sintomas, pode ser indicado tratamento com exposição à luz ultravioleta A, PUVAterapia.

Esta modalidade terapêutica utiliza combinação de medicamentos que aumentam a sensibilidade da pele à luz, geralmente em uma câmara emissora da luz. “A fototerapia pode ser a PUVAterapia associada ou não a drogas, a medicação via oral, ou UV Narrowband que é a de banda estreita que hoje é o mais aceito, sendo inclusive utilizado justamente em crianças e em gestantes”, diz a especialista.

Já em casos graves, a dermatologista comenta que é necessário iniciar tratamentos com medicação via oral ou injetáveis.

Importância de uma boa alimentação e exposição ao sol
Uma dieta adequada ajuda a amenizar as inflamações causadas pela doença. Quem sofre com psoríase deve investir em:
  • Alimentos ricos em ômega 3, como peixes de água fria, como atum, salmão, sardinha e bacalhau. Além de azeite, sementes e nozes, que também são recomendados por serem fontes dessa substância.
  • Frutas de cores diferentes, verduras e legumes. O morango é boa opção, por rico em ácido fólico, substância que ajuda a controlar a inflamação.
A exposição ao sol também é recomendada, já que ele ajuda a manter a pele mais saudável.

Fonte: Doutíssima

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Entenda o que muda na nova vacina da gripe 2017

A Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária divulgou a nova composição da vacina da gripe para o próximo ano. A modificação acontece pela primeira vez desde 2010, por causa de uma mutação do vírus, fazendo com que a composição ganhe uma nova cepa do vírus Influenza A/H1N1.

As mudanças na vacina são determinadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que analisa amostras de pacientes coletadas no hemisfério norte e no hemisfério sul. Assim, é determinada a composição da vacina para cada ano e a informação é repassada para os laboratórios dos países. A Anvisa divulgou no Diário Oficial da União as composições das vacinas:

Vacinas Influenza trivalentes
Três tipos de cepas de vírus em combinação, dentro das seguintes especificações:
  • Vírus similar ao vírus influenza A/Michigan/45/2015 (H1N1)pdm09
  • Vírus similar ao vírus influenza A/Hong Kong/4801/2014 (H3N2)
  • Vírus similar ao vírus influenza B/Brisbane/60/2008
  • Vacinas Influenza quadrivalentes
As vacinas quadrivalentes contendo dois tipos de cepas do vírus influenza B deverão conter:
  • Vírus similar ao vírus influenza B/Phuket/3073/2013
  • Vírus similar ao vírus influenza A/Michigan/45/2015 (H1N1)pdm09
  • Vírus similar ao vírus influenza A/Hong Kong/4801/2014 (H3N2)
  • Vírus similar ao vírus influenza B/Brisbane/60/2008
O Ministério da Saúde alerta que os grupos mais vulneráveis devem se vacinar todos os anos. Pessoas com 60 anos ou mais, gestantes, mulheres com até 45 dias pós-parto, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, doentes crônicos, trabalhadores da saúde e populações indígenas devem ir até um posto de vacinação para se protegerem contra a gripe.

Também é importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe, especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações, devem procurar, imediatamente, o serviço médico.

Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.

Fonte: Minha Vida

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1.022 escolas e 84 universidades estão ocupadas em 19 Estados e no DF

Pelo menos 1.108 instituições de ensino estão ocupadas pelos estudantes, em 19 Estados e no Distrito Federal, de acordo com levantamento da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). Além de 1.022 escolas e institutos federais, há 82 universidades ocupadas e quatro Núcleos Regionais de Educação.

Os estudantes protestam contra a Medida Provisória 746, que estabelece mudanças no ensino médio, e contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, do governo federal, que limita por 20 anos os gastos públicos – incluindo a área de Educação.

O Paraná concentra a maior parte das escolas ocupadas: 851. Ainda há pelo menos 66 instituições ocupadas em Minas, 13 no Rio Grande do Sul e 10 no Rio Grande do Norte, assim como em Goiás. No Distrito Federal são oito as instituições invadidas e no Rio, são sete os casos. São Paulo vem logo em seguida, com cinco escolas.

Além de várias universidades estaduais, a lista inclui diferentes câmpus das universidades federais de Minas, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Tocantins, Alagoas, Maranhão e Bahia. O Ministério da Educação (MEC) respondeu por meio de nota às críticas dos estudantes às propostas do governo, dizendo que o teto de gastos proposto PEC 241 é “global e reforça o compromisso do governo com o equilíbrio das contas públicas”. De acordo com o MEC, sem a proposta o governo “quebra e inviabiliza todas as áreas, incluindo a Educação.”

A proposta de mudanças no ensino médio foi qualificada pelo ministério como “urgente”. “As propostas da MP são fruto de um amplo debate acumulado no País nas últimas décadas. Entre as principais mudanças está a possibilidade de o aluno escolher a área em que vai querer atuar profissionalmente, como acontece nos principais países do mundo. As medidas estão sendo preparadas com base em avaliações técnicas rigorosas e alinhadas com aquilo que defendem os maiores especialistas em Educação do País”, informou o MEC em seu comunicado.

Para a presidente da Ubes, Camila Lanes, o crescente número das ações nas escolas é resultado de um movimento espontâneo dos estudantes. “Os alunos decidem em assembleia por ocupar ou não ocupar as escolas. Nas instituições ocupadas, diariamente os estudantes elegem suas comissões e decidem se a ocupação continuará”, disse Camila, que está no Paraná, onde há a maior concentração de unidades ocupadas.

Segundo ela, o engajamento no movimento contra as medidas do governo não se limita às ocupações. “Muitas das escolas que optaram por não fazer ocupações estão realizando debates e realizando assembleias”, afirmou. Ela atribui a concentração dos registros no Paraná a uma demanda reprimida por melhoras no ensino público do Estado. “Já havia várias escolas se mobilizando para fazer atos nas ruas. Mas em manifestações anteriores o governo do Paraná optou pela truculência policial. Quando o governo colocou a MP na mesa, eles decidiram pelas ocupações”, disse.

Universidades
A presidente da Associação dos Reitores das Universidades Federais (Andifes), Ângela Paiva, afirma que a entidade vê as ações do estudantes com preocupação, por causa da interrupção de aulas, mas concorda com a motivação dos alunos. Segundo ela, a posição oficial da entidade foi definida na semana passada, após uma reunião com todos os sindicatos da área. “A Andifes defende a universidade gratuita e de qualidade e essa PEC compromete esse projeto e o futuro da Educação. As ocupações são feitas por estudantes e não por gestores – e eles têm seus movimentos próprios. Uma forma que eles encontraram para se posicionar foram essas ocupações – o que também é preocupante, porque escolas paradas também causam prejuízos. Mas concordamos com a posição deles contra a PEC”, afirmou.

A reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais, cujo câmpus principal de Belo Horizonte está ocupado há uma semana, publicou nesta segunda-feira, 24, uma nota à comunidade acadêmica na qual “reconhece o direito de manifestação dos estudantes e a legitimidade do movimento contrário à PEC 241”, discordando, entretanto, de “atitudes que venham a cercear as liberdades individuais e o acesso aos espaços da Universidade”.

A nota foi divulgada, segundo a reitoria, após grupos de estudantes impedirem o acesso a algumas áreas do câmpus a professores, funcionários e estudantes que não participam do movimento.

Fonte: Estadão

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Alimentação infantil: o que não pode faltar nessa fase

Deve-se estar presente na alimentação infantil produtos de alto valor nutricional como os tubérculos, cereais, os grãos (feijão, ervilha, lentilha), carnes (preferencialmente as magras), aves, ovos, leite e derivados, frutas e sempre verduras e legumes da melhor forma possível. Como na infância estes alimentos não são muito palatáveis, é fundamental que eles sempre sejam preparados com criatividade ou em combinações com outros alimentos de melhor aceitação.

O que não pode falar na alimentação infantil
Uma alimentação balanceada na infância irá garantir as recomendações mínimas dos macronutrientes (proteínas, gorduras e carboidratos) e dos micronutrientes (vitamina e minerais), como: ferro, cálcio, vitaminas do complexo B, magnésio, entre outros tão necessários para o desenvolvimento e crescimento das crianças. Não se pode esquecer de uma boa hidratação, através da água, sucos e chás e das fibras alimentares tão importantes para o bom funcionamento intestinal.

Alimentos essenciais ao crescimento infantil não devem faltar na alimentação de forma alguma e há várias maneiras de fazê-los ingerir sem que perceba. Uma opção é começar a introduzir os legumes e verduras em sopas, sucos, vitaminas, bolos e bolinhos salgados, tortas, cremes (creme de espinafre, purê de cenoura, de mandioquinha, de abóbora), muffins e biscoitos.

Uma dica importante para driblar o gosto destes alimentos é acrescentar sempre um desses vegetais a um outro que a criança goste, para que a estimule a experimentar. Por exemplo: bolo de beterraba com chocolate, creme de espinafre com milho; muffins de abóbora; torta de frango com brócolis, e por aí vai. São infinitas possibilidades.

Alimentos que devem ser evitados na infância:

• Produtos ricos em gorduras saturadas (salgadinhos, frituras, empanados) e açúcares refinados (doces, balas, refrigerantes, bolachas, sucos prontos).

• Em relação ao mel, recentes estudos mostraram a presença da bactéria Clostridium botulinium, causadora do botulismo intestinal, em exemplares do produto. Por isso, só deve oferecer a partir de 2 anos de idade.

Forma de preparo dos alimentos:

Os alimentos devem ser preparados sempre com o mínimo de gorduras (óleo de canola ou coco) e azeite de oliva ao final do cozimento. Ou seja: deve-se optar sempre pelo modo cozidos, assados e grelhados.

Importante lembrar que os legumes e verduras devem ser cozidos ao vapor e ficarem bem al dente, para maior preservação dos nutrientes. Não devem ficar expostos à luz, para evitar a oxidação, principalmente quando já cortados. Manter sempre sob refrigeração os alimentos perecíveis, para evitar risco de contaminação.

Mitos em relação à alimentação infantil
Há quem acredite erroneamente que, para uma criança crescer de forma saudável, deve-s e fazê-la ingerir leites gordurosos ou engrossados com farinhas, papinhas fartas e ricas em açúcar refinado, biscoitos e muitas mamadeiras várias vezes ao dia, sem nenhum controle de quantidade e qualidade. No entanto, criança saudável não é uma aquela que come tudo e sim aquela que possui uma alimentação equilibrada nutricionalmente e quantitativamente.

Consultoria: Dra. Juliana Rossi Di Croce – Nutricionista CRN 40228

Fonte: Doutíssima

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A Lava Jato deve ir até o fim. Mesmo que leve ao fim do mundo

Tenho visto muita gente inteligente pedir o fim das investigações da Lava Jato, o fim das delações premiadas, o fim da prisão de empresários e políticos envolvidos em corrupção para que o país volte à ''estabilidade'' e encontre um ambiente ''favorável ao crescimento''.

Discordo. Faço coro com aqueles que pensam que o fio do novelo deve ir até o fim, doa a quem doer, atingindo lideranças políticas e econômicas, de todos os partidos envolvidos e não apenas em um ou outro. E venho dizendo isto neste espaço muito antes da Lava Jato existir. Uma presidente foi defenestrada. Que se defenestre outro baseado se forem apresentadas o mesmo tipo de ''provas'' apresentadas contra sua antecessora. Se a delação de um peixe grande, como Eduardo Cunha, representar o fim do mundo, que venha o meteoro.

Porque só assim o país terá uma chance de encontrar um ambiente favorável ao crescimento, não apenas de sua economia, mas também de sua democracia. Em que todos realmente serão iguais perante à lei, independentemente de sua política ser mais ou menos afinada com o mercado.

Momentos como este, mais do que uma catarse coletiva ou um show de pirotecnia, devem servir para darmos saltos como sociedade. Além de consolidar a proibição de doações de campanha por parte de empresas, seria fundamental avançarmos com a responsabilização criminal de pessoas jurídicas e não apenas de seus representantes. Num mundo em que o mercado insiste em garantir às empresas mais direitos que as pessoas, nada mais justo que elas possam ser criminalmente responsabilizadas como gente. Chega de princípios voluntários de direitos humanos empresariais! Que venham regras obrigando a empresas a serem responsáveis em termos de direitos fundamentais.

Temos que ir até o fim das investigações não apenas por conta dos crimes relacionados à corrupção, mas por todos os outros conectados a ele.

A suruba institucionalizada no poder público (do PT ao PSDB, passando sempre pelo eterno PMDB e congêneres) tem comprometido a qualidade de vida de milhões de brasileiros. Por exemplo, na construção civil, a vida em comunidades tradicionais em grandes obras de engenharia (rodovias, ferrovias, hidrelétricas e demais rolo-compressores feitos sem o devido planejamento e consulta pública), a dignidade de trabalhadores envolvidos na construção de casas, apartamentos e centros empresariais (trabalho escravo já foi encontrado no ''Minha Casa, Minha Vida'', do governo federal, e em obras da CDHU, do governo paulista), isso sem falar no fato de que a construção civil é um dos principais vetores do desmatamento da Amazônia (você acha que a madeira da floresta vira, preferencialmente, mesa de jantar na sala de europeu e não entra na construção do seu prédio? Sabe de nada, inocente).

Indignar-se com corrupção é fundamental, mas fácil. Quero ver é aproveitarmos esse momento para aplicarmos mecanismos a fim de combater a cesta de tragédias causadas pela liberdade dada dinheiro no Brasil. Que, executando uma visão messiânica de progresso elaborada pelo Estado em conjunto com o mercado, maltrata quem vive à margem dos direitos em nome do ''bem estar'' do restante da sociedade.

Desde sua fundação, o Brasil serve aos interesses de uma elite dominante, que sempre considerou o Estado uma continuidade de suas posses. Foi assim nas capitanias hereditárias, na época da Casa Grande das fazendas de cana-de-açúcar e café e para os coronéis do sertão e, hoje, aos da política e da comunicação.

Com a redemocratização na década de 80, aumentou o número de casos de corrupção que chegam ao conhecimento popular, seja por intermédio da mídia ou por instituições como o Ministério Público e o próprio poder Legislativo. Não porque, necessariamente, a coisa piorou, mas porque o acesso à informação melhorou. Essa grande quantidade de casos divulgados e a sensação (real) de que boa parte deles permanece impune foi levando a sociedade a perder a confiança no Estado e na política. Essa descrença somada aos exemplos históricos faz com que a população passe a acreditar, erroneamente, que a corrupção já está forjada em nossa nação e que não há nada a ser feito.

Mas quando a população perceber que governo e Justiça funcionam e que as instituições falham menos do que o aceitável, vai ser mais raro usar a parte ruim do chamado “jeitinho brasileiro” para conseguir ter uma reivindicação atendida de forma mais célere no dia a dia. Por exemplo, a implantação do Código de Defesa do Consumidor – um dos mais avançados do mundo – substituiu a necessidade de se ter uma boa relação com o comerciante para trocar um produto defeituoso por um suporte legal. O brasileiro percebeu que esse instrumento funcionava e passou a se utilizar das vias corretas para a solução dos seus problemas. A ação rápida de Procons e do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) também ajudaram nessa conscientização do consumidor.

Respeitamos as leis porque elas vêm acompanhadas de ameaças de sanções a quem transgredi-las. Para entender melhor, basta lembrar o que acontece no cotidiano. A população da cidade de São Paulo passou a utilizar o cinto de segurança não pelo fato de considerá-lo um item de segurança importante, mas pelo medo da multa. E se o retrocesso não baixar a partir de Primeiro de Janeiro, haverá tempo para entendermos que podemos ir mais devagar nas marginais que, mesmo assim, chegaremos em casa e, ainda por cima, salvaremos vidas.

Ao mesmo tempo, o papel fiscalizador da imprensa precisa ser aprimorado. É praticamente impossível que certos veículos de comunicação tragam à tona denúncias de corrupção uma vez que eles estão nas mãos das mesmas famílias que há décadas ditam os rumos da política. Isso acontece tanto no Nordeste (os Magalhães, na Bahia, os Sarney, no Maranhão, os Collor, em Alagoas) quanto no Sudeste. Isso se repete em certos veículos de alcance nacional também, é claro.

Por fim, a palavra nepotismo vem do latim ''nepote'', que significa neto ou sobrinho e ela começou a ser utilizada para designar os privilégios que os papas concediam a seus familiares. A prática de irmãos, primos, cunhados garantindo cargos públicos é rejeitada pela sociedade, mas é uma das expressões mais conhecidas da relação que a elite brasileira estabeleceu com o Estado.

Muitos parlamentares e governantes consideram normal colocar parentes em cargos que requerem confiança e dependem de nomeação.

A solução para o problema passa em reduzir o número de cargos de confiança, garantindo que o acesso a mais e mais funções se dê por concurso público, por mérito, e não indicação. Cria-se, dessa forma, um corpo burocrático permanente de qualidade, independente do poder de plantão. O atual governo federal prometeu que reduziria cargos de confiança, mas não cumpriu.

Só por curiosidade: em 2000, um deputado federal defendeu ''limitar'' o abuso, criando uma ''cota'' para o número de familiares que poderiam ser contratados como cargos de confiança no serviço público.''Poder contratar para as funções um ou dois parentes não é escandaloso'', afirmou.

Ele não é mais deputado.

Hoje é presidente da República.

Por: Leonardo Sakamoto

Fonte: Blog do Sakamoto/UOL

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"Calem a boca! Eu pago o Bolsa Família de vocês", diz atriz em audiência sobre vaquejada

A declaração da atriz Alexia Deschamps, convidada para participar da audiência pública de discussão sobre a regulamentação da vaquejada, causou revolta na bancada nordestina da Câmara dos Deputados nessa terça-feira (25). Convidada pelo deputado Ricardo Izar (PP-SP), a atriz  se virou para os participantes da audiência e mandou que se calassem. Segundo relatos, ela disse que financiava o pagamento do programa Bolsa Família para os nordestinos.

"A convidada se virou para os vaqueiros que ali estavam e disse para que eles calassem a boca porque ela pagava o Bolsa Família do nordestino. Esse ato de preconceito não é apenas contra os vaqueiros, mas contra nós da bancada do Nordeste", reclamou no plenário o deputado Domingos Neto (PSD-CE), que pediu à Procuradoria da Câmara que tome providências contra a atriz. Outro deputado a se indignar com a convidada foi Pedro Vilela (PSDB-AL), que chamou a postura de Alexia de repulsiva e inaceitável. Para o tucano, a atriz cometeu crime de racismo. "Nenhum brasileiro pode ser vítima de preconceito", disse no plenário.

Além de preconceito, a audiência também foi marcada por tumulto e briga entre os defensores da prática difundida no Nordeste e os defensores da causa animal.  Enquanto vaqueiros faziam protesto na Esplanada dos Ministérios - com direito a cavalos espalhados no gramado central - deputados batiam boca nesta tarde na reunião conjunta das comissões de Esporte e Meio Ambiente.

Um dos embates envolveu os deputados Ricardo Tripoli (PSDB-SP) e Vitor Valim (PMDB-CE). Durante sua participação na audiência, o tucano disse que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que tornou inconstitucional a lei cearense que regulamentava a vaquejada naquele Estado não podia ser contestada e sim cumprida Tripoli destacou que a medida foi necessária "para que não se chegue no rodeio", por isso era bom "que se pare por aqui". "Vamos parar por aqui para não chegar no rodeio. É para defender o rodeio, é isso? Seja homem, rapaz", interrompeu o peemedebista

Enfurecido, Tripoli - conhecido por defender a bandeira da proteção animal - deixou a mesa de trabalhos e foi em direção a Valim tomar satisfação. "Seja homem", provocava Valim, que é defensor da vaquejada. "Eu dou na sua cara, seu moleque. É um babaca, um moleque", retrucou Tripoli fora do microfone. A sessão foi suspensa para que os ânimos fossem acalmados.

Em nota divulgada na tarde desta quarta (26), a atriz Alexia Dechamps divulgou uma nota negando que tenha disparado comentário preconceituoso contra os nordestinos. Leia o comunicado na íntegra:

“Eu, Alexia Dechamps, repudio a atitude do deputado Pedro Vilela, do PSDB alagoano, de atribuir a mim palavras desrespeitosas contra o povo nordestino durante audiência pública sobre a regulamentação da vaquejada. Mais do que isso, abomino sua postura oportunista de aproveitar-se de um falso embate com uma pessoa pública, atriz profissional, para conseguir mídia fácil e destacar-se diante de seu eleitorado. O parlamentar, além de deturpar minhas palavras, me ofendeu, tentou humilhar e constranger, chegando a dirigir-se ao plenário da Câmara pedir que a Procuradoria da Casa me processe. Não sabe o Sr. Deputado que não me curvo a ameaças, que o tempo de mulheres indefesas e submissas é passado e que antes que siga com sua infâmia eu o estarei chamando a prestar contas de suas palavras perante os tribunais.

No intenso debate que acontecia entre os que defendiam a vaquejada como atividade econômica, geradora de empregos, e os que, como eu, afirmávamos que nenhum trabalho pode se basear em maus tratos a animais indefesos, defendi que o correto seria buscar alternativas econômicas para os vaqueiros que vivem da vaquejada. Se é uma cultura regional, que se mude a cultura, da mesma forma que se deve abandonar a prática das touradas na Espanha. Nada, absolutamente nada, justifica a violência contra animais ou seres humanos.

Disse ainda que no Nordeste, de onde provinha a maior parte dos vaqueiros lá presentes, existem outras atividades como pesca, turismo e lavoura, além do Bolsa Família, que poderia amparar os mais necessitados. Lembrei que a região é que mais tem inscritos no programa do governo federal. Se o auxílio existe, sustentado pelos impostos que eu e todos os brasileiros pagamos, para socorrer pessoas sem renda suficiente, deve ser utilizado para casos extremos como o que discutíamos.

A deturpação dos meus argumentos, como se vê, é vil. Espero que a exposição do caso sirva para desmascarar este tipo de ardil, mostrando aos eleitores do parlamentar quem ele realmente é, em lugar da imagem que gostaria de ver estampada nos jornais. A verdade costuma ser severa com quem manipula fatos e agride semelhantes para conquistar objetivos mesquinhos.

Vim para Brasília para defender a Constituição do meu país, defender a interpretação do Supremo Tribunal Federal contra as vaquejadas e as minhas convicções. É disso que eu vivo. É isso que sou”.

PEC
Apesar da decisão do STF contra a prática por considerar que há maus-tratos de animais, tramita na Câmara uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata de rodeios e vaquejadas como expressão artística e classifica as atividades como patrimônio cultural e imaterial brasileiro. Mais cedo, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), participou da audiência e informou que, assim que a PEC passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), vai autorizar a criação de uma comissão especial para apreciar a proposta.

O presidente da Câmara anunciou que vai pedir para a presidente do STF, ministra Carmen Lúcia, avaliar a possibilidade de um acordo que viabilize as vaquejadas. Maia defendeu que é preciso dar clareza de que não existe maus-tratos contra animais e que se produza um marco regulatório para a prática. "A gente não pode olhar uma atividade com 700 mil empregos e achar que isso (fim das vaquejadas) não vai gerar impacto na vida da família brasileira", argumentou.

Fonte: NE10 

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Defesa de Cunha já analisa hipótese de delação

Em público, a defesa de Eduardo Cunha descarta a hipótese de delação. Em privado, um dos advogados que integram a equipe admitiu que o baralho de Cunha já inclui a carta da colaboração judicial. Abriu o jogo em conversa com um colega que atua noutro processo da Lava Jato.

O advogado que conversou com o defensor de Cunha ficou com a impressão de que o ex-deputado pode propor um acordo à força tarefa da Lava Jato mais cedo do que se imagina. Antes, deve recorrer contra a ordem de prisão expedida por Sergio Moro, para testar a higidez da peça.

Cunha incorporou ao seu time de defensores mais um especialista em delação: Marlus Arns de Oliveira. Que declarou o seguinte sobre delação: ''Esse assunto não foi discutido, não está em pauta.''

Cunha também dizia que jamais renunciaria à presidência da Câmara. Quase um ano depois de ser denunciado pela Procuradoria ao Supremo Tribunal Federal, ele mostrou que mentia. Renunciou à poltrona de presidente numa manobra tardia para salvar o mandato de deputado. Não colou. Cassado, caiu nas mãos de Sergio Moro.

Fonte: Blog do Josias/UOL

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Em segunda votação, Câmara aprova PEC que congela gastos do país por 20 anos; texto vai ao Senado

A Câmara dos Deputados aprovou em segundo turno nesta terça-feira (25) a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que congela os gastos do governo federal pelos próximos 20 anos.

Por 359 votos favoráveis, 116 contrários e 2 abstenções, foi aprovado o texto principal do projeto, mas ainda falta a Câmara votar os destaques, que são trechos específicos do projeto que os partidos pedem para votar separadamente. É esperado que isso ocorra ainda na noite de hoje.

Durante a votação, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), determinou que policiais legislativos retirassem das galerias do plenário os manifestantes que gritavam palavras de ordem contra a aprovação da chamada PEC do teto.

Após a aprovação final do texto, o projeto será analisado pelo Senado, onde também passa por duas votações. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou querer votar o texto até o final do ano.

A proposta é apresentada pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB) como a principal medida para combater a crise econômica e equilibrar as contas públicas. Por estabelecer um limite para os gastos públicos, que seriam reajustados apenas pela inflação do ano anterior, a proposta ficou conhecida como PEC do Teto dos Gastos.

Partidos de oposição têm criticado a medida. Eles argumentam que a emenda vai reduzir os investimentos em saúde e educação na comparação com as regras atuais e que vai dificultar a expansão de políticas sociais.

Esta foi a segunda votação em que a Câmara deu seu aval à PEC do Teto. No primeiro turno de votação, no dia 10 de outubro, foram 366 votos favoráveis, 111 contrários e duas abstenções.

Por ser um projeto que altera a Constituição Federal, sua aprovação exige aprovação em duas votações na Câmara, com o apoio de ao menos 308 dos 513 deputados, e duas votações no Senado, com o apoio de ao menos 49 dos 81 senadores.

Se aprovado também no Senado, o projeto é em seguida promulgado em sessão do Congresso Nacional e não precisa de sanção do presidente da República para entrar em vigor.

Entenda a PEC
A PEC propõe limitar o crescimento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos ao percentual da inflação nos 12 meses anteriores. Na prática, a medida congela os gastos do governo, já que a reposição da inflação apenas mantém o mesmo poder de compra do Orçamento, ou seja, o governo continua podendo comprar a mesma quantidade de produtos e serviços.

O principal objetivo da proposta é conter o avanço da dívida pública. A ideia é que ao arrecadar, com impostos, mais do que gasta, o governo consiga reduzir o total da dívida.

A equipe econômica do governo também aposta na aprovação da medida como uma forma de reconquistar a credibilidade do mercado, o que atrairia investimentos e favoreceria o crescimento da economia.

Os defensores da medida apontam o desequilíbrio nas contas do governo como o principal argumento em defesa da PEC.

Este será o terceiro ano que o Brasil terá deficit nas contas públicas, ou seja, em que o governo gastou mais do que arrecadou. O Orçamento 2016 prevê um deficit de R$ 170 milhões. Novos deficits nas contas são previstos pela equipe econômica do governo ao menos até 2018.

Entre 2006 e 2015, a dívida pública do governo aumentou de 55,5% para 66,2% do PIB. No mesmo período, os gastos do governo foram de 16,7% para 19,5% do PIB.

O PIB (Produto interno Bruto) é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país a cada ano e serve como principal indicador do desempenho da economia.

"A dívida brasileira hoje corresponde a 70% do PIB. Se nada for feito em 2020 será 100%, e é preciso se perguntar quem pagará essa conta. Certamente quem vai pagar a conta é o cidadão mais pobre, aqueles que hoje o Partido dos Trabalhadores afirma estar defendendo. Não haverá recursos para a saúde, para a educação, se não se conseguir manter o equilíbrio fiscal do país", afirmou o deputado Betinho Gomes (PSDB-PE).

Se aprovada, no décimo ano de vigência da medida o presidente da República poderá enviar projeto de lei complementar ao Congresso pedindo mudanças nas regras.

Críticas
O principal questionamento à medida é a mudança nas regras dos gastos com saúde e educação. Hoje, essas áreas recebem um percentual mínimo calculado com base nas receitas do governo. Ou seja, se a economia cresce, aumentam os investimentos nas duas áreas.

Apesar de a PEC não limitar quanto pode ir para os dois setores, há a expectativa de que os orçamentos da saúde e educação sigam o aumento apenas pela inflação do ano anterior.

Estudo de pesquisadores do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apontou que a saúde pode perder até R$ 743 bilhões nos 20 anos de vigência da PEC.

"Tem que atacar os custos da dívida pública e não os gastos que chegam para a população. Por isso eu defendo que tenha um referendo para a população ao menos dizer se concorda. Se ela quer tirar dinheiro de educação e saúde para pagar juros, para pagar o lucro dos banqueiros", afirmou o deputado Jorge Solla (PT-BA).

A proposta do governo Temer, no entanto, fixa um novo piso para os dois setores, que passam a ser reajustados ao menos de acordo com a variação da inflação. Ou seja, os investimentos em saúde e educação ficariam congelados, mas não poderiam ser reduzidos.

Para 2017, a PEC prevê o mínimo previsto atualmente na Constituição, de 18% de impostos para a educação e de 15% das receitas do governo para a saúde. A partir de 2018, esse piso seria reajustado pela inflação do ano anterior.

Veja os principais pontos da PEC do Teto de Gastos clicando aqui.

Fonte: UOL

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O curioso caso do milionário do Instagram que nunca existiu (ou como fabricar um personagem nas redes sociais)

"Tomando um delicioso café da manhã. Hoje é um dia maravilhoso!", diz a legenda desta foto publicada no Instagram de Boris Bork

Boris Bork tinha tudo, ao menos quando o assunto são bens materiais: andava de carros de luxo, comia em restaurantes premiados, tinha seu próprio helicóptero e, pelo jeito, vários dígitos em sua conta corrente.

Ele gostava de mostrar tudo isso no Instagram, compartilhando sua vida de moscovita milionário com seus mais de 18 mil seguidores. Chegou até a aparecer em um clipe de uma conhecida banda russa.

Parecia ter a vida que sonhava. Mas nem tudo que reluz é ouro - especialmente nas redes sociais.

A verdade é que Boris não era real, e sim um experimento de dois amigos que queriam provar que não é preciso ter muito dinheiro para criar um personagem que viralize na internet.

O consultor de marketing Roman Zaripov, de 23 anos, disse que a ideia surgiu depois de ler um artigo sobre o preço para criar uma estrela das redes sociais - segundo ele, o texto dizia que o valor poderia chegar a até oito dígitos.

Convencido de que poderia fazer isso por muito menos, procurou na rede social russa VKontakte alguém de meia idade - e que tivesse uma aparência "fresca" - para encarnar o papel de um milionário fictício.

Foi assim que encontrou Boris Kudryashov, um aposentado disposto a participar do experimento.

Eles passaram vários finais de semana tirando fotos e publicando no Instagam até transformar Kudryashov - que recebe apenas uma modesta pensão de US$ 195 mensais (R$ 616) - no milionário Boris Bork.

O plano incluiu até o envio, por Zaripov, de uma notícia falsa aos gestores da VKontakte.

As fotos refletem um estilo de vida cheio de luxos e prazeres que corresponderia ao de uma pessoa com uma abastada conta corrente e de personalidade pretensiosa. Mas tudo não passava de um experimento social.

Zaripov disse que a conta recebia 30 mensagens diárias, algumas delas com sondagens para anunciar produtos e marcas de roupas em seu Instagram ou para o envio de presentes em troca de publicidade.

A revelação
Depois de seis meses, o jovem revelou em um post no Facebook a verdadeira história do famoso milionário.

"Me surpreendi como, gastando apenas US$ 800 (R$ 2,5 mil) em dois meses, pude fazer com que dezenas de milhares de adultos acreditassem em uma pessoa que não existe", disse Zaripov.

O que mais o surpreendeu, segundo ele, foi a facilidade de enganar as pessoas, que "deveriam comprovar a veracidade da informação (que se publica nas redes sociais), e não parecem fazê-lo".

Nos últimos meses, algumas celebridades têm externado reticência quanto ao uso excessivo das redes sociais.

"Isso tem um grande impacto na autoestima das mulheres jovens, porque tudo o que fazem é criar uma imagem de si mesmas para agradar as pessoas. E isso vem acompanhado de que? Transtornos alimentares", disse a atriz Kate Winslet.

A roteirista, diretora e atriz Lena Dunham decidiu deixar as redes sociais depois de receber uma série de comentários ofensivos que, segundo ela, "criam uma espécie de câncer dentro de você".

Inspiração italiana
A inspiração de Zaripov para criar Boris Bork foi o milionário italiano Gianluca Vacchi - este real.

As publicações de Vacchi, de 49 anos, viraram um fenômeno do Instagram.

Em um de seus vídeos, que já acumula mais de três milhões de visualizações, ele aparece dançando a música La Mordidita, de Ricky Martin, em um enorme iate - ao lado, sua noiva de vinte e poucos anos, Giorgia Gabriele.

Vacchi é um empresário com investimentos em vários ramos - e dono de um estilo de vida extravagante. Assim como o fictício Boris Bork, que dizia querer "propagar a boa vida e sua forma de ver o mundo".

Mas, ao menos neste caso, a fortuna é de verdade.

Fonte: G1

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