Bolsonaro é incompetente político e limitado intelectualmente, diz cientista político

Cientistas políticos criticaram nesta terça-feira (2) o desejo do mercado financeiro de ver o ministro da Economia, Paulo Guedes, à frente das negociações da reforma da Previdência com o Congresso.

A uma plateia formada basicamente por economistas, analistas e operadores do mercado, em evento organizado pelo Bradesco, o cientista político Luciano Dias disse que colocar Paulo Guedes na linha de frente da negociação com o Congresso é equivalente ao que ocorre nos filmes com o “mexicano no saloon” porque “ele vai ser o primeiro a levar tiro”.

Sergio Fausto, superintendente do Fundação FHC, afirmou ser improvável que Guedes ganhe vida própria no governo, se tornando um foco independente de poder porque, no regime democrático, o palco de negociação é o Congresso Nacional.

“Isso é sonho de uma noite de outono [do mercado financeiro]", afirmou Fausto, num trocadilho que faz alusão à peça Sonho de uma Noite de Verão, de William Shakespeare, uma comédia em que os personagens vivem em devaneios.

Para Fausto, o custo de interação do governo com o Congresso é elevado porque o presidente Jair Bolsonaro estigmatizou essa relação.

Dias, que está à frente da CAC Consultoria  disse que, ao se olhar apenas para a formação do governo, a perspectiva é de não aprovar reforma nenhuma. Ele não duvida, no entanto, que o governo Bolsonaro se dobre ao presidencialismo de coalização.

“O Congresso está jogando pelo manual, pelo que é razoável e racional. Falta Bolsonaro se adaptar a essa realidade e é isso que vai determinar o sucesso das reformas nos próximos dias", disse Dias.

Para Dias, formar coalizações políticas é básico e necessário e o discurso de Bolsonaro, que privilegia o patriotismo ou o amor à nação, não é suficiente. “Se patriotismo fosse um fator, militares não estariam contribuindo só com 7% da reforma da Previdência”, disse.

Segundo Dias, o país está amarrado a uma certa armadilha de baixo crescimento, o que significa que a taxa de popularidade do presidente tem viés de baixa. Uma possível saída para o imbróglio, disse ele, será formar uma coalização de "notáveis", com burocratas ligados a partidos.

Sergio Fausto afirmou que é "preciso ser politicamente muito incompetente para não aprovar uma reforma em meio à fraqueza da oposição e dos sindicatos e num cenário em que governadores, municípios e parte do Congresso se colocam a favor dela.

“Bolsonaro é incompetente do ponto de vista político e me parece muito limitado do ponto de vista intelectual. Uma pessoa que tem enorme dificuldade de compreensão da realidade", disse.

Fonte: Folha.com

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Camilo Santana entrega veículos dos programas "Caminhão do Cidadão e "Rotas da Cidadania" ao povo cearense

A cidadania pede passagem, abre novos caminhos, ganha rumos novos e chega mais perto do cearense. O Governo do Ceará, por meio da Secretaria de Proteção Social, Justiça, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), entregou à população, na manhã desta terça-feira (2), no Ginásio Poliesportivo da Parangaba, o Caminhão do Cidadão e o Rotas da Cidadania. Os equipamentos – quatro carretas e um ônibus – percorrem a Capital e o Interior, levando serviços diversos e facilitando a emissão de documentos.

“Estamos ofertando um serviço ampliado do Caminhão do Cidadão, que irá percorrer os bairros e as cidades do Interior. Esse é o nosso objetivo, aproveitar a tecnologia disponível e levar serviços cada vez mais próximo das pessoas, facilitando a vida e assegurando a cidadania às famílias”, destacou o governador Camilo Santana, ao fazer a entrega dos veículos ao lado da titular da SPS, Socorro França, e da secretária-executiva de Cidadania e Direitos Humanos, Lia Ferreira Gomes.

Um Caminhão do Cidadão permanecerá até a próxima sexta (5) atendendo às comunidades do bairro e adjacências, das 8h às 16h30. No período, além da emissão de RG e CPF já permanentes no serviço, os Caminhões estão ofertando emissão de antecedentes criminais, atualização de cadastro na Receita Federal e emissão da 1ª via da certidão de nascimento.

Os quatro caminhões e o ônibus são equipados com computadores e impressoras para o atendimento à população, e contam com rampa para cadeirantes e painel de chamada de senhas. O ônibus compõe o programa Rotas da Cidadania.

Para a titular da SPS, Socorro França, ofertar um serviço itinerante é essencial para garantir à população o acesso à documentação básica e os serviços fundamentais que dependem disso. “Garantir a documentação básica é garantir o direito à cidadania. E nosso esforço hoje é ir além da documentação básica. Diariamente, buscamos parcerias com novos órgãos a fim de ampliar a gama de ofertas”, destaca.

Vida facilitada
Moradora da Parangaba, Socorro Almeida aproveitou a parada do Caminhão do Cidadão para levar o filho Mauro José, de 8 anos, para tirar a primeira carteira de identidade. “Essa ideia é muito boa. Torna tudo mais fácil pra gente. Adorei esta oportunidade”, destacou. Assim como ela, o vendedor Antônio Wemerson Santos Rodrigues levou a esposa e a filha para regularizar a documentação. “Aqui a gente ganha tempo. Vou aproveitar para tirar a 2ª via da minha identidade (RG) e a primeira via da minha filha”, declarou Rodrigues.

Assessoria de Comunicação/Governo do Estado do Ceará

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Enem 2019, o primeiro na gestão Bolsonaro, pode não acontecer

O anúncio de falência da gráfica RR Donnelley, que desde 2009 imprime as provas do Enem, coloca em risco a realização do exame neste ano. 

O Enem ocorre em novembro e, para cumprir o cronograma, a impressão das provas deve ocorrer até maio, no máximo.

O trabalho realizado para o Enem não é feito por qualquer gráfica, uma vez que a operação demanda reforçado sistema de segurança e tem entraves logísticos.

Colabora para a insegurança a falta de liderança atual dentro do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), responsável pelo exame. Na semana passada, o presidente do instituto, Marcus Vinicius Rodrigues, foi demitido pelo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez. 

Já o chefe da da diretoria de avaliação da Educação Básica dentro do Inep, Paulo Teixeira, pediu demissão em solidariedade ao demitido. Essa é a diretoria que cuida do Enem.

Questionado, o Inep não se manifestou até a publicação deste texto sobre a falência da gráfica, revelada pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

De forma reservada, servidores e ex-funcionários do instituto falaram à Folha que há grande preocupação com as indefinições e com a ausência de uma pessoa capaz de liderar essa operação.

No ano passado, o Enem recebeu 5,5 milhões de inscrições. No total, foram impressas 11 milhões de provas. O resultado é a porta de entrada para praticamente todas as universidades do país.

A gráfica assumiu a impressão do Enem 2009, depois que a prova vazou naquele mesmo ano. O sistema de segurança e logística foi aprimorado ao longo dos anos, ao mesmo tempo em que órgãos de controle cobravam a realização de licitação para o serviço.

A RR Donnelley tem contrato com o Inep para a realização da prova até este ano, segundo a Folha apurou.

A ideia dentro do Inep era publicar um novo pregão neste ano, mas a medida não andou. Há um processo de licitação envolvendo outras avaliações educacionais, como o Saeb, que também segue parado —este por causa de questionamentos de empresas concorrentes. 

Segundo o presidente da Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica), João Scortecci, a RR Donnelley não é a única empresa capaz de atender às demandas do Inep, mas o número de companhias aptas não passa de cinco no Brasil. "Imprimir é fácil, o difícil é a logística. Exige segurança, fiscalização e muito bom senso", diz Scortecci.

Além da impressão das provas, ocorre na gráfica toda a organização das provas antes do envio para os locais de prova, como a separação das malotes por cidade. A Polícia Federal ainda faz com antecedência uma vistoria no local para garantir a segurança do processo.

O pedido de falência da RR Donnelley foi protocolado no domingo (31) na 1ª Vara Cível de Osasco. Em comunicado, a empresa afirma que "entre os fatores que levaram o grupo a tomar esta medida estão as atuais condições de mercado na indústria gráfica e editorial tradicional, que estão difíceis em toda parte, mas especialmente no Brasil".

Diz ainda que recentemente perdeu um de seus principais clientes e registrou uma drástica redução no volume de trabalho contratado.

De acordo com a nota, a empresa entrará em contato com o sindicato e avaliará a possibilidade de rescindir os contratos de trabalho nos próximos dias, o que permitirá aos funcionários ter acesso aos valores do FGTS e ao seguro-desemprego.

Falência é novo golpe no mercado editorial
A notícia da falência é mais um golpe em um mercado editorial que atravessa uma crise profunda, com a recuperação judicial da Saraiva e da Livraria Cultura. A RR Donnelley, uma das principais do mundo, que atuava há mais de 25 anos no Brasil, era a principal gráfica atender grandes editorias, como os grupos Ediouro e Companhia das Letras.

Ela era uma das preferidas para produção de obras em capa dura ou boxes de luxo, como a coleção Clássicos de Ouro, da Nova Fronteira. Os livros que a Donnelley tinha em produção não serão entregues, o que deve prejudicar o calendário de lançamentos de grandes casas.

A notícia pegou de surpresa o mercado editorial. A Sextante tentou entregar na manhã desta segunda um carregamento de 70 toneladas de papel para a impressão de um lançamento, mas os entregadores da Suzano, a fornecedora, já encontraram a gráfica fechada.

As gráficas vêm sofrendo os efeitos da crise do setor editorial não só pela situação delicada das duas principais redes do país, mas também pela redução nas compras de livros pelo Ministério da Educação desde o segundo mandato de Dilma Rousseff (PT) —o governo é responsável por cerca de um terço de todo o faturamento anual do setor.

Em momentos assim, a primeira medida dos editores é renegociar preços e prazos de pagamento com as gráficas.

Entre as editoras, porém, a decisão da multinacional ainda parece mal explicada —além de ser uma medida incomum uma empresa pedir sua falência sem antes tentar uma recuperação judicial. Além disso, a Donnelley pertence a um grupo robusto, com atuação em vários países.

Para Marcos Pereira, presidente da Sextante e do Snel (Sindicado Nacional dos Editores de Livros), a crise do setor não parece o suficiente para justificar uma decisão do tipo.

"É uma gráfica mundial. Não consegui entender a motivação desse pedido de autofalência, deve haver algo mais sério do que apenas um problema de fluxo de caixa. Isso cria uma confusão muito grande, porque toda a produção fica presa. Neste momento tudo lá está lacrada", diz ele.

Fonte: Folha.com

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Sete em cada dez cearenses rejeitam reforma da Previdência

A proposta de reforma da Previdência enviada por Jair Bolsonaro (PSL) ao Congresso em fevereiro deste ano desagrada a maioria dos cearenses. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Opinus em março deste ano, sete em cada dez eleitores no Estado (72%) rejeitam as mudanças na aposentadoria.

Outros 23% são a favor do texto, enquanto 5% não souberam responder ou não opinaram. No recorte por macrorregiões, Sertão Central, Canindé e Maciço representam a maior rejeição (83% contra, 14% a favor e 3% de abstenção). A maior aprovação foi observada na Capital cearense: 29% se revelaram a favor e 65% se posicionaram contra. Outros 6% não souberam ou não opinaram.

A desaprovação também é mais expressiva entre as mulheres. Enquanto 70% dos homens reprovam o texto e 27% aprovam, entre o público do sexo feminino, a proporção é 74% para 19%.

Faixa salarial
A recusa às mudanças na aposentadoria se mostra menos expressiva quando são recortados da pesquisa os eleitores com renda mensal acima de cinco salários mínimos. Enquanto 66% reprovam a proposta, 31% são a favor. Nesse estrato salarial, a proporção de cearenses que não responderam ou não souberam opinar foi a menor: 2%.

Levantamento
A pesquisa é composta por três mil entrevistas, de acordo com o instituto, realizadas entre 16 e 25 de março deste ano.

Fonte: Diário do Nordeste

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Ex-catador de latinhas embarca para estudar em Harvard, nos Estados Unidos

O grande dia na vida de Ciswal Santos, de 31 anos, chegou. O professor embarcou de Juazeiro do Norte, na manhã desta segunda-feira (01), para Cambridge, estado de Massachusetts, nos Estados Unidos, onde vai estudar na Universidade de Harvard – uma das mais conceituadas no mundo. Ex-catador de latinhas, em setembro do ano passado, ele teve projeto aprovado pela instituição.

Ciswal foi responsável por criar um projeto que fornece energia elétrica, água e internet, de maneira sustentável e por um baixo preço, para famílias do Semiárido nordestino. Hoje, o equipamento custa, aproximadamente, R$ 2 mil, mas a expectativa é diminuir para R$ 960.

Placas solares serão responsável pela energia elétrica e ajudará na captação de água através de um poço artesiano. Já a internet, seria disponibilizada por satélite. O professor ficará dez dias nos Estados Unidos apresentando seu trabalho para os pesquisadores de lá. A visita deve acontecer a cada seis meses nos próximos três anos. No entanto, desde novembro de 2018, ele já assiste aulas através de videoconferência.

“Estou um pouco apreensivo, pois, sei as dificuldades que terei. Tenho amigos lá e estou confiante nisso, nesse apoio. Sozinho, ninguém chega a lugar nenhum. Quanto ao projeto, rezo a Deus que se popularize, não que se comercialize. Atinja as pessoas que mais precisam”, contou antes do embarque.

Segundo o professor, ele recebeu ligação do presidente de Angola, João Lourenço, que mostrou interesse em implantar o projeto em seu país. Outras duas nações africanas, Moçambique e Zimbábue, também podem ser comtempladas através de um incentivo de uma empresa japonesa. “A população da África é que mais sofre. No Nordeste sofre, mas precisa, principalmente, que as autoridades enxergam essas pessoas”, acredita.

Em dezembro de 2018, Ciswal foi convidado para ser embaixador de Direitos Humanos da Noble Order for Human Excellence (NOHE), organização presente em 17 países, ligada a Organização das Nações Unidas (ONU). “É um trabalho voluntário, mas que vai ser algo que vai trazer melhorias. Podemos fazer denuncias, trazer projetos de empresas internacionais. É muito trabalho a se fazer”, descreve.

Trajetória
Nascido em Palmares (PE), Ciswal, de 31 anos, se mudou para Juazeiro do Norte quando seu pai, também professor, foi transferido para Serra Talhada (PE). Com família devota do Padre Cícero, optaram por ficar na terra do sacerdote. Com o tempo e a separação de seus pais, as dificuldades financeiras apareceram. Sua mãe, ganhava R$ 15 por faxina, mas era pouco. Por isso, o jovem resolveu trabalhar em um mercantil entregando as feiras de bicicleta. 

Quando entrou na faculdade, com apenas 15 anos e meio, teve que buscar no lixo a solução para seu sonho de continuar estudando. Foi aí que Ciswal resolveu catar latinhas de para reciclagem. O quilo do material custava R$ 2. Em uma semana, o professor conseguia três quilos e meio. “Era com isso que pagava xerox, apostila, conseguia pegar um livro e imprimir”, confessa. Ele concluiu Ciências da Computação e também é graduado em Física. 

ANTONIO RODRIGUES
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Filho é preso após tentar estuprar a própria mãe em cidade do CE

Um homem foi preso após tentar estuprar a própria mãe em Jaguaretama, interior do Estado. A prisão foi feita na última sexta-feira (29) depois que os agentes receberam denúncia de populares e o fato criminoso ocorreu na quinta-feira (28). O homem de 21 anos foi encontrado pelos policiais militares nas proximidades do local do crime.

Ainda de acordo com a Polícia Militar, os agentes de segurança seguiram até a localidade onde aconteceu o crime e constataram a veracidade da denúncia. Após colherem informações iniciais, deram início às buscas.

O homem de 21 anos foi encontrado e levado para a Delegacia Municipal de Jaguaretama, onde foi autuado em flagrante por tentativa de estupro.

Fonte: Diário do Nordeste

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MPCE recomenda interdição de obras de loteamentos irregulares em Barbalha

Foto meramente ilistrativa
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), através do promotor de Justiça da Comarca de Barbalha, Nivaldo Magalhães Martins, expediu, no dia 29/03, uma recomendação ao prefeito daquele Município, Argemiro Sampaio Neto, e ao secretário de Obras e Infraestrutura a fim de adotem as medidas cabíveis para impedir a comercialização dos loteamentos Lagoa Seca 1 e 2, Vale do Kariri e Barão de Araruna e continuidade de obras nestes locais (se existentes).

Os gestores públicos deverão, inclusive, executar medidas administrativas consistentes na interdição, embargo de obras e retirada de todos os anúncios publicitários até que os empreendedores obtenham a regularização do loteamento junto ao Poder Público e realizem as obras necessárias à solução do problema de escoamento das águas das chuvas no sítio Lagoa e que causaram prejuízos aos moradores daquela localidade. Constatada a existência de qualquer outro loteamento clandestino ou irregular no município, o secretário de Obras e Infraestrutura deverá comunicar o fato, imediatamente, à Promotoria de Justiça.

O documento requisita que o Município de Barbalha realize, no prazo de 15 dias, levantamento da situação urbana e dos danos sofridos na localidade conhecida por sítio Lagoa, acompanhado de registro fotográfico, apontando casa por casa e seus respectivos moradores os danos materiais sofridos por estes em virtude do escoamento das águas das chuvas em suas propriedades. Os nomes dos sócios dos empreendimentos imobiliários e suas respectivas qualificações devem ser identificados e informados à Promotoria de Justiça, no prazo de 15 dias, a fim de serem responsabilizados solidariamente, nos termos do artigo 47, da Lei 6.766/79, com relação aos danos causados aos adquirentes, moradores prejudicados e ao Poder Público.

Segundo a recomendação, a autoridade que se quedar inerte, permitindo a continuidade da obra e a comercialização dos loteamentos, sem a devida e prévia regularização ensejará a adoção de ações administrativas, cíveis e criminais, e, ainda, as necessárias à identificação dos respectivos responsáveis nas suas áreas de atuação, tudo em respeito ao ordenamento jurídico nacional, na defesa do meio ambiente, da ordem urbanística e do consumidor. Ademais, o responsável pelo empreendimento, em persistindo na prática dos fatos relatados, igualmente ensejará em seu desfavor a adoção de medidas cabíveis administrativas, cíveis e criminais.

Para o promotor de Justiça, é necessário que sejam requisitados todos os projetos complementares para execução da obra dos loteamentos do Lagoa Seca 1 e 2, Vale do Kariri e Barão de Araruna, inclusive de drenagem das águas pluviais, esgotamento sanitário, abastecimento de água, energia elétrica, etc. As autoridades da administração pública devem oferecer abrigo aos moradores de casas que foram destruídas (ou com risco de destruição) por conta da força das águas das chuvas no sítio Lagoa e adjacências, no menor espaço de tempo possível, podendo ainda optar por incluí-los no programa assistencial de auxílio aluguel ou removê-los para casas populares construídas com esse fim, desde que os moradores e as famílias concordem com estas opções e preencham os respectivos requisitos legais.

Também direcionado aos loteadores, o documento requer que se abstenham de comercializar qualquer lote até que se efetive a devida regularização perante o Poder Público, mediante a apresentação dos projetos complementares à Prefeitura e a Autarquia do Meio Ambiente de Barbalha (AMASBAR); e executem medidas/obras tendentes a solucionar definitivamente o escoamento das águas pluviais que estão causando problemas de ordem ambiental, urbanística e prejuízos materiais e morais aos moradores do sítio Lagoa, nesta urbe.

Por seu turno, a diretora da AMASBAR deverá realizar o devido embargo das obras dos loteamentos descritos que estiverem em desacordo com a legislação ambiental. O órgão ambiental também realizará um completo levantamento dos danos ambientais, inclusive com relatório fotográfico dos locais atingidos, demonstrando o impacto ambiental causado pela instalação dos loteamentos, apontando ainda quais medidas são necessárias para a devida recuperação do meio ambiente.

Os adquirentes devem suspender os pagamentos das prestações aos loteadores, na forma do artigo 38, da Lei n. 6766/79, que diz: “Verificado que o loteamento ou desmembramento não se acha registrado ou regularmente executado ou notificado pela Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for o caso, deverá o adquirente do lote suspender o pagamento das prestações restantes e notificar o loteador para suprir a falta. § 1º: Ocorrendo a suspensão do pagamento das prestações restantes, na forma do caput deste artigo, o adquirente efetuará o depósito das prestações devidas junto ao Registro de Imóveis competente, que as depositará em estabelecimento de crédito, segundo a ordem prevista no inciso I do artigo 666 do Código de Processo Civil, em conta com incidência de juros e correção monetária, cuja movimentação dependerá de prévia autorização judicial.

Assessoria de Imprensa/MPCE

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Localizado no distrito de Santa Fé, Crato pode ganhar novo Geopark até o fim do ano

Resquícios de lendas e da chegada do homem ao Cariri estão presentes no Sítio Arqueológico de Santa Fé, no Crato, que até o fim do ano deve se tonar mais um geossítio do Geopark Araripe. Seu principal atrativo são as inscrições rupestres deixadas pelos antigos habitantes que viveram no Sul do Estado do Ceará. O local deve ser estruturado para receber visitantes e pesquisadores. Outros dois lugares, no mesmo Município, devem fazer parte do território da Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura (Unesco).

Com área de 8,3 hectares, o Sítio Arqueológico fica a cerca de 20 quilômetros da sede do Município do Crato e está a 800 metros de altitude. Há três décadas, o local é pesquisado pela Fundação Casa Grande, de Nova Olinda. A expectativa inicial era que todo levantamento fosse concluído até junho para ser apresentado na Conferência Global de Geoparques, na Itália, junto com a candidatura de mais dois geossítios: Levadas de Água e Caldeirão da Santa Cruz. Todos no Município do Crato. Isso não aconteceu.

"A nossa ideia era que avançasse bem mais. Mas já foi feito todo o levantamento topográfico, definição das trilhas. Os totens que identificam o ambiente serão colocados. Isso ainda está em projeto. O inventário geológico está pronto. Faltando alguns detalhes", explica o diretor-executivo do Geopark Araripe, Nivaldo Soares. Além disso, a propriedade, que é particular, terá que ser estruturada para receber os visitantes. "Eu não me arriscaria a dizer uma data. A gente pretende que isso seja reconhecido ainda neste ano por uma série de questões junto a Unesco, mas existe o interesse de todo mundo. Até o fim do ano, queremos deixar isso pronto", completa Nivaldo.

Próximo passo
Após a aprovação, a expectativa é que, a partir de um projeto com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), haja investimentos para melhorar o acesso, sinalização e divulgação de Santa Fé. Algumas atividades com as comunidades do entorno devem ser realizadas para instruir os moradores a fazer uso do espaço com geração de emprego e renda, a partir da recepção de visitantes e artesanato. Outras possibilidades podem ser o turismo sustentável e rapel.

Descobrimento
A arqueóloga Rosiane Limaverde - já falecida - conheceu o Sítio Arqueológico em 1980 e logo se interessou pelas gravuras, que possuem características singulares de quaisquer outras da região. O que chamou atenção é que na rocha há uma incisão e, posteriormente, se aplicou uma tinta. Acredita-se que estes registros têm mais de 3.100 anos. "Pela técnica, altitude e tipo de grafismo, Santa Fé é um sítio que se mostra muito mais antigo. A vertente norte, na qual está incluído, é o trecho mais avançado para o vale do Cariri", pontua a arqueóloga Heloísa Bitú, que também pesquisa sobre o local.

Apesar do grande valor arqueológico, já que é um dos principais sítios do Cariri, o Geopark incluirá Santa Fé também pela sua formação geológica, que apresenta pacotes de arenitos.

"Têm aspectos visuais interessantes. Até panorâmico, pode ser considerado relevante. Lá é área de encosta que apresenta desenhos que podem ser considerados como bordados. A formação Exu, em si, favorece essas questões", descreve Nivaldo.

Outros candidatos
Além de Santa Fé, outro geossítio deverá ser criado no Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, antiga comunidade rural que foi destruída em 1937 pelas Forças Armadas e pela Polícia Militar. O Governo Federal temia que o lugar se tornasse um movimento messiânico.

Localizada a 33 km da sede do Crato, entre os distritos de Monte Alverne e Dom Quintino, a área foi abrigo de centenas de flagelados da seca, devotos do Padre Cícero, que encontraram na comunidade alimentação, trabalho e refúgio espiritual sob a liderança do beato José Lourenço.

O terreno é de propriedade da Prefeitura de Crato, por isso, o levantamento do perímetro está sendo feito pela gestão municipal.

A partir dele, os técnicos do Geopark Araripe começarão a trabalhar o inventário geológico. "Aí, podemos fazer o mapa, que é cheio de detalhes", justifica Nivaldo. A equipe está pronta, aguardando o estudo. Além disso, se discute que o local se torne uma unidade de conservação.

Embrionário
O último possível geossítio a ser criado será batizado de "Levadas de Água", que estará localizado em uma trilha entre os sítios Coqueiro e Nascente, no Crato. As levadas de Barbalha e Porteiras também poderão fazer parte do roteiro. "Mas a gente não avançou em nada. Há uma série de questões. Está na ideia. Poucas coisas foram escritas, houve apenas visitas de campo. Tudo ainda preliminar", completa Nivaldo.

Atuação relevante
Criado em 2006, o Geopark Araripe está presente em seis municípios da região do Cariri e hoje possui nove geossítios. O projeto de desenvolvimento territorial faz parte da Unesco e sua gestão é feita pela Universidade Regional do Cariri (Urca). Este território esta inserido em uma região caracterizada pelo importante registro geológico do período Cretáceo, com destaque para seu conteúdo paleontológico, com registros entre 150 e 90 milhões de anos.

Os geossítios são a Colina do Horto, em Juazeiro do Norte; Cachoeira de Missão Velha e Floresta Petrificada do Cariri, ambas em Missão Velha; Pedra Cariri, Parque dos Pterossauros, Pontal de Santa Cruz, em Santana do Cariri; Batateira, em Crato; Riacho do Meio, em Barbalha e Ponte de Pedra, em Nova Olinda.

ANTONIO RODRIGUES
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Enem 2019: veja como solicitar a isenção de taxa de inscrição

A partir desta segunda-feira (1º), os candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 podem solicitar a isenção da taxa de inscrição, de R$ 85. O prazo termina em 10 de abril.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), terão direito à gratuidade:
  • estudantes que estejam cursando o último ano do ensino médio na rede pública;
  • candidatos que tenham cursado todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsistas integrais na rede privada, com renda per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio;
  • aqueles que declararem estar em situação de vulnerabilidade socioeconômica, por serem membros de família de baixa renda, e que estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
Em todos esses casos listados acima, o participante deverá ter documentos que comprovem a condição declarada. Informar dados falsos pode acarretar a eliminação no exame.

Aqueles que pleitearem a isenção saberão do resultado em 17 de abril, no site do Enem. É importante lembrar que, mesmo conseguindo esse benefício, o candidato não estará inscrito automaticamente no Enem. Ele precisará, assim como os demais, fazer a inscrição regular.

Justificativa de ausência
Caso o estudante tenha conseguido a isenção em 2018 e faltado aos dois dias de prova, precisará justificar sua ausência entre as 10h do dia 1º de abril às 23h59 do dia 10 de abril, na página oficial do Enem. Neste link, há a lista de documentos aceitos para comprovar a necessidade de ter faltado à prova.

Caso a justificativa seja recusada ou sequer informada, o candidato terá de pagar a taxa de inscrição em 2019.

Inscrições
As inscrições para o Enem deverão ser feitas de 6 a 17 de maio.

Aqueles candidatos que precisarem pagar a taxa de inscrição deverão quitá-la entre os dias 6 e 23 de maio, em agências bancárias, casas lotéricas e correios.

No primeiro dia de prova, em 3 de novembro, serão aplicadas as provas de:
  • linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e ciências humanas e suas tecnologias
  • duração: 5h30
No segundo domingo, dia 10 de novembro, será a vez das questões de:
  • ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias
  • duração: 5h
Novidades na edição de 2019
Nesta edição do exame, os lanches levados pelos candidatos serão revistados. Além disso, haverá as seguintes novidades:
  • novo sistema de inscrição;
  • inclusão opcional de foto na inscrição;
  • espaço com linhas para rascunho da redação;
  • espaço para cálculos no final do caderno de questões;
  • surdos, deficientes auditivos e surdocegos poderão indicar, na inscrição, se usam aparelho auditivo ou implante coclear.
Calendário
  • Pedido de isenção: 1º a 10 de abril
  • Justificativa de ausência no Enem 2018: 1º a 10 de abril
  • Resultado da solicitação de isenção: 17 de abril
  • Solicitação de recursos caso a isenção seja negada: 22 a 26 de abril
  • Pedido de atendimento especial: 6 a 17 de maio
  • Pedido de uso de nome social: 20 a 24 de maio
  • Pagamento da taxa de inscrição: 6 a 23 de maio
  • Inscrições: 6 a 17 de maio
  • Provas: 3 e 10 de novembro
  • Gabarito: 13 de novembro
  • Resultado individual: janeiro de 2020

Fonte: G1 

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Março termina com chuvas acima da média, melhor resultado desde 2008

Com 245 milímetros, março fechou com precipitações 19,3% acima da média do mês, que é de 203 milímetros. É o melhor resultado para o período desde o ano de 2008. Naquele ano, o observado foi de 332,5 mm, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

De acordo com o meteorologista da Funceme Raul Fritz, as condições oceânicas e atmosféricas foram favoráveis neste último mês. “A boa configuração de temperaturas da superfície do Atlântico tropical sul, com águas mais quentes próximas à região Nordeste e mais frias acima do equador, contribuiu para a aproximação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Este foi o principal motivo para precipitações significativas no estado em março”, explica o pesquisador.

Quanto à média por macrorregião, os litorais Norte e de Fortaleza, que é composto pela Capital e municípios da Região Metropolitana, tiveram os maiores desvios positivos. A primeira fechou o mês com 56,4% e, a segunda, 56,3%. Entre todas as áreas, somente o Sertão Central e Inhamuns ficou levemente negativo, tendo registrado -2,4% abaixo da normal climatológica. Os dados são preliminares e ainda podem sofrer alterações.

Já quanto aos resultados por município, Jijoca de Jericoacoara, Paraipaba e Acaraú lideraram o ranking com os maiores desvios positivos: 156%; 145,7% e 99,2% acima da média para o mês de março, respectivamente. A maior precipitação pontual, isto é, aquela registrada no intervalo de 24 horas, aconteceu em Itarema, entre os dias 22 e 23, com 212 milímetros.

Balanço de 24 horas
A “virada” do mês de março para abril foi de chuvas em todas as macrorregiões do Ceará. No intervalo entre as 7h deste domingo (31) e as 7h desta segunda-feira (1º) já foram informados registros em, pelo menos, 132 municípios. Os maiores acumulados, até agora, foram em Camocim (140 mm), Chaval (135 mm), Coreaú (126 mm) e Amontada (120 mm).

O acumulado registrado em Camocim, que está localizado no Litoral Norte, foi, inclusive, o maior daquele município observado em 2019. O mesmo aconteceu com Chaval, também da mesma macrorregião, que havia registrado sua última maior precipitação em 22 de março, com 132 milímetros. Ambos tiveram chuvas acima da média no último mês.

Situação hídrica
Apesar dos números positivos em relação às chuvas, a situação hídrica do Ceará ainda é crítica. Dos 155 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), 88 ainda estão com volume abaixo dos 30%. O Castanhão, maior açude de múltiplos usos do estado, está somente com 3,82% da sua capacidade total.

Assessoria de Comunicação/Governo do Estado do Ceará

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Ceará é o 6º estado em mortes associadas à depressão

A morte da mãe foi o gatilho para a dor. Doeu profundamente por dias, meses... E nem a mente, nem a alma organizavam aquele sofrimento. A dona de casa Zilar Amaro Ferreira, moradora do Bom Jardim, via os dias passarem, e o sentido das coisas se perderem. Virou a filha dos filhos, ao ter que ser ajudada em atividades básicas: comer, tomar banho, caminhar... Identificar que a depressão era causa da angústia e que ela estava doente demorou um tempo. O caso se tornou tão sério que Zilar inclusive, por duas vezes, tentou tirar a própria vida. Nessa história, felizmente, o tratamento a alcançou a tempo de reverter o triste desfecho.

No Brasil, 6.200 pessoas morreram entre 1996 e 2016 em decorrência de episódios depressivos e transtorno depressivo recorrente, conforme informações do Sistema Datasus do Ministério da Saúde.

486 mortes relacionadas à depressão foram registradas entre 1996 e 2016 no Ceará. O índice é o sexto maior dentre os estados brasileiros neste período. Segundo dados do Ministério da Saúde, apenas São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Bahia e Rio Grande do Sul tiveram mais casos.

Embora já conhecida no rol das doenças psiquiátricas, tendo uma incidência superior, por exemplo, à esquizofrenia, conforme o psiquiatra, professor do Departamento de Medicina da Universidade Federal do Ceará e coordenador do Projeto de Apoio à Vida (Pravida), de prevenção ao suicídio, Fábio Gomes de Matos, a depressão e o tratamento ainda são negligenciados.

A falta de conhecimento, o preconceito e o despreparo, afirma o médico, acabam criando ideias distorcidas que relacionam os sintomas da doença à "frescura e fraqueza" do paciente.

"A pessoa não morre exatamente de depressão. Depressão é um fator que leva a pessoa a uma debilidade muito crônica que pode fazer com que ela venha a óbito", esclarece o presidente do Conselho Regional de Psicologia, Diego Mendonça.

Nem sempre, os registros oficiais "fecham o nexo causal" entre o óbito e a incidência da depressão, explica o psicólogo. Mas, na prática, esta associação é feita, tendo em vista a avaliação dos efeitos da depressão na vida dos pacientes.

Registros
A subnotificação das mortes associadas à depressão, explica a psicóloga e professora da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Alessandra Silva Xavier, é um problema mundial que se repete no Brasil. Isto porque, garante ela, embora a depressão seja "tomada como mal do século" persistem as dificuldades tanto no diagnóstico como na notificação.

O cenário de preparo e preconceito, garantem os profissionais, faz com que os sintomas e as manifestações dos quadros depressivos leves, muitas vezes, não sejam investigados e isto resulte em agravo da doença para níveis moderados e graves.

A estimativa da Organização Mundial da Saúde, divulgada em 2017, é que no Brasil 5,8% da população sofre com esse problema. A maior prevalência na América Latina. Mas, felizmente, este grave mal, que afeta pessoas de diversas idades, gêneros e condição social indiscriminadamente, tem tratamento. A vida da dona de casa Zilar é a prova concreta disto.

Tratamento
Após inúmeros encaminhamentos para internação e recusas de Zilar, um psiquiatra a visitou e, segundo ela, a convidou a participar de terapias de diversos formatos no Movimento Comunitário de Saúde Mental do Bom Jardim. "Eu nem sabia o que era terapia", revela. O ingresso e permanência no tratamento a salvou.

O diagnóstico da depressão, esclarece a psicóloga Alessandra Silva, segue orientações da OMS e para ser definido, o paciente deve apresentar pelo menos cinco sintomas durante um período de duas semanas. "O surgimento dos sintomas deve significar uma mudança diante de um padrão anterior", acrescenta.

A orientação profissional deve levar em conta o processo que a pessoa passou até chegar àquele problema, justamente para perceber os efeitos da depressão que, muitas vezes, é encoberto por sintomas físicos de outras doenças.

O tratamento, de acordo com os referenciais norte-americanos seguidos no Brasil, relata Alessandra, para os graus leves é de atendimento psicoterapêutico. Em casos graves, a consulta a psiquiatras, psicólogos e a aplicação de medicação são necessários. Os recursos terapêuticos devem prezar pela história do sujeito, pois não há tratamento homogêneo.

Essa possibilidade não foi ignorada na vida de Zilar. Ela foi acompanhada, passou a fazer terapia de grupo, atendimento individual, e, com seis meses, conta, "já tava bem". Nesse processo, Zilar aprendeu a ler e escrever. Concluiu o ensino médio. Fez cursos e hoje é terapeuta holística.


THATIANY NASCIMENTO
REPORTAGEM

Fonte: Diário do Nordeste

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Alimentação balanceada pode diminuir o estresse e a ansiedade

A rotina pesada do dia a dia entre trabalho, estudos e relacionamentos nem sempre permite às pessoas seguir uma alimentação saudável. A nutricionista Sandra Moura fala sobre a importância dos alimentos para garantir uma vida mais equilibrada.

Segundo a nutricionista, a boa alimentação é mais do que satisfazer a fome, pois no cardápio saudável é obrigatório o consumo de nutrientes necessários para o bom funcionamento do corpo. “A alimentação balanceada é capaz de diminuir o estresse, controlar a ansiedade, facilitar o controle de peso, auxiliar no bom humor e combater diversas doenças. Ela também favorece o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças e adolescentes, diminuindo as alterações naturais do envelhecimento”, explica.

Hidratação
Nem só comer é importante. A hidratação do corpo faz parte da adoção de uma vida saudável. Uma das formas são os sucos funcionais, excelente receita para manter o a saúde e ainda colaborar com a perda de peso. "As bebidas funcionais são feitas à base de frutas, hortaliças e verduras específicas. Elas são fontes de fitoquímico e contém nutrientes como minerais e vitaminas, além de substâncias com ação medicinal. Os sucos funcionais também atuam como adstringentes, emolientes, energizantes e antioxidantes, além de regular as funções gástricas e intestinais", explica a profissional.

É importante ressaltar que cada fruta, hortaliça e verdura utilizada no preparo do suco pode oferecer benefícios diferentes. “Os resultados servem para a necessidade específica de cada organismo, como auxiliar na perda de peso, fortalecer a pele e os cabelos, dar mais energia, dentre outros resultados”, salienta a nutricionista.

Praticidade
As polpas de frutas possuem alto valor nutricional e preservam a maior parte dos nutrientes das frutas in natura. Entre os derivados é o que mais se assemelha às características nutricionais e sensoriais da fruta.A grande vantagem é que além de serem práticas, a polpa permite inúmeras combinações. É possível adicionar ao preparo o incremento de fibras como aveia, sementes de chia e linhaça. 

A nutricionista explica que se as polpas congeladas passam por um processo de armazenamento da forma correta, elas mantêm as propriedades intactas e frescas para o consumo. "Na correria do dia a dia é possível optar por algo prático e saudável. As polpas congeladas são uma excelente dica para o preparo de um suco rápido, sem abrir mão das vitaminas das frutas", explica Sandra.

Mudança gradual
Nem sempre iniciar uma dieta é algo fácil, principalmente para quem não está acostumado. Nesses casos, a dica é fazer as mudanças de forma gradual. "Isso pode ajudar a melhorar a maneira como você come a longo prazo. Comece seguindo o que for mais fácil ou mais desafiador, pois o importante é começar". 

Dicas
  • Abuse da hidratação;
  • Associe atividade física à alimentação saudável;
  • Pratique pelo menos 30 minutos de exercício físico diário;
  • Procure atividade física que dê prazer;
  • Evite comer assistindo televisão ou lendo um livro.

Fonte: Diário do Nordeste

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Governo federal autoriza aumento no preço de medicamentos

O governo federal autorizou reajuste de até 4,33% no preço dos remédios para 2019, já a partir deste domingo, 31. O aumento está publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU) de ontem em decisão da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). "As empresas produtoras de medicamentos poderão ajustar os preços de seus medicamentos em 31 de março de 2019, nos termos desta resolução", diz o ato.

Diferentemente de anos anteriores, o reajuste em 2019 será linear para todos os tipos de medicamentos. Este ano, o aumento ficará um pouco acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No acumulado de março do ano passado até fevereiro deste ano, esse índice foi de 3,89%.

O Ministério da Saúde explica em nota que o porcentual não é um aumento automático nos preços, mas uma definição de teto permitido de reajuste. Com isso, cada empresa pode optar por aplicar o índice total ou menor. "Será uma correção igualitária para os três grupos de insumos: os de maior concorrência, concorrência moderada e concentrada", diz a pasta. De acordo com o ministério, mais de 12 mil apresentações de medicamentos são comercializadas no Brasil.

Monitoramento
Outra resolução da Cmed, também publicada no Diário Oficial extra, dispõe sobre o monitoramento e liberação de critérios para o estabelecimento ou ajuste de preços dos medicamentos isentos de prescrição médica, medicamentos fitoterápicos, produtos tradicionais fitoterápicos e anestésicos locais injetáveis de uso odontológico. A norma "aplica-se a quaisquer pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado que atuem no mercado de medicamentos, dentre as quais, as empresas produtoras de medicamentos, representantes, distribuidoras de medicamentos e o varejo".

Dentre outros pontos, a resolução classifica em três grupos os medicamentos passíveis de monitoramento e liberação dos critérios de estabelecimento ou ajuste de preços.

Fonte: UOL (Com Estadão Conteúdo)

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Ministro de Bolsonaro ameaça: "Sem reforma da Previdência, servidor vai ficar sem salário"

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira, 25, em encontro com prefeitos em Brasília, que a reforma da Previdência vai evitar a interrupção do pagamento de salários ao funcionalismo público. “Primeira coisa que vai acontecer (sem reforma) é a interrupção do pagamento de salários”, alertou, lembrando que quem está quebrado é o governo, e não o setor privado. “O primeiro atingido é o servidor”, disse.

Guedes afirmou ainda que a reforma da Previdência tem “várias dimensões favoráveis” e evita o “colapso das finanças”. “A reforma da Previdência não está na pauta por acidente”, disse Guedes aos prefeitos. “São 200 milhões de brasileiros que precisam da reforma, mas existem 8 milhões que se beneficiam da fábrica de desigualdades e querem barrar a reforma”, disse.

De acordo com o ministro, o déficit “galopante” da Previdência atinge todos os brasileiros e engole as finanças públicas. Para ele, no entanto, o Brasil está maduro o suficiente para enfrentar a questão. “Estamos reduzindo as desigualdades e vamos abrir a porta para o novo regime previdenciário. Vamos libertar filhos e netos, futuras gerações, dessa armadilha em que caímos”, disse.

Guedes afirmou ainda que a reforma da Previdência não é da equipe econômica ou do atual governo, mas sim do Brasil. “Se não conseguirmos uma reforma com impacto necessário, eu não consigo lançar o novo regime (de capitalização)”, afirmou.

“Se os militares não quiserem contribuir e as mulheres não quiserem se aposentar aos 62 anos, então o rural terá que contribuir”, exemplificou o ministro para reafirmar que qualquer mudança no Congresso precisa ter uma recompensa para garantir uma economia de no mínimo R$ 1 trilhão em uma década.

Agenda positiva
Com a economia em ponto morto, a equipe econômica coordena uma ofensiva para agilizar outras medidas e fazer uma “virada” na direção de uma agenda positiva, além da reforma da Previdência. Depois da “arrumação” da casa nos 100 primeiros dias de governo com a unificação dos três ministérios, a ordem no Ministério da Economia é destravar a agenda e fazer “barulho” com as medidas.

A área econômica quer barrar o processo de queda da confiança no crescimento, que já pode ser observado nas sucessivas reduções das previsões de alta do PIB pelos analistas. Um avanço mais brusco desse movimento pode afetar ainda mais as intenções de investimentos dos empresários e afundar o crescimento deste ano.

Ao mesmo tempo, o time do ministro Paulo Guedes quer reduzir a dependência da agenda econômica à reforma da Previdência, que está afetando o ânimo do mercado com a crise na articulação política.

Entre as medidas que devem ser ressaltadas estão a privatização da Eletrobrás, o acordo da cessão onerosa, destravamento do crédito, negociação com os Estados e medidas voltadas para o setor produtivo, sobretudo da construção civil.

A agenda de medidas de “descomplicação” tributária e da burocracia também deve ganhar mais relevância a partir de agora. Até agora, Guedes tinha concordado com os conselhos de lideranças políticas da Câmara em deixar os anúncios de medidas para depois para não atrapalhar as negociações da reforma da Previdência. Mas diante da virada de humor dos investidores em relação ao crescimento da economia, o ministro foi aconselhado por sua equipe a mudar de ideia.

‘Revogaço’
Nesta segunda, o governo prometeu a 11 associações industriais que formam a Coalizão Indústria um “revogaço” de medidas burocráticas nos próximos dias e o lançamento de um pacote de competitividade para as empresas nas próximas duas semanas – incluindo ações para baratear o custo do gás, como antecipou Guedes em entrevista ao Estado.

“É preciso limpar o terreno para que o empreendedor se sinta seguro e confortável para tocar os seus negócios”, afirmou o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Valente Pimentel. Os executivos também levaram ao governo o pedido para uma reforma tributária “com mais transparência e justiça”.

Para o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antônio Carlos Megale, o custo de capital de giro hoje é um dos maiores entraves enfrentados pela indústria: “Embora tenhamos hoje uma Selic (taxa básica de juros) controlada no nível mais baixo da história, ainda há um custo excessivo de crédito que tira competitividade dos produtos nacionais.”

O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, alertou que as exportações brasileiras de produtos manufaturados estão estagnadas desde 2014 devido ao custo Brasil. O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, apontou que há hoje uma demanda reprimida muito grande no setor. A Coalizão Indústria reúne 39% do PIB do setor.

Fonte: Estadão

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15 minutos de exercícios por dia já diminui o risco de morte

Para pessoas com mais de 60 anos, 15 minutos de caminhada em velocidade rápida são suficientes para reduzir em 22% o risco de morte. A conclusão é de um estudo francês.

Que praticar atividade física regularmente faz bem para a saúde, todos sabem, mas colocar em prática a recomendação de realizar 30 minutos de exercícios por dia não é tão simples. Pensando nisso, pesquisadores franceses acompanharam dois grupos para verificar se uma quantidade de exercícios menor que a recomendada também era benéfica. O primeiro era composto por 1.011 pessoas com 65 anos, que foram acompanhadas durante 12 anos. No segundo, 122.417 indivíduos com cerca de 60 anos, acompanhados por aproximadamente 10 anos.

Os resultados mostraram que quanto mais atividade física, menor o risco de morte: pessoas que realizam mais atividade do que a quantidade recomendada reduziam seu nível de morte em 35%, já aqueles que realizavam a quantidade recomendada sofriam uma redução de 28% no risco, em comparação aos sedentários. Mesmo as pessoas que realizavam metade da quantidade recomendada de exercícios físicos– o equivalente a 15 minutos de caminhada moderada a vigorosa por dia – já reduziam seu risco de morte em 22%.

Fonte: Veja.com

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Artigo no Financial Times diz que mercado pode estar despreparado para a incompetência de Bolsonaro

Em um artigo opinativo, o jornal britânico Financial Times salientou que o caminho para as reformas parece tão rochoso como sempre foi para as economias emergentes e que investidores ficaram nervosos com a perda de impulso pós-eleitoral no México e no Brasil. Especificamente sobre o País, o jornalista Jonathan Wheatley observou que os mercados podem não ter se preparado para a extensão da incompetência do presidente eleito, Jair Bolsonaro.

"Investidores em mercados emergentes esperavam um ano de continuidade política em 2019, após uma série de eleições potencialmente transformadoras no ano passado. Mas passado um quarto de ano, as coisas não estão funcionando como planejado. O caminho para as reformas pró-mercado nas grandes economias em desenvolvimento está se mostrando mais difícil do que nunca", pontuou o autor.

Após mencionar com detalhes as votações que ocorrerão em 2019 nesses mercados, o artigo se ateve à safra de eleições do ano passado, que teria fracassado em garantir a certeza sobre o caminho futuro. Além de se aprofundar sobre o México, a publicação também dá espaço para o Brasil, dizendo que, no País, os eventos são ainda mais inquietantes.

"Lá, muitos investidores estão preparados para aturar o que alguns consideram como as atitudes racistas, misóginas e homofóbicas de Jair Bolsonaro, o ex-capitão do Exército de extrema direita que assumiu o cargo em 1º de janeiro, sob a alegação de que seu ministro da economia liberal faria reformas vitais para o sistema de bem-estar", trouxe Wheatley relatando que, em um encontro nesta semana com um banqueiro brasileiro, ele confessou "odiar" Bolsonaro, mas argumentou que o "Brasil precisava de mudanças".

Os mercados, de acordo com o autor, podem não ter sido preparados para a extensão da incompetência de Bolsonaro. Ele citou o episódio, na semana passada, em que o presidente e seu filho Carlos, que não tem nenhum papel formal no governo nacional, ofenderam publicamente o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que é a figura mais importante na condução da reforma previdenciária enviada aos legisladores no mês passado.

Anteriormente, lembrou, os investidores estavam confiantes de que chegaria o momento da reforma: como nunca antes, há consenso entre os políticos brasileiros de que o fracasso em aprová-la derrubará a economia.

Aconteceria, acreditavam os investidores, independentemente da incapacidade de Bolsonaro assumir a liderança. "Mas ele acabou sendo tão incompetente que essa afirmação não é mais verdadeira", disse o banqueiro ao jornalista.

O artigo segue dizendo que os investidores de mercados emergentes estão acostumados a isso, é claro: se não fosse pelo risco, eles não esperariam a recompensa. Mas coloca um ponto de interrogação sobre a história de crescimento a longo prazo para as economias emergentes, especialmente à luz de repetidos rebaixamentos de expectativas este ano.

Fonte: Estadão

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Marco histórico pode ser destruído com construção de rodovia, no Cariri

A construção de uma rodovia entre os municípios de Porteiras e Missão Velha preocupa pesquisadores do Cariri. A obra pode destruir um monumento histórico que marcou o coronelismo no Ceará. A via passará no local em que fora erguida, na década de 30, uma lápide em memória de Antônio Gomes Grangeiro. A história desse fazendeiro começou a ser desenhada no período de Lampião, no sertão cearense.

Destino
"Diga a ele, dona, que num precisa ter medo deu, não. Ele precisa ter cuidado é com 'os bonzinho' que vêm aí atrás", alertou Lampião a Maria Celina Grangeiro, esposa de Antônio Grangeiro, que havia fugido de casa ao perceber a aproximação do cangaceiro e seu bando. Os "bonzinhos", a quem se referia o Rei do Cangaço eram as volantes comandadas pelo tenente José Gonçalves Pereira, que foram ao Cariri "dar cabo" do próprio Antônio Grangeiro, e também do fiscal de tributos Antônio Marrocos de Carvalho e, principalmente, de Francisco Pereira de Lucena, o Chico Chicote. O episódio ficou conhecido como "Fogo nas Guaribas".

Na madrugada do dia 1º de fevereiro de 1927, os militares chegaram ao sítio Salvaterra, no Brejo dos Santos (atual cidade de Brejo Santo) e capturaram Antônio Gomes, seu sobrinho João Grangeiro e dois moradores, Aprígio Timóteo de Barros e Raimundo Madeiro Barros. Com mãos e pés amarrados com cordas, os quatro seguiram até o sítio Guaribas, no atual território do município de Porteiras, onde presenciaram cerca de 31 horas de troca de tiros entre as volantes e os capangas de Chico Chicote, que foi vencido. Ele foi encontrado morto, de joelhos, baleado no maxilar, no braço esquerdo e com tiro fatal no tórax.

Os quatro reféns, incluindo Antônio Grangeiro, que acompanhou o ataque ao casarão de seu compadre, Chico Chicote, foram mortos após o tiroteio. Por volta das 14 horas já do dia 2 de fevereiro, "os homens de Salvaterra" foram assassinados, degolados e incinerados. Depois, enterrados em valas comuns ali mesmo. Anos depois, no local onde estavam os corpos, João Gomes Grangeiro, filho do fazendeiro, ergueu uma lápide em memória do pai.

Os restos mortais ficaram por lá até a década 1980, quando a família os enterrou, em definitivo, no cemitério de Porteiras. Ali, foi erguida uma cruz, que se tornou um marco do "Fogo das Guaribas".

Importância
O administrador e gestor cultural Mano Grangeiro, neto de Antônio Grangeiro, acredita que aquela cruz é um marco para a história do País. "Aquilo tem um valor afetivo e histórico. Não nos pertence, e sim à história do Ceará, do País. Isso não foi um fato isolado. Não foi um acidente. É um fato ligado a diversos outros. Tem forte enraizamento nas questões políticas locais e estaduais da época. Destruir aquilo é destruir parte da história", enfatiza Grangeiro.

O temor de familiares e pesquisadores advém da demarcação da obra. No local, foram cravadas estacas que sinalizam onde deverá passar a pista. "Aquele mausoléu tem importância de caráter nacional, porque representa o modos operandi do coronelismo no sertão nordestino, especificamente no Cariri", acredita o pesquisador Bruno Yacub.

Os descendentes da família se mobilizaram para evitar que isso acontecesse. O próprio Mano conversou com a Prefeitura de Porteiras para ter acesso ao estudo topográfico. Até agora, sem sucesso.

A equipe do Diário do Nordeste entrou em contato com o Departamento Estadual de Rodovias (DER), que informou que aquele trecho da rodovia ainda encontra-se em fase de elaboração de projeto. "Toda e qualquer situação sobre esta rodovia encontra-se em análise e o DER evitará que qualquer traçado prejudique o mausoléu", garantiu em nota.

Assim como a residência onde morava Antônio Grangeiro, que se encontra preservada no Sítio Salvaterra, em Brejo Santo, o marco do antigo mausoléu é motivo de visita de inúmeros pesquisadores que passam pelo Cariri. "Têm o maior respeito por aquele lugar", ressalta Bruno.

Já o casarão de Chico Chicote, que protagonizou o episódio, foi demolido na última década. "O 'Fogo nas Guaribas' é um grande exemplo da prática do coronelismo no Cariri cearense", completa o pesquisador. Na época que Antônio Grangeiro foi assassinado pela Polícia, sua esposa, dona Celina, estava grávida de cinco meses de Raimunda Grangeiro Neves, hoje com 92 anos, única filha viva do casal. Sua mãe morreu cinco dias após seu parto. Ela conta que a família ficou desamparada com a morte do fazendeiro e acabou se dispersando. As irmãs mais velhas casaram no ano seguinte à tragédia. "A família foi destruída", lembra.

ANTONIO RODRIGUES
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

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Governo Bolsonaro detém a marca de maior desemprego da história do Brasil: 13,1 milhões de pessoas desocupadas

O desemprego no país foi de 12,4%, em média, no trimestre encerrado em fevereiro, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice subiu em relação ao trimestre anterior (11,6%) pela segunda vez seguida. Na comparação com o mesmo período do ano passado (12,6%), o resultado foi considerado estável.

Segundo o IBGE, o número de desempregados no Brasil foi de 13,1 milhões de pessoas. Isso representa alta de 7,3% em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período de 2018, houve estabilidade. A última vez que esse número ficou na casa dos 13 milhões foi no trimestre encerrados em maio de 2018.

Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.).

O instituto afirmou que o mercado de trabalho foi afetado pela forte dispensa de funcionários temporários, comum nessa época do ano.

Recorde de força de trabalho subutilizada
O IBGE destacou que subiu para 27,9 milhões a soma de desempregados, pessoas que têm emprego, mas gostariam de trabalhar mais horas e trabalhadores que estão desocupados, mas não conseguem procurar emprego por motivos diversos (porque cuida de um parente doente, por exemplo).

O número é o maior desde o início da série histórica do IBGE, iniciada em 2012, e representa uma taxa de subutilização da força de trabalho de 24,6%.

4,9 milhões desistiram de procurar emprego
Também foi o maior desde 2012 o número de pessoas desalentadas, que desistiram de procurar emprego. No total, 4,9 milhões de trabalhadores se encontravam nessa situação no trimestre encerrado em fevereiro, o que equivale a 4,4% da força de trabalho.

Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, são 275 mil desalentados a mais (alta de 6%).

11,1 milhões sem carteira assinada
O número de empregados sem carteira assinada (11,1 milhões) caiu 4,8% na comparação com o trimestre anterior (menos 561 mil pessoas) e subiu 3,4% (mais 367 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2018.

Já o total de empregados no setor privado com carteira assinada foi de 33 milhões, o que representa estabilidades nas duas comparações.

Trabalhadores por conta própria
A categoria dos trabalhadores por conta própria (23,8 milhões) ficou estável na comparação com o trimestre anterior e cresceu 2,8% em relação ao mesmo trimestre do ano passado (mais 644 mil pessoas).

Desemprego em 2018
O desemprego deu uma trégua no Brasil e fechou 2018 em queda, algo que não acontecia havia três anos. No ano passado, a taxa média de desocupação foi de 12,3%, queda de 0,4 ponto percentual em relação à de 2017 (12,7%).

Metodologia da pesquisa
A Pnad Contínua é realizada em 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

Existem outros números sobre desemprego, apresentados pelo Ministério da Economia, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os dados são mais restritos porque consideram apenas os empregos com carteira assinada.

Fonte: UOL (Com Reuters)

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